Pensamento Crítico.
Alguns leitores devotos manifestaram-se preocupados por eu leccionar uma disciplina de pensamento crítico. Talvez por esquecer que dou aulas a adultos, ou talvez por reconhecerem a fragilidade das suas crenças, temem que o meu ateísmo desencaminhe os alunos. Provavelmente este post não os deixará descansados, mas não me importa. É só um pretexto para escrever sobre algo que me interessa.
Quando defendemos uma opinião, formamos uma crença ou tomamos uma decisão temos a tendência de agarrar a primeira que aparece e só depois, se sentirmos necessidade, racionalizar a escolha. Não é maldade nem incompetência. É porque, durante milhões de anos, as decisões mais importantes dos nossos antepassados foram tomadas com urgência e informação escassa. Os que ponderaram cuidadosamente se o restolhar era mesmo um leão e os que exigiram evidências objectivas antes de pensar mal dos estranhos que se aproximavam não chegaram a antepassados de ninguém. Durante muito tempo, o óptimo não foi só inimigo do bom mas também fez mal à saúde.
Hoje é diferente. As decisões importantes tendem ser a longo prazo e permitir ponderação. A informação é abundante, se a conseguirmos separar do ruído. Temos mais controlo sobre o que nos rodeia, mais responsabilidades e somos mais dependentes de uma compreensão rigorosa da realidade. Hoje precisamos de pensamento crítico. Deixar os nossos processos mentais a correr sozinhos enquanto esperamos o resultado já não serve como serviu antigamente. Hoje é preciso tomar conta de como pensamos e de como escolhemos actos, valores e crenças. E isto é como andar de patins. Qualquer um consegue, mas tem de aprender.
Avaliar argumentos é um bom treino. É útil por si e também porque um argumento é a expressão de um raciocínio. A capacidade de identificar conclusões e avaliar as inferências desde as premissas não só serve para fazer juízos acerca do que nos vendem mas, principalmente, acerca de como nós próprios pensamos. Por isso o pensamento crítico não ensina a provar que Sócrates é pai de um cão ou a fingir sinceridade como um bom pregador. Não é essa a argumentação que interessa. Ensina a dissecar o raciocínio, e a expor as suas peças e como encaixam, para que se possa julgar o seu mérito.
Eu desvio-me um pouco do programa típico de pensamento crítico, mais focado na argumentação, e dedico também algumas aulas à análise de modelos científicos. Não só porque lecciono a disciplina a futuros engenheiros mas também porque esta matéria mostra a vantagem do rigor conceptual e de distinguir claramente os modelos e a realidade que queremos compreender. A análise informal de modelos estatísticos e causais ajuda também a lidar com margens de erro, incertezas e a diferença entre causas e correlações, aspectos importantes de muitos problemas que enfrentamos.
Mas o principal é sempre a forma de pensar. Não é o conteúdo dos pensamentos. As hipóteses ou decisões em si não importam nestas aulas, onde se aborda temas que vão da astrologia às sondas em Marte e das aparições em Fátima ao direito à greve nas forças de segurança. O propósito destes temas é dar problemas abertos para os alunos explorarem sem se preocupar com a resposta certa. Isto é importante para podermos focar o processo de raciocínio. É mais difícil do que pode parecer à primeira vista, em parte pela nossa tendência de formarmos uma opinião antes de pensarmos porquê essa em vez de outra qualquer. E, em parte, pela dificuldade que temos em nos distanciar das ideias que analisamos.
Com duzentos alunos há sempre temas que incomodam alguém. Seja a astrologia, o criacionismo, os OVNI, os milagres, o futebol, a religião ou as medicinas alternativas. Não se pode evitar. Por um lado porque seria anti-pedagógico excluir qualquer tema por ser desconfortável quando a ideia principal é que o pensamento crítico nos serve porque pensamos, sempre que pensamos, e acerca do que for. Por outro lado porque este desconforto é em si resultado de uma falha que o pensamento crítico tenta corrigir.
Muitos me têm criticado, aqui e noutros sítios, de ser intolerante ou intransigente só porque tento ser claro no que digo. A prática comum para parecer aberto às ideias dos outros é envolver as suas em termos tão vagos e ambíguos que nem o próprio percebe o que diz. Ser frontal, julgam muitos, é ser fundamentalista. Mas são coisas diferentes. É mais vulgar a violência por ideias mal compreendidas do que por conceitos claros e objectivos. E a melhor forma de apresentar uma ideia à critica alheia é expondo-a com clareza. Por isso é importante sermos capazes de lidar com ideias claras, tanto as que nos são queridas como as que nos repugnam. E essa capacidade também se desenvolve com a prática.
Esta é uma época de esclarecimento. Não no sentido romântico do século XVIII mas no sentido prático de sermos uma sociedade de informação. Pela primeira vez na história, o cidadão comum tem acesso a mais informação do que pode processar. Temos de aprender a lidar com isso. Aprender a pensar correctamente. Não é preciso saber navegar para molhar os pés à beira-mar, mas no meio do oceano ou nos deixamos de tretas ou estamos perdidos.
Bom post.
ResponderEliminarSó uma adenda.
«E, em parte, pela dificuldade que temos em nos distanciar das ideias que analisamos.»Ou
E, em parte, por não nos queremos distanciar das ideias que analisamos.
Embora estivesse mais ou menos implícito.
Por falar em pensamento crítico...
ResponderEliminarDAWKINS REITERA QUE O ADN TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA!
Desculpa lá perspectiva, não te queria tirar protagonismo, mas não resisti.
Para mim , o pensamento crítico / científico é a mais importante "descoberta" da humanidade.
ResponderEliminarDeveria ser ensinado de início na escola, de forma a ser normal raciocinar de forma estruturada, metódica, etc.
E não vejo nenhuma incompatibilidade insanável entre pensamento racional e religiosidade.
O que acho é que as religiões específicas tendem a ficar em maus lençóis porque se aplicadas a elas o rigor do mundo natural não resistem muito ao disparate que dizem e apregoam.
Grande parte da europa acredita em deus às segundas, acha divertido wicca e feitiçaria às terças, quartas e quintas é oriental e animista, voltando a baco às sextas. Sábado acha piada à gnose , ficando-se pelo centro comercial ao Domingo.
Já não há católicos como dantes, felizmente.
Caro Perspectiva,
ResponderEliminarVi hoje num jornal, não sei qual era (ocupava a primeira página - com a foto de uma foca dentro de água), que tinha sido descoberto que a foca provava a passagem dos animais da terra para a água (posso está a colocara aqui imprecisões), nada encontrei na Internet, por acaso não tem nada sobre o assunto? :)
Ludwig,
ResponderEliminarOuvi algumas aulas tuas e achei-as bastante interessantes e sobretudo neutras. Lembro-me de frisares que não estavas cá para avaliar nenhuma crença pessoal mas sim o modo como se apresentam raciocínios.
A parte mais gira que vi e ouvi foi sobre os dilemas, do comboio e do pessoal que se atira para a linha, etc. Já os tinha ouvido, mas não me tinha dado conta que eram tantos exemplos.
No entanto, aquilo que me ocorreu é que se eu fosse um teu aluno, teria feito uma pergunta ou uma sugestão sobre esses casos.
Quando num exemplo tens um comboio que vai atropelar 5 escuteiros e estamos numa ponte em cima da linha, com a companhia de um gordalhaço cujo peso pode travar o comboio antes de matar os escuteiros, se assim o empurrarmos (e matarmos), colocas em questão o ponto de vista utilitarista, porque embora uma vida seja menos que cinco, é evidente que é uma má decisão moral.
Ora eu proponho que não é uma má decisão por ser utilitarista. Aquilo que se passa é que nós somos máquinas pensantes, e temos de raciocinar em poucos segundos o que fazemos ou não. E, este é que é o ponto central Ludwig, podemos falhar redondamente o nosso cálculo pessoal do acontecimento, tanto nas premissas como nas conclusões.
1. Podemos falhar nas premissas no sentido que a proposição que os escuteiros vão morrer pode estar errada (podemos estar certos disso, mas também sabemos que podemos estar enganados momentaneamente);
2. Podemos sobretudo falhar nas consequências, a chamada lei das consequências inesperadas. O Gordo pode tentar não cair e em vez de cair na linha cai ao lado e morrem 6 em vez de 5, o gordo pode não conseguir travar o combóio e morrem 6 em vez de 5, etc., etc.
Isto não é nenhum "deus ex machina". Isto é algo que acontece na nossa avaliação do que é certo e errado fazer, uma espécie de margem de erro, e em situações como estas ela provavelmente é demasiado alta, ultrapassando qualquer mérito utilitarista.
Não sei, foi algo que surgiu na minha cabeça.
Barba,
ResponderEliminarEsse tipo de sugestão que tu fazes há muitos alunos que fazem. O que tenho de explicar muitas vezes é que não estamos a analisar o mecanismo psicológico pelo qual decidimos a acção melhor mas sim o fundamento das normas morais que invocamos.
E, para isso, apelar para a possibilidade do homem cair fora da linha é fugir ao assunto porque é mudar o cenário do ponto de vista moral.
Mas o objectivo deste exercício é mostrar o perigo do "ah, claro, isso é porque..." seguido de algo que não analisámos de forma crítica. O que acontece é que no primeiro cenário quase todos dizem que se vira o combóio porque cinco vidas valem mais que uma, depois no segundo já vêm que não é bem assim mas dizem que é porque temos de empurrar o homem, e assim por diante. Cada slide mostra que a razão invocada para justificar o acto anterior não é a correcta.
O moral da história é que temos de ter cuidado quando a explicação parece tão simples que nem nos incomodamos a testá-la...
Aí é que compensa ser crente. Cagas no gordo e no comboio e nos ecuteiros, e quando te perguntarem porque é que não fizeste nada podes responder de boa consciência que deixaste os seus destinos nas mãos de deus.
ResponderEliminarPela primeira vez na história, o cidadão comum tem acesso a mais informação do que pode processar.
ResponderEliminarIsso é bom para o cidadão comum, mas péssimo para ideologias que avançam no seio da ignorância generalizada.
Oséias 4:6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.
Apesar dos sucessivos convites camuflados, ainda não tive tempo (direi melhor, disposição) para seguir os links que o LK faculta.
ResponderEliminarAliás, se o LK grava as aulas e coloca na Internet, ficam-me até duvidas da legalidade do acto em si. Ou eu estou a ver mal a coisa, ou as aulas não são públicas, e fica-me uma grande dúvida sobre a reserva de propriedade do estado – mas isso é uma questão muito complexa!
Sem esmiuçar o post do LK, vejo que começa mal:
“Quando defendemos uma opinião, formamos uma crença ou tomamos uma decisão temos a tendência de agarrar a primeira que aparece e só depois, se sentirmos necessidade, racionalizar a escolha.”Esta ideia enferma de uma grande falta de rigor. Na verdade, tudo o que é novo cria resistência. A primeira opinião sobre algo tende para a rejeição. Só depois de uma análise racional (a que o LK chama pensamento critico), é que se consolida a opinião.
O pensamento humano segue um mecanismo de defesa comparável àquele que advém da reacção animal instintiva. A primeira reacção do anima é de receio pelo desconhecido, defesa ou fuga, seguida de avaliação, e só depois, aceitação ou rejeição.
Se o pensamento racional se ficasse pelo que o LK aqui tenta vender, o homem não passava de um animal amestrado.
A análise racional de tudo que o rodeia, não é nada que o Homem não faça no seu dia a dia, desde de a mais tenra idade.
Todos estamos habituados a ouvir: “vou pensar”; “reflectirei sobre o assunto…”; “analisando os prós e os contras…”; etc.
A atitude critica começa em rejeitar tudo o que não serve como hipótese racional – é ai, na “reciclagem” que o LK quer colocar o auge do raciocínio humano.
Já nos comentários, o LK continua a martelar no local certo, mas tem o prego com o bico ao contrário.
“O que tenho de explicar muitas vezes é que não estamos a analisar o mecanismo psicológico pelo qual decidimos a acção melhor mas sim o fundamento das normas morais que invocamos.”É que todo o raciocínio tem subjacente um mecanismo psicológico complexo.
Ora, um dos problemas básicos do LK é a compreensão o mecanismo do raciocínio utilitário e operacional.
Por isso mesmo induz em erro algum comentador ao ponto de afirmarem “o pensamento crítico / científico é a mais importante "descoberta" da humanidade.” – um erro primário, cujas meias palavras do LK, pelo que se vê, têm o dom de induzir.
Outro grande problema reside num pressuposto errado de que a informação é tratada em bruto:
”o cidadão comum tem acesso a mais informação do que pode processar”.
Todos nós temos um “ecoponto” apto e disponível para receber aquilo que, à partida, não interessa (a treta!)
Como já me alonguei, terminarei por aqui. Mas não sem que antes constate o seguinte:
Naquilo que li, o LK acaba de dar razão às religiões: se algo foi cimentado na sociedade depois dos mais enviesados raciocínios, após das mais ousadas questões e resistindo incólume a um acervo de interrogações com amplitude de 360 graus, foi o cristianismo, em particular o catolicismo.
Nunca resistiria tanto, e com tanta vida, não fosse o tal “pensamento critico” cair falido de argumentos, ante a convergência de factos cuja racionalidade de muitos intelectuais católicos ofereceu, de mão cheia, para calar os ignorantes.
Nenhuma das questões que aqui se coloca, nenhuma das afirmações que aqui se faz, não foi feita e avaliada durante séculos a fio… por isso, não se julguem os primeiros… que a bicha vai longa!
Ora, se depois de testar todas as hipóteses a religião soma e segue… o que posso chamar aqueles que dizem o contrário?
Zeca,
ResponderEliminar«Aliás, se o LK grava as aulas e coloca na Internet, ficam-me até duvidas da legalidade do acto em si. Ou eu estou a ver mal a coisa, ou as aulas não são públicas, e fica-me uma grande dúvida sobre a reserva de propriedade do estado – mas isso é uma questão muito complexa!»
Não é assim tão complexa quanto isso. O contribuinte paga o meu ordenado, eu preparo e dou as aulas. Acha que é a SPA e a FEVIP que vão decidir se posso ou não disponibilizar o meu trabalho a quem mo pagou?
Bem, o melhor é não lhes dar ideias...
Foda-se com o pensamento critico, o ser-humano so sabe criticar tudo e todos, mais continuem to curtindo o bate-boca aí entre ZP e Lk....hehehe
ResponderEliminar"Talvez por esquecer que dou aulas a adultos, ou talvez por reconhecerem a fragilidade das suas crenças, temem que o meu ateísmo desencaminhe os alunos."
ResponderEliminarNão temo que o seu ateísmo desencaminhe os alunos. Por mim pode falar das suas convicções religiosas ou anti-religiosas à vontade. Até acho estimulante. Do que me queixo é que o tempo dos alunos, do ensino público para o qual todos contribuimos, possa ser obrigatoriamente ocupado com a divulgação dessas opções ou com conversas de treta. Vale a pena perguntar se não haverá outras prioridades. O futuro desempenho profissional dos seus alunos comparado com o de outros cursos poderá ajudar a dar a resposta.
O Nuno Gaspar conceptualiza 'educação' de uma forma quase tão empobrecida quanto a do próprio ministério da dita.
ResponderEliminarHã?!
ResponderEliminar“We do not need to be rational and scientific when it comes to the details of our daily life – only in those that can harm us and threaten our survival. Modern life seems to invite us to do the exact opposite; become extremely realistic and intellectual when it comes to such matters as religion and personal behaviour, yet as irrational as possible when it comes to matters ruled by randomness (say, portfolio or real estate investments). I have encountered colleagues, “rational”, no-nonsense people, who do not understand why I cherish the poetry of Baudelaire and Saint-John Perse or obscure (and often impenetrable) writers like Elias Canetti, J.L. Borges, or Walter Benjamin. Yet they get sucked into listening to the “analysis” of a television “guru”, or into buying the stock of a company they know absolutely nothing about, based on tips by neighbours who drive expensive cars. The Vienna Circle, in their dumping on Hegel-style verbiage-based philosophy, explained that, from a scientific standpoint, it was plain garbage, and, from an artistic point of view, it was inferior to music. I have to say that I find Baudelaire far more pleasant to frequent than CNN newscasters or listening to George Will.
ResponderEliminarThere is a Yiddish saying: “If I am going to be forced to eat pork, it better be the best kind”. If I am going to be fooled by randomness, it better be of the beautiful (and harmless kind).”
N. N. Taleb in Fooled by Randomness
"Isso é bom para o cidadão comum, mas péssimo para ideologias que avançam no seio da ignorância generalizada."
ResponderEliminarÉ de um cinismo atroz isto vindo de si. Quais serão as organizações deste mundo que mais professam a ignorância e que exaltam mistérios?
Além disso, é típico seu fazer citações incompletas ou completamente fora do sentido do que se fala. Ou não falará o texto do conhecimento de Deus?
Oseias 4:1 "Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. "
Oseias 4:6 "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. "
O que vale é que ele é um Deus disso do amor. E que nós morremos porque um suposto antepassado decidiu conhecer o bem e o mal. Mas claro, isto não se interpreta assim porque assado e cozido.
Não é graças a Deus que temos as ferramentas para refutar e expor as suas desonestidades.
Amigo Unreal,
ResponderEliminar"Isso é bom para o cidadão comum, mas péssimo para ideologias que avançam no seio da ignorância generalizada."
É de um cinismo atroz isto vindo de si. Quais serão as organizações deste mundo que mais professam a ignorância e que exaltam mistérios?
Depende do que entendes por "mistérios". É um mistério a suposta forma como um dinossauro evolui para um pássaro. Ninguém sabe como é que isso aconteceu, nem nunca tal foi visto. No entanto, há pessoas que perdem empregos por criticarem a crença que afirma que tal evento mitológico é factual.
Repito, depende do que o amigo entende por "mistério".
Além disso, é típico seu fazer citações incompletas ou completamente fora do sentido do que se fala.
É típico os evolucionistas afirmarem que os críticos da teoria da evolução só sabem citar fora do contexto. PArece que os evolucionistas sofrem do problema de serem sempre citados fora do contexto.
Ou não falará o texto do conhecimento de Deus?
Oseias 4:1 "Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. "
Oseias 4:6 "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. "
De que forma é que o resto da citação refuta o que eu disse? A falta de conhecimento de Deus leva a falta de conhecimento em outras áreas, especialmente nas nossas origens. A teoria da evolução avança nesta ignorância generalizada, afirmando-se como a "verdade científica".
Mats,
ResponderEliminar«É um mistério a suposta forma como um dinossauro evolui para um pássaro.»
Estás mesmo convencido que os biólogos proõem que um dinossauro que evoluiu para um pássaro, ou sabes que a teoria da evolução se refere a populações e não a organismos individuais e estás a representá-la de forma incorrecta de propósito?
É importante perceber isto porque as falhas que cometes por ignorância podemos ter esperança de esclarecer, mas as que cometas por desonestidade não adianta tentar...
LUDWIG FALA, OS CRIACIONISTAS RESPONDEM. LEIAM COM ATENÇÃO!
ResponderEliminar“Alguns leitores devotos manifestaram-se preocupados por eu leccionar uma disciplina de pensamento crítico.”
Realmente, um autodenominado “macaco tagarela” a ensinar pensamento crítico é estranho.
O próprio Charles Darwin acharia isso estranho, pois pergunta se podemos confiar nas convicções de um macaco, se é que ele tem algumas.
“Talvez por esquecer que dou aulas a adultos, ou talvez por reconhecerem a fragilidade das suas crenças, temem que o meu ateísmo desencaminhe os alunos.”
Esperamos que eles sejam mais inteligentes do que o professor.
“Provavelmente este post não os deixará descansados, mas não me importa.”
O seu ateísmo é intelectualmente inofensivo e infantil.
A fragilidade dos argumentos em que se apoia é clara. Não apresenta qualquer problema.
“É só um pretexto para escrever sobre algo que me interessa.”
Vejamos o que aí vem.
“Quando defendemos uma opinião, formamos uma crença ou tomamos uma decisão temos a tendência de agarrar a primeira que aparece e só depois, se sentirmos necessidade, racionalizar a escolha.”
Deste modo podemos compreender melhor o ateísmo do Ludwig.
“Não é maldade nem incompetência.”
No seu caso, são as convicções de um autodenominado macaco tagarela.
“É porque, durante milhões de anos, as decisões mais importantes dos nossos antepassados foram tomadas com urgência e informação escassa.”
Ninguém observou esses supostos milhões de anos.
Deles não existem quaisquer registos históricos, pelo que podemos concluir que esses supostos milhões são parte integrante da crença naturalista e ateísta.
Não se conhecem esses supostos antepassados, nem deles existem quaisquer vestígios.
O que temos é vestígios do sepultamento abrupto de seres vivos, plenamente funcionais e diferenciados, através de um cataclismo global. Desse cataclismo existem relatos em mais de 200 culturas antigas.
Ou seja, o Ludwig fala de antepassados que só existem na sua imaginação.
“Os que ponderaram cuidadosamente se o restolhar era mesmo um leão e os que exigiram evidências objectivas antes de pensar mal dos estranhos que se aproximavam não chegaram a antepassados de ninguém.”
Continua a falar no ar.
Parte do princípio de que existiu evolução, mas dá como demonstrado o que é necessário demonstrar.
Não apresenta quaisquer evidências. É pura especulação.
“Durante muito tempo, o óptimo não foi só inimigo do bom mas também fez mal à saúde.”
Não sabemos de que tempo está a falar. Os registos históricos mais antigos de que dispõem têm cerca de 4500 anos.
A menos que o Ludwig tenha registos de como os nossos antepassados de há milhões de anos tomavam as suas decisões. Não é o caso.
“Hoje é diferente. As decisões importantes tendem ser a longo prazo e permitir ponderação.”
Por isso o mundo está como está.
A crise financeira económica internacional revela muita “ponderação”.
O mesmo se diga da crise ambiental, do tráfico de armas, drogas, pessoas, órgãos, etc.
“A informação é abundante, se a conseguirmos separar do ruído.”
O Ludwig não tem competência para isso.
Não percebe que as mutações são ruído que degrada a quantidade e a qualidade de informação genética pré-existente.
“Temos mais controlo sobre o que nos rodeia, mais responsabilidades e somos mais dependentes de uma compreensão rigorosa da realidade.”
A crise aí está para demonstrar a “verdade” do Ludwig quando fala em modo de macaco tagarela.
“Hoje precisamos de pensamento crítico. Deixar os nossos processos mentais a correr sozinhos enquanto esperamos o resultado já não serve como serviu antigamente.”
Continua a falar no ar. Quando fala em antigamente, limita-se a especular.
Não é preocupante que seja um professor de pensamento crítico?
A sua metodologia deve consistir em dizer o máximo de disparates para tentar espevitar o pensamento crítico dos alunos.
“Hoje é preciso tomar conta de como pensamos e de como escolhemos actos, valores e crenças.”
Muito bem.
Existe mais evidência histórica de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos do que de que a vida surgiu por acaso, de que existiu um antepassado comum ou de que espécies menos complexas se podem transformar noutras diferentes e mais complexas.
O primeiro facto foi historicamente testemunhado.
Os outros foram apenas imaginados.
“E isto é como andar de patins. Qualquer um consegue, mas tem de aprender.”
Frase profunda. Com ela Ludwig Krippahl vai ameaçar o Tractatus Logico-Philosophicus do outro Ludwig, o Wittgenstein.
“Avaliar argumentos é um bom treino.”
Os criacionistas concordam, e não fazem outra coisa se não avaliar os argumentos do Ludwig Krippahl, da Palmira Silva, do Paulo Gama Mota e do Carlos Fiolhais.
Argumentos muito fracos e facilmente rebatíveis, por sinal.
“É útil por si e também porque um argumento é a expressão de um raciocínio.”
No caso do Ludwig, as premissas estão erradas e o raciocínio conduz a conclusões erradas.
“A capacidade de identificar conclusões e avaliar as inferências desde as premissas não só serve para fazer juízos acerca do que nos vendem mas, principalmente, acerca de como nós próprios pensamos.”
O problema do Ludwig são as premissas. Estão erradas.
Baseiam-se em observações finitas e limitadas de pessoas finitas e limitadas.
“Por isso o pensamento crítico não ensina a provar que Sócrates é pai de um cão ou a fingir sinceridade como um bom pregador.”
De que Sócrates é que está a falar?
“Não é essa a argumentação que interessa. Ensina a dissecar o raciocínio, e a expor as suas peças e como encaixam, para que se possa julgar o seu mérito.”
O mérito dos argumentos do Ludwig está à vista: “ a evolução de uma espécie menos complexa para outra mais complexa é verdadeira, porque gaivotas dão gaivotas e moscas dão moscas”.
Que lógica impressionante!!
“Eu desvio-me um pouco do programa típico de pensamento crítico, mais focado na argumentação, e dedico também algumas aulas à análise de modelos científicos.”
Faço ideia!!
“Não só porque lecciono a disciplina a futuros engenheiros mas também porque esta matéria mostra a vantagem do rigor conceptual e de distinguir claramente os modelos e a realidade que queremos compreender.”
O rigor conceptual é fundamental quando se prepara designers inteligentes.
“A análise informal de modelos estatísticos e causais ajuda também a lidar com margens de erro, incertezas e a diferença entre causas e correlações, aspectos importantes de muitos problemas que enfrentamos.”
Problemas esses que envolvem design inteligente e que não se resolvem por processos aleatórios.
“Mas o principal é sempre a forma de pensar. Não é o conteúdo dos pensamentos.”
O conteúdo também é importante.
Ele pode ter implicações de vida ou de morte. Mesmo na engenharia isso acontece muitas vezes.
“As hipóteses ou decisões em si não importam nestas aulas, onde se aborda temas que vão da astrologia às sondas em Marte e das aparições em Fátima ao direito à greve nas forças de segurança.”
Seria interessante abordar o tema de como lançar berlindes para o chão pode criar informação codificada. Que tal?
“O propósito destes temas é dar problemas abertos para os alunos explorarem sem se preocupar com a resposta certa.”
Apesar de tudo, eu não negligenciaria a resposta certa.
“Isto é importante para podermos focar o processo de raciocínio.”
Todos os raciocínios assentam em premissas.
Onde e como vamos buscar essas premissas?
Que premissas estão na base dos nossos raciocínios? Estas questões interessam.
“É mais difícil do que pode parecer à primeira vista, em parte pela nossa tendência de formarmos uma opinião antes de pensarmos porquê essa em vez de outra qualquer. “
Assim se explica porque é que alguém pode dizer que o facto de gaivotas darem gaivotas prova a origem acidental da vida e a transformação de uma espécie menos complexa noutra diferente e mais complexa.
“E, em parte, pela dificuldade que temos em nos distanciar das ideias que analisamos.”
Só assim é que se compreende que alguém se intitule macaco tagarela, apesar de o próprio Charles Darwin dizer que não faria sentido confiar nas convicções de um macaco.
“Com duzentos alunos há sempre temas que incomodam alguém.”
Numa sociedade pluralista, mesmo o discurso incómodo é digno de protecção.
Na verdade, o discurso deve ser protegido especialmente quando é incómodo.
“Seja a astrologia”
Condenada pela Bíblia.
“o criacionismo”
Afirmado pela Bíblia e totalmente corroborado pelas observações científicas.
“…os OVNI”
O ateu Carl Sagan é que estabeleceu o SETI para procurar inteligência extra-terrestre.
Francis Crick também especulou sobre a origem extra-terrestre da vida.
Pelos vistos, nem Dawkins descarta hoje essa hipótese.
“os milagres”
Os que a Bíblia relata são obviamente verdadeiros, na medida em que foram realizados pelo Criador das leis naturais, que está acima delas, como não podia deixar de ser.
“…o futebol”
É um tema interessante, mas a corrupção da natureza humana também aí se manifesta intensamente.
“…a religião”
O ateísmo é a religião que acredita (sem provas) que o Universo se consegue explicar a ele próprio.
“…ou as medicinas alternativas.”
Vale a pena discutir o tema, juntamente com a luta entre genéricos e medicamentos de refência.
“Não se pode evitar.”
Pois não.
“Por um lado porque seria anti-pedagógico excluir qualquer tema por ser desconfortável quando a ideia principal é que o pensamento crítico nos serve porque pensamos, sempre que pensamos, e acerca do que for.”
O pensamento é uma grandeza imaterial que exprime o facto de termos sido criados à imagem de um Deus imaterial.
Somos racionais porque fomos criados à imagem e semelhança de Deus.
“Por outro lado porque este desconforto é em si resultado de uma falha que o pensamento crítico tenta corrigir.”
O pensamento crítico é uma criação de Deus que só conhece toda a sua força quanto tem como ponto de apoio crítico a Palavra de Deus.
Se não tiver, ele limita-se a criticar ideias humanas falíveis com base noutras ideias humanas falíveis.
“Muitos me têm criticado, aqui e noutros sítios, de ser intolerante ou intransigente só porque tento ser claro no que digo.”
A sua clareza de discurso tem revelado a estultícia do seu discurso.
“A prática comum para parecer aberto às ideias dos outros é envolver as suas em termos tão vagos e ambíguos que nem o próprio percebe o que diz.”
Compreendemos bem quando diz que “gaivotas dão gaivotas”.
Os criacionistas não podiam estar mais de acordo.
A Bíblia afirma que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie.
“Ser frontal, julgam muitos, é ser fundamentalista.”
Pode continuar a ser frontal à vontade.
Os criacionistas agradecem, respondem, registam e publicam tantas vezes quanto possível.
“Mas são coisas diferentes. É mais vulgar a violência por ideias mal compreendidas do que por conceitos claros e objectivos.”
A violência deve ser repudiada. A livre crítica não.
Os criacionistas gostam de criticar os argumentos do Ludwig e de publicar os resultados para todos lerem.
“E a melhor forma de apresentar uma ideia à critica alheia é expondo-a com clareza.”
È isso mesmo. Ludwig, Dawkins e Flew não podiam ser mais claros:
1) Um código tem sempre origem inteligente.
2) O DNA tem um código
3) Logo, a informação codificada no DNA só pode ter tido origem inteligente.
É perfeitamente claro.
“Por isso é importante sermos capazes de lidar com ideias claras, tanto as que nos são queridas como as que nos repugnam. E essa capacidade também se desenvolve com a prática.”
É por isso que os criacionistas concordam com os ateus quando eles pensam correctamente.
“Esta é uma época de esclarecimento.
Não no sentido romântico do século XVIII mas no sentido prático de sermos uma sociedade de informação.”
A informação tem sempre origem inteligente.
Isso nos mostra a sociedade da informação.
A sociedade da informação é possível porque no núcleo das células dos indivíduos se encontra informação codificada.
“Pela primeira vez na história, o cidadão comum tem acesso a mais informação do que pode processar.”
No DNA também existe mais informação codificada do que a capacidade de processamento de toda a comunidade científica junta.
“Temos de aprender a lidar com isso. Aprender a pensar correctamente. Não é preciso saber navegar para molhar os pés à beira-mar, mas no meio do oceano ou nos deixamos de tretas ou estamos perdidos.”
Os criacionistas concordam.
Deixemo-nos de tretas:
1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente.
Os criacionistas concordam.
2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com as unidades de informação ATGC (em rigor conhecem-se hoje seis nucleótidos) que codifica quantidades inabarcáveis de informação como um computador.
Os criacionistas concordam.
3) Por concordar com o Ludwig em
1) e Dawkins em 2), Anthony Flew, o decano do ateísmo filosófico, concluiu que o código do DNA só pode ter tido origem inteligente e deixou-se de tretas.
Os criacionistas concordam e aplaudem.
Caro Mário Miguel
ResponderEliminarPense bem. Como é que uma foca aqui e agora poderia provar que os animais da terra para a água?
O facto é que aqui e agora existem focas, com as suas características anatómicas e fisiológicas. E focas dão focas.
A passagem dos animais da terra para a água é pura especulação naturalista e evolucionista.
Não esqueça: a Bíblia afirma que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie.
O que vemos é isso e só isso.
Notas soltas:
ResponderEliminar"Não esqueça: a Bíblia afirma que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie. "
Ainda bem que diz senão andávamos todos confusos.
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"do ensino público para o qual todos contribuímos, possa ser obrigatoriamente ocupado com a divulgação dessas opções ou com conversas de treta."
--> o que não seria o caso de uma boa aula de religião e moral, eu ainda tive de levar com aquilo e simplesmente recuei a ir. Isso sim era treta. Pensamento crítico é o que falta a muita gente, que tem mais crítica que pensamento, o mal dos cafés LOLLL
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"Isso é bom para o cidadão comum, mas péssimo para ideologias que avançam no seio da ignorância generalizada."
Não sei se percebi...
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The last but not the ...
Perspectiva
não há nada a dizer, a auto flagelação é um prazer.
Não são as focas, socorro....
ResponderEliminarAlgum destes criacionistas se deu ao trabalho de perceber como uma população "supostamente" evolui ?
stio
Nuno Gaspar,
ResponderEliminar«Do que me queixo é que o tempo dos alunos, do ensino público para o qual todos contribuimos, possa ser obrigatoriamente ocupado com a divulgação dessas opções ou com conversas de treta. Vale a pena perguntar se não haverá outras prioridades. O futuro desempenho profissional dos seus alunos comparado com o de outros cursos poderá ajudar a dar a resposta.»
A sua preocupação parte de uma compreensão errada do ensino superior. Os objectivos deste diferem dos do ensino técnico profissional. É provável que nunca na vida profissional de um engenheiro informático lhe seja exigido demonstrar o teorema de Taylor ou calcular uma primitiva. No entanto, há muita coisa que se deve ensinar num curso superior para além do estritamente necessário para uma profissão.
Explicita nos objectivos está a mobilidade dos alunos, que devem estar preparados ao fim de cada ciclo do ensino superior para continuar os estudos, logo de seguida ou mais tarde, noutra instituição ou mesmo noutra àrea disciplinar. Por isso é importante dar alguma formação de base larga e não focar exclusivamente as capacidades de que julga necessárias ao sucesso numa dada profissão (que pode nem ser a que o aluno vai seguir...).
Mas mesmo no contexto deste mal-entendido a sua preocupação é infundada. As disciplinas de Pensamento Crítico e Expressão e Comunicação, no primeiro ciclo, e Comunicação Científica e Técnica no segundo cíclo, foram criadas em parte por recomendações de representantes de empresas que empregam muitos informáticos. Para um engenheiro informático importa não só perceber a tecnologia como também saber analisar opções objectivamente, elaborar relatórios estruturados e apresentar as suas ideias de forma coerente em reuniões de trabalho, conferências, etc. Capacidades, aliás, que beneficiariam muita gente mesmo fora do âmbito profissional...
Jónatas,
ResponderEliminar«LEIAM COM ATENÇÃO!»
Porquê?
Perspectiva,
ResponderEliminar«O que vemos é isso e só isso.»
Então o ver para crer vale?
Então o que eu vejo é que não há deuses. o que vejo é isso e só isso... Quererá o caro mudar a regras vezes sem conta durante o jogo? Tipo: agora vale «O que vemos é isso e só isso», agora não vale «O que vemos é isso e só isso», diga lá?
Ludwig,
ResponderEliminarAcabaste de fazer uma pergunta um bocado básica...
O perspectiva diz "LEIAM COM ATENÇÃO" na atentativa de pôr as pessoas a, pelo menos, olhara para a primeira linha do que escreve. É que já ninguém lhe liga nenhuma.
A técnica utilizada é de catálogo. Uma vez fiz algo similar: tentei vender uma máquina calculadora e utilizei a estratégia que na altura estava na moda. Escrevi assim:
SEXO!!!!
Tenho uma Casio 880P que pretendo vender, bla, bla, bla...
"Para um engenheiro informático importa não só perceber a tecnologia como também saber analisar opções objectivamente, elaborar relatórios estruturados e apresentar as suas ideias de forma coerente em reuniões de trabalho, conferências, etc. Capacidades, aliás, que beneficiariam muita gente mesmo fora do âmbito profissional..."
ResponderEliminarCom isso estou de acordo. Ainda não estou convencido é que as sua aulas se limitam a esse tipo de coisas.
CARO LUDI
ResponderEliminarpor falar em pensamento critico, aconselho-te a veres um filme alemão , a onda «das wellen» (será assim? a meu alemão é tão bom como o teu swailli)
um filme sobre um professor e uma turma às voltas com a ideia de autocracia\ditadura. muito instrutivo apesar da legendagem em brasilês
Gaspar,
ResponderEliminarAssumindo que há um processo racional na trajectória das suas reclamações, os seus comentários servem-se fundamentalmente da convicção de que:
1) a seriedade e reputação das pessoas se joga no pátio da igrejinha;
2) a igrejinha somos todos nós;
Não digo que haja nas suas palavras o falso testemunho (cruzes!), mas que a sua intenção parece ser uma merda lá isso parece.
Da minha parte insisto: a maior usurpação da crença individual é a religião. Bora lá reflectir um bocadinho, ou acha que é o pensamento crítico que lhe dobra os joelhos?
Mats,
ResponderEliminar«É um mistério a suposta forma como um dinossauro evolui para um pássaro. Ninguém sabe como é que isso aconteceu, nem nunca tal foi visto»Como é que queres ver? Queres olhar para um fóssil e estar lá um botão "Play" e ao premi-lo ver um Tiranossauro Rex a se transformar num pardal? É isso? Que critérios teriam que ser preenchidos para tu poderes aceitar que houve essa passagem? Estou curioso.
Lembro-me das réguas e cromos na minha juventude em que se mudava o ângulo relativamente à nossa vista, e víamos as respectivas imagens mudar, tipo animação. Será isso que esperas de um calhau com um Dinossauro lá espetado?
Gostava de saber o que seria necessário para ti.
Se vieres com desconversas tipo "ganhar o Euromilhões etc...", esquece lá isso...
A todos:
ResponderEliminarDesculpem o offtopic.
Mats:
Acreditas que as mutações não podem criar "nova informação", certo?
Mas acreditas que uma mutação pode criar novas estruturas e/ou funções no organismo?
Também gostava de conhecer a resposta do Sabino a esta questão.
Era bom que lessem algo sobre teoria de informação primeiro.
ResponderEliminarhttp://en.wikipedia.org/wiki/Information_theory
mas isso será pedir demais..
DAWKINS REITERA QUE O ADN TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA!
será tudo o que por aí pode vir
Realismo críticoD. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa diz assim hoje no CM: "Uma cultura marcada pela liberdade individual, pelo naturalismo e pelo comodismo da sociedade de consumo, é o maior obstáculo à missão da Igreja."
ResponderEliminarRais parta à liberdade individual!
“Aprender a pensar correctamente. Não é preciso saber navegar para molhar os pés à beira-mar, mas no meio do oceano ou nos deixamos de tretas ou estamos perdidos.”Interessantíssimo.
ResponderEliminarO que é pensar correctamente?
Quem pode arrogar-se na posição e com o direito de afirmar que está ajudar as pessoas correctamente?
Tentar ensinar alguém a pensar é, antes de mais, condicionar o seu raciocínio, direccionando-o para uma forma de análise ou retirar-lhe liberdade (o livre arbítrio) incondicional de pensar sobre o assunto.
E, que ninguém se iluda, o substrato cultural mantém-se em estado de vigília permanente, aprovando ou rejeitando as diferentes hipóteses/explicações.
As pessoas não podem ser programadas com um conjunto de algoritmos que são testados num loop sequencial e condicional.
O pensamento humano não é uma sequência de instruções de teste (if… then… else, e afins). O cérebro humano não é um microcontrolador a Atmel ou da microchip. A validade do pensamento humano é inerente à racionalidade e não está aprisionada num espaço bivalente.
No Mar alto, para “se safar”, necessita de duas coisas: propulsão (força) e orientação (um rumo).
Por isso se torna interessante esta afirmação.
Para que alguém se debruce sobre um assunto, é necessário que ele gere o interesse suficiente para ser analisado. Depois é necessário saber sob que aspecto analisa o assunto e com que objectivos.
As vezes têm a ideia de que o LK não mede o que diz: esta afirmação é algo que os seminários ensinavam, há bastantes anos – “a força da verdade para a atingir a perfeição; ou o “caminho de Deus rumo à vida eterna”.
Pelo que me contam, no tal “pensamento crítico” vale tudo, desde que se seja absurdamente diferente. Tudo o que saia fora do padrão cultural e da normalidade instituída… é pensamento racional. Porra!!!!
“Para um engenheiro informático importa não só perceber a tecnologia como também saber analisar opções objectivamente, elaborar relatórios estruturados e apresentar as suas ideias de forma coerente em reuniões de trabalho, conferências, etc.”Agora, e tomando por bitola o engenheiro Zé Pinto de Sousa (engenheiro não se é… como disse Jardim), e as correlações enviesadas entre o engenharia informática e o mundo a filosofia (aqui defendidas), começo a perceber porque razão estamos tão mal governados, tão mal representados e tão mal servidos de “decisores” com capacidade de resolver problemas – é que eles passam a vida a formular problemas, em vez de procurar uma solução viável, operacional e de consenso…
“a maior usurpação da crença individual é a religião.”
Usurpar significa possuir ilegitimamente; extorquir, furtar, apoderar-se de uma coisa que pertence a outro ou de que ele frui legalmente…
Ora, não creio que a crença de uma pessoa fique diminuída ou prejudicada em razão da religião. Pelo contrário, a religião é a expressão prática da capacidade humana usar a sua compreensão e a sua crença.
Não há pessoas em “crença” . Uns crêem em Deus, outros na ciência, outros no futebol, outros na Madona, outros no Mickey… etc.
Apenas os primeiros crêem em algo que não é construído pelo Homem. Os restantes têm a visão ajustada apenas à dimensão finita, temporária e falível da realidade humana.
Ogora vou-me divertir com uma treta tipo carnaval: o 25 de Abril.
25 de Abril sempre, mas apenas se for friado (caso contrário não interessa!).
"Uns crêem em Deus, outros na ciência, outros no futebol, outros na Madona, outros no Mickey… etc."
ResponderEliminarAs pessoas não acreditam na Madona, ela existe, se bem que gostasse de confirmar fisicamente a totalidade da sua integridade , tenho provas que ela existe, não acredito, posso gostar ou achar que é um modelo a seguir. As pessoas acreditam em deus porque ele não aparece como a Madona ( pena minha ) e por isso para não terem provas da sua existência e não se sentirem mal, acreditam.
Não confundir os conceitos, é fundamental para pensar de forma estruturada.
podemos preferir baralhar tudo, mas o resultado não é brilhante.
por isso talvez uma ida ás aulas de pensamento crítico operassem maravilhas.
Ou talvez não...
Hoje a minha dislexia está activa, peço desculpa pelos erros, é o que dá teclar depressa.
ResponderEliminarZeca,
ResponderEliminar«O que é pensar correctamente?
Quem pode arrogar-se na posição e com o direito de afirmar que está ajudar as pessoas correctamente?»
Um professor que não tenha pelo menos alguma confiança justificável da sua capacidade de ajudar outros a pensar tem a obrigação moral de mudar de profissão.
Mais no gozo do que outra coisa...
ResponderEliminar"Os ateus são mais inteligentes"
Ludwig,
ResponderEliminarA formatação aqui foi mudada? Um tipo por vezes coloca espaços e eles não são assumidos se forem dados com "Enter", som com "Tab".
Com isso estou de acordo. Ainda não estou convencido é que as sua aulas se limitam a esse tipo de coisas.Nuno, se estás com tanta curiosidade como a que apregoas sobre essa questão, pois pareces não ter outra motivação que não duvidar da idoneidade do Ludwig, vai ver as aulas que ele dá no site que ele tem, é tão básico como isso.
ResponderEliminarSe não tens curiosidade que chegue, deixa de acusar os outros com especulações que inventas. É falta de respeito, sobretudo com as provas mesmo à mão. É má fé.
Pelo que ouvi das aulas dele, ainda não ouvi sequer a palavra "religião", talvez uma única vez, muito de passagem e sem importância. O tempo é todo gasto em matéria bastante útil e concreta. Por isso testemunho-te já que as tuas preocupações não têm qualquer fundamento.
Mário,
ResponderEliminarNotei que mudar de linha depois de um tag html passou a ser ignorado. Tenho estado a pôr linebreaks usando o tag br depois de fechar os itálicos.
Mas de resto não notei isso dos tabs...
O que tenho de explicar muitas vezes é que não estamos a analisar o mecanismo psicológico pelo qual decidimos a acção melhor mas sim o fundamento das normas morais que invocamos. Não disse o contrário, Ludwig. Estou a dizer é que a margem de erro inevitável que falei é um factor que entra necessariamente na análise moral da questão.
ResponderEliminarIsto é, se alguém responder que é moral atirar a pessoa para debaixo do combóio, e o fizer de facto quando se vê perante situação igual, tenho-o como imoral, ou no mínimo como alguém perigoso, porque para além de todas as razões utilitaristas que fundamentaram a sua decisão, ignorou o parâmetro da margem de erro e agiu como se soubesse exactamente o resultado rigoroso da sua acção.
Concordo contigo na tua moral da história, mas fico a pensar se aquilo que temos por "moral" não é algo inerentemente intuitivo, senão mesmo sensitivo, como o gosto, o sabor, o cheiro.
Olá! Muito bom o Blog parabéns!
ResponderEliminarMario Miguel, aqui tem algo:
23/04/2009 - 08h00
"Elo perdido" explica evolução das focas
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RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Um fóssil achado no Canadá é um bicho tão original que merece ser descrito pelo mais velho e surrado clichê da evolução biológica: trata-se do "elo perdido" entre mamíferos aquáticos como focas e morsas e seus ancestrais terrestres.
Os mamíferos conhecidos como pinípedes têm nadadeiras que facilitam a natação, mas tornam sua movimentação em terra pouco eficiente. O fóssil de 23 milhões de anos batizado Puijila darwini tem membros robustos para andar, mas seus ossos indicam que haveria membranas entre os dedos semelhantes às de uma ave aquática, um tipo de "pé-de-pato".
Mark Klinger/CMNH
Concepção artística de como seria a locomoção da Puijila na água; animal tinha membros robustos e "um tipo de "pé-de-pato"
Antes dessa descoberta, o pinípede considerado o mais antigo era o Enaliarctos, achado na costa noroeste da América do Norte, e dotado de nadadeiras. O Puijila está descrito em estudo na edição de hoje da revista "Nature", liderado por Natalia Rybczynski, do Museu Canadense da Natureza.
O nome Puijila darwini homenageia o naturalista Charles Darwin, pai da teoria da evolução, que previu a existência de uma forma de transição entre esses animais. Puijila é a palavra para "pequeno mamífero marinho" na língua dos esquimós da região do achado.
Os primeiros vestígios do mamífero foram achados em 2007 num lago criado na cratera do impacto de um meteoro. Uma expedição em 2008 achou mais pedaços. Ao todo, 65% do esqueleto foi desvendado.
A região do Ártico é considerada a área de origem dos pinípedes. Há 23 milhões de anos o clima era ameno como o de uma região temperada. Vivendo primeiro em lagos de água doce, os animais foram se adaptando à vida aquática a ponto de passar a caçar no mar. O achado dá uma visão de como seriam os pinípedes antes de passarem a ter nadadeiras, segundo Rybczynski, que chefiou a expedição de campo.
O fóssil retém uma longa cauda e membros com proporções mais semelhantes às de carnívoros terrestres do que dos pinípedes atuais. Mas alguns ossos indicam que ele levava uma vida semiaquática.
A passagem da terra para o mar aconteceu diversas vezes entre os mamíferos, indicam as lontras, o peixe-boi-marinho, as baleias e os golfinhos.
"Essa transição é caracterizada por inovações associadas com muitos aspectos da vida, incluindo locomoção, alimentação e reprodução. O registro fóssil tem documentado os primeiros estágios de algumas dessas transformações, com mais sucesso no caso das baleias a partir de artiodáctilos terrestres", escreveram os autores. Artiodáctilos são mamíferos ungulados (com casco) e com número par de dedos nas patas, como o boi e o camelo.
Em 2007, o "elo perdido" das baleias foi identificado como um pequeno artiodáctilo fóssil, o Indohyus, achado na Índia. Mas só agora, com a descoberta do fóssil canadense, é que a primitiva evolução dos pinípedes passa a ser melhor conhecida.
O sítio paleontológico no Canadá tem ainda peixes, aves e outros fósseis, como coelhos, rinocerontes e os ancestrais das modernas girafas e veados.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u554965.shtml
Um comentário apenas : E agora Criacionistas?
Giovane Nunes.
off-topicPara o perspectiva.
ResponderEliminarCaro Giovane Nunes, obrigado por ter colocado aqui esse comentário.
ResponderEliminarPAC,
ResponderEliminarNão te parece um post complexo demais para o alvo em questão? :|