domingo, outubro 31, 2010

Treta da semana: de tudo um pouco.

Aristóteles escreveu sobre quase tudo, da física à ética. Hipátia de Alexandria foi uma matemática, filósofa e astrónoma de renome. Tendo em conta que era mulher, deve ter sido verdadeiramente excepcional para que lhe reconhecessem algum mérito. Leonardo da Vinci foi um artista da ciência e um cientista da arte. Einstein deu contributos importantes à teoria atómica e à mecânica quântica, além de ter concebido a teoria da relatividade. John von Neumann foi um nome de relevo em campos tão diversos como a teoria de conjuntos, computação, economia e modelação de explosões. Pessoas como estas há poucas e, até recentemente, julgava que Portugal não teria sido agraciado com nenhuma. Mas, graças à Heloisa Miranda e ao seu canal Sapo Zen, descobri o José Antunes.

José Antunes (1) é o autor do livro “Consciência: Um Percurso Singular”, participou no I Congresso Internacional de Sincronização com o Planeta Terra e no congresso “Jornadas Quânticas” por Amit Goswami. Fez também o curso da “Parapsicologia enquanto Estudo da Comunicação Anómala”, e vários cursos no Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia e também no Centro de Altos Estudos da Consciência. E tem uma «Pós-Graduação em Psicologia da Consciência na UAL, pela ALUBRAT». Ou seja, o curso decorreu nas instalações da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), mas foi concedido pela prestigiada Associação Luso-Brasileira de Psicologia Transpessoal (ALUBRAT).

Foi com base nesta formação diversificada, «no âmbito da sua pesquisa sobre a psique humana», que José Antunes contribuiu para elucidar a natureza da consciência e criar poderosas ferramentas conceptuais para lidar com este fenómeno até agora tão elusivo. No vídeo abaixo deixo a explicação pelas palavras do próprio, mas queria salientar algumas das suas descobertas mais importantes.

Primeiro, consciência é uma energia. Isto dá imenso jeito porque assim podemos medi-la em joule e sabemos que é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz. Em segundo lugar, nós somos consciências e, conclui o José Antunes, por isso somos um espírito. Em terceiro lugar, por «um ciclo reencarnativo vamos ganhando cultura de uma alma porque vamos mexendo nas energias do amor». Mas o que é a alma? perguntará o leitor. O José esclarece isso também. «A alma é, digamos, fracções do amor... entra connosco... que nós conseguimos adquirir.»

(Deixo só a ligação para o vídeo, porque não parece haver maneira de o calar se o incluo aqui)

Tem de tudo. Tem amor, energia, consciência, alma e espírito. Penso que só lhe falta a imanência transcendente, ou a transcendência imanente, para ter uma teologia completa. Mas, confesso, não consegui ver os vídeos todos (2). Se calhar também tem disso, ou algo equivalente.

Tenho defendido aqui que uma diferença importante entre o conhecimento e as várias especulações infundadas que por ele se fazem passar é que o primeiro forma um todo consistente enquanto as últimas vão cada uma para seu lado, desligadas das outras e muitas vezes contradizendo-as. No entanto, em certos aspectos sinto que tenho de rever a minha posição acerca disto. Tenho de admitir que, pelo menos no que toca ao discorrer prolongado em verborreia sem sentido, a treta parece cada vez mais ser toda o mesmo.

1- Consciência 21
2- Sapo Zen, Psicologia da Consciência 1

41 comentários:

  1. Caro Ludwig,

    sou da opinião que uma "imanência transcendente, ou a transcendência imanente" não chega para ter uma teologia completa, pois este vídeo mostra como é possível falar de "amor, energia, consciência, alma e espírito" sem sequer referir Deus, logo, não é teologia.

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  2. Miguel Panão,

    «este vídeo mostra como é possível falar de "amor, energia, consciência, alma e espírito" sem sequer referir Deus»

    Mas Deus não é amor?

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  3. Muitos disparates misturados com lugares comuns, coisa com que a Heloísa Miranda já nos vai massacrando há muito tempo. Será que ela não se cansa do vazio dos termos que usa? É que deve ser cansativo falar tanto sem se saber bem do quê...

    PS: No Chrome o vídeo começa a tocar mesmo oculto. Não será melhor pôr um link?

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  4. Caro Ludwig,

    Deus é amor, mas o que é amor na óptica daquilo que Deus é?

    Abraço

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  5. Ludi,
    estás a ser injusto, o José Antunes tem um efeito poderoso sobre mim que atribuo á sua aura espiritual: um minuto e meio depois de começar a falar, eu já estava a dormir.

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  6. Miguel Panão,

    «Deus é amor, mas o que é amor na óptica daquilo que Deus é?»

    Ou, mais importante ainda, o que é a óptica? E para que precisamos de óptica se temos amor?

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  7. amor em braille é do melhor

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  8. Francisco,

    «No Chrome o vídeo começa a tocar mesmo oculto. Não será melhor pôr um link?»

    Já está. Obrigado pelo aviso, só tinha experimentado com o Opera. Não sei que raio de flash player eles usam, mas ignora todas as tentativas de desactivar o autoplay. Talvez seja por causa da publicidade, mas que é irritante é...

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  9. Tendo em conta que era mulher.... na grécia tal como na sociedade ocidental até ao XXº século sempre existiu um pequeno escol feminino
    sacerdotisas, poetas, pitonisas, adivinhas,assim se de facto pretende ser simultaneamente eficaz nos seus discursos e democrático, importa dizer que estes grupos compostos por filósofos, moralistas, etc

    trouxeram com eles as suas crenças, preconceitos e valores, muitas das quais como DEus não joga aos dados com o universo
    atrasaram de certo modo a implementação dos novos paradigmas

    repare que não escrevo "progresso"
    NEWTON calculou o apocalipse para 2060 logo quando escreve:

    "Tenho defendido aqui que (Há) uma diferença importante entre o conhecimento e as várias especulações infundadas "

    durante muito tempo houve coexistência, sem alquimia não teria existido química, sem astrologia...etc

    O ponto é que existem fenómenos não explicáveis pela ciência

    Os conceitos de moral e de solidariedade humana, idealmente universais só são possíveis se existir um consenso

    Quando insultamos os valores dos outros, tal como nas sessões dispendiosas feitas nos anos 90 sobre democratização da ciência
    "um conceito obscuro" que servia para arrebanhar uns cobres e comer uns salgadinhos
    e em que as crenças de alguns participantes medicina popular, reencarnação, energias cósmicas, acupunctura eram ridicularizadas
    pela mesa com a conivência do moderador

    A ciência e o conhecimento evoluiram a partir dessas crendices
    Não digo que exista um campo electromagnético ou trans dimensional que seja a alma mas também não digo que não existe

    Não nego os jogos matemáticos da teoria das cordas (string's)
    mas também não posso refutar a multidimensionalidade universal

    logo apoiar-se nos fenómenos particulares de uma sub-secção do universo, as nossas mentes poderiam existir fora do universo e a ponte para este seria essa organização peculiar da matéria
    a que chamamos neurónios

    ResponderEliminar
  10. Tendo em conta que era mulher.... na grécia tal como na sociedade ocidental até ao XXº século sempre existiu um pequeno escol feminino
    sacerdotisas, poetas, pitonisas, adivinhas,assim se de facto pretende ser simultaneamente eficaz nos seus discursos e democrático, importa dizer que estes grupos compostos por filósofos, moralistas, etc

    trouxeram com eles as suas crenças, preconceitos e valores, muitas das quais como DEus não joga aos dados com o universo
    atrasaram de certo modo a implementação dos novos paradigmas

    repare que não escrevo "progresso"
    NEWTON calculou o apocalipse para 2060 logo quando escreve:

    "Tenho defendido aqui que (Há) uma diferença importante entre o conhecimento e as várias especulações infundadas "

    durante muito tempo houve coexistência, sem alquimia não teria existido química, sem astrologia...etc

    O ponto é que existem fenómenos não explicáveis pela ciência

    Os conceitos de moral e de solidariedade humana, idealmente universais só são possíveis se existir um consenso

    Quando insultamos os valores dos outros, tal como nas sessões dispendiosas feitas nos anos 90 sobre democratização da ciência
    "um conceito obscuro" que servia para arrebanhar uns cobres e comer uns salgadinhos
    e em que as crenças de alguns participantes medicina popular, reencarnação, energias cósmicas, acupunctura eram ridicularizadas
    pela mesa com a conivência do moderador

    A ciência e o conhecimento evoluiram a partir dessas crendices
    Não digo que exista um campo electromagnético ou trans dimensional que seja a alma mas também não digo que não existe

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  11. Não nego os jogos matemáticos da teoria das cordas (string's)
    mas também não posso refutar a multidimensionalidade universal

    logo apoiar-se nos fenómenos particulares de uma sub-secção do universo, as nossas mentes poderiam existir fora do universo e a ponte para este seria essa organização peculiar da matéria
    a que chamamos neurónios

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  12. Tenho aqui mais uma treta. Infelizmente deram um tempo de antena superior a 30 minutos na TSF só para falar de “Imaging Therapy” :-(.

    http://tsf.sapo.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1561543

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  13. Miguel,

    "Deus é amor, mas o que é amor na óptica daquilo que Deus é?"

    Hehehe! Grande Miguel, devias fazes uns biscates como artista plástico. Facilmente vendias umas borradelas feiosas por centenas de euros.

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  14. Ludwig. Discordo...
    A consciência é a mais importante das ocorrências que fazem parte da mente e certamente consuma energia. Mas a consciencia não é energia. Não é matéria e nem espírito, é uma "ocorrencia " semelhante a vida, a mente etc.
    Para que tal evento ocorra é requerido o fornecimento de energia como, de resto, em todo processo orgânico(seria mais digno dizer que consciencia é alimento entao). Mas esta energia é a fornecida pela metabolização do alimento que se ingere. Ela não provem de fonte externa ao organismo. Energia não é uma entidade e sim um atributo.Nada “é” energia, mas pode ou não “possuir” energia.

    Me corrija se eu estiver errado.

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  15. Hugo,

    Eu concordo que a consciência não é energia e que o José Antunes não faz ideia do que diz. E é precisamente por isso que o post tem a tag "sarcasmo" :)

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  16. Krippmeister,

    «Facilmente vendias umas borradelas feiosas por centenas de euros.»

    Mas o que é feioso na óptica dos euros?

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  17. Mas o que é feioso na óptica dos euros?

    Mais importante ainda, o que é o euro na óptica da fealdade?

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  18. Mais importante ainda, o que é o euro na óptica da fealdade?

    obviamente fala de cátedra ó macaco desnudado excepto nas fauces

    e no tecto da calvaria

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  19. Na minha óptica, Deuses e Charlatões infestam demasiado as nossas vidas.

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  20. e em sítios menos apropriados

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  21. disse...
    e em sítios menos apropriados

    tem deuses nesses sítios?

    e charlatães ou charlatões ou latões?

    eu ando nos letões nestes dias

    haverá charletões?

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  22. Ludwig e Barba,

    Estamos a falar de um euro imanente na óptica da Pessoa Financeira, ou antes pelo contrário e vice versa?

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  23. Ludwig,

    fugiste à questão com base em mais um reducionismo.

    Abraço

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  24. Miguel Panão,

    «fugiste à questão com base em mais um reducionismo.»

    Daqui pareceu-me que foste tu que fugiste à questão "Mas Deus não é amor?".

    Afinal, é ou não é?

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  25. esta conversa toda fez-me lembrar que tenhio que marcar consulta no oftalmologista.

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  26. Ludwig,

    Deus é Amor. Contudo, pensando bem, não seria mau leres a encíclica do Papa sobre isso ... deixo como sugestão.

    Abraço

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  27. Miguel Panão,

    Daí a profundidade teológica da psicologia da consciência do José Antunes, ao revelar, pelo seu testemunho, que a alma são fracções do amor. Ou seja, partes do Divino que encerramos em nós que fomos por um Deus que, apesar de transcendente, está também imanente na sua criação. É, por assim dizer, numa óptica teológica, um dom de si mesmo na nossa relação com Ele.

    E daí a minha conclusão que, no fundo, esta treta acaba por ser toda a mesma coisa :)

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  28. Este comentário foi removido pelo autor.

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  29. Ludwig,

    como entendeste por... alma? O que é isso de Deus fraccionar-se?

    Como chegaste a uma conclusão, deverias saber responder a estas questões.

    Abraço

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  30. Miguel Panão,

    «Como chegaste a uma conclusão, deverias saber responder a estas questões.»

    O que é isso de questão? O que entendes por resposta? De onde surge esse "dever saber"? Há um dever de saber?

    «O que é isso de Deus fraccionar-se?»

    Podemos entendê-lo como um mistério da fé, se quiseres. Ou talvez seja melhor escrever "mistério" da "fé", para se tornar ainda mais vago. E, nessa óptica, temos Deus, que é sempre uno, e sempre triuno, que não existe no espaço e no tempo mas está em todos os lugares e todos os momentos, a fraccionar-se na sua unicidade, ou a unir-se, por assim dizer, na sua "fraccionalidade", por forma a constituir relação. No fundo, o Eu pelo Outro e o Outro em Mim, que sou Eu, mas que o Outro olha e diz, pá, não és nada Eu, que Eu sou Eu e tu és é o Outro.

    Talvez a minha explicação não seja suficientemente clara. Mas nestas coisas percebo que a clareza é tida em fraca consideração.

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  31. Ludwig,

    "Talvez a minha explicação não seja suficientemente clara. Mas nestas coisas percebo que a clareza é tida em fraca consideração."

    Pelo contrário. Nos discursos de fé a clareza é extremamente significativa, no sentido em que é de evitar a qualquer custo.

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  32. Eu acho que vocês deviam era ler aquele livro que eu sei que não leram e que portanto é-me bastante feliz fazer este reparo porque assim dou a impressão de que existem novos argumentos e outras facetas que vocês não estão a tomar em conta, adicionando à misteriosidade da coisa e do meu carácter (as senhoras gostam) e assim estupidifico-vos e tenho o bónus de parecer um tipo intelectual que até sabe ler e tudo.

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  33. Barba,

    Arranja um chapelinho ridículo em forma de berbigão e uns chinelinhos vermelhos Prada, e já tens tudo para ser um líder religioso.

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  34. Ludwig,

    Não percebi o que entendeste por alma, ou o que é isso de Deus fraccionar-se e qual a relação que é constituída nessa "fraccionalidade", ou como se conjuga com a ideia de "unicidade", ou união. União de quê?

    O que queres dizer com o "Outro em mim, que sou Eu", que és Deus? Qual o fundamento da afirmação de que "Eu sou Eu e tu és o Outro"?

    Podias ser mais ... claro?

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  35. Sim Ludi,por favor, um pouco de clareza nas respostas ao Miguel Panão. É que só por ele escrever assim, não signifida que entenda o que quer dizer. LOL

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  36. Ludwig,

    Sujiro que retires as aspas à palavra fraccionalidade, tornando assim o texto mais claro. É que de outra forma a coisa fica de facto um pouco confusa de entender...

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  37. Miguel Panão,

    «Não percebi o que entendeste por alma, ou o que é isso de Deus fraccionar-se e qual a relação que é constituída nessa "fraccionalidade", ou como se conjuga com a ideia de "unicidade", ou união.»

    Então penso que já iniciaste o caminho para perceber a dificuldade que muita gente tem com as tuas "explicações", bem como o problema que é quando em vez de esclarecer se faz perguntas pouco relevantes.

    « União de quê?»

    E, daí, talvez não...

    «O que queres dizer com o "Outro em mim, que sou Eu", que és Deus?»

    A posição que defendo é, como já te disse várias vezes, que o teu deus é um personagem de ficção. Podes inventar-lhe os atributos que quiseres, mas continua a ser tão real como a fada Sininho ou o Pai Natal. Julgo que é uma posição bastante clara e que não exige que te explique o que é a alma, a transcendência divina ou a kriptonyte.

    No entanto, se Deus existe e é infinito, tenho de concordar com Spinoza. Algo que é infinito não pode ter fim, por definição. Por isso não pode existir nada no universo que não seja Deus, pois se existisse tal coisa então Deus teria um fim onde deixava de ser Deus e passava a existir essa outra coisa. Por isso, se o teu deus infinito existe, eu sou Deus, como aliás tudo o resto é Deus. O que quer dizer que o teu deus é apenas o conjunto de tudo o que existe, e mais vale seres ateu. :)

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  38. Ludwig,

    panteísmo então ... é um passo. Mas como pode um Deus no panteísmo ser "amor"?

    Tens dificuldade em entender o que digo, ou será a tua visão do mundo que o limita?

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  39. Miguel Panão,

    «panteísmo então ... é um passo. Mas como pode um Deus no panteísmo ser "amor"?»

    Depende do que acontece à palavra quando lhe pões aspas à volta. Mas, seja como for, isso não é problema meu, que eu não sou panteísta. Eu acho que Deus não é amor porque Deus é um personagem fictício e amor um sentimento real. Logo são completamente diferentes. Mas para quem acha que Deus é amor falar de amor será teologia, e foi isso que apontei no post.

    «Tens dificuldade em entender o que digo, ou será a tua visão do mundo que o limita?»

    Eu acho que é mais a tua tendência para fazer perguntas irrelevantes para dar a sensação de profunda sabedoria em vez de tentares esclarecer o que queres dizer. Mas pode ser que a visão me limite. É bem provável, porque a fantasia surge mais facilmente com os olhos fechados.

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  40. Ludwig, a tua tentativa de reduzir aquilo que podemos dizer do mundo a coisas compreensíveis, inteligíveis, claras e honestas é típico de quem tem uma visão reduzida do mundo, e o mundo também comporta coisas incompreensíveis, ininteligíveis, obscuras e desonestas, que também têm o direito de se fazer ouvir e propagandear na psique da população.

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