Ó magalhão, magalhão...
Recebi por email esta notícia, Professores obrigados a louvar «Magalhães»:
«Um grupo de professores que participou em acções de formação sobre o computador portátil «Magalhães», no âmbito do Plano Tecnológico da Educação, foi obrigado a fazer canções de louvor ao computador, o que deixou indignados muitos docentes e lançou a polémica na blogosfera, revela o jornal Correio da Manhã.»
À parte da demonstração bizarra de como estas acções de “formação” são uma bela treta, gostava de chamar a atenção para o comentário do Paulo Carvalho, o blogger que relatou primeiro esta palhaçada:
«... o que me choca no meio de tudo isto [...] é que todos os jornalistas com quem falei tentaram obter opiniões de muitos outros intervenientes na Acção e todos se recusaram a dar a cara ou uma simples opinião.[...]
Eu gostava que todas as pessoas se sentissem livres, num Estado livre e não se coibissem de dar uma simples opinião que seja. Cidadãos interventivos e activos é que constroem uma sociedade democrática e participada.»(1)
Esta notícia faz me temer pela educação em Portugal. Não pelas acções de formação serem uma treta. O que me assusta é que impinjam um disparate destes a 200 professores e só um dê a cara para refilar. Se há uma coisa que quero que os meus filhos aprendam é a chamar a treta pelo nome. E adianta de pouco se os filhos dos outros não o aprenderem também...
1- Paulo Carvalho, Sejam livres, porra!
No post do paulocarvalhotecnologias:
ResponderEliminar«uma das senhoras americanas apressou-se a dizer, bem alto e em tom ameaçador, que quem não participasse não seria incluído no sorteio de um Magalhães que iriam oferecer.
E, meus caros leitores, era ver 200 professores imbuídos naquela actividade com todo o afinco;»
A "ordem" afinal era uma sugestão, do tipo "e quem não salta não ganha um magalhães"? São estes educadores que desancam o ministério por privação de dignidade profissional? Mau, Maria.
No post do Ludwig:
«O que me assusta é que impinjam um disparate destes a 200 professores e só um dê a cara para refilar.» A ser rigoroso o que conta o Paulo Carvalho, acho bem que os outros não tenham cara para refilar.
Na SIC Notícias um comentador (não me lembro do nome, mas acho que é economista) disse que em Portugal as coisas mexem-se quando as pessoas em geral mexem-se, dando o exemplo das manifestações num fim-de-semana em resposta à Ministra da Educação. Mas também disse que, apesar disso, foi insuficiente e que os pais simplesmente deixam os filhos nas escolas para não se incomodarem com a sua presença.
ResponderEliminarSe um aluno de outro país atira ovos a Steve Balmer, aqui somos de brandos costumes. Além disso acho que existem mais portugueses a jogarem no Euromilhões ou Eurotracker do que os que participam na Wikipedia, que participam em projectos Open Source em geral. Não me admira que praticamente ninguém queira dar a cara para criticar o portátil, exceptuando pessoas como Pacheco Pereira - que usa um Mac - que é criticado por criticar.
tenho 2 filhos a estudar e o que tenho constatado, para desgraça do país, é que professorinhos acabados de sair da licenciatura são uns analfabetos em informática !!!!
ResponderEliminarSou licenciado em Informática de Gestão, e tenho constatado que mesmo nos alunos de informática, e recem licenciados de informática, alguns não sabem nada de informática, por isso não me admira que isso aconteça com os professores.
ResponderEliminarAcho é ridiculo que alguém pense que andar a vender computadores baratos vá melhorar a performance académica dos alunos. Mas, isso sou eu que sou do contra.
Completamente Off Topic, mas se há coisa que eu mais detesto do que ter uma opinião que vai contra consensos gerais, só quando tenho companhias indesejadas.
ResponderEliminarMesmo assim, o gajo ainda vai muito na cantiga. Acho hilariante que se indigne tanto com a atitude dos ecologistas:
udo o que até agora era o propósito social - desenvolvimento, investimento, produção, emprego, conforto - passaria a ser nocivo e, até, perigoso. Andar de carro é pecado e ir de férias uma ameaça.
Hehe. Consegue reparar na idiotice religiosa da coisa, mas evidentemente nunca consegue fazer o salto lógico óbvio...
Treta, treta, são os critérios para a escolha das formações dos professores. Acho que o Ludwig já uma vez deu exemplo de terapias da cor e outras patranhas. Remar sentado nas escadas é igualmente útil. E criativo...
ResponderEliminarAs tagarelices do Ludwig podem ter algum valor de entretenimento, mas é sempre bom não esquecer a "qualidade" dos argumentos do Ludwig Krippahl a favor da evolução:
ResponderEliminar1) Defendeu que a mitose e a meiose são modos de criação naturalística de DNA.
Na verdade apenas se trata aí de processos de cópia da informação genética pré-existente no DNA quando da divisão das células.
Por sinal, trata-se de uma cópia extremamente rigorosa, equivalente a 282 copistas copiarem sucessivamente toda a Bíblia e enganarem-se apenas numa letra.
De resto, o processo de meiose corrobora a verdade bíblica de que todas as criaturas se reproduzem de acordo com a sua espécies, tal como Génesis 1 ensina.
A mitose e a meiose não criam informação nova, capaz de criar estruturas e funções inovadoras e mais complexas.
Elas limitam-se a duplicar e recombinar informação genética pré-existente. A meiose e a mitose existem porque o DNA as torna possíveis.
Elas nada têm que ver com a evolução de partículas para pessoas.
Por explicar fica a origem naturalística do DNA, enquanto sistema mais eficiente de armazenamento de informação que se conhece, e da informação codificada nele contida.
2) Defendeu a evolução comparando a hereditariedade das moscas (que se reproduzem de acordo com a sua espécie) com a hereditariedade da língua (cuja evolução é totalmente dependente da inteligência e da racionalidade.)
Em ambos os casos não se vê que é que isso possa ter que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas, já que em ambos os casos não se explica a origem de informação genética por processos naturalísticos.
3) Defendeu que todo o conhecimento científico é empírico.
No entanto, fê-lo sem apresentar qualquer experiência científica que lhe permitisse fundamentar essa afirmação.
Assim sendo, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.
Na verdade, não existe qualquer experiência ou observação científica que permita explicar a causa do hipotético Big Bang ou demonstrar a origem acidental da vida a partir de químicos inorgânicos.
Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.
Se o naturalismo se baseia na premissa de que todo o conhecimento é empírico e se essa premissa não consegue satisfazer o critério de validade que ela mesma estabelece para o conhecimento, vê-se bem que o naturalismo não se baseia no conhecimento, mas sim na ignorância.
4) Defendeu a incompetência do designer argumentando com o sistema digestivo das vacas e os seus excrementos.
Esquece porém que esse argumento, levado às últimas consequências, nos obrigaria a comparar o cérebro do Ludwig com o sistema digestivo das vacas e os pensamentos do Ludwig com os excrementos das vacas.
E poderíamos ter dúvidas sobre qual funciona melhor, já que para o Ludwig todos seriam um resultado de processos cegos e destituídos de inteligência.
Apesar de tudo os criacionistas têm uma visão mais benigna do cérebro do Ludwig e dos seus pensamentos.
As premissas criacionistas partem do princípio de que o Ludwig é um ser racional porque foi criado à imagem e semelhança de um Deus racional.
As premissas criacionistas afirmam que a vida do Ludwig tem um valor inestimável, porque o Criador morreu na cruz para salvar o Ludwig do castigo do pecado.
Segundo a Bíblia, todos pecámos e estamos separados da glória de Deus, podendo obter vida eterna mediante um dom gratuito de Jesus Cristo.
5) Defendeu que a síntese de betalactamase, uma enzima que ataca a penicilina destruindo o anel de beta-lactam, é uma evidência de evolução.
No entanto, nese caso o antibiótico deixa de ser funcional, pelo que os microorganismos que sintetizam betalactamase passam a ser resistentes a todos os antibióticos.
A betalactamase é fabricada por um conjunto de genes chamados plasmidos R (resistência) que podem ser transmitidos a outras bactérias.
Em 1982 mais de 90% de todas as infecções clínicas de staphylococcus eram resistentes à penicilina, contra perto de 0% em 1952.
Este aumento de resistência ficou-se a dever, em boa parte, à rápida transferência por conjugação do plasmido da betalactamase.
Como se pode ver, neste exemplo está-se perante síntese de uma enzima de banda larga com perda de especificidade e, consequentemente, com perda de informação.
A rápida obtenção de resistência conseguiu-se por circulação de informação.
Em caso algum estamos perante a criação de informação genética nova, codificadora de novas estruturas e funções.
Na verdade, na generalidade dos casos conhecidos em que uma bactéria desenvolve resistência a antibióticos acontece uma de três coisas: 1) a resistência já existe nos genes e acaba por triunfar por selecção natural, embora não se crie informação genética nova; 2) a resistência é conseguida através de uma mutação que destrói a funcionalidade de um gene de controlo ou reduz a especificidade (e a informação) das enzimas ou proteínas; 3) a resistência é adquirida mediante a transferência de informação genética pré-existente entre bactérias, sem que se crie informação genética nova (o que sucedeu no exemplo do Ludwig).
Nenhuma destas hipóteses corrobora a criação naturalista da informação codificada necessária à transformação de partículas em pessoas.
6) Defendeu que o código do DNA, afinal, não codifica nada.
Isto, apesar de o mesmo conter sequências precisas de nucleótidos com as instruções necessárias para a construção de aminoácidos, cujas sequências, por sua vez, conduzirão ao fabrico de cerca de 100 000 proteínas diferentes, com funções bem definidas para o fabrico, sobrevivência e reprodução dos diferentes seres vivos.
Existem 2000 aminoácidos diferentes e o DNA só codifica os 20 necessários à vida.
O DNA contém um programa com informação passível de ser precisamente transcrita, traduzida, executada e copiada com sucesso para o fabrico de coisas totalmente diferentes dos nucleótidos e representadas através deles.
Curiosamente, já antes dos trabalhos de Crick e Watson, já Gamow, por sinal o mesmo cientista que fez previsões acerca da radiação cósmica de fundo, previu que o DNA continha informação codificada e armazenada.
E acertou.
De resto, é universalmente reconhecido que o DNA contém informação codificada.
O Ludwig, por ter percebido que não existe código sem inteligência, viu-se forçado a sustentar que o DNA não contém nenhum código, apesar de ser óbvio que contém. Para ele, tudo não passa de uma metáfora.
O problema para o argumento do Ludwig é que mesmo aqueles cientistas, citados no KTreta, que sustentam que só metaforicamente se pode falar em código a propósito do DNA, afirmam que melhor se faria em falar em cifra, isto, é, em linguagem cifrada e em decifração do DNA.
Só que, longe de refutar o argumento criacionista sobre a origem inteligente da informação, estes cientistas acabam por corroborá-lo inteiramente, na medida em que sustentam que se está aí diante de informação encriptada.
Refira-se que, em sentido não técnico, uma cifra é um verdadeiro código.
Também aí tanto a informação, como a cifra (ou o código) usada para a sua transmissão, têm que ter uma origem inteligente.
Recorde-se que o código Morse é, em sentido técnico, uma cifra, i.e., linguagem cifrada.
Ora, o código Morse e a informação que ele pode conter nunca poderiam existir sem inteligência.
Como demonstra a teoria da informação, e como o Ludwig reconhece, não existe informação codificada ou cifrada (como se quiser) sem uma origem inteligente.
Daí que, tanto a origem acidental da vida, como a evolução de partículas para pessoas por processos meramente naturalísticos sejam uma impossibilidade científica. A abiogénese e a evolução nunca aconteceram.
Assim se compreende que a origem acidental da vida nunca tenha sido demonstrada (violando inclusivamente a lei científica da biogénese) e que mesmo os evolucionistas reconheçam que o registo fóssil não contém evidências de evolução gradual.
Por outras palavras, a partir da linguagem codificada ou cifrada do DNA, as conclusões são óbvias: o Big Bang é impossível, na medida em que a matéria e a energia não criam informação codificada; a origem casual da vida e a evolução de espécies menos complexas para mais complexas são impossíveis, na medida em que dependem intensivamente de informação codificada ou cifrada e esta depende sempre de uma origem inteligente.
A esta luz, as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética pré-existente, pelo que nada têm que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas.
Tudo isto pode ser empiricamente corroborado.
Basta olhar para o mundo real do DNA, das mutações e da selecção natural.
7) Defendeu que a ciência evolui como os organismos vivos supostamente evoluem.
Sucede que a ciência evolui graças à inteligência dos cientistas e à informação por eles armazenada, sendo que nem aquela inteligência nem esta informação conseguem abarcar e compreender a quantidade e a qualidade de informação codificada contida nos organismos vivos, sendo que estes só podem existir e reproduzir-se se a informação necessária para os especificar existir antes deles e codificada dentro deles.
A ciência e a tecnologia são um domínio por excelência do design inteligente, onde as experiências e os mecanismos são desenvolvidos com um fim preciso em vista, por cientistas inteligentes e com base em informação acumulada ao longo de séculos.
Os cientistas não deixam os seus departamentos ao acaso, nem deixam que as experiências científicas sejam conduzidas por pessoas sem a mínima preparação.
A produção de milhões de espécies altamente complexas e especificadas, funcionalmente integradas, num sistema solar e num universo sintonizados para o efeito, corrobora a presença de uma quantidade incompreensível de inteligência e poder.
No registo fóssil não existe nenhuma evidência de que as espécies realmente evoluíram gradualmente.
Nem se vê como as mutações aleatórias poderiam criar quantidades inabarcáveis de informação codificada altamente complexa. Nunca tal foi observado nem explicado por ninguém.
8) Autodefiniu-se como “macaco tagarela”.
Para os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é um macaco.
Agora é a minha vez;
ResponderEliminarAs tagarelices do Ludwig podem ter algum valor de entretenimento, mas é sempre bom não esquecer a receita de Bacalhou com Natas:
Bacalhau com Natas
Ingredientes:
* 600 g de bacalhau
* 2 cebolas médias
* 30 g de farinha
* 30 g de manteiga
* 1,5 dl de leite
* 0,25 dl de Natas
* 1 folha de louro
* sal
* pimenta
* cravinho
* 1/2 kg de batata
Confecção:
Corta-se o bacalhau e coloca-se num recipiente com água de véspera, tendo o cuidado de lhe mudar a água várias vezes.
Retira-se o bacalhau e leva-se a cozer em água limpa, após o que se desfia.
Cortam-se as cebolas em rodelas finas e as batatas em palitos os mais finos possíveis, fritando-as à parte num tacho.
Leva-se ao lume a manteiga, a que se junta a farinha, mexendo bem. Adiciona-se o leite, previamente fervido, lentamente, mexendo sempre, e deixa-se cozer, continuando a mexer com uma colher de pau. Por fim, tempera-se com sal e pimenta e juntam-se as natas para culinária Parmalat quando adquirir uma consistência muito cremosa.
Leva-se o azeite ao lume numa frigideira, juntando de seguida a cebola e deixa-se refogar. Assim que começar a alourar, junta-se o bacalhau desfiado para que refogue um pouco.
Num tabuleiro de ir ao forno untado com manteiga deita-se este preparado, pondo uma camada de batatas por cima.
Cobre-se tudo com o creme de natas e leva-se ao forno para ganhar um pouco de cor.
É que vem mesmo a propósito deste post!
E aqui fica mais uma demonstração do quanto longe vai a estupidez humana. Num post sobre o magalhães, vem mais um lençol sobre criacionismo.
ResponderEliminarMário Miguel,
ResponderEliminarAo contrário do criacionismo, o bacalhau com natas vem sempre a propósito :)
António,
ResponderEliminarO Jónatas parte da premissa, algo questionável, que as pessoas vão ler os comentários dele se os colocar nos posts mais recentes.
Não o vou censurar por isso. Só me preocupa-me que um dia ele escreva algo de interessante e ninguém leia, já habituados à repetição e irrelevância. Mas, admito, mesmo essa preocupação é pequena... :)
Ludwig
ResponderEliminarMuitas formações são uma treta pegada. Eu já assisti (em âmbitos diferentes) a formações em que só não soltei os cães a formadores e formandos porque não convinha, porque não se pode criticar directamente quem nos dá pão para a boca.
Nestas coisas há que ter critério, mas concordo que se devia ter criticado abertamente e na hora as figurinhas que se fez a propósito de absolutamente nada. Dito isto, estes senhores licenciados submeteram-se possivelmente a praxe (eu não sabia que ia ser aquela inutilidade e palermice). Como eu, de resto. Mas eu depois cresci e quebrei o ciclo da praxe recusando-me a fazer parte daquilo.
Mas já que se fala em tretas, acho que é excelente os catraios terem computador e de forma tão democrática (além de se estar a exportar um produto tecnológico, o que é altamente positivo). Mas e os conteúdos? Essa é a verdadeira treta, porque me parece que não há conteúdos de qualidade nem se está a promover nada disso.
E depois, há este artigo em que se vê a real utilidade da internet entre os jovens...
Abobrinha may love,
ResponderEliminarA conversa do magalhães ser portugues é uma treta, é da intel sempre foi e não é novo, é algo que a intel inventou e que não pegou em lado nenhum...
Ludi,
Olha lá, explica-me lá qual é a relação entre o magalhães e a teoria da evolução porque eu agora perdi-me. Tem lá paciência, sabes muito bem o tico e o teco são um bocadinho lentos, em especial da parte da manhã...
beijos
O resultado do Magalhães é este:
Cursos superiores como Direito e Solicitadoria passaram a ter uma cadeira de Portugues no primeiro ano. Fundamentalmente porque 90% dos alunos não sabe ler nem escrever.
Lixei-me eu que tenho de a fazer :)
Bacalhau com Natas é daquelas coisas... Ui, de comer e chorar por mais. Por isso é sempre oportuno a sua publicação para os mais distraídos. Foi junto, sem querer, publicidade a uma marca de Natas.
ResponderEliminarRepara que tens aqui matéria para me partir a cabeça sobre o Copyright.
Nah... Quero paz:)
Mário
ResponderEliminarDesculpa, mas tenho mesmo que discordar: acho que os direitos dos vegetarianos foram atropelados! O bacalhau tem direito à vida!
Joaninha
ResponderEliminarDesculpa lá mas tenho que discordar: mais português que ser feito tudo sem concurso e estar envolvido num processo de facturas falsas não há!
Ludwig,
ResponderEliminarO resultado é mesmo aquele que dizes... Comecei por estranhar o autor no tema em questão, depois cheguei à quarta linha do comentário, e o trigger "evolução" disparou fora do sitio levando ao cancelamento total da execução da leitura do dito.
Hei de experimentar copiar para aqui as páginas dos manuais da Oracle e dizer que são prova da evolução! A vêr se ele me arranja algumas dicas... :-)
Sobre o Magalhães Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.
ResponderEliminarA ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC . O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares.
A Intel foi um dos parceiros até ver o seu concorrente AMD ser escolhida como fornecedor. Saiu do consórcio e criou o Classmate PC, que está a tentar impor aos países em desenvolvimento.
Sócrates acaba de aliar-se, SEM CONCURSO, à Intel, para destruir o projecto de Negroponte. A JP Sá Couto, que parece ter problemas com o fisco (?), que já fazia os Tsumanis, tem assim, SEM CONCURSO, todo o mercado nacional do primeiro ciclo.
Lindo, não é?!
Para ser honesto, e imparcial, a JP Sá Couto defende-se sobre a notícia
ResponderEliminardos problemas com o fisco aqui.
Na revista Sábado diz que existem vídeos das danças no YouTube.
ResponderEliminarVídeos de professores reacendem polémica sobre Magalhães
Entretanto dois vídeos foram removidos.
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Resposta aos criacionistas de plantão.
Pelos vistos os criacionistas são tão estúpidos que não sabem que artigo estão a comentar. Depois de ver uma a dizer que não sabe se a Terra é plana, outro que diz que a água é composta por carbono, um outro a dizer que Einstein era um mação e um idiota (nem conhece as geometrias não-eucledianas - a superfície da Terra é curva!), outros dizem que a banana é o pesadelo dos ateus, para outros é a manteiga de amendoim, ou o crocoduck, ... por isso não me admira.
Ah, e perspectiva: num episódio do CSI encontrei uma tradução incorrecta na legendagem. O que um programador suspeito disse foi traduzido para algo como: «Eu estive a encriptar o dia todo.» A palavra "encriptar" correspondia à palavra "coding" - o que está incorrecto. Devia ser traduzido para "programar" (em inglês é mais comum usar o termo "to code" quando se referem ao acto de programar) ou "codificar" (que é mais genérico - exemplo: codificar em HTML -, mas, de acordo com o contexto, em português o normal seria dizer "programar").
Qualquer informático detectaria o erro de tradução. Como já disse nunca vi um criacionista a admitir um erro, excepto uma vez quando a alternativa era ser preso, admitindo mesmo que mentiu para safar-se (nem com provas dadas pelos responsáveis do YouTube tinha admitido o erro). Também reparei que a maioria tem a deficiência mental que não impede de fazer SPAM espiritual ou mensagens que ocupam menos de 5 monitores. O Barba Rija no comentário começou por escrever "Completamente Off Topic", que é a atitude moralmente correcta (tal como a indicação de "spoilers alert" em comentários sobre filmes), mas nunca vi um criacionista a fazê-lo. Parece que gostam de ser palhaços.
Abobrinha,
ResponderEliminarDa próxima coloco uma receita de mousse de chocolate, e assim espero reunir unanimidade quanto à escolha.
É que eu não posso deixar o Prespectiva a rir-se, eu também quero o meu off-topic-de-quilometro-e-meio! Ou é para todos ou não é para nenhum.
Já agora, envio este osso para o Perspectiva roer.
ResponderEliminarMário Miguel,
ResponderEliminarNesse fóssil já se nota o traço evolutivo que veio a dar origem ao discurso da treta. A boca de "charroco" perfeitamente adaptada a debitar lérias contra a evolução já lá estava presente. :-)
"8) Autodefiniu-se como “macaco tagarela”.
ResponderEliminarPara os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é um macaco."
Perfeitamente de acordo. O nosso primo Ludwig é um ser humano inteligente, sensível, gentil, agradável ao trato, culto, perspicaz e intelectualmente brilhante. Definitivamente, não é um macaco.
A ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC . O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares.
ResponderEliminarSinceramente, Miguel, não tenho pachorra nenhuma para snobs como o Negroponte que já há anos que tenta criar um portátil por 100 euros, mas tudo o que faz é blá blá + um terrível produto que ainda custa mais do que 200 euros. E já leva décadas. Existem imensos problemas com o OLPC, em termos tecnológicos, mas sobretudo em termos ideológicos. Parece-me que Negroponte está mais interessado em tentar minar o conclave "wintel" do que levar a cabo o seu projecto. Idiotice. Claro, depois queixa-se da concorrência desleal.
No entanto, eu pessoalmente nada vejo de mal na concorrência, e embora ache mal não haver concurso, é de notar que o senhor Negroponte também nunca foi advogado de concursos e tentou negociar directamente com os governos.
Nunca cumpriu prazos, nunca produziu o que prometeu, nunca cumpriu preços prometidos.
A intel pode ser tudo o que uma mega-corporação pode ser (maléfica e tal), mas ao menos cumpre o que estipula.
Nem sei como é que o mito do OLPC "oprimido" ainda se mantém neste mundo informado de hoje...
Eu só sei que se estive tentada a comprar um Magalhães para substituir o meu Vaio XPTO super pro-mix e não ter que andar sem computador um mês e uma semana. Haja paciência!
ResponderEliminarQuanto ao resto (conteúdos, qualidade da máquina) tenho que ir acompanhando a saga pelos meus sobrinhos.
O que merece comentário são os comentários. Se a vossa opinião sobre a dignidade de toda uma classe está a este nível nem imagino a qualidade da participação restante. sou professora e uso a cabeça para pensar. mas o espirito de rebanho da opinião publica não tem limites... e é este um blog que pretende ser critico...o governo bateu nos professores e a turba ululante acompanha. estamos conversados.
ResponderEliminarMaria.C
ResponderEliminarLendo de novo o post e os comentários não está governo nenhum a bater em professores nenhuns. O que se trata aqui é de criaturas a fazerem fraca figura não se percebe bem porquê, o que ilustra também o espírito do resto do povo.
É mais sintomático que você, professora se sinta ofendida por os outros exprimirem a sua opinião. Os professores fazem isto com frequência e defendem-se de tudo indistintamente com um vago "você não percebe nada de educação".
Relax Mr. LK, in these times (zeitgeist) when all these stupid economists and mathematicians working on derivatives/hedge funds (Black-Karasinski, Cox-Ross-Rubinstein, Heath-Jarrow-Morton trees and other similar crap) have been proved to be even more clueless, deluded and deceitful than creationists, finally something cheerful and "divine" happened in northern England:
ResponderEliminarDivine intervention for cockerel
It'll be also worth mentioning the extremely autistic academic research in your country but that will probably be an unfair generalization and killing the baby at birth. Sorry, I simply could not resist being a bit corrosive :-)
Maria C.
ResponderEliminarTem toda a razão, a culpa é dos jornalistas.
Cristy
Não conheço a formação e por isso não é fácil avaliar.
ResponderEliminarMas há 20 anos que trabalho na área de formação e sei que os jogos didátcicos são uma das mais importantes técnicas.
Em especial a primeira que tem como finalidade quebrar o gelo inicial e entrosar o grupo.
O jogo não tem necessáriamente de ter algo a ver com a formação, embora seja preferivel.
Não sei se foi o caso, ou se a formação foi treta, ou se o jogo foi absurdo e inadequado.
Mas penso que não há dados suficientes para criticar ou elogiar a formação só por os formandos terem participado nesta actividade (bem divertida, pelo que vi na televisão).
A melhor acção de formação que assisti foi dada a um grupo de quadros superiores da area financeira de um banco começou assim:
Atavam-se os pé dos formandos a skates sem rodas. Dois a dois atavam-se as pernas. Depois faziam uma corrida. E tudo filmado.
A verdade é que com base nesses filmes decorreu uma formação que foi unanimemente considerada de alta qualidade e de grande relevância para o dia a dia dos formandos.
«A melhor acção de formação que assisti foi dada a um grupo de quadros superiores da area financeira de um banco começou assim:
ResponderEliminarAtavam-se os pé dos formandos a skates sem rodas. Dois a dois atavam-se as pernas. Depois faziam uma corrida.»
Isso explica muita coisa. (Sim, trabalho na área bancária, também. Sei que a maior parte dos «quadros superiores» são eles próprios uma bela treta.)
Zarolho
ResponderEliminarFalar do que se desconhece dá sempre asneira. Não sabes qual a finalidade da acção de formação, o que se obteve, quem eram, os resultados.
Mas porque não gostas dos teus chefes ou colegas generalizas a toda a gente e todo o sistema. Tal como com o magalhães. Nós somos especialistas em dizer mal de tudo e mais alguma coisa excepto de nós próprios. Aí sim: sabedoria total e temos sempre a razão.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro anónimo —
ResponderEliminardesconheço a finalidade da dita acção de formação, mas imagino que tenha sido o tipo de treta que é habitual e que bem conheço.
Os resultados estão à vista. Tanto a banca como o ensino estão comprovadamente em mísero estado — e a indigência intelectual dos seus agentes e dirigentes é a causa remota de situação.
Formações, kick offs, e quejandos, em que se pede que brinquem a quem se obriga a andar de fato e gravata o ano inteiro — são apenas mecanismos de auto-promoção estéril, pura treta, sem efeito sobre a realidade.
(Exemplo: Os 14 “fortiomas” a que o pessoal dos seguros do Milleniumbcp foi recentemente submetido por indicação da casa-mãe: Lindas palavras, boas intenções — mas eis que a própria Fortis entra em crise.)
P.S.: Gosto bastante da maioria dos meus colegas e chefes, e sinto imenso respeito e admiração pela dedicação e competência de alguns. Mais, por isso mesmo, me exaspera constatar a palhaçada a que tudo isto chegou.
Mário Miguel,
ResponderEliminar«Repara que tens aqui matéria para me partir a cabeça sobre o Copyright.»
Por esta passa. Mas só pela gargalhada que dei quando vi o teu comentário a seguir ao do Jónatas :)
Maria C,
ResponderEliminar«Se a vossa opinião sobre a dignidade de toda uma classe está a este nível nem imagino a qualidade da participação restante. sou professora e uso a cabeça para pensar. mas o espirito de rebanho da opinião publica não tem limites... »
Eu também sou professor. E cidadão. Que o estado gaste o nosso dinheiro a pôr 200 professores a cantar sobre o magalhães e só um deles proteste atenta contra a dignidade de ambas estas classes a que pertenço.
Por favor explique-me porque acha que eu formo esta opinião por "espírito de rebanho".
Ludwig,
ResponderEliminarqual foi o conteúdo da acção? O que aprenderam os professores? Eu não sei. Só fiquei a saber que uma técnica aplicada foi de propaganda a um produto que o governo impôs sem pedir opinião aos professores. Só sei que os encarregados de educação correram a adquirir um brinquedo ofertado. Os professores ficaram com a batata quente na mão ao ver os miúdos expectantes com o brinquedo na mão. Independentemente de ser um brinquedo os miúdos criam expectativas e o primeiro compromisso dos professores é com os miúdos e é nesses que os professores pensam quando se submetem a estas acções. Porque existe um facto: existem computadores e é preciso dar resposta à questão.
Mas o opinião publica pensa nisto quando se ri destas acções? Ou apenas aponta o ridiculo da situação?
Maria C.,
ResponderEliminar«Independentemente de ser um brinquedo os miúdos criam expectativas e o primeiro compromisso dos professores é com os miúdos e é nesses que os professores pensam quando se submetem a estas acções.»
Precisamente. É importante que os professores tenham uma formação detalhada sobre o computador que vão ensinar os alunos a usar. E por isso faz sentido dar formação aos coordenadores de TI para estes depois informarem os colegas.
E é exactamente pela importância de dar essa formação técnica detalhada a profissionais experientes na área que não se admite que os ponham a cantar musiquinhas em vez de lhes explicar os detalhes do sistema operativo, os aplicativos que vêm com o computador, etc.
Eu compreendo que estas "acções de formação didática" vendam bem aos quadros de empresas que querem é tirar um fim de semana para andar na reinação. Mas eu tenho alguma experiência a dar aulas a adultos (e de informática) e se em vez de ensinar programação ou bases de dados aos meus alunos os pusesse a cantar sobre o SQL espero bem que tivessem a dignidade de me mandar passear.
Nesse caso, Ludwig, proponho-lhe que se candidate a formador de professores. É que o mercado anda muuuuito mau! Se calhar não há muito por onde escolher e a formação é obrigatória....ainda fazia uns patacos valentes até porque o desespero de alguns professores chega ao ponto de pagar a formação do próprio bolso!
ResponderEliminarUma pequena achega:
ResponderEliminarNum dos jornais de fim-de-semana o ministério explicou que as canções e músicas era para os professores se meterem na pela dos alunos.
Brincadeira com Magalhães abre processo contra os Gato Fedorento
ResponderEliminarLOL! Até que tem piada.
ResponderEliminarO que acham que vão conseguir com as queixas? Um ateu fez algo semelhante a algo mais ofensivo, e outros ateus criticaram-no. O Magalhães também é um símbolo sagrado, por isso também não se pode ofendê-lo, não é? Coitadinho...
Barba Rija,
ResponderEliminar«Sinceramente, Miguel, não tenho pachorra nenhuma para snobs como o Negroponte que já há anos que tenta criar um portátil por 100 euros, mas tudo o que faz é blá blá + um terrível produto que ainda custa mais do que 200 euros. E já leva décadas. Existem imensos problemas com o OLPC, em termos tecnológicos, mas sobretudo em termos ideológicos. Parece-me que Negroponte está mais interessado em tentar minar o conclave "wintel" do que levar a cabo o seu projecto.»
Não é relevante que Negroponte seja um snob, ou cheirar mal da boca ou peidar-se muito. Há anos que tenta criar um portátil por 100 euros, é verdade, como é verdade que ainda não o conseguiu, como também é verídico que ele referiu desde o início que o preço decresceria sucessivamente, como tem ocorrido. Ser um terrível produto, não me parece. Se poderes ser mais específico, agradecia.
Ideologicamente tem problemas? Onde?
O Negroponte está mais interessado em tentar minar o conclave "wintel" do que levar a cabo o seu projecto? Isso é mera especulação, podes sustentar?
Não estou a ver a ter este trabalho todo só por birra com o conclave "wintel"
«No entanto, eu pessoalmente nada vejo de mal na concorrência, e embora ache mal não haver concurso, é de notar que o senhor Negroponte também nunca foi advogado de concursos e tentou negociar directamente com os governos.»
Neste caso, a concorrência poderia ser benéfica. Mas repara, o projecto do Negroponte não tem fins lucrativos, e nesse sentido concorrer com algo que tem fins lucrativos, poderá em teoria, ser pior para quem o adquirir (estado pobre). Nesse sentido tem
sentido negociar directamente com os governos. O objectivo não é o lucro.
«Nunca cumpriu prazos, nunca produziu o que prometeu, nunca cumpriu preços prometidos.»
Falso: produziu o que prometeu, e os preços estão dentro da estimativa que ele mesmo referiu, que vêem sucessivamente a decrescer, não dando uma previsão estanque, mas que de alguma forma tem-se verificado em boa aproximação.
No entanto, a Microsoft, como já fez em outras vezes, copiou o projecto, inquinando devido à sua força, O OLPC.
«A intel pode ser tudo o que uma mega-corporação pode ser (maléfica e tal), mas ao menos cumpre o que estipula.»
A "Wintel" foi importantíssima para o nível de democratização do pc hoje em dia, particularmente devido ao "sonho" de Bill Gates de um pc em cada casa, ridicularizado à data. No entanto, acho que o abuso
actual e monopolista da Micro$oft, a nível domestico e não só, não é saudável, e quem perde é o cliente final.Actualmente, para a maioria dos consumidores domésticos, devido as especificidades, o Linux não é opção.
Barba Rija,
ResponderEliminarPor exemplo, na multiboot do Magalhães, está por defeito o XP.
Fui claro?! Os putos ficam evangelizados na MS e prontos.
Nota que eu não sou um maluquinho por Linux, uso até mais o Windows, o o Mac nem uso, e, igualmente, não tenho paciência para ouvir o Richard Stallman, embora apoie em grande parte o que advoga, achando no entanto que ele vive um pouco deslocado da realidade.
PAC,
ResponderEliminarMas o problema aqui nem é o Magalhães, é mesmo a igreja.
Escrevi "O Magalhães também é um símbolo sagrado, por isso também não se pode ofendê-lo, não é?" como sarcasmo.
ResponderEliminarNo artigo do link: «As queixas em relação à sátira feita ao computador Magalhães são todas no mesmo sentido: ofensa à Igreja Católica, mais concretamente, ao seus símbolos sagrados.»
PAC,
ResponderEliminarOK. Entendido.
Tenho que ler rápido pela falta de tempo, por isso muitas vezes só comento pondo links, e ocorre com alguma frequência que fico por responder a discussões que ficam a meio e esquecidas por mim. Logo, nessa pressa, pode ocorrer que o discernimento se vá, tendo assim a tendência para ler tudo de forma literal.
Depressa e bem, não há quem:)