As provas do Sabino.
O Marcos Sabino criticou-me por ter focado umas estatuetas e não ter mencionado o que o Marcos diz ser «muitas outras evidências inequívocas» dos dinossauros terem convivido com seres humanos. Sugeri por isso que ele indicasse algumas dessas. «Basta referir-se a uma», escreveu o Marcos, «desde que não se esqueça de referir que não é a única existente. […] Pode referir-se, por exemplo, ao dinossauro na américa».
Aqui fica então a prova conclusiva da coexistência de dinossauros com os seres humanos. Como pedido, saliento que não é a única, se bem que, segundo o Marcos, esta seja a melhor. O que não abona muito em favor das outras...
O painel superior mostra um petróglifo gravado pelos Anasazi, onde agora é o Colorado, algures entre o século VI e XII. O painel inferior mostra a silhueta que o Marcos usou para salientar o que alguns criacionistas julgam ser um dinossauro (1), parecença esta que também chamou a atenção de quem estudou estes petróglifos (1,2). Mas a questão é se um desenho na pedra, mesmo parecendo um dinossauro, é suficiente para concluir que havia dinossauros na América durante a idade média. Eu proponho que não.
Como apontam os criacionistas, não conseguimos explicar aquele desenho. Mas não conseguir explicar algo não quer dizer que tenha uma única explicação. Pelo contrário. Normalmente, a dificuldade é haver mais explicações do que as evidências permitem distinguir. Os petróglifos são representações artísticas e simbólicas que exprimem ideias, crenças religiosas e mitos. Não podendo questionar o autor nem conhecendo a cultura de quem desenhou estas figuras, não podemos saber do que se trata. Se são dois animais sobrepostos, se é um ser mitológico, se é parte de uma história, uma maldição ou um feitiço para transformar cobras em lagartos. Até pode ser um dinossauro, mas pode ser muitas outras coisas.
E é estranho que os dinossauros tivessem tão pouco representados na arte Anasazi se tivessem mesmo convivido com este povo. Os Anasazi desenhavam muitas coisas. Muitos animais, pessoas em várias actividades, até uma tartaruga a tocar flauta – quem sabe "evidência inequívoca" de répteis musicais (3). Se andassem a fugir de tiranossauros ou a caçar brontossauros, seria de esperar mais desenhos sobre isto.
Mas o problema principal é que não podemos inferir a existência de algo apenas porque vemos um desenho que o pareça representar. Não temos «evidências inequívocas» que os egípcios andavam de lado com o pescoço torcido ou que alguns tinham cabeça de crocodilo. Não é legítimo concluir da arte Hindu que havia mulheres com quatro braços. E espero que os arqueólogos que daqui a dez mil anos desenterrarem revistas do Tio Patinhas não sejam tão precipitados como o Marcos e não tirem delas conclusões acerca do nosso aspecto.
Para fundamentar a hipótese que dinossauros viveram ao mesmo tempo que humanos, o Marcos precisa de evidências muito menos ambíguas. Como as que temos para toda a megafauna do Pleistoceno, o período que começou há 1.8 milhões de anos e terminou há 11,500 anos. Neste período, durante o qual surgiu a nossa espécie, os nossos antepassados conviveram com muitos animais de grande porte. Mamutes, tigres dente de sabre, preguiças gigantes, moas, ursos gigantes.
Sabemos isto porque os animais de grande porte tendem a fossilizar mais facilmente – os seus esqueletos são mais resistentes a necrófagos e outros factores que obliteram animais mais pequenos – e porque os seus fósseis são mais fáceis de encontrar. A tíbia de um urso gigante é mais óbvia que a de um pardal, por exemplo. Por isso temos muitos fósseis de animais grandes do período em que viveu o Homem primitivo. Além disso, muitos destes animais viveram dentro da gama de datação pelo carbono 14, e alguns vestígios, como os mamutes da Sibéria, não estão completamente fossilizados, permitindo datá-los com grande rigor.
Isto dá-nos uma ideia bastante completa da fauna no tempo dos nossos antepassados. E nesse grande conjunto de fósseis não há indício nenhum de dinossauros. Nem sequer um dente. Esta evidência paleontológica contra a coexistência de humanos e dinossauros é tão forte que até resiste à Raquel Welch num biquíni de pele. Esse boneco do Marcos, que tanto pode representar um dinossauro como uma cobra a comer um rato, nem sequer faz mossa.
Se isto não convencer o Marcos, apresento-lhe "evidências inequívocas" de ser o legítimo proprietário da ponte Vasco da Gama. E até lhe faço um preço de amigo, se estiver interessado...
1-Marcos Sabino, Os dinossauros e a Bíblia (Parte 9) – A arqueologia confirma: seres humanos viram dinossauros vivos
2- Apologetics Press, A Trip Out West—To See the “Dinosaurs”
3- Petroglyphs.US, Anasazi petroglyphs at New Well
Caro Ludwig
ResponderEliminarO director das pontes enganou-o. Há evidências que mostram, com clareza, ser a ponte propriedade do governo português e estar concessionada à empresa lusoponte. O modelo está descrito em
http://www.lusoponte.pt/pvg_projecto_antecedentes.htm
tags: gozo, evidências, modelos
Ludwig:
ResponderEliminarTenho a acrescentar com a mesma seriedade do A.P. que tenho provas de que homens e dinausauros coexistiram. Ontem vi isso claramente representado no chão de marmore de um centro comercial - desenhado nos veios da propria pedra, vejam la a genuinidade.
Ludwig:
ResponderEliminarJa viste a promessa do Prof AD:
"Tenciono apresentar aqui alguns dos grandes equívocos do ateísmo contemporâneo."
ACho que isto quer dizer que ele vai provar que Deus existe. Porque tudo o que não seja isso é absolutamente irrelevante.
Já que estamos numa de picuinhices: a Ponte Vasco da Gama pertence ao Estado Português e não ao Governo Português, o que não é bem a mesma coisa.
ResponderEliminarQuanto à "evidência inequívoca criacionista" tenho dúvidas de que se trate sequer de um desenho (até pode ser um) mas cá para mim estamos perante mais um caso de pareidolia. Cada um vê aquilo que mais lhe convém. É que se fosse mesmo um dinossauro é esquisito não aparecerem mais representações nessa região como de cabras, carneiros, veados, cavalos, bois ou bisontes que são aos montes.
Quanto à escultura do "stegossauro" ou será antes rinoceronte ou outra coisa qualquer ler aqui:
ResponderEliminarhttp://www.theness.com/neurologicablog/?p=196
http://blogs.smithsonianmag.com/dinosaur/2009/03/12/stegosaurus-rhinoceros-hoax/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEspantoso! Enquanto por aqui as crianças crescidas se entretêm com os brinquedos que o Pai Natal lhes vai trazer... humm, ainda que isso dos dinossauros me pareça já ter passado um tanto de moda, mas enfim... aquilo que se vai sabendo sobre a fraude organizada, a vários níveis - científico, político, económico, financeiro, informativo... you name it! - do pomposo "aquecimento global" aka "alterações climáticas" raia o cúmulo do criminosamente absurdo!!!
ResponderEliminarAqueles que ainda não abriram os olhos, ou preferem ignorar "the writings on the wall", fariam bem em ler esta notícia da Europol para se aperceberem melhor daquilo que nos espera, caso os tais "criminosos de colarinho branco" levem a sua avante... hopefully NOT!
Carbon Credit fraud causes more than 5 billion euros damage for European Taxpayer
These criminal activities endanger the credibility of the European Union Emission Trading System and lead to the loss of significant tax revenue for governments.
CINCO BILIÕES de Euros... falamos de 5 milhões de milhões em actividades fraudulentas neste mui divertido carrocel, ora vejam:
Carbon credit carousel
Eis pois o triste fado da burocracia político-financeira que se pretende incrementar em torno deste comércio imoral, centrado no gás da vida, que alguns lunáticos continuam a jurar a pés juntos ser o responsável por TUDO o que de sinistro possa acontecer ao clima... anywhere on our planet!
Será que, ao menos, alguém aqui já vai tendo alguma compreensão do que toda esta barafunda significa, ou ainda continuam encandeados por tão pomposo "argumento da ignorância"? Bem, os advogados é que esfregam as mãos de contentes, claro, os processos civis contra os fraudulentos alarmistas já se vão amontoando, embora muito melhor seria se tudo isto não tivesse chegado a este ponto lamentável...
Quanto à "ciência" envolvida, talvez um exame das estações terrestres nos EUA esclareça melhor a divergência muito assinalável entre as temperaturas em áreas urbanas e rurais... see for yourself!
Surface station
And don't forget... o aumento médio da temperatura global à superfície da Terra foi de 0,6ºC no século XX... são seis décimas de grau em 100 anos! Ou seja, muito MENOR do que essas estimativas de erro, certo?!
So, do read and understand... the right action is at hand!
The improver of natural knowledge absolutely refuses to acknowledge authority, as such. For him, skepticism is the highest of duties; blind faith the one unpardonable sin. – T. H. Huxley,
"E espero que os arqueólogos que daqui a dez mil anos desenterrarem revistas do Tio Patinhas não sejam tão precipitados como o Marcos e não tirem delas conclusões acerca do nosso aspecto."
ResponderEliminar...e da nossa falta de roupa da cintura para baixo.
LOL! Rir é o melhor remédio... outra anedota! :)
ResponderEliminarEste é um comentário num blog, sobre a "homogeneização" dos dados que, tanto quanto se vê, se parece mais com um Robin Hood na moderna floresta Anglia-CRU! Ou seja, o que se subtrai à 1ª metade do século acrescenta-se à 2ª... sounds (un)fair!
Pasteurized Data
All this talk about how the CRU "homogenized" the data to remove inconsistencies brought forward a comment from a reader. He pointed out that the data wasn't just homogenized; it was also pasteurized: heat was added until the data was completely sterile!
Bem visto, é calor e frio misto! :)
Eis uma das inúmeras discussões sobre este tema "escaldante" dos dados antes e após tratamento de beleza... a quente!
GISS raw station data before and after
Convém salientar que, no ponto em que as coisas estão, cada vez menos se torna possível confiar em quaisquer dados oficiais sobre as temperaturas globais, e há que recordar que falamos de uma tendência secular de subida de 0,6ºC... seis décimos de grau!... de 1900 a 2000!
Think about it, will you?!
Leprechaun:
ResponderEliminarO aquecimento esta la exactamente como antes. Não houve alteração dos dados que ainda estão disponiveis.
Segundo a tua ligação, apenas faltam as medições feitas para la de 100 anos. Tenho a certeza que ha uma explicação para isso, como o metodo ter sido diferente. Mostra valores mais altos para aquela zona do que o que ha hoje. Isso não um problema a não ser se todos disseram a mesma coisa. Mas sabemos que, mesmo quando este pedaço de informaçãpo tão importante ainda não tinha sido escondido, que as medições diretas mostram um aquecimento brusco da temperatura.
E o CO2 continua a ter efeito de estufa. E os mecanismos de compensação estãoa desaparecer (solos a secarem e gelo a dereter). Queres saber o que acontece quando ja não se puder absorver calor dessa maneira? E a tundra começar a libertar metano e CO2? E o albedo da terra diminuir?
Leprechaun. Por favor, tem um pouco de juizo.
Outra coisa, vê la que vão ser os mais prejudicados com as alterações climaticas. Os ricos e poderosos ou os pobres? E quem é que produz mais CO2 e é mais afetado por reduções na sua produção? TAnto que nem se quer comprometer? EUA... Se houvesse uma conspiração aqui era da Europa contra os EUA, mas tambem por aqui se faz dinheiro com petroleo.
Dizer que as coisas estão a correr bem assim e que não se devem reduzir as emissoes de CO2 é loucura.
Eu tenho a dizer que discordo em absoluto da interpretação que o Ludwig fez do desenho que lhe dá a posse da ponte Vasco Da Gama: aquilo é claramente um sutiã :|
ResponderEliminarLudwig, repara que o dinossauro tem quatro patas em cada flanco, e não as duas habituais. Não me parece grande evidência, a não ser que encontrem saurópodes com oito patas.
ResponderEliminarAinda assim, há um vasto conjunto de evidências que revelam de forma inequívoca que dinossauros e humanos conviveram ao mesmo tempo. Dou aqui um bom exemplo que, arrisco, não conseguirás contradizer.
Aqui está ele: http://www.wep.com/gallery/Denver/full/26.jpg
PR
Leandro,
ResponderEliminarIsso é pareidolia; estás a ver o que queres ver. Seu malandro... :)
PR,
Eu acho esta bem mais persuasiva. Talvez tenha sido isto que confundiu o Leandro ;)
Já que o fenómeno religoso é tão insistentemente abordado neste blog, convém talvez dar uma visão um pouco mais ampla daquilo que o conceito de "religião" representa em termos antropológicos.
ResponderEliminarEstamos habituados a uma definição de religião como sendo um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte.
Contudo, de um ponto de vista mais amplo, a antropologia cultural dá-nos um conceito abrangente de religião e qual a sua função social. Assim, a religião envolve um conjunto de crenças promovidas por um grupo de líderes, que implicam mudanças no estilo de vida dos crentes, segundo a visão particular do mundo e a ética ou moralidade religiosas do "bom" e do "mau".
Deste modo, os movimentos de defesa do ambiente, e em particular todo o forte espírito de grupo sectário em torno do "global warming movement", enquadram-se perfeitamente dentro desta categoria de novas religiões naturalistas de finais do século XX e que se vêm incrementando neste início de milénio. Além disto, a moderna religião dos alarmistas ambientais apresenta notáveis semelhanças com a visão judaico-cristão do mundo, talvez por ser essa ainda a concepção dominante no mundo ocidental, onde esses movimentos começaram a surgir já na década de 60.
A visão ecológica romântica dos modernos ambientalistas é que, antes do aparecimento da civilização humana, o mundo era uma espécie de paraíso ou jardim do Éden, que foi sendo arruinado pelo Homem, sobretudo no recente período pós-industrial, sendo esta destruição equivalente ao "pecado original" que nos está a expulsar desse paraíso natural. A salvação do planeta deve ser procurada na "sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável, preservando a biodiversidade e os ecossistemas naturais, ou seja, regressando ao tal Éden de onde a civilização nos expulsou.
É interessante salientar que estes conceitos ambientalistas ou "verdes" deram origem a uma nova disciplina que pretende fundir a economia e a ecologia na chamada ecolonomia, o que comprova assim a inegável importância do movimento ecológico global.
Falando mais especificamente na religiosidade implícita no moderno mito do "aquecimento global", que é provavelmente a crença religiosa mais universal que alguma vez existiu – pelo menos no mundo ocidental, onde as religiões tradicionais estão em claro declínio –, não faltam sequer as profecias apocalípticas que prometem o fim do mundo se não nos arrependermos do pecado do consumismo exagerado, alterando drasticamente um estilo de vida colectivo que poderá transformar este planeta num inferno.
Os "livros sagrados" assim o dizem ou antevêem, e claro que hoje em dia isso já não se limita a palavras escritas em papel, mas tais temores irracionais, que apelam sobretudo às emoções mais básicas do Ser Humano, são difundidos em larga escala através da pregação constante dos novos profetas – políticos, cientistas, jornalistas, opinion makers – e, mais ainda, pela imagem de documentários, reais ou ficcionais, onde as "chamas do inferno" e o "dilúvio global" constituem a essência da mensagem veiculada a uma humanidade pecador e que se deve arrepender... JÁ!
Ora, não é mesmo esta a religiosidade que tanto aqui se abomina, promovendo-se em vez disso o superior espírito "ateu" perante a irrazoabilidade da crença? Ah, sem falar na exigência da prova que as "afirmações extraordinárias" implicam! Onde está pois essa prova naquilo que à nova religião dos alarmistas do clima se refere?
(continua)
E não se proclama também que a educação e a informação são os instrumentos adequados para promover o melhor conhecimento... scientia!... que fará com que as superstições de outrora dêem lugar à visão clara da realidade... agora?
ResponderEliminarPois é isso mesmo que está acontecendo com o fenómeno religioso presente, em que tantos embarcaram mas progressivamente muitos já abandonaram, felizmente. E quanto maior for a informação isenta, rigorosa e credível... ou científica!... muitíssimos mais irão repudiar uma crença infundada, que se baseia apenas na fé e obediência ao "magister dixit", algo que claramente NÃO faz parte dos cânones da boa prática em ciência, entendida esta como a busca constante da verdade!
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
NÃO!... à mentira e escravidão da razão!!!
Are you still saying "yes"... sheeply and cheaply?!
First they ignore you. Then they laugh at you. Then they fight you. Then you win. – Ghandi
Prestem atenção ao seguinte: a questão do Sabino é que quem nunca viu nem ouviu falar num determinado animal, não o pode representar. Quem desenhou querubins com cabeças de leão, asas de águia e corpo humano tinha uma ideia do que seria um leão, uma águia e um humano. E quem inventou o Pato Donald sabia o que era um pato. No entanto, Sabino diz que humanos que supostamente não sabiam o que era um dinossaro, represetaram um - é essa a questão.
ResponderEliminarAo ver a imagem fora do contexto, não faço a mínima ideia do que seja. É preciso a ajuda de um criacionista para perceber que aquilo é um dinossauro. Não parece uma mancha de tinta - parece mais que rocha foi esfolada. A cauda do bicho é maior que todo o seu corpo e parece ter um espigão na ponta. Conto 6 patas. Há qualquer coisa por cima do corpo com forma triangular. E a figura humana, que não se vê na imagem, é maior do que o dinossauro (como indicado nas imagens de fontes criacionistas). Mais imagens de dinossauros em Anasazi: 1, 2. Nesta imagem vê-se que a cauda do dinossauro está ligada a uma fina linha comprida ondulada e algo debaixo das patas. Mais desenhos: 1, 2, 3. Os índios consideram que as imagens representam eventos espirituais.
Essa evidência faz-me lembrar as evidências para a tecnologia, como helicópteros e submarinos, no Antigo Egipto...
Helicóptero e submarino de Abidos: img.
ResponderEliminarExtraterrestre ("grey alien") numa parede do Túmulo de Ptah-Hotep: img. (ampliada)
Nave espacial em arte medieval e renascentista: 1, 2, 3, 4.
As evidências criacionistas e ufologistas são da mesma natureza.
E os mecanismos de compensação estão a desaparecer (solos a secarem e gelo a derreter). Queres saber o que acontece quando já não se puder absorver calor dessa maneira? E a tundra começar a libertar metano e CO2? E o albedo da terra diminuir?
ResponderEliminarBlá, blá, blá... blá, blá, blá... blá, blá, blá! Recitando o livro sagrado e rezando o mesmo mantra que os chefes ensinam... mas e as provas objectivas, onde estão?
Não é necessário repetir o que já disse e nem sequer vou colocar de novo o estudo de Richard Lindzen que desmente, sem margem para dúvidas, a hipótese do "feedback" positivo ou o "forcing" do CO2, mecanismo teoricamente essencial para a subida exponencial das temperaturas com o possível aumento na concentração do CO2. Note-se que, sem este feedback, os modelos do IPCC apenas prevêem algo como 1,3ºC de subida para o DOBRO da concentração do CO2 actual... 800ppm!
Aproveito, porém, para esclarecer os "crentes" relativamente ao tão badalado assunto da subida do nível do mar, que o ultra-alarmista James Hansen coloca nuns espantosíssimos 75 metros!!!
Clearly, if we burn all fossil fuels, we will destroy the planet we know. Carbon dioxide would increase to 500 ppm or more. We would set the planet on a course to the ice-free state, with sea level 75 meters higher.
Esta afirmação é já deste ano, num artigo publicado pelo "The Observer". Ora então, CO2 à parte, qual seria o nível do mar durante o Período Quente Medieval, em que a temperatura era equivalente à actual... no mínimo?!
O Al Gore só se ficava pelos 60, vamos lá ver qual é o 1º a chegar aos 100! Nas ilhas Maldivas e Tuvalu já andam aflitos... haverá mesmo motivos para tal? Ora vejamos...
É que as previsões da INQUA para 2100 são de 5 cm +/- 15 cm... centímetros, note-se bem!
Still... what do observations show?!
Sea levels changes
The last centuries recorded a significant rise in the period 1850-1930. In the last decade there are no traces of any significant rise, however, and certainly not of any alarming "accelaration" as claimed in the IPCC-scenario. (...)
In conclusion: observational data do NOT support the sea level rise scenario. On the contrary, they seriously contradict it.
Factos e NÃO palavras ou argumentos vãos! Quando os profetas mediáticos puderem consubstanciar as suas afirmações com alguns dados CREDÍVEIS, que comprovem as teorias que tão apressadamente debitam, então talvez possam ser escutados e levados a sério pela comunidade científica. Até lá, vence a razão e perde esta pseudo-religião!
Science is based on undeniable facts, NOT on fancy elaborated theories that show nothing at all!
So I am asking again: where are those facts and observations proving such extraordinary claims... religious beliefs, indeed?!
It doesn't matter how beautiful your theory is, it doesn't matter how smart you are. If it doesn't agree with experiment, it's wrong! – Richard Feynman
"Blá, blá, blá... blá, blá, blá... blá, blá, blá! Recitando o livro sagrado e rezando o mesmo mantra que os chefes ensinam... mas e as provas objectivas, onde estão?
ResponderEliminar"
Provas de que ? que o CO2 é um gaz com efeito de estufa? Olha, descobre. Esperimenta procurar em Svante Arrhenios e Fuorier.
quanto ao clima a aquecer que tal a ausencia de gelo nas poças de aguade madrugada que era frequente nesta epoca do ano quando eu era criança? que tal o avanço das estações com as arvores a florir mais cedo? São tudo coisas que podes ter observação imediata, se fores observador.
Outra coisa. Pulgas e carraças, o ano inteiro, desde ha uns 5 anos para ca. Em animais de rua.
"1,3ºC de subida para o DOBRO da concentração do CO2 actual... 800ppm!"
ResponderEliminarDuas coisas: dobrar o CO2 vai ser num instante. 1,3 graus de média global é muito. Porque vai ser em muito pouco tempo.
Um pouquinho off topic mas de interesse para o assunto:
ResponderEliminarhttps://secure.wikileaks.org/wiki/Young-earth_creationist_Kent_Hovind%27s_doctoral_dissertation
Ainda só deitei uma vista de olhos, mas já dei umas risadas, e não queria deixar de partilhar algo tão divertido.
Mais ou menos fora de tópico.
ResponderEliminarCONFUSÃO NA RELIGIÃO.
A DÉCADA MAIS QUENTE DOS TEMPOS MODERNOS.
Duas coisas: dobrar o CO2 vai ser num instante. 1,3 graus de média global é muito. Porque vai ser em muito pouco tempo.
ResponderEliminarBem, deixando as pulgas e carraças de parte, mais a chegada antecipada da Primavera e por aí... que podem significar mais calor mas NÃO correlacionam sequer um tal fenómeno ao nível atmosférico de CO2... onde é que estão os estudos, ou até mesmo as previsões devidamente fundamentadas, que quantificam esse muito pouco tempo para a duplicação do CO2 ou o aumento possível de 1,3ºC na temperatura média do globo?!
É que dito assim, sem NADA de objectivo a apoiá-lo, isso tem a mesmíssima credibilidade de qualquer afirmação religiosa ou mística ou uma conversa de café... isto é, ZERO credibilidade científica!
Obviamente, resultados ou previsões de modelos climáticos... por mais sofisticados que eles sejam... não servem de prova ou garantia para nada, em especial depois de conhecer a total falta de exactidão dos mesmos ao longo de todos estes anos.
Há aqui quem saiba muitíssimo bem tudo isto, porque trabalha com modelos de computador, que são usados para compreender um sistema e testar o nosso conhecimento acerca dele. Mas se os resultados/previsões do modelo não correspondem às medições reais, é claro que ele tem de ser revisto e aperfeiçoado. Creio que ninguém tem dúvidas sobre isto, certo?
Ora tudo aquilo que se relaciona com o clima só pode ser modelado como um sistema aberto, acerca de cujas variáveis - CO2 e outros gases, oceanos, sol, nuvens, etc. - ainda sabemos muito pouco e cuja descrição matemática é mais do que ultra complexa.
Daí, aliás, as disparidades notórias em muitas dessas previsões à la longue, que assumem diversos cenários e, sobretudo, valores positivos para um suposto feedback ou forcing do carbono que, tanto quanto eu sei, continua simplesmente por comprovar.
Eis um artigo muito pormenorizado sobre tudo isto, datado já do ano 2000:
Calculating the Climatic Impacts of Increased CO2: The Issue of Model Validation
...there is really no credible expectation of a "disastrous" change in the oceanic circulation over the North Atlantic under a CO2-forced climate scenario. (...)
...understanding global and regional climate change is not a matter of dealing with CO2 alone. In fact, the enormous complexity and difficulty are knowing the precise roles of other forcing agents including the Sun, natural and anthropogenic aerosols, ozone and so on.
Por fim, talvez a principal razão pela qual uma percentagem muitíssimo significativa de pessoas começa a abrir os olhos e ver todo o completo embuste desta história aldrabada e muito mal contada, é que, à medida que a vão aprofundando, descobrem, não sem espanto, que afinal é tudo ar e vento e não existe nada de sólido nas alegações que pretendem correlacionar, de uma forma anti-cientificamente simplista, concentrações de CO2 e temperaturas à superfície da Terra.
O efeito estufa do CO2, ou vapor de água, metano e outros gases, não está obviamente em causa, mas o estudo do clima não se resume a experiências de física ou química num laboratório, claro! Estamos a falar de um sistema aberta altamente complexo, sobre o qual ainda não sabemos quase nada e que, assim sendo, se torna impossível de modelar com um mínimo de precisão, muito menos pretender usar os supostos resultados de tais modelos muito incompletos e imperfeitos para fazer previsões... e logo a cem anos!
Not so fast... hold your horses!
(continua)
Por fim, e de novo: ciência NÃO é religião e não se faz de acordo com opiniões ou teorias pré-concebidas, mas sim com o estudo e observação rigorosa dos factos, se possível matematicamente quantificáveis. É apenas isto que está em discussão quando se fala de climatologia e tudo o que agora lhe está associado.
ResponderEliminarMeaning... "show me the money"... give me less talk or indoctrination and more FACTS, please!
Afinal, não será mesmo isso que por aqui se faz há tanto tempo com estas questões do criacionismo, dinossauros e afins?
So... where is the difference? Either you prove it or you disprove it... right?!
If someone is able to show me that what I think or do is wrong, I will happily change, for I seek the truth, by which no one ever was truly harmed. – Marco Aurélio
"Bem, deixando as pulgas e carraças de parte, mais a chegada antecipada da Primavera e por aí... que podem significar mais calor mas NÃO correlacionam sequer um tal fenómeno ao nível atmosférico de CO2... onde é que estão os estudos, ou até mesmo as previsões devidamente fundamentadas, que quantificam esse muito pouco tempo para a duplicação do CO2 ou o aumento possível de 1,3ºC na temperatura média do globo?!"
ResponderEliminarQuandop tens uma correlação e tens um mecanismo que o explica estas a abusar quando dizer que é coicidencia.
E sabes que esses estudos.
Antes da revolução industrial tinhas menos de metade do que tens hoje em CO2. E nem por sombras tinhas as fabricas a bombar como tens hoje. 300 anos é muito pouco tempo para duplicar a concentração de um gas na atmosfera do planeta. Isto se queres que ele mantenha o mesmo aspecto claro. E porque é que é pouco tempo? Porque nos somos dos melhores produtores de CO2 que a natureza já viu e só nos ultimos anos começamos a bombar.
As pulgas e as carraças não vale a pena por de lado. Estão na mesma linha das arvores de fruto. Sabe-se que as estações quentes são agora mais longas quando aferidas pela biologia.
Ó Rui, sabes a que é que eu acho piada? Acho piada à quantidade de especialistas em climatologia que andavam por aí escondidos e que agora, por causa da história dos emails, decidiram mostrar-se ao mundo.
ResponderEliminarA isso sim, acho piada :)
Continuando na onda do "off-topic" chamo à vossa atenção para este vídeo recente produzido por um utilizador do Youtube sobre Dualismo:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=WsPn5dXfTvA
A "treta" do Dualismo desmontada de forma brilhante!
E já agora sobre o "Climategate" este vídeo:
ResponderEliminar6. Climate Change -- Those hacked e-mails
http://www.youtube.com/watch?v=7nnVQ2fROOg
[...]
ResponderEliminarDisbelievers in global warming—the widely-accepted scientific theory that the earth has grown incrementally hotter over the past century, in large part due to pollution—have used the study to bolster their case.
But a large number of scientists have criticized the study’s methods and pointed to ties between the oil industry and the study’s authors, Willie Soon and Sallie Baliunas.
Approximately 5 percent of the study’s funding—about $53,000 in all—came from the American Petroleum Institute, the gas and oil industry’s main trade organization.
Both Soon and Baliunas are paid consultants for the George C. Marshall Institute, a Washington non-profit organization that opposes limits on carbon dioxide emissions.
Four editors have resigned from Climate Research, the small journal that initially published the study. According to The New York Times, even the publisher of the journal, Otto Kinne, has criticized the study.
“I have not stood behind the paper by Soon and Baliunas,” Kinne said, according to the Times. “Indeed: the reviewers failed to detect methodological flaws.”
[...]
http://www.thecrimson.com/article/2003/9/12/warming-study-draws-fire-a-study/
O petrófilo não passa do desenho de uma cobra que comeu um cão... :) Quantas mais interpretações convincentes são precisas? Creio que no deserto aonde os tais indíos existiam as cobras são bastante abundantes.
ResponderEliminarQuando tens uma correlação e tens um mecanismo que o explica estás a abusar quando dizes que é coincidência.
ResponderEliminarHomessa! Mas isso é aquilo que os proponentes da influência dos ciclos solares sobre as temperaturas, e também a pluviosidade, afirmam! Ora, que eu saiba, o IPCC e acólitos é que desvalorizam essa correlação evidente, ainda que já nem tanto...
É certo que o tal mecanismo que pode explicar essa ligação ainda é controverso, centrado na possibilidade dos raios cósmicos (GCR - galactic cosmic rays) influenciarem decisivamente a formação das nuvens, isto numa simplificação sumária. Relembro que as nuvens estão praticamente ausentes dos modelos climáticos do IPCC... estranhíssimo!
Já deixei noutro tema um vídeo muito recente, onde um físico do CERN explica em pormenor o "estado da arte" a este respeito. Para não estar a repetir o mesmo, aí ficam as notas essenciais da conferência:
Cosmic rays and climate
E volto a insistir... again and again!... que a ciência não funciona como uma democracia, onde consensos ou maiorias é que estabelecem as leis. Em ciência, as teorias têm de ser comprovadas com factos e apoiadas nos dados da observação, antes disso são apenas meras hipóteses de explicação e nada mais, o que também se aplica a esta teoria dos ciclos solares e GCR, claro!
Strong evidence for solar-climate variability, but no established
mechanism. A cosmic ray influence on clouds is a leading
candidate. (...) The question of whether - and to what extent - the climate is influenced by solar/cosmic ray variability remains central to our understanding of anthropogenic climate change.
Sallie Baliunas e Willie Soone são igualmente defensores da influência primordial do sol no clima, que consideram muito superior à do CO2. De novo, a correlação das temperaturas com a concentração do dióxido de carbono é muitíssimo mais imperfeita do que a verificada com os ciclos solares, como facilmente se pode confirmar em qualquer gráfico.
Deixo ainda um artigo desses 2 autores, anterior ao tal paper polémico no "Climate Reasearch", mas que possivelmente deve conter os elementos essenciais do mesmo:
Climate History and the Sun
A questão do século XX ser ou não o mais quente na história do último milénio tem naturalmente a ver com o Período Quente Medieval, claro, pois esse é um forte ponto de discórdia entre os climatologistas, após o "hockey stick graph" que Mann "inventou" em 1998. Mas essa nem é sequer a questão central, podemos deixar de lado a paleoclimatologia e as reconstruções históricas e centrar-nos mesmo no clima AGORA!
Por fim, pessoalmente não me importa quem financia os projectos de investigação, seja o estado ou companhias privadas, sendo que os fundos públicos são bem mais generosos, como é bem sabido. Interessa apenas a validade do que é dito e se os factos comprovados apoiam ou não as hipóteses teorizadas, pareçam elas lógicas ou ilógicas... as long as they can be proved REAL!
Antes da revolução industrial tinhas menos de metade do que tens hoje em CO2.
ResponderEliminarUi! se assim fosse estávamos mortos, pelo menos todas as formas de vida superiores!
As plantas verdes necessitam no mínimo de um ambiente com 200 ppm de CO2, menos do que isso é pouco saudável para que a fotossíntese se processe normalmente. Uma concentração na ordem dos 1000-1200 ppm, algo como 0,1% parece ser o ideal. É por isso que as estufas têm uma atmosfera mais rica em CO2, porque os vegetais o adoram! :)
A concentração mínima de CO2 durante o 2º milénio terá andado por 275 ppm, com uma flutuação máxima sempre abaixo de 300 ppm. Logo, quando muito estamos hoje uns 35% acima, numa curva ascendente que terá começado há cerca de um século e meio.
Estes parecem ser dados relativamente consensuais, ao que sei, quando recuamos muito mais no tempo é que já começa a haver divergências consideráveis.
Anyway... estou agora a ver um longo vídeo de um recente debate esta semana entre alguns climatologistas e outros cientistas, posterior já ao Climategate. Lindzen está lá, foi o 2º a expor as suas ideias... nada meigas!... sobre tão escaldante assunto.
The Great Climategate Debate
De notar que os 2 intervenientes até agora se referiram às consequências negativas deste episódio na opinião pública norte-americana, a qual se vem mostrando cada vez mais céptica nesta questão do aquecimento global. Ainda bem, isso só mostra que se começam a informar e interessar, o que é sempre positivo!
E, claro, com a péssima publicidade que Copenhaga está a representar, será de esperar uma desconfiança crescente do vulgar cidadão relativamente a este ultra-sensível tema.
Termino com uma frase desse debate, simples mas importante, porque a ciência não está fechada em nenhuma torre de cristal e a sua ligação com a política, em assuntos de forte relevância social, é inegável.
Scientists, like any group of people, are influenced by the political, social and historical context in which they work.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1c/Carbon_Dioxide_400kyr.png
ResponderEliminarEntão ve la isto.
talvez não chega a ser o dobro, mas anda la ridiculamente perto.
ResponderEliminarCO2 estimula o crescimeto das plantas mas as alterações climaticas (temp e humidade e chuva) estão a faze-las produzir mais CO2 e crecer menos.
Essas contas são estranhas! 275 x 2 = 550 o que representa cerca de 50% menos do que 385!
ResponderEliminarNota que mesmo James Hansen afirma o seguinte:
Clearly, if we burn all fossil fuels, we will destroy the planet we know. Carbon dioxide would increase to 500 ppm or more.
Logo, ele parece pôr esse limite admissível algures nos 500 ppm, o que é coerente com a possibilidade do "peak oil", ou seja, caso já tenhamos esgotado metade das reservas petrolíferas.
De novo as contas são muito simples:
385 - 275 = 110 / 385 + 100 = 495 ppm
Ou seja, se até agora subimos um pouco mais de 100 ppm consumindo quiçá metade dos combustíveis fósseis - pelo menos, isto será válido para o crude - então parece lógico supor que a queima da outra metade elevaria a concentração do CO2 para esses níveis, cerca de 500 ppm.
Quer também isto dizer que tal será o valor realista para os cálculos sobre a possível evolução das temperaturas neste século, mesmo aplicando o tal feedback positivo que continua por comprovar, atenção!
Acerca do gráfico da Wikipedia, há um artigo muito mais completo e que não é inteiramente coincidente com esses dados, algo baixos no que se refere aos níveis de CO2. Ei-lo:
Climate and the Carboniferous Period
Já agora, o blog Fiel Inimigo publicou hoje um post que condensa algumas das informações que tenho deixado aqui em vários links, logo parece-me de interesse referir essa síntese mais simplificada e fácil de entender:
Aquecimento global - O monstro
Ah! é muito importante esse gráfico, que eu nunca tinha visto, sobre a "saturação" do efeito estufa do CO2. Isso é muito referido, claro, mas confesso-me surpreendido se tal desaceleração se dá já ao nível actual, ou algo abaixo de 400 ppm. Isso só por si significa, de acordo com o gráfico, que mesmo com a duplicação do nível actual do CO2 seria de esperar um aumento não superior a 1,5ºC coincidente, aliás, com os modelos climáticos do IPCC sem feedback positivo. Logo, tudo bate certo!
Por fim, e porque isto dá para escrever várias novelas, há algo que simplesmente não pode ser escondido e que é a enorme disparidade entre a teoria/previsões e a realidade. Ou seja, os milhentos desastres previstos - diminuição dos gelos e glaciares, aumento do nível do mar, destruição dos recifes de coral, intensidade dos extremos climáticos, etc. - simplesmente NÃO se estão a verificar... e esses são os factos!
Obviamente, há variabilidades cíclicas, tanto as anuais como outras em períodos mais extensos. Mas quando se observam gráficos de algumas dezenas de anos, por exemplo, não existe simplesmente nenhuma tendência definida, excepto na ligeira subida do nível do mar, algo como 17 cm no século passado e que se mantém estável na presente década.
Logo, será que precisamos mesmo de temer tanto um aumento do CO2 para os tais 500 ppm nas próximas dezenas de anos? Pessoalmente, não o creio, além de que as evidências que ligam a temperatura aos ciclos solares me parecem bem mais fortes do que a sua dependência do CO2 e outros gases de estufa.
Por fim, ironicamente os gases de enxofre (sulfatos) e outros aerossóis, que são verdadeiros poluentes atmosféricos, têm um efeito muito marcante na descida da temperatura, e daí o tal artigo que o agora famoso Stephen Schneider escreveu na década de 70, acerca de uma possível Idade do Gelo... industrial.
Ah! já que refiro isto, há mesmo uma pequena minoria de climatologistas que sustentam estarmos a caminhar para uma época de arrefecimento global, tendo pois já atingido o patamar máximo do actual aquecimento. Eis um dos sites que defende e documenta essa posição:
Ice Age now
Fora de toda esta controvérsia, convém estar muito atento às possíveis "soluções" para este problema... se é que o é, cá por mim continuo a não ver evidência alguma que suporte as teses alarmistas.
Aproveito ainda para deixar 2 dos meus comentários censurados no "Público" e escrever depois algo sobre a ineficácia mediática que os proponentes do AGW têm demonstrado, sobretudo neste período mais conturbado pós-climategate.
ResponderEliminarMuito bem, Luís!
Ora aqui está alguém informado e que sabe o que diz, muito ao contrário destes órgãos (des)informativos, atados de pés e mãos e que apenas repetem a "voz do dono".
A tal justiça climática, como alguém lhe chamou, NADA tem a ver com mais ou menos CO2, tal como o curso dos rios e tudo aquilo que depende do clima é independente da maior ou menor quantidade desse gás vital na atmosfera.
Que se possa sequer considerar a hipótese de colocar o dióxido de carbono numa lista de "poluentes" é uma blasfémia anti-científica que apenas mostra a colossal cegueira do poder económico-político, que usa o prestígio e autoridade da ciência para tentar impor um comércio imoral, gerador de mais burlas sem fim, como aquela denunciada no início da semana e que envolveu uma fraude gigante de CINCO BILIÕES de euros, na União Europeia!
Ah! mas terão os media portugueses falado nisso ou resolveram simplesmente ignorar uma notícia de claro interesse público?
Não é do clima que se trata em Copenhaga, essa é tão somente uma desculpa que encobre outros intentos bem mais subterrâneos e rasteiros.
Infelizmente, quem devia falar cala-se, porque este pseudo jornalismo não tem nada de isento!
Olha a desatenção!
...florestas, que contribuem com 20 por cento das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.
Que dizer perante isto?! É certo que a citação seguinte já esclarece melhor que é a deflorestação a responsável pela menor retenção de CO2, seja qual for essa percentagem.
E será que se esclarece que parte desse abate das florestas, pelo menos no sudeste asiático e também no Brasil, está a ser feito para a monocultura em larga escala de espécies vegetais usadas na produção de biocombustíveis? Ou seja, o que se ganha por um lado, perde-se no outro... saldo nulo na melhor das hipóteses!
A importâncias das florestas pouco tem a ver com mais ou menos CO2, um falso problema que apenas desvia as atenções daquilo que realmente importa. As árvores são importantes para evitar a perda do solo e manter a humidade do ar, contribuindo para a pluviosidade que fertiliza a terra. Não é tanto o calor que origina secas e solos áridos ou (semi)desérticos, mas a perda de cobertura vegetal pode rapidamente conduzir a esse desastre.
Mais do que limitar as emissões do inofensivo CO2, melhor é pois proteger os bosques naturais... isso sim, é ecologia humana!
Claro que estes comentários, limitados só a 1200 palavras, são pouco meigos para com a ocultação mediática e ainda a ignorância que os jornalistas demonstram sobre este assunto. Logo, está visto que escuso de estar a perder o meu latim com quem faz ouvidos de mercador, fingindo não entender o que é bem claro.
Como o tema bem quente do AGW é eminentemente político, e só acessoriamente tem a ver com ciência - mas esta corre o risco de sofrer muito quando o seu "engano" começar a ser evidente! - é no plano político-económico, ou da sociedade global, que ele deve ser tratado. Ora aí, há mesmo que ser paciente, pois as transformações são lentas e demoram sempre algumas gerações. Contudo, talvez estejamos já num período de maior aceleração desta consciência global, onde a verdade e a honestidade irão ser, cada vez mais, valores respeitados no intercâmbio pessoal e também na comunicação entre instituições e países.
É neste campo que eu coloco esta questão das "alterações climáticas", cujo foco tem muito menos a ver com ciência do que com as transformações bem mais significativas do nosso comportamento como sociedade que se diz e pretende civilizada.
Well... I think we are and the future looks bright like the hot Sun star! :)
I Can See Clearly Now
Uma vez que neste blog as discussões em torno da religião e o ateísmo têm uma evidente predominância, parece-me interessante voltar a referir o artigo, que o Mário Miguel deixou acima, embora o título "Confusão na religião" me pareça enganador e pouco apropriado, ou talvez apenas demasiado superficial para exprimir os resultados desse inquérito bem revelador.
ResponderEliminarA questão é que há muitas maneiras de "esfolar um gato", ou seja, de interpretar os mesmos dados. E sim, isso também é válido para a climatologia, mas aquilo que vou referir tem igualmente algo a ver com este estudo de opinião, realizado este mês nos EUA, sobre crenças e práticas religiosas dos americanos.
Many Americans Mix Multiple Faiths
Já comentei essa sondagem no "Rerum Natura", salientando como o aumento da espiritualidade, fora de qualquer denominação convencional, é uma realidade social indesmentível, sendo a religiosidade actual sobretudo uma vivência interior do indivíduo e que se encontra cada vez menos subordinada à mera crença exterior nos dogmas. Um tal espírito mais ecuménico num certo "melting pot" das várias fés também me parece muito positivo, já que, no mínimo, traduz um maior conhecimento de outras crenças e contribui assim para uma progressiva aceitação de realidades culturais diferentes. Logo, esta é uma "confusão" benéfica... it seems!
Outro dado que reputo de enorme importência é o que se refere ao significativo aumento das experiências místicas ou religiosas – a base de TODA a religiosidade autêntica... feel or prove it for yourself! –, que considero ser um indício muito forte que comprova como o indivíduo é o centro da sua própria vivência religiosa. Atenção que isto nada tem a ver com a natureza de uma tal experiência subjectiva, essa é uma análise de extrema complexidade... creio que mais ainda do que os mal compreendidos mecanismos climáticos!
And yet... esta introdução está intimamente ligada ao tormentoso tema do AGW, sim, pelo menos no que se refere ao tipo de mensagem de "choque" que tem sido transmitida às pessoas, em particular nestas últimas semanas. Ora, como já referi, aquilo que está a ser feito constitui um verdadeiro "tiro no pé", pois esta pura propaganda mediática, sobretudo emocional e de onde a racionalidade esclarecida parece muito ausente, afigura-se-me inteiramente contraproducente! Ainda assim, talvez nem seja tão surpreendente que as "elites"... so to speak... não tenham compreendido que tentar incutir medo e culpa, pintando cenários irrealistas próprios de filmes de ficção, é a PIOR maneira de conseguirem convencer as pessoas de que as tais alterações climáticas são reais e significativas.
Dito de outra forma, o impacto de um documentário como "Uma verdade inconveniente" pode ser de facto muito forte à primeira vez, mas vai-se diluindo no tempo quando as pessoas se apercebem progressivamente que o tal "lobo" não parece ser assim tão feroz nem temível. Pior ainda se o "rebanho" já não se assusta nem é controlado com a mesma facilidade de outrora, principalmente quando o "pastor" lhe inspira cada vez mais menor confiança...
Ou seja, este tipo de chantagem emocional, em que até se usam agora crianças para tentar fazer passar uma propaganda muito duvidosa, já não é compatível com uma sociedade progressivamente mais esclarecida e que não entra em pânico cada vez que lhe gritam "olha o papão!", talvez até porque já se habituou a demasiados falsos alarmes e exageros. Pelo menos, isto deverá ser válido para os cidadãos dos países democráticos onde existe mais ampla liberdade de expressão, com o acesso crescente a fontes de informação diversificadas... mesmo que a sua qualidade e correcção sejam questionáveis.
(continua)
Deveras, o facto de a ciência ou a política pretenderem recorrer a tácticas de intimidamento próprias das religiões outrora – que já nem isso fazem agora! – ou de regimes totalitários de má memória diz muito do desnorte e da incapacidade de compreender a evolução social que o progresso e a tecnologia têm trazido à sociedade contemporânea. Esta é uma batalha mediaticamente já perdida, seria mesmo preciso algum cataclismo inesperado para fazer passar de novo o momentum para o campo dos alarmistas do clima. A este respeito, repare-se como eles começam a preparar a opinião pública para o facto de não ser anormal uma estagnação nas temperaturas durante períodos de 10-15 anos, justamente aquilo que está a suceder desde o final do século.
ResponderEliminarParafraseando um ditado popular, não é com vinagre que se caçam moscas e mesmo na mentira "política" é necessário saber dosear o quanto se pode aldrabar. Mais do que simplesmente irónico, é um tanto ridículo ver como pessoas supostamente racionais e que dizem prezar o rigor científico não se coíbem de usar o mesmo tipo de argumentos da velha religião, que supostamente rejeitam, fazendo sobretudo apelo ao instinto e à emoção e NÃO à tal razão!
É claro que mesmo assim, o poder económico e político têm sempre a força pelo seu lado e podem impor, quase a seu bel-prazer, medidas gravosas para o vulgar cidadão e que nada têm a ver com o bem comum... "a bem da nação", que belo chavão!
Claro que muitíssimo mais haveria a dizer sobre tudo isto, mas limito-me a aconselhar o visionamento deste vídeo que, em certa medida, é também algo esclarecedor acerca do espírito menos crítico de quem aceita a 1ª coisa que lhe é impingida... e que tanto pode ser verdade como mentira!
Lord Monckton adresses a Greenpeace-campaigner on global warming
Facts, facts... prove and verify the numbers!!!
Por fim, o senso comum em ciência não existe e as simplificações exageradas podem conduzir a disparates notáveis, de que a "gritaria" abusiva sobre os supostos malefício do CO2 no clima é um exemplo que irá ser recordado por muito tempo... as we shall see!
Yes, this is my prophecy... quite opposed to IPCC! :)
The noblest way of taking revenge on others is by refusing to become like them. – Marco Aurélio
Lord Monckton usou informação adulterada , modificando as séries temporais de forma a darem o que ele queria.
ResponderEliminarNo entanto, a prova simples é esta , esta década foi mais uma vez mais quente que a anterior, mesmo que Lord Monckton diga que estamos a arrefecer.
é cansativo ter de explicar que uma série crescente é crescente.
A teoria que são os ciclos solares, bem é ainda mais cansativo dizer que estando o sol num mínimo e tendo esta década sido de aquecimento, não pode ser o sol.
Desisto, mil vezes a extinção, não temos massa cinzenta para levar esta barca dos louco muito mais longe.
Acho que até fomos mais longe do que seria de esperar.
:)))
Ora bem, quanto a informação adulterada muito haveria a dizer! :)
ResponderEliminarEle fez apenas "cherry picking" de dados – same as Briffa and Mann with tree rings! – para exemplificar a importância que o início de uma série temporal pode ter na determinação da respectiva tendência. Isso é fácil de ver numa perspectiva temporal crescente, como exemplificado neste artigo e vídeo:
Historical perspective of temperatures
Por exemplo, tomando os últimos 600 anos a Terra está a aquecer, mas se recuarmos mais de 1000 anos já está a arrefecer e quando passamos para uns 10 mil anos atrás estamos de novo a aquecer.
A questão dos ciclos solares e a sua elevada correlação com os gráficos de temperaturas é algo demasiado evidente para se poder ignorar. Claro que não se podem fazer comparações ano a ano, como é óbvio, e a extensão dos ciclos é também importante, já que 11 anos é apenas um valor médio para meio ciclo solar.
O facto da actividade magnética solar ter diminuído durante o presente ciclo, e se prever uma diminuição ainda mais acentuada no próximo, talvez seja justamente o que melhor explica a actual ligeira descida ou, no mínimo, estagnação da temperatura ao longo da presente década. Claro que tem de haver sempre um máximo ANTES da eventual correcção das temperaturas, caso estas sigam sobretudo um gráfico mais do tipo sinusoidal que também corresponde, grosso modo, aos ciclos magnéticos solares.
A informação sobre isto é abundante, e já deixei aqui alguma. Há também um site especificamente devotado a monitorizar a actividade solar durante o presente ciclo, que se iniciou há cerca de 15 meses.
Solar Cycle 24
É claro que convém sempre estudar tudo muito bem e saber olhar com olhos de ver! O clima não é algo que se prevê em modelos de computador, tipo videogame, sem atender à realidade de TODOS os dados, que são mais que muitos e bem complexos!
Para quem se interessa mesmo por este tema tão apaixonante, deixo ainda o link para um programa de rádio muito recente e ultra longo... são mais de 2 horas e meia!... em que são entrevistados o astrofísico Willie Soon e o climatologista David Legates.
A True Inquiry Into Climate & Weather
Por fim, há algo ainda de muito peculiar acerca do Sun King, daí a extrema importância de toda esta atenção que ele está a receber, fruto das investigações sobre o clima da Terra. Mas ainda teremos de esperar uns anos largos antes de um possível breakthrough muitíssimo significativo na compreensão da Estrela da Vida.
It is not the possession of truth, but the success which attends the seeking after it, that enriches the seeker and brings happiness to him. – Max Planck