sábado, janeiro 10, 2009

Simpático e perigoso.

A Fernanda Câncio tem no DN de hoje um artigo interessante sobre o Carlos Esperança. Um relatório da PIDE caracterizou-o como «simpático e, portanto, perigoso». Simpático sei por experiência que é. Perigoso também pode ser, mas só para as crendices infundadas e os tachos que nelas se aquecem. Do “portanto” é que discordo. O Carlos é um perigo para os disparates, mas é não pela simpatia. A simpatia, sempre presente quando se fala com ele, sai de mansinho quando ele escreve para não lhe tirar o gume às palavras. O perigo do Carlos é saber pensar no que vê e saber escrever o que pensa. É isto que assusta aqueles que escondem o que fazem baralhando o pensamento dos outros.

O artigo: Aos que por obras humanas se vão dos deuses libertando.

5 comentários:

  1. Hmmmmm. O Carlos Esperança? Aquele cuja prosa se tornou tão repetitiva e tão superficial que me fez deixar de frequentar o Diário Ateísta? Aquele de quem se disse que com amigos destes o ateísmo não precisa de inimigos?…

    Bom, se o Ludwig diz que ele é simpático é por que o conhece pessoalmente. Isso por vezes faz a diferença toda.

    Por outro lado posso estar enganado ou a ser severo demais. Como rarissimamente discordo do Ludwig, e como tantas são as vezes que lhe leio argumentos e afirmações nos quais me revejo, vou tentar reavaliar a minha opinião sore o simpático Carlos Esperança…

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  2. Zarolho,

    Também me surpreendeu, quando o conheci, a diferença entre a forma como o Carlos escreve e a forma de ser dele pessoalmente. Mas talvez porque quando ele escreve sobre estas coisas, principalmente no DA, é com um alvo em vista.

    E admito que muitas vezes discordo do que ele escreve. Mas quando discodro do que ele escreve a divergência é sempre clara. Ao contrário de muitos casos em que fico na dúvida se discordo ou não pela ambiguidade do que leio.

    Além disso, quando escrevemos alguma coisa em conjunto (para a AAP já o fizémos várias vezes) noto que as nossas divergências não são por estarmos a ver coisas diferentes mas por estarmos a olhar para a mesma coisa de perspectivas diferentes. O resultado é que em conjunto conseguimos uma visão mais completa.

    Isto contrasta com outros casos em que discordo de alguém e, com a discussão, noto que a intersecção das duas posições é o conjunto vazio :)

    Em suma, não acho que seja pela simpatia que ele é perigoso, porque quem lê o que ele escreve sobre os padres só muito dificilmente associa o texto com simpatia. Mas é verdade que conhecendo-o em pessoa tem-se uma ideia muito diferente do que só lendo o que ele escreve.

    Mas o problema da repetição penso que acaba por ser inevitável. Aqui sempre vou variando alguns tópicos para desenjoar. Quando me farto dos deuses dou no copyright, depois volto ao criacionismo, umas coisitas sobre segurança e privacidade, e vai-se espalhando o mal pelas aldeias. No DA é um bocado difícil. Aínda se vivessemos num país religiosamente diverso... agora quando as procissões são sempre da mesma coisa torna-se difícil variar muito nas críticas :)

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  3. É um belo título esse... sehr gut! :)

    O drama de todas estas discussões e debates é que muitos são os que falam, mas poucos os que experimentam ou mesmo sentem aquilo que dizem!!!

    Logo, essas palavras não se traduzem em algo que deveras se comunica ao coração do outro, pois insisto que é no vero sentir que a experiência do mais íntimo se traduz. A razão vem depois, muito depois, este é um mundo que está tão para além do razoável e expectável! :)

    I hear bells ringing that no one has shaken,
    inside "love" there is more joy than we know of,
    rain pours down, although the sky is clear of clouds,
    there are whole rivers of light.
    The universe is shot through in all parts by a single sort of love.
    How hard it is to feel that joy in all our four bodies!

    Those who hope to be reasonable about it fail.
    The arrogance of reason has separated us from that love.
    With the word "reason" you already feel miles away.


    So there is no true communication but by feeling and living, not be mere talking or explaining and discussing.

    Well, that's the way it has been weaved...

    Rui leprechaun

    (...that silent Love we seek and need! :))


    PS: And yes... the other guys are (partially) right, I told you! :)

    You are bugs and gnats,
    You are snakes and scorpions,
    You are ants and mosquitoes,
    for You alone exist.

    You are insects. You are lice.
    You are dogs, asses and pigs.
    You alone exist.

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  4. "O drama de todas estas discussões e debates é que muitos são os que falam, mas poucos os que experimentam ou mesmo sentem aquilo que dizem!!!"

    Talvez porque nem todos têm a despensa tão aviada das substâncias necessárias como o Leprechaun ;-)?
    Cristy

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  5. Olha, a lindíssima Senhora... nossa mana encantadora! :)

    Mas se eu nem despensa tenho aqui no meu cubículo! E está tudo a ficar vazio, co'o bruto frio que se rapa aqui na floresta, nem lá fora me arrisco a pôr a testa...

    Ainda assim, até há mesmo um mágico elixir do Oriente que que me entrou pela porta da frente... e em entrega expressa, homessa!

    Mas já antes eu estava contente... vero signo do Gnomo inteligente... ahn... ou demente, tudo rima! ó nossa tedesca prima! :)

    Bem, mas não posso ou devo revelar aqui o conteúdo desse mágica poção que faz sortudo o Jumbo-Duende orelhudo... que a Sophia ama mais que tudo!!! :D

    Ai! e eu que até lhe dei mesmo agora o link para outro tema... se eu fosse o Peninha ficava já sem pena! ;)

    Oh... mas com damas radiosas sério não sei ser...

    Rui leprechaun

    (...e vegetalinhos é todo o meu comer! :))


    PS: Nem um p'ra amostra no frigo...

    ...trinco na memória, recordo e consigo! :D


    Erva dos gatos


    Ó que bela dispensa natural...
    ...Cristy K., tigressa divinal! :)*

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