Treta da Semana: trocar privacidade por segurança.
Muitos julgam que mais segurança implica menos privacidade, mas a segurança e a privacidade são interdependentes. Queremos segurança para proteger direitos como a privacidade. Não fecho a porta só por medo de ladrões ou terroristas mas também para tomar duche, ir à casa de banho ou conversar à vontade. Portas e fechaduras dão-me segurança e privacidade. A privacidade é até um meio de ter segurança. Guardo os valores fora da vista alheia, o dinheiro no bolso e não quero que os assaltantes saibam quando vou de férias. Quando tratamos nós da nossa segurança e privacidade não trocamos uma pela outra. Pelo contrário, cada uma contribui para garantir a outra.
E quando delegamos noutros a nossa segurança também não temos que ceder privacidade. Os fusíveis, os cintos de segurança, a licença de porte de arma e de venda de explosivos dão segurança sem tirar privacidade. Tal como ter polícia na rua ou esquadras suficientes para que intervenham rapidamente. Estas coisas custam dinheiro mas não nos custam direitos.
O problema é que os encarregados da nossa segurança vão querer fazer o seu trabalho da forma que lhes convém mais a eles, e não necessariamente a nós. Contratamos pessoas para apanhar criminosos como forma de reduzir o crime. Mas apanhar criminosos não coincide exactamente com o a eliminação do crime. Nós preferimos que o polícia na rua dissuada o criminoso mas o polícia progride na carreira quando apanha criminosos e não quando os crimes não ocorrem. O mesmo para quem passa multas de trânsito, fiscaliza restaurantes ou serve a nossa segurança de qualquer outra forma. Para nós, estas actividades devem servir o objectivo último de proteger os nossos direitos. Mas para cada profissional a sua tarefa é que é o objectivo, subordinando assim os fins ao meios. É por isso que não deve ser o polícia a decidir se pode pôr escutas nem a companhia de telefones a escolher que telefonemas regista. Ambos desempenham um papel importante ao serviço dos nossos direitos, mas ambos têm objectivos que diferem desse propósito.
A tecnologia facilita cada vez mais a violação da privacidade e os órgãos de segurança pressionam para reduzir as barreiras legais à recolha de informação. Isto não nos dá mais segurança. Dá menos. Mas ajuda a progredir na carreira. O registo de telefonemas e ligações de internet não detém terroristas nem reduz os assaltos. Muitos criminosos sabem usar telefones públicos. Mas a prevenção do crime tem menos prestígio que a apreensão de suspeitos. E é mais fácil prender quem copia ficheiros, faz telefonemas insultuosos ou tem blogs que criticam funcionários públicos do que patrulhar as ruas à noite. E então se for tudo com câmaras é que é supimpa.
Também muitos se esquecem que a privacidade não é só o que se esconde do olhar alheio. As compras na farmácia e supermercado, o trajecto de autocarro ou o almoço no restaurante são visíveis a quem lá esteja. Mas seguir alguém agregando esta informação é uma violação de privacidade. Para privar alguém deste direito basta a recolha e cruzamento de dados publicamente acessíveis. Por isso o artigo 35º da nossa constituição proíbe «a atribuição de um número nacional único aos cidadãos» e o parecer da CNPD sobre o cartão do cidadão refere que «a concentração da informação respeitante aos cidadãos [significa] uma restrição dos direitos fundamentais à privacidade e à protecção dos dados pessoais»(1).
A protecção legal da nossa privacidade está a enfraquecer porque a informação dá jeito a polícias, políticos e burocratas em geral. E a seguradoras, bancos e qualquer empresa. É fácil de recolher, barata de guardar e eventualmente será útil para todos. Menos para nós. Infelizmente, muitos não perceberam os riscos. Não estranham que o supermercado peça o nome e morada ou que a Netcabo pergunte as habilitações literárias e situação profissional. Publicam dados pessoais, vídeos e fotos da casa, carro e família e aprovam que se registe toda a sua vida para lhes dar mais segurança. Não dá. Esta informação só serve para saber da vida das pessoas e não para prevenir crimes relevantes. E até ajuda os criminosos.
No ataque de 11 de Setembro morreram 2800 pessoas. Todos os anos, nos EUA, dez milhões de pessoas sofrem de furto de identidade. Uma base de dados com os detalhes da vida de cada cidadão não salvava nenhum dos primeiros 2800. Mas uma coisa dessas é um maná para os criminosos que burlam milhões de pessoas todos os anos.
A privacidade não se troca por segurança. Faz parte da segurança. «O direito à privacidade [...] é um direito fundamental [...] protector dos indivíduos face à actuação do Estado e dos poderes públicos.»(1)
1- CNPD, PARECER Nº 37/ 2006
Vejam também:
Jennifer Granick, Wired, Security vs. Privacy: The Rematch
Owen Bowcott, Guardian, CCTV boom has failed to slash crime, say police
Bruce Schneier, Schneier on Security, Protecting Privacy and Liberty
Bruce Schneier, Schneier on Security, Security vs. Privacy
"licença de porte de arma e de venda de explosivos dão segurança"
ResponderEliminarComo?? Ou li o texto mal, ou não percebi mesmo esta parte. Onde é que uma população armada = população segura??
Ska,
ResponderEliminarO que eu queria dizer é que estamos mais seguros por ser preciso licenças para estas coisas. Era menos seguro se se pudesse andar armado ou comprar explosivos sem precisar de licença.
Deixo aqui mais uma referência, também da autoria de Bruce Scheneier: http://www.wired.com/politics/security/commentary/securitymatters/2006/05/70886
ResponderEliminarO autor explica porque é que frases como "se eu não estou a fazer nada de mal, então não tenho nada a esconder" estão total e completamente erradas. Segue-se um excerto:
"The most common retort against privacy advocates -- by those in favor of ID checks, cameras, databases, data mining and other wholesale surveillance measures -- is this line: "If you aren't doing anything wrong, what do you have to hide?"
Some clever answers: "If I'm not doing anything wrong, then you have no cause to watch me." "Because the government gets to define what's wrong, and they keep changing the definition." "Because you might do something wrong with my information." My problem with quips like these -- as right as they are -- is that they accept the premise that privacy is about hiding a wrong. It's not. Privacy is an inherent human right, and a requirement for maintaining the human condition with dignity and respect."
Já não sei onde vi a notícia sobre o número de casos em que o "netbanking" propiciou o roubo de alguns utilizadores, mas a questão é interessante e paralela a esta. Não tanto pela privacidade no âmbito TCP/IP que alguns têm como nefasta, mas mais pelo potencial (dis)funcional da internet quando dela dependemos para coisas que, sem internet, faríamos com mais privacidade. O post fala no apetite das empresas pela obtenção e conservação de dados pessoais. Eu acrescentaria que o problema está não apenas nesse apetite, como em forçar as pessoas a fornecê-los por meio de uma tecnologia que nos ultrapassa na consciência daquilo que estamos realmente a fazer (para além da inconsciência que referes no post). Case study:
ResponderEliminar1º) Os accionistas gostam de números belos.
2º) A redução de custos é bela.
3º) O netbanking é belo.
4º) Quem vai esperar num balcão é burro.
5º) Os clientes do banco usam o netbanking porque são espertos.
6º) Naturalmente, alguém lixa os clientes do banco.
7º) O banco diz aos clientes que lamenta, pois claro, mas o problema é deles.
Acho que tudo isto é trânsito de informação pessoal mal regulado. É óbvio que se eu levantar um maço de notas no banco e for assaltado 15 metros depois da porta não vou chatear a gerência por me prestar um mau serviço. Agora, se me empurram para a utilização de um serviço de rede que me paira no pescoço como uma espada, o que eu espero dos tais burocratas de quem falas é que se mexam para endireitar o sistema bancário não apenas com "injecções" de 2,3 mil milhões de euros.
«O problema é que os encarregados da nossa segurança vão querer fazer o seu trabalho da forma que lhes convém mais a eles, e não necessariamente a nós.». Exacto.
Ludwig:
ResponderEliminarOra nem mais!
Não sei se foi Tomas Jefferson, mas creio que sim, que disse algo semelhante a:
«Se um povo sacrifica a liberdade em troca da segurança, não merece a primeira e vai acabar por perder ambas»
Parece que desde o 11 de setembro muita gente está ansiosa por fazer esa troca. Eu tenho muito mais medo da violação da privacidade que dos terroristas.
O 11 de Setembro pode ter sido horrível, mas todos os anos morrem nas estradas portuguesas mais pessoas. Não é por isto que se justificam retrocessos civilizacionais como começar a usar a tortura e outras tretas que tais, que não parecem escandalizar muita gente. As recorrentes tentativas de contornar as protecções à nossa privacidade são apenas mais um aspecto deste panorama geral em que a nossa sociedade está a fazer a tal troca - o tal péssimo negócio - de liberdade por segurança. A preparar-se para perder ambas.
Bruce,
ResponderEliminar«O banco diz aos clientes que lamenta, pois claro, mas o problema é deles.»
Isto é uma problema grave do problema. Se dão dinheiro à pessoa errada quem paga é o cliente. E bastava que a lei responsabilizasse mais os bancos para que a segurança destas transacções melhorasse num instante, e com isso a protecção da nossa privacidade.
Infelizmente, em democracia o dinheiro também vota...
João Vasco,
ResponderEliminarÉ diferente morrerem por acidente ou por homicídio, por isso penso que o número em si não será o factor mais relevante.
O problema é que a retenção de dados e a videovigilância não servem para impedir crimes importantes. CÂmaras dissuadem quem quer roubar um chocolate no supermercado mas não quem quer assaltar um banco. Para isso é preciso portas blindadas e guardas armados.
Só que é tecnicamente tão fácil implementar estes sistemas que as organizações querem fazê-lo para reduzir as chatices que têm com estas coisas menores. Isto porque o custo real, da perda de direitos e dos riscos de abuso da informação, não é suportado por eles mas por nós.
Um supermercado que grava as imagens de tudo o que se passa lá dentro está a trocar a privacidade dos clientes, que não interessa aos accionistas, pela redução no furto dos chocolates, que já dá alguns trocos. A polícia, o estado, as companhias de telefones e bancos fazem todos decisões semelhantes. Só que ao menos o supermercado é honesto e não nos quer enganar com a treta do terrorismo...
Ludwig,
ResponderEliminarAcho que a questão é muito mais complexa e não é passível de generalizações. Em tese, concordo com tudo o que disseste. Mas há situações em que eu estaria disposto a aceitar uma invasão de privacidade.
Vou dar um exemplo. Eu pago os meus impostos na actividade que tenho por conta de outrém, bem como naquela que tenho por conta própria (eu até em explicações que dava, passava recibo). Quando vejo gente que ganha dez vezes mais do que eu e que paga dez vezes menos impostos do que eu, confesso que gostaria que as autoridades competentes espreitassem para a conta bancária dos dois, e que fossem perguntar como é que o outro consegue andar de Porshe, enquanto eu só consigo andar de Citroen Saxo.
Gostaria também que quem tem no seu PC uma base de dados com fotos pedófilas, bem como uma hipotética lista de contactos de uma rede pedófila que se dedica ao rapto e tráfico dessas crianças, visse a sua privacidade invadida pelas autoridades competentes.
Resumindo, gostaria que quem constituísse um perigo para a sociedade visse a sua privacidade (ou a sua segurança) reduzida, deixando a dos outros intacta. Isto seria um mundo ideal.
Neste nosso mundo, acho a questão bem complexa, não permitindo apontar uma solução óptima.
Ok, não tinha percebido essa parte. Por isso me fez confusão
ResponderEliminarPedro Ferreira,
ResponderEliminar«Acho que a questão é muito mais complexa e não é passível de generalizações»
Referes-te a algum caso em particular ou à situação em geral? ;)
«Resumindo, gostaria que quem constituísse um perigo para a sociedade visse a sua privacidade (ou a sua segurança) reduzida, deixando a dos outros intacta. Isto seria um mundo ideal.»
Estou de acordo com esta generalização, desde que se respeite um principio fundamental dos direitos humanos e da sociedade democrática: a presunção de inocência. Se ninguém tiver a sua privacidade invadida por mero procedimento administrativo ou queixa infundada, e apenas o fizerem em casos de suspeita devidamente fundamentada como parte de uma investigação policial sob supervisão judicial, então estou de acordo. Revistem a casa, apreendam o computador, vasculhem as contas bancárias.
Mas estou contra que façam isso por sistema a toda a gente só para lhes dar menos trabalho a investigar os criminosos.
Nota que tudo isto que eu critico no post é acerca da violação da privacidade de cidadãos que se presume inocentes.
Ludwig,
ResponderEliminarEntendido e percebido. A invasão de privacidade que defendo é, obviamente, fundamentada em suspeitas e não por sistema.
Já me basta a página da "Amazon": procurei umas capas de CD para juntar aos meus mp3 e agora sou vítima de um algoritmo estúpido que acha que o meu "profile" é baseado naquilo que procurei. "Olhe esta sugestão para si...", "Temos um livro que se adequa mesmo a si...", "Você ainda não sabe o que quer mas nós sabemos e é exactamente isto..."
Ludwig,
ResponderEliminaranteriormente fiz um comentário em que afirmava que considerava a questão da segurança "um pau de dois bicos".
De facto, teoricamente, estou de acordo quando dizes que estas são interdependentes e que não precisamos de trocar uma pela outra. Mas infelizmente na prática, não vejo isso acontecer.
Os sistemas de segurança que temos actualmente acabam por implicar sempre alguma perda de privacidade. A questão é até que ponto é que essa perda de privacidade se justifica, é razoável e corresponde de facto a um aumento da segurança.
Por exemplo, ter câmaras de segurança num supermercado, é algo que penso que se justifica, pois:
- do ponto de vista da privacidade, é obrigatório as pessoas serem avisadas de que existe um circuito fechado de televisão. Assim, tem-se consciência da perda de privacidade a partir do momento em que se entra, o que me parece razoável.
- do ponto de vista da segurança, em termos efectivos, não sei até que ponto existe mesmo alguém a vigiar as câmaras (conheço alguns casos em que sei que não existe ninguém a vigiar nem são feitas gravações), mas há sempre o efeito psicológico da existência de uma câmara, que provavelmente reduz o número de assaltos.
Agora, uma coisa é ter uma câmara num supermercado; outra coisa é ter câmaras em todo o lado a vigiarem cada passo que damos. E é complicado definir a fronteira do razoável aqui. Penso que é uma questão de equilíbrio. Há meios que justificam os fins, outros que não...
Ludwig:
ResponderEliminarHomicídio ou acidente são coisas MUITO diferentes.
A minha comparação apenas se deveu à vontade de pôr em perspectiva o medo algo irracional (no sentido que é desproporcionado) que muitos têm do terrorismo.
Como a irracionalidade não é boa conselheira, só ela explica uma transação na qual se abica de liberdade para ter segurança, quando de facto também se irá encontrar menos desta última...
Ouriça,
ResponderEliminar«Os sistemas de segurança que temos actualmente acabam por implicar sempre alguma perda de privacidade. [...] Por exemplo, ter câmaras de segurança num supermercado, é algo que penso que se justifica»
Concordo. Mas o que é importante perceber é que a essa troca de privacidade por segurança é cedermos a nossa privacidade em favor da segurança daqueles que nos reduzem a privacidade. As câmaras no supermercado não são para nossas segurança, mas para segurança do supermercado. O registo das tuas chamadas não é para tua segurança. É para a companhia dos telefones detectar aldrabices, abusos do serviço e afins.
Outro problema é que sempre que cedemos a nossa privacidade cedemos também a nossa segurança. A ideia que trocamos a nossa privacidade pela nossa segurança é uma aldrabice.
Mas em casos como o supermercado penso que é legítimo que o dono do estabelecimento tenha câmaras em locais de acesso público (não em vestiários ou WC, por exemplo), se devidamente identificadas. Mas não concordo que possam gravar as imagens e guardá-las o tempo que quiserem, porque daqui a poucos anos já será fácil identificar as pessoas automaticamente e seguir todos os seus passos. Não quero que nessa altura os supermercados tenham uns anos de registo digital dos meus hábitos de consumo...
«Parece que desde o 11 de setembro muita gente está ansiosa por fazer esa troca. Eu tenho muito mais medo da violação da privacidade que dos terroristas.»
ResponderEliminarOs terroristas preocupam-me justamente por causa disso. Não pelas mortes em si (obviamente dramáticas) mas porque o terrorismo funciona quando, por haver quem tire partido do terror, se minam indirectamente alguns pilares da Democracia como a presunção de inocência e liberdades como a privacidade ou a livre movimentação de pessoas.
E a culpa disso é haver quem esteja disposto a deitar por terra esses princípios por populismo político ou oportunismo administrativo, e haver quem se deixe levar pelas emoções dando poder às pessoas erradas. Essa é a fraqueza da Democracia.
Não sei até que ponto algum terrorista tenha isso em consideração. Depois de ler o livro do Lawrence Wright sobre a cadeia de eventos que levou ao 11 de Setembro, fiquei convencido que não. O terror que procuram infligir é somente a dor e o medo da morte.
Mas o efeito indirecto que têm sobre os valores democráticos acaba por ser ainda mais devastador.
Ludwig,
ResponderEliminar"Mas o que é importante perceber é que a essa troca de privacidade por segurança é cedermos a nossa privacidade em favor da segurança daqueles que nos reduzem a privacidade. As câmaras no supermercado não são para nossas segurança, mas para segurança do supermercado."
Exacto. Mas devia-se fazer sempre uma análise detalhada ao implementar cada sistema de segurança para que fosse possível perceber até que ponto de facto se deveria ou não implementa-lo.
Penso que o que interessa perceber é se a segurança que o dono do supermercado ganha com isso compensa a perda de privacidade a que nos dispomos. Além disso, há casos em que realmente os dados podem ser utilizados para fins errados, mas outros em que provavelmente não. No fundo não passa de uma análise custo-benefício, em que se devia contemplar todos os aspectos para retirar o maior benefício social possível.
Francisco Burnay,
essa perspectiva é de facto muito interessante. Realmente o terrorismo tem impactes que eventualmente estão além do que os próprios terroristas imaginam, ameaçando os alicerces da democracia.
Ola a todos,
ResponderEliminarLudwig será assim tão mal conhecerem os teus hábitos de consumo? Eu da minha parte gosto de ter uma publicidade mais direccionada aos meus gostos do que toneladas de informações inúteis. Não vejo a minha privacidade ameaçada porque tem 30 minutos de vídeo em que eu estou a comprar coca-cola e batatas fritas, e que guardam essas imagens durante 3 anos num armazém poeirento. Se tivermos em conta o manancial de informação envolvida talvez ficássemos mais descansados e víssemos as potencialidades de tal armazenamento de informação. Claro que na teoria concordo com o que descreves mas realmente isso so me afectaria em relação à minha casa. Em lugares públicos o uso de vigilância tem muito mais vantagens que desvantagens.
Apesar de estar tão preocupado com a preservação dos direitos humanos, o Ludwig insiste em autodenominar-se "macaco tagarela".
ResponderEliminarOu seja, ele não se considera verdadeiramente humano, e por isso não pode pretender gozar os respectivos direitos!!
Então o que justifica tanta preocupação? Em nome da coerência, não deveria estar mais preocupado com os direitos dos animais?
Provavelmente o Ludwig aguarda com ardente expectativa que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos decida sobre se os chimpanzés são pessoas (caso que está pendente neste momento).
Então veremos o "macaco tagarela" a reclamar vitória e a reclamar o gozo pleno dos direitos fundamentais.
Felizmente, essa dos "macacos tagarelas" é apenas mais um dos múltiplos disparates a que o Ludwig nos tem habituado e cuja listagem voltarei a descarregar nos próximos tempos.
Essa dos "macacos tagarelas" só demonstra o que existe de verdadeiramente desumano e de degradante na teoria da evolução.
Mas continuando:
"Esse é um ponto importante que o Jónatas tem evitado sistematicamente. Não é uma questão de confiar no seu deus."
O Deus que está em causa é o Deus da Bíblia, referenciado na história humana desde a Criação. Reconhecido por muitos, durante milénios.
"É uma questão de confiarmos em si. O Jónatas é infalível?"
A infalibilidade que está em causa não é deste ou daquele criacionista. Isso é uma mistificação disparatada.
O que está em causa é a infalibilidade de Deus e da sua palavra.
O Génesis foi escrito há vários milhares de anos. O mesmo foi tido como histórico durante séculos. Não foi inventado pelos criacionistas há alguns anos.
Na verdade, todas as evidências observadas, quando separadas das interpretações evolucionistas, encaixam perfeitamente no livro de Génesis.
A infalibilidade da Palavra de Deus é sistematicamente afirmada na Bíblia e sistematicamente confirmada pela história, pela arqueologia e pela ciência.
Vejamos:
Se a vida foi criada por Deus, não admira nada que existam múltiplos códigos paralelos armazenados e miniaturizados no DNA, como verdadeiramente existem.
Se o Universo e a vida foram criados por Deus não admira que o primeiro esteja sintonizado para a segunda, apesar da probabilidade infinitesimal de isso acontecer.
Se a queda do homem trouxe a morte e a corrupção, não admira que existam mutações e selecção natural e que umas e outra diminuam a quantidade e a qualidade de informação genética disponível.
Se o dilúvio global existiu, então não admira que existam camadas transcontinentais de sedimentos, triliões de fósseis, fósseis de moluscos muito acima do nível do mar, fósseis polistráticos, fósseis vivos, etc.
"É omnisciente?"
Os criacionistas não clamam omnisciência para si!! Mais outro disparate do Ludwig.
Apenas dizem que Deus é omnisciente. Ele esteve presente na Criação e disse-nos que foi racional, ordenada e quase instantânea.
A extrema complexidade da vida e a sua dependência de informação codificada corrobora que a criação da vida só pode ter sido um acto sobrenatural e instantâneo.
"Esteve presente na criação do universo?"
Mais outra pergunta disparatada. Nunca ninguém disse isso.
O que se diz é que Deus esteve lá. É isso que está em causa.
Quando analisamos a Bíblia estamos a analisar palavras que sempre foram atribuídas à inspiração de Deus pelos próprios copistas que durante séculos as copiaram.
O cuidado que eles punham na sua cópia devia-se, precisamente, ao facto de acreditaram que as mesmas eram divinas.
É a Palavra de Deus que está em causa, confirmada pela ressurreição de Jesus Cristo, facto testemunhado por muitos.
Na verdade, a ressurreição de Jesus Cristo foi testemunhada por muitos e registada pormenorizadamente.
Da origem acidental da vida ou da evolução de uma espécie menos complexa para outra mais complexa não temos qualquer relato histórico fidedigno ou experiência científica que a possa demonstrar.
Mesmo o registo fóssil não corrobora a evolução gradual.
"Se não, então pelos seus argumentos não lhe devemos dar ouvidos quando afirma conhecer um livro que tem a verdade sobre isto tudo."
Não são os argumentos criacionistas. Estes contróem apenas sobre o que a Bíblia diz.
A Bíblia fala por si. Ela é suficientemente poderosa.
Não admira que seja o livro mais lido e traduzido em todo o mundo e aquele que mais influência teve na história da humanidade.
A Bíblia mostra mais rigor em questões científicas relativas à vida e ao Universo do que o rigor do Ludwig.
A Bíblia explica porque é que encontramos informação codificada no DNA, em quantidade e qualidade inabarcável por toda a comunidade científica: a vida foi criada por um ser muito mais inteligente do que toda a comunidade científica.
A Bíblia permite-nos compreender porque é que gaivotas dão gaivotas e moscas dão moscas: os seres vivos foram criados separadamente e reproduzem-se de acordo com a sua espécie.
A Bíblia permite-nos compreender a singularidade da Terra e do sistema solar reafirmados pelas observações científicas mais recentes: a Terra e o sistema solar foram criados com um propósito especial.
A Bíblia permite-nos compreender porque é que existem tantos fósseis nos cinco continentes e camadas de sedimentos de dimensão intercontimental: dilúvio e suas sequelas.
A Bíblia diz-nos porque é que existem diferentes povos e diferentes línguas, bem como pequenas diferenças físicas na espécie humana.
O que está em causa não é a falibilidade dos criacionistas, cujos modelos vão sendo ajustados à medida que a ciência progride, o que está em causa é a verdade daquele que disse: os céus e a Terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.
Em franco contraste com o rigor e a sobriedade do texto bíblico, o Ludwig autodenomina-se "macaco tagarela", lançando imediatamente uma aura de suspeição sobre tudo o que diz (comp Darwin percebeu) e tornando contraditória a sua preocupação com os direitos humanos.
Na melhor tradição do constitucionalismo moderno, baseado na tradição judaico-cristã, os direitos humanos surgem como grandezas estabelecidas pelo próprio Criador.
Na Declaração de Independência dos Estados Unidos diz-se:
"We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness.--
Perspectiva:
ResponderEliminarOs seres humanos são animais racionais.
Ora isso quer dizer que... são animais.
Assim como as escovas amarelas são escovas, e as cadeiras de madeira são cadeiras, também os animais racionais são animais.
São diferentes dos outros? Claro: a selecção natural diz-nos que existem várias espécies. Até que ponto são diferentes? Somos mais parecidos com os outros mamíferos que com as baratas. E temos mais em comum com os restantes animais que com outros seres vivos como a bactéria.
Por isso um macaco é diferente de uma barata ou de uma bactéria, e um ser humano é diferente de outro símio.
Posto isto, toda a sua mensagem é mais propaganda criacionista a despropósito.
Rogo-lhe que respeite os outros comentadores deste espaço e o autor deste blogue e deixe de comentar os textos a despropósito. Fale sobre o criacionismo nas centenas de textos deste blogue sobre esse assunto, não nos outros, a despropósito. Somos todos vítimas do seu desrespeito e da sua falta de consideração.
as bactérias, digo. Há mais que uma...
ResponderEliminarComo o prometido é devido, aqui vão, para quem só recentemente se tenha ligado a este blogue, as tiradas disparadas e pseudo-científica do Ludwig Krippahl.
ResponderEliminarEste "syllabus errorum" permitirá concluir que a Bíblia fala com muito mais rigor do que o Ludwig e que o problema está longe de ser uma imaginária pretensão de infalibilidade dos criacionistas (de resto, nunca formulada).
o Ludwig,
1) Defendeu que a mitose e a meiose são modos de criação naturalística de DNA!!
Na verdade apenas se trata de processos de cópia da informação genética pré-existente no DNA quando da divisão das células.
Por sinal, trata-se de uma cópia extremamente rigorosa, equivalente a 282 copistas copiarem sucessivamente toda a Bíblia e enganarem-se apenas numa letra.
De resto, o processo de meiose corrobora a verdade bíblica de que todas as criaturas se reproduzem de acordo com a sua espécies, tal como Génesis 1 ensina.
A mitose e a meiose não criam informação nova, capaz de criar estruturas e funções inovadoras.
Ela limita-se a recombinar informação genética pré-existente no DNA.
A meiose e a mitose existem porque o DNA e a informação nele codificada as torna possíveis.
Por explicar fica a origem naturalística do DNA, enquanto sistema mais eficiente de armazenamento de informação que se conhece, e da informação codificada nele contida.
2) Defendeu a evolução comparando a hereditariedade das moscas (que se reproduzem de acordo com a sua espécie) com a hereditariedade da língua (cuja evolução é totalmente dependente da inteligência e da racionalidade.)
Em ambos os casos não se vê que é que isso possa ter que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas, já que em ambos os casos não se explica a origem de informação genética por processos naturalísticos.
3) Defendeu que todo o conhecimento científico é empírico, embora sem apresentar qualquer experiência científica que lhe permitisse fundamentar essa afirmação.
Curiosamente, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.
Na verdade, não existe qualquer experiência ou observação científica que permita explicar a causa do hipotético Big Bang ou demonstrar a origem acidental da vida a partir de químicos inorgânicos.
Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.
Se o naturalismo se baseia na premissa de que todo o conhecimento é empírico e se essa premissa não consegue satisfazer o critério de validade que ela mesma estabelece para o conhecimento, vê-se bem que o naturalismo não se baseia no conhecimento, mas sim na ignorância.
4) Defendeu a incompetência do designer argumentando com o sistema digestivo das vacas e os seus excrementos.
Esquece porém que esse argumento, levado às últimas consequências, nos obrigaria a comparar o cérebro do Ludwig com o sistema digestivo das vacas e os pensamentos do Ludwig com os excrementos das vacas.
E poderíamos ter dúvidas sobre qual funciona melhor, já que para o Ludwig todos seriam um resultado de processos cegos e destituídos de inteligência.
Apesar de tudo os criacionistas têm uma visão mais benigna do cérebro do Ludwig e dos seus pensamentos.
As premissas criacionistas partem do princípio de que o Ludwig é um ser racional porque foi criado à imagem e semelhança de um Deus racional.
As premissas criacionistas afirmam que a vida do Ludwig tem um valor inestimável, porque o Criador morreu na cruz para salvar o Ludwig do castigo do pecado.
Segundo a Bíblia, todos pecámos e estamos separados da glória de Deus, podendo obter vida eterna mediante um dom gratuito de Jesus Cristo.
5) Defendeu que a síntese de betalactamase, uma enzima que ataca a penicilina destruindo o anel de beta-lactam, é uma evidência de evolução.
Nesse caso o antibiótico deixa de ser funcional, pelo que os microorganismos que sintetizam betalactamase passam a ser resistentes a todos os antibióticos.
A betalactamase é fabricada por um conjunto de genes chamados plasmidos R (resistência) que podem ser transmitidos a outras bactérias.
Em 1982 mais de 90% de todas as infecções clínicas de staphylococcus eram resistentes à penicilina, contra perto de 0% em 1952.
Este aumento de resistência ficou-se a dever, em boa parte, à rápida transferência por conjugação do plasmido da betalactamase.
Como se pode ver, neste exemplo está-se perante síntese de uma enzima de banda larga com perda de especificidade e, consequentemente, com perda de informação.
A rápida obtenção de resistência conseguiu-se por circulação de informação.
Em caso algum estamos perante a criação de informação genética nova, codificadora de novas estruturas e funções.
Na verdade, na generalidade dos casos conhecidos em que uma bactéria desenvolve resistência a antibióticos acontece uma de três coisas:
a)) a resistência já existe nos genes e acaba por triunfar por selecção natural, embora não se crie informação genética nova;
b) a resistência é conseguida através de uma mutação que destrói a funcionalidade de um gene de controlo ou reduz a especificidade (e a informação) das enzimas ou proteínas;
c) a resistência é adquirida mediante a transferência de informação genética pré-existente entre bactérias, sem que se crie informação genética nova (o que sucedeu no exemplo do Ludwig).
Nenhuma destas hipóteses corrobora a criação naturalista da informação codificada necessária à transformação de partículas em pessoas.
6) Defendeu que o código do DNA, afinal, não codifica nada!!
Isto, apesar de o mesmo conter sequências precisas de nucleótidos com as instruções necessárias para a construção de aminoácidos, cujas sequências, por sua vez, conduzirão ao fabrico de cerca de 100 000 proteínas diferentes, com funções bem definidas para o fabrico, sobrevivência e reprodução dos diferentes seres vivos.
Existem 2000 aminoácidos diferentes e o DNA só codifica os 20 necessários à vida.
O DNA contém um programa com informação passível de ser precisamente transcrita, traduzida, executada e copiada com sucesso para o fabrico de coisas totalmente diferentes dos nucleótidos e representadas através deles.
A informação está nas sequências de nucleótidos.
Curiosamente, já antes dos trabalhos de Crick e Watson, já Gamow, por sinal o mesmo cientista que fez previsões acerca da radiação cósmica de fundo, previu que o DNA continha informação codificada e armazenada.
E acertou.
De resto, é universalmente reconhecido que o DNA contém informação codificada.
O Ludwig, por ter percebido que não existe código sem inteligência, viu-se forçado a sustentar que o DNA não contém nenhum código, apesar de ser óbvio que contém.
Para ele, tudo não passa de uma metáfora.
O problema para o argumento do Ludwig é que mesmo aqueles cientistas, citados no KTreta, que sustentam que só metaforicamente se pode falar em código a propósito do DNA, afirmam que melhor se faria em falar em cifra, isto, é, em linguagem cifrada e em decifração do DNA.
Só que, longe de refutar o argumento criacionista sobre a origem inteligente da informação, estes cientistas acabam por corroborá-lo inteiramente, na medida em que sustentam que se está aí diante de informação encriptada.
Refira-se que, em sentido não técnico, uma cifra é um verdadeiro código.
Também aí tanto a informação, como a cifra (ou o código) usada para a sua transmissão, têm que ter uma origem inteligente. Recorde-se que o código Morse é, em sentido técnico, uma cifra, i.e., linguagem cifrada.
Ora, o código Morse e a informação que ele pode conter nunca poderiam existir sem inteligência.
Como demonstra a teoria da informação, e como o Ludwig reconhece, não existe informação codificada ou cifrada (como se quiser) sem uma origem inteligente.
Daí que, tanto a origem acidental da vida, como a evolução de partículas para pessoas por processos meramente naturalísticos sejam uma impossibilidade científica.
A abiogénese e a evolução nunca aconteceram.
Assim se compreende que a origem acidental da vida nunca tenha sido demonstrada (violando inclusivamente a lei científica da biogénese) e que mesmo os evolucionistas reconheçam que o registo fóssil não contém evidências de evolução gradual.
Por outras palavras, a partir da linguagem codificada ou cifrada do DNA, as conclusões são óbvias:
a) o Big Bang é impossível, na medida em que a matéria e a energia não criam informação codificada;
b) a origem casual da vida e a evolução de espécies menos complexas para mais complexas são impossíveis, na medida em que dependem intensivamente de informação codificada ou cifrada e esta depende sempre de uma origem inteligente.
A esta luz, as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética pré-existente, pelo que nada têm que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas.
Tudo isto pode ser empiricamente corroborado. Ninguém tem que reclamar infalibilidade para o fazer.
Basta olhar para o mundo real do DNA, das mutações e da selecção natural.
7) Defendeu que a ciência evolui como os organismos vivos supostamente evoluem.
Sucede que a ciência evolui graças à inteligência dos cientistas e à informação por eles armazenada, sendo que nem aquela inteligência nem esta informação conseguem abarcar e compreender a quantidade e a qualidade de informação codificada contida nos organismos vivos.
Estes só podem existir e reproduzir-se se a informação necessária para os especificar existir antes deles e codificada dentro deles.
A ciência e a tecnologia são um domínio por excelência do design inteligente, onde as experiências e os mecanismos são desenvolvidos com um fim preciso em vista, por cientistas inteligentes e com base em informação acumulada ao longo de séculos.
Os cientistas não deixam os seus departamentos ao acaso, nem deixam que as experiências científicas sejam conduzidas por pessoas sem a mínima preparação.
A produção de milhões de espécies altamente complexas e especificadas, funcionalmente integradas, num sistema solar e num universo sintonizados para o efeito, corrobora a presença de uma quantidade incompreensível de inteligência e poder.
No registo fóssil não existe nenhuma evidência de que as espécies realmente evoluíram gradualmente.
Nem se vê como as mutações aleatórias poderiam criar quantidades inabarcáveis de informação codificada altamente complexa.
Nunca tal foi observado nem explicado por ninguém.
8) Autodefiniu-se como “macaco tagarela”.
Para os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é macaco.
E ainda bem, porque senão teríamos um problema epistemológico muito sério, como já Charles Darwin suspeitava quando se interrogava:
“the horrid doubt always arises whether the convictions of man's mind, which has been developed from the mind of the lower animals, are of any value or at all trustworthy.
Would any one trust in the convictions of a monkey's mind, if there are any convictions in such a mind?”
9) Defendeu que a cebola é um exemplo de mau design, quando se trata de um prodígio terapêutico como tal reconhecido por todos os cientistas.
João Vasco diz:
ResponderEliminar"Os seres humanos são animais racionais."
A Bíblia nunca se refere aos seres humanos como animais.
Os filósofos gregos faziam-no.
Isso só mostra a superioridade da Bíblia sobre os filósofos gregos e a sua consistência interna.
João Vasco diz:
ResponderEliminar"selecção natural diz-nos que existem várias espécies."
A selecção natural não cria nada. Ela apenas elimina aquilo que já existe.
"Até que ponto são diferentes? Somos mais parecidos com os outros mamíferos que com as baratas."
Semelhanças e diferenças não provam a evolução. Provam apenas a existência de semelhanças e diferenças.
"E temos mais em comum com os restantes animais que com outros seres vivos como a bactéria."
Também isso só por si é incapaz de explicar como é que bactérias se poderiam transformar em bacteriologistas.
"Por isso um macaco é diferente de uma barata ou de uma bactéria, e um ser humano é diferente de outro símio."
Semelhanças e diferenças não provam nada. O facto de uma caneta ser diferente de um computador não prova que este evoluiu por acaso a partir de uma caneta.
Como vê, a sua argumentação também é tão disparatada como a do Ludwig. Lamento dizê-lo, mas é verdade.
João Vasco disse:
ResponderEliminar"Fale sobre o criacionismo nas centenas de textos deste blogue sobre esse assunto, não nos outros, a despropósito."
Foi o Ludwig que introduziu o assunto, pretendendo escarnecer dos criacionistas.
Só sairemos daqui quando nos demonstrarem a verdade da evolução.
Além disso, se saíssemos, poderia ficar a ideia de que temos medo de discutir com os evolucionistas, e essa seria uma falsa ideia.
"Somos todos vítimas do seu desrespeito e da sua falta de consideração"
You asked for trouble, you got it!!
Ficárá suficientemente clara a estultícia dos argumentos evolucionistas do Ludwig
Ó Perspectiva,
ResponderEliminaressa dorzinha de cotovelo deve andar mesmo a apertar. Tire umas férias e deixe-nos todos descansar de tanta asneirada, por favor. Vai ver que até o seu deus lho agradece.
Cristy
«A Bíblia nunca se refere aos seres humanos como animais.»
ResponderEliminarA Bíblia também não afirma que o chumbo é mais pesado que o algodão, mas isso não deixa de ser verdade.
Se os seres humanos são animais ou não depende apenas do significado da palavra "animal" e isso não é decidido pelo perspectiva: é decidido em parte por todos os falantes da língua portuguesa, em parte por linguistas, em parte pela história da língua.
E a definição de "animal" é uma definição que inclui o ser humano. Isto é matéria de facto. É uma mera questão lógica.
A inferioridade está em não reconhecer as evidências, adoptando ideologias alienantes, e não em saber usar o dicionário.
Repito: não são os gregos nem a teoria da evolução que dizem que o ser humano é um animal: são os dicionários e os falantes da língua portuguesa.
perpectiva:
ResponderEliminar«"Somos todos vítimas do seu desrespeito e da sua falta de consideração"
You asked for trouble, you got it!!»
Aqui ninguém pediu "trouble". O Ludwig comenta e bem as mentiras do criacionismo, e nesses textos as objecções do perspectiva seriam benvindas (se o perspectiva não se limitasse ao copy+paste; não copiasse comentários com 7 vezes o tamanho do texto inicial; e não repetisse argumentos já antes refutados então ninguém o acusaria de desrespeitar os leitores).
Mas quando o Ludwig escreve sobre privacidade e o perspectiva vem falar de evolução, está a sabotar o debate. E o perspectiva sabe-o bem. E nós somos vítimas indefesas da sua sabotagem.
O perspectiva fala em moral, mas as suas acções falam mais alto e desmentem as suas palavras.
«animal: ser vivo, dotado de mobilidade própria e sensibilidade que pode nutrir-se de alimentos sólidos e possui membrana celular de natureza azotada.»
ResponderEliminarO perpectiva parece disputar que os seres humanos correspondam a esta definição. Aqui se vê a mentira do criacionismo.
Jónatas,
ResponderEliminar«Ficárá suficientemente clara a estultícia dos argumentos evolucionistas do Ludwig»
Alguém que venha a este blog ler um post sobre privacidade e segurança e depois tropece num comentário descomunal de ladaína criacionista vai ficar certamente com uma ideia clara. Mas penso que não será acerca dos meus argumentos...
O objectivo de contrapôr os meus argumentos é louvável. É assim que progredimos.
Mas a forma como o faz, sem qualquer consideração pelos outros leitores deste blog, é execrável e tem um efeito oposto àquele que o Jónatas pretende.
off-topic
ResponderEliminarPerspectiva,
define "animal".
Foi um criacionista que definiu o Reino Animal: Lineu. Richard Owen tentou fazer a distinção sem sucesso, inclusivamente inventando factos (por exemplo, dizendo que os grandes primatas não têm hipocampo). Gostava de saber o que afinal é um animal para os outros criacionistas. Suspeito que os criacionistas usam as palavras como se não tivessem significado.
Nota: tirei screenshots dos seus comentários para uso posterior.
Caro Jónatas,
ResponderEliminarlivre-se de um dia me encontrar na rua e me perguntar as horas! Vai levar uma ensaboadela sobre Ressonância Magnética que até se lixa! E não pense que não irei a correr atrás de si até acabar de expôr os meus argumentos!
You asked for trouble, you got it.
Bitch!
Perspectiva, «Foi o Ludwig que introduziu o assunto, pretendendo escarnecer dos criacionistas.»
ResponderEliminarOnde é que isso está escrito neste artigo? Nem sequer fala em criacionistas. Que eu saiba em artigos e vídeos criacionistas fala-se em estupidez ateísta, que ateus não merecem o benefício da dúvida, que dizem que os ateus têm deficiência mental, que são imorais comparáveis a Hitler e Estaline, que são sub-humanos, que deviam visitar a família no jardim-zoológico e atirar excrementos, que são possuídos pelo demónio, que são todos homossexuais reprimidos, etc. Que eu saiba o senhor tem andado a enviar spam, o que é motivo para ser escarnecido.
NETiqueta - RFC 1855:
1) «Mensagens e artigos devem ser curtos e diretos. Não mande off-topics (mensagens fora do escopo da lista), não divague e não mande mensagens somente para apontar erros de digitação ou de português. Esses, mais do que quaisquer outros comportamentos, o marcam como um iniciante imaturo.»
2) «Propaganda não solicitada que é completamente off-topic será, certamente, uma garantia de recebimento de diversas mensagens iradas.»
You asked for trouble and I'll publish you're comments to see how creationists behave. Creationists don't know what's moral and immoral and I have proofs, sir. Have a nice day.
"to see" -> "to show"
ResponderEliminarVer eu já vejo.
"you're comments" -> "your comments"
ResponderEliminarPerspectiva,
ResponderEliminarjá todos percebemos que pretende aproveitar todos os cantinhos para tentar espalhar as suas ideias criacionistas, mas é de facto despropositado tentar aqui... Ainda por cima sob a forma de comentários tão extensos que, vindos de quem vêm, o meu bom senso me impede de ler. Tente numa igreja, talvez tenha mais sorte...
O perspectiva está em forma!
ResponderEliminarEntão agora os Homens não são animais? Mas isto é lindo!
:)))
Bom artigo Ludovico.
ResponderEliminarAcho que esse é o maior perigo para a humanidade e, se bem que mais suave, parece-me que de facto chegamos a 1984.
Este é talvez a batalha mais critica que a humanidade terá de travar com aqueles que se querem servir dela.
Penso que te deves lembrar da minha posição sobre o copyright. Esclareço que é apenas uma posição moral e nunca estaria de acordo que a privacidade dos utilizadores da Internet fosse posta em causa por causa desse "combate" à pirataria.
Aliás, muito sinceramente, se a RIAA continuar a agir como tem agido quem vai começar a fazer downloads de musica da treta (que é o que mais vende) e a espalhar por aí, sou eu.