domingo, abril 01, 2007

Puf...

Foi-se. O artigo do Jónatas Machado no Ciência Hoje já lá não está. O Rui M (obrigado pelo comentário a avisar) dá no Terra que Gira (1) alguns links para as reacções que acordaram quem aceitou um artigo desses numa publicação sobre ciência.

Isto não derrota o criacionismo. Enquanto houver copy-paste estes argumentos vão continuar a aparecer. E resta saber porque é que esse artigo sequer apareceu no Ciência Hoje. Mas justifica algum optimismo. Para a comunidade científica, o criacionismo não é um tema controverso. É treta.

1- Rui M, 1-4-07, É Magia

14 comentários:

  1. Ora, bolas...

    E eu que lhes tinha sugerido mudarem a publicação para "CiênciaFoge" caso resolvessem enveredar pelo novo rumo editorial!

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  2. pqbimknwA PROVA QUE O AUTOR DESTE BLOG SÓ DIZ TRETAS SORE CIENCIAS e q o fanáticos CÃES DE FILA DO DARWINISMO RACIONALISTA E POSITIVISTA TIVERAM QUE IR EXERCER CENSURA ..

    sE AQUILO NAO PRESTASSE MM PARA NADA DEIXAVAM-NO ESTAR PARA DESACREDITAR-SE A SI PRÓPRIO

    Mas enfim, pq é q estes cientistas nao tem capacidade intelectual para estar num pais em q se aposte na ciencia, a sério, ????

    A resposta é " grande e grossa " pq tem um pensamento deste genero e é assim que cuidam de fazer ciencia

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  3. Caro David,

    1- Veja se tem o shift encravado no teclado.

    2- Nem sempre deitar algo fora prova que era coisa boa. Também se deita fora o lixo (falo por mim, claro...)

    3- Segundo o comentário dos editores do Ciência Hoje, foi precisamente por ter sido fortemente criticado que retiraram o artigo.

    4- Não foi censura. O Jónatas Machado é livre de escrever o que pensa e pôr na internet, como aliás qualquer outra pessoa que nunca tenha publicado nada no Ciência Hoje. Essa publicação não controla todas as formas públicas de expressão.

    5- Não sei que capacidade intelectual é preciso para estar num país, qualquer que seja. Parece-me que basta lá nascer e não ir embora...

    6- Verifique bem o shift, à cautela.

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  4. «Trata-se de um artigo de opinião - e Ciência Hoje sempre pretendeu ser uma coluna livre - que arrastou uma discussão muito longe do que se pretendia. Porque o prolongar da discussão nos termos em que se tem desenvolvido não parece levar a lado nenhum, pedindo desculpa ao autor e aos leitores, Ciência Hoje decidiu que o artigo não permanecesse mais on-line.» -- CH

    Isto é do mais fascizante e censório que eu já vi.

    E ainda pedem desculpa ao autor por terem feito a vontade aos seus críticos. É do mais estúpido que já vi.

    Como raio é que vocês, homens de ciência, podem achar que esta atitude está correcta? Mesmo que o autor fosse uma besta a vossa atitude é inaceitável e inacreditável.

    As teorias refutam-se e não se censuram.

    Olhem que se todos fossem assim -- e nem estou a defender a teoria do Jonatas -- ainda andavamos a acreditar que a terra era quadrada e estava no centro do Universo.

    Lamentável, no mínimo, esta atitude corporativa dos chamados "cientistas oficiais".

    A revista ao ter publicado algo que depois chega à conclusão que "é lixo" só demonstra a sua fraca, fraquissíma, qualidade editorial.

    Até mais.

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  5. Caro Mário,

    O criacionismo já foi refutado há 150 anos atrás. Nada mudou desde então.

    Admito que retirar o artigo não foi o mais correcto, mas o mais correcto seria não o ter publicado lá logo à partida. O ponto fundamental é que o Ciência Hoje é uma publicação sobre ciência, não sobre religião. O criacionismo não é ciência, não tem nada a ver com ciência, e o artigo de Jónatas Machado é apenas uma afirmação de fé que não pertence a este tipo de publicações.

    Não é censura que a revista evangélica "Boa Nova" não publique as minhas criticas ao criacionismo. Não os considero fascistas por isso. Não é censura que a Nature não publique as enciclicas do Papa. E não é censura que o Ciência Hoje não publique criacionismo. Foi asneira terem-no publicado, e foi mau terem-no retirado, mas o segundo sempre foi o mal menor...

    Mas concordo que o episódio revelou problemas na edição da revista.

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  6. O Ludwig, numa estratégia desesperada de "fuga para a frente", insiste em repetir, sem argumentar, que o criacionismo foi refutado há cerca de 150 anos.

    Por quem? Por naturalistas que determinam a priori que só a evolução cósmica e e biológica aleatória é verdade e por isso a única que tem direito a ser científica, mesmo antes de iniciarem as investigações no terreno? Isso é uma refutação? Ou será antes definir a ciência de forma a excluir a possibilidade de contestação?

    O advento de muitos movimentos, mesmo fora do criacionismo bíblico, a pôr em causa o darwinismo, nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália e no Brasil, por exemplo, desmente o Ludwig. Os leitores poderão ver an Enciclopédia Criacionista na internet (creationwiki) e tirar as suas conclusões. Neste momento existe muita informação criacionista na internet, com respostas, ponto por ponto, aos argumentos evolucionistas!

    Além disso, na ciência as teorias não transitam em julgado. Todo o conhecimento científico é provisório e isso aplica-se ao darwinismo. Ou não se aplica?

    Se o criacionismo foi refutado, porque é que ainda não se sabe qual a causa do Big Bang, qual a origem das galáxias, das estrelas, dos planetas, do sistema solar, do Sol e da Lua, da Vida, dos sexos, da linguagem, da consciência, das línguas, etc.?

    Do mesmo modo, porque é que os gradualistas refutam os saltacionistas e estes refutam os gradualistas? Porque é que a evidência mais recente mostra grandes discrepâncias entre os relógios moleculares e o registo fóssil, a ponto de os hipotéticos ancestrais na linha evolutiva serem em muitos casos posteriores aos seus supostos descendentes?

    Veja-se, a propósito deste último tópico, a recente controvérsia em torno da hipotética divergência dos hominídios e dos chimpanzés ou a questão da extinção dos dinossauros e da origem dos mamíferos. Convido os leitores a procurarem informação sobre o assunto, lerem-na e tirarem as suas conclusões usando a lógica e o senso comum.

    Do mesmo modo, convido os leitores a tirarem as suas conclusões acerca da fé naturalista do Ludwig e da sua total falta de corroboração empírica.

    Para o naturalismo, a evolução aleatória tem que ser necessariamente verdade, porque a criação é à partida excluida da ciência. De acordo com a ciência naturalista, a evolução é verdade, mesmo que toda a evidência milite em sentido contrário, porque só ela pode ser verdade de acordo com as premissas naturalistas.

    Isto não é ciência, nem lógica. É uma doutrina aceite pela fé, na medida em que também determina o que é verdade mesmo antes de a investigação começar. É em tudo igual ao criacionismo. Só tem um problema: não funciona. As questões essenciais estão ainda à espera de uma resposta naturalista que tarda em chegar e fica, de dia para dia, mais distante à medida em que se vai conhecendo mais acerca da complexidade da vida e da necessidade de sintonia do Cosmos para evitar o respectivo colapso gravitacional.

    Quanto ao meu artigo no Ciência, o episódio só mostra que também para os evolucionistas os hereges necessitam de ser insultados e silenciados, já que não podem ser queimados.

    A revista Ciência Hoje ficou pelo menos a conhecer a condição intelectual e moral de muitos dos seus leitores, em que a capacidade para insultar é inversamente proporcional à capacidade de argumentar. Por seu lado, os leitores ficaram a conhecer melhor a força e o temperamento dos editores da revista.

    O meu artigo na revista limita-se a dizer o seguinte:

    o naturalismo conduz logicamente ao evolucionismo e este à antiguidade da Terra e do Cosmos.

    Além de estas "conclusões" serem determinadas à partida, é com base nas mesmas que são avaliados os resultados científicos obtidos, de forma a garantir que a evolução, tendo sido declarada verdadeira à partida, seja corroborada à chegada. Todas as observações científicas que possam ser contrárias ao modelo da evolução cósmica e biológica aleatória são convenientemente ignoradas, consideradas como anómalas, interpretadas de acordo com o modelo ou ficam em stand by à espera de melhores dias ou de cairem no esquecimento.

    Isto, porque, como disse, de acordo com a ciência naturalista simplesmente não pode, à partida ou à chegada, haver qualquer alternativa científica à evolução cósmica ou biológica aleatória. Não sou só eu que o digo, o próprio Richard Dawkins o afirmou categoricamente, quando afirma: "mesmo que não exista qualquer prova factual para a teoria de Darwin, é certamente justificável aceitá-la acima de todas as outras teorias.” Naturalismo oblige!

    Como se vê, o naturalismo uma fé e a evolução é uma doutrina imposta por essa mesma fé. A ciência é, para este modelo, um "side show"!

    Este argumento parece-me irrespondível, demonstrando que a evolução é, essencialmente, uma visão do mundo não científica. Daí que se tenha concluir que as escolas públicas, violando o princípio da neutralidade ideológica do Estado, estão a ensinar a ideologia naturalista sob a capa da ciência.

    Os evolucionistas têm a sua fé, e os criacionistas têm a sua. A Bíblia ensina o criacionismo. O naturalismo só admite o evolucionismo.

    Certamente continuaremos a ouvir as vãs repetições do Ludwig, acompanhadas da esperança de que as mesmas, só por si, sejam suficientes para convencer um público não habituado a conhecer o outro lado da controvérsia. No fundo, faz lembrar um pouco a estratégia propagandista do Goebbels, quando, nos idos do Terceiro Reich, teve a brilhante ideia mandar construir os chamados "Receptores Populares", com uma só frequência, com o fim de obrigar os alemães a ouvir repetidamente a Rádio Berlim. Naturalismo oblige.

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  7. Não há dúvida que você escreve muito bem. Até parece convincente. Mas, meu caro, não basta parecê-lo. Simplesmente, não chega.

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  8. «Para o naturalismo, a evolução aleatória tem que ser necessariamente verdade, porque a criação é à partida excluida da ciência. De acordo com a ciência naturalista, a evolução é verdade, mesmo que toda a evidência milite em sentido contrário, porque só ela pode ser verdade de acordo com as premissas naturalistas.»

    Coitadinho do Ludwig que já respondeu tantas vezes, ponto por ponto, aos argumentos que o Jónatas vai repetindo.
    Só em março foram 3 ou 4 artigos acerca do quão artificial era essa separação naturalista/sobrenatural, sobre como a ciência já encarou a hipótese criacionista, mas os factos, as observações, etc... desmentiu essa hipótese.

    O Jónatas escreve, como sempre, ignorando todas as flagrantes refutações.

    Tem o desplante de dizer que não existe fundamentação empírica, depois de tudo quanto foi escrito e mostrado a respeito desse assunto.


    E as referências aos nazis não deixam de ser engraçadas, visto que ao contrário daquilo que por vezes se diz, Hitler era criacionista. E não tinha grandes dúvidas a esse respeito.

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  9. Admito que retirar o artigo não foi o mais correcto, mas o mais correcto seria não o ter publicado lá logo à partida.

    Exactamente.

    O ponto fundamental é que o Ciência Hoje é uma publicação sobre ciência, não sobre religião.

    Então tem um corpo editorial que deixa muito a desejar. Se o artigo é cientifico deveria tê-lo deixado lá, se não é nunca o deveria ter publicado.

    Se eu lêsse essa "revista" era o suficiente para a deixar de lêr. Às "revistas" ciêntificas não basta parecê-lo mas têm também de o ser.

    O criacionismo não é ciência, não tem nada a ver com ciência, e o artigo de Jónatas Machado é apenas uma afirmação de fé que não pertence a este tipo de publicações.

    Então não deveria lá ter estado.

    A questão aqui é a censura mesmo... e talvez a grande incompetência cientifica de quem se diz divulgador.

    Sem falar da falta de vergonha ao vir remover o artigo -- qualquer artigo -- com uma justificação daquelas. Falta de cervicalidade e bananismo puro.

    Até mais.

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  10. Caros cientistas.

    Repito a justificação da CH dada para jsutificar a remoção do artigo:

    «Trata-se de um artigo de opinião - e Ciência Hoje sempre pretendeu ser uma coluna livre - que arrastou uma discussão muito longe do que se pretendia. Porque o prolongar da discussão nos termos em que se tem desenvolvido não parece levar a lado nenhum, pedindo desculpa ao autor e aos leitores, Ciência Hoje decidiu que o artigo não permanecesse mais on-line.» -- CH

    Eu aqui só leio a CENSURA e não a remoção por questões científicas. Você consegue lêr a questão cientifica?

    Sejamos honestos. Os tipos tiraram o artigo por vergonha de serem achincalhados pela "comunidade científica" mas também tiveram vergonha de assumir perante o autor que o artigo não era científico. Quiseram estar de bem com "Deus e o Diabo" e acabaram por ficar mal com ambos; ou assin deveria ter sido.

    Como estas conversas espúrias me transcendem fica por aqui a minha contribuição.

    Até mais.

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  11. Caro Mário,

    Concordo que o põe e tira e que as razões para tirar (e pôr) são muito questionáveis. Mas censura não tem nada a ver com a desculpa ser esfarrapada.

    Não é censura porque o site do Ciência Hoje não é um meio público de comunicação nem um meio de comunicação sobre o qual o Jónatas Machado tenha algum direito especial.

    Censura era cortar-lhe o telefone, ameaçá-lo de prisão, impedir-lhe o acesso à internet ou assim. Agora uns tipos apagarem do seu site um artigo do Jónatas Machado, seja porque razão for, nunca poderá ser censura. O site é deles.

    A censura é uma coisa séria, e preocupa-me que a trivializem tão facilmente.

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  12. " Agora uns tipos apagarem do seu site um artigo do Jónatas Machado, seja porque razão for, nunca poderá ser censura. O site é deles. " pois e uns srs irem aos correios ver se há cartas para outros ( mm q sejam presideários ) cartas essas q nunca chegariam ás mãos dos seus destinatários tb era coisa q acontecia antigamente e ao q vejo ainda não esqueceu como se faz ...Olhe q o DOUTORAMENTEO ( ai as maiusculas ,...)do Prof Jónatas é , precisamente, na liberdade de expressão....

    LOL,
    Tt q vos precisais de aprender e praticar os valores de Abril e eu q sou tão sensivel a estas coisas por o meu avó materno ter morrido martir, sob a responsabilidade directa da PIDE-DGS

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  13. David,

    Se cada um mexer só nas cartas enviadas para sua casa, não há violação de liberdade de expressão.

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  14. O criacionismo diz “foi Deus…. Porque… hmmm… porque foi. Porque as coisas são bonitas”. Existe um método chamado método científico pelo qual todas mas TODAS as teorias passam. O evolucionismo passa por milhares de métodos científicos, porquê? Cada descoberta vem de um ramo de outro ramo de uma área que procura indícios úteis para a humanidade do ponto de vista de doenças, curas, produção alimentar, etc, etc. ao desobrir um gene, por exemplo, faz-se o estudo completo de várias populações e várias espécies e desenha-se, deste modo, uma correspondência. Imagina centenas de ramos científicos e descobrir pecinhas. Já que há uma teoria porque não ir colocando todas essas pecinhas e criar um puzzle? Provar algo como a especificidade de um gene para uma determinada função é difícil, lá está o método científico, passamos por muitos crivos, temos que explicar o porquê e o porque não. A teoria da evolução é a mais bem documentada de sempre. E é verdade, há experimentação! Verifica-se evolução e micro-evolução em muitas espécies.

    Com os melhores cumprimentos
    Dário S. Cardina Codinha
    VP - Núcleo de Engenharia Biotecnológia - Faculdade de Engenharia dos Recursos Naturais - Universidade do Algarve
    www.ualg.pt/nebi
    www.o-outro-universo.blogspot.com

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