quinta-feira, dezembro 20, 2007

Mas religião não...

Hoje de manhã tivemos uma reunião com a professora dos miúdos (primeira classe). Ela sugeriu que os pais fossem lá falar à turma. Ao longo do ano lectivo, em cada semana o pai ou a mãe de um dos alunos vai lá falar meia hora sobre qualquer coisa. Será bom os miúdos verem os pais a participar no seu ensino, e a professora disse que podemos falar sobre o trabalho, ou valores cívicos, ou até ir lá a avó dizer como eram as coisas antigamente. Tudo. Menos religião.

Bolas. Até compreendo a professora. Se deixasse o pessoal falar de religião ia haver chatice com os pais. Os crentes, claro, porque aos ateus tanto faz. Se fosse lá um evangélico falar aos miúdos já tínhamos com que nos entreter lá em casa. Era risada até à meia noite. E eu concordo com o Daniel Dennett que a educação religiosa devia ser obrigatória desde a primeira classe. Não a fantochada que nós temos, com diferentes programas para os miúdos conforme a religião que calhou aos pais, mas uma educação religiosa igual para todos, consistindo do que é consensual acerca das religiões.

Não há consenso acerca da ressurreição de Jesus ou da natureza divina de Siddharta Gautama. Uns acreditam, outros nem por isso. Mas é consensual que os Cristãos acreditam que Jesus ressuscitou, que os Muçulmanos veneram Allah, que os Judeus dizem ser o povo escolhido e que os Hindus chamam sagrado ao que nós chamamos gado. São factos, é útil sabê-los e devíamos ensiná-los às crianças para saberem o que é a religião antes de decidirem se faz sentido para elas. E isto choca muitos crentes.

Choca porque não é propriamente a doutrina que torna a criança num crente. O factor principal é a criança ignorar as alternativas. Os pais têm que proteger o rebento de ideias diferentes para já estar encarrilado quando tiver idade para o mistério da Trindade ou o dever da peregrinação a Meca. Nessa altura Já a religião “certa” lhe parece natural e as outras um bocado estranhas. O medo do crente é que a criança descubra que as religiões são todas um bocado estranhas.

Agora tenho que arranjar um tema inofensivo que não tenha nada a ver com religião. Evolução? Pensamento crítico?

31 comentários:

  1. Explique-lhes o que é ser cientista. Pegue em exemplos simples (brinquedos ou objectos da vida corrente) e mostre-lhes como é maravilhoso inventar coisas.

    Explique-lhes a importância de aprenderem a ler, a escrever, a fazer contas. Sem isso não se pode ser cientista.

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  2. Eu inclino-me para o pensamento crítico ;)

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  3. Pode introduzir o tema sibilinamente.

    Pega-se numa boneca. Mostra-se à criançada. Conta-se. Confirma-se que é uma e apenas uma.

    Quando todos estiverem convencidos de que é apenas uma boneca, é altura de dizer: se é uma, então é uma, e apenas uma, não é três, nem três em um nem três ao quadrado nem coisa que se pareça.

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  4. Fufas? Isso sim, ia ser giro!

    Eu tenho uma sugestão ainda melhor: não vás!!! Amanhã explico. Agora não consigo pensar, mas é mesmo isso que eu defendo que faças: não vás!

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  5. Portanto, defende que houvesse uma disciplina de história da religião? Isso talvez enquadre-se na disciplina de história mundial. A questão é se a religião tem tanta importância ao ponto de justificar uma disciplina dedicada exclusivamente a ela. É que o horário escolar não dá para tudo, e ainda há a química, o inglês, a biologia, etc.

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  6. Jaime,
    Não diria história da religião, no sentido de abordar o passado. Isso concordo que é história. O que gostava de ver no currículo era algo sobre a religião como se vive hoje. O que são os Mórmons, os Adventistas do Sétimo dia, Hindus e Muçulmanos, religiões minoritárias. Até podiam incluir os Jedi Knights da Nova Zelândia, Wiccans e o FSM.

    Concordo que não há tempo para tudo. Mas há tempo para pintar presépios, decorar a sala com estrelas de natal, escrever uma carta ao Pai Natal e até levá-la ao marco do correio. Penso que entre essas coisas devia haver tempo para falar aos miudos acerca das diferentes religiões dos colegas e vizinhos. A escola até está a menos de 100m de uma igreja católica, de uma evangélica e de uma mesquita...

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  7. Olha, eu nessas coisas sou muito vaidoso. Tenho que tentar arranjar maneira dos putos gostarem mesmo de me aturar e, se possível, aprenderem alguma coisa.
    Costumo desafiá-los a descobrirem erros numa história que eu vou contar. Por exemplo, com o teu background científico podes por os putos a descobrirem erros que depois exploras para dares algumas lições de ciência. Sei lá, inventas uma passagem numa história qualquer em que a chuva vai do chão para as nuvens. Eles detectam o erro e isso dá-te a oportunidade para falares da condensação, da gravidade, etc.

    O difícil é agarrar-lhes a atenção. Conseguindo ultrapassar esse obstáculo pode ser muito interessante. Mas, isso já tu sabes melhor que eu.

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  8. Só queria acrescentar que podes sempre falar de mitologia; a partir daí, quem sabe se alguns dos miúdos não estabelecerão os paralelismos necessários...

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  9. Faça uma aula como a de pensamento critico em que tivemos que escolher quem matávamos :P aposto que iriam adorar, he he he

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  10. A dos trolleys? Sim, devia ser giro... até me dá pena dos escuteiros, só de pensar o que os miudos lhes faziam :)

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  11. E obrigado a todos pelas sugestões. Provavelmente vou falar um pouco de cada coisa. Com miudos de seis anos não posso passar muito tempo no mesmo tema.

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  12. Caro Ludwig

    Interrompo o meu afastamento voluntário da caixa de comentários, onde fui muito feliz como comentador residente (lágrima ao canto do olho), para lhe desejar um óptimo Natal e um excelente 2008.

    A partir de Janeiro, com mais tempo disponível, espero eu, irei comentar à distância (num blogue) o que aqui escreve. Como ambos sabemos, o que dá "pica" nestas coisas é um certo sal e pimenta e eu tenho um jeitinho especial (penso que nasceu comigo) para esgotar a paciência do próprio Dalai-Lama.

    No dia 23 de Julho de 2008, pelas 17h01m, retomarei a minha actividade de comentador residente deste blogue. Prometo que irei incendiar as mentes ateias e levar à loucura os amantes da ciência.

    Se encontrar por aí a Cristy, diga-lhe que estou com muitas saudades dela. Sei que não é recíproco mas há sentimentos que não conseguimos dominar.

    Um abraço do

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  13. PENSAMENTO CRITICO não ludwig, coitadinha da professora, nunca mais conseguirá dar uma aula :)))).

    Evolução parece-me bem.
    E até podes cravar o mano artista para fazer uns bonecos engraçados.

    Boa festa de familia e que tenhas uma bela comesaina no dia 25!! ;)

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  14. Ludwig

    Fazendo juz à fama de refilona, venho tentar justificar porque é que defendo que não deves ir à escola falar seja do que for.

    Se nos pusermos a falar de educação, nunca mais saímos daqui. É um assunto que (ainda bem) desperta muitas paixões, mas com tudo o que se fala e se decide vai muito lixo. O eduquês, entre outros.

    Uma das manias que se tem é a de que os pais têm que participar no ensino. Sim... do lado de fora! Os pais devem incutir disciplina (obrigar as crianças a fazer o TPC e estudar) e gosto pelo processo de aprendizagem e verificar o que os professores dizem/sugerem acerca dos seus filhos.

    Isto lembra-me os trabalhos de grupo que me mandavam fazer no liceu, a maioria deles excelentes desculpas para o professor não fazer nenhum!

    Há outro aspecto: os teus filhos sabem o que fazes (e se não soubessem não vinha mal nenhum ao mundo: têm 6 anos!) e mais ou menos o que pensas. Qual é o interesse de os outros meninos saberem o que fazes ou pensas? Mais: porque é que a professora precisa sequer de saber? Os teus filhos estão na escola como indivíduos, não como filhos de Ludwig Krippahl e da tua mulher.

    O meu pai/encarregado de educação (com uma formação académica e uma idade inteiramente diferentes) foi sempre ver se eu me portava bem e mais ou menos como andava em termos de notas. Academicamente não tinha capacidade para ver determinadas coisas, mas isso nem era competência dele (mas isso é outra história).

    Se ele fosse à escola falar fosse do que fosse, eu ficaria embaraçada. Não pelo que ele diria ou deixaria de dizer (o meu pai teria muita coisa muito interessante para dizer: falo por experiência), mas porque se iria expor como meu pai. E eu na escola era "eu", não filha do meu pai.

    Por isso digo: não vás! Deixa os teus filhos falarem por eles mesmos e serem eles mesmos na escola e na vida. Dá-lhes independência desde esta idade mesmo. O que tens a dizer-lhes, diz. Se os outros pequeninos te perguntarem, responde. Mas não te imponhas desse modo e não deixes que mais pais nenhum o faça. É um absurdo!

    Cada qual tem a sua função na sociedade. OK, não é completamente estanque. Mas tens tanto que ir à escola como a professora que ir fazer investigação contigo, ou preparar as tuas aulas. Compreendes o que quero dizer?

    Tenho a certeza que as intenções são as melhores e que os teus pequeninos sentirão orgulho em ti. Mas de boas intenções não se vive e acho a invasão da escola pelos pais um processo pouco razoável e que não sei onde pode acabar.

    Mas (agora a sério), porque não falas de fufas? É bem mais provocatório que religião e ensina a tolerância. Não uses é o meu blogue como ponto de partida, porque o objectivo e o público-alvo são diferentes (só se quiseres abordar fantasias masculinas, o que seria uma moca!).

    Pronto, está aberta a discussão.

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  15. António,

    Obrigado pelo comentário, pelos votos, e pelo regresso prometido. Boas festas para si também.

    Abobrinha,

    Xiii... ganda stress, minha :)

    Claro que vou. Se os outros pais lá vão fazer essa figura vão não vou deixar os meus órfãos de vergonha.

    E não vou falar de fufas.Nesse tema não sou um entendido, apenas sou um espectador atento.

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  16. Ludwig

    Não é stress: foi o segundo café que bateu um bocado forte demais (e ainda estou a ressacar do fim do blogue do Jorge Fiel no Expresso). É um problema: os pontos de exclamação começam a jorrar. E ando a ouvir histórias de mais da minha irmã e da escolinha dos meus pequenitos. Mas mantenho o que digo: não devias ir, pelo princípio da coisa. Por teres sentido crítico, precisamente.

    Mas olha que ser refilona deve ter uma componente genética: a minha sobrinha um dia destes teve uma saída que revelou isso mesmo. O mundo está perdido!

    Já agora, de que é que estás a pensar falar?

    Não concordo com uma cadeira de história das religiões só por si. Tão novinhos os putos aprendem só o que se lhes ensina. E vários dogmas ao mesmo tempo... é confuso! Mais tarde continua a não fazer sentido, porque há a Filosofia e outras cadeiras onde se pode abordar esse e outros assuntos. Esse assunto em exclusividade é demais, mesmo porque há mais e mais importantes. No fundo, estás a dar mais importância à coisa que o que pretendes que ela tenha. QUem é o stressado agora???? Meu?? ;-)

    Pôr os meninos na catequese (ou equivalente) é interessante, só como ponto de partida. Eu sempre disse aos meus meninos que não era uma violência os pais imporem o catolicismo aos filhos: era um ponto de partida. Era transmitirem o que eles mesmos são. A partir daí, era com eles. Ninguém é tábua rasa e nem sei se será interessante que assim seja.

    Por falar em tábua rasa, o meu blogue está às moscas! Carago!

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  17. Outro assunto: a necessidade da verificação de palavras (não são palavras além de tudo, mas letras), que me faz demorar 10 minutos a submeter cada comentário!

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  18. António Parente

    "No dia 23 de Julho de 2008, pelas 17h01m, retomarei a minha actividade de comentador residente deste blogue"

    Tão específico?

    Esgotar a paciência ao Dalai Lama? C'os diabos! E depois eu é que sou refilona!

    Espero que me continue a visitar. Não se aprende nada no meu blogue, mas ao menos é divertido!

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  19. Ludwig Krippahl, quando disse "história da religião", estava a pensar em "história" num sentido mais lato: desde o passado até à actualidade, inclusive. Ou talvez a religião pudesse ser ensinada na disciplina de ciências geografias e sociais (ou algo do género, não me recordo como se chama exactamente a disciplina).

    É verdade que há tempo para enfeitar a sala, mas as crianças precisam de brincar um pouco. :)

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  20. Abobrinha

    Fiz uma promessa de só comentar no dia 23 de Julho de 2008, pelas 17h01m, exactamente 1 minuto depois de efectuar a dita promessa.

    Gosto de ir ao seu blogue. Tem lá umas senhoras semi-nuas que já não me provocam as emoções dos 20 anos mas gosto de olhar para elas com o mesmo interesse que olho as obras de arte contemporânea do Museu Gulbenkian.

    Jaime

    Aproveito esta ocasião para lhe dizer uma coisa: esse nó de gravata meio desleixado não lhe fica bem. Se tivesse gel no cabelo e uns suspensórios daria um ar de trader de Wall Street e ficava melhor.

    Tão mocambúzio e com esse penteado certinho parece que exagerou na dose do xarope da tosse.

    Bom Natal e bom ano 2008 para todos.

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  21. Jaime,

    «Ou talvez a religião pudesse ser ensinada na disciplina de ciências geografias e sociais (ou algo do género, não me recordo como se chama exactamente a disciplina).»

    Sim, por exemplo. Também não me parece que se justificava uma disciplina só de religião. Mas é essa a ideia. Os miudos vão crescer numa sociedade com várias religiões, e é importante dar-lhes uma ideia disso. O que se faz agora é dizer-lhes que há uma religião boa, a dos pais, e depois dizer-lhes que há outras, mas não são a verdadeira. Isso além de treta é perigoso.

    Abobrinha,

    Acho que meter os miudos na catequese é uma violência precisamente porque eles acreditam no que se lhes diz com autoridade. É por isso que é importante que o que se ensina aos miudos nessa idade seja o mais próximo da verdade que se conseguir.

    Dizer que deus criou Adão e Eva, que Jesusu ressuscitou e assim é enganar os miudos. O que lhes deviam dizer é que há umas pessoas que acreditam nessas coisas, outras que acreditam noutras, e outras aínda que acham isso treta.

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  22. Ludwig

    Lá vou eu quebrar a minha promessa mas penso que está enganado com o que se ensina na catequese.

    Há duas semanas fui a Almeirim comer uma sopa na pedra com uns amigos. Na volta fui para Santarém passar um bocado de tempo na casa desses amigos.

    Pelo caminho, íamos no carro,eu e a família toda, quando eu digo para a minha mulher (ela conduz e eu digo palavrões, é assim que os bons casamentos funcionam): "apita com força a esse gajo porque é um grande palerma".

    A minha filha Leonor, nos seus 7 anos, lá atrás disse: "desculpa pai mas não se diz "gaijo" ou "gaija". foi a senhora catequista que me disse isso".

    Embatuquei. Gerou-se controvérsia dentro do carro com a minha mulher a dizer "vês os exemplos que dás às crianças", o meu filho com 9 anos a gritar "gosto da palavra "gaijo"" até que eu gritei "aqui quem manda sou eu!" (lá virá mais uma acusação da Cristy a chamar-me machista) e decidi que agora chamamos "cidadão" aos gajos palermas que fazem manobras perigosas na estrada. Não dá muito jeito chamar "ó cidadão, olha o pisca" mas a catequista tem razão.

    A catequese não faz mal a ninguém, Ludwig.

    Xau e até 23 de Julho de 2008!

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  23. Ludwig

    Não concordo: tu crias as tuas crianças de acordo com as tuas (des)crenças, enquanto que os outros criam as delas segundo as crenças delas. Dentro do respeito pela liberdade de expressão.

    É um ponto de partida, nada mais. A idade, a personalidade, as circunstâncias de vida fazem cada um mudar ou não de ideias. E é assim! É uma formação de base.

    As crianças tão pequeninas não precisam de tantas dúvidas e de tanta complexidade. Claro que há crianças e crianças e a educação tem que se adequar à personalidade de cada uma. Mas nisto de educação só uma coisa é certa: os pais fazem sempre asneira. Faz parte da definição de ser pai e mãe.

    Como acontece sempre com as crianças, elas acabam por crescer e pôr tudo em causa. Ou não. Aí sim, cabe ao meio pô-las a pensar. Mas olha que há aí muita criança de 20, 30, 40 ou mesmo 80 anos que não sabe pensar por sua cabeça e a precisar de certezas inquestionáveis. Ateus e religiosos. Ser ateu não é ser racional por definição. Aceites ou não, há coisas piores e que fazem menos sentido que ser religioso. E mentiras/certezas/verdades absolutas muito piores.

    Quanto à história da religião, se inserida em outras cadeiras concordo. Aliás, eu tive umas luzes de outras religiões em História... mas a minha formação formal em História foi tão fraquinha que não foi isso que fez diferença! Faz mais que sentido, porque faz parte do património cultural humano.

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  24. António Parente

    Abobrinha REfilona:

    Ah! Pois é! Só vê as imagens, e tal, porque reduz a mulher a esses estereótipos de objectos e semi-nuas e tal e coisa! Não reflecte na profundidade filosófica dos textos, na questão da interacção da sexualidade e arte... ... ..

    Abobrinha a sério:

    Espere até ver a minha mensagem de paz!!!

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  25. Ludwig

    Estás a ver que catequese pode originar pensamento crítico! Criticar o papá! Criticar o marido (ah, essa parte é normal!)! Acho que vou recomendar catequese para os teus pequenitos ;-)

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  26. Epá! Se a professora ainda fôr aquela loirinha bonita de caracolinhos, sou eu quem lá vai falar! Até porque é importante ser um tio participativo. Não garanto é que não se fale de religião...

    "Ó meu deus! Ó meu deus!"

    :-)

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  27. Nope... essa era do infantário. Mas ainda lá está. Arranja um miudo para lá pôr e podes já tens desculpa para lá ir duas vezes ao dia :)

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  28. Herr Krippmeister

    Duas vezes ao dia, todos os dias da semana? Carago, eu andei a dar 1 a 2 por dia e ando estourada! Não sei se vale a pena! Mas não era de blogues que estavam a falar, pois não?

    Uma sugestão: convida-a para tomar um cafezinho. E voltando à linguagem de blogues... convida-a a postar comentários...

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  29. Agora que falas nisso... Espero que ela não venha cá ler o Ktreta, senão o chavalo vai ter muito que explicar na próxima reunião de pais.

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  30. Não há nada que explicar... isto é das tais coisas que ou se percebe, ou nem vale a pena explicar :)

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  31. E eu concordo com o Daniel Dennett que a educação religiosa devia ser obrigatória desde a primeira classe. Não a fantochada que nós temos, com diferentes programas para os miúdos conforme a religião que calhou aos pais, mas uma educação religiosa igual para todos, consistindo do que é consensual acerca das religiões.


    Grande ideia, ó Zé Colmeia... mai-la a Abobrinha Sereia!!! :)

    Alma cheia de bom senso, enquanto eu... contrasenso! ;)

    Anyway... há talvez ainda algo de bem mais interessante e fundamental e que de facto já existe como obra de grande fôlego, num gordo calhamaço que outrora copiei direitinho aqui da Net. Infelizmente, não o tenho neste portátil nem consigo encontrar o site por muito que o procure. Ou talvez já nem exista... não há bem que sempre dure...

    Trata-se não tanto daquilo que é consensual acerca das religiões, mas melhor ainda, do que existe verdadeiramente de consensual em todas elas! Ou num grande número de crenças religiosas, claro.

    E isto inclui não apenas as grandes tradições religiosas do passado, tanto as mais como as menos conhecidas e com muitos ou poucos milhões de aderentes, como também as seitas ou ramos que delas surgiram, incluindo os modernos movimentos religiosos e espiritualistas que desabrocharam no século XX, por exemplo.

    Para mim, o estudo da religião é um manancial de delícias... ah sim! delas há também outros "jardins perfumados" de carícias... ;) e existe uma incomensurável beleza na funda unidade que permeia a crença na Consciência universal.

    Como referência mais precisa, e na impossibilidade de encontrar o que perdi, há um livro belíssimo de um autor cuja visão ampla e compreensiva do fenómeno religioso é muitíssimo ecuménica e inspiradora. Falo do filósofo espiritualista alemão Frithjof Schuon e a sua obra "The Transcendent Unity of Religion".

    Já agora, vejo que entre a sua vasta e excelente bibliografia, existe também o título "Logic and Transcendence" que eu adoraria conhecer.

    Ora mas tal como Jacob servia por amor e não dever... também nós sabemos ser...

    Rui leprechaun

    (...tão curta a vida para tanto ler! :))

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