segunda-feira, novembro 12, 2007

Palestra do Larry Lessig.

Excelente recomendação do leitor NCD, para quem se interesse pelo problema do copyright, esta palestra de Larry Lessig disponível na TED Talks: «How creativity is being strangled by the law.»

Página para ver online.
Link para descarregar o video (~70Mb).

6 comentários:

  1. Não sei se reparaste, mas ele afirma-se explicitamente contra a pirataria, e a violação, sem mais, do copyright.

    Ele procura uma solução intermédia em que os artistas protejam as suas obras da cópia, mas permitam que a mesma seja utiilizada para obras derivadas desde que não exista lucro envolvido.

    A mim parece-me um compromisso sensato. Mas pensaria que tu estarias frontalmente contra essa posição.

    ResponderEliminar
  2. O objectivo é o mesmo. Se vires o creative commons permite a cópia para fins não lucrativos. A minha posição é que não deve haver um direito de restrição de acesso à arte. Apenas um controlo do comércio.

    A diferença entre nós é que ele está a pensar na forma como na prática se pode implementar tal sistema visto que a legislatura é controlada pelos distribuidores que têm muita massa. Eu não me estou a preocupar como os detalhes de como lá chegamos mas com a forma do que devemos almejar.

    E, em última análise é: a arte, em si, é livre. O comércio é que é regulado. Tal como na matemática e na ciência. Essa é não só a forma mais justa de usufruir deste produto mas tamb+ém a melhor forma de incentivar a criatividade.

    ResponderEliminar
  3. «O objectivo é o mesmo.»

    Não creio que seja.

    «Se vires o creative commons permite a cópia para fins não lucrativos»

    Não creio que ele tenha falado sobre isso. Mas falou, de forma crítica, contra a pirataria.


    Eu concordo com a posição dele, pois a mesma nunca poderá pôr - de forma alguma - em causa o incentivo para financiar a criação.

    Pelo contrário: a posição dele arruma com um dos argumentos mais fortes que tens contra o copyright, mantendo-o.


    Com a tua posição, não sei se concordo. O problema é sempre o mesmo: como financiar a criação?

    ResponderEliminar
  4. Aliás, ele defende um tipo de licensa que não existe, e é isso que ele quer que seja criado.
    Se ele tivesse o "mesmo objectivo" que tu, ele não pediria a criação desta figura jurídica inexistente para os músicos poderem usar, e em vez disso apelaria directamente aos músicos para que estes usassem o "creative comuns".

    Creio que não o faz pois ele sabe que isso vai contra o interesse dos músicos profissionais, que sabem que assim é mais difícil conseguirem financiamento.

    ResponderEliminar
  5. Lessig é um dos fundadores do CC. O objectivo é trabalhar com a lei presente de copyright mas permitindo a eliminação da exclusividade de uso das obras.

    O meu ponto é diferente mas não necessariamente contrário. Não sei o suficiente acerca da posição dele para garantir que concordamos em tudo, mas o que eu defendo é que o copyright enquanto direito de cópia deve ser abolido e substituido por um direito de comercialização.

    Nem moralmente nem como forma de incentivar a criatividade se justifica dar a uns o direito de restringir aos outros o acesso a informação divulgada.

    ResponderEliminar
  6. «Nem moralmente nem como forma de incentivar a criatividade se justifica dar a uns o direito de restringir aos outros o acesso a informação divulgada.»

    Estou a discutir essa alegação no teu texto anterior.

    Quanto ao autor da palestra ser um dos fundadores do CC, isso é coerente com a posição dele: dar aos artistas a possibilidade de escolher o uso que é feito da sua criação, mesmo que essa escolha implique permitir a cópia, mas negar o direito de explorar comercialmente a obra.
    O que ele defende nesta palestra é uma licensa diferente em que além da cópia é também permitida a criação de obra derivada, mas mantém-se a restrição comercial.
    Em ambos os casos o autor defende que deve ser o autor a aderir voluntariamente a esta licensa.

    Eu ainda vou mais longe, e até admitiria um copyrigth modificado que fosse mais tolerante com obras derivadas desde que não houvesse exploração comercial. Mas mesmo quanto a isto tenho dúvidas.

    A licensa que ele defende deveria ser permitida "para ontem", disso estou certo.

    ResponderEliminar

Se quiser filtrar algum ou alguns comentadores consulte este post.