segunda-feira, novembro 01, 2010

O plágio, o roubo e a treta do costume.

O Twitter baralha-me, com aquelas rajadas de comentários de 140 caracteres. O máximo que consigo é o Friendfeed, e mesmo esse tem dias. Mas, por via do Friendfeed, fui dar a uma troca de impressões interessante no Twitter (1). Alguém do blog 31 da Sarrafada publicou o tweet «Bom dia! Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha sido usada antes», seguido do URL de um vídeo (2). Pouco depois, o Ricardo Martins publicou no Tumblr o mesmo vídeo com a frase «Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha sido usada antes.», atribuindo originalmente a fonte ao YouTube (3).

A reacção do interlocutor do 31 da Sarrafada foi que «Está mal está que o conteúdo não é teu», «E que tal alterares agora o post para reflectir a fonte?», «tens que perceber que não podes usar conteúdos de outros sem lhes dar o devido crédito», «A frase está lá complet[a], é plágio» e «não gostamos que nos roubem conteúdos». É curioso que ambos colocaram o mesmo vídeo sem mencionar os autores, e que estava correcta a atribuição original do Ricardo Martins, que indicava o YouTube como fonte do vídeo. Foi de lá que os do 31 da Sarrafada também o tiraram. Mas isto é apenas um detalhe. A maior treta é outra.

Não gostam que lhes roubem conteúdos. Mas roubar é privar a vítima daquilo que é seu. Se me tiram a camisola é roubo, seja para a usar, vender, queimar ou enterrar. É roubo porque fico sem a minha camisola. E para me roubar o “conteúdo” que é este texto só apagando os ficheiros do servidor. Por isso os únicos roubos de conteúdos na Internet são a censura ou a violação da privacidade. A cópia do que o autor publicou não rouba nada a ninguém.

E se bem que seja de bom tom dar crédito a quem fez o que usamos, tem de haver um limite, quanto mais não seja por razões práticas. Não podemos, em cada post, agradecer a todos desde Turing aos programadores do Blogger. Por isso, também o 31 da Sarrafada publica um comentário breve e um vídeo sobre o Orson Welles sem referir as pessoas que tiveram o trabalho de fazer a reportagem. E, quando o Ricardo Martins republica o mesmo vídeo, é razoável que refira a fonte do vídeo em vez da fonte da pequena frase que o acompanha. Se alguma falha há a apontar é não ter corrigido o nome do Sr. Welles.

Depois, diz que é plágio. O plágio é a fraude de se fazer passar por autor daquilo que se copiou. O aluno que copia do colega num exame comete plágio porque tenta fazer crer ao professor que escreveu por si aquilo que copiou do outro. Mas se a autoria é óbvia ou irrelevante não se põe o problema de enganar alguém com isso. É o que acontece sempre que o 31 da Sarrafada publica um vídeo do YouTube, comenta uma notícia digitalizada de um jornal (4) ou ilustra um post com uma fotografia sem identificar os autores (5). Ou se eu disser que o quadrado da hipotenusa é a soma dos quadrados dos catetos. Ou ler algures que “Hoje é o 58º aniversário da bomba de hidrogénio” e escrever aqui que hoje é o 58º aniversário da bomba de hidrogénio. Há muitos casos em que a cópia não é fraudulenta, e equivaler o plágio à cópia banaliza-o ao ponto de o tornar inevitável.

O que me traz à treta principal. «Pode-se usar tudo e mais alguma [coisa] desde que se tenha a autorização do autor», escreve no seguimento da conversa o interlocutor do 31 da Sarrafada. É comum esta ideia de que “o autor” pode publicar o que quiser onde quiser e ainda assim reter o controlo total sobre o que “criou”. É comum, mas ridícula. Isto não funciona.

Se deixo o meu livro no banco do jardim não é razoável queixar-me, no fim de semana seguinte, que entretanto mo levaram. É roubo. Era o meu livro e não tinham direito de o levar. Mas não posso exigir que sejam os outros a tratar de tudo. Eu também tenho de zelar pelas minhas coisas, se as quero preservar. E se é assim com o roubo de verdade, ainda mais é com a cópia do que publico. Eu tenho o direito de que não me levem os livros e de não deixar que copiem as conversas que tenho com a minha mulher ou as fotografias que tiro aos meus filhos. E exerço esse direito guardando os livros em casa e não disponibilizando essas coisas na Internet. Mas se ponho este texto num servidor programado para dar uma cópia a quem lá se ligar, então já dei a autorização que tinha a dar.

É importante que se perceba isto porque se está a exigir direitos incompatíveis. Por um lado, queremos ter liberdade de expressão, ter o direito de criticar, partilhar, aprender, comentar e transformar a informação que recebemos. O direito de participar na nossa cultura. Mas, por outro lado, há muitos a defender que qualquer espirrinho lhes deve dar o poder de exigir, regular ou proibir todos os outros de fazer o mesmo. Isto assim não funciona. O resultado, inevitável, é esta inconsistência ridícula de publicar um vídeo sem referir os autores e depois parir uma vaca só porque alguém copia um tweet mal escrito de 140 caracteres.

1- Entre a Paula Simões, o 31 da Sarrafada e o Ricardo Martins, algures durante a manhã do dia 30, se alguém quiser tentar desenterrar a conversa.
2- YouTube, War Of The Worlds radio spoof by Orson Wells
3- Ricardo Martins, Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha sido usada antes.
4- 31 da Sarrafada, #Austeridade 448: Viaturas da Presidência do Conselho de Ministros
5- 31 da Sarrafada, Legenda Precisa-se! Os vencedores

72 comentários:

  1. Este é um caso de birra do tipo "eu é que olhei primeiro para ela" mas aplicado a bens culturais por quem não deve ter reflectido sobre isso.

    Um pouco a propósito, hoje fui almoçar a uma esplanada dentro de uma fundação, e para lá chegar é preciso atravessar uma área onde está uma exposição. Quem parasse para olhar no caminho era imediatamente avisado pelo segurança de que tinha de pagar para ver. Tínhamos de atravessar, podíamos usar os olhos, mas não podíamos usufruir da exposição focando o plano onde estavam as obras... É um pouco como ir a uma prova de vinhos onde nos obrigam a cuspir, senão temos de pagar a garrafa. Ou ir a um striptease à borla desde que só olhemos para a cara da senhora. Ou como tirar mp3 da internet...

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  2. Nem mais. Mas deixo aqui um aparte, apontando um erro no teu texto que, apesar de não lhe tirar validade, é curioso apontar: quando dizes:

    "Se deixo o meu livro no banco do jardim não é razoável queixar-me, no fim de semana seguinte, que entretanto mo levaram. É roubo. Era o meu livro e não tinham direito de o levar."

    ...estás potencialmente errado. Se deixares o teu livro no banco do jardim e fores embora, a pessoa que o encontrar lá é livre de ficar com ele - não é um roubo - se o livro estiver num estado em que seja considerado "abandonado". Se assim for, é perfeitamente legal, e agora não estou para ir atrás da Lei que o comprova, mas é qualquer coisa do género "se foi abandonado num local público, é propriedade comum, passa a ser de quem o encontrar". Não sei é o que é que, em Portugal, é preciso para fazer de algo como considerado "abandonado"... Mas diz-me o senso comum que se o lá deixaste uma semana inteira, pode mesmo ser considerado como tal (e posso estar enganado) ;-)

    Deste-me vontade de voltar a ver o "Respigadores e a Respigadora" :-)

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  3. Hoje é o 58º aniversário da bomba de hidrogénio, tá atrasado um dia
    o atol de Equelqwechose vulgo bikini foi a 31 da armada passada

    a presente armada só vai a 1
    hoy o 255º aniversário do advento do Marquês
    é só fazer contas
    e curiosamente este é o 3º blogue que vi hoje sobre plágio
    tendo em conta que um é húngaro e o outro inda pior

    desconfio que não irão acusar o ke teta ou o ke iota
    de plágio

    mas ambos continham ideias similares a estas:

    este texto num servidor programado para dar uma cópia a quem lá se ligar

    a probabilidade de surgirem milhões de frases análogas

    em triliões de frases internéticas
    é alto

    o que é contra a lei das probabilidades é eu ter apanhado 3 em 40 blogues vistos

    desconfio que hoje deve ser o dia anti-anti-plágio ou similar

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  4. Não tendo sido eu a pessoa envolvida na discussão pela parte do "31 da Sarrafada" compreendo perfeitamente a indignação da autora do Tweet.

    Porquê?

    1. O tweet emite uma opinião "a rádio como nunca foi usada antes" é a opinião da autora do tweet. Opinião aliás com a qual eu não concordo de todo.

    O resultado inevitável de se escrever daquilo que não se entende dá origem a um post como este: O tweet do "31 da Sarrafada" aponta directamente para a fonte - para o Youtube. Mais atribuição do que isto não se pode dar.

    O tweet do Ricardo Martins - tendo sido ele o primeiro a reconhecer que aplicou um widget automático do Tumblr para marcar o tweet do "31 da Sarrafada" aponta para o Tumblr dele com um link para o YouTube. No entanto, a opinião expressa no Tumblr dele - de que há 72 anos se usou a rádio como nunca se tinha usado antes - também lá está, e essa opinião não é dele, é de outrem. Mais ainda, o Ricardo Martins tem um "all rights reserved" espetado lá no Tumblr dele, reparaste?

    Tens toda a razão quando dizes que colocar aqui "Hoje é o 78º aniversário da bomba de hidrogénio" porque leste isso onde quer que seja, não levanta dúvidas. Mas se escrevesses "Há 78 anos inventou-se a bomba de hidrogénio, um momento negro para a humanidade, trazendo consequências catastróficas no equilíbrio geo-político do nosso planeta" porque leste em qualquer lado que era o aniversário da dita estavas a fazer uma formulação própria, um raciocínio, a emitir uma opinião tua. É aqui que reside a grande diferença, entendes?

    2. Dás como exemplo dois posts no "31 da Sarrafada" que por acaso foram colocados por mim. Eu acredito no fair use para fins não comerciais - o "31 da Sarrafada" não é financiado por anúncios nem merchandising - e tenho o cuidado de fazer os meus posts a partir do servidor da CNN em Atlanta onde o fair use é legal. Mais ainda, sempre que possível o "31 da Sarrafada" usa imagens Creative Commons com atribuição e link back para os autores.

    3. «O que me traz à treta principal. «Pode-se usar tudo e mais alguma [coisa] desde que se tenha a autorização do autor», escreve no seguimento da conversa o interlocutor do 31 da Sarrafada. É comum esta ideia de que “o autor” pode publicar o que quiser onde quiser e ainda assim reter o controlo total sobre o que “criou”. É comum, mas ridícula. Isto não funciona."

    Tens toda a razão! A ideia é tão estúpida e ridícula como trabalhar todos os dias e mais uns feriados e querer receber o pagamento ao final do mês. Espero bem, para que sejas coerente com aquilo que escreves, que apenas trabalhes de borla e que vivas de donativos e caridade.


    4. «O resultado, inevitável, é esta inconsistência ridícula de publicar um vídeo sem referir os autores e depois parir uma vaca só porque alguém copia um tweet mal escrito de 140 caracteres.»

    O resultado inevitável de se escrever daquilo que não se percebe é fazer figura de idiota: O "31 da Sarrafada" não publicou um vídeo, apontou para um vídeo. O Ricardo Martins, esse sim, publicou um vídeo e uma opinião pessoal de um dos membros do "31 da Sarrafada" sem sequer se dar ao trabalho de atribuir autoria a nenhum dos dois elementos que fazem aquele post: o vídeo e a opinião.

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  5. Mind Booster Nori,

    «Se deixares o teu livro no banco do jardim e fores embora, a pessoa que o encontrar lá é livre de ficar com ele - não é um roubo - se o livro estiver num estado em que seja considerado "abandonado". Se assim for, é perfeitamente legal,»

    Tens razão, não ficou muito claro. Porque era precisamente esse o meu ponto :)

    Não sei o que a lei diz, mas sei que nenhum polícia vai investigar o caso do livro que me levaram se o deixei no banco do jardim. O meu ponto é que é que eu posso não querer que me levem o livro e achar que é um roubo. Podemos dizer que, se o livro é meu, então posso deixá-lo onde quiser que continua a ser meu.

    Mas a sociedade não se vai ralar em proteger as coisas que eu deliberadamente deixo assim ao alcance de todos. Se guardo o livro em casa e alguém mo rouba a polícia intervém. Mas se o deixo no jardim, azar o meu. Não por o livro deixar de ser meu, mas por eu deixar de o proteger.

    É claro que devia ter explicado isto melhor, porque "meu" e "roubo" são conceitos sociais e não apenas subjectivos. Eu posso dizer que o livro é meu e a lei dizer que como o abandonei então é de quem o apanhar, e por isso legalmente não ser roubo. Mas olha, fica a explicação para o próximo :)

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  6. Francisco,

    «Quem parasse para olhar no caminho era imediatamente avisado pelo segurança de que tinha de pagar para ver.»

    Lindo. Experimentaste andar muito devagarinho? Ou voltar para trás várias vezes para ir buscar coisas ao carro? É que dá mesmo vontade... :)

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  7. LUDWIG KRIPPAHL E O EFEITO BOOMERANG DOS SEUS ARGUMENTOS EVOLUCIONISTAS:

    LK: Sabes, estou convencido que os micróbios se transformaram em microbiologistas ao longo de milhões de anos.

    IC: A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!! Quais são as tuas?

    LK: É simples! O meu “método científico”, o meu “naturalismo metodológico” e o meu “empírico” são infalíveis. Se os criacionistas soubessem bioquímica, biologia molecular, genética, etc., poderiam observar que:


    1) moscas dão… moscas

    2) morcegos dão… morcegos

    3) gaivotas dão… gaivotas

    4) bactérias dão… bactérias

    5) escaravelhos dão… escaravelhos

    6) tentilhões dão… tentilhões

    7) celecantos dão… celecantos (mesmo durante supostos milhões de anos!)

    8) guppies dão… guppies

    9) lagartos dão… lagartos

    10) pelicanos dão pelicanos

    IC: Mas...espera lá! Não é isso que a Bíblia ensina, em Génesis 1, quando afirma, dez vezes, que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género?

    LK: Sim, mas os órgãos perdem funções, total ou parcialmente e existem parasitas no corpo humano…

    IC: Mas…espera lá! A perda total ou parcial de funções não é o que Génesis 3 ensina, quando afirma que a natureza foi amaldiçoada e está corrompida por causa do pecado humano? Também os parasitas mostram a corrupção. É isso, e só isso, que se vê!

    Afinal, os teus exemplos de “método científico”, “naturalismo metodológico” e “empírico” corroboram o que a Bíblia ensina!!

    Não consegues dar um único exemplo que demonstre realmente a verdade aquilo em que acreditas?

    LK: …a chuva cria informação codificada…

    IC: Ops! Cuidado com a tua cabeça! Os teus argumentos contra os criacionistas têm um efeito boomerang e acertam-te em cheio nela, começando a afectar-te os neurónios e as sinapses seriamente…

    Cuidado, macaquinho tagarela peludinho!!

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  8. OS BURACOS LÓGICOS DO MACACO TAGARELA DAS FALÁCIAS:

    Aqui segue uma divertida análise dos "argumentos" de um pseudo-professor de pensamento crítico. Como dizia Charles Darwin, será que podemos confiar nas convicções de um macaco (se é que ele tem algumas)?


    1) Deus não impede os padres de violar crianças. Mas para que isso seja um mal é preciso que Deus exista, porque só ele pode justificar a existência de padrões absolutos à luz dos quais isso seja um mal. E os padres sabem que estão a fazer mal. Nenhum veio dizer que isso era moralmente correcto.

    2) Para que os padres sejam pecadores é necessário que haja pecado. Para que haja pecado, é necessário que exista um padrão moral objectivo. Para que exista um padrão moral objectivo é necessário que exista Deus.


    3) É claro que os ateus podem ter valores, incluindo valores cristãos. Felizmente muitos têm, porque são irracionais.

    O próprio Richard Dawkins afirma que é culturalmente cristão, quanto aos valores, e rejeita os valores morais da teoria evolução.

    O problema é que Richard Dawkins não consegue justificar racionalmente os seus valores à luz da sua própria visão do mundo. Tem que os pedir emprestados ao cristianismo.


    4) Se, como diz o Ludwig, nós podemos adoptar qualquer sistema de valores que queiramos, então não pode criticar a Igreja Católica por adoptar os valores que ela quer. Ou pode? Se podemos adoptar qualquer sistema de valores que queiramos…

    Também não pode criticar os valores dos traficantes de droga dos morros da Rocinha, do Leme ou do Vidigal, no Rio de Janeiro.

    Os valores do Ludwig não valerão mais do que os dos traficantes de droga, ou que os de Hitler, Staline, Pol Pot ou Mao Tse Dong.


    5) Ora, se os valores dependem da vontade de cada um, então é porque não existem valores, mas apenas valorações subjectivas. A esta luz, porque é igualmente bom (ou mau) cuidar das crianças ou torturá-las pelo simples prazer de o fazer.

    Como dizer que uns estão certos e outros estão errados num mundo feito de crueldade predatória?

    O raciocínio bíblico é lógico:


    1) Premissa maior: Um Deus racional, moral, bom e justo criou o Universo, a vida e o homem.


    2) Premissa menor: O homem foi criado à imagem de Deus, com liberdade moral.


    3) Conclusão: Logo, o homem deve ser racional, moral, bom e justo, como Deus é e respeitar a especial dignidade dos outros e a criação de Deus…

    O raciocínio ateísta tem um buraco lógico:


    1) Premissa maior: O ser humano evoluiu a partir de um processo físico, químico e genético aleatório, desprovido de qualquer racionalidade e moralidade, cheio de doenças, predação, sofrimento, morte e extinções maciças.

    2) Premissa menor: ???????

    3) Conclusão: O ser humano deve ser racional e ter valores (quais)

    Como se caminha logicamente da premissa maior 1) para a conclusão 3)?

    Falta a premissa menor. Qual é ela? De onde é que ela vem?

    Que valores é que o ateu deve ter?

    O Ludwig, especialista em pensamento crítico, é a pessoa indicada para responder.

    Mas não conseque mais do que afirmar arbitrariamente os seus próprios valores...

    O Ludwig é o cúmulo da irracionalidade... Ele é o arbítrio em pessoa...

    Charles Darwin tinha razão quanto à fragilidade dos argumentos dos macacos...


    P.S. Mas não vale dizer que a chuva cria valores…

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  9. ÚLTIMA HORA!

    TRÊS ATEUS SEPULTARAM O ATEÍSMO COM OS SEUS PRÓPRIOS ARGUMENTOS NATURALISTAS.

    1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente (em bom rigor, ele disse isso, mas também disse que a chiuva cria códigos. Coisas de autodenominados macacos tagarelas!!)

    2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com os símbolos ATGC, que codifica grandes quantidades de informação como um computador.

    3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), o ex-ateu Anthony Flew, ao fim de 60 anos a dizer o contrário, concluiu que então o código do DNA só pode ter tido origem inteligente, abandonando assim o seu ateísmo.

    Teve assim lugar o funeral do ateísmo.

    Os ateus Ludwig Krippahl e Richard Dawkins carregaram a urna e abriram a cova.

    Anthony Flew enterrou-o.

    A Palmira Silva ainda tentou a respiração boca a boca, mas sempre que abria a boca ainda conspurcava mais o defunto.

    Ludwig Krippahl e Richard Dawkins permanecem até hoje diante da sepultura do ateísmo a velar o morto, a embalsamá-lo e mumificá-lo, para ele não cheirar mal.

    As exéquias foram celebradas pelos criacionistas.

    Que descanse em paz.

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  10. Fernando Fonseca,

    Acho que o erro fundamental está nesta ideia: «e essa opinião não é dele, é de outrem». Mas as opiniões têm dono? Se eu for da opinião que o pastel de nata é doce, quem tiver a mesma opinião tem de me pagar direitos de autor ou é obrigado a pôr um link para o blog?

    A opinião, seja qual for, é de quem a tiver. E se alguém publica a sua opinião não tem nada que se queixar se outros a partilharem. Não há aqui questão alguma de propriedade ou roubo.

    Quanto ao plágio, não tem nada que ver com opinião mas sim com a fraude de se fazer passar por autor de algo que outro criou. É esse acto deliberado de enganar acerca da autoria. Por isso pode ser plágio responder “12,5” num exame se o valor foi copiado de outro – não por alguém ser dono do número mas por enganar o professor acerca das capacidades do aluno para o calcular – e não ser plágio escrever “os pasteis de nata de Belém são mesmo muito bons”, mesmo que outro o tenha escrito, porque nesse contexto não a autoria da expressão é irrelevante.

    E uma correcção:

    O "31 da Sarrafada" não publicou um vídeo, apontou para um vídeo.

    Por mera limitação técnica do Twitter, presumo, visto que nestes casos foi precisamente isso que fizeram:

    #OE2011 Sobre as negociações PS/PSD
    Isto é uma mensagem política...
    #Austeridade Ajustes Directos são apagados do BASE (vídeo)

    Pela vista de olhos que dei ao vosso blog, parece-me prática comum fazerem posts com vídeos sem dar crédito aos autores nem referir a fonte de onde encontraram os vídeos. O que não aponto como grave ou como violação dos direitos de alguém, mas sim para mostrar que não estão a fazer o mesmo que exigem dos outros.

    Quanto ao meu trabalho, é remunerado sim, mas por acordo mútuo com o meu empregador. Temos um contrato e tudo. Por outro lado, o que publico aqui de livre vontade sem compromisso prévio de ninguém não vem com quaisquer exigências. É simpático, se copiarem os meus posts, dizer de onde os tiraram. Mas se não o fizerem paciência. Não é isso que me vai tirar o sono.

    PS: desculpa lá a demora a aparecer o teu comentário, mas não quero desactivar o filtro de spam do blogger e só lá vou de vez em quando desentalar os que apanham por tabela.

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  11. Ludwig:


    "Mas roubar é privar a vítima daquilo que é seu"

    Discordo. Roubar é fazer teu aquilo que não é. A expressão "roubar ideiais" data da idade da pedra. (estou ciente que antiguidade não é um argumento, é só para salientar que não é uma questão inventada pos napster)
    QUanto à discussão em causa é uma tolice. Uma frase!? Ainda se fossem 30 paragrafos...

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  12. O LUDWIG E OS DIREITOS DE AUTOR

    O Ludwig tem um problema. Por um lado, diz que não há valores e que cada qual adopta dos valores que quer.

    Por outro lado, critica os valores adoptados pela sociedade, de protecção dos direitos dos autores, de forma a estimular e a recompensar a criação e a invenção.

    Se não existem valores, nem critérios objectivos de bem e de mal, como é que o Ludwig pode dizer que a protecção dos direitos de autor é errada?

    O Ludwig é irracional e arbitrário.

    O ateísmo colocou-o num beco sem saída se contradições e arbitrariedades.

    Basicamente, ele não consegue falar sem cair em contradição.

    A filosofia do Ludwig Krippahl em matéria de direitos de autor é própria de um autodenominado Macaco Tagarela, isto é, de um ser humano que não se respeita a ele próprio, quanto mais respeitar os outros...

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  13. O LUDWIG E AS SUAS MACAQUICES:

    "Quanto ao meu trabalho, é remunerado sim, mas por acordo mútuo com o meu empregador. Temos um contrato e tudo."

    Então, por maioria de razão se devem proteger os direitos de autor! Estão protegidos por convenção internacional, lei e muitos contratos...

    Se é tudo uma questão de contrato, também um indivíduo pode contratar uma assassino profissional...

    O Ludwig é um triste...

    A sua pirotecnia argumentativa é patética...

    O Ludwig é o cúmulo da irracionalidade...

    Se perdemos algum tempo com ele é apenas porque disso retiramos alguma diversão...

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  14. João,

    «Roubar é fazer teu aquilo que não é.»

    Então a agricultura, a pesca, a educação, a investigação científica e até a criatividade artística são tudo roubo. Antes do poema ser escrito não era de ninguém, mas o autor, ao fazê-lo seu por o escrever, roubou-o.

    Sugiro que revejas a tua definição :)

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  15. Ludwig,

    Realmente dá vontade de contornar as regras da maneira mais simples possível. Mas a eventualidade do debate com o segurança que só está a cumprir ordens que não lhe pagam para compreender não é muito apelativa...

    E como havia duas secções da exposição que ficavam afastadas da secção que dava passagem ao restaurante, lá paguei para ver. Ou melhor, para não ser incomodado. Afinal, eram as xilogravuras originais do Escher e não queria que me viessem distrair com regras idiotas.

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  16. Fernando,

    gostaria de considerar alguns pontos:

    1.O Fernando pode acreditar no que quiser. Mas invocar o Fair Use não o redime. Primeiro, porque não existe Fair Use em Portugal. O Fair Use é característico de países onde existe o "Copyright", como a Inglaterra, a Austrália, os EUA, etc. Nos paíse latinos, como Portugal, Espanha, França, etc existe o "Droit de L'Auteur" e em vez do Fair Use existem as excepções ao Direito de Autor.

    2. E em segundo lugar, e independentemente do exposto anteriormente, mesmo que faça uso de obras com direito de autor, permitidas pelas excepções, o Fernando tem sempre de atribuir. Porque a atribuição concerne ao direito moral que não só nunca acaba (mesmo para obras em domínio público) como nem sequer é transmissível (mesmo que o autor o quisessse).

    3. Em terceiro lugar, a atribuição, mais do que um dever, no caso de obras com direito de autor, mais do que uma cortesia, no caso de factos, pode ser uma necessidade. E se me permite darei o vosso exemplo. Aqui há tempos, escreveram um post a acusar a Optimus de "plágio". Colocaram duas imagens no blog, que não atribuíram, como suposta prova e já na altura vos disse que era um exagero. Percebia-se que uma das imagens era a capa de um CD, mas a outra não tinha qualquer contexto. Tive de vos pedir a fonte para perceber que era uma frame de um vídeo.

    4. Em quarto lugar, para o Fernando, a frase em questão pode estar imbuída de criatividade e originalidade literária com direito de autor e tudo, mas para os alunos de rádio, por exemplo, é uma frase mil vezes ouvida. E mais, é precisamente por causa da segunda parte da frase que aos alunos de radiojornalismo é dado o exemplo do Orson Welles.

    5. Em quinto lugar, não é verdade que possa fazer tudo desde que com a autorização do autor. Basta pensar, por exemplo, em obras digitais com DRM.

    6. O mais terrível disto tudo é a vossa atitude persecutória, exagerada, sem razão, que faz passar a ideia de que não se pode fazer nada sem pedir autorização ao autor ou que tudo, factos incluídos, está sob direito de autor. E isso não é serviço público. Chama-se enganar as pessoas. Pior ainda quando vocês próprios não respeitam aquilo que exigem dos outros, nos casos em que, aí sim, a lei se aplica.

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  17. Jónatas "perspectiva",

    «Então, por maioria de razão se devem proteger os direitos de autor! Estão protegidos por convenção internacional, lei e muitos contratos...»

    A diferença é que o meu ordenado é pago por quem se comprometeu a pagá-lo quando me contratou. Em contraste, os tais "direitos" do autor são restrições impostas a quem não tem nada com isso, não prometeu nada e, por isso, não contraiu obrigações para com o autor.

    Daí que me seja legítimo cobrar pelas aulas que preparei depois de me prometerem pagar por elas mas não pelas aulas ou palestras que dou, ou posts que escrevo, se o faço sem nenhum acordo prévio de remuneração.

    Quanto aos valores, continuas a voar contra o vidro da janela. Há valores. São é subjectivos, pois só um sujeito pode decidir que umas coisas são melhores que outras. E é isso que me permite dizer que o copyright que temos é uma bosta.

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  18. Qual é a tua identidade no Twitter, Ludi?

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  19. LUDWIG KRIPPAHL E OS DISPARATES DO COSTUME:

    Mas onde é que se diz que o ordenado tem que ser pago por quem se comprometeu a pagá-lo? Isso deduz-se da teoria da evolução?

    Não são possíveis outras soluções? Não é possível dar a uma pessoa uma comissão pelo que vende? Não é possível pagar a outra em função dos golos que marca?

    A remuneração pelo trabalho pode resultar de diferentes arranjos.

    O médico do SNS é pago pelo Estado e não pelos doentes que beneficiam do directamente do seu trabalho.


    Da teoria da evolução não resulta uma única maneira de pagar salários.

    Mas como os evolucionistas dizem que as sociedades são livres para adoptar as regras que querem, então nada impede que a nossa sociedade de adoptar as regras existentes.


    Se os valores são subjectivos, então é porque não têm fundamento racional.

    Quando afirmar subjectivamente a sua existência estás ser arbitrário e irracional, porque não consegues fundamentar racionalmente a sua existência.

    Nem consegues dizer que valores é que se deduzem da teoria da evolução nem como se deduzem.


    Se há valores subjectivos, então os valores de acordo com os quais se deve remunerar os autores são plenamente válidos.

    Por isso não podes criticá-los.

    O copyright que temos pode ser mau para ti, mas é bom para outros.

    E a tua opinião (baseada em processos químicos cerebrais aleatórios de um autodenominado macaco Tagarela) não vale mais do que a dos outros.

    Bem tentas defendê-la emotivamente, é certo.

    Mas isso só mostra que se trata de uma preferência subjectiva sem qualquer validade racional intersubjectiva.

    Como dizia Charles Darwin, será que podemos confiar nas opiniões de um macaco, se é que ele tem algumas?

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  20. O LUDWIG, A SUBJECTIVIDADE DOS VALORES E O BECO SEM SAÍDA EM QUE SE METEU:

    O Ludwig diz: há valores!

    Mas como é que ele sabe que isso é assim?

    E porque é que isso é assim?

    Porque é que aquilo que é acidentalmente valorado pelo ser humano, entendido como acidente evolutivo, é, por esse facto, um valor?

    Se o pensamento humano é o resultado de processos químicos aleatórios porque é que ele tem que ser valioso?

    Não será essa ideia um simples acidente químico?

    Onde é que se diz que os pensamentos acidentais de um acidente cósmico devem ser respeitados?

    Que respeito se deve a um acidente cósmico?

    Além disso, se os seres humanos valorizam as coisas que querem (sem que haja um critério objectivo de bem e mal), então tudo o que for valorado pelos seres humanos é um valor, nem que seja o roubo, o furto, a violação, o abuso de crianças, a mentira e o homicídio.

    Porque não? Quem decide? Com que autoridade?

    Se os valores são subjectivos, então todos os valores humanos são igualmente dignos de consideração e respeito, porque todos são criações subjectivas.

    Os valores da escravatura e do genocídio também são criações subjectivas...

    Mas qual é, afinal, a consideração e o respeito devido aos diferentes valores?

    Não havendo uma medida objectiva, também isso depende da vontade subjectiva de cada um, que pode ser toda, alguma ou nenhuma...

    Por aqui se vê o beco sem saída da irracionalidade ateísta, cheia de absurdos e contradições.

    O Ludwig diz que existe um dever de racionalidade, mas não consegue justificá-lo nem consegue justificar racionalmente os valores a partir da sua visão do mundo irracionalista, naturalista e acidentalista.

    A existência de valores morais e de um dever de racionalidade só pode ser defendida racionalmente se for verdade que, como a Bíblia ensina, existe um Deus racional e moral que criou o mundo e nos criou à sua imagem e semelhança com o dever de sermos como Ele.

    Pelo contrário, se for verdade que o ser humano é o produto de um processo físico e químico aleatório de milhões de anos de dor, sofrimento, doenças, crueldade predatória, morte e extinções massivas, então é totalmente impossível defender racionalmente a existência de valores morais e de um dever de racionalidade.

    Nesse mundo irracional, quem diz que existe um dever de racionalidade e de moralidade está a ser arbitrário, subjectivo e irracional...

    É esse o problema do Ludwig, claro...

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  21. Não são possíveis outras soluções?

    São. Podes inventá-las à vontade. Depois tens é de convencer as pessoas a usar essas soluções. E às vezes resulta.

    Não é possível dar a uma pessoa uma comissão pelo que vende? Não é possível pagar a outra em função dos golos que marca?

    Tudo é possível. Aquilo que se discute é se é boa ideia ou não. Tenta acompanhar a discussão.

    Da teoria da evolução não resulta uma única maneira de pagar salários.

    Nem da teoria da gravidade... é um insight fabuloso. Tás quase a chegar ao Nobél.

    Mas como os evolucionistas dizem que as sociedades são livres para adoptar as regras que querem, então nada impede que a nossa sociedade de adoptar as regras existentes.

    Não só "nada impede", como se reparares, e até por definição, as regras existentes existem. É fabuloso, não é? Espantoso. Isto são com cada coisas que tu consegues descobrir que é estupendo!

    Se os valores são subjectivos, então é porque não têm fundamento racional.

    Nada tem fundamento "racional". A razão é uma ferramenta, não é um fundamento.

    Quando afirmar subjectivamente a sua existência estás ser arbitrário e irracional, porque não consegues fundamentar racionalmente a sua existência.

    Nem preciso. Só preciso de a observar. Epa, olha, eu existo! Pimbas, a observação é mesmo espectacular não é?

    Nem consegues dizer que valores é que se deduzem da teoria da evolução nem como se deduzem.

    A palavra é inferem, não deduzem. Deduções só na matemática. Aprende. Não vives para sempre, e depois falhas o exame lá no purgatório (a ver se isto o convence...).

    Se há valores subjectivos, então os valores de acordo com os quais se deve remunerar os autores são plenamente válidos.

    São "válidos" se por válidos te referes a legais. Pois, pelos vistos a lei é a lei. É impressionante, não é, a magia das tautologias...

    O copyright que temos pode ser mau para ti, mas é bom para outros.

    Basicamente os advogados. És advogado? Não parece muito, normalmente esses conseguem fazer um raciocínio que se distinga de stand ups...

    E a tua opinião (baseada em processos químicos cerebrais aleatórios de um autodenominado macaco Tagarela) não vale mais do que a dos outros.

    Isso depende, não é? Vale a dele mais para ele próprio do que a tua. A tua, por exemplo, vale exactamente zero para mim.

    Como dizia Charles Darwin, será que podemos confiar nas opiniões de um macaco, se é que ele tem algumas?

    Eu confiaria mais num macaco do que em ti. Ao menos sabe estar calado.

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  22. «Mas como é que ele sabe que isso é assim?»

    Tem olhos.

    «Se o pensamento humano é o resultado de processos químicos aleatórios porque é que ele tem que ser valioso?»

    Ou mais importante ainda, porque é que não será valioso? Mas já te derrapaste antes com a aleatoriedade.

    «Não será essa ideia um simples acidente químico?»

    Valores humanos têm tudo menos serem simples.

    «Onde é que se diz que os pensamentos acidentais de um acidente cósmico devem ser respeitados?»

    Em muitos sítios, a começar na educação. Há quem a tenha, há quem não a tenha. Normalmente, alguém que é educado a respeitar valores, vai-os respeitar. Aliás, um sistema que desrespeite valores é contraditório (pois irá desrespeitar o valor de "desrespeito pelos valores"), e não resulta em nada senão palermice.

    «Além disso, se os seres humanos valorizam as coisas que querem (sem que haja um critério objectivo de bem e mal), então tudo o que for valorado pelos seres humanos é um valor, nem que seja o roubo, o furto, a violação, o abuso de crianças, a mentira e o homicídio.»

    Ou a escravização, o racismo, a perseguição à heresia, a censura, a queima de livros, a descriminação religiosa, etc. E no entanto, basta ver como foram passados a maioria dos últimos 2000 anos...

    «Porque não? Quem decide? Com que autoridade?»

    Os humanos com poder. Com a que lhe reconhecem. Nem sempre são os cabeças de estado, atenção.

    «Se os valores são subjectivos, então todos os valores humanos são igualmente dignos de consideração e respeito, porque todos são criações subjectivas.»

    É a questão nihilista.

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  23. «Não havendo uma medida objectiva, também isso depende da vontade subjectiva de cada um, que pode ser toda, alguma ou nenhuma...»

    Isto é um diagnóstico, não é uma "solução".

    «Por aqui se vê o beco sem saída da irracionalidade ateísta, cheia de absurdos e contradições.»

    Pelo contrário levar com regras da idade da pedra dum tipo com tiques de genocida e assassino é bué racional. Ganha juízo, cresce.

    «A existência de valores morais e de um dever de racionalidade só pode ser defendida racionalmente se for verdade que, como a Bíblia ensina, existe um Deus racional e moral que criou o mundo e nos criou à sua imagem e semelhança com o dever de sermos como Ele.»

    Treta. Bullshit. Toda a moral que existe na terra é tudo menos objectiva. Toda ela evoluiu ao longo dos tempos, confirmando o seu carácter não-eterno. Se procuras o eterno, chama-lhe pelo seu nome próprio: Temporário.

    «Nesse mundo irracional, quem diz que existe um dever de racionalidade e de moralidade está a ser arbitrário, subjectivo e irracional...»

    Não compreendes a teia de auto-referências e erros lógicos de que o teu raciocínio está prenhe. Nem tenho uma pinga de motivação para to esclarecer.

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  24. O BAQRBA RIJA COMO SUPLEMENTO À IRRACIONALIDADE

    Na verdade existem valores, porque vivemos numa sociedade fortemente influenciada pelos valores revelados por Deus.

    Os cristãos podem justificar racionalmente a objectividade, primazia e universalidade dos valores dizendo que eles reflectem a natureza racional e moral de Deus e a sua omnipresença.

    Os ateus limitam-se a constatar que existem valores, mas não conseguem deduzir a sua existência, o seu conteúdo e a sua primazia normativa do processo de evolução.

    Como diz Richard Dawkins, a evolução não tem racionalidade nem moralidade.


    A existência de valores refuta a visão naturalista e acidentalista do mundo, já que esta não pode explicar a sua existência.

    Quem é que diz que um autodenominado Macaco Tagarela merece respeito?

    Ele próprio? Mas, como diria Charles Darwin, será isso digno de confiança?

    Se achamos que nos últimos anos foram feitas coisas erradas, então é porque acreditamos em valores morais.

    Mas esses valores não podem ter resultado da teoria da evolução, na medida em que esta é feita de sofrimento, dor, crueldade predatória e morte.

    Se a evolução é isto e nós dizemos que isto é mau, então é porque admitimos que existem valores que a teoria da evolução não pode explicar à luz dos quais isso é mal.

    Se não for assim, estaremos a afirmar apenas a nossa preferência subjectiva e não podemos dizer que se fez mal durante 2000 anos, porque durante esse tempo as pessoas apenas manifestaram as suas preferências subjectivas...

    Se os seres humanos com poder é que estabelecem os valores, então há que correr aos armamentos.

    Será a lei do mais forte e a sobrevivência do mais apto.

    Se assim é, como podemos condenar as atrocidades cometidas ao longo de 2000 anos?

    Elas foram cometidas por pessoas com poder para as cometer e dizer que isso é um valor...

    O ateísmo é irracional, arbitrário e nihilista...

    Na verdade, que mais se poderia esperar de uma crença que diz (sem qualquer fundamentação) que tudo veio do nada por processos irracionais?

    Fica aqui mais um suplemento de irracionalidade...

    Os ateus sempre que abrem a boca mostram a sua irracionalidade...

    Não acreditam na objectividade dos valores.

    Mas sempre que alguém os confronta com a sua própria irracionalidade dizem que está a ser mal educado...

    Não é absurdo e irracional?

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  25. Ricardo,

    Sou o LKrippahl. Mas o meu twitter está um pouco mortiço, que mal molhei os pés assustei-me com as ondas :)

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  26. A IRRACIONALIDADE DO BARBA RIJA:

    "Toda a moral que existe na terra é tudo menos objectiva."

    Se cada um cria moralidade, porque dizemos que a moralidade de um traficante de drogas e de um abusador de crianças é errada?

    Se não existe critério de moralidad objectiva, com que base é que passam o tempo a criticar a moralidade desenvolvida pela Igreja Católica?

    Em que é que as vossas preferências são melhores do que as da Igreja Católica? São vocês que decidem isso? Com que autoridade? Uma autoridade subjectiva?

    "Toda ela evoluiu ao longo dos tempos, confirmando o seu carácter não-eterno."

    Se assim é, porque criticas as atrocidades cometidas nos últimos 2000 anos? Com que base é que dizes que são atrocidades?

    Se a evolução é ineremente injusta e predatória, porque devemos criticar a injustiça e a predação no ser humano? Com que base?

    Se a moralidade é o produto da evolução, o abuso de crianças, a escravatura, o genocídio, etc., também o são...

    Como podemos dizer que isso é mau?

    Com base num critério que evoluiu por acaso no cérebro de alguém?

    Porque não aceitar outro critério que tenha evoluído por acaso no cérebro de outra pessoa?

    Se a moralidade é temporária, porque é que é mau hoje matar alguém?

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  27. Perspectiva,

    "Mas esses valores não podem ter resultado da teoria da evolução, na medida em que esta é feita de sofrimento, dor, crueldade predatória e morte."

    Diz o gajo da religião que tem como símbolo um tipo a morrer espetado numa cruz...

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  28. RESPOSTA AO KRIPPMEISTER

    Esse símbolo não surgiu por acaso.

    O mesmo baseia-se no facto histórico, amplamente documentado, da crucificação de Jesus Cristo pelos romanos (que aplicavam a pena de morte por crucificação).

    Esse facto mostra até onde o ser humano está disposto a ir na sua rejeição de Deus.

    Mas também mostra até onde Deus está disposto a ir por amor do homem.

    Em todo o caso, o melhor símbolo do Cristianismo é a cruz vazia, porque Jesus não ficou morto, mas ressuscitou ao terceiro dia.

    A ciência diz que a ressurreição de Jesus Cristo é humana e naturalmente impossível.

    Os crisãos não poderiam estar mais de acordo!

    A Bíblia diz que se tratou de um evento divino (não humano) e sobrenatural (não natural).

    Existe evidência histórica mais sólida da ressurreição de Jesus Cristo (relatado por muitos testemunhos detalhados e independentes), do que de que a vida surgiu por acaso (nunca tal foi observado por ninguém).

    Foi esse facto sobrenatural da ressurreição de Jesus Cristo, nunca refutado por judeus e romanos, que mudou a história universal.

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  29. Numa conversa completamente off-topic, é certo, mas há que esclarecer: não só a cruz não é um símbolo que apareceu por acaso, como apareceu bem antes de Jesus e a sua morte. É o símbolo pagão da consagração, obviamente usado com muita frequência nos objectos relacionados com funerais. Inicialmente o Cristianismo não tinha "um símbolo", mas muitos (como o ictus, ou o cristograma).

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  30. Eu agora sou um suplemento? Ora essa...

    «Se cada um cria moralidade, porque dizemos que a moralidade de um traficante de drogas e de um abusador de crianças é errada?»

    Porque.... wait for it.... essa é a nossa moral!

    «Se não existe critério de moralidad objectiva, com que base é que passam o tempo a criticar a moralidade desenvolvida pela Igreja Católica?»

    Por ser inconsistente, incoerente, hipócrita e mentirosa. Isto são factos, não são valores. Em termos de valores, prezo muito que a sociedade se livre de incoerentes hipócritas mentirosos que nem sequer conseguem ter uma posição consistente. É o meu valor. E tenho pena que não consigas sequer imaginar que é possível eu ter valores. É mesmo uma falta de imaginação incrível da tua parte.

    «Em que é que as vossas preferências são melhores do que as da Igreja Católica? São vocês que decidem isso? Com que autoridade? Uma autoridade subjectiva?»

    Em termos "absolutos", "objectivos", não, os meus valores não são melhores do que as da Igreja. Mas nem é isso que eu alego, por isso estás a cometer uma falácia do tamanho da lua. O que já é normal.

    Em termos relativos, sim, considero que tenho muita coisa a apontar à Igreja. Mas há que salientar algo. Se a Igreja apenas se preocupasse consigo própria, eu nada diria. Não concordo mas é lá com eles. É por se imiscuírem na praça pública com as suas mentiras, propagandas e ideologias duvidosas que eu me insurjo.

    «Se assim é, porque criticas as atrocidades cometidas nos últimos 2000 anos? Com que base é que dizes que são atrocidades?»

    Com base nos meus valores. Habitua-te. É assim. E isto tendo em conta que sei perfeitamente que talvez muita coisa que eu faço diariamente e considero normal possa parecer uma barbaridade daqui a 100 anos.

    Como comer um bom bife de vaca, por exemplo.

    «Se a evolução é ineremente injusta e predatória, porque devemos criticar a injustiça e a predação no ser humano? Com que base?»

    Não é "inerentemente" coisa nenhuma. É esse o teu problema, vês a evolução como algo "Mau-em-si-mesmo". Não é mau, não é bom. É o que é. Também "inventou" a sociedade e a cooperação. Criou o sentimento de amor, etc.

    «Se a moralidade é o produto da evolução, o abuso de crianças, a escravatura, o genocídio, etc., também o são...

    Como podemos dizer que isso é mau?»


    A moralidade é o produto da evolução e é ela a actividade humana de dizer "isto é bom isto é mau". Logo, se esta actividade existe, então segue-se que não só podemos dizer essas coisas como o diremos mesmo. Faz parte de sermos humanos.

    «Se a moralidade é temporária, porque é que é mau hoje matar alguém?»

    És mesmo incapaz de responder a esta pergunta sem recorrer ao teu amigo imaginário? És mesmo incapaz dessa função cerebral básica? Uau.

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  31. O BARBA RIJA É UM SUPLEMENTO DE IRRACIONALIDADE INCONSISTENTE, INCOERENTE E HIPÓCRITA!


    Eu explico.

    Para ele, condenar um abusador de crianças faz parte da nossa moral (judaico-cristã).

    Mas como é que ele pode dizer que a nossa moral é melhor do que a do abusador?

    Com base em critérios cristãos?

    Ou com base na evolução predatória, inerementemente cruel, feita de dor, sofrimento e morte?

    Só se pode acusar a Igreja Católica de ser incoerente e inconsistente se isso for um mal.

    Mas é um mal à luz de que critério?

    À luz de critérios cristãos,isso é um mal de certeza, já que a Bíblia manda amar o próximo e ser verdadeiro e integro.

    No entanto, à luz de critérios puramente evolucionistas a mentira, a inconsistência e a hipocrisia serão um bem sempre que isso resultar numa vantagem adaptativa para o próprio...

    Para a evolução, aleatória e amoral, nada obriga a que se diga a verdade ou seja coerente...

    O Barba Rija só consegue criticar a Igreja Católica pedindo emprestada a moralidade cristã objectiva, porque da teoria da evolução é impossível deduzir que a mentira e a inconsistência são pecado...

    Para a teoria da evolução, a mentira, a hipocrisia e a inconsistência são tão legítimos como a verdade, porque são o resultado dos mesmos processos aleatórios...

    Tanto basta para mostrar a incoerência, a inconsistência e a hipocrisia do Barba Rija!!

    Ele defende a evolução, negando a existência de valores objectivos, e critica a Igreja Católica, mas depois aplica os valores cristãos (que rejeita) para condenar a Igreja Católica...


    Se os valores do Barba Rija não são melhores do que os da Igreja Católica, com que base é que critica a Igreja Católica?

    Critica-a por ser inconsistente?

    Mas para isso é preciso demonstrar que a teoria da evolução condena a inconsistência...

    Também seria necessário demonstrar que, à luz da teoria da evolução, que se baseia na sobrevivência do mais apto, é um mal alguém mentir e usar a praça pública com mentiras...

    A teoria da evolução proibe a mentira? Aonde? Quando? Porquê? Como?

    Ou será que a mentira é pecado porque Deus é Verdade?

    O Barba Rija diz que condena as atrocidades com base nos seus valores.

    Mas já vimos que mesmo isso é mentira.

    Ele condena o pecado da Igreja Católica e as atrocidades cometidas ao longo de 2000 anos com base em valores cristãos de bondade, verdade, justiça, racionalidade, que só a existência de Deus permite justificar.

    À luz da teoria da evolução, que é irracional e amoral, não existe nenhum fundamento racional e moral para dizer que os seres humanos (nascidos por mero acidente) estão obrigados a dizer a verdade ou a respeitarem os outros acidentes cósmicos...

    O Barba Rija é irracional porque afirma coisas arbitrariamente, sem fornecer qualquer razão plausível para o que afirma, mesmo à luz da sua visão do mundo.

    O Barba Rija sabe que existe bem e mal, vida e morte, amor e ódio, etc. Para ele tudo isso é produto da evolução...

    Mas a sua teoria da evolução não lhe permite justificar porque é que devemos escolher o bem, a vida, a justiça e o amor.

    A experiência mostra que, para além de falarem de bem e de mal, os seres humanos falam do pai natal, do bule voador ou do monstro de spaguetti. Será que também devemos obediência a essas entidades?

    A história mostra que matar, abusar, violar, roubar e mentir também é humano. Será que isso é moral apenas por ser humano?

    A teoria do Barba Rija não lhe permite explicar porque é que devemos optar por obedecer a certos valores e não a outros, ou à Lua, ao Sol ou a Saturno, também eles produtos do acaso...

    A Bíblia explica porque devemos obediência a determinados valores: fomos criados por um Deus bom, vivo, justo e amoroso, à Sua imagem e semelhança, com liberdade e responsabilidade moral.


    O Barba Rija, ao pedir emprestados os valores da Bíblia, mostra que é irracional e arbitrário, para além de inconsistente e incoerente...

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  32. Ha maneiras convencionadas para legitimar a posse e a sua transferencia. Não é uma coisa natural, não é uma propriedade da natureza. É uma propriedade metafisica, convencionada, num sistema de regras que pode ser até testado empiricamente mas não cortado pela raiz.

    O teu problema é que as convenções actuais e definições actuais não te agradam. Mas não porque estejam erradas. Os teus argumentos de redefinição é que estão. Cnfundes o teu "deve" com o que as coisas realmente são.

    Proponho que revejas a tua resposta de acordo com o conhecimento recemadquirido de que existem processos de troca que legitimam a transferencia de propriedade, assim como a sua originall detenção.

    E não me venhas dizer que não há propriedade intelectual porque essa resposta é uma propriedade intelectual por si só. Mas uma que pode ser e deve ser partilhada e discutida. Mas como propriedae da matéria é na ciencia actual indiscritivel.

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  33. PS: tive de desistir do Ubuntu num segundo sistema (não corria) e o "base" do openoffice é uma confusão em relação ao access, para alem de que tem uns bugs muito incomodativos.

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  34. Lá está ele com o suplemento... e insiste na treta do costume.

    «Mas como é que ele pode dizer que a nossa moral é melhor do que a do abusador?»

    Com base... nos meus critérios. Por exemplo, segundo o meu critério moral, todos os padres que cometeram abusos deviam ter ido para a prisão e não serem protegidos pela hierarquia católica. Isto é claramente algo que a "moral cristã" não aplica, pelo que concluo que não faz parte da moral cristã. A minha moral é assim superior à cristã.

    «Ou com base na evolução predatória, inerementemente cruel, feita de dor, sofrimento e morte?»

    Eu não disse já que a evolução não é inerentemente nada? Mas tu estás a falhar as lições, meu caro! Será problema de memória? Toma uns comprimidos rapaz, que a deficiência aí em cima é demasiado notória.

    «Só se pode acusar a Igreja Católica de ser incoerente e inconsistente se isso for um mal.»

    Mais uma calinada de todo o tamanho. A incoerência e inconsistência são conceitos de álgebra, não são conceitos morais. Conseguirá o Jónatas dizer uma frase que se aproveite? Assim uma que não nos faça rir?

    «À luz de critérios cristãos,isso é um mal de certeza, já que a Bíblia manda amar o próximo e ser verdadeiro e integro.
    »


    ... e bater nos putos quando eles não são muito obedientes. Talvez seja isso o que o padre tem em mente quando decide "castigá-los"...

    «No entanto, à luz de critérios puramente evolucionistas a mentira, a inconsistência e a hipocrisia serão um bem sempre que isso resultar numa vantagem adaptativa para o próprio... »

    Pimbas! Mais outra calinada! Não, meu caro ignorante, não é vantagem adaptativa "para o próprio", mas sim para os seus descendentes. E mentiras nunca resistem eternidades. São sempre desmontadas, mais cedo ou mais tarde. As consequências para quem mente e é descoberto não são nada favoráveis.

    «O Barba Rija só consegue criticar a Igreja Católica pedindo emprestada a moralidade cristã objectiva»

    Isto é tão estúpido como dizer que só consigo dizer qualquer coisa científica "pedindo emprestado as observações científicas da idade média feita por cristãos". É que é tão, mas tão, mas tão estúpido... que é bem estúpido.

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  35. «Ele defende a evolução, negando a existência de valores objectivos»

    (Isto é para eu dormir ou assim? Sigh...)

    «Se os valores do Barba Rija não são melhores do que os da Igreja Católica, com que base é que critica a Igreja Católica?»

    Os meus valores são extraordinariamente melhores do que as da ICAR. Para começar são os meus, e isso é extraordinariamente espectacular.... para mim pelo menos... que é o que conta aqui.

    «Também seria necessário demonstrar que»

    Demonstrar que a teoria de kin selection existe e foi já demonstrada? Meu caro, estás atrasado 30 ou 40 anos de pesquisa científica. Ah, esquece, és criacionista ROFLMAO

    «A teoria da evolução proibe a mentira?»

    Mais uma frase completamente estúpida e imbecil. A TE não proibe coisa alguma, porque não é um indivíduo que proiba coisas.

    «Ou será que a mentira é pecado porque Deus é Verdade?»

    Deus é Amor e A Coisa-Em-Si-Mesma que é Una e Trina, e o Caminho, a Verdade e A VIDA, e etc. e tal, logo a mentira é o diabo. E como a TE permite a mentira, a TE é o diabo em pessoa. Porque a TE é uma pessoa. E frases imbecis seguem frases imbecis.

    «Ele condena o pecado da Igreja Católica e as atrocidades cometidas ao longo de 2000 anos com base em valores cristãos de bondade, verdade, justiça, racionalidade»

    Sim.«que só a existência de Deus permite justificar.» Não. Simples, né?

    «O Barba Rija é irracional porque afirma coisas arbitrariamente, sem fornecer qualquer razão plausível para o que afirma, mesmo à luz da sua visão do mundo.»

    Confundes "irracional" e "arbitrariamente" com processos naturais. Para ti, tudo o que é natural e funciona através da soma das suas partes é "irracional" e "arbitrário", quando é exactamente o seu oposto. Tenho pena. É pena ver um cérebro, que levou tanto tempo a ser aperfeiçoado a ser usado de uma maneira tão disparatada como o teu.

    «Mas a sua teoria da evolução não lhe permite justificar porque é que devemos escolher o bem, a vida, a justiça e o amor.»

    Nem a Teoria da Gravidade. Nem a Teoria da Relatividade. Nem a Teoria dos Germes. Mas continua o raciocínio non sequitur que fazes, que é hilariante na mesma.

    «A experiência mostra que, para além de falarem de bem e de mal, os seres humanos falam do pai natal, do bule voador ou do monstro de spaguetti. Será que também devemos obediência a essas entidades?»

    Talvez haja um segmento da população humana que não consiga viver senão sob a obediência de entidades inexistentes. Não faço ideia. Sei que eu não preciso nada disso.

    «A história mostra que matar, abusar, violar, roubar e mentir também é humano. Será que isso é moral apenas por ser humano?»

    É moral sim... moralmente mau. São coisas que não queremos. Porque já as conhecemos e sabemos que não propiciam bom ambiente. Um tipo tá na boa a jogar matrecos e depois vem outro tipo e mata-me o adversário e arruina-me a tarde. Tá mal... não é boa onda.

    «A Bíblia explica...»

    Correcção: A Bíblia propagandeia que...

    «O Barba Rija, ao pedir emprestados os valores da Bíblia, mostra que é irracional e arbitrário, para além de inconsistente e incoerente...»

    Eu peço emprestado de todos os sítios que reconheço que são bons. Mais de metade dos ensinamentos morais da bíblia são para esquecer. Mas existem coisas boas. Depois existem ensinamentos morais vindos de outras fontes bem diferentes que também peço emprestado. Claro que sim. Seria mentiroso se dissesse que eu sozinho consegui avaliar por mim mesmo Em-Mim-Mesmo todas as formulações éticas e despachar toda uma estrutura moral.

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  36. É comprensivel que haja quem queira pagar para ter melhor e mais facil de usar. E tu queres impedir isso.

    E eu até sou um entusiasta do open sorce. Acho é que são dois mundos que podem beneficiar-se mutuamente.

    Até porque o open sorce é uma maneira legitima de forçar a descida de preços do que mostra comercial. Por outro lado o software comercial parece mostrar o caminho a seguir numa data de questões mas a começar pela friendliness dos interfaces com o utilizador

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  37. Barba,

    Vais ter um lugarzinho no céu com essa pachorra toda! ;)

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  38. João,

    «É comprensivel que haja quem queira pagar para ter melhor e mais facil de usar. E tu queres impedir isso.»

    Claro que não. Se há quem queira pagar por software e quem queira fazer software pago pelos que querem pagar, por mim estão à vontade para pagar e fazer o que quiserem. Nem me passaria pela cabeça proibir-lhes seja o que for.

    O que oponho é apenas a legislação que dá a um tipo o poder legal de proibir os outros todos de copiar e partilhar programas só porque ele decidiu fazê-los e publicá-los.

    Eu estou convencido que os músicos e as editoras teriam muito a ganhar se fosse proibido cantar sem pagar licença. Mas sou contra esse absurdo. E tal como sou contra que quem compõe possa proibir-me de tocar uma música que decidiu tornar pública, sou contra que quem programa possa proibir-me de usar o software que decidiu tornar público.

    Quanto ao pagar por serviços, alinho na boa.

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  39. O problema Ludwig é que o software não foi tornado público. Tu quando decides adquirir um programa fá-lo pela aceitação dos termos do vendedor.
    É por isso que o preço foi o que aceitaste pagar e não muito mais. As condições de venda também determinam o preço.

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  40. Perspectiva,

    "Mas também mostra até onde Deus está disposto a ir por amor do homem."

    Por amor ao homem podia era ter levantado a maldição da morte e da doença e ter posto os leõezinhos todos de volta a comer melancias. Disfarçar um terço de si próprio de filho e fingir que morre cruxificado só para depois dar de frosques, não adiantou nada. Foi só mesmo pelo espectáculo mórbido.

    "Em todo o caso, o melhor símbolo do Cristianismo é a cruz vazia, porque Jesus não ficou morto, mas ressuscitou ao terceiro dia."

    Talvez seja picuíce minha mas... Eu diria que o problema de simbolizar paz e amor através da imagem de um instrumento de tortura bárbaro e primitivo é o mesmo, com ou sem o morto lá pendurado.

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  41. Wyrm,

    «O problema Ludwig é que o software não foi tornado público. Tu quando decides adquirir um programa fá-lo pela aceitação dos termos do vendedor.»

    Quando tu adquires um programa não aceitas termos nenhuns. Pegas na caixa, pagas e vais-te embora. Tudo o que lês de licenças e tretas dessas vem depois de teres pago e, em rigor, devia ser completamente inválido porque não se pode alterar um contrato de venda depois da venda feita. Se a lei fosse justa, terias tantos deveres contratuais pelo software que compras na FNAC como pelas batatas da mercearia, visto que ninguém te obriga a aceitar nada antes de pagares.

    Além disso, há limites para o que te podem exigir. Por exemplo, se compras tens o direito de emprestar e revender, direito que te privam ao dizer que, se bem que te pareceu comprares um CD com software, na verdade compraste uma licença. E isso devia ser condenado como burla.

    Finalmente, se pões uma coisa à venda nas lojas tornaste-a pública, em contraste com o que guardas em casa e é privado. E é a isso que me refiro. O que foi publicado; i.e. disponibilizado ao público por decisão voluntária do criador.

    Imagina que compravas um cd de música. Pagavas, chegavas a casa, punhas a tocar e a primeira pista era um senhor a dizer que ao ouvires o CD aceitavas os termos de licenciamento que te permitiam ouvi-lo apenas naquele aparelho onde o tinhas posto primeiro, não o podias emprestar e não podias revender o CD. Se recusasses que o devolvesses à loja, caso não tivesses ainda aberto o pacote.

    Sentias-te moralmente obrigado a cumprir as exigências desse contrato que te era imposto só depois de teres pago pelo CD? Eu não...

    Finalmente, se peço um CD emprestado ou se descarrego o software pelo BitTorrent não estou a celebrar contrato com ninguém. Por isso nesses casos devia ser livre de fazer o que bem quiser. Certo? :)

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  42. Desde que tentei devolver, numa grande superfície, software que se recusou a correr no meu PC e me disseram que não aceitam devoluções de software que nunca mais dei um tusto por software nenhum.

    Nunca mais!

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  43. Join today and follow @LKrippahl

    Santíssima Trindade, o gajo é o Messias!!!!

    Ou então, o anti-cristo.

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  44. Este comentário foi removido pelo autor.

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  45. Este comentário foi removido pelo autor.

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  46. Vou deixar ao lado as discussões religiosas, já que me escapa completamente à compreensão em que medida é que este artigo tem alguma coisa a ver com religião, ou melhor, Cristianismo. Só se for para discutir quem detém os direitos de autor da Bíblia (já que foi escrita por vários autores anónimos...).

    Seja como for, queria apenas deixar aqui um pensamento provocador. Mas infelizmente a Google acha que os comentários devem ser curtinhos. Por isso fica aqui o comentário no meu blog.

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  47. ...por acaso concordo completamente com a observação do Ludi de que devia ser proibido tomar conhecimento dos termos e condições de licenciamento depois de se ter adquirido o produto, e não compreendo como é que uma loja/distribuidora pode sequer recusar-se a aceitar uma devolução de alguém que diga que não aceitou os termos e que quer devolver o software/vídeo/CD/jogo.

    A questão é complicada porque a noção de "Termos e Condições de Utilização" originou-se nos Estados Unidos onde tudo é possível em termos legais :) Mas cá não é assim. Todos os produtos sujeitos a esse tipo de restrições de uso deveriam ter os respectivos termos impressos na caixa, bem legíveis, segundo uma norma qualquer. Os produtos alimentares têm no rótulo a sua composição (e hoje em dia os níveis calóricos, etc.). O tabaco diz "Fumar mata". As bebidas alcoólicas dizem "Beba com moderação". Porque é que os consumidores não têm o direito a ver no software/jogos/vídeos/CDs uma etiqueta a dizer: "Este produto está protegido por uma licença que estipula os termos e condições da sua utilização. Não copiar. Não instalar em mais do que um computador. Não emprestar. Não revender. Se não concordar com estes termos, por favor não abra o pacote." Isto devia ser obrigatório!! Se calhar temos de fazer uma petição pública...

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  48. Miguel,

    Toda a gente é contra a propriedade intelectual, se o termo for usado com o significado que tem. Porque ninguém aceita ser proibido pensar em algo só porque alguém já o pensou antes e assim ficou proprietário desse pensamento.

    O que eu sou contra, ao contrário de muitos, é a concessão de monopólios legais sobre a representação de números e operações algébricas. Coisa, aliás, que a própria lei diz ser. O nosso CDADC afirma-o logo no primeiro artigo...

    Mas logo respondo ao teu post com mais tempo :)

    Quanto a isto:

    «Todos os produtos sujeitos a esse tipo de restrições de uso deveriam ter os respectivos termos impressos na caixa, bem legíveis, segundo uma norma qualquer.»

    Não me parece solução. O facto de comprares algo não te obriga a fazer o que lá está escrito. Se eu publicar um livro e escrever na capa "quem compra isto não pode ler às quartas feiras, não pode emprestar e tem de depositar 5 euros por mês na conta com o NIB indicado abaixo" estou convencido que podes comprar o livro à vontade que nenhum tribunal te vai obrigar a fazer aquilo. Porque um contrato não é algo a que nos comprometemos apenas por comprar uma coisa.

    E se deixares o livro no banco do jardim e alguém ficar com ele, certamente essa pessoa não deve ficar limitada por qualquer contrato de licenciamento ao qual tu te tenhas sujeitado...

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  49. Na pratica opões-te a que haja pós-pagamento, que é uma maneira muito eficaz para distribuir os custos por quem usa.

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  50. O BARBA RIJA É MESMO IRRACIONAL

    O Barba Rija está mesmo com dificuldades.

    Ele não consegue explicar porque é que alguém há-de se sentir vinculado pelos seus próprios valores. A única coisa que consegue é afirmar arbitrariamente que tem valores, sem dizer exactamente de onde é que eles vieram e como é que eles se justificam.

    Ele não consegue deduzir os seus valores da teoria da evolução. Ele bem tenta demonstrar a teoria da evolução apelando à "kin selection" embora ignore que a mesma apenas permite explicar que gaivotas dão gaivotas e pelicanos dão pelicanos.

    Por mais teorias que se inventem, o facto é que nunca ninguém observou uma espécie menos complexa a transformar-se noutra diferente mais complexa.

    O Barba Rija defende valores emotivamente, mas sem dispor de um qualquer fundamento racional. Ele é subjectivo e arbitrário.

    O mesmo insiste na existência de valores, mas nunca explica de onde eles vêm, em que é que eles consistem e que de autoridade gozam.

    Realmente a teoria da evolução não permite explicar a gravidade ou a relatividade, porque nem sequer consegue explicar a origem da matéria e da energia, sem as quais não existe gravidade nem relatividade.

    O que mostra que a teoria da evolução cósmica, química e biológica é totalmente inútil.

    A mesma não consegue explicar a matéria e a energia, a vida, a racionalidade e a moralidade.

    Relativamente a estas questões, o Barba Rija só pode especular de forma irracional e arbitrária, como quem fala do bule voador ou da fada do dente.

    Para ele, a moralidade é aquilo que queremos. O pior para ele é que muitos querem matar, violar, abusar de crianças, roubar, mentir, etc.

    Ele quer criar um bom ambiente. No entanto, a teoria da evolução diz que tudo é um mero acidente, não se preocupando se há bom ambiente ou não.

    Além disso, a mesma é feita de dor, sofrimento, predação, catástrofes naturais, extinções massiças, morte, tudo menos um bom ambiente.

    Acresce que, de acordo com o Barba Rija, nada impede uma pessoa de matar outra se isso criar um bom ambiente...

    O Barba Rija nega a existência de Deus mas julga-se com o direito de proclamar valores universais e de com base nos seus valores julgar ops valores da Bíblia (livro que manifestamente ignora).

    Ele diz que tudo veio do acaso, mas depois diz que há bem e mal...

    Quem criou essa distinção? Se tudo surgiu do acaso, ela também surgiu por acaso... Então qual o seu valor?

    Porque é que somos moralmente obrigados a obedecer a algo que surgiu acidentalmente?

    O Barba Rija não tem outra resposta senão apregoar arbitrariamente os seus próprios valores (nascidos ou incorporados por acaso no seu cérebro)...

    Mas como é que sabe que os seus valores são melhores do que os do abusador de crianças, se ambos são produto do acaso?

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  51. João,

    «Na pratica opões-te a que haja pós-pagamento, que é uma maneira muito eficaz para distribuir os custos por quem usa.»

    Não. Na prática, defendo que a coacção legal de um pagamento a quem não quer participar numa transacção comercial só se justifica nos impostos, cobrando conforme o que cada um ganha e em benefício de todos, e que não se pode conceder tal poder a agentes económicos privados.

    Se queres fazer um negócio com pós-pagamento, tudo bem. Basta teres um sistema em que o cobres apenas a quem explicitamente opte por participar. Por exemplo, teres um restaurante onde toda a gente sabe que se entra e pede batatas fritas no fim tem de te pagar por elas, e tem lá o preço afixado e tudo. Mas não teres um sistema em a lei obriga a que te paguem cada vez que alguém faz comida a partir das receitas que criaste ou partilha essas receitas com os amigos.

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  52. Ludi,

    Não gosto de comparar produtos manufacturados com produtos de propriedade intelectual, porque as leis que os regem são muito diferentes, mas mesmo assim vejo algumas semelhanças:

    Se compras um carro, não o podes conduzir como te apetece. No momento da compra, aceitas conduzi-lo dentro de certas regras. E comprometes-te a fazer a manutenção de acordo com as instruções dadas pelo fornecedor: se não o fizeres, invalidas a garantia.

    Se compras um electrodoméstico e o usares dentro da banheira durante o banho, apanhares um choque eléctrico, e fizeres saltar o posto transformador da EDP, quem paga as reparações és tu (se estiveres vivo), porque não estás a usar o produto de acordo com as instruções do fabricante.

    Se comprares comida num supermercado e insistires comê-la um ano depois da data de validade ter expirado e tiveres uma indigestão, não podes processar o fabricante (nem o supermercado): ao adquirires a comida, presumes que aceitas os termos e condições que ela te é fornecida. Ex. "conserve no congelador" — se não o fizeres, e a comida estragar-se, o problema é teu, não de um fabricante monopolista que te impõe regras que não queres aceitar...

    Se abrires uma conta num banco e a usares para branqueamento de capitais, e o banco te cancelar a conta, não o podes processar por não te deixar fazer o que queres (a não ser que sejas filiado no partido do governo, claro, mas isso é outra conversa :) ). A utilização de uma conta bancária é estipulada em contrato, e se não quiseres aceitar os termos e condições do banco, só tens é de procurar outro banco com condições melhores — ou não usar nenhum. Mesmo assim, não podes dizer que és "dono" do papel-moeda com que andas na carteira: não podes queimar notas ou rasgá-las e inutilizá-las, por exemplo (é crime). A utilização do papel-moeda impresso pelo Banco de Portugal implica também aceitares os termos e condições dessa utilização.

    Se comprares uma arma e matares um polícia, não podes alegar que a culpa é do fabricante que te impõe regras de utilização com que não concordas :) Ok, este é um exemplo extremo, claro...

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  53. Em conclusão: é normal existirem contratos que regulam a forma como bens e serviços são adquiridos, e o contrato presume que o vendedor estipule certas condições segundo as quais autoriza o comprador a usufruir do bem ou serviço que adquiriu. Não há nisto nenhuma "atitude monopolista", apenas negócio: o fornecedor/produtor/vendedor vende bens e serviços de acordo com os termos e condições que muito bem entender, e cabe ao comprador aceitá-los ou não (havendo um mercado livre, posso escolher outro produto, ou escolher não consumir, se não gostar dos termos e condições).

    Por isso é que estava a insistir que o ponto onde tens 100% de razão é o facto de produtos como livros, jogos, software, CDs de música, vídeos, etc. não terem uma rotulagem correcta. Não concordo, de todo, que se pague primeiro e só depois se possa ter acesso aos termos e condições de utilização do produto — isso parece-me efectivamente uma fraude! Não quero com isso dizer que a mera rotulagem resolva o problema (não resolve!) mas pelo menos faz com que as pessoas tenham uma ideia geral das limitações que lhe são impostas quando adquire um produto sujeito a licenciamento específico antes de abrir o pacote e "implicitamente" aceitar essas condições. Sou absolutamente contra a aceitação a posteriori de um contrato que nunca tive oportunidade de ler antes de pagar!!

    Quanto ao resto, não tinha percebido bem que afinal de contas és mesmo contra a propriedade intelectual, pura e simplesmente. Mmmh. Interpretei mal o teu artigo; pensei que a crítica era principalmente quanto à forma (quase) impossível como se aplicava a legislação, e como existiam uma série de abusos em torno disto. Vai ler o meu artigo e coloca-te na perspectiva de uma pessoa que só tem a propriedade intelectual como única forma de comprar comida e pagar as contas ao fim do mês, e depois diz-me porque é que achas que as pessoas que vivem da sua capacidade criativa não devem ter o direito de serem pagas pelos serviços que prestam...

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  54. O problema da comparação entre produtos manufacturados e produtos originados por uma actividade criativa é que para os primeiros adquires a posse do mesmo e para os segundos adquires apenas uma licença de utilização, que é algo de abstracto, e infelizmente não é claro para a maioria das pessoas, nestes últimos 150 anos de propriedade intelectual, qual a diferença. Mas não devia ser assim tão complicado: é a diferença entre comprar uma casa ou alugá-la. No segundo caso, estou a usufruir de todas as benesses que uma casa me confere, mas não posso fazer com ela o que me apetece — estou sujeito aos termos e condições da sua utilização de acordo com o contrato estabelecido com o verdadeiro dono da mesma. Por exemplo, o dono pode impedir-me de fazer obras, ou de ter um animal, ou de fumar dentro de casa. Também posso ser impedido de subalugar ou emprestar a casa que aluguei. Se não quiser aceitar esses termos, não a devo alugar (e posso procurar outra cas noutro sítio ou comprar uma em vez de a alugar). O mesmo se aplica quando alugo um automóvel na Avis, por exemplo.

    Tal como foi referido anteriormente, o modelo de licenciamento tem efectivamente uma vantagem financeira para o comprador: é muito mais barato adquirir apenas uma licença em determinadas condições do que pagar pela posse dos direitos sobre o produto (artístico) em si. Posso dizer-te que isto não é mera filosofia. Um artista que seja contratado para fazer um jingle para o Continente ou Pingo Doce, como só vai fazer uma única venda, pode pedir dezenas de milhares de Euros pelo seu trabalho (é justo e merecido), e depois o novo dono da música (o supermercado) pode fazer com a música o que quiser. Mas pode achar que seria mais interessante essa música ser licenciada a dezenas de milhares de pessoas diferentes, cada qual pagando apenas um Euro pelo usufruto da mesma. Isto torna os produtos artísticos extremamente baratos e apelativos para a sociedade em geral. Imagina o que seria se o Windows fosse vendido ao preço de custo! (Biliões de Euros...) Ironicamente, foi assim que se começou por vender software... quando um computador custava milhões de Euros :)

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  55. «O BARBA RIJA É MESMO IRRACIONAL»

    Mesmo? Tipo quanto exactamente? Mesmo mesmo mesmo?

    «O Barba Rija está mesmo com dificuldades.»

    Mesmo? Mesmo mesmo mesmo? Tenho tantas que nem reparo nelas vê lá tu...

    «Ele não consegue explicar porque é que alguém há-de se sentir vinculado pelos seus próprios valores.»

    Não tenho de explicar algo que não existe. Não tem nada que se sentir vinculado. Pode ter valores e não os seguir. É uma opção. Está tudo nas tuas mãos, meu caro. Podes, por exemplo, ter a moral de não ser chato para com os outros, e não a seguir. É o que fazes todos os dias.

    «A única coisa que consegue é afirmar arbitrariamente que tem valores, sem dizer exactamente de onde é que eles vieram e como é que eles se justificam.»

    E no entanto disse-o claramente. Portanto já começaste a mentir descaradamente. Mais uma opção imoral tua. Como vês, nada te impediu de mentires e fizeste-o.

    «Ele não consegue deduzir os seus valores da teoria da evolução»

    Também não consigo deduzir a receita de bolo de arroz da teoria da relatividade. Uau.

    «Ele bem tenta demonstrar a teoria da evolução apelando à "kin selection" embora ignore que a mesma apenas permite explicar que gaivotas dão gaivotas e pelicanos dão pelicanos. »

    Lê primeiro o que a "kin selection" diz realmente sobre a moral e depois fala. Segue essa sequência de acções: aprende, absorve, e depois fala. Senão acontecem vergonhas como o teu parágrafo aí em cima.

    «Por mais teorias que se inventem, o facto é que nunca ninguém observou uma espécie menos complexa a transformar-se noutra diferente mais complexa.»

    Como se tu ligasses pêva às observações empíricas....

    «O Barba Rija defende valores emotivamente, mas sem dispor de um qualquer fundamento racional. Ele é subjectivo e arbitrário. »

    Subjectivo, emocional sim, arbitrário não. Um pouco de respeito por favor, que eu não sou um adventista qualquer!

    «O mesmo insiste na existência de valores, mas nunca explica de onde eles vêm, em que é que eles consistem e que de autoridade gozam.»

    Mais outra mentira. Isto já é pecado mortal, Jónatas. Vais ter um tempo bem mal passado no purgatório se continuas assim pá.

    «Realmente a teoria da evolução não permite explicar a gravidade ou a relatividade»

    Esta tinha de ficar em bold! É tão gira!! Ahahahah!

    «Relativamente a estas questões, o Barba Rija só pode especular de forma irracional e arbitrária, como quem fala do bule voador ou da fada do dente.»

    Talvez isso até seja verdade, felizmente existe toda uma literatura científica bem mais capaz do que eu e que explica tudinho muito bem explicadinho, de modo bem mais claro, capaz de previsões estonteantemente verificadas, e basicamente o motor de toda uma indústria tecnológica que permite, entre outras coisas, que estejamos aqui a discutir bananas.

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  56. «Para ele, a moralidade é aquilo que queremos. O pior para ele é que muitos querem matar, violar, abusar de crianças, roubar, mentir, etc.»

    E eu quero essa gente bem longe de mim, e toda a sociedade segura dessa gente. Felizmente 99% da sociedade concorda comigo o que é extraordinário.

    «Ele quer criar um bom ambiente. No entanto, a teoria da evolução diz que tudo é um mero acidente, não se preocupando se há bom ambiente ou não.»

    Não se preocupa com nada! Felizmente, eu preocupo-me. E para mim, bom ambiente é à maneira.

    «Acresce que, de acordo com o Barba Rija, nada impede uma pessoa de matar outra se isso criar um bom ambiente...»

    Aliás, nada impede ninguém de matar quem quer que seja. Por isso é que há assassínios, DOH! Mas levando a tua frase um pouco mais a sério, também é verdade. Por exemplo, acho que não seria imoral matar o tipo que estava prestes a matar o meu amigo com quem estava a jogar matrecos, em legítima defesa. Seria imoral simplesmente deixá-lo matar o meu amigo.

    «O Barba Rija nega a existência de Deus mas julga-se com o direito de proclamar valores universais e de com base nos seus valores julgar ops valores da Bíblia (livro que manifestamente ignora).»

    Não há valores "universais" em si. Existem é valores tentativamente universais. Ou seja, todos temos uma opinião sobre como a sociedade deveria funcionar. E isso é bom.

    «Quem criou essa distinção? Se tudo surgiu do acaso, ela também surgiu por acaso... Então qual o seu valor?»

    O homem criou. Tem o valor de gerar uma sociedade porreira. Eu gosto dela. E tu?

    «Porque é que somos moralmente obrigados a obedecer a algo que surgiu acidentalmente?»

    A tua definição de "acidente" é idiota. Logo a frase é idiota. Se "tudo" é um acidente, então por definição da própria palavra, tudo é anormal, desviado do normal. Mas isto é uma contradição. Logo é imbecil.

    «O Barba Rija não tem outra resposta senão apregoar arbitrariamente os seus próprios valores»

    Tira o "arbitrariamente" e tá perfeito. Tu por outro lado não tens outra resposta senão apregoar os teus valores, fazeres de conta que vieram do teu amigo imaginário e apregoares igualmente que esses valores são superiores a quaisquer outros porque são "divinos". Mas não tens nada que suporte esta ideia disparatada.

    «Mas como é que sabe que os seus valores são melhores do que os do abusador de crianças, se ambos são produto do acaso?»

    Porque assim os valorizo. Repara que o contrário seria contraditório, eu não posso valorizar mais os valores do abusador de crianças do que os meus valores, porque isso quereria dizer que não valorizaria aquilo que valorizo. Isto é um absurdo lógico.

    Tenta acompanhar, tá? Sei que te é difícil, tadinho...

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  57. O BARBA RIJA É IRRACIONAL

    Quando chamamos irracional ao Barba Rija não o fazemos de forma insultuosa ou pessoa, mas queremos apenas dizer que ele acredita em coisas que não consegue fundamentar racionalmente.

    Por um lado, diz que há valores. Por outro lado, diz que não há. Ou seja, ele viola o princípio racional da não contradição.

    Ele diz que isso dos valores é tudo é uma questão de opção. Mas depois critica as opções dos outros e da Igreja Católica, esperando ser levado a sério.


    Ela acha que não há valores e que é tudo uma opção. Mas depois diz que as opções dos outros são imorais. Como pode dizer isso se é tudo uma questão de opção?

    Para o Barba Rija, os valores são feitos como os bolos. Então com que base é que critica os valores dos pedófilos ou dos homicidas?

    O Barba Rija tem valores (possivelmente em alguma medida cristãos) que não consegue justificar a partir da sua visão do mundo.

    Eles são subjectivos, irracionais e arbitrários.

    Ele diz que são criados pela sua cabeça, mas depois critica os valores que os outros criaram pela sua cabeça... com que autoridade?

    Nenhuma, claro.

    A teoria da evolução cósmica, química e biológica não explica a origem da energia, da vida, da racionalidade e da moralidade. Apenas diz que tudo isso surgiu do nada por acaso, sem explicar como...

    Infelizmente não há ninguém que consiga explicar isso...

    Para o Barba Rija a moralidade é aquilo que queremos.

    No entanto, felizmente para ele que vive numa sociedade ainda baseada nos valores cristãos da vida, da liberdade, da paz e da justiça...

    A teoria da evolução, baseada na dor, sofrimento, doenças e morte, não tem uma razão para aceitarmos esses valores...

    Para ele, o homicídio não é moralmente condenável, simplesmente porque nada impede ninguém de matar outros...

    Mas não devemos impedir sempre que podemos? Não devemos punir isso? Porquê? Com que autoridade moral?

    Porque é que se trata as pessoas de maneira diferente quando se mata em legitima defesa ou se mata pelo simples prazer de o fazer?

    Porque é que a nossa opinião sobre o modo como a sociedade deve funcionar é moralmente válida? Hitler, Staline e Pol Pot também tinham uma opinião (largamente partilhada) sobre o modo como a sociedade devia funcionar...

    Estavam certos? Estavam errados? Com base em que critérios?

    O ser humano pode gerar sociedades com injustiça, exploração, abuso de crianças, tráfico de mulheres, corrupção, homicídios, etc.

    Isso é bom ou mau? Com base em que critérios? É tudo uma questão de gosto?

    Uma sociedade com escravos e outra sem eles... para o Barba Rija é tudo uma questão de gosto...

    Uma sociedade com genocídio e outra sem ele... para o Barba Rija é tudo uma questão de gosto...

    Hitler também cria exterminar os judeus para criar uma Alemanha porreira...

    O Barba Rija é o cúmulo do absurdo argumentativo...

    Se o homem, a consciência e a moral são acidentais, ficamos sem saber porque é que um acidente deve obediência e respeito a outro acidente...

    A Lua, as estrelas, o Sol, as galáxias, as rochas, também são acidentes... também lhes devemos respeito e obediência?

    Para o Barba Rija, os abusadores de crianças são condenáveis porque ele assim os valoriza...

    Mas os abusadores de crianças abusam delas exactamente pela mesma razão: porque assim as valorizam...

    O que significa, para o Barba Rija, que uma pessoa pode matar, abusar, mentir, roubar, se isso decorrer da forma como valoriza os outros...

    E como para a teoria da evolução todos os homens e demais seres vivos são acidentes sem valor intrínseco, qualquer pessoa está mais do que legitimidade para os desvalorizar à vontade...

    Por aqui se vê que o Barba Rija é irracional, arbitrário e absurdo...

    Quando se parte da premissa (não fundamentada empiricamente) de que tudo veio do nada por acaso e que a vida surgiu por acidente, acaba-se no absurdo, na irracionalidade e na contradição...

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  58. «O BARBA RIJA É IRRACIONAL»

    Embora isto seja verdade, também é mentira. Eu sou racional. E irracional. Isto porque sou bastante bom em lógica e matemática, e por outro lado sou suficientemente realista para saber que muita coisa que faço não é por estar "fundamentada" em "razões", mas antes em desejos. E assim é com a maioria dos seres humanos. Existem dois grupos de pessoas que não são assim, e são considerados os "mais racionais": os economistas e os psicopatas.

    «Por um lado, diz que há valores. Por outro lado, diz que não há.»

    Onde é que eu disse "que não há"? Este Jónatas mente com tantos dentes tem, e ainda tem a lata de me chamar nomes.

    «Ele diz que isso dos valores é tudo é uma questão de opção. Mas depois critica as opções dos outros e da Igreja Católica, esperando ser levado a sério.»

    É tudo uma opção, e eu sou livre de criticar as opções tomadas. Tu não compreendes lógica, Jónatas. Isto é tão simples que crianças de 6 anos compreendem, e tu tens dificuldades nisto é hilariante.

    «Para o Barba Rija, os valores são feitos como os bolos. Então com que base é que critica os valores dos pedófilos ou dos homicidas?»

    Com os meus valores. Simples, básico, continuas a chumbar a matéria.

    «Ele diz que são criados pela sua cabeça, mas depois critica os valores que os outros criaram pela sua cabeça... com que autoridade?»

    Com a minha. Eu não sou nenhum deus, nem me faço passar por profetas de deuses imaginários. Eu não tenho senão a minha voz. Isto é verdadeira humildade, e tu não percebes isto. Tu é que tens a necessidade de ir buscar entidades imaginárias para pensarem por ti.

    «A teoria da evolução cósmica, química e biológica não explica a origem da energia, da vida, da racionalidade e da moralidade. Apenas diz que tudo isso surgiu do nada por acaso, sem explicar como...»

    Pelo contrário, explica tudo muito bem e muito mas muito melhor do que o teu livrinho milenar, e explica que houve muito pouco no processo que foi "por acaso". Mas o que fazer? Não estudas as lições e chumbas nas matérias mais básicas e é isto...

    «Para o Barba Rija a moralidade é aquilo que queremos.»

    Não é assim tão simples, mas aceito a caricatura. A moralidade parte de uma visão da sociedade que as pessoas aceitem e queiram construir.

    «No entanto, felizmente para ele que vive numa sociedade ainda baseada nos valores cristãos da vida, da liberdade, da paz e da justiça...»

    Não são apenas cristãos e há bastantes morais "cristãs" que felizmente que já não nos guiamos por elas. Aleluia.

    «A teoria da evolução, baseada na dor, sofrimento, doenças e morte, não tem uma razão para aceitarmos esses valores... »

    Nem a Teoria da Gravidade... peraí.... tive um dejá vu do caraças!

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  59. «Para ele, o homicídio não é moralmente condenável, simplesmente porque nada impede ninguém de matar outros...»

    Mais uma mentira. Isto já vai em dezenas. Incrível. Quem disse que não condeno o homicídio? É pura e simples mentira, nascida da tua inabilidade de leitura. Não sabes ler. Aprende a ler. Depois escreve a seguir. Fazes tudo ao contrário.

    Não existe nada que me impeça neste momento de matar os meus colegas de trabalho. Simplesmente acontece que eu não quero nada disso, e só o pensamento disso me revolta o estômago. Isto é um facto, não é uma moral. Compreendes a diferença, meu menino? Claro que não...

    «Porque é que se trata as pessoas de maneira diferente quando se mata em legitima defesa ou se mata pelo simples prazer de o fazer?»

    Epa, olha que boa pergunta.... para miúdos de 3 anos... estamos a esse nível de conversa é? Isto é bem patético...

    «Porque é que a nossa opinião sobre o modo como a sociedade deve funcionar é moralmente válida? Hitler, Staline e Pol Pot também tinham uma opinião (largamente partilhada) sobre o modo como a sociedade devia funcionar...»

    Pois tinham. E eu não concordo com ela. É tão simples como isto e tu não percebes. É mesmo patético.

    «Estavam certos? Estavam errados? Com base em que critérios?»

    Sim, com base em que critérios é que estás a avaliá-los? Estás a perguntar por um juízo moral ou por uma racionalidade com critérios independentes?

    «O ser humano pode gerar sociedades com injustiça, exploração, abuso de crianças, tráfico de mulheres, corrupção, homicídios, etc.»

    Epa, tens olhos sim senhor... incrível...

    «Isso é bom ou mau? Com base em que critérios? É tudo uma questão de gosto?»

    Na decisão de escolher morais não é apenas uma questão de gosto, mas também de pressão social. Eu posso não gostar de certas morais, mas sou pressionado a obedecê-las e aceitá-las devido à pressão social de quem me rodeia. Este factor tende a homogeneizar a cultura moral de uma sociedade.

    «A Lua, as estrelas, o Sol, as galáxias, as rochas, também são acidentes... também lhes devemos respeito e obediência?»

    Népias, bora lá explodir com eles.

    «O que significa, para o Barba Rija, que uma pessoa pode matar, abusar, mentir, roubar, se isso decorrer da forma como valoriza os outros...»

    Não. Não podem porque eu não quero que eles o façam. Eu impedi-los-ei. São esses os meus valores.

    «E como para a teoria da evolução todos os homens e demais seres vivos são acidentes sem valor intrínseco, qualquer pessoa está mais do que legitimidade para os desvalorizar à vontade...»

    É verdade. Por isso é que não te valorizo minimamente, por exemplo.

    «Quando se parte da premissa (não fundamentada empiricamente) de que tudo veio do nada por acaso e que a vida surgiu por acidente, acaba-se no absurdo, na irracionalidade e na contradição...»

    Que patetice. Só palermices. És tão giro.

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  60. Ludwig:

    "E uma correcção:

    O "31 da Sarrafada" não publicou um vídeo, apontou para um vídeo.

    Por mera limitação técnica do Twitter, presumo, visto que nestes casos foi precisamente isso que fizeram:

    #OE2011 Sobre as negociações PS/PSD
    Isto é uma mensagem política...
    #Austeridade Ajustes Directos são apagados do BASE (vídeo)

    Pela vista de olhos que dei ao vosso blog, parece-me prática comum fazerem posts com vídeos sem dar crédito aos autores nem referir a fonte de onde encontraram os vídeos. O que não aponto como grave ou como violação dos direitos de alguém, mas sim para mostrar que não estão a fazer o mesmo que exigem dos outros.


    Não é por mera limitação técnica do Twitter - o que me leva novamente a dizer que nunca se deve escrever sobre aquilo que não se domina.

    Mais ainda, depois de ter colocado o meu comentário percebi uma coisa: quando se faz embed de um vídeo do YouTube num blogue o próprio vídeo indica a autoria e a fonte do mesmo; um mero clic leva-nos à página do Youtube. Mesmo que não fosse assim, e quanto ao terceiro exemplo que apresentas acho que não tenho que citar-me a mim mesmo como autor de um vídeo (seria assim um bocado narcisista, não achas?)

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  61. E agora vamos à Paula.

    Fernando,

    gostaria de considerar alguns pontos:

    1.O Fernando pode acreditar no que quiser. Mas invocar o Fair Use não o redime. Primeiro, porque não existe Fair Use em Portugal. O Fair Use é característico de países onde existe o "Copyright", como a Inglaterra, a Austrália, os EUA, etc. Nos paíse latinos, como Portugal, Espanha, França, etc existe o "Droit de L'Auteur" e em vez do Fair Use existem as excepções ao Direito de Autor.

    A Paula assume que eu estou localizado fisicamente num país latino. Não estou e onde estou o Copyright é o regime aplicável.

    2. E em segundo lugar, e independentemente do exposto anteriormente, mesmo que faça uso de obras com direito de autor, permitidas pelas excepções, o Fernando tem sempre de atribuir. Porque a atribuição concerne ao direito moral que não só nunca acaba (mesmo para obras em domínio público) como nem sequer é transmissível (mesmo que o autor o quisessse).

    Eu posso fazer uma composição e dar a mesma a quem eu quiser de dizer "Olha,diz que foste tu fizeste isto" Gostaria de saber como é que a Paula iria impedir isto de acontecer, a sério.

    3. Em terceiro lugar, a atribuição, mais do que um dever, no caso de obras com direito de autor, mais do que uma cortesia, no caso de factos, pode ser uma necessidade. E se me permite darei o vosso exemplo. Aqui há tempos, escreveram um post a acusar a Optimus de "plágio". Colocaram duas imagens no blog, que não atribuíram, como suposta prova e já na altura vos disse que era um exagero. Percebia-se que uma das imagens era a capa de um CD, mas a outra não tinha qualquer contexto. Tive de vos pedir a fonte para perceber que era uma frame de um vídeo.

    A Paula disse que era um exagero, o autor do post (Eu?) não penso da mesma maneira, são opiniões Paula, opiniões!!! (Será que temos todos que pensar como a Paula? Não há pachorra!) Todos cometemos erros e por vezes não colocamos os respectivos links onde eles deveriam estar mas isso não faz que a nossa má pratica seja justificação para as más praticas de outros, como a Paula muito bem sabe.

    4. Em quarto lugar, para o Fernando, a frase em questão pode estar imbuída de criatividade e originalidade literária com direito de autor e tudo, mas para os alunos de rádio, por exemplo, é uma frase mil vezes ouvida. E mais, é precisamente por causa da segunda parte da frase que aos alunos de radiojornalismo é dado o exemplo do Orson Welles.

    Interessante que andei à procura no Twitter de uma frase semelhante - em Português ou Inglês e apenas encontrei a do "31 da Sarrafada" e a do RFAM naquele dia e em dias posteriores. Isto deve querer dizer que os alunos de radiojornalismo a) não andam pelo twitter que lhes faz muita confusão b) a frase não é tão corriqueira assim.

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  62. 5. Em quinto lugar, não é verdade que possa fazer tudo desde que com a autorização do autor. Basta pensar, por exemplo, em obras digitais com DRM.

    D'uh Paula! A sério D'uh! Se eu tiver a autorização expressa do autor acha que vou ter acesso à obra protegida por DRM?! Ou seja eu mando um mail a um tipo a dizer "Olha queria usar ISTO para este fim" e ele diz "Porreiro pá!" e depois manda-me um ficheiro com DRM? A Paula deveria voltar ao planeta terra.

    6. O mais terrível disto tudo é a vossa atitude persecutória, exagerada, sem razão, que faz passar a ideia de que não se pode fazer nada sem pedir autorização ao autor ou que tudo, factos incluídos, está sob direito de autor. E isso não é serviço público. Chama-se enganar as pessoas. Pior ainda quando vocês próprios não respeitam aquilo que exigem dos outros, nos casos em que, aí sim, a lei se aplica.

    A Paula não tem a mínima ideia do que é uma atitude persecutória quando perpetrada pelo "31 da Sarrafada" (uma delas fez um deputado abandonar o Twitter) e nota-se que os pequenos detalhes e nuances do Twitter lhe escapam: o RFAM foi chamado à atenção que aquilo que tinha feito não estava correcto na ver da autora do Tweet. Atenção que o tweet lhe foi dirigido directamente e não para toda a timeline - só isto demonstra boa fé - e ele desculpou-se com widget admitindo que era o nosso tweet. O RFAM por certo não precisa de um advogado para o defender em tribunal pois para nós o caso ficou sanado com a modificação que ele fez no seu Tumblr.
    Quanto ao que aconteceu depois não vou tecer mais comentários pois não estive directamente envolvido excepto para dizer que a Paula ao dizer que o "31 da Sarrafada" só ajuda a SPA exagerou e bastante. Mas as palavras ficam com quem as profere.

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  63. Fernando,

    «quando se faz embed de um vídeo do YouTube num blogue o próprio vídeo indica a autoria e a fonte do mesmo»

    Não. Tem apenas um link para a página do YouTube. Não indica a autoria a não ser que alguém lá o indique. E não indica onde encontraram o vídeo, por exemplo. Vês o vídeo no blog de alguém, copias o código para pôr no teu, mas não dizes onde o encontraste. Não é muito simpático mas certamente não é plágio nem roubo.

    Quanto ao terceiro ser da tua autoria, pelo post não dá para ver a diferença. É claro que se alguém for à procura provavelmente descobre, mas isso também se pode fazer com o Google.

    O ponto principal é que se eu ponho aqui um post de título "Vídeo engraçado" só com um vídeo e tu puseres no teu blog "Vídeo engraçado" seguido do mesmo vídeo isso não é plágio porque é irrelevante a autoria dessa frase. E não é roubo porque a opinião de que o vídeo é engraçado não é propriedade minha. Nem tens de pedir autorização para achares o vídeo engraçado.

    Plágio é uma imitação fraudulenta. É copiar num exame, entregar um trabalho copiado da net, fazer uma dissertação com copy-paste, editar um livro em seu nome com material de outros, etc. É grave porque é enganar as pessoas. Pôr um vídeo a dizer que há 72 anos que o Orson Welles qualquer coisa não está na mesma categoria. Já para não falar na treta toda dos direitos de proibir os outros ou do roubo das opiniões...

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  64. Caro Fernando,

    Eu posso fazer uma composição e dar a mesma a quem eu quiser de dizer "Olha,diz que foste tu fizeste isto" Gostaria de saber como é que a Paula iria impedir isto de acontecer, a sério.

    Mas não foi isto que o Fernando disse, pois não? Deixe-me recordar as suas palavras:

    "Dás como exemplo dois posts no "31 da Sarrafada" que por acaso foram colocados por mim. Eu acredito no fair use para fins não comerciais (...)"

    Os dois posts referidos têm imagens que não estão atribuídas. E logo a seguir o Fernando diz que acredita no fair use. Aquilo que lhe disse e repito: mesmo usando o fair use tem de atribuir a obra ao autor. O fair use não lhe dá o direito de usar uma obra como se de sua autoria se tratasse.

    Todos cometemos erros e por vezes não colocamos os respectivos links onde eles deveriam estar (...)

    Exacto, mas se o não fazemos, também não o devemos exigir aos outros.

    Interessante que andei à procura no Twitter de uma frase semelhante

    Quando eu estudei rádio, não havia twitter. E o mundo não é só o twitter, nem é só a internet. Repito que o Orson Welles é dado como exemplo nas aulas de radiojornalismo e garanto-lhe que não é por ter usado a rádio como ela sempre foi usada.

    A sério D'uh! Se eu tiver a autorização expressa do autor acha que vou ter acesso à obra protegida por DRM?!

    Talvez o Fernando devesse aprofundar esta matéria e ler novamente o meu ponto 5. Vou repetir por outras palavras: No caso de obras digitais com DRM, a autorização do autor pode não ser suficiente. Esta é, aliás, a principal razão pela qual o Cory Doctorow, só para lhe dar um exemplo, se recusa a vender audiobooks com DRM.

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  65. o RFAM foi chamado à atenção que aquilo que tinha feito não estava correcto na ver da autora do Tweet.

    Vocês escreveram um tweet, que foi republicado automaticamente pelo tumblr sem incluir o vosso nome. Chamaram a atenção da pessoa em questão e ela explicou-vos isso mesmo, que era automático.
    Mas vocês continuaram a insistir, acusando-a de roubo, até a pessoa descobrir como colocar lá o vosso nome.
    Vamos ver aquilo que escreveram:

    1. Bom dia! Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha sido usada antes: http://youtu.be/o9VWC8eB9ic
    2. Olha-me este! http://bit.ly/cIM7WM Então pá?? RT @rfam Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha http://dlvr.it/7m1pW
    3. @Wonderm00n É que o @rfam não se deu ao trabalho de mudar o texto! Copy paste do nosso tweet e depois source: youtube #FAIL.
    4. @Wonderm00n E depois no site tem (C) 2010 o @rfam. Como é que se pode ter direitos de autor sobre conteúdos roubados, sabes?
    5. @rfam Seja o que for não está bem... agora a culpa é do sistema informático queres ver?
    6. @rfam Está mal está que o conteúdo não é teu.
    7. @rfam E que tal alterares agora o post para reflectir a fonte? Isso já era um bom começo...
    8. @rfam Mas o texto não é teu, entendes isso certo?
    9. @rfam E tu tens que perceber que não podes usar conteúdos de outros sem lhes dar o devido crédito.

    O vosso terceiro tweet, depois de terem visto o tumblr do @rfam, acusava-o perante terceiros de roubar conteúdos! E ainda o @rfam não vos tinha respondido!
    E isto tudo por causa de um tweet que é um facto!
    Se depois da pessoa ter explicado que foi automático, sem intenção, vocês continuam a acusá-la de roubo, eu chamo a isto atitude persecutória.

    E sim, é essa a atitude da SPA: passar a ideia que *tudo* tem direito de autor, que a cópia é ilegal, acusar as pessoas de roubo, etc.

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  66. o RFAM foi chamado à atenção que aquilo que tinha feito não estava correcto na ver da autora do Tweet.

    Vocês escreveram um tweet, que foi republicado automaticamente pelo tumblr sem incluir o vosso nome. Chamaram a atenção da pessoa em questão e ela explicou-vos isso mesmo, que era automático.
    Mas vocês continuaram a insistir, acusando-a de roubo, até a pessoa descobrir como colocar lá o vosso nome.
    Vamos ver aquilo que escreveram:

    1. Bom dia! Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha sido usada antes: link
    2. Olha-me este! link Então pá?? RT @rfam Faz hoje 72 anos que Orson Wells usou a rádio como nunca tinha link
    3. @Wonderm00n É que o @rfam não se deu ao trabalho de mudar o texto! Copy paste do nosso tweet e depois source: youtube #FAIL.
    4. @Wonderm00n E depois no site tem (C) 2010 o @rfam. Como é que se pode ter direitos de autor sobre conteúdos roubados, sabes?
    5. @rfam Seja o que for não está bem... agora a culpa é do sistema informático queres ver?
    6. @rfam Está mal está que o conteúdo não é teu.
    7. @rfam E que tal alterares agora o post para reflectir a fonte? Isso já era um bom começo...
    8. @rfam Mas o texto não é teu, entendes isso certo?
    9. @rfam E tu tens que perceber que não podes usar conteúdos de outros sem lhes dar o devido crédito.

    O vosso terceiro tweet, depois de terem visto o tumblr do @rfam, acusava-o perante terceiros de roubar conteúdos! E ainda o @rfam não vos tinha respondido!
    E isto tudo por causa de um tweet que é um facto!
    Se depois da pessoa ter explicado que foi automático, sem intenção, vocês continuam a acusá-la de roubo, eu chamo a isto atitude persecutória.

    E sim, é essa a atitude da SPA: passar a ideia que *tudo* tem direito de autor, que a cópia é ilegal, etc.

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  67. "Consideram-se obras as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, por qualquer modo exteriorizadas, que, como tais, são protegidas nos termos deste Código, incluindo-se nessa protecção os direitos dos respectivos autores."

    O tweet do 31 da Sarrafada pode ser considerado uma criação intelectual do domínio literário? Porque é a isso que se resume esta questão.

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  68. É impressionante que existam pessoas (serão mesmo pessoas? Não serão bots inventados por lunáticos?) que assediam outras pessoas porque lhes copiaram.... atenção.... a ideia de um tweet!

    E ainda trazem para aqui com um "haja pachorra!" Francamente, se há coisa que me dá nervos é ver adultos com comportamentos de miúdos mimados, para além de tudo o que já foi dito aqui em cima.

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  69. "O tweet do 31 da Sarrafada pode ser considerado uma criação intelectual do domínio literário? Porque é a isso que se resume esta questão."

    Se não for literário, é pelo menos artístico. :) Toda a produção de palavra escrita é protegida por direito de autor; se tem qualidade ou não é irrelevante para a protecção.

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  70. Luís: nem toda a produção da palavra escrita é protefida por direito de autor, só aquela que seja uma "criação intelectual do domínio literário". Se eu escrever "bom dia" não estou a plagiar a pessoa que o escreveu antes de mim, porque isto não é uma criação intelectual.

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  71. "Bom dia!" é uma "produção de palavra escrita" e não está protegida por direito de autor.
    "Não havia uma única núvem no céu." é uma "produção de palavra escrita". A quem é que eu tenho de pedir autorização ou citar para usar esta frase?
    "O prédio tem dez andares com paredes cor-de-rosa e estendais com roupa colorida." é uma "produção de palavra escrita". Está protegida? A quem é que eu tenho de pedir autorização? Porque a frase descreve factualmente aquilo que estou a ver da minha janela. Serei a única com o direito de o fazer?
    "A rádio revolucionou as comunicações" é uma "produção de palavra escrita". Quem é que tem direito sobre esta frase?
    "Orson Wells (sic) usou a rádio como nunca tinha sido usada antes." é uma "produção de palavra escrita" Será que é também uma das "criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico"?
    Será que antes do 31dasarrafada dizer isto toda a gente dizia que o Orson Welles se limitou a usar a rádio como ela sempre foi usada? Não será esta frase antes um facto que qualquer pessoa pode observar ou concluir e portanto que qualquer pessoa pode dizer?

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  72. paula, não sei porque insistes no bom senso. Acho que já devias ter mais juízo na cabeça e concordar que o 31 tem todo o direito de assediar pessoas porque não concordam com a sua genialidade e originalidade.

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