Culinária verbal.
Avaliar centenas de trabalhos deu-me para escrever isto. Não são conselhos porque são banais demais, e não é desabafo que para isso um post não chega. São só uns condimentos que gosto de pôr no que escrevo e que gosto de saborear no que leio. Nem vou perder tempo com os três ingredientes básicos, escrever com as letras do costume, pontuar onde faz sentido e saber o que as palavras querem dizer (“denotar” não é uma maneira fina de escrever “notar”, e não há razões de carisma religioso). Esses problemas são demasiado deprimentes, por isso fico-me por outros menos graves.
Como o assunto. Singular. Gosto de chocolate e gosto de bacalhau à braz. Mas a mistura errada faz o todo enjoar mais que a soma das partes. Um texto curto deve falar de um assunto. Um texto mais longo deve avisar o leitor onde acaba um tema e começa outro. Senão cai a sobremesa na sopa. E, em caso de dúvida, o mais seguro é apagar.
Apagar é mais importante que escrever. Se parece estranho, vejam que a pior consequência de apagar demais é não ter nada escrito. Normalmente, é menos grave que escrever asneira. E, mesmo quando tudo corre bem, escrever é esculpir o texto. Não é tricotar palavras. Eu não gosto de dar um texto por acabado se não apagar pelo menos um terço. Senão vai lixo agarrado de certeza. Ideias repetidas, frases desajeitadas e palavras que destoam. Palavras a mais estragam tudo.
As palavras não são para se ver. São a janela por onde se mostra ideias ao leitor. Muita bonecada no vidro e não se vê o outro lado, o que só é bom se não houver nada para ver. E as palavras fartam mais que os assuntos porque temos de as repetir vezes sem conta. Por isso querem-se invisíveis. Textos sobre disparates podem ter “disparate” escrito dezenas de vezes que ninguém nota. Uma boa palavra passa despercebida. Mas ao segundo “despautério” já o leitor se aborreceu de ler outra vez o mesmo. Há que poupar as palavras caras para ocasiões especiais.
As frases também têm que ser limadas. Segurar as primeiras palavras como a ponta solta que se enfia pelos nós até desenlear o sentido da frase não é coisa que se exija ao leitor só para perceber o que escrevemos. A frase deve desenrolar-se com um olhar. Se o assunto é complicado e não cabe numa frase elegante, não faz mal. Cabe em duas ou três. É aproveitar enquanto o ponto final não paga direitos de autor.
E o texto deve acabar no fim. É mais difícil do que parece. Mesmo quando volta à ideia inicial, o texto deve guiar o leitor por um caminho seguro e deixá-lo confiante que saiu na paragem certa. Muitos textos acabam órfãos porque o autor dá tantas voltas que se esquece para onde ia.
Finalmente, as regras são para quebrar. Como na culinária, escrever não dá gozo se só se segue a receita. Mas é preciso ter regras antes de as poder quebrar. E é preciso evitar os batidos de ovo cozido*. Se os meus alunos tivessem este cuidado já tinha acabado de avaliar tudo há dias. Paciência. Lá vou empurrar os olhos por mais uns textos acima a ver se acabo hoje os que me faltam.
* Um dos insucessos mais memoráveis da minha curta carreira juvenil na culinária de improviso.
Havias de ter tirado o curso nas belas artes. Tentar perceber aqueles enunciados devia ser metade da nota da cadeira.
ResponderEliminarKripp,
ResponderEliminarSegundo me lembro do teu blog, isso chama-se C.A.G.A.. :-) Devias ter levado o Ludwig a umas aulas, para ele ser mais compreensivo. :-)
Compreender? Mas isso não modernismo ultrapassado? Pensava que vos ensinavam a interpresonalizar a efectualização expressiva do gestalt visionalisador. Ou assim.
ResponderEliminarAntónio, ainda se lembra do CAGA? isso é que é memória! :)
ResponderEliminarLudi,
Era quase isso. Pedia-se para problematizar e conceptualizar, interiorizando a estética formativa que pauta a praxis da produção artística em determinado meio plástico.
Muito intelectuo-chique
"Avaliar centenas de trabalhos deu-me para escrever isto."
ResponderEliminarPorquê avaliar?
De acordo com o seu conceito de informação basta contar as letras, já que a informação contida nas sequências de letras é irrelevante.
Aplique os critérios de Claude Shannon aos trabalhos dos seus alunos.
"Não são conselhos porque são banais demais, e não é desabafo que para isso um post não chega."
Que melodramático...
"São só uns condimentos que gosto de pôr no que escrevo e que gosto de saborear no que leio."
Vejamos o que aí vem...
"Nem vou perder tempo com os três ingredientes básicos, escrever com as letras do costume, pontuar onde faz sentido e saber o que as palavras querem dizer (“denotar” não é uma maneira fina de escrever “notar”, e não há razões de carisma religioso)."
O pensamento começa a adensar-se...
"Esses problemas são demasiado deprimentes, por isso fico-me por outros menos graves."
Tente Prozac
"Como o assunto. Singular. Gosto de chocolate e gosto de bacalhau à braz."
Idem.
"Mas a mistura errada faz o todo enjoar mais que a soma das partes."
Tente a técnica do berlinde...
Ponha todos os ingredientes num balde e atire para o chão e muito provavelmente vai ter um bacalhau à braz delicioso.
Se a técnica resulta para a vida, certamente que resultará para o bacalhau à braz!
"Um texto curto deve falar de um assunto. Um texto mais longo deve avisar o leitor onde acaba um tema e começa outro. Senão cai a sobremesa na sopa."
Obrigado pelos avisos. A protecção civil não faria melhor.
"E, em caso de dúvida, o mais seguro é apagar."
Talvez tenha razão...
"Apagar é mais importante que escrever."
No seu caso, é verdade.
Mais valia nunca ter dito que o facto de gaivotas darem gaivotas e moscas darem moscas desmente o ensino bíblico de que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie.
Mais valia nunca ter usado o exemplo dos berlindes para comparar à vida.
É que quando se atira berlindes ao chão, eles não formam sequências codificadoras de instruções para criar seres vivos extremamente complexos.
"Se parece estranho, vejam que a pior consequência de apagar demais é não ter nada escrito."
No seu caso, talvez tivesse sido melhor não ter escrito que o DNA não codifica nada. É que assim torna-se impossível dar-lhe uma saída airosa.
"Normalmente, é menos grave que escrever asneira."
Devia ter isso em conta antes de dizer que a cebola é um exemplo de mau design, pois ela é um prodígio terapêutico.
"E, mesmo quando tudo corre bem, escrever é esculpir o texto."
Escrever não é apenas acrescentar letras de forma aleatória?
Fazer o código genético não é apenas atirar berlindes para o chão?
"Não é tricotar palavras. Eu não gosto de dar um texto por acabado se não apagar pelo menos um terço."
Nalguns casos, devia dar o texto por acabado depois de o apagar todo.
Assim escusava de ter dito que a velocidade de um corpo físico no espaço é uma realidade imaterial ou que a trajectória de um objecto celeste no espaço é um problema imaterial.
Tentaremos lembrar-nos disso quando um meteorito cair na Terra.
"Senão vai lixo agarrado de certeza."
No seu caso,isso é inteiramente verdade. Mas começo a ter dúvidas que possa fazer alguma coisa quanto a isso.
Se pudesse, talvez não tivesse dito que todo o conhecimento é empírico sem mostrar uma experiência que lhe permita ter chegado a essa conclusão.
"Ideias repetidas, frases desajeitadas e palavras que destoam. Palavras a mais estragam tudo."
Pela parte dos criacionistas, está perdoado.
"As palavras não são para se ver. São a janela por onde se mostra ideias ao leitor."
Ou seja, informação codificada tem sempre origem inteligente (não há como negá-lo)
O DNA tem muita informação codificada (não há como negá-lo).
o DNA só pode ter tido origem inteligente (não há como negá-lo).
"Muita bonecada no vidro e não se vê o outro lado, o que só é bom se não houver nada para ver. E as palavras fartam mais que os assuntos porque temos de as repetir vezes sem conta."
Mas as mesmas palavras podem dizer coisas diferentes. Tente dizer alguma coisa acertada e talvez se sinta melhor.
"Por isso querem-se invisíveis. Textos sobre disparates podem ter “disparate” escrito dezenas de vezes que ninguém nota."
Os criacionistas têm anotado os disparates do Ludwig, mesmo quando não escreve a palavra disparate.
"Uma boa palavra passa despercebida."
Depende. Se tiver boas ideias, os criacionistas não deixarão de aplaudir, como de resto o têm feito.
"Mas ao segundo “despautério” já o leitor se aborreceu de ler outra vez o mesmo. Há que poupar as palavras caras para ocasiões especiais."
Talvez seja por isso que a Palmira compara o DNA aos cristais de gelo e o Ludwig aos berlindes no chão.
Apesar de nem os cristais de gelo nem os berlindes no chão codificarem informação passível de ser transcrita, traduzida, executada e copiada.
"As frases também têm que ser limadas. Segurar as primeiras palavras como a ponta solta que se enfia pelos nós até desenlear o sentido da frase não é coisa que se exija ao leitor só para perceber o que escrevemos."
O Ludwig está bem? O que é que bebeu?
"A frase deve desenrolar-se com um olhar. Se o assunto é complicado e não cabe numa frase elegante, não faz mal. Cabe em duas ou três. É aproveitar enquanto o ponto final não paga direitos de autor."
Ligue Saúde 24 com urgência...
"E o texto deve acabar no fim. É mais difícil do que parece. Mesmo quando volta à ideia inicial, o texto deve guiar o leitor por um caminho seguro e deixá-lo confiante que saiu na paragem certa."
...ou consulte um psiquiatra.
"Muitos textos acabam órfãos porque o autor dá tantas voltas que se esquece para onde ia."
Agora está explicado. Já consigo perceber o que sucedeu com muitos dos textos do Ludwig.
"Finalmente, as regras são para quebrar. Como na culinária, escrever não dá gozo se só se segue a receita."
O maior gozo é quando mete os ingredientes dentro de um balde e se atira para o chão.
"Mas é preciso ter regras antes de as poder quebrar. E é preciso evitar os batidos de ovo cozido*."
Afinal a culinária também depende de informação codificada...
"Se os meus alunos tivessem este cuidado já tinha acabado de avaliar tudo há dias."
Limite-se a contar as letras. Não foi o Ludwig que disse que na informação codificada a qualidade e a importância da informação não contam?
Diga aos seus alunos para pegarem em letras, meterem num balde e atirarem tudo para o chão. Depois avalie.
"Paciência. Lá vou empurrar os olhos por mais uns textos acima a ver se acabo hoje os que me faltam."
Se aplicar as suas próprias ideias sobre informação à informação codificada nos trabalhos apresentados pelos seus alunos, não tem problemas.
Uma coisa é certa:
1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) o DNA tem informação codificada;
3) logo, o DNA só pode ter tido uma origem inteligente.
Enquanto não perceber isso, os seus textos serão disparates sem sentido.
Kripps (plural)...
ResponderEliminar"Interpresonalizar", "efectualização expressiva", "intelecto-chique",...
Hein??? Não percebo nada do que vocês estão a falar. Ou o café não me fez efeito ou vocês esqueceram-se de tomar os comprimidos... :)
Quem não se esqueceu de tomar café foi o perspectiva. :)
ResponderEliminarperspectiva,
ResponderEliminar"Tente a técnica do berlinde...
Ponha todos os ingredientes num balde e atire para o chão e muito provavelmente vai ter um bacalhau à braz delicioso."
A seu discurso falacioso é tão fácil de detectar como de desmontar. Como não acho correcto o "copy-paste", reencaminho-o para o meu comentário ao post de ontem, 11 de Janeiro, feito às 15:56.
Das duas uma: ou o perspectiva está a fazer de propósito ou não percebe patavina do que é uma probabilidade.
Pedro Ferreira,
ResponderEliminar«ou o perspectiva está a fazer de propósito ou não percebe patavina do que é uma probabilidade.»
Também pode ser as duas :)
Jónatas,
«Porquê avaliar?
De acordo com o seu conceito de informação basta contar as letras, já que a informação contida nas sequências de letras é irrelevante.»
Só teria esse problema se não soubesse que a quantidade de informação não é o mesmo que a semântica da mensagem.
O Ludwig acaba de escrever as suas confissões.
ResponderEliminarCompreendemos melhor o pensamento retorcido de alguém que não se tem coibido de dizer as maiores imbecilidades(como um dos seus amigos qualificou).
Neste blogue, ao longo dos meses, temos enfrentado os argumentos disparatados do Ludwig e respondido.
Não o fazemos por desrespeito, mas apenas porque o argumento e o contra-argumento são o método que privilegiamos.
Voltamos a repetir os disparates do Ludwig e as nossas respostas.
Lembrem-se que foi o Ludwig que começou a discussão com os criacionistas e que as respostas aqui apresentadas foram escritas no diálogo com o Ludwig.
Se o texto é longo, isso deve-se ao facto de os disparates do Ludwig serem muitos e de grande calibre.
Por outro lado, também não queremos dar respostas tão curtas que indiciem que os criacionistas não têm respostas.
Os criacionistas têm lidado de forma surpreendentemente fácil, cómoda e divertida com pessoas como o Ludwig Krippahl, a Palmira Silva, o Desidério Murcho, o Paulo Gama Mota ou o Carlos Fiolhais.
Não temos qualquer problema na discussão com eles, tanto mais que alguns têm dito disparates pelo menos de igual calibre dos do Ludwig.
A lista dos disparates do Ludwig não está completa, mas já tem a última comparação da origem da vida com os berlindes no chão.
Certamente que o Ludwig não irá apagar a lista.
Desde logo, porque apesar de ser intelectualmente desajeitado, parece não ser intelectualmente cobarde.
Além disso, porque já provou muitas vezes que não tem mau perder nas discussões.
Vejamos então:
Disparates do Ludwig Krippahl:
1) Defendeu que a mitose e a meiose são modos de criação naturalística de DNA, quando na verdade apenas se trata de processos de cópia da informação genética pré-existente no DNA quando da divisão das células.
Por sinal, trata-se de uma cópia extremamente rigorosa, equivalente a 282 copistas copiarem sucessivamente toda a Bíblia e enganarem-se apenas numa letra.
De resto, o processo de meiose corrobora a verdade bíblica de que todas as criaturas se reproduzem de acordo com a sua espécies, tal como Génesis 1 ensina.
A mitose e a meiose não criam informação nova, capaz de criar estruturas e funções inovadoras.
Elas limitam-se a recombinar informação genética pré-existente.
A meiose e a mitose existem porque o DNA as torna possíveis.
Por explicar fica a origem naturalística do DNA, enquanto sistema mais eficiente de armazenamento de informação que se conhece, e da informação codificada nele contida.
2) Defendeu a evolução comparando a hereditariedade das moscas (que se reproduzem de acordo com a sua espécie) com a hereditariedade da língua (cuja evolução é totalmente dependente da inteligência e da racionalidade.)
Em ambos os casos não se vê que é que isso possa ter que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas, já que em ambos os casos não se explica a origem de informação genética por processos naturalísticos.
3) Defendeu que todo o conhecimento científico é empírico, embora sem apresentar qualquer experiência científica que lhe permitisse fundamentar essa afirmação.
Assim sendo, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.
Na verdade, não existe qualquer experiência ou observação científica que permita explicar a causa do hipotético Big Bang ou demonstrar a origem acidental da vida a partir de químicos inorgânicos.
Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.
Se o naturalismo se baseia na premissa de que todo o conhecimento é empírico e se essa premissa não consegue satisfazer o critério de validade que ela mesma estabelece para o conhecimento, vê-se bem que o naturalismo não se baseia no conhecimento, mas sim na ignorância.
4) Defendeu a incompetência do designer argumentando com o sistema digestivo das vacas e os seus excrementos.
Esquece porém que esse argumento, levado às últimas consequências, nos obrigaria a comparar o cérebro do Ludwig com o sistema digestivo das vacas e os pensamentos do Ludwig com os excrementos das vacas.
E poderíamos ter dúvidas sobre qual funciona melhor, já que para o Ludwig todos seriam um resultado de processos cegos e destituídos de inteligência.
Apesar de tudo os criacionistas têm uma visão mais benigna do cérebro do Ludwig e dos seus pensamentos.
As premissas criacionistas partem do princípio de que o Ludwig é um ser racional porque foi criado à imagem e semelhança de um Deus racional.
As premissas criacionistas afirmam que a vida do Ludwig tem um valor inestimável, porque o Criador morreu na cruz para salvar o Ludwig do castigo do pecado.
Segundo a Bíblia, todos pecámos e estamos separados da glória de Deus, podendo obter vida eterna mediante um dom gratuito de Jesus Cristo.
5) Defendeu que a síntese de betalactamase, uma enzima que ataca a penicilina destruindo o anel de beta-lactam, é uma evidência de evolução.
Nesse caso, o antibiótico deixa de ser funcional, pelo que os microorganismos que sintetizam betalactamase passam a ser resistentes a todos os antibióticos.
A betalactamase é fabricada por um conjunto de genes chamados plasmidos R (resistência) que podem ser transmitidos a outras bactérias.
Em 1982 mais de 90% de todas as infecções clínicas de staphylococcus eram resistentes à penicilina, contra perto de 0% em 1952.
Este aumento de resistência ficou-se a dever, em boa parte, à rápida transferência por conjugação do plasmido da betalactamase.
Como se pode ver, neste exemplo está-se perante síntese de uma enzima de banda larga com perda de especificidade e, consequentemente, com perda de informação.
A rápida obtenção de resistência conseguiu-se por circulação de informação.
Em caso algum estamos perante a criação de informação genética nova, codificadora de novas estruturas e funções.
Na verdade, na generalidade dos casos conhecidos em que uma bactéria desenvolve resistência a antibióticos acontece uma de três coisas: 1) a resistência já existe nos genes e acaba por triunfar por selecção natural, embora não se crie informação genética nova; 2) a resistência é conseguida através de uma mutação que destrói a funcionalidade de um gene de controlo ou reduz a especificidade (e a informação) das enzimas ou proteínas; 3) a resistência é adquirida mediante a transferência de informação genética pré-existente entre bactérias, sem que se crie informação genética nova (o que sucedeu no exemplo do Ludwig).
Nenhuma destas hipóteses corrobora a criação naturalista da informação codificada necessária à transformação de partículas em pessoas.
6) Defendeu que o código do DNA, afinal, não codifica nada.
Isto, apesar de o mesmo conter sequências precisas de nucleótidos com as instruções necessárias para a construção de aminoácidos, cujas sequências, por sua vez, conduzirão ao fabrico de cerca de 100 000 proteínas diferentes, com funções bem definidas para o fabrico, sobrevivência e reprodução dos diferentes seres vivos.
Existem 2000 aminoácidos diferentes e o DNA só codifica os 20 necessários à vida.
O DNA contém um programa com informação passível de ser precisamente transcrita, traduzida, executada e copiada com sucesso para o fabrico de coisas totalmente diferentes dos nucleótidos e representadas através deles.
Curiosamente, já antes dos trabalhos de Crick e Watson, já Gamow, por sinal o mesmo cientista que fez previsões acerca da radiação cósmica de fundo, previu que o DNA continha informação codificada e armazenada.
E acertou. De resto, é universalmente reconhecido que o DNA contém informação codificada.
O Ludwig, por ter percebido que não existe código sem inteligência, viu-se forçado a sustentar que o DNA não contém nenhum código, apesar de ser óbvio que contém.
Para ele, tudo não passa de uma metáfora. O problema para o argumento do Ludwig é que mesmo aqueles cientistas, citados no KTreta, que sustentam que só metaforicamente se pode falar em código a propósito do DNA, afirmam que melhor se faria em falar em cifra, isto, é, em linguagem cifrada e em decifração do DNA.
Só que, longe de refutar o argumento criacionista sobre a origem inteligente da informação, estes cientistas acabam por corroborá-lo inteiramente, na medida em que sustentam que se está aí diante de informação encriptada.
Refira-se que, em sentido não técnico, uma cifra é um verdadeiro código.
Também aí tanto a informação, como a cifra (ou o código) usada para a sua transmissão, têm que ter uma origem inteligente.
Recorde-se que o código Morse é, em sentido técnico, uma cifra, i.e., linguagem cifrada.
Ora, o código Morse e a informação que ele pode conter nunca poderiam existir sem inteligência.
Como demonstra a teoria da informação, e como o Ludwig reconhece, não existe informação codificada ou cifrada (como se quiser) sem uma origem inteligente.
Daí que, tanto a origem acidental da vida, como a evolução de partículas para pessoas por processos meramente naturalísticos sejam uma impossibilidade científica.
A abiogénese e a evolução nunca aconteceram.
Assim se compreende que a origem acidental da vida nunca tenha sido demonstrada (violando inclusivamente a lei científica da biogénese) e que mesmo os evolucionistas reconheçam que o registo fóssil não contém evidências de evolução gradual.
Por outras palavras, a partir da linguagem codificada ou cifrada do DNA, as conclusões são óbvias:
a) o Big Bang é impossível, na medida em que a matéria e a energia não criam informação codificada;
b) a origem casual da vida e a evolução de espécies menos complexas para mais complexas são impossíveis, na medida em que dependem intensivamente de informação codificada ou cifrada e esta depende sempre de uma origem inteligente.
A esta luz, as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética pré-existente, pelo que nada têm que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas.
Tudo isto pode ser empiricamente corroborado. Basta olhar para o mundo real do DNA, das mutações e da selecção natural.
As mutações causam toda a espécie de doenças e a morte. A selecção natural elimina informação, mas não explica a sua origem.
7) Defendeu que a ciência evolui como os organismos vivos supostamente evoluem.
Sucede que a ciência evolui graças à inteligência dos cientistas e à informação por eles armazenada, sendo que nem aquela inteligência nem esta informação conseguem abarcar e compreender a quantidade e a qualidade de informação codificada contida nos organismos vivos, sendo que estes só podem existir e reproduzir-se se a informação necessária para os especificar existir antes deles e codificada dentro deles.
A ciência e a tecnologia são um domínio por excelência do design inteligente, onde as experiências e os mecanismos são desenvolvidos com um fim preciso em vista, por cientistas inteligentes e com base em informação acumulada ao longo de séculos.
Os cientistas não deixam os seus departamentos ao acaso, nem deixam que as experiências científicas sejam conduzidas por pessoas sem a mínima preparação.
A produção de milhões de espécies altamente complexas e especificadas, funcionalmente integradas, num sistema solar e num universo sintonizados para o efeito, corrobora a presença de uma quantidade incompreensível de inteligência e poder.
No registo fóssil não existe nenhuma evidência de que as espécies realmente evoluíram gradualmente.
Nem se vê como as mutações aleatórias poderiam criar quantidades inabarcáveis de informação codificada altamente complexa.
Nunca tal foi observado nem explicado por ninguém.
8) Autodefiniu-se como “macaco tagarela”.
Para os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é macaco.
E ainda bem, porque senão teríamos um problema epistemológico muito sério, como já Charles Darwin suspeitava quando se interrogava:
“the horrid doubt always arises whether the convictions of man's mind, which has been developed from the mind of the lower animals, are of any value or at all trustworthy.
Would any one trust in the convictions of a monkey's mind, if there are any convictions in such a mind?”
Ao auto descrever-se como "Macacus Tagarelensis" o Ludwig mete-se num beco sem saída epistemológico.
9) Defendeu que a cebola é um exemplo de mau design, quando se trata de um prodígio terapêutico como tal reconhecido por todos os cientistas.
10) Defendeu que a origem da vida é como atirar um balde de berlindes para o chão.
Esqueceu-se de que esse método não cria sequências de berlindes codificadoras de informação para criar seres complexos, integrados e funcionais ou mecanismos de conversão de energia em matéria.
Ora, o DNA é um sistema que codifica informação, capaz de ser lida, transcrita, traduzida, copiada e executada.
O Ludwig opta por comparar alhos com bugalhos, o que é um disparate à potência mais elevada.
perspectiva,
ResponderEliminar"É que quando se atira berlindes ao chão, eles não formam sequências codificadoras de instruções para criar seres vivos extremamente complexos."
Ver comentário de 11 de Janeiro, às 15:56.
Ludwig diz:
ResponderEliminar"Só teria esse problema se não soubesse que a quantidade de informação não é o mesmo que a semântica da mensagem."
Então não avalie o DNA apenas pela quantidade, mas também pela semântica, pela pragmática e pela apobética.
É isso que os criacionistas lhe têm dito.
Talvez perceba que os berlindes não têm código nem codificam quaisquer instruções.
Jónatas,
ResponderEliminarFinalmente percebi o que tem escrito, e dou-lhe razão.
«Uma coisa é certa:
1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) o DNA tem informação codificada;
3) logo, o DNA só pode ter tido uma origem inteligente.»
O que o Jónatas quer dizer com isto é que uma destas três é certa. A primeira. Um código é uma convenção, por isso exige inteligência. E só uma é certa porque as outras duas estão erradas.
Desculpe lá o mal entendido este tempo todo... :P
ALGUMAS NOTAS SOBRE PROLBABILIDADES
ResponderEliminarA informação necessária para especificar um ser humano, e que se encontra armazenada no respectivo DNA, é muito mais complexa do que a necessária para especificar um Airbus A 380.
O DNA contém muitas instruções para o fabrico de olhos, ouvidos, nervos, músculos ou processos de cópia de informação como a mitose e a meiose, sendo que as mesmas obedecem a padrões não aleatórios.
Ou seja, não existe qualquer tendência natural nos átomos e nas moléculas para a formação natural dessas instruções.
Os vários níveis de informação e meta-informação contidos no DNA desafiam qualquer explicação aleatória.
Considere que um ser humano tem cerca de 100 000 enzimas e proteínas, comparando com 2000 de uma bactéria.
De acordo com os evolucionistas, toda esta informação teria que ser acrescentada por acidentes de cópia (mutações).
Pense, por exemplo, na formação de uma pequena proteína funcional com 48 aminoácidos sequenciados.
Isso exige 150 bases devidamente alinhadas no DNA (incluindo um codão de arranque e de stop).
A probabilidade de tudo isso acontecer por mero acaso é de 1x10^90.
Este número é impressionante se pensarmos que o número de átomos estimado no Universo é de 1x10^80.
E repare que estamos a falar apenas de uma proteína.
No caso de um ser humano estamos a falar de 98 000 enzimas e proteínas a mais do que as contidas numa bactéria.
Se a teoria das probabilidades serve para alguma coisa, ela serve para refutar o darwinismo.
A Bíblia diz que foi um Deus omnisciente que criou a vida, ou seja, que gerou toda a informação contida no DNA, que a codificou e que a armazenou no DNA.
perspectiva,
ResponderEliminar"A probabilidade de tudo isso acontecer por mero acaso é de 1x10^90."
Você não percebe patavina de probabilidades.
Leia o meu comentário de 11 de Janeiro, das 15:56.
No fim de ler, vai (talvez) perceber que a probabilidade de eu ter encontrado a minha mulher, por mero acaso, tendo em conta os milhões de espermatozóides do meu pai, é ainda menor.
PS: Para que não reste dúvidas, eu sou casado...
Algumas notas sobre probabilidaes.
ResponderEliminarUm homem produz cerca de 500 mil milhões de espermatoziodes ao longo da vida. Uma mulher nasce com cerca de um milhão de óvulos. A probabilidade de eu ter nascido é por isso de uma em 500 mil biliões.
O meu cérebro tem cerca de cem mil milhões de neurónios. Se cada um se puder ligar de apenas duas maneiras diferentes, isto dá 2^100000000000 combinações. A probabilidade de eu ser como sou, mesmo assumindo apenas duas possibilidades de ligação para cada neurónio, é de uma em um seguido de trinta milhões de zeros.
Conclusão: ou eu não existo ou este tipo de contas não serve para nada.
Caro Perspectiva,
ResponderEliminarengraçado, afinal ainda vai compreendendo algumas coisas que aqui lê: enfiou até ao fundo o barrete explicitado (passe a palavra cara :-)) deste post. Parabéns.
Cristy
Perspectiva,
ResponderEliminarVai p'rá Terra Santa.
Cristy,
ResponderEliminarOs comentário do Jónatas têm algo de nostálgico. Remetem-se sempre para aqueles recreios de infância, com os saudosos "nha nha nha nhaaa" e "não não, tu é que és".
<suspiro>
Perspectiva disse:
ResponderEliminar"Desde logo, porque apesar de ser intelectualmente desajeitado, parece não ser intelectualmente cobarde."
Partindo do princípio que o Perspectiva não é intelectualmente cobarde (isto sim, um exercício de fé) pode responder o que entende objectivamente por aumento de informação?
Jónatas,
ResponderEliminar«Não o fazemos por desrespeito, mas apenas porque o argumento e o contra-argumento são o método que privilegiamos.
Voltamos a repetir os disparates do Ludwig e as nossas respostas.»
Penso que um dos maiores obstáculos neste diálogo é o Jónatas não perceber a contradição entre estes dois parágrafos. Ou argumenta ou repete. Mas repetição não é argumento. É aborrecimento.
Ludwig,
ResponderEliminarOlha aqui um raciocínio a la perspetiva:
1) A probabilidade do DNA ter sido criado por mero é acaso é de 1 para 1 seguido de 90 zeros;
2) A probabilidade de tu seres como és é de 1 para 1 seguido de trinta minhões de zeros, isto é, uma probabilidade abissalmente menor que a primeira;
3) Tu és como és;
4) Logo, o DNA surgiu por mero acaso.
perspectiva,
Percebe agora a estupidez dos seus comentários sobre probabilidades (e já agora, sobre a sua forma de demonstrar que o DNA tem uma origem inteligente)?
Olha o Pedro Ferreira!
ResponderEliminarE então o candidato a Nobel?! ;)
Quanto ao texto do Perspectiva, até achei piada à análise frase a frase.
Anyway... voltando à entropia, há algo interessante e relativamente recente - fluctuation theorem (FT).
Bem, a matemática deixo-a para os sábios, mas há curiosas implicações relativamente à 2ª lei da termodinâmica, considerada no seu aspecto meramente estatístico.
Neste caso, a entropia pode "flutuar", ou seja, haverá uma probabilidade quantificável de ela diminuir em vez de aumentar, uma característica dos sistemas ordenados, só que estes não são isolados, claro.
A questão interessante aqui é a das escalas a que se aplicam estas observações e respectivas leis, já que a da termodinâmica é válida para sistemas macroscópicos, enquanto a flutuação se aplica tanto a estes como aos microscópicos. Nestes, a entropia pode ser negativa, em pequenos timeframes.
Essa probabilidade contudo existe, em particular nos processos físicos simétricos em relação ao tempo, nos sistemas quânticos.
Isto conduz ao paradoxo de Loschmidt ou da reversibilidade.
O ponto aqui importante é que as leis da reversibilidade do movimento não podem explicar o estado relativamente baixo de entropia actual, o qual deverá ter sido mais baixo ainda no passado, claro.
A teoria do Big Bang, com a mínima entropia inicial, é uma possível resposta ao paradoxo, mas há ainda muito campo de investigação para um candidato a Nobel! :)
Por fim, para além de tudo isto, a tal misteriosa "inteligência natural" que foi o ponto de partida desta conversa, NÃO é nada de exterior e independente ao universo tal como o conhecemos, as questões do sobrenatural - caso tal exista - pertencem a outro ramo.
Logo, trata-se apenas de uma propriedade já inerente à própria matéria em si, inanimada ou viva, e que é responsável pela tal organização espontânea ou a negentropia local característica dos sistemas organizados, incluindo os organismos vivos.
Still... não haverá algo que falha em todos estes raciocínios sobre a entropia e a 2ª lei da termodinâmica? Será que o Big Bang responde mesmo ao paradoxo de Loschmidt ou haverá outra explicação mais subtil?
Bem, no quadro da ciência actual isso seria um pouco como virá-la de pernas para o ar... de novo baralhar e tudo começar!
E por muito que custe, vai ter de ser assim...
Rui leprechaun
(...só estamos no zero e tão longe do fim! :))
Leprechaun diz.
ResponderEliminar"A teoria do Big Bang, com a mínima entropia inicial, é uma possível resposta ao paradoxo"
Uma explosão não produz mínima entropia, mas máxima entropia.
Uma criação racional por um Deus racional produz máxima energia com mínima entropia.
A criação sistemática tal como descrita no Génesis, feita por um Deus omnipotente e omnisciente, permite explicar a mínima entropia inicial e a dependência da vida de informação codificada.
O Big Bang não explica a origem da matéria e da energia e a ordem inicial.
A teoria da evolução não explica a origem da vida nem da informação codificada de que ela depende.
A teoria dos berlindes também não, porque sequências de berlindes só codificam alguma coisa se assim for decidido por alguém inteligente.
"Quanto ao texto do Perspectiva, até achei piada à análise frase a frase".
ResponderEliminarCaro Rui, quando me revelares finalmente a tua fonte das substâncias necessárias - e eu precisarei de uma dose de cavalo - prometo que tentarei ler um comentário do Perspectiva frase a frase.
Cristy
Pedro Ferreira, tente negar que:
ResponderEliminar1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) o DNA tem informação codificada;
3) o DNA teve origem inteligente.
perspectiva,
ResponderEliminar"A criação sistemática tal como descrita no Génesis, feita por um Deus omnipotente e omnisciente, permite explicar a mínima entropia inicial e a dependência da vida de informação codificada."
Pequena correcção: o Genesis permite explicar, não "a mínima entropia", mas sim "a energia (mental) mínima".
"A teoria dos berlindes também não, porque sequências de berlindes só codificam alguma coisa se assim for decidido por alguém inteligente."
Aqui tem razão. Tal como aqueles videntes que lançam os búzios e que descodificam a mensagem neles contida...
perspectiva,
ResponderEliminar"Pedro Ferreira, tente negar que:
1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) o DNA tem informação codificada;
3) o DNA teve origem inteligente."
Só se me disser o que entende por aumento de informação...
Ludwig diz:
ResponderEliminar"Ou argumenta ou repete. Mas repetição não é argumento. É aborrecimento."
Engana-se. Para muitas pessoas é importante conhecer os disparates que o Ludwig diz. Se não quer que as pessoas não tenham acesso aos seus disparates, para de os dizer.
Há sempre pessoas novas que só agora entraram em contacto com este blogue e para as quais importa dar conta do estado actual da discussão.
Por acaso o Ludwig pensava que poderia dizer disparates sem os criacionistas registarem?
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
O Ludwig, ao ter a ideia de criticar de forma sobranceira e altiva os criacionistas, colheu uma tempestada perfeita.
Fica já avisado que nas próximas décadas continuaremos a registar os seus disparates e a divulgá-los.
Afinal o seu blogue chama-se KTreta e os leitores têm o direito a conhecer os disparates do seu autor. Ou será que não têm?
Se quer ser respeitado, pare de se autodefinir e autodeterminar como um macaco tagarela.
Rui Leprechaun e Jónatas,
ResponderEliminar«Uma explosão não produz mínima entropia, mas máxima entropia.»
O Jónatas tem razão. No Big Bang a entropia do universo era máxima. Para um universo daquele tamanho.
Só que o espaço-tempo expandiu-se rapidamente durante o periodo inflaccionário e com essa expansão o máximo possível para a entropia aumentou muito mais depressa do que a entropia. Por isso o universo ficou logo longo do equilíbrio termodinâmico e com muita capacidade para aumentar a entropia.
Não é que as coisas tenham começado ordenadas. Começaram o mais desordenado possível na altura. Mas pouco depois o máximo possível aumentou dramaticamente e entretanto a desordem tem aumentado
E com o aumento global da entropia é possível haver umas reduções locais, como nuns seres vivos num pequeno planeta algures num cantinho de lado nenhum.
Pedro Ferreira diz:
ResponderEliminar"Só se me disser o que entende por aumento de informação..."
Pergunte ao Ludwig como é que ele mede os aumentos de informação nos trabalhos dos seus alunos.
A resposta que ele lhe der, é a resposta correcta.
Uma coisa é certa, o Pedro Ferreira não consegue negar, com observações científicas, que:
1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) que o DNA tem informação codificada
3) que o DNA teve origem inteligente
Não se trata aqui de um dogma religioso, mas de uma afirmação irrefutável porque apoiada em observações irrefutáveis.
«Se quer ser respeitado, pare de se autodefinir e autodeterminar como um macaco tagarela.»
ResponderEliminarMais uma destas e dá-me um fanico.
Krippmeister
ResponderEliminar"Partindo do princípio que o Perspectiva não é intelectualmente cobarde (isto sim, um exercício de fé) pode responder o que entende objectivamente por aumento de informação?"
Depende do critério.
1) critério estatístico: aumento da quantidade de símbolos,
2) critério sintático: aumento da quantidade de sequências significativas de símbolos
3) critério semântico: aumento das ideias ou instruções codificados pelos símbolos
4) critério pragmático: aumento das operações excecutáveis com base na informação
5) critério apobético: aumento dos resultados obtidos depois de executáveis as instruções codificadas
Que parte disto é que não compreendem?
Uma coisa continua a ser certa:
o DNA só pode ter tido origem inteligente porque tem informação codificada e esta necessita sempre de inteligência.
psssst... Perspectiva...
ResponderEliminar"sintático" leva um c antes do t
Ludwig diz
ResponderEliminar"Não é que as coisas tenham começado ordenadas. Começaram o mais desordenado possível na altura. Mas pouco depois o máximo possível aumentou dramaticamente e entretanto a desordem tem aumentado"
O Universo tende da ordem para a desordem, da complexidade para a simplicidade, da informação para o ruído. E não o contrário.
Ludwig diz:
ResponderEliminar"E com o aumento global da entropia é possível haver umas reduções locais, como nuns seres vivos num pequeno planeta algures num cantinho de lado nenhum."
Oh disparate dos disparates. Mais uma vez o argumento da entropia aplicada à vida.
É esse disparate que leva a Palmira a confundir cubos de gelo ou cristais com informação codificada.
Esse argumento não refuta que:
1) toda a informação codificada tem origem inteligente;
2) o DNA tem informação codificada~
3) Logo, o DNA só pode ter tido origem inteligente
perspectiva,
ResponderEliminarMas quais são as observações irrefutáveis que permitem concluir que o DNA teve uma origem inteligente?
Ludig diz:
ResponderEliminar"Um homem produz cerca de 500 mil milhões de espermatoziodes ao longo da vida."
Isso é assim, porque no núcleo das suas células existe informação codificada que possibilita a sua reprodução.
"Uma mulher nasce com cerca de um milhão de óvulos. A probabilidade de eu ter nascido é por isso de uma em 500 mil biliões."
É verdade. Mas a probabilidade de alguém nascer era muito elevada porque existe informação codificada que permite isso.
"O meu cérebro tem cerca de cem mil milhões de neurónios."
Porque existe informação codificada no DNA para a sua produção.
"Se cada um se puder ligar de apenas duas maneiras diferentes, isto dá 2^100000000000 combinações."
É verdade. Mas no DNA está o programa que, se bem executado, leva à produção de um ser humano com um cérebro funcional.
Infelizmente, porque vivemos num mundo físicamente decaído, nem sempre o programa é bem executado, surgindo doenças e por vezes a morte.
"A probabilidade de eu ser como sou, mesmo assumindo apenas duas possibilidades de ligação para cada neurónio, é de uma em um seguido de trinta milhões de zeros."
É verdade. Mas quando os gâmetas do seu pai e da sua mãe se juntaram, já todos sabiam que 9 meses depois iria nascer um ser humano e não um macaco, porque assim estava codificado nos 23 cromossomas de cada um seus pais .
"Conclusão: ou eu não existo ou este tipo de contas não serve para nada."
Se existe e tem capacidade de se reproduzir é porque existe informação codificada no genoma humano com todas as instruções para que isso seja possível.
Ora, não existe informação codificada sem inteligência, pelo que a informação codificada no DNA só pode ter tido origem inteligente.
É impossível refutar isso com base em observações ou experiências científicas.
Pedro Ferreira:
ResponderEliminar"Mas quais são as observações irrefutáveis que permitem concluir que o DNA teve uma origem inteligente?"
1) toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo quaisquer excepções.
2) o DNA tem informação codificada, em quantidade, qualidade e densidade que transcende toda a informação de criação humana, não se conhecendo qualquer origem não inteligente para o DNA
3) Logo, a única conclusão empiricamente sustentável é que o DNA teve origem inteligente.
O resto é especulação naturalista sobre o que terá acontecido há milhões de anos que ninguém observou de um modo qualquer que ninguém observou.
«Logo, a única conclusão empiricamente sustentável é que o DNA teve origem inteligente.»
ResponderEliminarPerspectiva, meu grande nabo:
Em que formato surgiram as criaturas na Terra? Deus formulou o DNA. Muito bem. E depois?
Ludi,
ResponderEliminaro que explica uma data de coisas sobre o estado do ensino em Portugal ...
Cristy
Francis Crick diz:
ResponderEliminar“A origem da vida parece ser, neste momento, quase um milagre, tantas são as condições que teria que ter satisfeito para poder avançar"
Francis Crick, Life Itself, 1981, 88.
A Bíblia ensina que quem criou a vida foi Jesus Cristo, o Verbo, o mesmo que, há 2000 anos, ressuscitou dos mortos com um corpo incorruptível.
Existe mais evidência histórica de que Jesus ressuscitou dos mortos, do que de que a vida surgiu por acaso.
Bruce Lose diz:
ResponderEliminar"Em que formato surgiram as criaturas na Terra? Deus formulou o DNA. Muito bem. E depois?"
Deus criou todos os seres vivos, tendo colocado nas respectivas células a informação necessária à sua reprodução de acordo com a sua espécie.
Depois, os animais foram-se reproduzindo. Atá hoje.
Kristy diz:
ResponderEliminar"...o que explica uma data de coisas sobre o estado do ensino em Portugal ..."
Tem razões para estar preocupada.
Quando se compara DNA a berlindes num balde...
A ver se é isto:
ResponderEliminarNão só Adão se fez do pó, como das suas costelas se fez Eva, as ovelhas e o cavalo marinho. Certo?
No fundo, o raciocínio criacionista é simples e directo, sem deixar de ser irrefutável pelas observações:
ResponderEliminar1) Todos os códigos (ou cifras) conhecidos têm uma origem inteligente
2) Nenhum código (ou cifra) observado teve uma origem naturalística
3) Não se conhece uma origem naturalística para a informação codificada contida no DNA
4) O DNA é o sistema mais eficiente de armazenamento de informação codificada conhecido
5) A única conclusão razoável é de que o DNA tem uma origem (super-)inteligente
Bruce Lose diz:
ResponderEliminar"Não só Adão se fez do pó, como das suas costelas se fez Eva"
Até aqui está certo. Mas sempre por acção de um Deus omnipotente e omnisciente.
Esse processo garantiu que todos somos do mesmo sangue.
"...as ovelhas e o cavalo marinho. Certo?"
As ovelhas e o cavalo marinho foram feitos separadamente...
Ah, então está bem. E quais é que são para assar?
ResponderEliminarContinuando o raciocínio criacionista:
ResponderEliminar1) Toda a informação codificada só pode ter origem inteligente.
2) A informação contida no DNA só pode ter tido uma origem inteligente
3) A informação, sendo uma grandeza imaterial, só pode ter tido origem num Ser imaterial (espiritual)
4) O Big Bang é impossível porque o Universo tem informação e esta não se reduz à matéria e à energia
5) A origem da vida e a evolução não aconteceram porque a informação não surge por processos físicos e químicos aleatórios
6) Deus criou a Vida pela Sua Palavra, assim se explicando o código genético
Bruce Lose diz:
ResponderEliminar"Ah, então está bem. E quais é que são para assar?"
Vê-se que se aproxima a hora do almoço...
Notas sobre probabilidades.
ResponderEliminarProbabilidade de a molécula do DNA surgir por acaso:
Francis Crick, Life Itself: Its Origin and Nature:
“nunca pode ter sido sintetizada, em qualquer tempo”
Robert Gange, Ph.D. (investigação em sistemas de infomação), Origins and Destiny:
“Zero”
Bernard Lovell (Ph.D. Astronomia), In the Centre of Immensities:
“efectivamente zero”
perspectiva,
ResponderEliminar"“A origem da vida parece ser, neste momento, quase um milagre, tantas são as condições que teria que ter satisfeito para poder avançar"
Francis Crick, Life Itself, 1981, 88.
"Ter conhecido a minha mulher percer ser, neste momento, quase um milagre, tantas são foram as condições que tiveram de acontecer para que isso fosse possível"
Pedro Ferreira, comentário das 15:56 de 11 de Janeiro, no blog ktreta.blogspot.com
PS: Ainda não percebeu, pois não?
EH LÁ!!!! Pára tudo...
ResponderEliminarPerspectiva,
Defende mesmo que a mulher foi feita de pó e da costela do homem? Ou está a brincar?
(Erro meu... Comentei depressa demais)
ResponderEliminarO homem foi feito do pó e a mulher da costela do homem? Foi assim, perspectiva?
perspectiva,
ResponderEliminarDiga lá se defende a teoria da costela. Se sim, certamente que Deus fez o tórax do Adão propositadamente assimétrico (com mais uma costela de um dos lados), pois, devido à sua omnisciência, já sabia que ia remover uma delas.
Calma, Pedro Ferreira.
ResponderEliminarEstudos recentes indicam que, de facto, Adão teve um tórax altamente meristemático.
Bruce Lóse,
ResponderEliminarCerto.
Ou então, é treta!
PS: Eu voto nesta última...
Jónatas,
ResponderEliminarA probabilidade do ADN ter surgido por acaso é demasiado baixa para que isso seja uma boa explicação.
Por isso é que precisamos de teorias como a da evolução, que explicam como processos naturais permitem que sistemas de replicadores simples dêm origem a sistemas mais complexos.
E note que a probabilidade do ADN ter sido criado por magia parece ser tão (ou mais) baixa como a probabilidade deste surgir por acaso.
É por isso que o progresso no conhecimento humano se pode medir tão bem pelo número de coisas que se deixa de explicar pelos milagres e se passa a explicar pela compreensão dos processos naturais que lhes dão origem.
Para o perspectiva ler nos tempos-livres:
ResponderEliminar* Argument from Improbability
* Hoyle's fallacy
* Hoyle's fallacy
* The Inevitability of Evolution (Part I)
* The Black Swan: The Impact of the Highly Improbable
perspectiva:
ResponderEliminar«Francis Crick diz:
“A origem da vida parece ser, neste momento, quase um milagre, tantas são as condições que teria que ter satisfeito para poder avançar"
Francis Crick, Life Itself, 1981, 88. »
Interessante que eu já tinha respondido ao Mats a isso:
«Na mesma obra de Francis Crick:
"An honest man, armed with all the knowledge available to us now, could only state that in some sense, the origin of life appears at the moment to be almost a miracle, so many are the conditions which would have had to have been satisfied to get it going. But this should not be taken to imply that there are good reasons to believe that it could not have started on the earth by a perfectly reasonable sequence of fairly ordinary chemical reactions. The plain fact is that the time available was too long, the many microenvironments on the earth's surface too diverse, the various chemical possibilities too numerous and our own knowledge and imagination too feeble to allow us to be able to unravel exactly how it might or might not have happened such a long time ago, especially as we have no experimental evidence from that era to check our ideas against."»
perspectiva,
ResponderEliminarcoloca as citações em inglês para ser mais fácil encontrar as aldrabices que dizes.
Portanto, o perspectiva está a dizer que podemos fazer seres humanos com pó.
"Portanto, o perspectiva está a dizer que podemos fazer seres humanos com pó".
ResponderEliminarAliás, começo a desconfiar que as ideias dele são fruto do consumo de pózinhos mágicos, :-)
Cristy
Pedro Amaral Couto,
ResponderEliminarDeve haver um esquema bem montado nisto de citar coisas fora do contexto.
Suponho que seja algo assim:
(1) Abrir um texto de divulgação científica;
(2) Ctrl+F + ["deus", "milagre", etc.];
(3) Ao encontrar alguma parte do texto com as keywords acima, tirar esse bocado de texto fora de contexto;
(4) Se causar ambiguidade, incluir num comentário criacionista como "prova científica".
Hoje o perspectiva parece o Jackie Chan :)))
ResponderEliminar«perspectiva»,
ResponderEliminarexplique-me lá se a tabela periódica é informação codificada...
Se as ligações das moleculas do ADN são comandadas pela química onde está o acaso total?
ResponderEliminarOs electrões de fuga já não contam para nada? A química não existe? Os átomos juntam-se qualquer um com qualquer outro ao acaso?
Que contas são essas?
É como dizer que eu estou aqui preso à terra e não a flutuar no espaço por mero acaso. Esquecendo a gravidade.
Disparate!
As probabilidades não interessam para nada mas mesmo assim as contas de certeza que estão erradas.
Não me peçam para fazer contas mas eu acho que no ambiente certo era inevitável o aparecimento do adn tal como foi inevitável o aparecimento dos átomos de hidrogénio (completos na sua carga neutra) 300 mil anos após o big bang quando finalmente os electrões se juntaram aos protões (quando finalmente o ambiente assim o permitiu).
É igual. Noutra escala, mas é igual. Inevitável. 100%.
Mas não, é a magia do Senhor!
ResponderEliminarUUUUUHHH.... O Senhor...
Arre Xiça!
No Big Bang a entropia do universo era máxima. Para um universo daquele tamanho.
ResponderEliminarExacto! Mas não referi a inflação de Guth para não inflacionar demasiado o comentário, até porque o ponto central não era de facto esse.
Contudo, continuamos no campo das meras hipóteses especulativas, já que embora o Big Bang seja o mais consensual... à falta de melhor!... há várias observações que não condizem com o modelo. Além do mais, figuras de topo da física não parecem morrer de amores por ele...
O ponto que desde há muito venho desenvolvendo neste tipo de discussões até tem, de certa forma, algo de comum com aquilo que o Perspectiva e outros referem, ou seja, a tal ideia pouco querida da ciência de um "design inteligente".
Há, contudo, uma subtil nuance, como já salientei. É que essa inteligência NÃO é exterior ao universo mas imanente ao mesmo. Ou seja, no fundo é algo como um panteísmo cósmico em que o Universo é o próprio Deus... more or less!
Porém, trazer ideias religiosas preconcebidas para estas discussões é de facto contraproducente. Isto é, a existência dessa inteligência elementar, presente já nos próprios constituintes básicos do universo, nada nos diz sobre qualquer outra Inteligência exterior e anterior ao mesmo. O design inteligente é já built-in e inerente! Alguém o terá feito ou concebido assim? Talvez, mas para já esse não é o nosso fim...
É por isso que estas discussões sobre entropia são importantes, porque há ainda um missing link, algo não encaixa bem em todo este cenário. A intuição é mais importante do que a mera análise lógica e matemática, pois só a partir da visão geral se pode partir para os pormenores.
Que o Universo é um organismo inteligente e auto-organizado, evoluindo no sentido de uma progressiva complexidade, esse é um facto da nossa própria experiência. Estranhamente, contudo, a ciência parece continuar a sentir receio de admitir essa noção de inteligência natural, mesmo quando reconhece leis e princípios regulares que se manifestam na organização espontânea da matéria, afinal um sinal dessa inteligência primeva.
Suponho que em parte isso se deve, talvez, ao conceito antropomórfico do que é a inteligência, associando-a às estruturas neuronais dos organismos superiores. Bem, é só uma palavra e talvez haja outra que traduza melhor ou mais fielmente este conceito que implica, de certa forma, a existência de um sentido preordenado na evolução do Cosmos.
Claro, aqui temos a questão ontológica do propósito, e na verdade isto já soa demasiado religioso. Still... soe da maneira como soar, moderno ou antiquado, tal é irrelevante para a ideia em si, importa é só saber se ela traduz ou não a realidade observável.
Afinal, e ao contrário do que a moderna racionalidade supõe, talvez o primevo pensamento religioso se tenha alicerçado numa intuição holística sobre o universo, mais do que em manifestações pontuais de pensamento mágico que se foram depois cristalizando em práticas rituais, progressivamente mais elaboradas ao longo dos tempos.
May be... Há quem se dê por satisfeito com aquilo que sabe e em que acredita - seja religião ou ciência, whatever! - e depois os eternos insatisfeitos que torcem o nariz às verdades de fé estabelecidas, ainda que neste campo as da physis sejam algo mais frágeis que as da metaphysis.
E pronto! Chegou a mui suave Hagia Sophia...
Rui leprechaun
(...continuo os disparates outro dia! :))
Porque raio é que Ele não fez a babe também do pó? Escusava de ter que andar a criar costelas a mais para depois remover.
ResponderEliminarOmnicomplicadinho o Senhor...
Ludwig
ResponderEliminarPenso eu que a culinária verbal do preclaro Perspectiva é assim mais para o indigesta. Mas é só uma opinião.
“Não há razões de carisma religioso” (Krippal)
ResponderEliminarPercebi que estava a corrigir trabalhos e que se recusa a aceitar razões de “carisma religioso”.
Carisma pode ser: «Dom natural acentuado, particularmente no domínio da moral ou religioso.»
Terei percebido mal?
Espero estar enganado. Entendi que o Krippal diz que não aceita que um discípulo diga: “há razões que se fundam num notório dom natural no domínio da moral ou da religião”.
É que se o fizesse a um filho meu teria problemas sérios.
Uma coisa é o conjunto das convicções pessoais, por mais quixotesca e caricaturais que sejam, como as suas. Outra coisa é impor tais ideias, obrigando a que os outros comunguem delas.
Fico estarrecido. Vejo que há académicos com este grau de formação. Custa-me a aceitar que tenham que ser académicos aqueles que não servem para mais nada.
Não gastará de ouvir a verdade, mas dir-lhe-ei o que penso.
O Krippal não é uma pessoa de inteligência prodigiosa. É um bom caricaturista. Um grande convencido. Um excelente recortador de ideias, tentando colá-las de forma a obter uma aparente coesão.
Por norma, quem se sente prisioneiro do limite das suas capacidades é também um revoltado.
Estarei errado, mas parece-me que o Krippal culpa Deus por tal “revolta”. Daí a birra que faz quando alguém lhe fala em religião.
Esteja à vontade. Vinda de onde vem, tal birra de nada serve, nem é notada pela religião, quanto mais incomodar.
O que não pode fazer, por ser deontológica e legalmente condenável, é impor os contornos da sua birra aos seus discípulos. Penso o Krippal o que pensar, sinta o que sentir, as suas convicções não são elementos valorativos, nem podem ser computadas na avaliação de trabalhos, daqueles cujo estado lhe confia e paga para transmitir informação objectiva e credível.
Fiquei desapontado com o Krippal.
Ou então entendi mal.
Terá sido desta gripe que me retém no leito?
"Terá sido desta gripe que me retém no leito?"
ResponderEliminarOu talvez o analfabetismo que o impede de sequer escrever um nome correctamente?
Cristy
"Não só Adão se fez do pó"
ResponderEliminarSegundo a teoria do Krippal, enunciada num comentário recente, nada disto é de espantar.
Dizia o Krippal que a vida surge por mera acção da energia electromagnética sobre a matéria (inanimada, inorgânica, etc).
Para fazer Adão o Criador moldou-o em barro. Deu-lhe um sopro (electromagnético) e ele adquiriu vida. Se isso é algo em que mesmo um anti-deuses e forças sobrenaturais acredita, por que duvidará um crente de uma qualquer religião?
E o resto dos seres viventes também se fez de pó?
Pela teoria do Krippal deve ser uma evidência.
Eu não tenho nenhuma teoria pessoal. Mas corroborando de outras que conheço, não me fio no Krippal.
Anónimo,
ResponderEliminar«Percebi que estava a corrigir trabalhos e que se recusa a aceitar razões de “carisma religioso”.»
Aparentemente, não percebeu nada. As razões de cariz religioso são razões como quaisquer outras. Se são aceitáveis ou não depende do contexto. Quanto a isso não tenho problemas. O problema foi simplesmente que "carisma" e "cariz" não são sinónimos. Não faça já um drama de perseguição religiosa a partir de um equívoco de semântica.
«Dizia o Krippal que a vida surge por mera acção da energia electromagnética sobre a matéria (inanimada, inorgânica, etc).»
Não. O que eu disse e que o anónimo aqui tão desonestamente deturpou foi que a força responsável é a força electromagnética. É essa que domina as reacções químicas e a vida é química, nada mais.
Mas nunca disse que era por "mera acção" dessa força. Nem tudo o que é electromagnético é química e nem toda a química é vida.
Mas para mau entendedor não há palavras que chegue...
Quem é o krippal para chamar desonesto?
ResponderEliminar“A força responsável por transformar matéria inanimada em matéria viva é o electromagnetismo. É essa a força que domina as reacções químicas e transforma espaguete com queijo em células humanas vivas.” (Krippal)
Porventura será HONESTO dizer que o electromagnetismo é a “ força que domina as reacções químicas e transforma esparguete com queijo em CÉLULAS HUMANAS VIVAS.”
Isso não é ciência. É ilusionismo, magia. Ou então, no seu caso, será delírio.
Tenho perguntado repetidas vezes se o que aqui diz é a sério ou a brincar.
Se é a sério, e se por eu criticar afirmações “científicas” como esta, me chama desonesto, só posso duvidar da sua sanidade mental ou tê-lo por perfeito imbecil.
Imagino que esteja a brincar e/ou nem seja docente universitário. Seria muito grave e exigiria uma denúncia séria, se algum académico chegasse aos limites que o Krippal aqui demonstra.
È melhor ignorar.
È melhor que seja mentira e o país nem sonhe que tais factos correm.
Se tudo o que diz é puro humor. Fica sem efeito tudo o que eu disse.
Ò mano,
ResponderEliminareste anónimo será algum aluno teu que tiveste que chumbar por óbvia falta de neurónios? (a cobardia já nem comento)
Cristy
Anónimo,
ResponderEliminar«Porventura será HONESTO dizer que o electromagnetismo é a “ força que domina as reacções químicas e transforma esparguete com queijo em CÉLULAS HUMANAS VIVAS.”»
Sim. A diferença entre o que comemos e o que somos está apenas na forma como os àtomos estão ligados. Os elementos são os mesmos e não há nada de místico no processo digestivo nem nas vias metabólicas. É química. Quebrar umas ligações e formar outras.
E a força que domina esse processo é o electromagnetismo. A gravidade e as forças nucleares não têm efeitos significativos nesses processos.
Eu sei que isto pode desiludir quem queira ter algo de especial ou transcendente, um elan vital, a separar os seres vivos da matéria inanimada. Mas desiludir pode ser bom. Pelo menos acaba com uma ilusão.
O que a realidade nos mostra, e mostra-o claramente, é que a vida é química. É química complicada, mas nada mais que isso.
Ludwig,
ResponderEliminardesculpa interferir mas isto está-me a fazer urticária.
Anónimo, dentro do conhecimento actual da física existem 4 forças fundamentais na natureza.
Força fundamental entende-se como um mecanismo de interação entre partículas que não pode ser explicado por outro mais simples. Qualquer interação na natureza é explicado pela actuação de uma força fundamental ou por uma combinação de forças fundamentais.
Nas gamas de energia que estão presentes na esmagadora maioria dos fenómenos naturais (excluindo a actividade humana que é capaz de produzir a cisão do atomo e assim observar os efeitos das duas forças nucleares) observados na terra apenas são observados os efeitos de duas forças fundamentais: a força da gravidade e a força electromagnética.
A força electromagnética tem uma magnitude de 10^35 superior à força da gravidade.
Os atomos são compostos de cargas elétricas, as moléculas compostas por átomos e as células compostas por moléculas.
Dada a diferença de magnitudes encontrada entre as forças gravitica e electromagnética e porque a quimica estabelece-se entre particulas carregadas pode-se dizer com toda a propriedade e (autoridade cientifica) que o electromagnetismo domina não só as interacções presentes na matéria viva como a maior parte das interacções observadas na Terra.
Não existem outras forças conhecidas pela ciência Sr. Anónimo !
Anónimo
ResponderEliminar"Porventura será HONESTO dizer que o electromagnetismo é a “ força que domina as reacções químicas e transforma esparguete com queijo em CÉLULAS HUMANAS VIVAS.”
Estás a confundir a tua total ignorância acerca do que te explicam, com desonestidade de parte de quem to explica. Eu sei que essa é a maneira mais cristã de tentar proteger a religião, mas neste caso não serve.
Se tiveste uma trombose recentemente e não controlas o que escreves, fica sem efeito tudo o que eu disse.
Lá continua o Krippal com o seu cinismo.
ResponderEliminarComo diz um comentador noutro blog, é «ciência marroquina “malata, malata”»
Chegou a minha vez de pedir honestidade.
E pedir também o fim da “sopa” de conceitos.
Desde logo, porque força e energia são conceitos substancialmente diferentes.
Mas, não estão em discussão forças fundamentais, não estão em discussão gamas, níveis ou magnitudes de energia, nem a entropia de sistemas. Nada disso aqui está em discussão.
O krippal de forma completamente cínica é que continua a tentar atirar barro para os olhos dos presentes.
Diz uma asneira abismal consubstanciada no seguinte:
Factos:
1 – foi-lhe perguntado por um comentador, no seu entender, “qual é a lei ou força da natureza que tem capacidade de gerar seres vivos a partir da matéria morta”
2 – Krippal respondeu:” A força responsável por transformar matéria inanimada em matéria viva é o electromagnetismo.”
3 – Krippal deu ainda um exemplo infeliz.
Primeiro assume que as leis da natureza são construções humanas e “não fazem nada”, mas servem para explicar.
Depois, diz que, provavelmente lá, no laboratório da universidade dele (sei lá!), alguém é capaz de fazer o seguinte: com “ essa força que domina as reacções químicas e transforma [poderá transformar-se!?] esparguete com queijo em células humanas vivas.”
Constatação:
Convicção minha: NO ACTUAL ESTADO DA CIÊNCIA, É IMPOSSIVEL!!!
E se estou errado, diga-me, por favor, onde quando e como posso visitar tal laboratório.
Ou então:
Muna-se dos materiais que necessitar e use o mais avançado laboratório, que eu subsidio o queijo e o esparguete e arranjo-lhe o comprador certo para a patente.
Mas, não me venha com a mania de contornar as afirmações, como subtilezas e subterfúgios ardilosos, muitos menos tecer comentários que nada tem a ver com a questão, ou desviar o assunto para uma rota diferente. (Já estava a viajar para o campo da alimentação, mas aí não se cria nova vida – assunto encerrado!)
Vejo que se serve muitas vezes de uma habilidade inata: vaguear ao redor da questão levando para um plano “filosoficamente dúbio”, onde dá às palavras o sentido que lhe convém.
Não faça uma manta de retalhos de ideias e factos, desviando-se do assunto para tentar ganhar terreno, já que a razão o abandonou. Essa é a sua táctica, segundo tenho visto.
Comigo não discute dessa forma porque estou habituado a conversas sérias.
O que lhe foi perguntado ficou sem resposta, porque você deu volta parta tentar baralhar e nada responder.
Por isso, se quiser merecer alguma credibilidade, responda simplesmente ao que lhe pergunto.
Acha cientificamente possível que num qualquer reduto científico da terra, se entregar “esparguete com queijo”, alguém posso transformá-lo em “células humanas vivas”?
“O que a realidade nos mostra, e mostra-o claramente, é que a vida é química.” (Krippal)
Não sei o que entende por “realidade”. Muito menos sei onde foi buscar essa realidade. Mas, convença-se de uma coisa: se a vida fosse simplesmente “química” todos os cientistas correriam atrás de uma fórmula.
Essa só nos livros de ficção cientifica, ou de alquimia.
[O Krippal não disse que há uma explicação (cientificamente bastante coerente, mas não totalmente aceite) para o aparecimento de vida, esteve perto, mas não chegou lá!]
Anónimo,
ResponderEliminar«E se estou errado, diga-me, por favor, onde quando e como posso visitar tal laboratório.»
Não precisa de laboratório. Qualquer pessoa saudável é capaz de converter, por processos puramente químicos (dominados pela força electromagnética) espaguete e outros nutrientes em células vivas. Como é que acha que o cabelo cresce? Por milagre?
Isto não é cinismo. É mesmo assim. Os alimentos reagem quimicamente no aparelho digestivo. As moléculas formadas são incorporadas nas células que as fazem reagir em cascatas complexas de reacções que vão produzindo todos os componentes necessários a que a célula se divida. Basta um pouco de tempo e muita química e a comida transforma-se em células vivas. E algumas dessas até podem dar origem a novas pessoas, se encontrarem o parceiro certo.
Não sei de onde vem essa sua bílis toda. Isto nem sequer tem nada de esotérico. Desde 1828 que sabemos que a matéria que compõe os seres vivos é a mesma que compõe os seres inanimados, apenas em configurações diferentes. E é a força electromagnética que governa essas configurações.
Anónimo,
ResponderEliminar«Não sei o que entende por “realidade”»
Pois... já desconfiava que o problema fosse algo desse tipo...
O Krippal continua a não responder ao que lhe perguntam, a tentar desdizer o que afirmou.
ResponderEliminarPonha as questões de metabolismo de parte e, pelo menos uma vez na vida, responda decente e objectivamente a uma questão tão simples.
O que eu li nestes comentários nada tem a ver com aquilo que aqui responde.
Muita gente, incluindo muita gente da ciência, admite que a vida foi criada por uma Entidade conscientemente inteligente. Para mim, cristão e católico, a vida foi criada por Deus. Foi Ele que, não só desenhou inteligentemente o universo, como também animou a matéria inanimada. Ou seja, a força que fez nascer vida a partir de matéria inanimada, foi a “mão” de Deus.
O Krippal diz que não.
Fizeram-lhe uma pergunta muito simples, mas o Krippal não respondeu. Equívoco após equívoco, finta a trás de finta, desculpa para aqui, desculpa para acolá, mais um jogo de palavras sem nexo, para ver se o interlocutor desiste, e nada respondeu. Há quem chame a isto inteligência. Eu chamo-lhe aldrabice!
Até percebo que o Krippal não saiba responder: porque desconhece, ou não há a resposta que lhe convém, ou porque se nega a aceitar aquele que existe.
Não obrigado a saber. Assumir que não sabe, está correcto. Aldrabar, é feio.
A pergunta contínua no ar (repito-a, mesmo sabendo que não é capaz de me responder):
Se não foi Deus que deu vida aos elementos inanimados, então qual é (ou qual foi) a “força”, lei ou fenómeno que transforma matéria inanimada (e inorgânica) em matéria viva, num local onde não há nenhum ser vivo preexistente?
É isso que lhe têm perguntado, e você dá as respostas mais estapafúrdias e desconcertantes.
Excluímos aqui todos os metabolismos e entropias de sistemas entre seres vivos.
Será que a sua força electromagnética chega?
"Ou seja, a força que fez nascer vida a partir de matéria inanimada, foi a “mão” de Deus."
ResponderEliminarCaro Anónimo,
Só por curiosidade:
Em que evidências e factos se baseia para fazer esta afirmação?
A força responsável por transformar matéria inanimada em matéria viva é o electromagnetismo. É essa a força que domina as reacções químicas...
ResponderEliminarPlus:
Desde 1828 que sabemos que a matéria que compõe os seres vivos é a mesma que compõe os seres inanimados, apenas em configurações diferentes. E é a força electromagnética que governa essas configurações.
Interessante... Mas será que isso, então, justifica ou explica certo tipo de terapias supostamente electromagnéticas, como a ancestral acupunctura ou máquinas modernas mais elaboradas, tipo Scio ou Mora?!
De facto, essa questão do electromagnetismo é até um campo de batalha ou tema favorito recorrente em certo "misticismo" terapêutico, digamos.
Hummm... ainda assim não compreendo muito bem essa distinção da eventual diferença do electromagnetismo entre a matéria inanimada e a matéria viva.
Bem, de facto podemos medir funções vitais do organismo, como a cardíaca ou a cerebral, através das suas ondas electromagnéticas com um padrão cíclico regular, nos ECG e EEG.
Ora, mas sem a mesma energia do electromagnetismo não podíamos estar aqui neste doce paleio, mediado pela complexa teia da rede eléctrica e óptica, mais as ondas electromagnéticas que são o veículo de bits e bytes... as far as I know, se é que compreendo o que leio!
Ou seja, as configurações são diferentes e é a força electromagnética que governa essas configurações. Mas essa força é a mesma, na sua essência, para qualquer configuração, viva ou não. Logo, quer-me parecer que há ainda algo que falta aí nesse raciocínio, apresentada desse modo muito resumido a distinção é algo simplista...
Anyway... a ideia parece de facto especulativamente atraente, e talvez então seja mesmo ciência assente! Acho que vou ter de investigar um pouco mais sobre isso... se puder!
Que sonhadoramente imaginar é um prazer...
Rui leprechaun
(...e niente fare é todo o meu viver! :))
PS: Yes! Ainda preciso de um choque electromagnético... podes crer!!! :D
Anónimo,
ResponderEliminar"Depois, diz que, provavelmente lá, no laboratório da universidade dele (sei lá!), alguém é capaz de fazer o seguinte: com “ essa força que domina as reacções químicas e transforma [poderá transformar-se!?] esparguete com queijo em células humanas vivas.”
Para melhor compreender o que as pessoas escrevem nos comentários, eu sugiro duas coisas:
1) Ler o comentario.
2) Não adicionar nem deturpar o que o comentario diz, para depois se revoltar contra aquilo que inventou no comentário do outro.
Anónimo,
ResponderEliminar«Se não foi Deus que deu vida aos elementos inanimados, então qual é (ou qual foi) a “força”, lei ou fenómeno que transforma matéria inanimada (e inorgânica) em matéria viva, num local onde não há nenhum ser vivo preexistente?»
Sendo que a vida é um tipo de conjunto dinâmico de moléculas, aquilo que tornou viva a matéria anteriormente inanimada foi um processo capaz de mudar a configuração dos àtomos na matéria inanimada e formar um conjunto dinÂmico de moléculas tal que nós o consideremos vivo.
À transformação de configurações de àtomos ligados entre si noutras configurações onde estão ligados de forma diferente chama-se química.
A química é governada pela interacção electromagnética de electrões e núcleos.
A resposta à sua pergunta, novamente, é: a força que transforma matéria inanimada em matéria viva é a força electromagnética.
Rui Leprechaun,
ResponderEliminar«Mas será que isso, então, justifica ou explica certo tipo de terapias supostamente electromagnéticas, como a ancestral acupunctura ou máquinas modernas mais elaboradas, tipo Scio ou Mora?!»
Infelizmente, não. O teu PC funciona a electricidade, mas não é por enfiares os dedos na ficha que consegues fazer mil milhões de contas por segundo.
O electromagnetismo determina as ligações químicas mas não chega uma pitada de EM para curar doenças...
Ora bem, agora não tiro isto da ideia, está visto... Continuando...
ResponderEliminarO tal conceito lato de "inteligência natural"... omnipresente no Universo ou imanente em cada partícula material... também não explica, de per si, a distinção entre vivo e inanimado, essa tal misteriosa força – electromagnética ou não – afinal está presente em todo o lado.
Aliás, e é essa a razão que me leva a continuar o raciocínio anterior, logo após ter terminado esse post lembrei-me que no conceito oriental panteísta não existe sequer diferença entre vivo e inanimado... tudo é vida, tudo é Brahman omnisciente! Bem, e será melhor nem acrescentar que tal até se pode vivenciar... bah! só evidência anedótica não vale, prà discussão fica mal... ;)
Mas fora destes velhinhos misticismos e filosofias de cunho espiritual, tudo isto acaba também de me trazer à memória algumas especulações (pseudo)científicas de ponta, algo fora da chamada ciência mainstream ou oficial... fringe theories, digamos. Ou seja, uns visionários dissidentes, tipo Santilli e Evans. Deveras, essa questão do electromagnetismo e supostas novas propriedades do mesmo... se é que bem os entendi!... são pontos fulcrais da tal mecânica hadrónica mais a teoria do campo unificado.
Eu bem que gostava perceber um pouquinho mais de tudo isto, mas essa livralhada é mesmo impenetrável prò meu miolo intragável! :D
Anyway... e como os extremos se tocam, de facto não existe talvez separação fundamental entre "vivo" e "inanimado", mas não sei se será esse electromagnetismo a explicar o porquê ou como surgiram então as primitivas configurações "vivas", replicáveis e evolutivas.
Ah! claro, sem esquecer o famosíssimo ADN, que é estrela de primeiro plano aqui no bairro da treta... mas será que a vida surgiu de algum cometa?! :)
Plus... mas se afinal nem sequer sabemos a própria formação dos corpos celestes primitivos... estrelas, sistemas planetários e afins... nuvens de poeira cósmica, mas de que modo elas se agregaram, enfim? Tudo permanece ainda teoria incerta, tentativas cegas de vislumbrar as origens, talvez excessivamente matemáticas até, quando a alta porta do saber só se entreabre a quem à funda intuição ascender!
E pronto... chega de sonhar, estou farto de pensar!
Que tudo na vida se tem de transformar...
Rui leprechaun
(...e a constante universal é só Amar! :))
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se Vida.
Chama-se Amor, simplesmente.
António Gedeão
Assim já está melhor!
ResponderEliminarAssume, portanto, que:
Sempre é verdade que Adão possa ter sido feito de barro. Está apenas em causa a constituição química da “substância” a que se chamou “barro”.
Ou seja: se os ingredientes forem os certos, as dosagens correctas e a força electromagnética correcta, podemos dar vida a matéria inanimada e inorgânica, num laboratório (ou em qualquer recanto da natureza). Tese defendida pelo académico L. Krippal.
Pese embora ao absurdo de querer transformar queijo com esparguete em células humanas, ou um pão com fiambre no rato mickey.
Gostei das suas teses.
Anónimo,
ResponderEliminar«Ou seja: se os ingredientes forem os certos, as dosagens correctas e a força electromagnética correcta, podemos dar vida a matéria inanimada e inorgânica, num laboratório (ou em qualquer recanto da natureza). Tese defendida pelo académico L. Krippal.»
Não é bem isso. Não pode ser em qualquer recanto porque provavelmente requer as condições certas (também não se consegue criar diamantes em qualquer reanto...). E pode não ser praticável reproduzir o processo todo em laboratório (imagine que demora um milhão de anos... não há projecto que financie isso).
Também me parece que está a dar a ideia errada que a parte do electromagnetismo é um parâmetro que podemos controlar. Não é. A força electromagnética que refiro é aquela gerada pelos electrões e núcleos dos àtomos envolvidos nas reacções químicas.
«Pese embora ao absurdo de querer transformar queijo com esparguete em células humanas,»
De onde é que acha que veio o material para fazer as suas células? Efluentes do espírito santo?
Esqueci-me de dizer que a resposta é:
ResponderEliminar"A resposta à sua pergunta, novamente, é: a força que transforma matéria inanimada em matéria viva é a força electromagnética."
Todo o resto é, como de costume, palha. Nada interessa para o facto.
Que vício terrível o Krippal tem misturar respostas com discursos que nada tem a ver com o assunto.
Imagino alguém a parar o carro e perguntar ao Krippal: “Onde fica a bomba de gasolina mais próxima, que tenha uma loja de conveniência”
Resposta do Krippal:
“Há veículos terrestres (rodoviários e ferroviários), aéreos e aquáticos, sem prejuízo de categorias mistas. A tecnologia actual permite usar vários tipos de combustível para os motores ditos atmosféricos. Se desprezarmos os eventuais efeitos sobre a potencia debitada e consumo médio, todos satisfazem a mesma necessidade. Não são mais do que energia.
As sucessivas melhorias técnicas e tecnológicas permitem usar no mesmo motor, por exemplo: Gasolina, GPL., Álcool, Hidrogénio, etc.
É evidente que existem vantagens em usar determinados combustíveis. Tais vantagens vão desde o plano ecológico à estratégia económica.
Porem, os veículos mais comuns usam, apenas, combustíveis fósseis: Gasolina (95 ou 98 octanas) ou gasóleo. Produtos retirados do petróleo. Trata-se de um bem essencial e estratégico que infelizmente, está na mão de quem muito mal sabe gerir a riqueza da sua produção.
A bomba mais próxima fica a 100m após a primeira curva.”
Responde o indagador: Muito obrigado! Mas não era necessária tanta teoria, pois quero apenas comprar uma escova limpa pára-brisas
A química é governada pela interacção electromagnética de electrões e núcleos.
ResponderEliminarE...
O electromagnetismo determina as ligações químicas mas não chega uma pitada de EM para curar doenças...
Hummm... continuo às voltas com isto, mas não saio do mesmo sítio... it seems! :)
E lembrei-me também agora de mais umas teorias bizarras sobre ADN electromagnético ou algo assim... mas isso era do tal paleio místico... forget it!
Seja como for, creio que esse raciocínio quanto à insuficiência do EM para curar doenças peca por alguma falta de lógica, se é ele afinal que determina as ligações químicas. Bem, mas isto será ciência do futuro... ou mesmo do presente, quem sabe, com as tais maquinetas que, para já, são apenas diagnósticas, tal como os referidos ECG e EEG e ainda TAC, ressonância magnética e afins. Diagnosticam mas não curam... até ver!
Aliás, o electromagnetismo até está mais associado à doença do que a saúde, com as respectivas radiações suspeitas de poderem ser carcinogénicas, vide as polémicas dos telemóveis e linhas de alta tensão, não inteiramente conclusivas mas preocupantes.
Porém, até existem de facto alguns estudos científicos acerca da utilização terapêutica da energia electromagnética, isto na medicina convencional, ou seja, fora daquilo a que se chama terapia electromagnética ou bioenergética e que é uma das modalidades das medicinas alternativas.
Logo, pelo menos uma ou outra pitada já vai curando... ou tentando!
Isto sem falar nas diversas terapias convencionais que utilizam a radiação luminosa, visivel ou não, como a fototerapia, o laser ou a terapia fotodinâmica usada para o tratamento de certo tipo de cancros acessíveis à luz.
Em suma, o EM já não está assim tanto nesse gueto místico... ele lá avança! :)
Aquilo que tornou viva a matéria anteriormente inanimada foi um processo capaz de mudar a configuração dos átomos na matéria inanimada e formar um conjunto dinâmico de moléculas tal que nós o consideremos vivo.
Pois, mas aqui é que a porca torce o rabo, já que essa explicação é coerente mas pouco conclusiva...
Ou seja, isso tem a ver com matéria inorgânica e orgânica, certo?! As moléculas orgânicas incluem obrigatoriamente átomos de carbono e hidrogénio, acessoriamente com outros elementos: oxigénio, azoto, enxofre e por aí.
Mas há logo aqui um problema imediato, pois para além das moléculas orgânicas naturais também existem inúmeras artificiais, mormente os plásticos, fabricados essencialmente a partir do petróleo, que sendo um complexo de hidrocarbonetos também é orgânico, correcto?! Pelo menos, é essa a sua origem ao que se supõe, mas tal não é inteiramente certo...
Logo, por aqui não vamos lá, os plásticos não são vivos e até parece que nem são lá muito amigos dela, ao que leio!
Depois, porque consideramos vivo esse conjunto de moléculas, afinal? Ah... é isso! e a morte?! :)
Ou seja, o electromagnetismo lá continua e moléculas orgânicas não faltam, até o pó retornar ao pó!
Em suma: interessante, mas não muito convincente. De qualquer forma, e ainda no campo terapêutico, pelo menos em teoria não se vê razão pela qual será impossível usar o EM para curar doenças, afinal são tudo forças materiais, causais, determinísticas! Se é ele que domina a vida ou governa essas configurações vivas, teoricamente deveria poder ser usado para arranjar o que se desarranjou, algo que actualmente é feito sobretudo através de moléculas, sintéticas muitas vezes.
Ah! E a radioterapia, se bem que esta seja mais para matar o que não devia estar vivo. Logo, é uma cura por omissão, digamos...
Enfim, há por aqui umas ideias sonhadoras ainda a mastigar...
Rui leprechaun
(...que só de altos sonhos eu me sei alimentar! :))
Ainda para terminar este parênteses, transcrevo aquilo que no site da American Cancer Society se diz quanto ao uso médico reconhecido do electromagnetismo, tanto para fins de diagnóstico como terapêutico.
ResponderEliminarWhat is the evidence?
Science has established the fact that electrical and magnetic energy exist in the human body. Electrical energy is used by physicians to re-start the heart after heart attacks and is even applied to promote bone growth. Some accepted electrical devices commonly used in hospitals include EEGs to measure electrical activity in the brain and EKGs to measure electrical patterns of heartbeats.
Low level radio waves or tiny electrical impulses are not strong enough to produce a significant effect on the body. There is no evidence that the radio waves produced by these devices can destroy bacteria or any living cells.
Microwaves, another form of electromagnetic therapy, are used in some cancer treatment centers to heat and destroy tumor cells. High-energy radio waves can also be used to “cook” cancer cells, a process called radiofrequency ablation (see Hyperthermia.)
In addition, powerful electromagnetic fields (stronger and of a different type than those produced by radionic devices) may be able to change the responses of certain cells in the body. Early evidence suggests that these electromagnetic fields may help broken bones that are not healing well. Some researchers have reported that pulsed electromagnetic stimulation may reduce frequency of migraine headaches, although larger studies are needed to prove any benefit. Some early studies found that electromagnetic energy may reduce some kinds of pain, although the methods and results still need to be checked by others to learn if they hold true. One review analyzed 2 studies and found that electromagnetic treatment did not seem to help heal pressure sores (bedsores). Scientific studies are looking at whether these powerful electromagnetic fields may help with other problems. These studies are only done in carefully controlled research settings. If they show benefit, it is possible that electromagnets may be used in conventional medicine in the future.
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Há por lá outras pistas interessantes a explorar, vejamos no que isto vai dar...
Rui leprechaun
(...e o que eu vou encontrar! :))
“De onde é que acha que veio o material para fazer as suas células? Efluentes do espírito santo?”
ResponderEliminarEh pá! Você é chato, Krippal!
Eu não estou a falar disso. Esse mecanismo já eu conheço há muito.
E até lhe digo mais: não funciona sempre assim, nem funcionam sempre bem. Veja o caso das neoplasias.
Percebeu!?
O problema é eu poder criar uma colónia de colónia de marcianos, sem deslocar matéria orgânica para Marte. Imagine.
Continuemos:
Para que surgisse vida na terra (por enquanto não falo de vida inteligente, só vida), para além de tudo isso é necessário o quê?
O “acaso”, ou Algo diferente de acaso?
A vida na Terra terá surgido num ponto específico, ou em vários pontos da Terra?
(apague o meu comentário repetido,sff, porque não sei como se faz! Eu não costumo alinhar nisto!)
Estou petrificado "leprechaun". Então não se dá o acaso de nós sermos vizinhos?
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminar«Eh pá! Você é chato, Krippal!
Eu não estou a falar disso. Esse mecanismo já eu conheço há muito.»
Então já há muito que sabe que a matéria inanimada se transforma em matéria viva por reacções químicas sem ajuda dos seus santinhos.
Para que é que precisa dos santinhos no início então?
«O problema é eu poder criar uma colónia de colónia de marcianos, sem deslocar matéria orgânica para Marte. Imagine.»
Também imagino que se tentar cozer um ovo no congelador não vai conseguir. A química não precisa de milagres, mas sem as condições certas também não funciona.
«Para que surgisse vida na terra (por enquanto não falo de vida inteligente, só vida), para além de tudo isso é necessário o quê?
O “acaso”, ou Algo diferente de acaso?
A vida na Terra terá surgido num ponto específico, ou em vários pontos da Terra?»
Vale a pena tentar responder ou vai só chamar-me chato? Os seus comentários são algo ambíguos, e não sei se pergunta porque quer respostas ou porque gosta de ver o que escreveu e aborrece-o que alguém escreva algo a seguir...
"Os seus comentários são algo ambíguos, e não sei se pergunta porque quer respostas ou porque gosta de ver o que escreveu e aborrece-o que alguém escreva algo a seguir..." (Krippal)
ResponderEliminarReconheço que me estou a divertir, porque estou doente e sem vontade de fazer outra coisa (estou farto de dizer isso).
Mas, perguntei para saber o que o Krippal pensa. Eu quero uma resposta coerente e objectiva. È isso que lhe falta.
Se me fizer uma pergunta eu respondo objectivamente. Não estou com rodeios e meias palavras. O Krippal parace um politico!!!
Já há muito que sabe que a matéria inanimada se transforma em matéria viva por reacções químicas.
ResponderEliminarMas isto apenas se refere à abiogénese, certo? Nada tem a ver com as antigas ideias de geração espontânea, claro.
Ou seja, esse "sabe-se" para já é teórico ou hipotético, a única comprovação fiável é da impossibilidade da geração espontânea de organismos complexos a partir de matéria bruta, como foi defendido até há apenas século e meio atrás, quando ainda não se conhecia a origem das bactérias e outros microrganismos.
Logo, essa é apenas uma conclusão lógica mas não experimental, creio. Ora o tal "princípio activo" ou "força vital" é pois somente essa "inteligência natural", que tanto está no animado ou inanimado... tudo é vivo em todo o lado! :)
Investigar e compreender mais isto é que talvez nos leve a algum sítio concreto, por enquanto continuamos a patinar e sem sair do lugar...
Ei! e sou vizinho do anónimo... sério?! Pois também estou recolhido em casa com o frio, o Inverno dá-me vontade de muito dormir e pouco fazer...
Rui leprechaun
(...mas só sonhar não pode ser! :))
PS: Ah! agora percebi... é só o tal "spaghetti"!!! :D
E foi apenas por ser tão picuinhas na revisão... não falta o "se" pois quem sabe é o anónimo, oh não! :)
Bem, mas no mecanismo digestivo o alimento não se transforma de modo autónomo em matéria viva, apenas é nela incorporado. Não é propriamente a mesma coisa, a abiogénese continua hipotética, se bem que lógica, sim.
Still... how?! And if then why not now?!
O vizinho "leprechaun" certamente conhece as famosas "pedras parideiras".
ResponderEliminarImagine, portanto, como a vida pode começar!
" ... porque estou doente e sem vontade de fazer outra coisa (estou farto de dizer isso)".
ResponderEliminarAaah, está tudo explicado. Então, votos de melhoras rápidas e recuperação completa, que lhe permitam voltar a fazer outra coisa, Como ser educado.
Cristy