sábado, maio 03, 2008

Uma sexta na quinta dimensão.

Ontem andei a passear pelos comentários do Dragoscópio. Sítio estranho. Todas as portas vão dar ao mesmo quarto, ninguém sabe onde é para cima nem para baixo e há uma dúzia de pessoas iguais, a maioria assinando «zazie», todas a falar ao mesmo tempo. Mas tudo muito simpático e bem ensaiado. Os insultos saem com a fluidez de muito treino mas parecem frescos e feitos especialmente para o insultado. Dão a agradável sensação de um atendimento personalizado. E os ataques pessoais são mesmo pessoais. Salvo raras excepções, não atacam a profissão, as ideias, nem sequer o que se escreve. Ali é a pessoa que importa. O anfitrião até dedicou um post aos alemães por minha causa(1). É tocante.

E relaxante. Naquela caixa de comentários apercebi-me do stress que é escrever. Se a ideia é mesmo esta, se é clara, se estou a considerar as objecções do outro, que outras objecções pode suscitar e assim por diante. São preocupações que o hábito disfarça mas que estão sempre presentes. Excepto no Dragoscópio. Lá ninguém se importa com o que eu escrevo e acolhem tudo da mesma maneira. É um peso que sai dos ombros. Bem haja a todos.

Infelizmente, não pode ser todos os dias porque aquilo é viciante. Mas foi um bom descanso e já me deu ideias para uns posts. Vou continuar a visitar de vez em quando e até passar lá um bocado sempre que tiver saudades de preservativos na mioleira e outras especialidades da casa.

1- Dragão, 3-5-08, Bunker, sweet bunker.

99 comentários:

  1. Nao perca tempo com eles...

    ResponderEliminar
  2. Eles sao o mal absoluto. Sao ambos cobardes, mentirosos, vis e muito falsos. Nao va la dar perolas a porcos.

    ResponderEliminar
  3. A única forma de não ser insultado no covil é concordar com o Post do Alfa da casa ou então mostrar que leu Nietzsche. Mas mesmo assim, a qualquer altura, vindo não se sabe bem de onde, alguém começa a chamar idiota a outro e o darwinismo (ele adora os ismos) vai ser responsável pelo fim do mundo e depois salta um filho da pu&a para aqui um toino do carvalho para ali!
    Chega a editar e reescrever os comentários dos comentadores.

    É muito surreal e tem uma textura muito própria. De qualquer modo chateia rápido e o vicio passa já que os insultos são sempre os mesmos e como foi dito aquilo já sai automaticamente e o que parecia criatividade é afinal criação.

    ResponderEliminar
  4. Ludwig

    Desculpa pôr em causa o teu pensamento crítico, mas tenho que discordar de ti: aquilo como insulto é abaixo de fraquinho! Acho que o teu juízo ficou toldado por ter sido dirigido a ti. Eu, por exemplo, faria muito melhor e sem recorrer a palermices como a raça ou a nacionalidade. Mas cada qual é para o que nasce e a mais não é obrigado.

    E um bunker??? Os alemães são bons a fazer bunkers desde quando? Ainda se fosse máquinas e sotaques bestiais, mas bunkers? A tua sorte é que aqui à Abobrinha acabou de tirar um curso de sexologia (vinha o diploma de curso de oferta numa embalagem de leite fora de prazo). O que me habilita a dizer que essa fixação no bunker é muito sexual.

    Sexual, perguntas tu? Sim... estás a ver... buraco... é preciso um desenho?

    E a fixação nos alemães? Fácil: línguas! Se reparaste, também falou em vietnamitas e parece ter uma coisa por preconceitos rácicos. Ora o preconceito é de que os orientais têm pequenos... argumentos! Ora fracos "argumentos" e mau a línguas, falta uma coisa: dedo. Como digita estes comentários e dada a debilidade dos insultos concluímos que nem se safa com a língua nem com o dedo e com "argumentos"... nicles! E por esta altura será sensato ter medo de mulheres! De mim, por exemplo!

    Estás a ver? Isto sim é um insulto em condições!

    ResponderEliminar
  5. Ludwig

    Já agora, mudei de ideias em relação à tua associação ateísta. É que hoje estive a falar com um pretenso ateu e aquilo estava mais que fraquinho: não conseguia justificar decentemente que não tinha fé e ainda tinha fé na Ciência... isto não pode ser!

    Reconheço que há uma lacuna na formação de ateus e que deverá ser preenchida por uma associação ateísta. Assim o equivalente à catequese.

    E é óbvio que sabes que quando tiver tempo vou cascar de novo na associação!

    ResponderEliminar
  6. Que tem medo de Abobrinhas... ai tão giras e bravinhas?! ;)

    Mais ainda agora que a tal teleologia alimentar diz que são apropriadas para um Dragão... ou Gnomo!... acasalar!!! :D

    A propósito, a tal teleologia é justamente o estudo do propósito ou finalidade na natureza ou das criações humanas. Logo, um belo objectivo e eu que ainda não sabia nada disto!

    Interesting stuff, nice food for thought!

    So... forget me not...

    Rui leprechaun

    (...zucchini is all I've got! :))

    ResponderEliminar
  7. Anónimo (presumo que seja o mesmo nos dois comentários),

    Se eles são o mal absoluto, vale a pena o tempo. Mas penso que se forem mal, são até do mais relativo que há. E quando se perde um minuto costuma vir logo outro a seguir.

    Dragão,

    «A única forma de não ser insultado no covil é concordar com o Post do Alfa da casa ou então mostrar que leu Nietzsche.»

    Óptimo. Assim não há perigo de me aborrecer no Dragoscópio. Pelo que li de Nietzsche o melhor é esperar pelo filme e a probabilidade de concordar com o alfa ou a maioria dos betas da casa é tão diminuta que não merece preocupações :)

    Abobrinha,

    «Reconheço que há uma lacuna na formação de ateus e que deverá ser preenchida por uma associação ateísta. Assim o equivalente à catequese.»

    Equivalente não deve ser. Se vires bem, a catequese não prepara o crente para defender a sua crença da forma como tu esperavas que o ateu justificasse a sua descrença.

    Tem que ser melhor que a catequese. Felizmente, isso não é difícil :)

    Leprechaun,

    O problema de estudar o propósito das coisas é começar a fazê-lo antes de averiguar se as coisas têm propósito.

    ResponderEliminar
  8. Voce nao os conhece, por isso fala assim. Nao so' por palavras mas tambem por accoes que eles praticam o mal. Eu ja fiz a minha boa accao que foi avisa-lo. Cuide-se e adeus.

    ResponderEliminar
  9. Anónimo,

    Desculpe discordar, mas isso não me parece nem um aviso nem uma boa acção. Para o ser tem que ser específico e fundamentar a sua acusação. Espero que não tenha uma opinião tão baixa de mim que julgue que eu vou aceitar uma afirmação dessas de um comentário anónimo e infundado...

    ResponderEliminar
  10. Sou alérgica ao tipo de linguagem pseudo tudo utilizada nesse blog.É típico de quem leu dois ou três livros e pensa que é culto apesar de não ter entendido metade nem ter conseguido contextualizar nada.
    Além do mais pensava que a estereotipização (ou lá como se diz) de povos era coisa do passado: todos os alemães bebem cerveja, todos os francêses são bons amantes, todos os italianos conduzem mal, todos os belgas comem batatas fritas... a não ser que seja xenofobia, coisa que também não cabe no século XXI.
    Karin

    ResponderEliminar
  11. Fonix, só o conseguir ler um post que seja já merecia uma menção honrosa, mesmo que não se concorde com nada.

    ResponderEliminar
  12. Karin

    Pelos vistos somos as gateiras de serviço. Vai ver o gatinho que deixei no meu estaminé:

    http://aboborapequenina.blogspot.com/2008/05/dei-uma-rapidinha-lisboa-parte-1.html

    ResponderEliminar
  13. O Dragão usava constantemente pseudónimos para ir comentar noutros blogues onde insultava as pessoas a valer. Só deixou de insultar quando a censura começou mas continua a usar pseudónimos aproveitando-se até de nomes de outras pessoas. Sendo o Dragão um anti-semita genuíno inventou este blogue http://www.alternativa2000.org/antidragoscodio/blog.html
    para atrair inocentes que se identificavam com a causa anti-(anti-semita). Sempre a fingir outra personalidade, respondia aos comentários e aos e-mails. A Zazie também atacava comentadores anonimamente usando videos porno nas caixas de comentários do Blasfémias. Uma vez deixou lá o pseudónimo enquanto respondia a um comentário e todos vimos que era ela quem punha os vídeos escabrosos. Quando não sabe o que responder, insulta logo e anda sempre à zaragata em todos os blogues. Foi ela que revelou no Blasfémias que o Dragão tinha inventado o blogue e fartou-se de rir (“um fartote de riso, eheheheh”) à custa daqueles que caíram na armadilha. Mesmo que não respeitem as pessoas, desde que estas sejam anti-judeus e ferverosos católicos tornam-se seus amigos. Depois vão dizer mal deles nas suas costas como apanhei a Zazie a fazer numa caixa de comentários. Bem, agora já sabe que tipo de pessoas doentias eles são.

    ResponderEliminar
  14. Eu é que sou o presidente da junta!

    ResponderEliminar
  15. Caro Anónimo,

    Permita-me discordar mais uma vez, mas isso que descreve eu classificaria como infantilidade, parvoíce ou excesso de tempo livre. Penso que fica muito aquém do mal absoluto.

    E a menos que a Zazie pese mais do que eu, não me vou preocupar que diga mal de alguém nas minhas costas.

    De qualquer maneira, agradeço o aviso.

    ResponderEliminar
  16. Ludwig,

    O Dragão e a Zazie são neo-nazis encapotados. São pessoas perigosas e violentas. Já reparou que o Dragão agora adoptou um sistema que lhe permite seguir os endereços IP dos comentários? Isto veio a seguir de algumas pessoas terem começado a desmascarar a pretensa sabedoria do menino, e terem-no encurralado em contradições e interpretações dúbias. Então agora é ver se se descobre quem os ousados são para ver se se pode lá ir dar umas lições. Mas isto não é um conselho, é só a constatação de um facto.

    Um anónimo diferente.

    ResponderEliminar
  17. Caro anónimo (o último),

    Neo-nazis encapotados até podem ser, e com aquela pretensa sabedoria não se preocupe que só engana quem quer.

    E eu assino os comentários com o meu nome verdadeiro. Se me quiserem bater podem-me fazer uma espera à porta da FCT. Não é por saberem o meu IP que me vou preocupar.

    Mas para acreditar que são violentos e perigosos preciso de algo mais concreto do que comentários anónimos. Eles bateram em alguém? Quem? Pode dar detalhes e evidências?

    ResponderEliminar
  18. Já agora, eu tenho vários sistemas que me permitem ver os endereços IP dos comentários (sitemeter, statcounter, e penso que o feedburner também dá). Mas prometo que não vou bater em ninguém.

    ResponderEliminar
  19. EU andei a ler o dragoscopio, e se pensava que no mundo do bizarro as coisas eram bizarras, ali são muito mais :)

    Estas do ips é que me traz recordações, faz-me lembrar os tempos em que tinha 18 anos. As pessoas crescidas não tem medo destas coisas :)

    ResponderEliminar
  20. O mal absoluto... felizmente, nunca na nossa vida inteira seremos dados a conhecer o mal absoluto. Mas tenho a certeza que alguns à nossa volta, noutras circunstâncias, praticariam o mal absoluto. Tal como os nazis nos campos de concentração, antes da guerra eram pessoas normais e ninguém diria que eles poderiam cometer aqueles horrores. Não tenho nenhumas dúvidas que isso seria também o caso daqueles de quem estamos a falar.

    ResponderEliminar
  21. "Eles bateram em alguém? Quem? Pode dar detalhes e evidências?"

    Nunca teriam coragem para isso. A violência verbal é mais do que suficiente para ver como são algo desiquilibrados. A mulher por exemplo, fica apoplética e é fácil imaginar a espuma de raiva a sair-lhe da boca quando alguém se atreve a contradizer o que ela diz.

    ResponderEliminar
  22. Não batem em ninguém mas é pena terem apagado os comentários lá no covil. Se conseguissem ler alguns saberiam que defende várias vezes a violência para resolver questões que não concorda. Como tirar do poder à força de braço e mais que tal alguém cujo rumo traçado não se gosta lá muito (pessoal mais de esquerda). Tipo deixem lá as vossas criancinhas em casa abandonadas e deixem lá os vossos empregos e carreiras e vamos lá partir a tudo o que for necessário para arrancar o poder à coisa. Tipo guerra anarquista de direita mais extrema possível.

    Depois está constantemente a colocar noticias no lado direito do blog onde fala constantemente dos “diabos” israelitas e dos anjinhos dos palestinianos e que o holocausto é mais ou menos um exagero e que o Hitler não teve culpa e que o Darwin é que sim e que a coisa foi muito exagerada pois os judeus só tiveram mais ou menos o que mereciam.

    Um disparate atrás de outro.

    É perigoso o bicho e deve ser tratado como tal.

    ResponderEliminar
  23. De facto, bem dizia o Einstein que a estupidez humana era infinita... ou quase!!!

    Este anónimo por aqui, com histórias da carochinha e mitos de tempos idos, pensa provavelmente que é com afirmações vazias e que já nada representam na sua vacuidade oca que pode cercear a liberdade de expressão daqueles que sentam e pensam por si próprios, sejam Libelinhas ou Dragões, Gnomos ou Centuriões!!!

    Depois, vir fala em "absolutos" num site que só conhece e admite o relativismo da matéria e do conhecimento é um tanto anacrónico...

    O modo como falamos ou julgamos os outros diz sempre muito acerca de quem somos. E, de facto, a palavras despeitadas e loucas, só mesmo orelhas moucas! :P


    PS: E quanto a bicho perigoso, só se for este último "dragão" bem mentiroso!!!

    ResponderEliminar
  24. karin

    se disser que o escriba do dragoscopio leu 20 ou 30 livros, seria insulto capaz de levar muito academico a escolher armas, 2 ou 3 livros e o insulto cai em cima de si

    ResponderEliminar
  25. Anónimo,

    «A violência verbal é mais do que suficiente para ver como são algo desiquilibrados.»

    Desde que não caiam para cima de mim podem desiquilibrem-se à vontade e com a violência verbal aguento bem.

    Quanto a essas coisas do mal absoluto, relativo e outros, devo dizer que também não acho muito decente acusar os outros com comentários anónimos sem os substanciar devidamente.

    Quem sabe destas coisas diga-me por favor exactamente o perigo que eu corro aqui. Ser insultado? Que me ponham videos porno na caixa dos comentários? Que um dia surja um regime nazi e eu seja preso num campo de concentração gerido pela zazie?

    ResponderEliminar
  26. Ludwig, não seja infantil. Não disse que bateram em alguém, disse que são perigosos, violentos e intolerantes com opiniões discordantes. Como lhe disse, não era conselho. O ludwig faz o que quiser da forma como quiser. Para mim é indiferente. Até nem gosto de muito do que escreve.

    Leprechaun e Ludwig, a estupidez humana é de facto infinita...infinta e muito subtil. É preciso lembrar uma coisa, Hitler subiu ao poder porque alguém lhe deu importância e achou que o Mein Kampf era um exercício intelectual honesto. E acho que o mesmo acontece com o Dragão. É só aí que quero chegar.

    ResponderEliminar
  27. Dragão,

    Ainda não descobri nada que indicasse que és perigoso (depois de tantos insultos, penso que nos podemos tratar por tu). A maior crítica que tenho é também um louvor. Escreves como o Rorschach desenhava. Não é claro mas dá sempre para ver a cara de um monstro ou algo relacionado com o sexo.

    ResponderEliminar
  28. "É preciso lembrar uma coisa, Hitler subiu ao poder porque alguém lhe deu importância e achou que o Mein Kampf era um exercício intelectual honesto".

    Caro anónimo,
    Hitler subiu ao poder por uma variedade de razões que não cabe dissecar aqui. O que lhe garanto é que a leitura da famosa obra não foi uma delas.
    Cristy

    ResponderEliminar
  29. Anónimo,

    «Ludwig, não seja infantil»

    Já mo disseram várias vezes. No entanto, nunca explicaram porquê nem me mostraram vantagem nisso...

    «Não disse que bateram em alguém, disse que são perigosos, violentos e intolerantes com opiniões discordantes. [...]Hitler subiu ao poder porque alguém lhe deu importância e achou que o Mein Kampf era um exercício intelectual honesto.»

    Hitler subiu ao poder porque não havia blogs suficientes a explicar que o gajo era só tretas. Porque quem discordava dele acautelava-se por ele ser violento e intolerante. Porque muita gente votou nele. Por uma data de razões que, pelo que me parece, não têm nada a ver com esta situação.

    Já agora aproveito e peço que me esclareça. O que sugere? Que eu ignore o Dragão? Tenho relutância em deixar passar um filão potencialmente tão rico de inspiração para este blog. Que eu finja que ele não existe para que lhe dêem menos atenção? Julgo que não será por mim que ele vai chegar a Führer de Portugal.

    Diga-me o que faria no meu lugar e explique porquê e eu poderei levar os seus comentários em melhor consideração. Acusações vagas vindas de um comentador anónimo, deve compreender, não podem ser levadas muito a sério...

    ResponderEliminar
  30. Cristy,

    Bolas, escrevi demais e passaste-me à frente :)

    ResponderEliminar
  31. Ludwig,

    Já lhe disse que para mim é irrelevante o que quer que faça. Leio o seu blog como leio milhares de outros (de vez em quando comento num ou outro). Um pouco da mesma forma que como tremoços. Digo pela terceira vez que não lhe estava a dar um conselho, estava a constatar um facto.

    Cristy e Ludwig,

    Claro que não foi o livro, que disparate o meu. Eu sou assim, um daqueles tretas que gosta de comentar nos blogs. Não percebo porque perdem tempo a reponder-me.

    ResponderEliminar
  32. Anónimo,

    «Já lhe disse que para mim é irrelevante o que quer que faça.»

    Seja. Continuo sem perceber o aviso. Diz que são perigosos, mas qual é o perigo, concretamente? Que mal prevê que aconteça, e a quem, se eu me entreter a apontar tretas desta gente?

    (Pode parecer uma pergunta retórica a mandar vir, mas não é. Estou mesmo curioso acerca dos perigos que pensa advir daqui)

    ResponderEliminar
  33. isto está animado

    acho mesmo que vou chamar o meu amigo proletário vermelho, mais ateu que todos vós juntos, para varrer a besta nazi, derrotar o imperialismo, mandar para el paredon dragões, agnósticos crentes, zazies tradicionalistas, protestantes criacionistas (espécie só comparável aos ciganos), e, pelo caminho, esmagar todos os ateus que se encontram fora da linha vermelha e esmagar também os anónimos que aqui conspiram, rosnando desconfiados de ateus crentes e de crentes ateus que, afinal, nunca se sabe ao que vêm

    ResponderEliminar
  34. E já agora, é de notar que o Dragão no Dragoscópio diz que não é este Dragão que assina aqui Dragão (mas, note-se, não com a conta do blogspot...).

    O mais engraçado é que não faz diferença nenhuma se é ou não o mesmo :)

    Timshel,

    Isso de mais ateu que os ateus é como? Mais careca que os carecas? Mais grávido que as grávidas?

    ResponderEliminar
  35. Ludwig:

    "Eles bateram em alguém? Quem? Pode dar detalhes e evidências?"

    Denúncias anónimas e insubstanciadas à parte, o que é verdade é que a Zazie, por e-mail, ameaçou fisicamente o carlos Esperança (do DA), dizendo que sabia onde morava, etc, e etc... mencionando umas botas da tropa que ela era capaz de usar, ou uma treta qualquer. Já não me lembro muito bem do conteúdo, mas sei que ainda ficamos da dúvida se tomávamos (nos, no DA) alguma acção legal em consequência da ameaça ou não.

    Depois o tempo foi passado e não fizemos nada. Não soube de mais nada do género a não ser aquilo que todos sabem: que quando começava uma discussão com ela nos blogues acabava nos palavrões e no baixo nível.

    ResponderEliminar
  36. DA = Diário Ateísta, para não haver confusões.

    Mas já lá vão uns anitos desde que isso aconteceu.

    ResponderEliminar
  37. Bem, João, se vir na rua uma gaja a espumar da boca com um barrote na mão, fujo. Até porque não sei se tenho todas as vacinas em dia :)

    De resto acho que os tipos são curtidos. Fartaram-se de me insultar (literalmente... como não fazia efeito acho que ficaram mesmo fartos) mas têm uma pele muito fininha. Manda-se uma boca à superstição deles (que nem sei bem de que sabor é, mas não é preciso muita pontaria) e vêm logo umas dúzias de comentários. Tudo bom material para posts :)

    ResponderEliminar
  38. é óbvio que isto está cheio de ateus da linha negra

    acredito na vossa boa fé camaradas mas este é o último aviso

    quem quiser continuar na linha negra já sabe que vai acabar no parédon

    ResponderEliminar
  39. Ninguém está aqui a defender a censura de ninguém, que rídiculo. Eu só vim avisar o Ludwig para um dia mais tarde ele não ficar desapontado quando perceber até que ponto podem ir aqueles dois. Mas afinal, depois destes comentários todos, quem acabou por ficar ainda mais avisada fui eu.

    ResponderEliminar
  40. Que ameaça ranhosa proletário. És um neo-nazi anarquista racista católico estagiário?

    ResponderEliminar
  41. Ludwig

    Ontem fui ao cabeleireiro e estou convencida de que terá passado alguma tinta loura para a minha cabeleira... exactamente porque é que o Dragão não gosta de ti e o que é que isto tem que ver com neonazismo?

    Se há aqui neonazis envolvidos, acho que é para levares a sério. Mas não vi sinais de neonazismo; se há, ou eu não sei identificar ou quem anda a snifar forte e feio na tinta amarela são eles. Só me lembro de mencionares um post do Dragão que tinha o título "Kentucky fried Cience". O que nem seria grave não fosse o post ser fraquinho e faltar um "s" a Science.

    Mas estou preocupada com o que é que ele quer com as tuas extremidades e quais delas.

    Mas sou só eu a achar que todo este diálogo neste post está a ser ligeiramente surreal?

    ResponderEliminar
  42. João

    Acho que fizeram mal em não ir à polícia. Uma ameaça é uma ameaça e então quando está em causa a liberdade de expressão mais grave é. Eu não nasci no tempo em que exprimir uma opinião é proibido ou perigoso e não quero viver.

    Por menos que isso tenho uma queixa em tribunal: eu senti medo e agi em conformidade. Não sei se tenho motivos para ter medo, mas a suspeita é ainda mais grave que qualquer coisa.

    Dito isto, a visita de ontem ao cabeleireiro ensinou-me que o caso da meia-irmã da Alexandra Lencastre (não sei o nome dela) que envolve violência doméstica data de... 2002!!! Ou seja, 6 anos depois de uma agressão é que se vai a julgamento... crime sem castigo! Quer o tipo tenha batido na moça quer não, em ambos os casos é grave. Mesmo assim, vocês deviam ter ido à polícia!

    ResponderEliminar
  43. O Ludwig, se continuar a comentar no covil, vai perceber a linha daqueles dois. Os do PNR ao pé deles são umas meninas da escola primária.

    ResponderEliminar
  44. Ludwig,

    Quando temos termos para comparar tudo muda... De repente, após ver o show de antropofagia na "quinta dimensão", o Dr. Perspectiva ao meus olhos, agora, parece uma simpatia; não estou no gozo não: é verdade! E mais. Quase que chamaria amigalhaço ao Parente, é isto que fica depois de ver como se """"argumenta"""", sem argumentar. De facto, é uma lástima. Aquilo como estética deixa muito a desejar, mas a estética é subjectiva... Agora, em relação a ideias, zero. Nunca vi tanta verborreia. Parecem crianças a pegar no nome dos nicks para ofender o opositor e coisas do género, ou em partes das frases para arremessar trocadilhos do mais baixo nível, sem que alguma relação haja com o assunto em discussão, nunca vi tal coisa.
    Mas como ameaça, não me parece que dali venha grande coisa.

    ResponderEliminar
  45. Ludi,

    Tou com a Abobrinha, para insulto aquilo está um bocadinho fraco, conheço quem faça melhor de olhos fechados e com uma perninha ás costas, como a dita leguminosa ou mesmo umas senhoras Krippalianas que por aqui andam.
    No entanto tanta dedicação e atenção à tua pessoa poderá ser é outra coisa completamente diferente e aí diria-te para teres cuidado, olha por via das duvidas, watch your back man :)

    ResponderEliminar
  46. Cara anónima,

    O aviso agradeço, mas era detalhes como estes que o João Vasco forneceu que eu precisava. Agora já sei que ladram mas não mordem. Fico mais descansado.

    Dragão,

    Provavelmente não vou continuar a comentar no covil porque o Dragão (o de lá) tem os comentários moderados e já me ficou um pelo caminho. Parece que a linhagem dos Dragões se separou após a separação dos antepassados do T-rex e da galinha. E saiu da linhagem da última :)

    Mas vou continuar a comentar o covil aqui.

    Mário Miguel,

    A ameaça é sempre a mesma. Numa sociedade como a nossa em que todos participam nas decisões importantes e que está tão dependente do conhecimento, da ciência e da tecnologia, o disparate é sempre uma ameaça.

    Joaninha,

    Tens razão, é melhor ter cuidado. Se calhar tanta hostilidade não é um ódio inofensivo. É amor, e isso já é preocupante :)

    ResponderEliminar
  47. "Não percebo porque perdem tempo a reponder-me".

    Cara anónima,
    nunca penso ser tempo perdido responder a dúvidas, perguntas ou argumentos - quando tenho essa capacidade. Pela amostra das minhas intervenções aqui, depreende-se que não é muita :-)
    Os comentários à AP ou à lagartinhos do blogue em questão, esses deixo-os a quem tem (muuuita) mais paciência do que eu. A verdade é que, ao contrário de si, praticamente não leio blogues. A maioria é lixo, e este de que está a falar é um bom exemplo: não vale a pena. Mas o ktretas é diferente, aprende-se, aparece aqui gente inteligente para debater questões interessantes. Convido-a a ficar por cá e a esquecer as verdadeiras perdas de tempo.
    Cristy

    ResponderEliminar
  48. abobrinha
    tenho dois gatos mas gosto de todos os animais. Pertanço a duas sociedades de protecção de animais e estou sempre à procura de donos para bichos abandonados. Se souberes de alguém que queira cães ou gatos é só dizeres.
    bjs Karin

    ResponderEliminar
  49. anónimo
    os teus insultos não caiem em cima de mim porque resvalam na carrapaça da minha indiferença:)
    No entanto ficas a saber que insultos são geralmente a defesa de quem não tem razão nem capacidade para argumentar, ou seja, a arma por excelência da incompetência.
    Karin

    ResponderEliminar
  50. Karin

    Eu queria um gatinho ou dois. Mas não posso ter um neste momento: seria crueldade, porque eu nunca estou em casa e os bichos precisam de companhia (são como as pessoas!). Não conheço muito pessoal para esses lados, por isso sou relativamente inútil nesse aspecto... mas aquele gatinho na Graça era uma doçurinha, não achas?

    Noutro tema e falando de animais, o meu último post interessa-te vagamente, assim como à tua irmã.

    ResponderEliminar
  51. Karin

    foi voce ainda que involuntariamente que se insultou a si propria

    ResponderEliminar
  52. ...os bichos precisam de companhia (são como as pessoas!)


    Certíssimo, ou seja, talvez mais os animais domésticos do que as próprias pessoas... olha que há algumas intratáveis! ;)

    Mas os gatos são suficientemente independentes e, se a razão é essa, a solução é muito fácil: dois gatos em vez de um, claro!

    Eu tive 2 gatas durante muitos anos, a mais velha veio de Ermesinde até aqui passando pela Feira. Bem, mas quase sempre havia gente em casa, apenas já em Famalicão elas por vezes ficavam sozinhas quando eu saía com a minha Mãe. Mas como os gatos dormem sempre, nem deviam notar muito!

    Logo, basta haver vontade para querer animais. Eu deixei de estar interessado, bastam-me os vadios pela rua! :)

    Mas sim, os gatos são os mais mágicos de todos...

    Rui leprechaun

    (...que finura de trato e bons modos! :))

    ResponderEliminar
  53. Ó bela Karin!

    Olha o espelho naquele conto da Branca de Neve e a madrasta!

    E esse cristal mágico existe mesmo, nele se pode contemplar o único presente... este que nunca é ausente!

    Eis um conto que ofereci também à bela Zucchini... bah! mas ela não aprecia historinhas infantis! Bem, espero que as guarde para o sobrinhos, talvez eles as sintam melhor e lhas saibam explicar... sem ter medo de errar!!! :)


    Numa pequena aldeia de Marrocos, um homem contemplava o único poço de toda a região. Um menino aproximou-se:

    "O que tem lá dentro?", quis saber.

    "Deus".

    "Deus está escondido dentro deste poço?"

    "Está".

    "Quero ver", disse a criança, desconfiada.

    O velho pegou-lhe ao colo e ajudou-o a debruçar-se na borda do poço. Reflectido na água, o menino pode ver o seu próprio rosto.

    "Mas este sou eu", gritou.

    "Isso mesmo", disse o homem, tornando a colocar delicadamente o menino no chão. "Agora já sabes onde Deus está escondido".

    ResponderEliminar
  54. Ludi,
    não lhes ligues.
    A Zazie tem uma longa história de animosidade contra o DA, chegou a andar por caixas de comentários a perguntar se alguém sabia como se «implodia aquilo» informaticamente, ameaçou dar porrada ao Carlos Esperança em várias ocasiões (em termos pouco normais, se há «normalidades» nestas coisas...), andou pelas caixas de comentários do Blasfémias e de outros sítios a insultar-me a mim e à Palmira (e a outros do DA, embora o João Vasco...;) ), e houve uma altura em que queria marcar encontro comigo por razões que não explicou (e chamou-me «cobarde» por não responder, embora ela escreva sempre sob pseudónimo e eu com o nome por que sou conhecido socialmente). O Dragão e o José são os aliados habituais dela, ambos também ferozmente anónimos e insultuosos. Em resumo: o melhor é nem responder.

    ResponderEliminar
  55. Ah, e também houve uma ocasião em que iam fazer queixa de nós ao Ministério da Educação ou à Procuradoria, já não sei bem. Iam enviar os nossos textos para provar que éramos maus e que não acreditávamos em Deus. Acho que era i sso. ;)

    ResponderEliminar
  56. Ludwig,

    Concordo. Aquilo consegue ser viciante. E eu ainda fui inocentezinho o suficiente para tentar uma honesta troca de ideias no covil - na altura sabia lá bem o que aquilo era! -, mas a coisa rapidamente descambou.

    Depois começou a censura, foram retidos comentários, fui-me apercebendo que o Dragão é um prosaico com inspiração na frase mas boçalidade nas ideias (e mesmo nos posts, aliás, é muito mais citadora que criadora, a criatura!) e fui perdendo a pica. Limitei-me a ir seguindo os comentários e, admito, a troca de comentários resultantes da tua visita foi das tretas mais hilariantes que li na última semana!

    Mas há ali um clã divertido de seguir; principalmente quando decidem, em matilha e quase em coro, vociferar contra clãs :')

    Tão fofos...

    Ps.: gosto do teu blog: não o vás agora transformar, por causa dessa tua aventura, numa némesis do dragoscópio; é fazer-lhe a vontade e dar-lhe mais importância que a que ele tem.

    ResponderEliminar
  57. Ricardo,

    Ui, parecem mesmo mauzinhos :)

    Sim, essa Zazie parece viver já a caminho da sexta dimensão, mas descobri agora que ela se pica toda quando se chama superstição à religião. Estou só à espera que o dragão acabe de vez com os meus comentários ou ela desconfie (ou leia isto... :P

    Leandro,

    É só mais um post. É que não resisto, e já está quase todo escrito. Era pena desperdiçar. Mas prometo que voltarei à programação habitual.

    Mas penso que é um serviço público que compete a todos de vez em quando desenterrar estes bichos, dar uma bela gargalhada (e, admito, pô-los debaixo da pedra outra vez, coitados... :)

    ResponderEliminar
  58. Ludwig,

    Pegando no que o Leandro Ribeiro disse, inicialmente pareceu-me, pelo Sitemeter, que houve uma deslocação (só correlaciono) daqui para lá. Mas agora parece que normalizou, e até diminuiu.

    Leandro Ribeiro,

    «Dragão é um prosaico com inspiração na frase»

    Parece-me, que como lá foi referido, aquilo é mais como dar à manivela. Pega-se numa frase banal e por vezes incoerente ou falsa, mudam-se as palavras por outras menos usuais, com músiquinha diferente, junta-se muita citação, é já está. O mais desprevenido olha para aquilo, e vendo tanta citação e palavra pouco usual, associa aquilo como coisa credível - se tem palavra cara e citação, então deve ser válido. Com a "luz" intensa do vocabulário abundante e redundante, o conteúdo, para alguns, fica ofuscado.

    Eles querem passar a mensagem da religião; bondade e compaixão, à paulada:))))))


    Pois é, aquilo vicia, tenho dado por mim a ir lá todo o "Santo Dia", e a culpa é do malvado do Ludovico ;-), da mesma forma que quando ia ao Zoo, curtia bué ver a aldeia dos macacos.

    ResponderEliminar
  59. A Zonza, perdão, digo Zazie, insiste em algo sem fundamento, vai
    à raiz buscar sei lá o quê...

    No entanto, o código, serve para comunicar, e vai evoluindo, a agora
    a palavrinha "superstição" serve, entre outras coisas, para comunicar o seguinte:




    do Lat. superstitione

    s. f.,
    sentimento religioso erróneo que induz a criar falsas obrigações e que leva à prática de deveres absurdos ou imaginários;
    excessiva credulidade;
    crendice;
    preconceito.

    http://www.priberam.pt/dlpo

    Convencionou-se, qual é o problema?

    Não tem directamente relação com isto, mas por exemplo: despoletar era inactivar uma granada, tirar a espoleta, hoje devido ao mau uso (acho que foi após o 25 de Abril de 1974 e como a esse vocábulo era relatado), até significa o contrário: desencadear.

    ResponderEliminar
  60. "O Dragão e o José são os aliados habituais dela, ambos também ferozmente anónimos e insultuosos", diz o Ricardo

    então, cadê eu, esqueceram-se de mim?

    discriminação!!!

    "gosto do teu blog: não o vás agora transformar, por causa dessa tua aventura, numa némesis do dragoscópio; é fazer-lhe a vontade e dar-lhe mais importância que a que ele tem", diz o Leandro

    penso que não conseguia

    bem poderia tentar mas tenho muitas dúvidas

    para o bem e para o mal

    o dragoscópio tem uma qualidade que é inimitável, podem dizer o que quiserem, mas cheira a simples dor de cotovelo - aquilo é, de um ponto de vista estilistico realmente bom e do que eu conheço da blogosfera, insuperável

    cada um de nós é bom, por vezes muito bom em certas coisas, e noutras menos bom, por vezes mesmo sofrível

    gosto do estilo, do nível científico e argumentativo desta "treta", gosto de argumentar com franqueza e troca aberta de argumentos com o Ludwig

    mas também gosto, e gosto mesmo muito do estilo e por vezes do conteúdo do dragão, estão em dois planetas diferentes, qualquer um deles muito bom

    o ideal seria a possibilidade de interacção mas é verdade que estou algo céptico a esse respeito: os abismos entre eles são profundos (abismos de formação, de estilo, de pathos, de sentido da existência) e as pontes, embora existam, são muito limitadas (e ainda mais limitadas pelos contextos blogosférico - "blogues amigos", "comentadores", etc.) que se foram desenvolvendo e que existem enquantto dado factual que não se pode ignorar

    alargar essas pontes supunha toda uma diferente concepção da existência que o Ludwig não tem: o riso amoroso como um dos valores supremos, rir de tudo pode ser amar tudo (já pareço o Leprechaun) - o Kundera (e o Eco) têm excelentes excertos a este respeito

    e, verdade seja dita, ainda não tenho a certeza que seja esse o valor supremo do Dragão

    ResponderEliminar
  61. Mário Miguel,

    Um problema com as estatisticas do meu blog é que, mesmo mais de um ano depois, uma das páginas que está sempre entre as mais vistas é a do Kevin Trudeau, e quase tudo hits via google. Metade dos visitantes, segundo o feedburner, vêm por pesquisas no google (se bem que muitos desses parecem vir mesmo para cá, procurando "que treta" e coisas assim).

    Mas fico feliz por haver hits com pesquisas de cristina candeias, paulo cardoso e assim :)

    ResponderEliminar
  62. Timshel,

    Nunca nos esqueceremos de ti :)

    Mas tu não entras nesse saco porque tens dois defeitos graves. Primeiro, percebe-se o que escreves. Segundo, escreves aquilo que pensas. Daquele lado dá ideia que eles escrevem para depois ler o que devem pensar...

    Concordo que o Dragão escreve de uma maneira engraçada, mas tenho um gosto diferente do teu. É como aquelas mobílias rococó, que são muito giras para ver umas vezes mas se as tê-las em casa é um enjôo.

    De resto, o conteúdo parece-me basicamente treta. Mas isso pode ser predisposição minha para ver treta em todo o lado.

    ResponderEliminar
  63. Caro Timshel,

    Passo a citar-me:

    «Parece-me, que como lá foi referido, aquilo é mais como dar à manivela. Pega-se numa frase banal e por vezes incoerente ou falsa, mudam-se as palavras por outras menos usuais, com músiquinha diferente, junta-se muita citação, é já está. O mais desprevenido olha para aquilo, e vendo tanta citação e palavra pouco usual, associa aquilo como coisa credível - se tem palavra cara e citação, então deve ser válido. Com a "luz" intensa do vocabulário abundante e redundante, o conteúdo, para alguns, fica ofuscado.»

    Mesmo não escrevendo grande coisa, já li alguma coisa, incluindo o que
    de forma (mais ou menos) consensual é tido como o melhor que se faz nessa área. E o que lá está escrito, no Dragão, tem, no fraco conteúdo, aldrabices e contradições infantis, desonestidades. Se retirarmos o floreado pouco fica. É equivalente ao pessoal que
    tendo um carro rafeiro, gasta uma quantidade considerável de dinheiro , por vezes superior ao "charuto" e faz um tunning (chuning), ficando a carro a parecer uma árvore de natal em noite de consoada.

    ResponderEliminar
  64. Um bloguer que se preze quando atinge um determinado estatuto encontra sempre uma zazie no seu trajecto, rumo aos céus da blogosfera.

    Eu já encontrei a minha zazie. Chama-se Cristy.

    Adoro-a e sei que ela me adora. Infelizmente não tenho muito tempo para a vir visitar e ela sente a solidão da minha ausência. E questiona-se: AP, vc me abandonou? Não escreve deste modo porque é muito tímida mas manda mensagens codificadas tipo "comentários à AP".

    Eu respondo ternurento: Não querida, não a abandonei. Agora ando um poucochinho ocupado mas não me esqueci de si. Ando por aí e trago-a sempre no meu coração.

    ResponderEliminar
  65. A única coisa boa do Dragão é o humor. Infelizmente, são poucos os posts com humor e o resto é só verborreia como já muitos aqui o disseram. O blogue do Dragão é como o Arrastão ou o Cinco Dias: atrai primeiro devido à provocação mas como é repetitiva acaba por se perder o interesse.

    ResponderEliminar
  66. Pois eu, tal como o Timshel, aprecio a escrita do Dragão. E não falo só da forma... cá por mim, adoro arrebiques e floreados!... mas também do conteúdo, em especial nas críticas sempre acertadas que ele faz à insuficiência da ciência.

    Por exemplo, a necessidade da antiga "filosofia natural" permanecer na órbita da metafísica, pois não pode nem deve separar-se dela. Em temas concretos, é correctíssima a crítica corrosiva ao neodarwinismo, distinguindo o facto da evolução da sua teoria... são coisas distintas, atenção!

    Depois, embora extrapolando também para o tal darwinismo social e fazendo outras suposições mais problemáticas, ele põe o dedo na ferida da selecção natural através da luta pela existência e a sobrevivência do mais apto. Esta é uma simples visão ideológica que só pode ser parcialmente sustentada pelos factos. Talvez no darwinismo inicial isso fosse defensável, mas século e meio depois já não o é, claramente.

    E aqui é importante apontar a persistência de um tal erro, que representa uma visão extremamente anacrónica e nada condizente com as novas descobertas que a Biologia realizou já desde o século passado.

    Não me vou alargar agora muito sobre isto, até porque este não é o tema apropriado, mas o papel da simbiose, da auto-organização e da associação são tão ou mais importantes do que a competição, nos mecanismos da selecção natural e sobrevivência dos organismos aptos para a vida.

    A bióloga norte-americana Lynn Margulis é uma das maiores críticas actuais desta visão extremamente redutora e também não é nada meiga com o neo-darwinismo... dava uma bela aliada pró Dragão! :D

    La fusión de la reproducción vegetal con la sensibilidad y el gusto de los animales es una demostración de los considerables poderes de la sinergia y la convergencia de la vida. Los seres vivos no sólo compiten y luchan, sino también se asocian y trabajan en conjunto.

    Embora o darwinista ferrenho Richard Dawkins até a elogie imenso, o certo é que Margulis refuta de facto a base do darwinismo clássico, afirmando sem papas na língua... como o Vegetalinho, vejam só... ;) que o Neo-Darwinism, which insists on the slow accrual of mutations by gene-level natural selection, is a complete funk.

    Esta nova e desassombrada visão, juntamente com a dos biólogos de língua espanhola Maturana, Varela e Sandín, constitui uma ruptura violenta com o cada vez mais moribundo darwinismo clássico e tem implicações metafísicas muito importantes... isso mesmo de que o Dragão e eu tanto gostamos!

    É que o postulado não científico das mutações aleatórias, cegas e não dirigidas é totalmente posto em causa por estes biólogos que parecem pois pouco partidários, não só do darwinismo social como dos fundamentos no neodarwinismo para explicar a evolução.

    Logo, também aqui temos novo paradigma na calha, está visto, e mais munição para o Dragão, pois então! :)

    ResponderEliminar
  67. Leprechaun,

    Penso que os argumentos que o Dragão tece contra a teoria da evolução, à semelhança desses que apresentas aqui, são pura ignorância. «Apto» não quer dizer (nem nunca quiz) "aquele que mata os outros e os come".

    O último post do Dragão mostra bem isso. Além de lhe dar forte e feio na falácia do equívoco, usando palavras com sentidos diferentes para fazer as inferências (o cão tem um pai, Sócrates é pai, logo Sócrates é pai de um cão), mostra que não percebe nada da teoria da evolução. Sugere que o mais apto é o predador (parvoíce, os predadores competem entre si pelas presas, e as presas competem entre si por fugir aos predadores), fala de espécie no contexto de empresas quando isso não faz sentido nenhum, e basicamente mete os pés pelas mãos sempre que fala de evolução.

    A teoria que ele critica, se alguma vez existiu, é merecedora da maior crítica. Mas não tem nada a ver com a teoria da evolução.

    ResponderEliminar
  68. Tem sim, Ludwig. Chamam-lhe sociobiologia.

    ResponderEliminar
  69. caro ludwig, não só constato a assinalável abertura de espírito apresentada aqui nesta cx de comentários do seu blog, como registo que conseguem debitar letras a fio sobre alguém que não sabem quem é, nem sabem se existe, ou se é uma ficção. Parecem-me, assim, todos, pessoal com bastante potencial religioso.

    abraço, antº (opiniondesmaker)

    ResponderEliminar
  70. "sobre alguém que não sabem quem é, nem sabem se existe, ou se é uma ficção."

    um seguidor do Dragão, abre a boca para não dizer nada julgando que assim confunde o leitor.

    ResponderEliminar
  71. Caro AJ,

    Como não se sabe quem é, nem sabem se existe, ou se é uma ficção, dai que "achar" aqui «o pessoal com bastante potencial religioso» é consequentemente, no seu ponto de vista, igualmente uma ficção.

    ResponderEliminar
  72. António Parente,

    Está a confundir as coisas. A sociobiologia (sociobiology) é uma teoria descritiva do comportamento animal. Formigas, abelhas, lobos e, sim, também humanos. Mas dela não se deriva nada acerca do que deve ser. Apenas tenta descrever o que é. Por exemplo, explica porque é que se o António der um pontapé a uma criança a mãe da criança vai ficar muito chateada consigo.

    Aquilo que o António talvez quisesse referir é o Social Darwinism. Isso é que é uma categoria algo lassa de ideias acerca de como melhorar a nossa espécie e a nossa sociedade usando a competição e selecção. Essas são de cariz normativo e em geral não se aproveita nada. Mas isso não é uma teoria acerca da evolução. Isso é uma ideologia inventada com a desculpa da evolução.

    ResponderEliminar
  73. António (opiniondesmaker),

    Fica já então esclarecido. Sempre que me vir referir ao Dragão estou a falar da personagem que assina com esse nome e, principalmente, dos textos que alguém escreve. Até pode ser um programa de geração automática de tretas (nem me admirava muito) que pouca diferença fazia. Prefiro focar as ideias expressas (quando calha haver alguma) do que a hipotética pessoa.

    Eu sei que, vindo daquele lado, está habituado ao contrário. Daí o esclarecimento.

    E, já agora, bem vindo :)

    ResponderEliminar
  74. É isso mesmo, Ludwig Krippal. Darwinismo social. Confundo sempre isso com a sociobiologia.

    E tem absoluta razão. A teoria da evolução dá origem a ideologias inventadas.

    ResponderEliminar
  75. António,

    Sim, mas pode dar para qualquer lado. Quando constatamos que a natureza funciona desta maneira, podemos decidir ceder ou lutar.

    Por exemplo, a contracepção e, principalmente, a adopção são do que há mais contrário à evolução por selecção natural. Há mais pressão selectiva contra genes para criar os filhos dos outros do que contra genes para morrer à nascença. No entanto é preciso ser completamente doido para condenar a contracepção e a adopção de crianças abandonadas.

    Além disso essas ideologias baseiam-se mais na ignorância da teoria da evolução do que no conhecimento. Por exemplo, a pureza racial é um tiro no pé evolutivo. A diversidade genética é o capital que alimenta a evolução e mantém a espécie "saudável". Qualquer pessoa que lhe disser ser contra as misturas raciais por razões evolutivas é, além de idiota, ignorante.

    ResponderEliminar
  76. ludwig, obrigado, mas, já que estamos em maré de esclarecimentos: eu não «venho daquele lado». (se reparar, enrebanhamentos nem é minha devoção particular)

    E, nestas conversas, tem de se usar tb um método fiável para separar o essencial do acessório, e , o Ludwig mtas vezes também não o conseguiu fazer.


    antº

    ResponderEliminar
  77. "Um bloguer que se preze quando atinge um determinado estatuto encontra sempre uma zazie no seu trajecto, rumo aos céus da blogosfera.

    Eu já encontrei a minha zazie. Chama-se Cristy."

    O António Parente é como um super-herói que encontrou o seu némesis. O seu super-poder é a capacidade extraórdinária de partir irreversívelmente do KTreta para nunca mais voltar... várias vezes por mês.

    ResponderEliminar
  78. Antº

    «E, nestas conversas, tem de se usar tb um método fiável para separar o essencial do acessório»

    Parece-me interessante. Por favor explique lá como é que funciona e que evidências tem que seja fiável.

    ResponderEliminar
  79. Kripp

    Uma zazie basta.

    ResponderEliminar
  80. Leprechaun
    mais uma vez, I didn't get the point of your story.Mas deixa-me fazer uma pergunta: custa-te muito deixar a Abobrinha em paz? A mim custa-me vê-la incomodada, não vejo a necessidade.
    Karin

    ResponderEliminar
  81. Leprechaun,

    Apoio a sugestão da Karin. Às vezes comentas coisas interessantes mas, no meio de tanta tentativa de humor e irrelevâncias acaba por não haver pachorra para ler. Vê isto como uma crítica construtiva no sentido de melhorar o diálogo.

    ResponderEliminar
  82. Ludwig, a 'fiabilidade' corre o risco de ser um misto de construção mental e sensação que temos de colocar ao mesmo nível da cor, do calor e da dor nas costas.

    Mas como isto aqui podia ficar mto comprido decidi alinhavar uns tópicos lá no meu estaminé.

    (Para falar destes temas com jeito é preciso antes de mais ter abertura de espírito e disponibilidade para sermos confrontados com ideias que choquem com as nossas)

    antº

    ResponderEliminar
  83. Antº,

    Se corre esse risco parece-me pouco fiável. Imagine um carro que umas pessoas diriam que anda, outras acham que não e outras estão indecisas sem saber se anda ou não anda. Considera esse carro fiável?

    Eu prefiro um que ande... :)

    Mas venha daí o post que já conversamos.

    ResponderEliminar
  84. Antº,

    Quis responder ao post mas não encontrei o link para os comentários. Foi azelhice minha ou o seu blog é um monolog?

    ResponderEliminar
  85. Ludwig,

    1. do exemplo que deu, sobre o carro, não sei se é fiavel se não, mas, a opinião desses humanos, claramente não é.

    2. é 'monoblog', sim; podemos comentar aqui, ou pode fazer um post, ou pode mesmo não fazer nada. (é um tal de livre arbítrio, versão blogger:)

    antº

    antº

    ResponderEliminar
  86. OK, mas sem um blog de crescidos a conversa é inconveniente, assim meio cá meio lá... :)

    «1. Deve ser de considerar como hipótese a existência de ‘algo’»

    Sim, e até sem as aspas. Senão à primeira estrada que atravessemos somos logo atropelados. É certamente uma hipótese a considerar.

    «2. Um 'método científico fiável' ® é suficiente para alcançar e compreender totalmente uma ‘entidade’ que pudesse, por hipótese, estar colocada para além das suas ‘regras’»

    Não. Nem isso, nem mafaguinhos. O método científico ajuda a fazer juizos acerca de hipóteses bem definidas. Sequências de palavras sem significado concreto estão fora.

    «3. Poderemos/deveremos equacionar, sem histerismos, que existem formas de entender ‘verdades’ não testáveis»

    Se verdade é a correspondência entre a hipótese a realidade e o teste é aquilo que nos informa acerca dessa correspondência então não. Mas admito que se definir essas palavras de outra forma qualquer pode bem ser que a resposta seja sim, mas de uma forma que me parece pouco relevante.

    De qualquer forma, podemos experimentar.


    «4. Será plausível considerar que há ‘identidade’/‘subjectividade’ suficiente em cada ser humano que justifique não fazermos todos parte duma massa geral, e, assim, poder cada um relacionar-se individualmente com essa ‘entidade’ que estaria ‘por detrás dos fenómenos’ ?»

    Claro. Mas a questão não é essa. A questão principal é saber que entidade é essa ou mesmo se existe. Qualquer um pode-se relacionar com o Batman como quiser. A ciência é omissa quanto a isso, e só se pronuncia acerca da existência do Batman.

    «5. Deverá/poderá essa convivência subjectiva, - também podemos simplificar chamando ‘crença’ - com uma entidade hipotética condicionar formas de viver em ‘sociedade’, e, entre outras coisas, a utilização de ‘métodos científicos fiáveis’»

    Poderá, sim. É um facto que pode. Se deve ou não é uma questão de valor. Penso que em geral não deveria, tal como a crença no Batman não deveria guiar a sociedade.

    «6. Saberemos nós alguma vez o suficiente para ser intolerantes com qualquer forma especial de conhecimento e relacionamento com ‘verdades’?»

    Não. É por isso que aqui comenta quem quiser.

    Mas é preciso ter em conta que "intolerância" e "exprimir uma opinião diferente" não são sinónimos.

    ResponderEliminar
  87. A diversidade genética é o capital que alimenta a evolução e mantém a espécie "saudável".


    De notar a importância deste argumento no sempre muito controverso tema dos OGM, outro cavalo de batalha lá para o lado da terra dos Dragões!

    Sendo que aqui também saímos do terreno puro da ciência para os outros campos que ela naturalmente serve, ou seja, o político e o económico.

    Nunca é possível separar o conhecimento humano em comportamentos estanques e essa é pois mais uma razão para a ciência não se dever desligar da tutela da metafísica, que a antecede e lhe marca os limites éticos.

    Mas esta é uma discussão sempre em aberto e que se torna agora mais imprescindível e urgente com os sucessivos "milagres" tecnológicos, em especial aqueles que estão já centrados nos próprios mecanismos da vida.

    ResponderEliminar
  88. I didn't get the point of your story.


    Tão simples, ó bela Karin! :)

    Mas posso dizê-lo de outro modo, recorrendo aos ditos lugares comuns:

    Podemos enganar todo o mundo, mas não devemos mentir a nós próprios.

    Quando fugimos daquilo que somos, podemos sempre encontrar bodes expiatórios, mas de que serve apontar o dedo a alguém quando, ao mesmo tempo, outros 3 apontam na nossa própria direcção?!

    A mentira e a desonestidade são sempre uma má prática e uma péssima desculpa, e não é sequer necessário apontar a nenhuma má consciência.

    Creio que nunca deixei aqui esta frase muito forte e certeira de Hermann Hesse, que serve bem para condensar o que escrevi atrás:

    If you hate a person, you hate something in him that is part of yourself. What isn't part of ourselves doesn't disturb us.

    ResponderEliminar
  89. Leprechaun

    Se tivesses um cérebro em vez de uma máquina de memorizar citações e tretas aperceber-te-ias do disparate que é o que disseste.

    A sério que tenho pena de ti. Mas não tenho filhos dessa idade!

    ResponderEliminar
  90. (por mim pode-se comentar tudo aqui, não sou cioso do espaço :)

    Vou então tentar enunciar uma plataforma possível (uma espécie de planalto deleuzeano mas com mais sombrinha):

    (1) Devemos considerar sempre a hipótese de andar algo na estrada que nós não vejamos; (2) O método científico não serve para ajuizar de hipóteses sem significado concreto (género Deus, universos paralelos e outras sequências de palavras); (3) Poderão existir verdades (desde que definíveis) que possam não ser testáveis, no entanto, correm o risco de, para algumas pessoas, se tornarem irrelevantes. (4) A ciência não se quer pronunciar sobre formas de relacionamento com ‘entidades’, apenas se quer pronunciar sobre a sua existência; (o conceito de ‘existência’ ficou por definir). (5) A crença, em geral, não deve condicionar o conhecimento; terão de se analisar algumas crenças em particular (exemplo: crer que somos livres, ou que somos pura determinação) (6) discordar não é condição suficiente (nem necessária) para a intolerância, mas ser intolerante pode apresentar-se como suficiente para discordar. ( se bem que isto seja uma questão metodológica; ser tolerante não nos garante, de facto, maior proximidade da(s) ‘verdade’(s))

    Pode não dar para ir a pé a Fátima, mas já dará para uma epistemológica limadela de unhas.

    ResponderEliminar
  91. antº (aj)

    «(1) Devemos considerar sempre a hipótese de andar algo na estrada que nós não vejamos;»

    Só como uma hipótese mesmo meramente hipotética e inconsequente. Senão nunca vamos atravessar a estrada com medo de sermos atropelados por um carro invisível.

    Mas eu concordo em colocar todas as hipóteses de deuses ao mesmo nível desta dos carros invisíveis.

    «(2) O método científico não serve para ajuizar de hipóteses sem significado concreto (género Deus, universos paralelos e outras sequências de palavras);»

    Nisto estamos de acordo, com a ressalva que qualquer outra abordagem que se proponha ajuizar isto carregue o ónus de dar provas que é capaz de o fazer.

    «(3) Poderão existir verdades (desde que definíveis) que possam não ser testáveis, no entanto, correm o risco de, para algumas pessoas, se tornarem irrelevantes.»

    Não sem desvirtuar por completo o sentido de "verdade" como normalmente o usamos. Só se justifica considerar como verdade que todos os mafaguinhos são calafráticos se soubermos o que isso quer dizer e se pudermos averiguar que o são.

    «(4) A ciência não se quer pronunciar sobre formas de relacionamento com ‘entidades’, apenas se quer pronunciar sobre a sua existência; (o conceito de ‘existência’ ficou por definir).»

    O conceito de existência só ficou por definir porque deitou fora o conceito de verdade que vem com a exigência que as hipóteses sejam testáveis. É que sem isso fica tudo por definir...

    «(5) A crença, em geral, não deve condicionar o conhecimento; terão de se analisar algumas crenças em particular (exemplo: crer que somos livres, ou que somos pura determinação)»

    OK.

    «(6) discordar não é condição suficiente (nem necessária) para a intolerância, mas ser intolerante pode apresentar-se como suficiente para discordar.»

    OK.

    ResponderEliminar
  92. Ludwig

    comecei a responder-lhe aqui mas depois senti que ao afiar tanto a faca daqui a pouco ficavamos sem lâmina. Decidi assim escrever lá na tasca, mais em regime de roller coaster.

    Acho que já estavamos a concordar de mais :)

    antº

    (o conceito de existência, é chato, eu sei)

    ResponderEliminar
  93. Antº

    O conceito de existência não é chato. Como predicado de segunda ordem, acerca da instanciação de propriedades, até funciona bem e é útil.

    O problema é quando o querem torcer para escapar às limitações epistémicas...

    Mas afie lá a faca... :)

    ResponderEliminar
  94. Existência – predicado de segunda ordem, acerca da instanciação de propriedades, mas que, quando torcido, permite escapar às limitações epistémicas.

    Foi logo o que eu pressenti, Ludwig, você tem imensas potencialidades religiosas. O seu ateísmo é apenas um estado de alma, vai ver. Ou alguma coisa que comeu :)

    ResponderEliminar
  95. Antº,

    Potencialidades religiosas temos todos. É isso e tromboses, AVCs, etc ;)

    Mas acerca da existência, veja aqui, se tiver interesse.

    ResponderEliminar
  96. Leprechaun
    sabias que o Hesse se drogava?
    Karin

    ResponderEliminar
  97. Como o poderia eu saber, ó sereníssima Karin... flor de lótus no jardim?! :)

    Bem, mas posso ver se a Wikipedia diz algo acerca disso... duvido!

    Ah, já vi!!! Eis:

    Also, the "magic theater" sequences in "Steppenwolf" were interpreted by some as a form of drug-induced psychedelia.

    Eu li os livros de Hesse há imensos anos, incluindo o "Lobo das Estepes" também. De facto, talvez esse até tenha sido o mais recente, juntamente com "O Jogo das Contas de Vidro". Mas não me lembro do tal teatrinho mágico!

    Besides... creio que será talvez diminuir a capacidade imaginativa e a fantasia criativa do autor pensar que ele tinha de recorrer a estímulos externos.

    Anyway... este é um tema muito interessante, mas convém sempre saber em 1º lugar que qualquer droga expansora da consciência NÃO nos dá nada que nós já não tenhamos, claro! Isto é de facto muitíssimo importante, pois esses estados - seja qual for a sua origem - podem ser experimentados por outras formas auto-induzidas e mesmo, eventualmente, por estimulação directa de certas zonas do córtex cerebral.

    Por fim, e regressando ao tema inicial, Aldous Huxley escreveu um documento notável acerca da sua experiência com mescalina (peyoyte), The Doors of Perception. Só li esse documento já aqui na Net, há alguns anos, mas são evidentes alguns paralelismos com os estados superiores de consciência que podem ser atingidos através das práticas de interiorização ou meditação.

    I do love a lot to talk about this kind of magic, O Beautiful One! So if you are interested in deepening this conversation, we can go along...

    Rui leprechaun

    (...Life is such a wondrous song! :))

    ResponderEliminar
  98. Caro Ludwig,

    Poderá estar por estudar - com método fiável , claro - a correlação entre o fenómeno religioso e o neurologia mais fina, sim. (mas quero-lhe dizer que conheço alguém que passou a acreditar fervorosamente depois duma queda de cabeça; não sei se consegue apresentar uma performance tão explicita e convincente do ‘seu lado’ da barricada :)

    antº

    ResponderEliminar
  99. Mas que grande salgalhada essa enorme "Existência" lá no Dicionário Filosófico... ou será que é Teosófico?! ;)

    Bem dizem que a lógica é uma batata... e como eu não como disso, tal veneno não me mata!

    Sinceramente, esses sábios metafísicos conseguem escrever muitíssimo mais que eu, quando bem no fundo tudo se sintetiza em 2 palavras apenas:

    EU SOU!!!

    É esta toda a existência...

    Rui leprechaun

    (...em infinita potência! :))

    ResponderEliminar

Se quiser filtrar algum ou alguns comentadores consulte este post.