quinta-feira, outubro 30, 2008

Para que serve a teoria da evolução?

Num longo post sobre o debate em Oeiras, o Mats perguntou: «qual é a utilidade da crença que diz que o mundo biológico é o resultado de milhões de mutações aleatórias? O que é que me interessa se o pássaro evoluiu de um dinossáuro? De que forma a ciência progride quando se “sabe” que a mão da minha irmã, a pata do gato dela e as asas dos morcegos tem uma origem natural comum? O que é que isso afecta a forma que eu vivo?»(1)

A teoria da evolução tem muitas aplicações práticas. Para dar um exemplo detalhado da área onde trabalho, é a teoria da evolução que permite modelar a estrutura de uma proteína com base na estrutura de outra que, quimicamente, tem tanto de diferente como de igual (50% de identidade na sequência é suficiente para ter um modelo fiável). À partida isto não devia ser possível, pois com tantas diferenças químicas seria de esperar uma estrutura muito diferente. Mas como sabemos que estes genes descendem de ancestrais comuns e como as alterações que deformam demasiado a estrutura são eliminadas pela selecção natural, podemos concluir que as diferenças químicas entre estas proteínas têm pouco impacto na sua estrutura. E isto funciona mesmo que uma proteína seja de ervilha e a outra de baleia.

A teoria da evolução é fundamental em quase toda a bioinformática, desde estes estudos estruturais à organização e integração de bibliotecas de genes. Sem a teoria da evolução em vez de conhecimento teríamos centenas de milhões de cromos e nenhum sitio onde os colar. Pensar que cada ser foi criado de acordo com a sua espécie não ajuda nada.

A teoria da evolução também é importante na medicina para conceber drogas novas, seleccionar modelos para testar medicamentos ou estudar doenças, prescrever antibióticos ou vacinas, combater epidemias e até, cada vez mais, para compreender a origem de vários problemas de saúde. Também serve para gerir pescas, controlar pestes agrícolas e optimizar o uso de pesticidas, recuperar espécies em perigo de extinção, criar enzimas e antibióticos novos e até para algoritmos de aprendizagem automática.

Mas isto são só aplicações práticas. Mais importante ainda é a teoria da evolução nos dar uma explicação unificadora para as características da vida na Terra. Quando Newton explicou da mesma maneira coisas tão diversas como a queda da maçã, a estabilidade dos edifícios, as marés e a órbita da Lua, só alguém muito pobre de espirito perguntaria “pois, mas para que é que isso serve?”. A teoria da evolução explica da mesma forma todos os organismos que existem e todos os que já existiram. O criacionismo, em contraste, não explica nada. É tudo capricho do deus que criou o leão com dentes enormes só porque lhe apeteceu visto que, supostamente, nessa altura o leão só comia caldo verde e saladinhas.

Finalmente, é melhor crer na verdade do que numa patranha. O valor principal da ciência é dar-nos um caminho para a verdade. O caminho pode nunca acabar, tem buracos e desvios que nos enganam, mas é este o caminho. Em retrospectiva, é óbvio que estamos hoje muito mais esclarecidos acerca do universo do que estava quem escreveu o génesis.

O problema do criacionismo não é desconhecerem as aplicações práticas da teoria da evolução. Nós todos usamos tecnologia sem compreendermos em detalhe de onde vem. O mal do criacionismo é ter os valores invertidos. O criacionista ferrenho recusa a compreensão e a verdade para proteger a sua crendice. E mesmo que não deseje mutações a ninguém deseja contagiar todos com essa ignorância propositada e cegueira mental.

Os criacionistas dizem que o criacionismo é a palavra infalível de um deus omnipotente e omnisciente. Pois então deixem que esse deus fale por si. Com tanta omnicoisa conseguirá certamente explicar o que fez e mostrar que o criacionismo é verdade. Mas não sendo os criacionistas omnipotentes nem omniscientes, não é só por dizerem que têm razão que lhes compro a treta que querem vender.

1- O post é Evolucionismo vs Criacionismo em Oeiras. Obrigado ao – com – por me ter apontado isto.

30 comentários:

  1. O discurso do paradoxo:
    A crença e a religião , como todos nós (sem medo e hipocrisia) sabemos, não passam de uma metafísica de placebo, uma ligadura que teima em tapar a chaga permanente do nosso
    desconforto, uma terapia verdadeiramente alternativa e com resultados óbvios.

    E a ciência?...A ciência meus senhores,tal como a conhecemos, continuará a ser a luz orientadora das nossas infinitas
    possibilidades,a ferramenta vital do homem (da natureza,omnisciente e omnipotente),que "um dia", através da sua sofisticadíssima tecnologia conseguirá realizar o sonho da vida em eternidade, estabelecendo o paraíso na terra e
    provocando a ressurreição dos mortos ( sem amen... ) .

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  2. Quanto a isso não sei.

    Mas sei que a ciência é aquilo que - tanto quanto sei - muita religião alega ser:

    o caminho para a verdade.

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  3. Ui... Isto ferve por aqui.

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  4. Acho que não é demais acrescentar que estas aplicações que são uteis porque a teoria da evolução obdece a outro criterio que o criacionismo não obdece. Que é a capacidade de fazer previsões.

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  5. Exacto João, porque se nosso Senhor quiser, amanhã a força da gravidade muda e a porra dos aviões vão andar a cair que nem tordos.

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  6. Os evolucionistas ensinam que organismos unicelulares se transformaram em cães, gatos, pelicanos, baleias, seres humanos, etc.

    Em cada um destes casos, o DNA tem que conhecer ganhos líquidos de informação, na medida em que as instruções necessárias para especificar um pelicano ou um ser humano não se encontram no organismo unicelular.

    Este não tem instruções para construir olhos, ouvidos, bocas, pernas, cérebros, etc.

    Daí que seja necessário um mecanismo que vá criando informação genética nova, codificadora de novas estruturas e funções.


    Ora, todas as mutações que se conhecem destroem a informação, afectando negativamente as funções celulares.

    Isto, mesmo quando têm um efeito pontualmente benéfico para o ser em causa, o que é raríssimo (v.g. a perda de asas de escaravelhos no ilha).

    As mutações são erros de cópia, acidentais, destruindo o software que contém as instruções para o fabrico de organismos.

    Se as mutações fossem realmente o mecanismo de evolução, deveríamos poder ver milhares e milhares de mutações acrescentando informação genética nova codificadora de estruturas e funções inovadoras e mais complexas.

    No entanto, o oposto é o que realmente sucede.

    As mutações degradam a informação genética, em muitos casos criando doenças e mesmo a morte.

    O problema é que também a selecção natural vai eliminando informação, diminuindo a quantidade de informação líquida disponível.
    Assim, as mutações e a selecção natural não favorecem a evolução, tendo antes o efeito exactamente oposto.

    Este é essencialmente um problema científico.

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  7. Dizer que a teoria da evolução faz previsões e o criacionismo não faz é um absurdo, na medida em que muitas das previsões do criacionismo consistem na negação do evolucionismo.


    O problema da teoria da evolução é que a mesma não tem realmente suporte científico.

    Nunca o Ludwig conseguiu apresentar e defender plausivelmente um único argumento científico a favor da evolução.

    É que os criacionistas não deixarão passar gato por lebre.

    As mutações não criam informação genética codificadora de estruturas e funções mais complexas, a selecção natural elimina gradualmente a informação genética disponível e não existe evidência fóssil da evolução gradual no registo fóssil.

    De resto, a recente despromoção da Lucy a macaca (no sentido não técnico do termo) e dos Neandertais a verdadeiros seres humanos só atesta o que os criacionistas sempre disseram: seres humanos são sempre seres humanos e macacos são sempre macacos.

    Na capa da edição americana da National Geographic de Outubro de 2008, os Neandertais são descritos como os outros humanos, na linha do que os criacionistas há muito vinham afirmando.

    Com efeito, sabe-se hoje que os Neandertais viviam em cabanas de madeira e peles, enterravam cerimonialmente os mortos, tocavam instrumentos musicais, cozinhavam com fogo, utensílios e especiarias, fabricavam utensílios de caça sofisticados, comercializavam adornos ,cruzavam-se com outros seres humanos.

    Na capada da Science et Vie de Outubro de 2008 reconhece-se a singularidade da Terra e do sistema solar e fala-se de uma nova revolução coperniciana de sentido contrário, que afirme o carácter especial e único da Terra, também assim corroborando o relato bíblico da Criação.


    Isto não é banha da cobra, é inteiramente verdade.

    O Ludwig tenta sustentar uma visão naturalista e evolucionista da ciência. No entanto, a mesma dá como demonstrado o que é preciso demonstrar.

    Ela não tem pernas para andar do ponto de vista científico.


    O facto de a teoria da evolução ser uma tentativa naturalista de explicar a realidade não a torna por esse facto automaticamente verdadeira.

    A mesma tem que sobreviver ao teste dos factos. E a verdade é que não sobrevive.

    Agora, ninguém tem culpa que a única alternativa plausível à teoria da evolução naturalista seja a criação instantânea por um Criador sobrenatural.

    De resto, as quantidades inabarcáveis de informação altamente complexa, especificada e integrada contidas no DNA são mais facilmente compatibilizadas com a criação sobrenatural, inteligente e instantânea do que com processos aleatórios ao longo de milhões de anos (puramente especulativos, já que não observados, reproduzidos ou testados por ninguém).


    O Ludwig Krippahl parte do princípio de que a única explicação cientificamente aceitável para a origem do Universo e da Vida tem que ser uma explicação naturalista.

    Mas essa pressuposição tem pelo menos três problemas:

    1) a mesma não é uma afirmação científica;

    2) não existe nenhuma observação científica que justifique essa pressuposição;

    3) as explicações naturalistas do Universo e da Vida conhecidas pura e simplesmente não funcionam.

    E o problema não se resolve extrapolando a partir dos cristais de gelo para o DNA (Pamira Silva) ou explicando a “ origem”do DNA com base na mitose e na meiose (Ludwig Krippahl), sendo que nestes casos de trata de processos de cópia de informação genética pré-existente, totalmente regulados pelo DNA.

    O problema da teoria da evolução é que não funciona no mundo real.

    O problema da teoria do Big Bang é exactamente o mesmo. Também não funciona no mundo real, a mesma só funciona na cabeça (porventura nebulosa) de alguns cientistas menos informados.

    As mutações e a selecção natural podem ser observadas por todos. A evolução nunca foi observada por ninguém.

    As afirmações sobre a evolução das espécies baseiam-se em extrapolações totalmente especulativas sobre observações realizadas no presente, insusceptíveis de validação directa.

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  8. Chimpanzés e seres humano: uma tentativa falhada de demonstrar a evolução.


    Alguns apontam as homologias genéticas entre chimpanzés e seres humanos como evidência de evolução.

    O problema é que as alegadas homologias não permitem concluir automaticamente que, já que os seres humanos e chimpanzés são muito parecidos geneticamente, então também são capazes de produzir ideias, livros, computadores ou aviões parecidos.


    Ou seja, parece que as diferenças genéticas que separam os chimpanzés dos seres humanos são mais importantes do que as semelhanças.

    É que, em matéria de informação, mesmo uma pequena diferença pode fazer toda a diferença.


    Na verdade, as investigações mais recentes têm evidenciado mais as diferenças do que as semelhanças.

    Em Junho de 2007, a revista Science trazia um artigo rejeitando o mito da homologia genética de 99% entre chimpanzés e seres humanos.

    Os estudos mais recentes têm colocado as diferenças genéticas entre seres humanos em chimpanzés entre 6% e 8%.

    Em material do sistema imunológico, a diferença foi há muito estimada em 13%.

    No domínio da expressão genética do cortex cerebral as diferenças foram estimadas em 17%.

    O desenvolvimento das tecnologias genéticas e o aumento do conhecimento em zonas não codificantes do DNA (“junk” DNA) permitem prever o alargamento das diferenças, o que deita por terra toda a argumentação evolucionista nesta matéria.

    Com efeito, já num estudo publicado em 2006, envolvendo David Haussler Katherine Pollard, se concluía que a maior parte das grandes diferenças entre o DNA dos chimpanzés e dos seres humanos encontra-se nas regiões que não codificam genes.

    Essas regiões contêm sequência de DNA que controlam o modo como as regiões codificantes são activadas e lidas.

    De acordo com esse estudo, as diferenças entre chimpanzés e seres humanos não estão nas proteínas, mas no modo com as mesmas são utilizadas.

    A evolução de chimpanzés e seres humanos a partir de um ancestral comum nunca foi observada, permanecendo no domínio da especulação.

    O que realmente pode ser observado aqui e agora é a existência de diferenças significativas na informação genética que regula a utilização da informação codificadora de proteínas.

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  9. Recordemos uma das tentativas falhadas de demonstrar a evolução empreendidas pelo Ludsig.

    Será realmente a produção de beta-lactamase um exemplo de evolução de partículas para pessoas, como sugeriu o Ludwig Krippahl?

    Os antibióticos são produzidos naturalmente por fungos e bactérias que coexistiram desde a Criação, como parte dos seus mecanismos de defesa.

    Sem defesas inatas, as bactérias não se poderiam proteger e rapidamente se extinguiriam.

    Quando um antibiótico chega ao periplasma bacteriano, o mesmo pode ser desactivado por via de modificação, isolamento ou destruição, o que não resulta de mutações mas sim de um complexo mecanismo fisiológico inato extremamente complexo.

    Quando uma determinada bactéria adquiriu resistência a um antibiótico é mais correcto dizer que a mesma perdeu sensibilidade a esse antibiótico.

    Além disso, as bactérias já tinham resistência a muitos antibióticos muito antes de os seres humanos os utilizarem.

    Isso foi confirmado por bactérias encontradas em corpos de exploradores mortos por congelamento (v.g. exploradores do Ártico mortos em 1845) muito antes da existência de antibióticos desenvolvidos pelo homem.

    Um medicamento também pode ser desactivado através da modificação de uma parte crítica da sua estrutura molecular.

    Um exemplo típico é precisamente o da beta-lactamase, erroneamente apresentada por Ludwig Krippahl como exemplo de evolução.

    A beta-lactamase é uma enzima que ataca a penicilina destruindo o seu anel de β-lactam.

    Como resultado o antibiótico deixa de ser funcional e por isso os microorganismo que produzem beta-lactamase ganham resistência a todos os antibióticos contendo um anel de β-lactam (conhecidos por antibióticos beta-lactam, parte da família beta-lactam).

    A beta-lactamase é produzida por um conjunto de genes nos R-plasmidos, que podem ser transmitidos a outras bactérias.

    Em 1982, mais de 90% de todas as infecções de staphylococcus eram resistentes à penicilina, 0% em 1952.

    A razão para este aumento foi a rápida difusão do plasmido beta-lactamase.

    A rapidez do processo mostra que o mesmo nada tem que ver com a evolução.

    De resto, as bactérias continuam a ser bactérias, apesar das suas elevadíssimas taxas de reprodução e mutação.

    Trata-se assim, em boa medida, de um processo de transferência de informação genética pré-existente, principalmente por conjugação.

    Recorde-se apenas que a conjugação consiste num complexo sistema que transfere a cópia de um plasmido de uma célula bacteriana (doador) para outra bactéria (receptor).

    Assim, não se está perante a criação de informação genética nova, codificadora de estruturas e funções mais complexas.

    Daí que nada disso tenha que ver com a hipotética evolução de bactérias para bacteriologistas.


    Continuamos a insistir: as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade de informação genética disponível, conduzindo, em última análise, à deterioração e à extinção das espécies e não à origem e à evolução das espécies.


    Decididamente o Ludwig habita um mundo mágico de fantasia, onde os sapos se transformam em príncipes por “explosões evolutivas”.

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  10. O perspectiva só tem um argumento a desfavor da evolução. A sua própria existência.

    Admito, é um argumento potente :D

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  11. Perspectiva:

    Gostaria de fazer uma pergunta. Esta pergunta também se dirige ao Mats e ao Sabino, se a virem. Ou a qualquer outro criacionista.

    O Perspectiva alega que nenhuma mutação cria nova informação.

    Há mutações que aumentam o tamanho do ADN. O Perspectiva aceita isto mas diz que "quantidade não é qualidade".
    Mas então isso quer dizer que a quantidade de informação aumentou E a sua qualidade piorou, certo?

    E se uma mutação pode acrescentar tamanho "sem qualidade nenhuma" - os criacionistas defendem que isto pode acontecer, certo?? - como é que são os próprios criacionistas que dizem que não existe "junk DNA".
    Pois se são eles que dizem que as mutações na melhor das hipóteses criam lixo, porque é que dizem que o lixo não existe?

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  12. Caríssimos jogadores,
    afinal para que serve a teoria da evolução? Para pouquíssima coisa!

    A biologia já existia antes da moderna teoria da evolução e é certo que o poder de raciocinar continuaria existindo sem qualquer prejuízo para o progresso da ciência, caso a teoria evolucionista nunca tivesse existido, ou até se for banida.

    O que o autor do blog recorre é a ornamentos para demostrar que sem esta teoria não seria possivel explicar o "que permite modelar a estrutura de uma proteina" é "fundamental em qase toda a bioinformática" e no campo da "medicina para conceber drogas".

    Estarei certo?

    Pode mencionar um caso exepecífico em que a teoria foi fundamental para determinada descoberta?

    A única mudança para a ciência pura seria apenas não ter frases dizendo que animais tem determinadas caracteristicas porque tiveram que desenvolvê-las para sobreviver, para passar a dizer que tais caracteristicas animais foram planejadas por Deus para que suas criaturas se mantivessem vivas no ambiente para as quais foram criadas?

    Os Teóricos evolucionistas não estarão a cair no mesmo erro do químico e físico alemão Georg Ernst Stahl, sobre a teoria do material flogístico, em que qualquer material não podia ser explicado sem esta teoria?

    Mas para que serve afinal a teoria da evolução?
    1) a evolução é o equivalente narcísco do eu do Evolucionista.

    É suposto que a teoria da evolução satisfaça o desejo de quem a desencadeia. Evidentemente, tal desejo não pode ser de forma duradoura, pois a sua causa não é o fundamento cíentífico, (nota-se pela ausência de resposta ao perspectiva)mas antes a falta, radical e irredutível, do próprio sujeito. Há na mania do evolucionista um sintoma próximo do da melancolia: o melancólico não sabe aquilo que perde, o evolucionista não sabe aquilo que ganhou. O primeiro recebe uma identificação narcísica do seu eu com o objecto. A teoria da evolução completa a satisfação, persuadindo-nos de que ela responde apenas a necessidades, o que permite continuar a desconhecer a nossa carência radical, que ela apenas oculta. "Não é só por dizerem que têm razão que lhes compro a treta que querem vender", isto não será sintomático de estar a cometer o erro de criticar uma coisa na base de esta coincidir ou não com as opiniões de alguma outra pessoa, ou simplesmente perfererindo a tese: Eu prefiro errar com o evolucionismo do que estar certo com o DI. Parece preponderância. Se dúvida, repare nas respostas ao prespectiva, inbuídas de irritação e, sem fundamento para sustentar a sua teoria. Parabens ao blog, dá uma boa prespectiva (trocadilho :-) de fortes evidências do DI.

    2) a utilidade prática da evolução, ou seja, como "ciência aplicada" ou algo parecido, é comparar uma raça com outra, se o homem actual é de alguma forma superior a seus ancestrais, é racional também deduzir que ainda hoje estamos em processo de evolutivo, (ou melhor estávamos a evoluir, porque o renomado geneticista Steve Jones recentemente disse STOP, pronto chegamos ao fim do processo...)onde uma raça deve predominar sobre outra. Os senhores que aplicaram na pratica a cadeia evolutiva foram Hitler, Stalin entro outros, que classificaram as diversas raças humanas colocanda a suposta raça ariana no topo da cadeia e judeus e negros como raças inferiores ou subespécies.

    Se nos insentamos de sentimentalismo e pessoalidade e acreditarmos que existe evolução, teriamos de acreditar no posicionamento de Hitler?

    A teoria da evolução causou mais consequências graves para a sociedade, do que benefícios. O único benefício que tenho notado é únicamente para satisfação do ego.

    Bem haja,
    Xadez

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  13. Xadrês:

    Não vou responder à generalidade da sua mensagem, mas esclarecer um ponto muito importante:

    Hitler era criacionista.

    Hitler não acreditava que o homem e o macaco tinham um antepassado comum, disse-o várias vezes.

    Hitler podia ser "evolucionista" e mesmo assim o nazismo não decorreria da teoria da selecção natural. MAS Hitler era criacionista, portanto essa ideia é ainda mais disparatada.

    Quanto a Stalin, desconheço que se tenha pronunciado sequer sobre o assunto.
    Sei que Hitler e Stalin rejeitaram as ideias de Eintein sobre a relatividade - um dizia que era ciência judaica, e outro dizia que era ciência burguesa. Agora os criacionistas dizem que a evolução é ciência ateia.

    Mas não é coincidência que esta rejeição da ciência por preconceitos ideológicos tenha andado de mãos dadas com o totalitarismo. O excelente livro 1984 lança luz sobre essa relação entre a alienação e a ditadura.

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  14. Estaline não aceitava as ideias de Darwin, não era evolucionista no sentido da Teoria da Evolução.
    Ele acreditava na hereditariedade biológica dos caracteres adquiridos de Lysenko (biólogo oficial do regime) primeiro proposta por Jean-Baptiste de Lamarck
    Além disso o anti-semitismo de origem cristão foi o que mais influenciou Hitler no holocausto.
    Ele admirava Lutero o fundador do protestantismo e considerava-o uma das três grandes figuras de sempre (junto com Nietzsche e Wagner).
    Lutero era um profundo anti-semita que propunha soluções para o "problema judaico" do tipo que o nazismo usou.
    “Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte
    “Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.” (Martim Lutero: Concerning the Jews and their lies

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  15. Curioso.

    É mais uma confirmação daquilo que escrevi sobre a relação próxima entre o totalitarismo e a rejeição da ciência (alienação).

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  16. Estive a fazer um pequeno exercicio:
    entre as 9:43 e as 10:03 o perspectiva escreveu (pelo menos) 9166 caracteres, o que dá a espectacular média de 7,64 caracteres/seg. ou 1 caracter em cada 0,13 seg.
    Convenhamos que escrever assim só mesmo com a "mão de deus"

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  17. Xadrez,

    «Pode mencionar um caso exepecífico em que a teoria foi fundamental para determinada descoberta?»

    Posso. Aqui, por exemplo. Aqui tem mais uns exemplos.

    A questão é se isto adianta alguma coisa. Suponho que nem que o enterre em exemplos de progresso científico devido à teoria da evolução o Xadrez vá mudar de ideias. É essa a diferença fundamental entre o fanatismo e a ciência. O fanático, por muito que o nariz lhe sangre, continua a tentar sair pela parede e a ignorar a porta que está mesmo ao lado...

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  18. Xadrez,

    «Se nos insentamos de sentimentalismo e pessoalidade e acreditarmos que existe evolução, teriamos de acreditar no posicionamento de Hitler?»

    Não.

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  19. Ludwig,

    Continuas a fazer confusão entre a ciência operacional e a ciência histórica/forense. Ao princípio ainda se poderia pensar que seria um genuíno erro, mas agora pode-se vêr que é a ideologia a falar mais alto.
    Pois bem, assim seja.
    Deixa-me só dizer o seguinte:
    1. Homologia não é evidência exclusiva para os poderes criativos da natureza. Semelhança genética, morfológica e bioquímica pode ser explicada como design baseado na funcionalidade.

    2. Bioinformática claramente não é evidência para a teoria que afirma que os seres vivos são o produto de uma força natural, sem direcção, sem plano e sem inteligência. A parte "info" de "informática", tal como o Jónatas disse várias vezes em oeiras, está totalmente contra a noção de evolução. Informação e evolução não se misturam.

    Tu não podes usar o codificação de genes que já existam como evidência para o surgimento aleatória, não-pessoal, não-direccionado dessa mesma informação. Já deste o passo de fé, mas nem explicaste donde surgiu essa informação.

    Ah, pois, esqueci-me que, na tua ideologia, o ADN não é informação em si mesmo.

    3. Medicina e evolução?! Deus tenha misericórdia! Nos EUA 60% da comunidade médica rejeita a noção de evolução ateísta que é ensinada nas universidades mundiais.

    Não é difícil de se vêr porquê: os médicos trabalham diariamente com sistemas complexos e altamente organizados, onde a mínima variação pode resultar em morte biológica. Para eles, a noção de que uma acumulação de erros naturais gerou a complexidade que se encontra no corpo humano é absolutamente ridícula. (Acho que é ridícula para toda a gente, mas alguns deixam a ieologia falar mais alto. Enfim.)

    Não vou-me alongar mais, mas, se Deus quiser, mais tarde fala-se mais sobre isto.

    Bom fim de semana!

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  20. Mats:

    Alegas que nenhuma mutação cria nova informação.

    Há mutações que aumentam o tamanho do ADN. Aceitas isto mas dizes que "quantidade não é qualidade".
    Mas então isso quer dizer que a quantidade de informação aumentou E a sua qualidade piorou, certo?

    E se uma mutação pode acrescentar tamanho "sem qualidade nenhuma" - os criacionistas defendem que isto pode acontecer, certo?? - como é que são os próprios criacionistas que dizem que não existe "junk DNA".
    Pois se são eles que dizem que as mutações na melhor das hipóteses criam lixo, porque é que dizem que o lixo não existe?

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  21. Carríssimo jogador,

    Ludwing

    Aguardo que seja refutado as afirmações do Mats...

    "Suponho que nem que o enterre em exemplos de progresso científico devido à teoria da evolução o Xadrez vá mudar de ideias."

    idem..........

    Lanço o desafio, para abordar um tema ligeiramente abordado aqui sobre: as consequências sociais e políticas da teoria da evolução?

    Obrigado pela informação que mandou, vou ler. Já agora, pode ensinar como se coloca esses links, evita sem dúvida textos compridos. Agradeço desde ja a sua disponiblidade.

    Um bom fim de semana,
    Xadrez

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  22. Carríssimo Xadrez,

    Para colocar um link com o nome Clix para o site http://www.clix.pt, nos comentários, escrever o seguinte directamente na caixa de comentários:

    <a href="http://i236.photobucket.com/albums/ff154/icar0/hyago.jpg"http://www.clix.pt">Clix</a>

    e o resultado é este: Clix

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  23. Se não conseguir ver o código,
    será este, mas todo seguido.

    <a href="http://i236.photobucket.com/albums/ff154
    /icar0/hyago.jpg"http://www.clix.pt"">Clix</a>

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  24. João Vasco,

    Ainda tive alguma esperança que alguém se dignasse a responder á tua pergunta. Mas depois lembrei-me que o teclado creacionista só tem quatro teclas: o Ctrl, o C, o V e a de Insert gaivotas dão gaivotas.

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  25. Xadrez,

    «Aguardo que seja refutado as afirmações do Mats»

    Porque é que as afirmações do Mats são assumidas verdadeiras até que sejam refutadas e as minhas falsas até que sejam comprovadas?

    Eu prefiro aguardar primeiro que o Mats explique a diferença entre a ciência operacional e a ciência forense. Por exemplo, quando a física diz que o tempo de meia vida é constante para cada isótopo, isso é operacional por permitir dosear a radioterapia ou controlar centrais nucleares, ou é forense por permitir datar rochas com milhões de anos de idade?

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  26. * A probabilistic model of the multiple-choice genetic algorithm
    * NASA - Genetic Programming and Evolvable Machines
    * Using Genetic Programming To Evolve Soccer Teams
    *
    Evolutionary algorithms now surpass human designers

    * A Theory of Evolution, for Robots
    * NASA Evolutionary Software Automatically Designs Antenna
    * First Virtual Stuntmen Ready for Hollywood
    * Genetic-algorithm/neural-network approach to seismic attribute selection for well-log prediction
    * Building Gods
    * A Role for Genetic Algorithms in Aircraft Preliminary Design
    * Evolution In Industry - What has evolution ever done for us?
    * Genetic and Evolutionary Computation--GECCO 2003
    * Breeding Race Cars to Win
    Evolvable hardware
    * Genetic Programming Bibliography entries for Hugo de Garis

    --------------------------------------

    Aos atrasados-mentais criacionistas, como o autista Jónatas, os infalíveis Mats e Sabino e a ovelha do Xadrez, digam-se o que o criacionismo permitiu fazer de jeito. Como o criacionismo é uma bosta que foi inventada do rabo criacionista, é claro que não existe qualquer aplicação vinda dessa bosta. Só vejo moscas a que comem dela e vêm sujar.

    O João Vasco mostrou como a lógica do conceito de informação dos criacionistas é estúpida. Além disso, se dá para voltar a ter um resultado de um ancestral, o resultado é inverso, tal como a diferença é a operação inversa da soma e a divisão é a operação inversa na multiplicação, logo se de A para B houve decréscimo de informação, então de B para A há acréscimo de informação.

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    O Xadrez não vê que o Mats só está a vomitar o que comeu da bosta? Isso também deve ser ciência operacional: Expose the Pluto conspiracy!. Ele deve ter sacado os 60% da mesma origem porca, e ainda usa falácias do preconceito, associando evolução com ateísmo (e esses 60% aceitam a evolução não ateísta?). Se a única fonte que tiver é um "Discovery Institute", é claro que é um palhaço que só quis fazer-nos rir.
    * "We are skeptical of claims for the ability of random mutation and natural selection to account for the complexity of life. Careful examination of the evidence for Darwinian theory should be encouraged.".
    * Majority of Physicians Give the Nod to Evolution Over Intelligent Design
    * Poll: Most doctors favor evolution theory
    *
    Home > News > Press Releases > Article Detail Majority of Physicians Give the Nod to Evolution Over Intelligent Design


    Essa da bioinformática é a mesma idiotice do "mesmo se conseguirem fazer, isso só prova que é possível". Pelos vistos se os testes no CERN correrem como previsto, isso só prova que o Big Bang é possível ou que Deus usou-o.

    Os programas são tão cegos, surdos e mudos como a Teoria da Evolução - hello, parvalhões, existem modos de obter valores aleatórios para simular mutações -, e os atrasados que nunca fizeram um programa informático na sua vida, e nunca vão conseguir porque são idiotas, também são.
    * /dev/urandom
    * C Programming - Generating Random Numbers
    * Java - Random

    Nota: os criacionistas têm sido testados para um texto.

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  27. Ah, esqueci-me da homologia.

    Por exemplo, podemos fazer correspondência biunívoca todos os orgãos humanos com os orgãos de um chimpanzé. Podem ser mais pequenos, maiores, numa posição diferente - mas podemos fazê-lo. A glote do chimpanzé está mais abaixo, por isso não consegue falar, mas também tem as mesmas estruturas para a linguagem, por isso pode comunicar através de gestos. Entre os chimpanzés só existem cerca de 30 culturas - não podem falar, por isso a transmissão de conhecimento é por imitação. Nós pelo contrário podemos ter uma tradição oral.

    Função não implica homologia. Por exemplo, para nadar com membros é necessário ter barbatanas, que equivalem a remos. Existem peixes, répteis e mamíferos com barbatanas. E existiu aves com barbatanas. Então a estrutura dessas barbatanas são similares? FALSO!!!

    A maioria dos peixes têm barbatanas semelhantes a leques. Alguns têm esses "leques" menores e os ossos da barbatana maiores. Os peixes grandes, como o tubarão não têm o tal leque - mas os ossos da barbatana são como um leque [1].
    Os peixes e os répteis (excepto as tartarugas) nadam com movimentos laterais. Nenhum mamífero consegue fazer o mesmo. Os peixes têm barbatanas caudais também com o tal "leque" [2] e imaginando um plano a atravessar a boca e a ponta da cauda, as barbatanas são perpendiculares a esse plano.

    Os cetáceos movem-se como um nadador de mariposa (com a cauda para cima e para baixo), a cauda é paralela ao tal plano e têm 5 ou 4 dedos nos ossos de cada barbatana [3, 4].

    As focas também têm barbatanas - mas vê-se perfeitamente os dedos e têm garras 5, 6, 7 - e as barbatas traseitas também são paralelas ao tal plano. A lontra não vai para águas profundas. Entre os seus dedos têm membranas interdigitais fazendo quase uma barbatana - http://www.predatorconservation.com/capeclawlessotter.htm.

    As asas dos morcegos não são nada mais do que longos braços com uns longos 4 dedos e 1 dedo pequeno em cada asa, com uma enorme membrana interdigital entre os dedos enormes - 8. Os esquilos-voadores têm enormes membranas interdigitais entre os braços e pernas que permite planar - 9. As aves não descendem de mamíferos, ou de qualquer animal que tenha 5 dedos nos braços. Descendem de répteis com três dedos em cada braço, por isso as suas asas são como dois dedos enormes e um pequenino - 10.

    As tartarugas terrestres têm 5 dedos em cada pata [11]. Também as marinhas, mas essas têm barbatanas [12]. Não têm barbatanas como os peixes, apesar da função ser exactamente a mesma, porque os descendentes mais próximos tinham dedos, tal como os descendentes mais próximos dos cetáceos.

    Tudo explicadinho com a Teoria da Evolução como se esperava. Para o criacionismo tanto podia ser assim como podia não ser. Por isso os idiotas do Jónatas e do Mats dizem aqueles disparates.

    Se a próxima mensagem de um criacionista não tiver uma lista de resultados práticos, como se fez para a evolução, assume-se que reconhecem que não existem, logo é inútil. Como o criacionismo é falso, é claro que não têm seja o que for para mostrar. DUH! Estavam à espera do quê?

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  28. Que Treta!

    Fanáticos (falo de ideias, claro) de um lado e do outro escaramuçando ideias infantis (chamo assim mesmo também às elaboradíssimas teorias que por aqui se encontram) sobre um tema que não tem discussão: ou se tem «insight» sobre aquilo de que se fala ou não. O resto é «recreio»...

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  29. Xadres quando voce ficar doente por favor não tome antibióticos viu?
    Nem aceite ser vacinado por essas vacinas malvadas feitas sob a luz e tutela da T.E.
    Afinal ela não provou ser maligna?

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  30. Qualquer pessoa provida de um mínimo de instrução, de inteligência e de bom senso sabe que a importância do conhecimento científico não se mede pelo seu grau de utilidade ou inutilidade, mas porque é importante para o conhecimento e entendimento do todo. A ciência é um todo muito coeso, ninguém será capaz de entender o mundo em que vive sem um conhecimento abrangente dos seus vários aspectos compreendidos à luz da ciência. O que os norte-americanos ganham investindo milhões de dólares no seu programa espacial? Porque eles gastaram milhões de dólares enviando uma nave para mapear e conhecer Plutão? Faz parte da curiosidade humana e da sua sede insaciável de conhecimento. Não por acaso, estas são as características mais marcantes das pessoas inteligentes. Felizmente ainda existem pessoas inteligentes neste mundo, capazes de buscar o conhecimento por mera curiosidade sem se preocuparem se esse conhecimento é útil ou inútil. Quanto às demais , que não possuem esses atributos, fazem questão de deixar isso claro escrevendo, cheias de autoridade, em blogs como este sobre assuntos que mal conhecem.

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