sábado, abril 26, 2008

XX Jornadas Teológicas, the movie.

A pedido do público, aqui vai a adaptação cinematográfica da minha apresentação. Não sei se eventualmente será possível publicar o debate todo.

Parte 1:


Parte 2:


E parte 3:


Se quiserem descarregar o vídeo, está aqui um avi (Xvid, MP3) com 18Mb.

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18 comentários:

  1. Ludwig,

    Ninguém filmou o debate?

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  2. Mário,

    Filmaram, mas não tenho a gravação e a divulgação dessa depende da autorização de todos os participantes e da Faculdade de Teologia. Por isso por enquanto só posso pôr a minha apresentação porque levei o gravador de voz que uso nas aulas.

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  3. Pena :(

    Era boa ideia se o vídeo integral fosse disponibilizado na Net.

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  4. Essa deve ser das piores apresentações que já vi. Com defensores destes, a evolução não precisa de criacionistas para nada. E as imprecisões e incorrecções seguem-se umas atrás das outras. Enfim, vê-se que não está por dentro do assunto.Já para não mencionar o facto de que parece que está a falar para uma audiência de anormaizinhos. Nem a minha professora do secundário...

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  5. Caro Anónimo,

    Essas críticas são bem vindas mas seria útil que fosse mais específico. Quais são as incorrecções? Que partes é que insultam a inteligência da audiência? Qual é o assunto que tenho que dominar melhor?

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  6. Eu cá devo dizer que gostei muito da tua apresentação e que me surpreendeu consideravelmente. Vê-se que há trabalho envolvido e deu-me uma panorâmica sobre a evolução que não possuía. Centrou-se sobre matérias científicas e achei especialmente didático. E asseguro-te que se não o achasse to diria.

    Tenho muita pena de não ter podido comparecer no debate.

    A única questão que é de facto incorrecta a que aludes é a ideia de que a perspectiva anterior à evolucionista era a criacionista. Bem sei que a tua questão com a religião é metedológica e extravasa em muito as posições que a Igreja possa ter sido sobre o assunto (porque é o próprio método que questionas) e não é meu objectivo provar alguma coisa com isto mas pura e simplesmente repôr a verdade da história (que corresponde a uma ideia falsa que muita gente tem sobre o assunto). Sobre isto deixo um comentário que escrevi no blog do dragão:

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  7. Dr. Agnóstico,

    A ideia de que os católicos defenderam o criacionismo mas depois ganharam juízo é absurda. Nunca, mas é que nem mesmo nos primórdios do cristianismo, defenderam os cristãos que a terra tinha 6000 anos ou de que o mundo tinha sido de facto criado em 7 dias. Basta ler a abundante literatura dos padres da Igreja sobre o assunto, ou os escritos de Agostinho que versam precisamente sobre isso. A intepretação sempre foi alegórica. A zazie dá-lhe o tratamento completo a pedido decerteza.

    O criacionismo é uma criação fundamentalista protestante do princípio do século XX. É isto é que ignoram quando se põe com esses alvoroços. Não tem qualquer consubstanciação na tradição cristã, e vem de fundamentalistas biblícos sem qualquer vínculo à história interprativa das Escrituras.

    A resistência da Igreja Católica nem sequer alguma vez se situou no domínio das Escrituras ou da sua interpretação literal face ao Darwinismo. Isto é tentar ver na questão de Darwin uma reprise da questão de Galileu quando nada têm que ver uma com a outra. Para a Igreja Católica a questão era a dignidade do Homem e o esta poder ser abalada pelas ideias evolucionistas. Era uma questão doutrinária, de primazia do Homem, e não uma questão bíblica o que de facto nunca foi (para os católicos). A Igreja precisou de tempo para amadurecer uma concepção de Homem mais profunda que compatibilizasse a dignidade da pessoa humana com a teoria da evolução. Mas até aí caríssimo doutor, não foi só a Igreja, como toda a sociedade, como tão bem tem vindo a ilustrar o dragão nesta sequência de posts.

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  8. Luís,

    Obrigado pelo comentário, e concordo com o que dizes acerca dos católicos. Mas estás a usar "criacionismo" no sentido estrito do literalismo bíblico dos protestantes evangélicos de hoje. Normalmente o termo abarca todas as doutrinas que defendem que a vida foi criada por intervenção divina, e nesse sentido parece-me que os católicos foram, e em grande parte ainda são, criacionistas.

    Mas o que eu queria salientar não era tanto acerca dos católicos ou dos protestantes, mas acerca da biologia. Antes de Darwin era ponto assente que as espécies tinham sido criadas por Deus. E até o próprio Darwin era criacionista, se bem que muito pouco. A última frase do The Origin of Species é

    «There is grandeur in this view of life, with its several powers, having been originally breathed by the Creator into a few forms or into one; and that, whilst this planet has gone cycling on according to the fixed law of gravity, from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being evolved.»

    O naturalismo não é uma premissa mas o resultado do processo gradual de encontrar explicações melhores com menos sobrenatural.

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  9. Algumas fontes sobre o assunto (para quem tiver pachorra):

    Sobre o Hexaemeron, ou os 6 dias:

    http://www.newadvent.org/cathen/07310a.htm

    (até a Wikipedia tem bons artigos sobre isto):

    Sobre as interpretações alegóricas da Bíblia e como elas antecedem em muito a ciência moderna:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Allegorical_interpretations_of_Genesis

    ou sobre a génese do criacionismo (curiosamente o artigo é muito equilibrado tendo em conta que está sujeito à intervenção dos utilizadores):

    http://en.wikipedia.org/wiki/Creationism

    Finalmente um artigo muito interessante apontado pelo MP-S:

    http://www.nature.com/nature/journal/v452/n7189/full/452816a

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  10. De acordo Ludwig, e de facto o naturalismo conquistou espaço progressivamente e tem vindo a fazê-lo. Mas isso quer dizer apenas isso e não outra coisa. O facto de isso ser um facto não significa que o futuro passe inexoravelmente pela extinção do conceito ou da necessidade de Deus.

    Embora percebendo que uma certa continuidade histórica te leve a crer que o naturalismo virá a ocupar lugar cada vez mais avassalador existem ainda muitas questões por ele não explicadas e que nada nos garante que venham a ser. Afirmá-lo é de facto em si tão arriscado como negá-lo.

    E repara, para um religioso não se trata sequer do naturalismo tirar espaço à religião, mas precisamente o contrário, de forçar a religião a aprofundar o seu próprio conceito do Divino, a desmistificar e a torná-Lo menos mecânico.

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  11. Mas isso é até outra discussão. A minha preocupação com esta história do criacionismo é outra, que lhe é prévia. É que estes criacionismos biblícos têm um impacto muito grande numa certa reescrição da história do cristianismo, e consequentemente, da civilização ocidental, que é aceite acriticamente por quem os ouve (mesmo muitos ateus, talvez porque lhes convenha). Sobre isso o artigo que o MP-S evoca é especialmente interessante. Por agora é só isso que me move.

    A tua crítica ao "método religioso" é outra e à qual é bem mais demorado e mais díficil responder à qual perdoar-me-ás mas só responderei quando me sentir com o arcaboiço necessário para o fazer sintética e claramente (que pode convenientemente talvez vir a ser nunca ahahah).

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  12. O artigo, que foi publicado na Nature, pode ser lido aqui:

    http://www.nature.com/nature/journal/v452/n7189/full/452816a.html

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  13. Ludi,
    Gostei, gostei da ideia do lustre (sabes o que é um lustre ou és como o teu irmão? ;) simples mas muito elucidativo.
    Sucinto explicadinho e simples para que todos (sim senhor anonimo, todos desde os Drs em fisica quantica aos possiveis advogados :) presentes) entendam sem dificuldade.
    Estou ruidinha para ouvir tudo por isso pede lá aos senhores da FT para disponibilizarem o video. Ou então tem de fazer uma coisinhas destas em Lisboa...

    PS:Eu odeio o Fisher mais a M**** da genetica das populações!Chato, não podia ter ficado quietinho não?
    (foi das piores cadeiras do meu curso)

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  14. Olha lá ó Joaninha, vai ver se eu estou atrás do talambique que está lá por cima daquela chalafra azul com os bordelões cor de tarrufa, na sala das coronélias saídas!

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  15. Não estás não!
    Estás escondidinho dentro da cantoneira que eu sei, eu vi-te quanddo passaste pela levada, com o prato de chanfana na mão seu comilão ;)

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  16. Ó Jonatas! Queres informação codificada? Larga lá o DNA e vai para Maceira tentar perceber que raio de nomes aquela gente dá ás coisas.

    Boa sorte...

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  17. Finalmente ouví a tua apresentação e gostei muito do facto de ser simples, clara e compreensível para qualquer um que tenha umas bases mínimas de informação.Também adorei a tua ideia do lustre e do edifício.
    bjs Karin

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  18. O lustre e o edificio não são inteiramente originais; fui buscar aos skyhooks e cranes do Dennett...

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