terça-feira, janeiro 02, 2007

Hereditariedade

O uso comum deste termo difere bastante do seu uso técnico, e no livro «Genetic Entropy: The Mystery of the Geneome» Sanford tira proveito desta diferença para enganar o leitor. Sanford afirma que, como a hereditariedade do sucesso reprodutivo (fitness) é quase nula, é evidente que a selecção natural não pode ter contribuído para a evolução nem pode impedir a degeneração do genoma. Este tipo de erro, comum entre os criacionistas, é normalmente explicável por simples ignorância. A maioria dos criacionistas que ataca a teoria da evolução não sabe o que diz. Mas Sanford sabe, e neste caso é claro que está a enganar o leitor. Vou começar mais atrás para tentar explicar porquê.

Não faz sentido perguntar, como muitas vezes se faz, se uma característica provém dos genes ou do ambiente. Sem o ambiente adequado os genes não fazem nada, e sem genes não há ambiente que nos valha. É tão absurdo como perguntar se a música vem do violino ou do violinista. O que faz sentido é procurar as causas da diversidade de uma característica. Se tivermos cem violinos e cem violinistas, podemos testar diferentes combinações de violino e violinista, e determinar se as diferenças na qualidade da musica se devem mais a diferenças entre violinistas ou violinos.

A hereditariedade, em genética, é a fracção da diversidade de uma característica que pode ser explicada pela diversidade genética da população. Por exemplo, a cor da pele. Numa população geneticamente uniforme (e.g. uma aldeia do interior) quase todos terão os mesmos genes e as diferenças serão principalmente devido a factores não hereditários, como idade, exposição ao sol, ou uso de protector solar. Nesta população a hereditariedade da cor da pele é muito pequena. Numa população geneticamente diversa (e.g. Lisboa) é o contrário, pois a maior parte da diversidade desta característica deve-se à diversidade de genes que a influenciam.

A cor da pele, dos olhos, e do cabelo são exemplos de características com uma grande diversidade genética na nossa espécie. Não sendo cruciais para a nossa sobrevivência e reprodução, genes diferentes coexistem facilmente na mesma população. No outro extremo somos geneticamente uniformes. Genes que controlem a formação de órgãos vitais ou qualquer característica com grande impacto no sucesso reprodutivo são filtrados pela selecção natural, reduzindo a diversidade genética. Ter o cabelo mais claro ou mais escuro é indiferente, mas o fígado tem mesmo que funcionar desta maneira, e não nos safamos com genes que façam um fígado diferente.

Sanford diz que a baixa hereditariedade do sucesso reprodutivo demonstra que a selecção natural não funciona. É exactamente o contrário (como ele certamente sabe). A hereditariedade desta característica é pequena porque a selecção natural eliminou quase toda a diversidade genética que causava diferenças no sucesso reprodutivo. Isto demonstra que a selecção natural é um mecanismo poderoso na evolução. E demonstra que ou Sanford conseguiu o lugar de professor associado em Cornell sem perceber nada de genética ou está a tentar enganar os leitores.

12 comentários:

  1. Acho que o Ludwig é muito benevolente. Com efeito, a maioria das pessoas que acreditam no criacionismo bíblico estão deficientemente informadas. Mas não os que escrevem sobre ele. Não o Sanford; nem o Phillip Johnson, o mais proeminente porta-voz do Desígnio Inteligente e professor de direito reformado da Universidade da Califórnia, Berkeley; ou Michael Behe, professor de bioquímica na Universidade de Lehigh;nem William Bembski, matemático-filósofo e director do Centro para a Teologia e a Ciência no Seminário Teológico Baptista do Sul; ou Jonathan Wells, que tem um doutoramento em biologia por Berkeley; nem mesmo quem lhe ofereceu esse livro. Esses estão conscientes de que estão a enganar os incautos. Má fé, apenas. Como toda a gente do Discovery Institute

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  2. O Ludwig Krippahl continua a tenter defender o indefensável, em momento algum explicando a alegada origem casual do DNA ou o modo como a informação genética é acrescentada ao genoma através de mutações e selecção natural. As primeiras, esmagadoramente deletérias, deterioram o genoma, como se de erros de software se tratasse. As mutações benéficas são extremamente raras (cerca uma em um milhão) para além de serem não seleccionáveis. Por sua vez, a selecção natural nada acrescenta ao genoma do ponto de vista informacional. Ainda que os tentilhões de bico longo possam sobreviver, o tamanho dos seus bicos encontrava-se pré-programado nos genes e os tentilhões continuam a ser tentilhões. Por seu lado, a morte dos tentilhões de bico curto não acresenta informação genética ao genoma dos tentilhões. Antes ela representa grandes perdas de informação genética.

    Por explicar continua o modo como o processo evolutivo cria informação genética nova
    de forma a criar estruturas e funções completamente novas e dar lugar a espécies mais complexas. Tal processo, de resto, nunca foi observado. E posso prever que nunca o será. Para além de não existir qualquer evidência desse processo no registo fóssil, também não existe qualquer evidência na biologia molecular. Por outro lado, a fauna e a flora existentes, com uma taxonomia bem definida, também não corroboram a evolução.

    A diversidade genética de que dispomos resulta daquela que Deus colocou em Adão e Eva, no princípio. O mesmo vale, com as devidas adaptações para as diferentes espécies animais e vegetais. O isolameto pós-diluviano das populações conduziu a uma especialização, em que muitas populações foram perdendo essa diversidade genética. É por isso que muitos não têm hoje genes que lhes permitam, por exemplo, ter ou olhos azuis. Outros têm essa possibilidade, mas em termos recessivos, não dominantes. Toda a variação que observamos ocorre dentro de cada espécie, não criando espécies novas. Por outro lado, assistimos à deterioração genética, com perdas em matéria estrutral e funcional.

    Por outro lado, um fígado não vale nada sem as demais partes do corpo que o fazem funcionar. Assim como as células necessitam dos milhões de partes componentes para poderem viver, também os seres humanos necessitam, simultaneamente, de todas as partes do corpo para poderem viver e funcionar devidamente. Como é que os diferentes órgãos do corpo humano se desenvolveras ao longo de milhões de anos? Um de cada vez? Qual a vantagem adaptativa daí resultante? Todos ao mesmo tempo? Como é que isso seria possível? De que valem as veias sem o coração e este sem os pulmões? De que vale um olho humano sem todo o sistema nervoso? De que vale o sistema nervoso sem o cérebro, com os seus triliões de ligações neuronais? E de que vale tudo isso sem a camada de ozono para proteger a vida na terra?

    Toda a informação genética necessária ao correcto, integrado e simultâneo funcionamento das várias partes do corpo tem que estar pré-programada no DNA.

    Isso aponta claramente num sentido: Adão foi criado por Deus totalmente formado e integrado em todas as partes componentes, plenamente funcional. Ele tinha cérebro, coração, pulmões, artérias, veias, nervos, ossos, etc. Ele possuia desde já inteligência e capacidade de comunicação. Ele era geneticamente puro. Do mesmo modo, todo o Universo, na complexidade das suas interrelações só pode ter sido criado em pouco tempo através de processos sobrenaturais. A lei da conservação da energia mostra que em todos os processos, a matéria que entra é a matéria que sai (ainda que noutra forma). Por outro lado, apesar da energia se manter consdtante, em todos os processos físicos observamos que existe perda de calor e de informação, sendo por isso menor a energia reutilizável ou transformável em trabalho. A acumulação de mutações ao longo de gerações, longe de aperfeiçoar o genoma, destrói-o. Daí que os cenários evolucionistas sejam inteiramente fantasiosos.

    E, para informação do Ludwig Krippahl, deve dizer-se que Adão recuperou a sua costela. É verdade. O Ludwig devia saber que em caso de acidentes os cirurgiões recorrem todos os dias às costelas para retirar osso (v.g. para reconstrução facial) porque sabem que, mantendo intacto o periosteum, o osso da costela volta a crescer. Essa técnica foi descoverta há poucas décadas. No entanto, Deus utilizou-a para criar Eva, garantindo desse modo que em toda a família humana corre o mesmo sangue. O facto de Deus ter utilizado uma técnica que os modernos cirurgiões utilizam diariamente desde há algumas décadas só atesta a plausibilidade do relato do Génesis.

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  3. «A lei da conservação da energia mostra que em todos os processos, a matéria que entra é a matéria que sai (ainda que noutra forma). »

    Isto é falso. Numa panela ao lume, a energia no início da reacção pode ser inferior à energia no fim: porque o sistema não está isolado e recebeu energia do exterior.

    Na verdade, só nos sistemas isolados é que a energia se conserva (por isso é que se chamam "isolados")

    Acontece que a terra NÃO é um sistema isolado. Existe um reactor de fusão nuclear natural (chamado "Sol") que está constantemente a fornecer energia à terra.

    Assim sendo, o argumento "energético" do Jonas Machado é disparatado.

    Como são muitos outros dos que usou, mas quis falar sobre este por ser um erro crasso tão popular entre os criacionistas.

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  4. Por favor não discutamos banalidades. O exemplo da panela não criou nada de novo, porque a energia exterior já existia. Ela não foi criada no processo. Estamos a falar da lei da conservação da energia que diz que a matéria se pode transformar em energia e vice versa, mas nada se cria de novo. Parece que está confundir a lei da conservação da energia com a lei da entropia, ou segunda lei da termodinâmica. Quanto aos sistemas abertos e fechados a distinção é aqui totalmente irrelevante. Se quiser aplicar essa distinção à segunda lei da termodinâmica, fique sabendo que o consenso actual é de que esta lei se aplica tanto em sistemas abertos como em sistemas fechados. Para haver aumento de complexidade especificada não basta ter matéria e energia. É necessário ter um código com instruções precisas pré-definidas (v.g. DNA) e um sistema de conversão da energia.


    Como ensina John Ross da Universidade de Harvard,

    … there are no known violations of the second law of thermodynamics. Ordinarily the second law is stated for isolated systems, but the second law applies equally well to open systems. … There is somehow associated with the field of far-from-equilibrium thermodynamics the notion that the second law of thermodynamics fails for such systems. It is important to make sure that this error does not perpetuate itself."


    John Ross, Chemical and Engineering News, July 7, 1980, p. 40

    Continuem a tentar

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  5. «Se quiser aplicar essa distinção à segunda lei da termodinâmica, fique sabendo que o consenso actual é de que esta lei se aplica tanto em sistemas abertos como em sistemas fechados.»

    Isso é falso.
    E não precisava sequer de um curso de física para o saber.

    A lei não se aplica sequer a todos os sistemas fechados (e certamente não se aplica aos abertos), mas apenas aos sistemas fechados que são isolados.

    Como a entropia é uma função de estado, qualquer sistema cíclico mantém a entropia em cada ciclo. Ou seja: há alturas em que ela aumenta. Grande parte dos sistemas cíclicos são fechados (uma máquina de Stirling, para dar um exemplo banal). Como é óbvio a segunda lei da termonidâmica não se aplica para grande parte dos sistemas fechados. Apenas para sistemas isolados.

    Sucede-se que a terra NÃO é um sistema isolado.


    «O exemplo da panela não criou nada de novo, porque a energia exterior já existia. Ela não foi criada no processo.»

    Precisamente o que acontece na terra é que já existe uma fonte de energia exterior. Assim sendo, em muitas reacções que se dão na terra, a energia no final é superior à energia no início.
    As plantas, por exemplo, são verdadeiros "colectores solares". Ao fazerem a fotossíntese e a respiração desencadeiam uma série de reacções químicas que lhes permitem "armazenar" a energia do sol.
    Assim sendo, é possível que a energia aumente imenso num prado, ao longo do tempo, pois as diferentes reacções podem aproveitar a fonte de energia externa que é o sol.

    E isto do prado é um mero exemplo. A vida na terra faz muito uso indirecto da energia vinda do Sol: não é de admirar que a energia na terra não se conserve.

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  6. Para que não restem dúvidas quanto ao meu “arumento energético” como alguém impropriamente lhe chamou, posso explicar melhor.
    Os evolucionistas deveriam compreender que o seu sistema é um “non starter”, na medida em que a lei da conservação da energia afirma que em todos os processos os componentes que entram são equivalentes aos que saem, ainda que com mudança de forma. Mas a totalidade da massa, da energia, etc., mantem-se constante. Nada pode ser criado ou destruído. Esta é a primeira lei da termodinâmica. A mesma tem uma natureza quantitativa.
    A segunda lei da termodinâmica é a lei da entropia ou do decaimento. Embora a totalidade da massa e da energia permaneça a mesma, a utilidade dos componentes diminui. Isto significa que existirá uma perda de calor ou de informação. É por isso que os cientistas extrapolam e dizem que o Universo caminha para uma “morte de calor” (ou, em rigor, uma morte fria). A quantidade permanece a mesma, mas a qualidade vai diminuindo.
    Isso significa, obviamente, que não se sabe como é que a matéria e a energia podem ter surgido do nada, na medida em que não se conhece nenhum processo através do qual a matéria e a energia se causem a elas mesmas. Criar algo a partir do nada é impossível. E no entanto, nós aqui estamos. Isso significa que a nossa origem só pode ter tido uma causa em processos que actualmente não podemos observar. Podemos observar a conservação da energia e a entropia, mas a criação de matéria e de energia só pode ter tido outra explicação, que não a conservação e a entropia. Isso é inteiramente consistente com a ideia de que Deus criou o Universo, numa semana de Criação muito especial e absolutamente singular, usando processos criativos não observáveis actualmente num contexto físico dominado pela conservação e pela entropia.
    Por outro lado, a lei da entropia diz-nos que a matéria e a energia não podem ser infinitamente antigos, sob pena de já ter ocorrido a morte quente. Ou seja, o Universo deve ter tido um princípio e, dada a energia ainda utilizável que actualmente existe, esse princípio não pode ter sido há um tempo excessivamente longo. Ora, se o Universo teve um princípio e não se pode ter causado a ele próprio, segue-se que só pode ter tido uma causa exterior, autónoma, a partir de algo que não teve um princípio nem, por esse motivo, necessita de uma causa anterior e superior. Essa causa é Deus, eterno, infinito, omnipotente e omnisciente.
    Tanto basta para demonstrar que o criacionismo, ao contrário do evolucionismo naturalista, é perfeitamente consistente com as leis cientistas. A evolução é que tenta, em vão, “furar” as leis da conservação da energia e da entropia. Sucede, porém, que hoje temos a certeza de que o próprio DNA é vítima dessa mesma entropia. Nem o Universo surgiu do nada, nem a vida surgiu de químicos inorgânicos, nem as mutações aleatórias criam informação genética complexa e especificada, a despeito das especulações fantasiosas (porém destituídas de qualquer fundamento empírico, dos evolucionistas).

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  7. No que respeita à citação do «John Ross, Chemical and Engineering News, July 7, 1980, p. 40» não sei em que contexto é que isso foi escrito, mas se essa informação não está distorcida, é uma baboseira de todo o tamanho, análoga a afirmar que os corpos mais pesados são mais atraídos pela terra que os mais leves. Não existe qualquer polémica a esse respeito.


    Um exemplo simples: água é posta no frigorífico. Coloquemos uma garrafa de água no frigorífico.
    A garrafa de água é um sistema fechado, mas não isolado.
    O que é que vai acontecer à água? Vai arrefecer (diminuir a temperatura), e dimnuir o seu volume - a entropia da água vai diminuir.

    Voilá: o exemplo é disparatado para um sistema fechado.
    Troquemos a garrafa por um copo de água, e temos o mesmo exemplo para um sistema aberto. É só fazer as contas.


    Moral da história: existem "milhões" de casos em que a entropia num sistema aberto ou fechado (mas não isolado) diminui.

    A citação foi provavelmente tirada do contexto, ou então será dever de quem tem um livro mandar uma cartinha para a editora e para o autor, para que alguém seja altertado: antes tarde que nunca.

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  8. O Jónatas Machado confunde duas questões diferentes: a criação do unierso e a criação da vida.

    Que o Universo teve um começo não é polémico. Que desde que começou a energia se manteve constante (atendendo à correspondência massa->energia) também não. Que desde que começou a entropia sempre aumentou também não.

    Porque o Universo é um sistema isolado.


    A sua lógica falha quando aplica as mesma leis à terra, que recebe energia do Sol.
    A energia não tem de se conservar na terra, e a entropia pode diminuir na terra.

    Assim sendo caiem por terra estas objecções em relação ao ADN.


    Quanto a concluir que, como o Universo teve de ter um início, a causa que lhe deu origem não o pode ter tido, parece-me um contra-senso.
    De resto, independentemente do começo ou não da "causa do universo", não vejo que sentido faz chamar-lhe "Deus".
    É que Deus é uma palavra que se usa para designar uma superstição muito popular, segundo a qual uma criatura mitológica muito poderosa reage a orações e outros rituais supersticiosos. Estar a confundir esse conceito com questões técnicas associadas à criação do Universo pode levar a confusões como as que o Jónatas faz quando conclui que a "causa do universo" por existir, é omnisciente, omnipotente, etc... São características que uma "causa" não tem. Mostra que o Jónatas confundiu os dois conceitos. Sem qualquer razõ empírica ou racional que justifique tal confusão.

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  9. Não se trata de confundir as questões da criação do Universo e da vida. Trata-se apenas de dizer que não existe nenhuma explicação naturalista para a origem da matéria e da energia e para a origem da vida. É tão simples como isso.

    Isso significa que o modelo evolucionista do Universo e da Vida e da respectiva origem não tem fundamento.

    O melhor que os evolucionistas conseguem é dizer que a complexidade especificada contida no DNA surge por mutações aleatórias e selecção natural. Isto, evidentemente, sem qualquer fundamento empírico, na medida em que não existe qualquer evidência de que as mutações acrescentem complexidade especificada ao genoma, ou de que as mesmas possam explicar a existência de diferentes espécies humana, animais e vegetais.

    As virtualidades "mágicas" das mutações são uma fantasia evolucionista, desmentida pelos factos. As mutações são esmagadoramente deletérias e muitas vezes são letais. As mutações benéficas são raras, não são seleccionáveis e não acrescentam informação complexa e especificada ao genoma.

    Mas mesmo as mutações, para além de não acrescentarem informação complexa e especificada ao genoma, pressupõem a existência prévia de vida, cuja origem não explicam. E a verdade é que não existe vida simples. Toda a vida é extremamente complexa. Sabe-se hoje que mesmo os olhos das trilobites são uma maravilha da engenharia, aplicando muitos conceitos físicos e matemáticos extremamente complexos. Daí que as possibilidades de a vida surgir por acaso sejam pura e simplesmente zero. O próprio Francis Crick reconheceu e escreveu isso, como já tive ocasião de salientar noutro sítio.

    A Bíblia afirma que a vida só pode vir da vida, e é isso mesmo que se pode observar. Os cientistas evolucionistas bem tentam provar a abiogénese, mas a natureza só lhes mostra a biogénese.


    Os criacionistas afirmam, pela fé, que Deus criou o Universo e a Vida. Os evolucionistas não oferecem qualquer alternativa naturalista plausível. As leis da conservação e da entropia não explicam a criação nem do Universo nem da Vida.

    Os evolucionistas gostam muito de fantasiar em torno dos sistemas abertos e do fornecimento de energia. Mas de que vale a energia se não existir previamente um sistema de conversão de energia? De que valem as radiações cósmicas sem a camada protectora de ozono? De um modo geral, a energia só por si é destrutiva.

    Se uma pessoa se expuser durante muito tempo ao Sol a única coisa que evolui é um cancro na pele. Se a pessoa puser os dedos numa tomada de electricidade duvido que sofra mutações benéficas que criem informação complexa e especificada nova no seu genoma. Se as plantas não tiverem previamente montado um sistema de conversão da energia (v.g. fotosíntese) é a sua própria existência que está irremediavelmente comprometida.

    Mesmo os automóveis demonstram que de nada vale deitar gasolina para um tanque se não existir um sistema de conversão de energia. Como se disse, a energia, por si só, é geralmente destrutiva. Mais uma vez se vê que os evolucionistas vivem claramente no mundo da fantasia, totalmente alienados da realidade dos factos.

    A verdade é que a segunda lei da termodinâmica se aplica a todos os sistemas, abertos e fechados, garantindo que as coisas materiais não são eternas. O Sol perde energia, as estrelas estão se a apagar e mesmo os seres vivos, por mais expostos que estejam à energia solar, acabam por morrer. Os carros enferrujam e as nossas roupas deterioram-se. Todos os anos gastamos milhões de euros a tentar contrariar os efeitos da segunda lei da termodinâmica (v.g. reparações de carros, aviões, navios, casas, sapatos, etc; conta da farmácia). Em última análise, todos os compostos químicos tendem a desintegrar-se em formais mais simples. A tendência natural é para a ordem criar caos, a complexidade dar lugar à simplicidade e a informação dar lugar ao ruído.

    Justiça seja feita aos evolucionistas que dão a mão à palmatória, mesmo pondo em causa a base dos seus próprios argumentos, como é o caso do conhecido evolucionista e anti-criacionista ferrenho, Isaac Asimov:

    "Another way of stating the second law then is, 'The universe is constantly getting more disorderly!' Viewed that way we can see the second law all about us. We have to work hard to straighten a room, but left to itself it becomes a mess again very quickly and very easily. Even if we never enter it, it becomes dusty and musty. How difficult to maintain houses, and machinery, and our own bodies in perfect working order: how easy to let them deteriorate. In fact, all we have to do is nothing, and everything deteriorates, collapses, breaks down, wears out, all by itself - and that is what the second law is all about."

    [Isaac Asimov, "In the Game of Energy and Thermodynamics You Can't Even Break Even", Smithsonian Institution Journal (June 1970), p. 6]

    Continua o mesmo Asimov:

    "The Second Law of Thermodynamics states that the amount of available work you can get out of the energy of the universe is constantly decreasing. If you have a great deal of energy in one place, a large intensity of it, so that you have a high temperature here and a low temperature there, then you can get work out of that situation. The smaller the difference in temperature, the less work you can get out of it. Now, according to the Second Law of Thermodynamics, there is always a tendency for the hot areas to cool off and the cool areas to warm up -- so that less and less work can be obtained out of it. Until finally, when everything is one temperature, you cannot get any work out of it, even though all the energy is still there. And this is true for EVERYTHING in general, the universe all over."

    Isaac Asimov, The Origin of the Universe in the ORIGINS: How the World Came to Be video series (PO Box 200, Gilbert AZ 85299 USA: Eden Communications, 1983).

    Ou seja, o Universo, na sua totalidade, está a caminho de uma morte quente (ou fria, se se quiser). A matéria e a energia não se causaram a elas próprias (porque isso é proibido pela lei da conservação da energia) nem se conseguem renovar a elas próprias (porque isso é proibido pela lei da entropia).

    Para que um embrião humano ou animal se desenvolva não basta energia. É necessária a pré-existência de um código com a informação portadora de inúmeras instruções altamente complexas e especificadas, que tenha o seu próprio sistema de conversão da energia. Sem isso, não há desenvolvimento da vida. De resto, isso mesmo foi reconhecido pelo biólogo evolucionista, falecido há alguns meses atrás, Ernst Mayr.

    Nas suas palavras,

    "Living organisms, however, differ from inanimate matter by the degree of complexity of their systems and by the possession of a genetic program… The genetic instructions packaged in an embryo direct the formation of an adult, whether it be a tree, a fish, or a human. The process is goal-directed, but from the instructions in the genetic program, not from the outside. Nothing like it exists in the inanimate world."

    Ernst Mayr, em Roger Lewin, "Biology Is Not Postage Stamp Collecting," Science, Vol. 216, No. 4547 (May 14, 1982), pp. 718-720, citação da p. 719

    Os evolucionistas não conseguem apresentar um sistema com capacidade e energia suficientes para contrariar a segunda lei da termodinâmica. Ela só pode ser contrariada através de códigos contendo informação e sistemas de conversão da energia.

    Ernst Mayr afirma que a vida requer um programa genético. Os criacionistas chamam a atenção para o facto de que um programa extremamente complexo como o DNA, com quantidades inimagináveis de informação complexa e especificada, requer, naturalmente, um programador extremamente inteligente (para gerar tanta informação) e poderoso (para a armazenar e utilizar). Deus é esse programador. Não é por acaso que na Bíblia ele é apresentado como VERBO, RAZÃO e não como um conceito mítico da religião popular, como os evolucionistas, evidenciando uma clara cultura "pimba" gostam de proclamar.

    Dizer que basta juntar energia para haver evolução é uma fantasia que faz tanto sentido como dizer que basta apontar um maçarico com fogo a um conjunto de peças de metal para surgir um Airbus A380. É preciso ter muita paciência para lidar com este tipo de argumentos.

    Os evolucionistas só conseguem contrariar as leis da conservação da energia e da entropia na sua própria cabeça, desenvolvendo uma atitude desesperada de negação dos factos. É a fuga para a frente, contra as leis da causalidade, da conservação da energia, da entropia, da biogénese, das probabilidades, da teoria da informação, etc.

    Os evolucionistas gostam de insistir na ideia de que os criacionistas confudem as questões. É mais um sinal do profundo autismo evolucionista. Mas isso não é obviamente verdade, nem esconde o facto óbvio de que os evolucionistas não têm resposta para as questões fundamentais da origem do Universo, da Vida e do Homem, para além de fantasias inacreditavelmente erróneas e absurdas.

    Todas as especulações evolucionistas são destituídas de fundamento. Como diz a Bíblia, "dizendo-se sábios, tornaram-se loucos".

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  10. «não se conhece nenhum processo através do qual a matéria e a energia se causem a elas mesmas»

    Já ouviu falar em flutuações do vácuo?

    «se o Universo teve um princípio e não se pode ter causado a ele próprio, segue-se que só pode ter tido uma causa exterior (...) Essa causa é Deus, eterno, infinito, omnipotente e omnisciente»

    Não vejo a ligação. Que o universo teve um princípio, estou de acordo. Que teve uma «causa primeira» «exterior», já é falso: a causa pode ter sido interna. Que essa causa, se existisse, tivesse o nome de um «Deus» inventado há três mil anos na península arábica, já é totalmente errado. Como sabe que não há outros mitos da criação mais próximos da verdade? Os dos Maias ou dos Ianomami, por exemplo.

    «A diversidade genética de que dispomos resulta daquela que Deus colocou em Adão e Eva, no princípio. O mesmo vale, com as devidas adaptações para as diferentes espécies animais e vegetais.»

    Já agora: o homo neanderthal, de acordo com o criacionismo, também foi «criado», certo? Se se cruzou com o homo sapiens, como alguma evidência arqueológica parece indicar, terá contribuído para a nossa diversidade genética... O que contradiz a sua «teoria»...

    «em todos os processos físicos observamos que existe perda de calor e de informação (...) A acumulação de mutações ao longo de gerações, longe de aperfeiçoar o genoma, destrói-o»

    O seu erro mais grave é este: querer aplicar a entropia à evolução. Pode haver ganhos locais de informação (diminuição de entropia) mesmo que aumente globalmente. Pense nisso.

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  11. «não existe qualquer evidência de que as mutações acrescentem complexidade especificada ao genoma, ou de que as mesmas possam explicar a existência de diferentes espécies humana, animais e vegetais»

    Já olhou para as raças de cães? Algumas delas, entregues a si próprias, já não se conseguem cruzar entre si (já serão «espécies»?). Aliás, ao longo da história da humanidade, têm aparecido novas raças de cães. Não por serem «criadas» sobrenaturalmente, mas por selecção de grupo e cruzamento selectivo com interferência humana. O que mostra como se criam novas espécies.

    «As mutações são esmagadoramente deletérias e muitas vezes são letais. As mutações benéficas são raras, não são seleccionáveis e não acrescentam informação complexa e especificada ao genoma.»

    Jónatas, está a entrar em contradição. Se as mutações «deletérias» são «letais», ou pelo menos perniciosas, então a eliminação dos indivíduos com essas mutações resulta em que as mutações «benéficas» são selecionadas.

    «não existe vida simples»

    Existem organismos mais simples e organismos mais complexos. Um protozoário é mais «simples» do que um cavalo, por exemplo.

    «Se uma pessoa se expuser durante muito tempo ao Sol a única coisa que evolui é um cancro na pele.»

    Certo, mas se numa população houver pessoas com mais melanina e com menos, e se durante várias gerações estiverem expostas a sol intenso, as pessoas com mais melanina na pele acabarão por prevalecer na população.

    «Se a pessoa puser os dedos numa tomada de electricidade duvido que sofra mutações benéficas que criem informação complexa e especificada nova no seu genoma»

    É verdade, a informação nova resulta da reprodução, não de meter dedos em tomadas.

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  12. Um artigo sobre o que os evolucionistas não sabem e não aprendem na escola.



    Things You May Not Know About Evolution (#160)
    by Henry Morris, Ph.D.

    "O Timothy, keep that which is committed to thy trust, avoiding profane and vain babblings, and oppositions of science falsely so called:" (I Timothy 6:20).

    Recently I had the privilege of addressing a gathering of state legislators and other influential political individuals. These gifted men and women are typically highly educated, most having been taught evolution and an evolutionary worldview extensively and exclusively. Now, they have the power to establish educational guidelines and societal norms.

    Sponsors of the banquet requested a talk both informative and evangelistic. What can one say in 45 minutes to a gathering of influential leaders that will make a difference? I don't pretend to know what would be best, but perhaps you would be interested in what I did say. My talk was entitled, "Three Things You May Not Know about the Theory of Evolution." I was speaking only from notes, but a summary of the talk, with a few alterations, appears below.

    Introduction

    I started with definitions for clarity. There is much misunderstanding of important words today, and some purposefully misuse words to confuse students and hide their true intentions.

    Science has to do with careful observations in the present. Unlike true science, both evolution and creation are, at best, historical reconstructions of the unobserved past since no one can empirically observe either. In reality they are complete worldviews, ways to interpret all observations in the present, and a basis for all of life's decisions. In previous years, "science" was understood to mean "the search for truth," but many now limit that to a search for naturalistic explanations, even if that search leads to hopeless conclusions.

    Evolution implies "descent from a common ancestor" with all of life related, consisting of modified forms of very different things, such as a person descending from a fish. Evolution does not mean merely "change," for all things change with time. For clarity we must restrict this term to meaningful change, especially the descent of new types of organisms from earlier, different ones.


    Creation denotes abrupt appearance of basic categories of life without any basic type having descended from some other category, and with no extensive change once the category appears. Lack of change is known as stasis. Fish have always been fish, ever since they first appeared, and dogs have always been dogs. Fish and dogs and all else may have varied a little, but did not come from a common ancestor.

    The term microevolution is sometimes used for small, horizontal changes that are readily observed (such as the various breeds of dog), while macroevolution implies large vertical changes (fish to dog) that have never been observed. These big changes constitute evolution as Darwin used the term and as the general public understands it.


    Horizontal Variation: YES
    Vertical Evolution: NO


    Furthermore, evolution, as understood by all leading evolutionists, textbook writers, and theoreticians, utilizes only natural processes, like mutation and natural selection. To leading evolutionists, only unguided random forces have been involved with no supernatural input allowed.

    Following are three important points about real evolution—significant changes-the origin of new categories of life from older different ones. Even if one is highly educated about evolution, he may not know these things, but this knowledge is essential if intelligent decisions are to be made.

    I. Evolution didn't happen.

    A. Random forces cannot account for life.

    The design we see in living things is far too complex, too designed, too engineered to be the result of mere undirected, random forces. Even the simplest thing we could call "living" is vastly more complex than a super computer and super computers don't happen by chance. Every cell is composed of many constituent parts, each one marvelously designed and necessary for the whole. Without any one of its parts, the cell could not live. All of it is organized and energized by the magnificent DNA code, an encyclopedia of information which, even though modern scientists can't read it, it is read and obeyed by the cell. Surely some things need a Designer/Author.

    B. Evolution (i.e., macroevolution) doesn't happen in the present.

    If it ever happened in the past it seems to have stopped. Maybe environmental conditions don't change much, or selective pressures are too little, but everyone knows that real macroevolution is not and cannot be observed today.

    Mutations, random changes in the DNA information code, are observed, but never do these "birth defects" add any innovative and beneficial genes to the DNA. Instead, mutations are either repaired by the marvelous mechanisms elsewhere in the DNA, or are neutral, harmful, or fatal to the organisms.

    Likewise, natural selection occurs all around us, but this only chooses from among the variety that already exists, it can't create anything new. Evolutionists may talk of actual selection as if it had a mind of its own and does the work of evolution on purpose, but it is inanimate and unthinking, impotent to bring about more than micro-evolutionary changes.

    C. Evolution didn't happen in the past.

    When we look at the record of life in the past, we see no conclusive evidence that any basic category arose from some other category either. We see that some categories have gone extinct, like the dinosaurs, but the rest fit into the same categories that we see today. We see dogs in great variety, even some extinct varieties, but no half dog/half something else. Evolutionists have a few transitional forms that are commonly mentioned, but if evolution and descent from common ancestors really occurred we should see multiplied thousands of transitional forms. We do not see them.

    The most famous living evolutionary spokesman, Dr. Stephen J. Gould, paleontologist at Harvard University, has made a career out of pointing out to his colleagues that the fossil record shows abrupt appearance and stasis. He is no friend of creation and yet as an honest scientist he must acknowledge this now well-known fact. He proposed the concept of "punctuated equilibrium" to account for the fossils in which life usually is in equilibrium, or stasis, and doesn't change at all. When a category of life encounters a sudden environmental shift, it changes rapidly into a different stable form, so rapidly in fact that it leaves no fossils. How convenient. Evolution goes too slow to see in the present, but it went so fast in the past it left no evidence. Gould is arguing from lack of evidence!

    But lack of transitional forms is exactly what should be the case if creation is true. The fossil record supports abrupt creation of basic kinds much better than either slow or fast evolution.

    D. Evolution can't happen at all.

    The basic laws of science are firmly opposed to evolution, especially The Second Law of Thermodynamics which insists that all real processes yield less organization and information in their products than in the original. This basic law leads to de-volution, not evolution. The presence of abundant external energy has never, as far as science has observed, produced beneficial mutations or added information to the genome as evolutionists claim. Instead, an abundance of incoming energy will hasten the deterioration of living things, especially the DNA. It will not bring about their evolution. Evolution is against the Law!

    Evolution doesn't happen, didn't happen and can't happen, and is fully unable to account for the design that we see.

    We've all heard the claim that "evolution is science and creation is religion." This oft-repeated mantra originated with the testimony of Dr. Michael Ruse at the 1980 Arkansas creation trial. The presiding judge, known for his prior bias toward evolution, entered it into his formal opinion, and this flag has been waved by evolutionists ever since. But Dr. Ruse, an expert on the nature of science and scientific theory has recently admitted that he was wrong-that "evolution is promulgated by its practitioners as . . . a religion, a full-fledged alternative to Christianity. . . . Evolution is a religion." Which brings us to point two.

    II. Evolution is a complete worldview.

    Evolution is the religion of naturalism, the antithesis of supernaturalism. It purports to answer all the "big" questions of life. "Who am I?" "Where did I come from?" "Where am I going?" "What's the meaning of all this?" Claiming that science equals naturalism excludes a Creator from science by definition. Even if that Creator exists and has been active, such a notion is unscientific. This religion of naturalism, that we are merely the result of blind random forces is logically compatible only with atheism. It has resulted in life without accountability to a Creator and has led to a licentious society full of great heartache, for evolution thinking underpins racism, abortion, infanticide, euthanasia, promiscuity, divorce, suicide, Social Darwinism, etc. While science and technology have accomplished great things, often by evolution believers, the concept of evolution itself has lead to nothing useful.

    III. The religion of evolution is the opposite of Christianity.

    Evolution can be summed up by the phrase "survival of the fittest" and the extinction of the unfit. The death of the majority allows the few with beneficial mutations to continue. The strong thrive at the expense of the weak and helpless. The only things that matter are survival and reproduction. Evolution starts with small beginnings and over time, with volumes of bloodshed and disease, arrives at man. As Darwin concluded in the last paragraph of Origin of Species, death, carnivorous activity and extinction produced man.

    Christianity poses a very different picture. It starts with a mighty Creator who created a "very good" (Genesis 1:31) universe, one in which was no pain, suffering, or death. He recreated His image in man, and graciously supplied his every need, including personal fellowship with Him. This perfection was rejected by man, and now all of man's domain suffers the "wages of sin" (Romans 6:23), deteriorating and dying under the effect and penalty of sin. All things had been placed under Adam's stewardship, and now all suffer under his penalty. Plants wither, animals die, people suffer and die. Even inanimate things deteriorate. The moon's orbit decays. The sun uses up its fuel. The entire creation suffers (Romans 8:22).

    Today we see extinction and survival of the fittest, but these are not creative processes, they are reminders to us to return to our Creator for His gracious solution to our sin penalty, for He graciously sent His Son to die as our sacrifice. The most fit of all, died for the unfit. He gives us eternal life as a free gift of His grace.

    Contrast these concepts with survival of the fittest and struggle for existence, and you will see them as opposites. While evolution offers nothing but struggle and ultimate elimination, Christianity offers everlasting life free from every struggle and death.

    Both evolution and Christianity are complete worldviews. Of the two, creation is better supported by scientific observation, and it alone makes sense out of life and eternity.

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