segunda-feira, novembro 12, 2007
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Há tretas que me incomodam. É aqui que desabafo.
Excelente recomendação do leitor NCD, para quem se interesse pelo problema do copyright, esta palestra de Larry Lessig disponível na TED Talks: «How creativity is being strangled by the law.»
Página para ver online.
Link para descarregar o video (~70Mb).
Por Ludwig Krippahl às 4:38 da tarde
Pode conter vestígios de: copyright
Não sei se reparaste, mas ele afirma-se explicitamente contra a pirataria, e a violação, sem mais, do copyright.
ResponderEliminarEle procura uma solução intermédia em que os artistas protejam as suas obras da cópia, mas permitam que a mesma seja utiilizada para obras derivadas desde que não exista lucro envolvido.
A mim parece-me um compromisso sensato. Mas pensaria que tu estarias frontalmente contra essa posição.
O objectivo é o mesmo. Se vires o creative commons permite a cópia para fins não lucrativos. A minha posição é que não deve haver um direito de restrição de acesso à arte. Apenas um controlo do comércio.
ResponderEliminarA diferença entre nós é que ele está a pensar na forma como na prática se pode implementar tal sistema visto que a legislatura é controlada pelos distribuidores que têm muita massa. Eu não me estou a preocupar como os detalhes de como lá chegamos mas com a forma do que devemos almejar.
E, em última análise é: a arte, em si, é livre. O comércio é que é regulado. Tal como na matemática e na ciência. Essa é não só a forma mais justa de usufruir deste produto mas tamb+ém a melhor forma de incentivar a criatividade.
«O objectivo é o mesmo.»
ResponderEliminarNão creio que seja.
«Se vires o creative commons permite a cópia para fins não lucrativos»
Não creio que ele tenha falado sobre isso. Mas falou, de forma crítica, contra a pirataria.
Eu concordo com a posição dele, pois a mesma nunca poderá pôr - de forma alguma - em causa o incentivo para financiar a criação.
Pelo contrário: a posição dele arruma com um dos argumentos mais fortes que tens contra o copyright, mantendo-o.
Com a tua posição, não sei se concordo. O problema é sempre o mesmo: como financiar a criação?
Aliás, ele defende um tipo de licensa que não existe, e é isso que ele quer que seja criado.
ResponderEliminarSe ele tivesse o "mesmo objectivo" que tu, ele não pediria a criação desta figura jurídica inexistente para os músicos poderem usar, e em vez disso apelaria directamente aos músicos para que estes usassem o "creative comuns".
Creio que não o faz pois ele sabe que isso vai contra o interesse dos músicos profissionais, que sabem que assim é mais difícil conseguirem financiamento.
Lessig é um dos fundadores do CC. O objectivo é trabalhar com a lei presente de copyright mas permitindo a eliminação da exclusividade de uso das obras.
ResponderEliminarO meu ponto é diferente mas não necessariamente contrário. Não sei o suficiente acerca da posição dele para garantir que concordamos em tudo, mas o que eu defendo é que o copyright enquanto direito de cópia deve ser abolido e substituido por um direito de comercialização.
Nem moralmente nem como forma de incentivar a criatividade se justifica dar a uns o direito de restringir aos outros o acesso a informação divulgada.
«Nem moralmente nem como forma de incentivar a criatividade se justifica dar a uns o direito de restringir aos outros o acesso a informação divulgada.»
ResponderEliminarEstou a discutir essa alegação no teu texto anterior.
Quanto ao autor da palestra ser um dos fundadores do CC, isso é coerente com a posição dele: dar aos artistas a possibilidade de escolher o uso que é feito da sua criação, mesmo que essa escolha implique permitir a cópia, mas negar o direito de explorar comercialmente a obra.
O que ele defende nesta palestra é uma licensa diferente em que além da cópia é também permitida a criação de obra derivada, mas mantém-se a restrição comercial.
Em ambos os casos o autor defende que deve ser o autor a aderir voluntariamente a esta licensa.
Eu ainda vou mais longe, e até admitiria um copyrigth modificado que fosse mais tolerante com obras derivadas desde que não houvesse exploração comercial. Mas mesmo quanto a isto tenho dúvidas.
A licensa que ele defende deveria ser permitida "para ontem", disso estou certo.