sábado, dezembro 22, 2007

O direito dos pais.

A leitora que assina «Abobrinha» comentou que «tu crias as tuas crianças de acordo com as tuas (des)crenças, enquanto que os outros criam as delas segundo as crenças [deles]. Dentro do respeito pela liberdade de expressão.» O respeito pela liberdade de expressão faz-me aceitar que os pais sejam livres de dizer aos filhos muita coisa. Mas isso não equivale a terem o direito de criar os filhos de acordo com as crenças dos pais.

Isto é evidente em situações extremas. Pais que acreditem numa interpretação literal do antigo testamento vão ter problemas com a lei se criarem os filhos de acordo com essa crença. Mas o fundamental não é a gravidade das consequências. O fundamental é que os pais têm deveres. O direito é só o de não ter filhos.

É longa tradição nas sociedades agrícolas os filhos serem propriedade dos pais e a reprodução um dever de família. Como na Bíblia, na Grécia antiga e até na prática corrente em muitos países. A ideia da criança como uma pessoa com direitos é uma modernice «ocidental», mas uma modernice no fundamento de outras como a tal liberdade de expressão. Faz parte do mesmo pacote.

A nossa sociedade reconhece direitos aos filhos e reconhece o direito de não ter filhos. Somos livres de não ter relações sexuais se não quisermos. Não há casamentos forçados. Somos livres de ter relações sexuais sem conceber. Podemos pôr o que quisermos onde quisermos (com a autorização do(s) parceiro(s), bem entendido). E mesmo que dê num filho a sociedade cuida dele se não quisermos assumir essa responsabilidade. Mas se prescindimos desse direito só nos resta o dever de zelar pelos interesses daquele ser humano até que ele o possa fazer por si.

Por isso não tenho o direito de criar os meus filhos de acordo com as minhas crenças. Tenho é o dever os preparar para decidir livremente sobre isso quando acharem melhor. Não escondo o que penso acerca dos deuses mas não tenho o direito de os privar de informação para os forçar a pensar como eu. Quando tinham uns três anos de vez em quando punham-se de joelhos com a testa no chão a rir à gargalhada e, segundo eles, a rezar, por causa de um livro sobre religiões que tinha uma fotografia de muçulmanos numa mesquita.

Os pais não têm o direito de impor a sua crença, seja aos seus filhos seja aos dos outros. Porque os seus filhos só são seus no sentido de serem responsáveis pelos interesses dessas crianças. Um problema grave das crenças religiosas é convencer que os pais têm o direito, até o dever, de manipular as crenças dos filhos. Isso é treta.

18 comentários:

  1. Aplaudo o teu texto de hojee proveito para te deixar aqui os meus desejos de um Natal Feliz e que o Ano-Novo seja portador só de BOAS-NOVAS, para ti e toda a tua família! :)

    Bem, e já agora, para todo o mundo nomeadamente os marginalizados da sociedade - como se isso fosse possível :(

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  2. Alguns pais julgam que o facto de imporem as suas crenças aos filhos é um exercício da sua liberdade. Só que esbarra na liberdade de escolha dos filhos.

    Há muitos casos de gente educada segundo os padrões religiosos que, a partir de certa idade (maturidade), corta relações com a doutrina. Mas também há casos em que se passa o oposto. Tenho uma prima e uma amiga que tiveram uma educação "neutra" e que se baptizaram aos 17.

    A isto chama-se (efectivamente) liberdade de escolha.

    Há uns anos era contra o baptismo de crianças. Hoje não sou tanto assim e não me oponho, desde que seja reconhecido o direito à apostasia (eliminação formal dos ficheiros de uma dada religião). Mas sou contra iniciações religiosas que envolvam mutilação (genital). O primeiro caso não significa nada, mas o segundo tem consequências irreversíveis.

    Boas Festas (de preferência bem regadas e bem comidas).

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  3. Há alguns equívocos neste post. Mas como estamos na época natalícia debateremos este tema no início de 2008 com um belíssimo contrapost intitulado "Manifesto sobre a educação religiosa - os erros de Desidério Murcho, Richard Dawkins e Ludwig Krippahl". Três em um. Só preciso de reencontrar o artigo de Richard Dawkins no Google. A minha mania de não guardar arquivos trama-me de vez em quando.

    Boas Festas e um grande abraço

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  4. Obrigado a todos pelos comentários e votos de coisas boas :)

    António,

    Penso que esta palestra do Dennett pode ser útil quando escrever esse artigo:

    http://www.ted.com/talks/view/id/94


    Boas festas.

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  5. boas festas a todos (que feliz natal é só para os cristões) e para quem gosta do natal tanto como eu, o legendary tiger man dá o seu costumeiro concerto de natal na noite de 24 para 25 justamente intitulado : fuck xmas, i have the blues

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  6. Ludwig

    De facto entrei em terrenos muito escorregadios ao falar dos direitos dos pais, mas tu não fizeste melhor.

    Os pais não têm o direito de dispor dos filhos, como não têm o direito de dispor de mais ser humano nenhum (vamos deixar os animais para outra altura). Mas acho que entraste numa visão quase utópica da educação e da sociedade em si. Se tudo fosse ou caminhasse para o que pensas, não tenho a certeza se fosse uma sociedade que eu gostasse de viver. Eu ou alguém.

    Quer queiras quer não, a família (seja qual for a sua constituição) é a base da sociedade. É dentro desse casulo que se forma o indivíduo, que vai depois interagir e modificar a sociedade. A minha ressalva em relação à liberdade e liberdade de expressão é precisamente porque não se pode(não se deve?) permitir que a sociedade seja contaminada com este tipo de comportamentos e respectivas intolerâncias. Não preciso de dizer porquê, dado que a História está repleta de exemplos.

    Tu ensinas aos teus filhos a descrença e ridicularização das religiões. É o teu ponto de vista. Quer queiras quer não, é a tua religião (simplesmente não o vês como tal).

    A mutilação genital feminina atenta contra a liberdade e a integridade física das mulheres, pelo que a considero completamente sem discussão (mas não é religioso, mas cultural). A masculina é mais complicada que isso, mesmo porque é relativamente benigna. Está tida como protegendo de doenças, por exemplo e se visses o Sexo e a Cidade terias visto um episódio em que uma católica quase exigiu a um companheiro que se circunciasse (não cheguei a entender porquê). Mas de facto marca os meninos fisicamente como parte de uma religião (muito antes de a poderem assumir), o que não é necessarimente o mesmo que um inócuo verter de água na cabeça. Não sei que te diga, é mais complicado que isso. Tendo a ter a tua opinião, mas é defensável a outra.

    O facto de dares aos teus filhos uma educação religiosa não os priva da liberdade de escolher. O inverso é verdade: o facto de não lhes dares uma educação religiosa não vai fazer com que sintam liberdade para escolher. Porque te esqueceste de uma coisa: os filhos medem-se pelos pais, de um modo ou outro. E vão querer identificar-se com eles ou demarcar-se deles. Seja como for, os pais são grandemente a medida dos filhos. Pretendes estar a dar grande liberdade os teus, mas devias ter-te apercebido que eles te estão a mimetizar e a fazer o que te agrada. O que... não tem nada de mal! É assim! Se forem refilões quando crescerem, aí já será outra história! Se quiseres podes conversar com a minha mãe acerca disso ;-)

    Ter um filho não é um direito: é uma inevitabilidade biológica. A infertilidade, acrescida dos avanços da medicina é que fizeram mudar o discurso para "um direito". E é verdade: não ser capaz de ter um filho é uma doença. Doi-me quando os religiosos/bafientos de serviço não querem dar acesso a determinados avanços médicos a casais porque "não é ético". Treta! Isso de exercer poder sobre o útero de outros não está com nada!

    Não querer ter filhos é uma opção legítima, que sempre foi exercida, mas com menos eficácia que nos dias de hoje.

    Mas se fazer um filho é biologia, criar um não é, porque envolve toda a sociedade (da qual a família, seja qual for a sua constituição, é o suporte). Daí a dizeres: "E mesmo que dê num filho a sociedade cuida dele se não quisermos assumir essa responsabilidade" vai uma distância. É que alguns destes casos são de solidariedade social, mas outros de aberração comportamental pura e dura. Há casos em que inclusive se tem que retirar os direitos parentais, mas os critérios... isso já é outra história! E depois temos a institucionalização, que já é outro problema ainda mais grave!

    Acho que os argumentos que usaste não são realistas e que idealizaste uma série de situações. Embora não discordemos assim tanto (o lençol de texto é mesmo só para enganar).

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  7. Santucho

    Musicalmente falando, o NAtal devia ser limpo da face da Terra! Aqueles sininhos horrorosos... eeeek! Mil vezes os blues!

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  8. António Parente

    Alegar o Natal para fugir a uma boa bulha... fraquinho! Muito fraquinho!

    De qualquer modo, Bom Natal. E olhe que não se diz "gajo" mas "cidadão que hipoteticamente tirou a carta por via do patrocínio da Farinha Amparo". Como manda a Santa Madre Igreja.

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  9. Abobrinha,

    «A mutilação genital feminina atenta contra a liberdade e a integridade física das mulheres, pelo que a considero completamente sem discussão (mas não é religioso, mas cultural). A masculina é mais complicada que isso, mesmo porque é relativamente benigna.»

    HAH! Benigna, o ca#!#$%. Literalmenhte :)

    Mas voltamos à nossa guerra. Parece que para ti tudo o que for suficientemente horrível deixa de ser religião e passa a ser outra coisa.

    Porque é que baptizar uma criança para ela não ir para o inferno é religião e cortar-lhe o clitoris para ela náo ir para o inferno é «cultura»? Eu diria que é religião e falta de cultura...

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  10. Ludwig

    Obrigado pelo vídeo. É excelente. Todavia não me revejo naquela religião que Daniel Dennett critica nem nas posições do pastor Rick Warren.

    Mas reconheço-me em Santo Agostinho quando afirma (citação livre) que quando a ciência contradiz a fé torna-se necessário rever a interpretação das Escrituras.

    Boas Festas.

    Abobrinha

    Não é um fuga. Eu não devia estar aqui no computador.

    A festa de Natal aqui em casa é um acontecimento solene, importante e stressante. Os preparativos deixam-me exausto, a festa deixa-me exausto, preciso de uma semana para recuperar.

    Boas Festas e excelente 2008.

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  11. Ludwig

    Vamos lá ver:

    1. Circuncisar os meninos é religião judaica.

    2. Circuncisar as meninas NÃO É religião muçulmana: é cultura de algumas zonas de África sob influência muçulmana.

    3. Divisão de pessoas em castas é religião hindu.

    4. Dizer que a contracepção natural é a única aceitável (e isto custa-me) é católico. Mas eu não aceito.

    5. Cobrir a cabeça e as formas do corpo de uma forma tão austera PODE ser interpretado como sendo requisito muçulmano. Um muçulmano uma vez disse-me que não diz em lado nenhum que isto é para fazer, mas que o Corão sugere fortemente que as mulheres e os homens se protejam das tentações. O que eu não lhe disse é que volta e meia me dá vontade de agarrar e violar alguns meninos com base em aspecto e/ou pontos de vista (OK, agora estou a javardar. Mesmo porque me parece que a medida teria alguma receptividade).

    Mas também é verdade que:

    1. É suposto os cristãos amarem os seus irmãos (todos!) e perdoarem quem os ofendeu (o que cria paradoxos e uma prática complicada)

    2. É suposto os muçulmanos tolerarem as outras religiões, não beberem, não fumarem (e mais uma lista enorme, porque o Islão cobre praticamente todos os aspectos da vida do praticante)

    3. É suposto os indus não tocarem nas vacas. Acho bem: há muita vaca por aí! Algumas com 2 patas.

    A diferença entre nós os dois é que tu dizes logo que a religião é má e acabou. Inclusive a tua definição de fé é tendenciosa ao ponto de a tornar má por definição. Penso eu de que.

    Quanto à circuncisão, há estudos que indicam que protege contra a SIDA. Ora bem, há maneiras mais eficazes. Há outra: pode haver a tentação de optar pela circuncisão e não pelo latex, o que pode ter como efeito a redução temporária da transmissão do vírus para depois aumentar de novo.

    O motivo porque não tomava posição é mesmo só porque... sabes... eu não tenho disso, só quando me emprestam isso e outras coisas por momentos (e bons momentos... eze...), durante os quais esse não é um pormenor por aí além (o instrumento é forte em função, não em design).

    Dito isto, o facto de teres uma posição tão (como dizer) asneirenta implica para mim que se deve esperar até que cada qual faça o que quer com o que lhe pertence. É um assunto do car*~#$o, concordo. E cada qual manda no seu. E isto é o verdadeiro espírito de natividade... por assim dizer... mas agora vou dar uma volta com umas amigas. Abobrinha também tem vida social!

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  12. Não se preocupem!

    Com o jeito que isto leva um destes dias nem precisamos de os parir para nos reproduzirmos - clonam-se numa linha de montagem e já está !

    De resto, esta questão da uniformização nem sequer é novidade.

    Em tempos ainda recentes têm sido muitos os que advogaram que os filhos não pertenciam aos pais, e até lhes premiavam a denûncia de actividades anti-regime dos progenitores. As Juventudes Hitlerianas e a Guarda Vermelha de Mao têm abundância de exemplos nessa matéria.

    Cuidado com estas derivas, porque a ideia de que a governaça possa ser exercida por um absolutismo racionalista omnisciente já prestou provas e a coisa parece que correu mal.

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  13. Manuel Rocha,

    O problema nesses exemplos não foi por pensar que os filhos não são propriedade dos pais. O problema foi pensar que as pessoas são propriedade do estado, do regime, da sociedade, etc.

    A ideia que cada um é dono de si nunca me parece ter dado mau resultado.

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  14. Bem...a ideia segundo a qual cada um é dono de si e responsável pelo que faz, acaba por estar também na base da questão deste post.

    Du Bois e Max Weber já há uns bons anos que começaram a tentar desmontar as derivas hedonistas e individualistas a que essa nova atitude nos trouxe. Há dela evidentes reflexos na desagregação do tecido social, do tecido económico, e no próprio ordenamento e uso do espaço, com impactos sociais e ambientais que nalguns casos estão longe de estarem completamente percepcionados.

    Mas esta seria outra questão.

    Era de crenças que se falava e da sua transmissão aos vindouros. Pois...mas como atitude a descrença também é uma sub espécie de crença...certo ?

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  15. Manuel,

    «Du Bois e Max Weber já há uns bons anos que começaram a tentar desmontar as derivas hedonistas e individualistas a que essa nova atitude nos trouxe. Há dela evidentes reflexos na desagregação do tecido social»

    Na Coreia do Norte o regime manipula e trata as pessoas como propriedade do estado. Neste caso vemos que o problema principal, aquilo que é mais importante eliminar, é esse desrespeito pela liberdade individual.

    Quando vemos noutros países que a liberdade individual afecta a sociedade o problema é bem diferente. Estou seguro que o Manuel não quer resolver isso eliminando a liberdade individual, mas apenas por outras vias como esclarecer melhor as pessoas, tecnologia que permita os mesmos excessos com menos estragos, etc.

    A liberdade individual não é o problema. É o objectivo.

    «Era de crenças que se falava e da sua transmissão aos vindouros. Pois...mas como atitude a descrença também é uma sub espécie de crença...certo ?»

    Não. A crença de que falo, como já muitas vezes insisti, é uma que inclui o dever de a aceitar certas proposições como verdadeiras. Quando um crente ensina o credo aos filhos não lhes está a transmitir um mero conjunto de proposições, como quem explica quanto tempo demora o ovo a cozer. Está também a dizer-lhes que é isso que eles *devem* acreditar, e que é mau se não acreditarem. Além disso evita explicar-lhes alternativas, não vão os cordeiros perder-se no caminho para o senhor, ou lá o que seja.

    Quando eu explico estas coisa aos meus filhos digo que eu não acredito, que muitos outros acreditam em coisas diferentes, e que qualquer pessoa tem o direito de acreditar no que quiser. Não os vou baptizar no ateismo. Não os vou isolar das crenças.

    Um exemplo: no natal as senhoras do infantário costumamvam levar os miudos todos à igreja para levar brinquedos, e o padre aproveitava para dar o sermãozinho a ver se arranjava clientes. Nunca me opuz a isso.

    Mas imagine a reacção de um crente católico ou evangélico se as senhoras do infantário fossem muçulmanas e os levassem à mesquita (também há uma aqui ao pé). È essa a diferença.

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  16. " A Busca incessante de algo em que confiar é que nos leva à submissão de uma autoridade. Esta autoridade tanto se pode chamar Verdade como Deus."

    Este trecho foi escrito por um Senhor que dá pelo nome de F Dias e que costuma andar pela blogosfera.

    Quer comentá-la, Ludwig ?

    Quanto à questão da liberdade individual não temos desacordo. Mas um dia destes que venha a propósito falaremos do uso que dela se faz.
    Quando a Revolução Francesa a reinvidicou, fazia parate de um santinha trindade juntamente com a igualdade e a fraternidade. Estas duas parece que sempre foram remetidas para o lugar onde pertencem - as calendas gregas. Da liberdade há muitas versões.

    Entre elas não incluo a de condicionar os filhos às nossas crenças - nem descrenças. Mas convirá que será complicado uma sociedade sem espirito critico educá-lo em quem quer que seja.

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  17. Manuel,

    Quanto à frase, eu prefiro dizer que melhorar o conhecimento exige questionar tudo, pois de outra forma não se sai da cepa torta. É bom confiar na autoridade mas sempre com moderação. E tendo em mente que, até agora, a autoridade sempre se enganou.

    Quanto ao resto a questão é mesmo condicionar. O que defendo não é condicionar uma crença ou uma descrença, mas dar a capacidade e a informação para que possam decidir por si.

    Já agora, discordo que manter-se aberto à possibilidade de mudar de ideias seja apenas mais uma forma de crer numa coisa rejeitando a hipótese de mudar de ideias. Parecem-me coisas fundamentalmente diferentes...

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  18. Sem dúvida alguma, a educação das crianças deveria ser feita de acordo com princípios generalistas que as equipassem com as ferramenteas necessárias ao livre pensamento, ao pensamento crítico, ao cépticismo racional....mas aí não haveria muito lugar ás religiões com anjinhos, com infernos e castigos eternos, com virgens para mártires e com reencarnações...e se ainda existem é porque de facto a grande linha educativa tem sido o forçar as crianças a pensarem como os pais.
    Tantas vezes vi confundirem-se conceitos de respeito com dogma, aliás enraizado entre nós está a ideia do respeito com os mais velhos que se traduz de forma sistemática em pensamento acrítico com as ideias establecidas . Enfim, mais uns saltos evolutivos e isto passa :)))

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