Johann Pachelbel
Compositor barroco alemão do século XVII, é hoje conhecido praticamente só pelo seu cânone em ré maior. Pelo menos o cânone em ré maior é conhecido.
Rob Paravonian dá uma opinião pessoal acerca desta musica e do compositor. E mais um prego no caixão do mito da originalidade musical.
Fonte: o meu irmão Bruno, por email.
Excelente! Ainda por cima acaba com Beatles... Ou será que não?
ResponderEliminarLudwig, a música ocidental tem 12 notas por oitava. Nem na música há milagres. Encaixares essas doze notas em melodias interessantes sem recorreres a acordes dissonantes, como acontece na maior parte da música popular, e os frases têm que se começar a repetir, mais cedo ou mais tarde.
Hoje em dia não se cria música, produz-se, ou que são coisas diferentes. É como criar umas galinhas no quintal das traseiras... ou ter um aviário!
Mais ou menos... por exemplo, a Carmina Burana ou a Rhapsody in Blue não sofrem tanto deste problema. Mesmo que a frase ocorra noutros sítios há mais que apenas a frase na música.
ResponderEliminarNota que enquanto estas melodias pop são uma cópia simplificada da frase do cânone em D, o original é bastante mais que isso. Mesmo sem saber qual tinha surgido primeiro, se os Green Day se Pachelbel dava para ver uma diferença.
Talvez o copyright funcionasse melhor se fosse como as patentes, com um critério mais exigente de originalidade. O primeiro tipo a inventar um estilo novo tinha uns anos de monopólio sobre a licensa, a partir daí o estilo era domínio público.
Já agora: os tipos da PassMusica já te chatearam? Parece que agora andam a ver se ganham mais uns cobres à custa do trabalho dos outros...
Eles têm-me chateado através de convites ao pagamento voluntário! Sinceramente... Um bar com TVCabo, música ao vivo e karaoke, com capacidade para cerca de 60 pessoas paga mais de 6000 euros à SPA por ano e agora ainda arranjam novos chulos para sacar mais algum!
ResponderEliminarNão nos apetece pagar! É daquelas situações em que vamos correr o risco. Pode ser que compense.
Ahá!
ResponderEliminarEste é um dos meus passatempos: descobrir o cânone do Pachelbel em ré em quase todas as músicas pop...
E estava a ver quer não tocava o Let it be!
Espero que agora o João Vasco concorde comigo em relação à minha teoria do sucesso da música pop - variações exaustivas de cânones populares. Alguns bem velhinhos e mesmo anteriores a Pachelbel.
I-V-vi-III
ResponderEliminarIV-I-IV-V
Acho que é isto.
Chiça, €6000 por ano para o pessoal desafinar e ver anuncios... Isso é roubalheira refinada.
ResponderEliminarEstes gajos devem estar a ver quanto é que engordam antes da coisa estoirar de vez. Ou é isso, ou atingiram a massa crítica de advogados e agora é uma reacção em cadeia...
Obrigado Fancisco Burnay pela conversão para descrição harmónica do que foi tocado.
ResponderEliminarExactamente com haviamos falado noutro post, é difícil impedir o uso da mesma base harmónica repetidamente, por isso é que o que se regista é um conjunto de componentes, entre eles a harmonia, que para gozo, como no caso presente, alguém tenta passar por melodia. :-)
Ludwig, e respectivo mano Bruno, muito obrigado pelo excelente momento.
Ah! E já agora vejam a chatice que é haver dezenas de canções V-I ou IV-I são só duas notas, e são a base de quase toda a música clássica, a começar pelo Mozart, e o Bethoven. Será que eles só deviam ter composto 2 sinfonias entre eles, um fica com o V-I e o outro com o IV-I.
ResponderEliminar:-)
Caro antónio,
ResponderEliminarAcho que a relação de frequências a isso obriga. Apreciar outras relações é mais complicado para a maior parte das pessoas e só com hábito se torna natural.
O mesmo se pode dizer das medidas temporais. Essas, são todas 4:4. Valha-nos o jazz, ao menos.
Mas se eu, num rasgo de génio musical, descobrisse uma cadência diferente que resultasse comercialmente, ao exigir direitos de autor sobre essa criação não estaria a abrir caminho para acusar de plágio futuros compositores, podendo persegui-los judicialmente?
Isso seria um exemplo de patenteação de ideias. Ainda ontem apareceu um cavalheiro nos Prós e Contras a falar de "propriedade intelectual".
Bem sei que patentear cânones propriamente ditos, agora, é impraticável e provavelmente ilegal, como patentear a roda o é. Mas pode-se dar a volta à coisa (passo a metáfora).
Ludwig,
ResponderEliminarNão sei se já conheces, mas este é muito bem capaz de ser o caminho no futuro: http://www.tunecore.com/
Não conhecia, obrigado pelo link.
ResponderEliminarÉ exactamente isto que os artistas precisam: um distribuidor que cobra por distribuir e não fica com as coisas.
Já agora uma correcção que pode ajudar à conversa sobre as canções referidas no sketch:
ResponderEliminarNão estamos só a falar da mesma sequencia de notas de Violoncelo/Baixo, estamos a falar de harmonia, que implica a cópia da sequência de notas e da escala em que a melodia é tocada, porque bastaria mudar a harmonia da música, que algumas notas mudavam de sonoridade. Se mudarmos de modo de execução, os números que o Farncisco Burnay indicou na descrição harmonica mudavam, mesmo mantendo as notas de baixo, e a canção soava completamente diferente. Já agora, para alguém que não saiba o I não significa a primeira nota de baixo da canção, mas sim, a primeira nota da escala músical em que ela é interpretada. Em alguns casos coincide com a primeira nota da canção, mas, nem sempre.
Sim, eu toco sempre em dó maior.
ResponderEliminarReparei agora que a cadência que pus está mal: em vez de III é iii
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