Treta da semana: sincronizar é o que está a dar.
Dias 6 e 7 de Junho vai-se realizar o primeiro Congresso Internacional de Sincronização com o Planeta Terra. Isto porque o nosso planeta «possui vida própria com os seus ciclos de relação e interacção com o conjunto dos planetas do Sistema Solar e com a Galáxia na qual estamos inseridos. Sincronização com o Planeta Terra, significa sintonizarmos com o seu ritmo e com a sua natureza intrínseca. Quanto mais conhecermos o biorritmo terrestre e as suas leis, mais estaremos aptos para nos sintonizarmos e passarmos a emitir a frequência vibratória humana que se harmoniza com a do próprio planeta.»(1)
O autor desta magnífica explicação é o organizador do congresso, Luís Resina. Segundo a sua biografia, «Frequentou o Curso de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa, altura em que começou a dedicar-se à pratica Astrológica»(2), e o objectivo do congresso é «Aproveitar o que há de melhor no diálogo e nas parcerias entre saberes opostos e complementares, refiro-me ao domínio religioso (não sectário), ao domínio científico (não dogmático) e ao domínio artístico (não marginal).»
Quem defende o diálogo entre os “saberes complementares” costuma defender também que a ciência é que não pode ser dogmática. Os outros “saberes” reclamam sempre a sua crença, seja o deus que é amor seja a sincronização com a Terra. Mas se os biólogos disserem que «ciclos de relação e interacção com o conjunto dos planetas» não dão vida própria a coisa nenhuma, ou se os físicos disserem que «a frequência vibratória humana» nem sequer faz sentido (será o som de uma cacetada na cabeça?), então são dogmáticos. Intolerantes. Arrogantes, que se julgam donos da verdade.
Qualquer afirmação exclui a sua negação. Por isso, a única forma de evitar o dogmatismo é sendo incoerente. O que é pior. O dogmático sempre consegue estar enganado. O incoerente nem isso. Um dogmatismo aliado à capacidade de mudar de ideias é a única protecção contra a infinidade de disparates que podemos conceber. É o que faz a ciência. A ciência é dogmática quando diz que algo tem de ser assim e não pode ser de outra forma. Mas não se prende a isso, e se diz que algo é assim diz também como se pode saber caso não seja. E quando se descobre que não é, a ciência muda. O dogmatismo é sempre provisório. Mesmo que alguns cientistas, individualmente, se recusem a mudar de opinião, nenhum dogma colectivo sobrevive à refutação pelas evidências.
Quem quer dialogar com a ciência tem de fazer o mesmo. Tem de apresentar todas as suas hipóteses como provisórias e sujeitas a refutação. E tem de especificar o que é que as pode refutar. Seja um deus que é amor seja a sincronização das vibrações humanas com o ciclo da Terra. Sem isto não há diálogo. Não há sequer tema para a conversa.
Para terminar gostava de salientar o optimismo dos congressistas. A sessão de encerramento é «Meditação sobre Portugal e envio de Energia para o Planeta Terra»(3). A bomba nuclear que dizimou Hiroshima libertou 63 terajoules. A cada segundo, a Terra recebe do Sol quase três mil vezes mais energia, 174 petajoules. Não sei quanta energia tencionam enviar para a Terra (ou onde a irão buscar), mas suspeito que estejam a sobrestimar os efeitos deste esforço.
Obrigado ao João Moedas pelo link.
1- Entrevista a Luís Resina no Portal Milénio (documento em pdf).
2- Biografia do Luís Resina no Portal Milénio.
3- Congresso Internacional de Sincronização com a Terra
O Ludwig e seus companhanheiros ainda não perceberam que tratar por igual todas atitudes não científicas acaba por credibilizar as menos interessantes e descredibilizar o seu próprio conceito de ciência. Estou convencido que mais cedo ou mais tarde compreenderão aquelas diferenças. Oxalá não seja pelas piores razões.
ResponderEliminarOs adeptos das superstições mais populares muitas vezes tendem a achar desrepeitoso tratá-las da mesma maneira que as outras mais minoritárias.
ResponderEliminarMas porque é que tal consideração não seria uma ofensa às crenças menos populares? Uma... falta de respeito?
Quanto a mim, critiquem as ideias à vontade. As alheias e as minhas. Se mantenho as que defendo é porque acredito que os argumentos que as fundamentam são mais fortes, por isso podem bem resistir à discussão e à crítica.
«Muitos católicos estão contra algum pensamento pós-moderno, contra o esoterismo e as tendências «new-age».
ResponderEliminarEu como céptico, como alguém que acredita no método científico e na racionalidade como meios para procurar as melhores descrições do mundo que nos rodeia, considero que a superstição esotérica não é a melhor forma de conhecermos a realidade.
Mas acho um absurdo quando alguns crentes (como César das Neves no seu último artigo de opinião) tentam pôr a ciência e o catolicismo do mesmo lado contra o esoterismo.
Nem pensar!
A Igreja Católica não é, sob nenhuma perspectiva racionalista ou científica, superior a qualquer outra religião pagã, qualquer religião existente, ou qualquer conjunto de crenças mágicas e espirituais, para todos os efeitos.
A Igreja Católica compete no mesmo espaço que outras religiões e superstições: no espaço daqueles que crêm que a ciência nunca poderá explicar tudo; no espaço daqueles que crêm que a racionalidade humana é insuficiente para compreender o mundo que nos rodeia; no espaço daqueles que crêem que a fábula e o dogma são mais válidos que o espírito crítico e a dúvida.
[Alguns] católicos podem rir-se com desprezo (e muitas vezes o fazem) daqueles que têm crenças menos ortodoxas, mais fetichistas ou panteístas, ou menos socialmente comuns. Mas que tolo desprezo esse! Mas que patético desprezo esse. Não há qualquer critério razoável, qualquer critério lógico, qualquer critério que não raie o ridículo, para considerar as crenças católicas superiores às outras.
Apenas na força dos números sentem um escudo que os permite classificar de «tolices» e «crendices» todo o tipo de crenças esotéricas, quando as crenças deles não são em nada menos fantásticas.
Poucas coisas existem tão absurdas como a postura de [alguns] católicos face às crenças pagãs.
Quão incoerente e injustificado é o desprezo que sentem e o paternalismo com que reagem.»
Têm que ser ateus a dizer isto. Se forem crentes os ateístas não aceitam.
ResponderEliminarAh grande Daniel!
Nuno Gaspar,
ResponderEliminar«O Ludwig e seus companhanheiros ainda não perceberam que tratar por igual todas atitudes não científicas acaba por credibilizar as menos interessantes e descredibilizar o seu próprio conceito de ciência.»
Não trato por igual. Se alguém quer comer uma hóstia convencido que come Jesus, por mim tudo bem. Se alguém quer arrancar o clitóris a uma criança, acho que deve ser impedido. Reconheço que há diferenças a esse nível.
Mas há um ponto comum na atitude de quem propõe algo como verdade admitindo que pode estar errado e tendo, por isso, o cuidado de especificar como se pode averiguar a verdade ou falsidade da afirmação. E têm também algo em comum todos aqueles que afirmam uma coisa e tornam deliberadamente vago e confuso o que dizem para evitar que alguém lhes aponte o erro.
O ponto importante é que, quando se adopta a segunda atitude, não há forma de distinguir disparates. Nada faz sentido.
António Parente,
ResponderEliminarNão concordo com o Daniel Oliveira nisso do "deus ciência". Parece-me coisa de quem não sabe o que é a ciência.
Concordo que o Religulous está fraquinho. Só vi metade, mas se o resto é igual o que consegue é apenas mostrar que há pessoas que não são especialmente inteligentes.
Mas discordo que seja como o Dawkins. Se vir o Root of All Evil, por exemplo, verá que é muito diferente. Todos os que falaram com o Dawkins sabiam que programa ele estava a fazer, e ele escolheu pessoas que os crentes consideram representativas das suas religiões, não uns tipos quaisquer.
Quais sãos as diferenças entre Filosofia e Religião?
ResponderEliminar«E têm também algo em comum todos aqueles que afirmam uma coisa e tornam deliberadamente vago e confuso o que dizem para evitar que alguém lhes aponte o erro.»
ResponderEliminarComo quem passa uma vida inteira a dizer que "Deus não existe"?
Concerteza!
ResponderEliminarSe há coisa que a afirmação "Deus não existe" é, é vaga e confusa.
ResponderEliminarTantas interpretações possíveis, tanta opacidade discursiva. Parece que não reporta a nada em concreto, que diz uma coisa e o seu contrário, e nem se percebe bem o quê.
É daquelas afirmações que facilmente se poderá dizer "nem sequer chega a estar errada", pois nem sequer faz sentido.
Se há crítica justa a essa afirmação, é a de ser vaga e confusa.
---
Não vi o Religulous, mas concordo com o Ludwig (e discordo do Daniel) na apreciação feita a respeito do Dawkins.
Li o God Delusion e parece-me que a esmagadora maioria das críticas que lhe são feitas (e isto inclui as do DO) são injustas.
«O dogma do cristianismo vai se desgastando ante os avanços da ciência. A religião terá de fazer cada vez mais concessões. Gradualmente os mitos hão-de ruir. Quando a compreensão do universo estiver disseminada...então a doutrina cristão será condenada como absurda»
ResponderEliminarAdolf Hitler em Table talks
(se dissesse em todos os posts do «treta» ninguém desconfiaria)
«O Anjo de Darwin» de John Cornwell, recomendado para todos os que se divertem com os delírios de Dawkins e seus discípulos.
«O meu sentimento de Cristão revela-me como um lutador aos olhos do meu Senhor e meu Salvador. (...)
ResponderEliminarNum amor sem limites, como cristão e como homem, passo os olhos pelo trecho que nos conta como o Senhor por fim se ergueu em toda a Sua força e agarrou no chicote para expulsar do Templo aquele ninho de víboras e serpentes. Que terrífica a luta que travou pelo mundo contra o veneno judeu. Hoje, passados 2000 anos, é com a maior emoção que reconheço mais profundamente que nunca, o facto de ter sido por isto que Ele teve de derramar o Seu sangue na cruz.
Como cristão não tenho a obrigação de deixar que me enganem, mas tenho a obrigação de ser um lutador em prol da verdade e da justiça... E se há alguma coisa que pode demonstar que estamos a agir correctamente essa coisa +e o sofrimento que cresce dia a dia. Porque como cristão tenho também uma obrigação para com o meu próprio povo.»
Quem fez estas afirmações? A mesma pessoa que escreveu o Mein Kampf onde dizia: «Daí que hoje eu acredite que estou a agir de acordo com a vontade do Criador Todo-Poderoso: ao defender-me dos judeus, estou a lutar em nome da obra do Senhor».
Dawkins cita algumas passagens do "table talks" sem desconfiar da origem. Note-se que enquanto que as citações profundamente dovtas foram proferidas em público ou em livros de grande tiragem, as observações do "Table Talks" estão em segunda mão, tendo sido alegadamente registadas pelo secretário de Hitler.
Dawkins assume-as como fidedignas, e alega que não se poderá saber se Hitler se terá desiludido com o criacionismo com o passar dos anos (passando as suas crenças religiosas a orientarem-se para religiões mais obscuras) ou se sempre terá sido um mentiroso oportunista que tirou proveito da credidulidade dos religiosos alemães enquanto prometia, entre outras coisas, perseguir os ateus, coisa que cumpriu.
Mas independentemente da sinceridade das crenças cristãs de Hitler, curioso é que a Igreja Católica queira hoje beatificar o Papa que esteve sempre do seu lado. Não é por acaso que várias associações de judeus se têm sentido insultadas com as intenções de beatificar Pio XII, o também chamado "Papa de Hitler", que nunca se esquecia de lhe dar os parabéns, mencionando que o Vaticano ia fazendo as suas orações pelo Fuhrer.
O que é interessante é que as frases que JV citou atribuidas a Hitler soam a anedótico e, ao escutá-las, imediatamente percebemos serem proferidas por uma pessoa mentalmente desequilibrada. Enquanto as frases do discurso ateísta, se disser que foram escritas por Dawkins, pelo Ludwig, ou pelo João Vasco, ou pela Palmira, ninguém fica surpreendido. Pelo contrário, costumam dizer coisas ainda menos simpáticas.
ResponderEliminarNuno Gaspar,
ResponderEliminar«Enquanto as frases do discurso ateísta, se disser que foram escritas por Dawkins, pelo Ludwig, ou pelo João Vasco, ou pela Palmira, ninguém fica surpreendido. Pelo contrário, costumam dizer coisas ainda menos simpáticas.»
Tommas Jefferson, bem como muitos outros pais fundadores dos EUA disseram coisas bem menos simpáticas. No entanto, a sua acção acabou por resultar naquilo que foram progressos imensos para os direitos humanos.
Outros como Tomas Alva Edisson, etc também disseram coisas menos simpáticas.
Não há nada de perigoso em considerar que uma determinada crença que se considera absurda desaparecerá, mesmo que eu não partilhe dessa convicção.
Já o pseudo-messianismo treslocado que Hitler mostra naqueles textos que podemos saber com maior confiança que são da sua autoria, pode ser muito perigoso se a sociedade não estiver embuída de uma boa dose de espírito crítico e saudável cepticismo. Aconteceu no passado, pode acontecer no futuro.
Já tenho escrito que é do espírito crítico que deve vir o ateísmo e não o contrário. O espírito crítico protege a sociedade de muitas ameaças, não apenas o extremismo religioso, ou mesmo outro tipo de ameaças vindas da religião (mesmo moderada) - também a protege de muitos tipos diferentes de obscurantismo que podem ter pouco a ver com religião de que o estalinismo foi um exemplo. Os livros de Orweel são magníficos na forma como dissecam esta relação entre a opressão e a ausência de espírito crítico, a opacidade da linguagem, a falta de domínio da lógica, etc...
Agora estou de acordo consigo, JV. Devemos ter espírito crítico (vá lá, teve pudor em dizer Pensamento Crítico, está a melhorar)em relação a tudo e a todos os que nos rodeiam, inclusive (sobretudo) em relação aqueles que se julgam donos do espírito crítico.
ResponderEliminarSim, sobretudo esses malandros!
ResponderEliminarQuantos desastres e tragédias não aconteceram já porque meia dúzia de indivíduos que achavam que tinham sempre razão consideravam que a sociedade devia ter mais espírito crítico! Vê-se mesmo que se acham donos da verdade, se não percebiam que não se critica posições muito mais populares que as deles. Acham que o mundo está todo errado e eles é que estão certos, são donos da verdade.
Por acaso agora não me lembro de nenhuma tragédia para dar como exemplo, mas tenho a certeza que é sobretudo com essa ameaça - a da malta que não se cala com espírito crítico, ou dá mesmo aulas de "pensamento crítico" - que nos devemos pôr a pau.
Mais uma citação do católico Hitler, que se inspirou conscientemente na estratégia totalitária e dogmática da ICAR (mais os seus efeitos "show")e a adaptou onde pôde para os seus próprios fins:
ResponderEliminar"Importa criar uma crença política em torno da qual gire depois o mundo inteiro ... O seu programa pode até ser sumamente idiota. Ele será sempre acreditado quando defendido com a máxima convicção" (tradução livre do alemão).
O Luís Resina terá lido esta passagem?
Cristy
O CRIACIONISMO NÃO É DOGMÁTICO. ELE APENAS É VERDADEIRO!
ResponderEliminarA prova disso mesmo é que os próprios ateus estabelecem as suas premissas.
1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente.
Os criacionistas concordam.
2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com as unidades informativas ATGC, que codifica informação como um computador.
Os criacionistas concordam.
3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), o ex-ateu Anthony Flew conclui que o código do DNA só pode ter tido origem inteligente.
Nisso consiste o criacionismo: a existência de informação codificada no DNA demonstra que o mesmo só pode ter tido uma origem inteligente.
Se ele é dogmático, então Krippahl, Dawkins e Flew são dogmáticos.
PAULO GAMA MOTA E A SELECÇÃO NATURAL
ResponderEliminarQuando Paulo Gama Mota usa a selecção natural como evidência da evolução está a fazer uma grande confusão.
A selecção, seja ela natural ou artificial, nada tem que ver com a evolução, na medida em que selecciona informação genética pré-existente, cuja origem não explica.
As mutações e a selecção natural degradam e reduzem os genomas.
Isso já foi observado muitas vezes.
Nem umas nem outra criam genomas com informação codificada a partir de compostos químicos, nem tornam os genomas mais complexos.
Pelo menos, tal nunca foi observado.
Nenhum criacionista nega a ocorrência de mutações, selecção natural, especiação ou adaptação.
Apenas negam que esses processos tenham a capacidade de transforma micróbios em microbiologistas.
Trata-se se processos que tendem a degradar e a reduzir genomas, a curto, médio e longo prazo.
Tentar explicar porque é que uma ave canta, tem muitas cores ou é muito complexa a partir da evolução é um absurdo.
A evolução pretende ser um processo cego, sem ponderações fins/meios.
O Paulo Gama Mota quase chega a adscrever à evolução capacidade de indentificação de objectivos e escolha de meios para os atingir, personificando-a e dotando-a de inteligente.
Esse tipo de ponderações fins/meios supõe sempre inteligência.
Se nas aves, como nos outros seres vivos, existem relações teleológicas evidentes isso só corrobora o modelo da criação inteligente.
Aí é que faz sentido dizer que os pássaros cantam, têm cores e complexidade porque isso lhes permite realizar determinados objectivos.
De resto, o modelo criacionista é amplamente confirmado pela existência de informação codificada nos genomas, que as mutações e a selecção natural se limitam a degradar e eliminar.
O DNA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA DE ORIGEM INTELIGENTE
ResponderEliminar1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções
2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais.
3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.
O ateu evolucionista Richard Dawkins também reconhece a existência de informação codificada no DNA.
Nas suas palavras,
“DNA carries information in a very computer-like way, and we can measure the genome's capacity in bits too, if we wish.
DNA doesn't use a binary code, but a quaternary one.
Whereas the unit of information in the computer is a 1 or a 0, the unit in DNA can be T, A, C or G.”
Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.
Daí que possamos reafirmar:
1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções
(o Ludwig Krippahl concorda!)
2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais.
(Richard Dawkins concorda!)
3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.
(o ex-ateu Anthony Flew concorda)
Esta conclusão só deixará de ser a única racionalmente possível quando existir um processo naturalista que crie informação codificada ou que explique a origem da vida e da informação de que ela depende.
CORRIGINDO ALGUMAS IDEIAS DE CARLOS FIOLHAIS SOBRE DARWIN:
ResponderEliminarHá umas semanas atrás Carlos Fiolhais disse:
“Mas o ponto mais alto dessa tensão entre ciência e religião, que de resto ainda perdura, é a questão da evolução das espécies, incluindo a evolução da espécie humana, que foi compreendida por Charles Darwin no século XIX.”
Esta afirmação é incompreensível. Charles Darwin não compreendeu coisa nenhuma.
Charles Darwin, com uma formação tem teologia (não em biologia ou geologia) estava convencido que a célula era mero protoplasma indiferenciado.
Ele não conhecia nada acerca da quantidade inabarcável de bits de informação e meta-informação contida no DNA.
As obras de Charles Darwin estão cheias de histórias da carochinha e de erros, como aquele em que ele diz que as pernas curtas de algumas tribos africanas se deviam à necessidade “evolutiva” de os africanos se adaptarem às suas pequenas canoas.
Darwin não fazia a mais pequena ideia de que o corpo humano processa um milhão de vezes mais bits de informação por dia do que toda a informação armazenada em todas as bibliotecas do mundo.
Do mesmo modo, Darwin estava inteiramente ciente de que o registo fóssil não corroborava a sua tese de evolução gradualista.
Ora, os evolucionistas saltacionistas continuam hoje a dizer o mesmo.
Não existe evidência fóssil de evolução gradual, sendo igualmente improvável o rearranjo súbito de milhões de nucleótidos para a criação informação genética codificadora de estruturas e funções mais complexas.
De resto, os evolucionistas estão conscientes do beco sem saída em que estão metidos.
Os saltacionistas dizem que a evolução gradual é paleontologicamente insustentável.
Os gradualistas dizem que a evolução por saltos é biologicamente insustentável.
Os criacionistas concordam com uns e com outros: a evolução é paleontologica e biologicamente insustentável.
“ Actualmente não persistem quaisquer dúvidas no seio da comunidade científica sobre a validade, no essencial, da teoria da evolução de Darwin.”
Esta afirmação é outro absurdo insustentável.
A proliferação de cientistas adeptos do criacionismo bíblico e do “intelligent design” mostra que esta afirmação está pura e simplesmente errada.
A menos que se pretende identificar os cientistas com os evolucionistas e então concluir, tautologicamente, que não existem evolucionistas que duvidem da evolução.
Mas a verdade é que mesmo entre cientistas evolucionistas existem muitas dúvidas em relação à teoria da evolução.
Pense-se, por exemplo, nos conflitos entre “saltacionistas v. gradualistas”, “out of Africa v. out of Ásia”, “uniformitaristas v. catastrofistas”, “arboreais vs. cursoreais”, “evolução de macaco para hominídio v. evolução de hominídio para macaco” , “genéticos vs. esqueléticos”, etc.
Tudo isto demonstra que mesmo entre evolucionistas, tirando a “certeza” da evolução, imposta pela filosofia naturalista, só existem dúvidas acerca da evolução.
Na verdade, nem poderia ser de outro modo.
O registo fóssil diz-nos que todas as espécies aparecem abruptamente e plenamente formadas.
Além disso, as mutações tendem a destruir cumulativamente a informação genética, ao passo que a selecção natural vai diminuindo a informação genética disponível até à extinção das espécies.
“Quer dizer, é um facto mais do que uma mera teoria, tal como a translação da Terra em volta do Sol é um facto e não apenas uma teoria.”
O problema com esta afirmação é que nunca ninguém observou a evolução de uma espécie menos complexa para uma espécie mais complexa, ao passo que todos podemos ver a translação da Terra em volta do Sol, também ela uma maravilha da criação de Deus.
Os criacionistas não têm nenhum problema com a rotação ou a translação da Terra, ambas evidências de design inteligente.
No entanto, têm um problema fundamental com a evolução, desde logo (mas não só) porque não existem quaisquer evidências concludentes de que tenha de facto acontecido.
“Hoje em dia não faz muito sentido falar de biólogos evolucionistas pois todos os biólogos são evolucionistas, tal como todos os astrónomos são copernicanos (portanto, só por tradição histórica se usa o nome de “teoria da evolução”).”
Ambas as afirmações são falsas.
Existem muitos biólogos criacionistas, como rapidamente se pode ver consultando a enciclopédia criacionista on-line, feita por cientistas criacionistas.
Além disso, também começam a aumentar os astrónomos pós-copernicianos, que acreditam que a evidência científica corrobora a singularidade da Terra.
Na verdade, quanto mais estudamos outros planetas e sistemas solares, tanto mais nos apercebemos da sintonia do Universo, da nossa galáxia, do nosso sistema solar e da nossa Terra para a vida, exactamente como seria de esperar se a Bíblia fosse verdade.
Mas desde quando é que o Daniel Oliveira é para ser levado a sério?!? Olha que isto! A seriedade daquele homem não me dá dúvidas nenhumas em como ele nunca leu nada do Dawkins, nem sequer viu documentários dele.
ResponderEliminarDawkins é muito menos "padre" do que aparenta ser, embora seja muito vocal. Não admira, porque a religião está sempre a entrar-lhe no quintal adentro. Falo da confusão do criacionismo.
Mesmo aquele documentário interessante do "The Root of All Evil", tem um título que o próprio Dawkins abomina. Não foi decidido por ele, mas pela cadeia de televisão que achava que assim tinha mais audiência (e teve).
CRIAÇÃO: MITO OU REALIDADE?
ResponderEliminarOs criacionistas são acusados frequentemente de aceitarem o testemunho de "livros antigos".
No entanto, a teoria da evolução também se baseia em livros antigos, já que a mesma já se encontrava, nos seus traços essenciais, em autores da antiguidade como Empédocles, Epicuro ou Lucrécio, entre muitos outros.
No entanto, a teoria da evolução também se baseia em livros antigos, já que a mesma já se encontrava, nos seus traços essenciais, em autores da antiguidade como Empédocles, Epicuro ou Lucrécio, entre muitos outros.
ResponderEliminarA diferença é que esses eram inteligentes.
ÚLTIMA HORA!
ResponderEliminarSEM QUERER E SEM CRÊR DAWKINS CORROBORA O DEUS DA BÍBLIA!
O argumento de Richard Dawkins acerca da "complexidade" de Deus (e consequente improbabilidade), desenvolvido no seu livro The God Delusion, é absurdo.
No entanto, ele tem o mérito de reconhecer a sintonia do Universo para a vida, bem como esta se basear em quantidades inabarcáveis de informação, ambas as coisas de probabilidade ínfima.
De acordo com o argumento de Richard Dawkins, se o Universo e a vida são altamente improváveis, por serem complexos, Deus só pode ser ainda mais improvável, por ser ainda mais complexo.
Daí que a existência de Deus seja muito improvável.
Qual é o ponto fraco deste argumento?
É muito simples.
Ele supõe que Deus, à semelhança do que sucede com o Universo e a vida, é o resultado de combinações improváveis de matéria e energia pré-existente.
Mas o Deus da Bíblia revela-se como o Criador da matéria e da energia!
Ele não é o resultado de uma combinação improvável de uma e outra!
A energia e a matéria (que é energia) é que devem a sua existência a Deus, já que a energia não se pode criar nem destruir a ela própria.
Assim, diferentemente do que se passa com o Universo e a Vida, Deus não é constituído por um conjunto de "peças" externas e independentes, de combinação altamente improvável.
Ele não é composto por matéria e energia pré-existentes, como sucede com a vida.
De resto, a própria vida não é só matéria e energia, mas também informação codificada, uma grandeza imaterial que não tem uma origem material, mas sim imaterial, mental.
A matéria e a energia não criam informação.
Só uma inteligência cria informação.
O DNA tem uma componente imaterial (informação codificada, código ou cifra) e material (compostos químicos).
Ele é inteiramente consistente com a ideia de que um Deus sobrenatural criou a vida num mundo material.
Mas a vida não é só matéria e energia.
Ela também é informação.
E a informação não surge por processos naturalísticos.
Pelo menos, tal nunca foi observado.
Deus não tem as propriedades da natureza. Deus é sobrenatural.
Ele é Espírito. A Bíblia afirma-o expressamente.
Pelo que não faz qualquer sentido tentar averiguar estatisticamente a complexidade de Deus, como se ele fosse o resultado de uma combinação acidental de peças componentes (hipótese sobre a qual Dawkins chega mesmo a fantasiar).
Tentar comparar a probabilidade da existência de Deus com a probabilidade do Universo e da Vida é comparar grandezas qualitativamente incomensuráveis entre si, sendo que Deus é espiritual, eterno, infinito, omnipotente e omnisciente.
Em toda a sua aparente racionalidade, o argumento de Richard Dawkins manifesta toda a sua estultícia.
Considerando que este pretendia ser o argumento irrespondível e decisivo do livro The God Delusion, imediatamente vemos que se trata de um exercício de profunda ingenuidade intelectual, destituído de qualquer plausibilidade.
Na verdade, o argumento de Richard Dawkins apenas refuta a existência de um “deus” composto de matéria e energia pré-existentes, combinados numa entidade divina constituída por múltiplas peças.
Mas a Bíblia nunca diz que Deus tem essas características.
Ela nega um Deus com essas características!!
Nesse ponto, os criacionistas concordam inteiramente com Richard Dawkins.
Só que o argumento de Dawkins está longe de refutar a existência de um Deus vivo, espiritual, infinito, eterno, omnisciente e omnipotente, pessoal, moral, criador de toda a matéria e energia, como o que se revela na Bíblia.
Pelo contrário.
Todo o livro de Richard Dawkins, na medida em que reconhece a sintonia do Universo para a vida, e a sua radical improbabilidade, acaba, inadvertidamente, por tornar ainda mais claro que só a existência de um Deus com essas características é que é racionalmente plausível.
Dawkins imagina uma ideia de Deus e refuta a sua própria ideia.
Dawkins vence apenas uma entidade imaginária.
Tanto trabalho para nada!
A "desilusão de Deus" baseia-se, afinal, na "ilusão de Dawkins".
Sem querer e sem crêr, Richard Dawkins acaba por sugerir que só o Deus espiritual e eterno que se revela na Bíblia é plausível.
Barba Rija diz:
ResponderEliminar"A diferença é que esses eram inteligentes."
Apenas porque no genoma humano existe informação codificada e esta é sempre um produto de inteligência.
A verdade, porém, é que Empédocles, Epicuro, Demócrito ou Lucrécio acreditavam na evolução porque isso decorria da sua fé ateísta e naturalista.
Não é que eles tivessem alguma evidência científica nesse sentido.
Ontem, como hoje, não existe qualquer evidência científica de evolução.
A evolução é pura interpretação naturalista dos factos (por sinal totalmente errada).
Apenas existe evidência científica de que todos os códigos têm origem inteligente e de que o DNA tem informação codificada em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade técnica humana.
Contra factos, não há argumentos.
Ou como o atomismo de Demócrito e a cosmologia de Anaxágoras.
ResponderEliminarPerguntei quais são as diferenças entre Filosofia e Religião. No site oficial do congresso: (...) "Novos Filósofos que surgiram da Física Quântica diriam que a Consciência seja ela Cósmica ou Humana" (...)
Tinha assistido uma análise da triologia Matrix, que criticava a pseudo-filosofia, onde é dito coisas como: "Não é você que vê a TV - a TV é que o vê"; "Já tomou a decisão - o que vai percorrer o seu caminho para compreendê-la». Lembro-me de um professor de Filosofia ter dado como exemplos as frases que são muito vagas, sem qualquer sentido, e a isenção de crítica nas ideias como algo que distingue misticismo de filosofia. Gostaria de conhecer o que especialmente António Parente e Nuno Gaspar consideram distinguir a Religião da Filosofia.
PAULO GAMA MOTA E AS HOMOLOGIAS COMO "PROVA" DA EVOLUÇÃO!
ResponderEliminarPaulo Gama Mota defendeu recentemente que a existência de homologias genéticas e morfológicas entre animais prova a existência de um antepassado comum a partir do qual as diferentes espécies evoluíram.
Na verdade, trata-se de um argumento frequentemente utilizado como “prova” da evolução nos manuais escolares e textos científicos.
Muitas vezes, desde Richard Owen e Charles Darwin, as homologias têm sido apresentadas como a principal “prova” da evolução.
No entanto, a ingenuidade infantil deste argumento é imediantamente visível.
As homologias tanto podem ser usadas como argumento a favor de um antepassado comum como de um Criador comum.
E na verdade, a opção por um Criador comum faz mais sentido. Sendo os pressupostos para a manutenção da vida (v.g. alimentação, respiração, locomoção, reprodução) idênticos nos vários seres vivos, não admira que existam importantes homologias entre eles.
Isso faz todo o sentido à luz do Génesis, que diz que Deus criou todas os seres vivos na mesma semana para enfrentarem condições ambientais semelhantes, com nutrientes semelhantes.
Na verdade, se não existisse qualquer homologia genética, morfológica ou funcional entre os vários seres vivos seríamos levados a duvidar da existência de um Criador comum.
Por outro lado, o hipotético ancestral comum não teria muitas das características que os seres vivos que dele descendem têm (v.g. esqueleto, músculos, coração, sistema nervoso, sistema digestivo), pelo que não consegue explicar o seu desenvolvimento e a grande diversidade de design.
Existem muitos casos em que seres vivos têm órgãos funcionalmente semelhantes (v.g. olhos, asas, garras) sem que os mesmos tenham qualquer homologia genética que demonstre uma proximidade evolutiva.
Nestes casos (v.g. asas de aves, insectos e morcegos) os evolucionistas, como não conseguem interpretar as homologias funcionais para provar um antepassado comum evolutivo directo, dizem que houve evolução convergente ou paralela destes órgãos, usando a expressão “analogia” em vez de homologia.
Existem outros casos em que homologias genéticas muito significativas conduzem a grandes diferenças morfológicas (v.g. o tenreco e o elefante).
Estes casos também não são facilmente explicados por modelos evolucionistas.
À medida que se vão acumulando novos estudos sobre os genomas, vão surgindo numerosos casos de homologias funcionais que nada têm que ver com homologias genéticas.
A inversa também é verdadeira.
Em muitos casos os estudos morfológicos contrariam os estudos da genética molecular.
Eles mostram, em grande medida, que diferentes tipos, com um grande potencial genético, se foram desdobrando em diferentes (sub)espécies a partir da especialização de informação genética pré-existente.
É por essas e por outras que a própria “árvore da vida” evolucionista (já tão duvidosa do ponto de vista paleontológico) tem vindo a ser posta em causa pela genética molecular, como reconhecem muitos evolucionistas.
Um outro problema com o uso das homologias como argumento a favor da evolução a partir de um antepassado comum é que as conclusõesa que se chega estão inteiramente dependentes das premissas de que se parte.
As homologias só funcionam (e mesmo assim muito mal!) como argumento a favor da evolução para quem aceite, à partida, premissas evolucionistas, uniformitaristas e naturalistas.
Elas só podem ser usadas para “provar” a evolução (e mesmo assim com muitas falhas) se se partir do princípio que houve evolução.
Quem não partir dessas premissas interpreta os dados de forma substancialmente diferente.
Para os criacionistas, as homologias moleculares, morfológicas e funcionais traduzem apenas o grau de semelhança e diferença entre as várias espécies criadas por um mesmo Criador, para viverem no mesmo planeta.
Em última análise, o modo como uma pessoa interpreta dos dados observáveis depende muito das premissas adoptadas à partida.
E estas dependem da sua visão do mundo.
As homologias são uma poderosa mensagem biótica a favor de um Criador comum.
Mais informação:
www.creation.com
www.answersingenesis.org
www.icr.org
Olha, o Perpsectiva ressuscitou. Ah, é verdade, chegou a Páscoa.
ResponderEliminarCristy
Contra factos, não há argumentos.
ResponderEliminarA ironia de ler isto vindo de um criacionista é uma das razões pela qual venho sempre aqui parar a este blog! Impagável!! Ahahah!!
Parece haver por aí autarcas em má onda, perdão!, com más vibrações... para quem vota neles e não só. Ora vejam:
ResponderEliminarhttp://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1193054
Krippahl:
Em relação ao esclarecimento que pede sobre o que eu escrevi num comentário a um seu outro post: a Ideia de Bem, em Platão, não tem um carácter moral, a não ser como reflexo ou consequência, embora seja por esse lado que, ainda às apalpadelas (honni soit qui mal y pense!, que não o próprio Platão, o qual dizia que o amor começa pelo amor dos belos corpos), todos nós comecemos a tomar consciência do que verdadeiramente significa. Ela é, de raiz, o suporte de toda a ontologia e, logo,gnosiologia platónicas, no sentido em que nada existe ou age senão pelo seu bem ou pelo que julga sê-lo. Não se trata de um intelectualismo moral, como é vulgar e superficialmente compendiado, mas de algo mais próximo da pergunta de Leibniz: "Porque é que há ser e não o nada?". Já Kant, esse sim, cristão pietista, se insere no tipo de perspectiva que refere no post. Aliás, as esquematizações kantianas têm sido frequentemente aproveitadas noutros planos - veja-se o caso flagrante de Piaget. E eu considero Kant e a perspectiva que dele transpirou para as ciências profundamente obscurantista. Porquê? Bem, tentarei explicar o melhor que consiga, através de comentários que vá fazendo, a propósito de alguns dos posts que o Ludwig publique ou dos comentários de outros.
Até lá.
De acordo com o argumento de Richard Dawkins, se o Universo e a vida são altamente improváveis, por serem complexos, Deus só pode ser ainda mais improvável, por ser ainda mais complexo.
ResponderEliminarBem, não li ainda "God Delusion", mas claro que esse tipo de afirmação não faz qualquer sentido.
O Perspectiva já explicou correctamente tudo a esse respeito, pois de facto se falamos de algo hipoteticamente eterno ou pre-existente, um tal Ser é necessariamente imaterial.
Só por si, isso torna-o extraordinariamente simples, muitíssimo mais simples e uniforme do que a mais ínfima partícula que compõe este universo.
De facto, nas filosofias do Oriente, que precederam o pensamento filosófico do Ocidente, Deus é chamado de o grande vazio ou ainda a vibração primordial. Ou seja, a sua imaterialidade é um facto assumido e isso equivale a considerá-lo tudo o que de mais simples e homogéneo existe.
Deste modo, pode estar presente em tudo sem alterar nada, apenas animando toda a matéria e energia, como a inteligência imanente no Cosmos e na Natureza.
Facílimo de perceber...
Rui leprechaun
(...por quem o quer entender! :))
Eu sou a favor de cobrar bilhetes para a caixa de comentários do KTreta :)
ResponderEliminar