domingo, abril 29, 2007

Treta da semana: Homeopatia.

O carro anda a fazer um barulho estranho, e recorro a um tratamento complementar com homeopatia. Molho um guizo num alguidar. Diluo uma gota dessa água noutro alguidar e repito a diluição cinco vezes, agitando vigorosamente. No final tenho o remédio para o carro. Umas gotinhas todas as manhãs e, pelo sim pelo não, levo-o à oficina à mesma. Sucesso garantido.

Os fundamentos da homeopatia são a «lei dos semelhantes», que diz para tratar a doença com algo que reproduza o sintoma, e a teoria que a diluição aumenta os «poderes espirituais» do remédio, O primeiro é um disparate óbvio, refutado por qualquer problema desde a micose à perna partida. O segundo foi posto à prova em 2004, numa tentativa de suicídio por um grupo de cépticos na Bélgica (1). Em protesto contra a cobertura de tratamentos homeopáticos pelas companhias de seguros, os suicidas ingeriram substâncias como arsénico e veneno de cobra com uma potenciação homeopática de 30C. Isto é, uma diluição de um para 1060, um 1 seguido de sessenta zeros. Mil milhões de vezes mais diluído que um átomo num alguidar do tamanho da Terra. Felizmente não houve fatalidades.

Com as diluições típicas dos remédios homeopáticos podemos ter confiança que não ingerimos um único átomo ou molécula da substância activa. E ainda bem. Sai caro para um frasco com água mas ao menos não tem efeitos secundários. Nem primários. Nem quaisquer que seja, excepto na carteira.

A homeopatia foi criada por Samuel Hahnemann no inicio do século XIX segundo o método da medicina alternativa: partir de uma observação, inventar um disparate, gesticular muito e usar palavras sonantes. Hahnemann notou que o remédio usado para a malária (infusões de casca da chinchona) produzia sintomas semelhantes aos da malária em pessoas saudáveis. E pronto. Bastou inventar a regra da diluição para ter o sucesso garantido sem incomodar o paciente.

Devo salientar que, na altura, foi uma boa ideia. Melhor tomar gotinhas de água que se submeter às barbaridades a que chamavam «medicina» nesse tempo. Mas a presente (e crescente) popularidade desta aldrabice deve-se à economia de mercado e não ao seu valor terapêutico.

Antevendo a crítica à analogia do carro, sei que os doentes não são máquinas e devem ser tratados com consideração e simpatia. Mas a analogia é apta porque os tratamentos eficazes assentam na compreensão do mecanismo da doença. Tratar um osso partido, substituir uma válvula no coração, eliminar uma infecção ou corrigir uma deficiência enzimática resolvem um problema material, mecânico. Só trata a desarmonia energética, as vibrações negativas e patetices dessas quem não sabe o que anda a fazer. E para hipocondríacos há coisas mais baratas.

A homeopatia ignora a causa da doença, ignora as leis da física, e ignora toda a evidência que demonstra que a homeopatia é treta. Quem diz que mal não faz que pense no asmático que deixa a bomba em casa porque tem consigo o frasco com água. Ou o doente com cancro que deixa a quimioterapia porque gotas de água têm menos efeitos secundários. E a quem quer acreditar nesta «terapia» e deitar dinheiro ao lixo aconselho: acredite mas não confie. Até as igrejas têm pára-raios...

1- Homeopathic Suicide: Proving that Homeopathic Remedies are Quackery
Mais informação na Wikipedia, sobre homeopatia e Samuel Hahnemann

8 comentários:

  1. O que p'raí vai, ó Ludwig! :)

    Mas este tema da homeopatia sempre tem mais interesse do que o da Arca de Noé, vá lá...

    Em primeiro lugar, deve notar-se que a homeopatia é a mais recente de todas as principais práticas médicas tradicionais, mormente a naturopatia - que se baseia fundamentalmente na fitoterapia, hidroterapia e dietoterapia - e as medicinas chinesa e ayurvédica.

    Mas a "lei dos semelhantes" não é um disparate óbvio... no way!!! Deveras, esse é o mesmíssimo princípio que a medicina científica utiliza na vacinação ou no tratamento das alergias por insensibilização, por exemplo, e que está consagrado no ditado popular: "Mordedura de cão cura-se com o pêlo do mesmo cão".

    De resto, é um facto que essas serão meras excepções, já que o nome de medicina alopática, cunhado pelo próprio Hahnemann, significa "cura pelo contrário", que é o conceito terapêutico com o qual estamos mais familiarizados.

    Ora bem, o que há a dizer sobre isto... imensíssimo mais que imenso!!! Ainda assim, e fora do debate estritamente científico, não compreendo lá muito bem o objectivo desse protesto, diga-se. Ou seja, os tratamentos pela medicina convencional continuam a ser cobertos pelos seguros belgas, certo? Logo, que importância tem que as companhias de seguros pretendam alargar esses benefícios a quem se queira tratar pela homeopatia, não me dirão?!

    Mesmo que se considere que tal terapia é objectivamente ineficaz - bem, mas há sempre o efeito placebo e a importantíssima questão da "fé" ou confiança no terapeuta e no método, e esta questão NÃO é nadinha despicienda! - não consigo vislumbrar razão alguma válida para tão estranho protesto. Não será outro caso de fundamentalismo intransigente e nada mais?

    Afinal, e falando apenas de questões ligadas à saúde, ninguém duvida que o tabaco é bem nocivo e que são necessárias leis para proteger os não fumadores. Mas também não é preciso exagerar e qualificar os viciados de marginais anti-sociais ou algo assim, remetendo-os lá para um gueto no fim do mundo!

    Ou seja, que seria agora se as companhias de seguros se recusassem também a cobrir os cuidados de saúde com os fumadores, por exemplo?! OK, não se trata de casos directamente comparáveis, óbvio, mas com isto pretendo apenas salientar que não vejo onde está o prejuízo para os descrentes das possíveis virtudes da homeopatia. As quais já não vou ter tempo de enumerar aqui, mas não perdem pela demora, que eu volto à carga a toda a hora! :)

    E até tenho algum conhecimento prático no assunto, que a minha Mãe, vítima de Alzheimer, se tratou exclusivamente pela homeopatia nos seus últimos 4 anos de vida. Com bons resultados físicos, já que nada mais haveria a esperar no campo da demência irreversível...

    Ou melhor, apenas um regresso ao universo infantil...

    Rui leprechaun

    (...de onde eu nunca saí tão juvenil! :))

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  2. Caro "leprechaun"

    Ao comentário: "Ou seja, os tratamentos pela medicina convencional continuam a ser cobertos pelos seguros belgas, certo? Logo, que importância tem que as companhias de seguros pretendam alargar esses benefícios a quem se queira tratar pela homeopatia, não me dirão?!"
    Basta a matemática para tratar da questão.
    Se o estado tem um orçamento para gastar em comparticipações, e gastar 30% dele a pagar banha da cobra, o simples facto de erradicar a banha da cobra da equação abre espaço a que esses 30% sejam aplicados a reduzir os custos de utilização dos medicamentos a sério, com beneficio para a população em geral.
    Se alguém gosta de ser enganado e acredita em parolices, está à vontade de o fazer com o seu dinheiro, com o dinheiro do estado só se pode pagar o que funciona.
    Não faltava mais nada agora que alguém que goste de ser enganado, exigir comparticipação nas burrices, além do outro efeito muito directo que é o de passar a mensagem que como é comparticipado é porque funciona, porque o estado não promove o engano dos seus cidadãos.
    Cá em Portugal, a mentalidade reinante é que o estado deve apoiar toda a tanga de que um tuga se lembre, por isso essa da homeopatia é capaz de passar, mas, nos países que se desenvolvem mais rápido que nós, o despesismo é condenado pela população, e por isso não se anda a pagar a factura dos excessos de alguns patos bravos.
    Esta atitude demonstra como é que o estado, que não uma máquina anónima, mas sim, o conjunto de todos os cidadãos, se deve defender, contra desvios à racionalidade.

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  3. Rui leprechaun:

    «Mas a "lei dos semelhantes" não é um disparate óbvio... no way!!! Deveras, esse é o mesmíssimo princípio que a medicina científica utiliza na vacinação ou no tratamento das alergias por insensibilização»

    Não. A lei dos semelhantes diz que o que reproduz os sintomas trata a doença. Reproduzir os sintomas é irrelevante (e indesejável) nesses casos que aponta.

    Uma vacina viva atenuada reproduz os sintomas porque é a mesma doença enfraquecida. Mas melhor aínda é injectar apenas as proteínas da parede da bactéria ou da cápside do vírus, porque o objectivo não é criar sintomas semelhantes mas estimular a produção dos linfócitos certos.

    O mesmo se passa com o tratamento de alergias. O objectivo é reduzir a resposta imunitária ao alergeno, e isto pode ser feito de várias maneiras, desde imunossupressores até insensibilização.

    A "lei dos semelhantes" como príncipio é um disparate. No máximo é um efeito secundário indesejado.

    O António já focou os problemas reais de dedicar recursos limitados a patetices. Quanto ao efeito placebo, é menor que muitos julgam. Tem impacto nos sintomas (os aspectos subjectivos que o doente relata acerca da doença, como mal estar, dificuldade em dormir, nauseas, etc) mas muito pouco ou nenhum nos sinais (os dados objectivos como temperatura, tempo de cicatrização, pressão arterial, etc..)

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  4. Ó António:

    Não sou um especialista em assuntos financeiros, nem a notícia particulariza muito esse aspecto, logo não sei se é o Estado ou as seguradoras privadas a financiarem os tais tratamentos.

    Já agora, a Wikipedia diz que cerca da quarta parte da população belga utiliza, regular ou ocasionalmente, remédios hoemopáticos. Ora bem, independentemente da eficácia ou não dessa terapia pelos similiares, o certo é que 25% é muita gente, atenção!

    E mesmo que esse raciocínio esteja correcto, ou seja, a despesa com estes tratamentos seja suportada pelo Estado via seguradoras - o que não me parece estar implícito na notícia, mas suponhamos - não vejo lógica nenhuma no argumento aduzido dos 30% dele a pagar banha da cobra... ena, essa cobra é anaconda que tem as costas largas! :)

    É que os utilizadores da medicina homeopática por certo também fazem os seus descontos e, deste modo, contribuem para o bolo total lá da Segurança Social ou planos de saúde belgas, não é verdade?! Logo, com que direito se hão-de ver privados do tal reembolso, apenas por preferirem um método terapêutico menos convencional, mas reconhecido desde que praticada por médicos, segundo o que a Wikipedia diz?!

    Note-se que em alguns países, mormente na América do Norte e na Europa, as medicinas ditas alternativas operam na legalidade, desde que os seus praticantes estejam habilitados para tal, naturalmente.

    A propósito, e mesmo sem discutir a validade ou não destas terapêuticas, o que é outra questão em aberto, que eu saiba em Portugal não há qualquer tipo de comparticipação para tratamentos fora da medicina convencional. Aliás, pelo que sei, são raros os países onde a homeopatia beneficia de comparticipação estatal, como sucede em França.

    Contudo, a leitura do que se passa na Suíça e Alemanha, onde os medicamentos homeopáticos já foram comparticipados mas agora não, leva-me a crer que, tal como nestes 2 países, são as seguradoras privadas que procedem à cobertura desses tratamentos e NÃO o Estado belga.

    Ora se for assim, reafirmo que o citado protesto não tem qualquer razão de ser. Note-se, e retomando ainda o exemplo dos fumadores, o que seria se estes agora passassem a ser excluídos ou penalizados no sistema público de saúde já que, ao se exporem voluntariamente a um factor consabidamente nocivo, estariam também a consumir, eventualmente, mais recursos do que a população não fumadora. Bem, não me parece que, mesmo com toda a fúria anti-tabágica, isto tivesse grande lógica e fosse assim aceite de ânimo leve...

    Em suma: se os cidadãos fazem descontos para sistemas de saúde, públicos ou privados, têm obviamente o direito de beneficar das respectivas regalias nas terapêuticas que sejam legalmente reconhecidas como tal. Se a homeopatia, em particular, deve ou não ter esse estatuto, isso aí já é outra conversa, mas a minha opinião é francamente positiva.

    Disso falarei oportunamente, que há outros aspectos para além da questão das diluições. Essa é talvez a faceta mais emblemática da terapia de Hahnemann, mas a moderna prática da homeopatia não se limita a essas prescrições.

    Pois para mim não é treta...

    Rui leprechaun

    (...e as pílulas não são peta! :))

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  5. «bem, mas há sempre o efeito placebo e a importantíssima questão da "fé" ou confiança no terapeuta e no método, e esta questão NÃO é nadinha despicienda!»

    Se a questão é ou não despicienda, os estudos clínicos o dirão. E o efeito placebo é o ruído de fundo de um teste clínico que só não é despiciendo no caso dos testes clínicos ao sucesso dos "medicamentos" homeopáticos porque os dois se confundem! Ou seja, os remédios homeopáticos são tão bons como rezar ao maná. O que é um padrão pouco ambicioso, para ser bonzinho.

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  6. Se um cidadão acredita que se lhe cortarem a cabeça fica curado da maluqueira, o estado devia subsidiar a contratação de carrascos?
    Tanha lá paciência caro "leprechaun", mas, essa conversa de pagar porque o cidadão acredita que necessita é conversa fiada. Mais um bocadinho, e com tanta conversa fiada ainda o confundo comum padre...

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  7. Embora isto não tenha a ver directamente com a homeopatia, ocorreu-me agora acrescentar aqui algo, na sequência do que escrevi no post sobre a "Mente e Fisiologia".

    Creio já ter falado no efeito positivo da acupunctura em relação ao alívio sintomático de certos tipos de dores e, inclusive, no seu uso como método anestésico local em pequenas intervenções cirúrgicas.

    Ora bem, estudos relativamente recentes apontam precisamente para um aumento do nível de endorfinas após sessões de acupunctura, especialmente na estimulação de determinados pontos específicos. De notar, contudo, que este não é o único mecanismo proposto para a analgesia induzida pela acupunctura.

    Mas regressando à homeopatia, há aí algo no tal protesto que não faz muito sentido. Refiro-me a esse anedótico pretenso suicídio em massa, é claro.

    Em 1º lugar, Hahnemann aplicou a si próprio a tal "lei dos semelhantes", mas através da ingestão de substâncias químicas em doses muito pequenas e sem diluição, essa já foi uma ideia posterior. Depois, a diluição do princípio activo em água ou numa solução alcoólica obedece a um certo "modus faciendi", ou seja, não basta diluir e diluir e diluir e já está!

    De facto, há duas etapas principais na produção de um medicamento homeopático: a diluição e a sucussão. Esta consiste num agitar vigoroso da mistura, após cada diluição. Os factores de diluição medem-se em potências centesimais C (1:100) e os 30C usados pelos manifestantes estão dentro dos parâmetros convencionais da homeopatia, embora seja uma diluição muitíssimo elevada e que é já pouco usada.

    Mas pensar que uma tal diluição possa provocar quaisquer efeitos nefastos no organismo é contrariar em absoluto os princípios homeopáticos, já que o máximo que se poderia esperar era apenas a produção de sintomas equivalentes ao das substâncias ingeridas, arsénico e veneno de cobra, ou nem sequer tal, uma vez que a farmacologia homeopática é curativa e não possui efeitos tóxicos secundários.

    Imaginar sequer que poderia haver a possibilidade de envenenamento por essa via, equivale quase a negar a eficácia terapêutica do método similia similibus curentur da vacinação corrente, ainda que aqui possam de facto acontecer reacções negativas eventualmente até fatais, por raras que sejam.

    Em suma: mediaticamente, o protesto pode ter obtido os resultados pretendidos, mas a tal ingestão da beberagem é inteiramente nula quanto a quaisquer provas da pretensa ineficácia terapêutica dos preparados homeopáticos. Estes não têm propriamente doses tóxicas, logo não provocam acidentes fatais como pode acontecer com as drogas farmacológicas.

    Quanto à validade ou não da homeopatia... muito contestada por aqui!... tal fica para uma próxima ocasião.

    Ah! só uma consideração final relativa ao exemplo do asmático ou do canceroso. Como já disse, as medicinas suaves ou não quimioterapêuticas têm a sua aplicação principal nos distúrbios funcionais - como pode ser o caso da asma - mas não nos orgânicos, ou seja, tratam disfunções dos órgãos mas podem não os curar se estes já estiverem muito lesados.

    Isto é inteiramente lógico, caso contrário a cirurgia não tinha razão de ser. Mas mesmo em tratamentos crónicos de patologias orgânicas - por exemplo, cardiopatias ou doentes ulcerosos, etc. - é possível e muito desejável conjugar a quimioterapia tradicional com os métodos naturais que visam um aumento do tónus vital do doente, algo indispensável em qualquer cura, segundo o milenar e hipocrático princípio da "natura medicatrix" - a natureza cura tudo!

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  8. Caro Ludwig Krippahl, a começar pelo titulo, o tom de escarnio, as analogias pobres e a pesquisa na wikipedia percebe-se que não conheces nada de homeopatia. Criticar sem ler ao menos as bases da terapia é hilario. Vou falar um pouco sobre terapia alternativa: a ONU, pra voce Organização das Naçoes Unidas, recomenda pela eficacia comprovada, Acupuntura, Florais de Bach e terapias orientais. Grandes faculdades de medicina como a USP (São Paulo, Brasil) ministram curso e pos-graduação em homeopatia. A homeopatia só é ridicularizada por espertos como voce porque ela antagoniza com amedicina tradicional, Os grandes laboratorios farmaceiticos e etc. A medicina tradicional é otima para os traumatismos, acidentes, transplantes, mas se cura-se de verdade a totalidade do doente não deixaria espaço para as terapias alternativas. Finalmente sobre as diluiçoes, comprovou-se recentemente que a agua é capaz de reter a configuração que tinha após a retirado do solvente odificador, por enquanto esta comprovação cientifica não é capaz por si só de comprovar o funcionamento do mecanismo homeopatico. A comprovação da eficacia da homeopatia esta na cura dos adoentados a niveis que superam o efeito placebo. Então Ludwig Krippahl pesquise e leia ao menos UM livro serio sobre homeopatia para que possa fundamentar seus posts. abraços

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