Treta da semana: Leitura simbólica.
A propósito das declarações de Saramago, que a Bíblia é um «manual de maus costumes», teólogos e sacerdotes têm apontado que ler a Bíblia é uma coisa muito complicada. Como disse Carreira das Neves em debate com Saramago, a Bíblia tem infinitas leituras (1). Mas isso quase tudo tem e, retorquiu Saramago, por muitas interpretações que se dê a um texto não se pode esquecer o que lá está escrito.
Um problema que este episódio revela é a noção que alguns iluminados católicos sabem, com o saber de quem sabe, qual a interpretação certa para cada passagem. Por exemplo, o Filipe Noronha, no Companhia dos Filósofos, escreve acerca de Saramago que «mesmo para quem se diz ateu, a sua interpretação do texto e a mensagem que nos quer fazer chegar é [...] um sinal claro de que devemos insistir na luta contra este tipo específico de ignorância.»(2) Mas dizer que a interpretação de Saramago é ignorante implica haver conhecimento. E, acerca disto, não há. Podemos ler tudo o que os cristãos escreveram acerca da Bíblia, de Aquinas a Ricoeur passando por Kiergegaard e C. S. Lewis, e o que vamos encontrar – nos duzentos mil livros que Carreira das Neves mencionou – é só opiniões. Para ser conhecimento precisavam assentar a opinião em algum processo fiável, testável e independente de opções subjectivas. Julgam que interpretam bem, cada um com a sua interpretação. Mas não sabem.
E isto de exigir «uma compreensão da Bíblia enquanto texto literário para verdadeiramente chegar ao seu sentido»(3) é moda recente. Só a partir do século XIX é que a exegese católica começou a considerar a Bíblia literatura. Antes disso defendiam uma interpretação literal. Daí que, quando afirmam que não se deve ler a Bíblia à letra, de uma forma a que chamam “banal”, contradizem dezoito séculos de tradição católica e outras variantes contemporâneas de cristianismo.
E a letra continua lá. Podemos interpretar o livro de Jó como uma crítica à justiça retributiva, mas é ainda verdade que Jahve e Satan submeteram o desgraçado a uma injustiça intolerável. Podemos ler o sacrifício de Abraão como um salto de fé, a solução para um dilema impossível, algo com um significado existencial tão profundo que não serve para nada. Mas não podemos negar que o texto exalta um personagem disposto a matar o filho em nome da religião. E isso é um mau costume. Qualquer pessoa civilizada reconhece que a liberdade religiosa acaba muito antes do infanticídio. Mesmo sendo legítimo aos católicos darem outras interpretações a estes textos, essas não anulam o que lá está escrito.
E há episódios que nenhuma (re)interpretação pode safar. Moisés desce da montanha e manda chacinar uma data de gente por ter um deus diferente. Deus manda matar cidades inteiras, destrói Sodoma e Gomorra sabe-se lá porquê*, transforma uma mulher em sal só porque olhou para trás, mata os primogénitos no Egipto só porque o Faraó era teimoso e assim por diante. Se os lermos como obra humana, estes relatos explicam-se pelo contexto cultural. Eram pessoas menos esclarecidas, intolerantes, sem respeito pela liberdade religiosa, privacidade e outros direitos fundamentais. Mas se é um livro inspirado por um deus então esse deus é horrível. Esse deus permitiu – e permite – que se façam coisas terríveis em seu nome. Se apedrejar uma rapariga até à morte por ter relações sexuais antes de casar não é um mau costume, não sei o que possa ser.
Finalmente, muitas interpretações pouco ajudam. O Novo Testamento relata como Jesus cresceu, liderou um grupo de crentes e foi morto na cruz. Os cristãos interpretam isto como um sacrifício do seu deus que, tornando-se homem, morreu e ressuscitou para nos redimir e mostrar que a morte pode ser vencida. O que é uma afronta ao sofrimento humano. Ser torturado e morrer é terrível, mas é terrível para quem é mortal, quem perdendo a vida perde tudo, quem não se pode defender do mal que lhe causam e deixa filhos órfãos e família desamparada. Um deus eterno, omnisciente e omnipotente, que com um pensamento podia ter transformado os soldados romanos em bolacha Maria, nunca esteve em perigo nem fez sacrifício nenhum. Fez teatro. E de mau gosto. É como ir à Etiópia, passar lá uma tarde sem lanchar e, de volta a casa, mandar àquela gente que morre à fome um postal da jantarada para terem esperança de vencer o seu jejum.
Muito pouco na Bíblia é compatível com os valores da civilização moderna. Quem preza a liberdade e a justiça não pode concordar nem com o antigo testamento, com um deus tirano que castiga e tortura só porque lhe apetece, nem com o novo testamento, em que o mesmo deus se faz inocente e se finge matar para nos dar esperança ou mostrar que morrer na cruz é amor. É claro que podemos reinterpretar a Bíblia à luz dos nossos valores. É sempre possível inventar que tudo o que parece mal é metáfora para outra coisa que vá escapando. Mas é incorrecto vender esta reinterpretação, muito forçada, como conhecimento. É mera opinião. E seria mais prático e honesto admitir, de uma vez por todas, que a Bíblia é um conjunto de obras literárias escritas por humanos. De grande valor histórico e cultural, com passagens bonitas, e com as falhas e caducidade de qualquer obra humana. O texto faz parte da nossa cultura mas a mensagem, felizmente, deixou de ser relevante.
* Tinha escrito originalmente “por causa de preferências sexuais”, mas o Pedro Amaral Couto apontou que isso não está na Bíblia. Tem alguma razão. Os vizinhos de Lot queriam ter relações sexuais com os anjos que o visitaram, mas pode ser por razões diferentes. Aqui há um apanhado de várias hipóteses.
1- SIC, 23-10-09, Frente-a-frente, José Saramago e Joaquim Carreira das Neves
2- Filipe Noronha, 23-10-09, Todos temos razão.
3- Agência Ecclesia, Saramago faz releitura banal da Bíblia. Via (2).
4- Catholic Encyclopedia, Biblical Exegesis
Ludwig, parei de ler em «Sodoma e Gomorra por causa de preferências sexuais» para fazer uma pergunta: onde é que é dito isso na Bíblia? Se não está escrito na Bíblia, de onde é que desencantaste essa motivação divina?
ResponderEliminarVou continuar a ler.
Pedro A. C.
ResponderEliminarA bíblia conta que os Sodomitas queriam conhecer os dois homens (os anjos) que foram visitar Lot (Ló? não gosto muito dessa tradução culinária :)
Houve algumas altercações quando Lot lhes ofereceu as filhas para eles violarem (Lot era virtuoso, não iníquo como os seus vizinhos...) mas de resto não é claro qual fosse a razão para destruir a cidade à parte dos desejos pecaminosos dos homens e de alguma predisposição à violência.
(isto de acordo com Génesis 19)
Ludwig,
ResponderEliminar"...a mensagem, felizmente, deixou de ser relevante."
Também é uma opinião.
Há outras, um pouco mais elaboradas.
http://www.amazon.com/God-Back-Global-Revival-Changing/dp/1594202133
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ResponderEliminarLudwig,
ResponderEliminarConcordo contigo a 100%. Esta treta de adivinhar qual era a intenção do escritor do texto bíblico para favorecer o ponto de vista da Igreja deve ser combatida.
Pedro A.C.,
ResponderEliminarEstive a ver melhor, e podes ter razão. Há outras referências a Sodoma que sugerem que pode ter sido por outras coisas. Obrigado pela dica.
Bom post.
ResponderEliminarÉ realmente curioso como as "interpretações" da Bíblia tendem a condizer com os gostos/opiniões de quem interpreta. Por exemplo, quem é intolerante para com os homosexuais, lê a bíblia literalmente. Os outros arranjam rodeios, desculpas e outras explicações. Raramente se vê o contrário.
ResponderEliminarRi-me com a passagem sobre ir à Etiópia passar uma tarde sem lanchar. Parece-me uma boa analogia para o que a igreja prega. Houve há 2000 anos um homem que "jantou bem", façam o que eu digo, imitem o seu exemplo, vão colocando umas moedinhas no cesto, e talvez consigam o mesmo. O problema é que nunca ninguém mais conseguiu ressuscitar fisicamente, por mais santo que fosse. Os cristãos até podem estar todos no "paraíso" a viver a prometida vida eterna, mas provas disso não há. Além de que as semelhanças ao culto da carga não serem pequenas.
Se Jesus era deus, então já era imortal. A sua ressurreição não foi nenhuma conquista ou sacrifício, apenas uma demonstração. Nada disso prova que nós humanos também tenhamos vida para além da morte, tal como uma pulga conseguir saltar 100 vezes a sua altura não prova que um humano consiga o mesmo. Mas será que prova que Jesus era Deus? Que sabia mais do que nós? E que não nos mentiria? Não. Talvez. E não.
É uma história que, como tantas outras, pode ser inspiradora e reconfortante, mas não passa de mais um relato mítico e heróico, como tantos outros que os homens inventaram e contaram uns aos outros ao longo dos milénios, e que hoje ninguém acredita serem factuais.
Ludwig,
ResponderEliminarAmem!
"Um deus eterno, omnisciente e omnipotente, que com um pensamento podia ter transformado os soldados romanos em bolacha Maria, nunca esteve em perigo nem fez sacrifício nenhum. Fez teatro. E de mau gosto."
ResponderEliminarAlguém que metesse as mãos numa chapa em brasa, por livre vontade,até as esturricar completamente, tendo a hipótese de a tirar de lá a qualquer momento, estaria a fazer teatro?
Se a questão é ter a capacidade de acabar com o sofrimento, mas levá-lo até ao fim, então não se trata de mau gosto nem de teatro. Quanto muito tratar-se-ia de masoquismo. Mas também poderia significar sacríficio pessoal por algum bem maior. É nesta última interpretação em que acreditam os cristãos.
Espero ter ajudado a esclarecer os termos.
Estou “baradinho da bida” (como diz um distinto amigo, da flup)!
ResponderEliminarDepois de uma ausência por terras onde a democracia é genuína e directa, onde o povo está mais imbuído na cultura da sociedade, e onde não aparecem Saramagos e outras badalhoquices, já nem sei como se comenta nesta sucursal da Tasca Ateísta Suburbana de Lisboa.
O LK continua com os seus delírios e com verborreia por enxurrada… de resto tudo normal.
Não vou comentar as palermices dum velhote esclerozado, semianalfabeto mas excelente vendedor de banha da cobra. Acho mesmo que ele errou a profissão – como publicitário teria maiores dotes, no meu entender. Aliás, ele ainda deve ser do tempo em se “botava o bando”, e aí aprendeu as técnicas para vender gato por lebre: diz umas palermices, vomita umas imbecilidades, e a curiosidade de uns somada a estupidez de outros, gera a sua clientela.
O que eu acho absurdo é que alguém, bem mais novo, supostamente “mais bem” formado e que se diz com sanidade mental garantida, alinhe e faça eco das palermices do velhote.
Para já o LK continua com as suas aldrabices. A Bíblia foi “esmiuçada” a Idade Média, nos séc. XV, XVI e XVII ocupou milhares de pessoas que a criticaram, interpretaram e/ou defenderam, linha a linha, palavra a palavra. Nada daquilo que hoje “os velhotes” ateístas (alguns de 20 anos) dizem, ou as questões que levantam, nada disso é novo, nada disso é assunto que não tenha já sido discutido de forma muito mais apurada do que hoje se faz.
Um exemplo, que foi levemente tocado pelo LK: Perguntava-se no séc. XVI: Se Jesus é Deus encarnado, como é possível que ele não faça justiça enquanto está no mundo e espera a sua subida ao céu pra fazer justiça? Estava a fugir ou queria vingar-se? (e ninguém foi castigado por causa disso!)
Nada disto, portanto, é novo.
O que há de novo é a imbecilidade de alguns comentadores. Uns por falta de experiência da vida, outros por ignorância, outros ainda por estarem possuídos de uma deformação mórbida chamada ateísmo (neo-ateismo!), assistimos a mais imbecilidade do que discussão (basta ver o velhote comuna a insultar toda a gente: hoje é o papa a quem chama hipócrita, adjectivo que serve para qualificar o aproveitamento que o velhote faz da Bíblia, usando-a para vender os seus rascunhos).
Como já escrevi noutro blog, a falta de capacidade (e de maturidade) de alguns ateístas leva-os a não perceber que a linguagem tem um sentido próprio pra o fim a que se adequada.
Por exemplo: “Um miúdo a jogar diz: Eh pá, morri!... Não há problema que ainda tenho mais 3 vidas!” – imagino como deve ser a interpretação literal de alguns ateístas (já hoje, mas, sobretudo, daqui a uns anos).
Ludwig,
ResponderEliminarparece que tiveste aquela interpretação por influência cultural.
Por exemplo, por que é que Onã (que deu origem a "onanismo") foi punido por Deus? Podem dizer que foi por simplesmente ter-se masturbado. Mas segundo as leis hebraicas bastava lavar-se para purificar-se. O seu irmão tinha morrido e, segundo o costume, devia casar com a esposa do falecido para dar-lhe descendência. Onã masturbou-se para fugir a essa responsabilidade, por isso foi morto: «Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuia a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que também o matou.» A tradição reinterpreta o texto original, tal como acontece com a destruição de Sodoma (que deu origem à palavra "sodomita").
A serpente não era Satanás, e Satanás não era o vilão - era um título dado uma espécie de advogado de acusação e executor ao serviço de Deus, que se punha à direita dos ímpios como um bufo e participava em congregações divinas (como um tribunal) para julgar Israel e hebreus. Por vezes é traduzido como "adversário", tal como se atribui ao anjo que puniu Balaão (na jumenta): «E a ira de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário [satan]; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos com ele.»
* Jewish Encyclopedia
* Jew Muse
* FAQ
Só com o dualismo no Zoroastrismo, da Pérsia, é que passou a haver um demónio poderoso que ficou associado a Satanás e inventou-se que "adversário" significa que é um inimigo de Deus.
Ludwig, estás sob a influência da cultura católica. LOL
A Bíblia, a não ser numa pequena passagem do Velho Testamento (num dos livros de mais fácil interpretação), não condena os paneleiros. E, nada tem a ver uma coisa com a outra - paneleirice e crença religiosa, nem se opõem nem combinam.
ResponderEliminarAliás, Jesus, durante a sua estadia na Terra fartou-se de curar enfermos, e deficientes... sei lá se não curou algum paneleiro! Não está escrito em local algum que Ele tenha recusado falar, atender ou curar um panasca, por ser panasca.
E, a Igreja não diz o contrário disto. Defende apenas a família com sendo um núcleo cratonizado e cimentado pela cultura ocidental, produtora e produto (e reprodutora) da nossa cultura e que, não deve ser menosprezado ou inferiorizado (até porque a instituição família já tem problemas que cheguem).
Eu é que penso de forma díspar, e que nada tem a ver com Igreja ou religião, até porque tenho familiares e amigos de outras religiões, e com noções de família muito diferentes da minha.
Acho que, muito diferente é a palermice de querer instituir uma tara (ou uma deficiência) como uma regra de normalidade, dando-lhe mais privilégios do que as pessoas normais (querem os direitos das pessoas normais, mais um estatuto de privilégio excepcional por serem aberrações da natureza). Hoje, com a lei actual, e que se aplica a todos, ninguém está impedido de se casar, e todos o fazem nas mesmas condições - com pessoa de sexo diferente~.
Olha o Zequinha! Então as Bahamas?
ResponderEliminarAh, e dica: dizer que as críticas "ateístas" à Bíblia "já são velhas" não é um argumento a teu favor. Quando muito é-te imensamente desfavorável: Quer somente dizer que a treta foi visível mesmo em tempos menos livres.
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ResponderEliminarLudwig,
ResponderEliminarna Bíblia que li (a católica), a motivação para a destruição de Sodoma e Gomorra não é muito clara. Em particular, não é claro que seja por questão de homossexualidade. Mas a leitura «tradicional» é essa. Talvez porque há uns tipos (uns «sodomitas») que batem à porta de Ló a dizer que querem «conhecer» as visitas (masculinas) da casa. Mas não se diz explicitamente que a razão é essa.
http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/18
Algo muito interessante e que raramente é referido é que o tipo que «o Senhor» decide salvar é homem para mandar as filhas para a rua para serem violadas de preferência a enfrentar os assaltantes. É este espécime de poltrão que é salvo do genocídio.
"É este espécime de poltrão que é salvo do genocídio."
ResponderEliminarMas a mulher é "salinizada" só de olhar para trás.
Simbólica, metafórica, literal... ou poética, afinal!
ResponderEliminarStill... who cares?... nobody dares! :P
Quanto mais não vale este delicioso poema infantil de uma aluna da Escola da Ponte, incluído na colectânea "As palavras são como as cerejas" (2001).
Gostaria de ser astronauta,
para espiar as estrelas.
Ser feliz é poder acampar
nas nuvens de todas as cores.
Em cada cor há um sentimento.
Quando fecho os olhos,
as cores estão lá.
Eu vejo-as. Eu sinto-as.
Sinto tanta coisa cá dentro do peito.
Eu acho que podia fazer um poema.
Mas não consigo rimar.
LOL! É só ter lições comigo, ó mui juvenil Diana, talvez recém entrada na universidade... quem dera a da felicidade! :)
A idade não nos torna adultos. Não! Faz de nós crianças de verdade. - Goethe
Logo, não tarda muito e sou bebé...
Rui leprechaun
(...gatinho e balbucio, que banzé! :))
Há aí um gajo que saiu da sanita ou fugiu do manicómio... não sei bem!
ResponderEliminarDesacomodado na fralda, ou perdeu a chupeta ou falta-lhe o biberão.
Coitado!
Até se dá ao trabalho de querer dizer que sabe ler (dizer… até diz, mas demonstrar é que não consegue), e … estou “baradinho da bida”… até diz que sabe falar estrangeiro.
Porra! Ela há cada gajo mais “enteligente”!.. é só finura!!!
Assim tenho que me ir embora!
É que não quero perturbar um gajo tão “fino” que, cada vez que abre a boca, enche o penico (aliás, esse acessório higiénico é indispensável na toillete de tão caprichada figura da vara de Epicuro – nada como as sábias sentenças de idóneo porco!)
(Vou dar um conselho:
Vá lá, procura os medicamentos e recolhe outra vez ao hospício!!!… )
O Ricardo necessita, urgentemente, ler Marco Polo.
ResponderEliminarO Mundo é muito diferente do "torrão Luso", e os costumes de antanho nada tem a ver com os de hoje.
Barbas:
ResponderEliminarQuer somente dizer que a treta foi visível mesmo em tempos menos livres.
.
Está V. Exa. engando!
Significa, antes, que gente muito mais instruída e capaz do que os presentes comentadores, não foi capaz de desmentir, refutar ou combater a Biblia, e que ela chegou incólume até nós, e assim continuará!
Zeca,
ResponderEliminar«[...] e que ela chegou incólume até nós [...]»
M E N T I R A...
Zeca Portuga,
ResponderEliminarse os argumentos dos ateus são antigos, também o são os argumentos dos teólogos. Nem uns nem outros perdem credibilidade por isso. É uma discussão antiga, não resolvida, e que ciclicamente reacende. O facto de muita gente ainda acreditar na bíblia também pouco diz sobre a qualidade dos argumentos contra. Há tanta treta que sobrevive até hoje... a astrologia por exemplo. Os argumentos dos ateus também sobreviveram, tal como a bíblia. Achar que é assunto encerrado é ridículo. Tudo isto é fraca bitola para avaliar o valor dos argumentos.
Quanto aos homossexuais, e sem querer desviar a discussão para esse tópico, o que é "normal" está nos olhos de quem vê. Eu também o poderia chamar anormal e deficiente pelas palermices intolerantes que escreve, e achar que não lhe devia ser permitido casar e ter filhos. Se a homossexualidade é uma "aberração da natureza", então não conhece a natureza. Há mais "aberrações" do que julga:
http://en.wikipedia.org/wiki/Homosexual_behavior_in_animals
É verdade que a lei actual não proíbe ninguém de se casar, mas enquanto que os heterossexuais são livres de se casar com a pessoa de quem gostam, os homossexuais não. Se não vê a injustiça nisso... não venha cá dar lições de (religião e) moral. Mesmo que fosse uma "aberração" ou deficiência, os homossexuais não têm culpa de terem nascido assim. Porque raio lhes havemos de negar a possibilidade de casarem e serem felizes uns com os outros tal como são? Por incomodar sua excelência? Pense lá bem se essa mentalidade retrograda é compatível com os ensinamentos de tolerância do seu Jesus.
A mim também me repulsa ver homens aos beijos. Não me passa pela cabeça é chamar àquilo que eu não gosto de anormalidade e aberração, ou fazer lei dos meus gostos pessoais. Se os meus gostos fossem lei ninguém podia comer salada e as mulheres gordas ficavam solteiras. Convenhamos que era chato. Para sermos livres de fazermos o que gostamos temos de admitir que os outros tenham o mesmo direito. Tão simples quanto isto.
Mário:
ResponderEliminar“M E N T I R A...”
Não, não é mentira!
As discussões e os arrufos dos descrentes, ateus e ateístas nada, absolutamente nada, afectaram a Bíblia. Nunca as altercações ateístas prejudicaram ou influenciaram a Bíblia; nunca, por mais que se esforcem, terão qualquer efeito (a não ser a sua divulgação… mas isso até o velhote sabe!)
Aliás, nem sequer afectaram o cristianismo. O que afectou, criou de cisões e problemas foram as discussões entre crentes. Entre crentes e não crentes nada, nada mesmo afectou o cristianismo (nem as outras religiões).
Nelson:
ResponderEliminarA “normalidade” não está nos olhos de quem vê, está na própria norma.
O que não é normal, não é normal, por mais generosos queiramos ser. Podemos ter a deferência e a bondade de tratar tudo com palavras afáveis, mas isso não valida nada.
Não se refugie na natureza, por aí é que não se safa. Não vê, de certeza absoluta, dois pássaros macho a fazer um ninho, muito menos entre os animais monogâmicos vê tais aberrações. Aliás, este seu argumento só serve para dizer que os ateístas representam homens com uma parte animal exagerada, onde a parte humana não conta.
Pior, ainda, é que se trata de uma moda e não de uma deficiência. Cada vez mais os especialistas estão de acordo: é um comportamento adquirido e tratável, com uma baixíssima percentagem de casos de “morbidez” congénita.
Por mais bondoso que queira ser, o que é uma aberração, um completo disparate , não deixa de ser.
A vivência em sociedade exige regras. Essas regras existem para preservar a sociedade e separar o que é “normal” do anormal.
Usando essa sua absurda benevolência, nada seria legislado: um velhote casaria com uma miúda de 12 anos, um jovem com uma cão, a mãe com o filho, etc.
Se isso os faz felizes… são livres de casar com quem gostam , diz você.
Só que não é assim, não pode ser assim. A vivência em sociedade impõe regras e o sacrifício de algumas coisas em benefício da coesão social.
Não me venha lá com a observação de que isso é ou não “doutrina de Cristo”, porque não lhe reconheço qualquer tipo de autoridade em tal matéria, e não alinho com a hipocrisia de invocar “valores cristãos” quando lhe dá jeito – se os não segue, não me peça que os siga quando lido consigo.
Jairo,
ResponderEliminar«Alguém que metesse as mãos numa chapa em brasa, por livre vontade,até as esturricar completamente, tendo a hipótese de a tirar de lá a qualquer momento, estaria a fazer teatro?»
Se por alguém quer dizer uma pessoa normal, cujas mãos ficam esturricadas, vai para o hospital com queimaduras graves e pode ficar com sequelas permanentes, então pode ser teatro mas provavelmente será doença.
Agora se é um deus omnipotente é mesmo só teatro. Fica tão esturricado quanto quiser, o tempo que quiser, sem sofrer quaisquer sequelas que não queira. Está ainda mais seguro que o Jackie Chan quando faz os filmes. Esse às vezes magoa-se sem querer, coisa que nunca aconteceria a um deus omnipotente.
Zeca,
ResponderEliminar«Assim tenho que me ir embora!»
E não vai porque... ?
«A vivência em sociedade exige regras. Essas regras existem para preservar a sociedade e separar o que é “normal” do anormal. »
ResponderEliminarO Zeca não percebeu nada. Não é para isso que existem as regras.
Se fosse "normal" roubar, ainda assim seria conveniente estabelecer uma regra a proibir o roubo; e mesmo sendo anormal beber groselha com vinagre não faz sentido estabelecer uma regra a proibir alguém de o fazer.
O objectivo das regras é sim melhorar a forma de funcionar em sociedade, impedindo outro de nos fazer mal a um terceiro contra a sua vontade, sempre que o mal da proibição seja menor do que o mal por ela evitada.
A poligamia causa mal a terceiros, tal como a poliandria. E casar com animais ou coisas também não deve ser permitido porque os contratos apenas podem ser feitos entre pessoas (e o casamento é um contrato).
Tudo aquilo que é proibido deve estar fundamentado num mal causado a terceiros. Mas não faz sentido punir alguém por fazer algo que nunca prejudica ninguém.
A homossexualidade é anormal, sim. Tal como as sardas. Tal como ter um QI acima dos 140. Tal como ser mais leve que 80% da população. Tal como ser o melhor jogador de futebol do mundo. Tudo isto são coisas fora da normalidade.
Há comportamentos normais e anormais que devem ser punidos: aqueles que causam um mal maior que a sua proibição.
Não é o caso das relações homossexuais, que não causam mal nenhum a terceiros.
E se causam aos próprios (pelo contrário), é problema deles. Não da lei.
Ludwig, quanto a este seu comentário:
ResponderEliminar"Se por alguém quer dizer uma pessoa normal, cujas mãos ficam esturricadas, vai para o hospital com queimaduras graves e pode ficar com sequelas permanentes, então pode ser teatro mas provavelmente será doença.
Agora se é um deus omnipotente é mesmo só teatro. Fica tão esturricado quanto quiser, o tempo que quiser, sem sofrer quaisquer sequelas que não queira. Está ainda mais seguro que o Jackie Chan quando faz os filmes. Esse às vezes magoa-se sem querer, coisa que nunca aconteceria a um deus omnipotente."
Acho que está a confundir coisas muito simples.
Ter o poder de terminar com o sofrimento mas levá-lo até a um fim ou objectivo, é aquilo que faz um atleta da maratona, por exemplo. Acho que é um conceito fácil de entender. O Carlos Lopes não fazia teatro na sua titânica superação, tinha mesmo dores físicas e desgaste mental; apesar de ter tido sempre, em qualquer altura das provas, o poder de terminar com esse sofrimento.
Quanto a uma hipotética omnipotência, é a mesma situação. Nesse caso, ao contrário do Carlos Lopes, todas as situações dolorosas seriam controláveis; mas não invalidaria que esse ser omnipotente sentisse dores reais, se se disponibilizasse a isso, de livre vontade, por um bem maior. Afinal, ser omnipotente não seria incompatível com deixar-se sofrer com dores reais por um objectivo que esse ser achasse justificativo.
Se bem que nesta questão da omnipotência do Jesus homem, é melhor ser algum cristão com mais conhecimento a falar disso, pois não sei se é certo se é atribuída a essa figura de carne e osso uma omnipotência "total" de facto. Recordo por exemplo o filme de Scorcese, a ùltima tentação de Cristo, em que, apesar de se retratar um Jesus demasiado humano e "fraco" relativamente àquilo que é defendido pelos cristãos, penso que o pormenor de Jesus ir descobrindo que era Deus de forma gradual, estará correcto com aquilo que é alegado pelos seus seguidores.
Jairo:
ResponderEliminarAs testemunhas de Jeová acreditam que Jesus era filho de Deus, mas não era, ele próprio, Deus.
Por esta razão, muitos cristãos acreditam que as testemunhas de Jeová não são cristãos.
Independentemente de terem razão ou não, isto serve para mostrar como realmente a esmagadora maioria daqueles que se auto-intitulam cristãos aderem a Igrejas que consideram que Jesus é Deus.
Basicamente Jesus sofre para expiar pecados alheios. E Deus Pai perdoa terceiros devido a esta expiação. Eu vejo nisto uma enorme injustiça e uma forma bárbara de aceder ao perdão (sofrimento de um inocente); mas há quem veja nisto uma história de Amor.
Mas a crueldade envolvida nesta história não é nada comparada com a alegada existência do Inferno, um lugar de sofrimento eterno. Que coisa mais cruel, monstruosa e injusta! A mente humana concebeu um castigo que nem conseguimos abarcar, e certamente não conseguimos conceber pior.
Jairo:
ResponderEliminarO que o Ludwig quiz dizer é que 3 dias de sofrimento para quem tem uma eternidade a seu bel prazer é quase nada.
O McCaine sofreu mais e nem a presidencia dos estados unidos lhe deram ( e ainda bem ).
Só esclareci que a caricatura que o Ludwig faz do Deus Cristão ( uma espécie de Zeus que acorda um dia de manhã e decide vir à Terra para experimentar a sensação de ser humano), não é aquilo que está literalmente na bíblia.
ResponderEliminarPara os cristãos, Jesus estava sujeito à condição humana, incluindo às tentações e dores físicas. Referi um filme, até considerado polémico, para explicar que a ideia de Scorcese, no que toca a um Homem a descobrir qual era a sua missão na Terra ( tirando os excessos com os quais os cristãos discordam), está perto da interpretação feita pelos cristãos do que está na bíblia, e que me parece coerente. Para perceber qual a razão para os cristãos acreditarem que a morte de um inocente salvou a humanidade da morte (e do pecado), levar-nos-ia a uma discussão mais profunda que nos levaria até ao pecado original de Adão; e para explicar em que consiste essa crença, existem pessoas mais cultas do que eu e espaços mais próprios.
Ludwig,
ResponderEliminarVai por aqui uma grande confusão. É preciso ter imenso cuidado quando se pega num tema complexo como este.
«Só a partir do século XIX é que a exegese católica começou a considerar a Bíblia literatura.»
A exegese católica ortodoxa (ou seja, não herética) nunca considerou a Bíblia como "literatura", ou seja, como um relato ficcional ou meramente simbólico.
A atitude de corte radical com a leitura literal (já lá vamos ao que quero dizer com literal) constitui uma heresia bem conhecida e bem estudada, que dá pelo nome de "modernismo".
Sempre houve uma cuidada exegese escriturística. Santo Agostinho dedicou uma importante obra ao Génesis ("De Genesi ad litteram"), na qual ele já explicava que certos detalhes não deveriam ser tomados de forma literal, como a Criação ter-se dado em 6 dias de 24 horas.
Nada disto nasceu no século XIX, como pareces dar a entender. A exegese católica despendeu não poucas energias, em quase toda a sua história, a interpretar os textos sacros.
Todo o texto precisa de interpretação. Eu acho a frase do Padre Carreira das Neves arriscada: quando ele se refere a infinitas leituras, talvez queira dizer que o texto permite infinitos graus de profundidade e interconexão dos temas. Talvez... Certamente, em fase alguma, a exegese pretendeu que um determinado texto permitisse interpretações contraditórias.
«Antes disso defendiam uma interpretação literal.»
A interpretação literal sempre existiu, e existe, mas é preciso entender o que se quer dizer com isto. Quando lemos, por exemplo, que "o Sol se pôs", podemos ler isto de forma literal, sem acharmos que o astro solar caiu aos trambolhões na terra ou no mar. Quando lemos que Deus criou o mundo em 6 dias, podemos entender isto como uma criação faseada, em intervalos muito distintos, sem termos que deduzir que se tratam de blocos de 24 horas.
Quando a exegese católica diz que se deve fazer uma interpretação literal dos textos, e que esta se coaduna com interpretações simbólicas (que não excluem a primeira), é neste sentido de literalidade interpretada, de reflexão racional sobre o texto.
A preocupação da exegese católica nunca foi a do literalismo primário, pois essa foi a marca do protestantismo de Lutero.
A preocupação central da exegese católica sempre girou em torno destes aspectos:
a) como devemos interpretar os textos sacros?
b) como devemos conciliar essa interpretação com a razão e com os factos empíricos?
Depois, há a questão do âmbito.
Quando a exegese fala em "inerrância", quer-se dizer que não há erro moral nem doutrinário nos textos, e não que não há erros científicos. Os escritores destes textos tinham conhecimentos rudimentares em várias áreas, desde a medicina às ciências físicas, ou a biologia. A sua linguagem é disso sinal. Mas tal não nos leva a duvidar do valor doutrinal dos textos.
(continua)
(continuação)
ResponderEliminarAcho também, Ludwig, que te faltava ouvires homilias, pois na homilia, o sacerdote explica as escrituras. Tens um conhecimento totalmente externo da Bíblia, aliás como Saramago.
Seria um pouco como eu pretender compreender sozinho um manual de Direito Fiscal... e atrever-me a desatar a insultar esse manual, apontando-lhe incoerências e divergências de interpretação por parte de vários juristas.
«Daí que, quando afirmam que não se deve ler a Bíblia à letra, de uma forma a que chamam “banal”, contradizem dezoito séculos de tradição católica e outras variantes contemporâneas de cristianismo.»
Insisto que tens uma ideia muito confusa e vaga acerca do que é isso de "ler à letra". Toda a gente fala sobre isso do literalismo, e do sentido metafórico ou simbólico, mas quase ninguém percebe nada do que está a falar.
Procura-se reduzir a complexidade de um texto multi-camadas, feito em várias épocas, a um cenário simples e infantil: os "bons" são os que lêem a Bíblia apenas de forma "simbólica" (ou seja, borrifando-se para o seu real conteúdo), os "maus" são os que lêem a Bíblia de forma "literal" (ou seja, borrifando-se para qualquer noção básica de interpretação textual).
Na exegese católica, não há malucos destes, nem dos "bons" nem dos "maus".
Já agora, uma última achega: o Corão é que foi "ditado" por Alá, segundo os muçulmanos. A Bíblia nunca foi "ditada" por Deus. O Antigo Testamento retrata a procura que o povo hebreu fez de Deus, com os seus altos e baixos. Porque se deduziria que Deus concordaria com determinado apedrejamento ou chacina? Porque não lês trechos como esse do ponto de vista normal: considerar que correspondiam às crenças de então?
O Antigo Testamento é essencial para os cristãos, porque tudo nele prefigura a vinda de Cristo.
O Novo Testamento é o relato desse encontro entre Cristo e a Humanidade.
Para o cristão, só há uma forma correcta de entender a Bíblia no seu todo (AT e NT), que é através da vinda de Cristo.
Talvez seja esta a principal razão pela qual um não cristão normalmente está às aranhas para perceber a Bíblia, achando que basta ler alguns livros históricos sobre a época em que certos livros da Bíblia foram escritos, como se se estudasse a composição da Declaração dos Direitos do Homem, ou uma sinfonia de Beethoven.
Um abraço,
Bernardo
sabe... Saramago poderia falar dos n crimes da igreja ... isto seria desmoralizante
ResponderEliminarEu acho a frase do Padre Carreira das Neves arriscada
ResponderEliminarEu diria, honesta. Mas isso sou eu, que vejo na constante "leitura" exegética nada mais do que contextualização histórica + alguma psico-sociologia + treta. E a treta é infinita no seu espaço virtual de potencialidades.
A interpretação literal sempre existiu, e existe, mas é preciso entender o que se quer dizer com isto.
Tradução: é preciso deixar a Igreja interpretar por nós a "correcta" maneira de ler a leitura "literal". Não, as palavras não se podem ler como elas estão, elas têm de ser lidas preferencialmente por quem tem um desinteresse total na manutenção do culto, tal como... a Igreja, pois claro! Onde noutro sítio se conseguiria ler o Livro sem agendas inerentes? E por aqui se pode perfeitamente demonstrar que qualquer releitura da Bíblia que afecte o culto ou a versão "oficial", é uma "heresia" ou no seu eufemismo do séc XXI, uma incursão "arriscada".
De facto, invejo os luteranos, que ao menos conquistaram há séculos atrás a liberdade de lerem a bíblia como bem entenderem, sem haver este comité de porteiros da Palavra Divina.
Acho também, Ludwig, que te faltava ouvires homilias, pois na homilia, o sacerdote explica as escrituras.
Tradução, Ludwig, a liberdade não é a liberdade de dizer que 2 e 2 são quatro, mas sim a liberdade de ouvir dizer que 2 e 2 são quatro. Se disserem cinco, azar, engoles na mesma. Pode ser que o próximo papa corrija o erro na sua encíclica...
Seria um pouco como eu pretender compreender sozinho um manual de Direito Fiscal... e atrever-me a desatar a insultar esse manual, apontando-lhe incoerências e divergências de interpretação por parte de vários juristas.
Sim, pode ser arrogante, mas negas este nosso direito de o fazer? Achas que é assim tão idiota olhar para uma lei e perceber as suas implicações? Achas que o "português" e a "lógica" são igualmente assuntos metafísicos e fechados à cadeira teológica? Bernardo! Estou perto de te acusar de seres um escravo mental!
Talvez seja esta a principal razão pela qual um não cristão normalmente está às aranhas para perceber a Bíblia
A razão fundamental prende-se com as justificações intencionalmente confusas e não comprometedoras, sempre a alterarem-se consoante o zeitgeist, como se não quisessem "esclarecer", mas apenas manter o poleiro. Nem duvido da boa fé do teólogo. Mas isso pouco adianta: muitas vezes o ser humano não se apercebe das barbaridades que lhe saem da boca (e sim, vejo perfeitamente o que alguém tipo Zéca faria com esta minha última frase).
Cumprimentos!
Zeca
ResponderEliminarAliás, Jesus, durante a sua estadia na Terra fartou-se de curar enfermos, e deficientes... sei lá se não curou algum paneleiro! Não está escrito em local algum que Ele tenha recusado falar, atender ou curar um panasca, por ser panasca.
Olhe que para não homossexual o cristo só tinha gaijos por perto. E dormiam juntos e não sei se agarradinhos.
Por isso antes de começar a insultar as pessoas pense bem na figura que acha sagrada, aliás porque deus tb é homem e o espirito santo é nome masculino, é tudo um bocado abichanado , mas isso é a minha leitura....
A vivência em sociedade exige regras. Essas regras existem para preservar a sociedade e separar o que é “normal” do anormal.
ResponderEliminarUma das regras é livrar-nos do lixo, das ideias datadas, mas não se preocupe, os homens e mulheres homossexuais em breve vão poder casar, e civilmente terão todos os direito plenos da cidadania.
Quem está a ficar um dinossauro é o zeca, que em breve se extingue
ResponderEliminarSeria um pouco como eu pretender compreender sozinho um manual de Direito Fiscal... e atrever-me a desatar a insultar esse manual, apontando-lhe incoerências e divergências de interpretação por parte de vários juristas.
Por isso há cursos de direito, mas a lei deve ser feita de forma a que todos a possam perceber.
Sabemos que não é assim feita, sabemos o estado dejectal em que se encontra a nossa justiça
O problema é que para um livro inspirado pela divindade está fraco, confuso, cheio de elitismo na leitura e interpretação.
Resumindo , para sagrado está uma porcaria
A não perder abominavel cesar das neves dn, deixo um acepipe
ResponderEliminarPorque desde a natalidade ?
Perante isto, a atitude das autoridades roça a incompetência criminosa. O Governo, que no Programa de 2005 nem sequer citava a evolução demográfica, seguiu nestes quatro anos uma linha política bem clara, de agravamento da situação. Financiando abortos, facilitando divórcios e fomentando o casamento de homossexuais, pode dizer-se que a política é um importante factor na promoção da desgraça. Ela é o suspeito que falta.
Eu acho que principalmente são so casamentos homo que ainda não existem....
O futuro, sofrendo as terríveis consequências, abominará a cegueira e irresponsabilidade dos que abandonam a realidade para se embalar em ideologias antifamília. Sem famílias sólidas, tudo se extingue.
ResponderEliminarHomem de pouca fé ....
Se mais uma vez descontarmos os filhos de imigrantes, vemos que estamos num dos níveis de natalidade mais baixos do mundo. Os portugueses são actualmente uma raça em vias de extinção.
ResponderEliminarIsto porque estamos a integrar estrangeiros, César das Neves não compreende que um estrangeiro de segunda geração é português ou será que é apenas racista ?
Inclino-me para a segunda
Sem famílias sólidas, tudo se extingue.
ResponderEliminarLogo, a solução é obrigar toda a gente a pertencer a famílias sólidas, para que tudo fique muito solidozinho. Ahh, Salazar, o quão sentimos a tua falta! És de facto, o melhor português de sempre!!
Os portugueses são actualmente uma raça em vias de extinção.
ResponderEliminarBasta a colocação da palavra "raça" para perceber o racismo de quem a convoca. Seria perdoável se estivéssemos perante um iletrado que não soubesse que não existem "raças" diferentes no homem, todos somos uma única "raça" e as outras já não existem. Existem é etnias. Nem o presidente ousou falar em "raça" desta maneira literal: falava da "raça" portuguesa como um sportinguista fala da sua raça. Sim, é clubismo e do pior, mas ao menos não era este flagrante racismo nojento que o Neves transpira.
Bernardo,
ResponderEliminarNos teus comentários fazes um bom resumo da posição católica, como a entendes, mas acabas por falhar no essencial:
«Para o cristão, só há uma forma correcta de entender a Bíblia no seu todo (AT e NT), que é através da vinda de Cristo.»
Pois o cristão está no seu direito de entender a Bíblia como quiser. Mas:
«Talvez seja esta a principal razão pela qual um não cristão normalmente está às aranhas para perceber a Bíblia»
Isto implica que a única forma de compreender a Bíblia é interpretando-a da maneira que o cristão quer. Mas não há justificação objectiva para isso. Os Judeus, por exemplo, acham um disparate essa ideia que o AT tem de ser interpretado à luz do NT. Achas que os Judeus são todos parvos? Tens alguma justificação objectiva para dizer que és tu que tens razão e não eles?
http://www.youtube.com/watch?v=i72HBqCiXyM
ResponderEliminarA Bíblia não é a palavra de deus!...
Quem afirma é um exegeta, biblista, consagrado professor de Teologia da Universidade Católica Portuguesa,
Doutor Rev. Joaquim Carreira das Neves.
Programa da TVI "As tardes da Júlia" do dia 24de Abril de 2008
Jairo,
ResponderEliminar«Ter o poder de terminar com o sofrimento mas levá-lo até a um fim ou objectivo, é aquilo que faz um atleta da maratona, por exemplo. Acho que é um conceito fácil de entender. O Carlos Lopes não fazia teatro na sua titânica superação, tinha mesmo dores físicas e desgaste mental; apesar de ter tido sempre, em qualquer altura das provas, o poder de terminar com esse sofrimento.»
Se o Carlos Lopes sofria porque era a única forma de correr a maratona, então sofria pela maratona. Se a maratona é só espetáculo ou tem alguma outra virtude já é uma discussão à parte. Ele sofria não porque queria mas porque não tinha outro remédio que sofrer para conseguir ganhar a maratona.
Mas se o Carlos Lopes decidisse martelar os dedos no final de cada maratona para aumentar o seu sofrimento, nesse caso era teatro.
E se o Carlos Lopes fosse um deus omnipotente e capaz de correr a maratona sem sofrimento, se ainda assim se pusesse a sofrer horrores, era só fita mesmo.
Mas parece-me que já percebeste isso, daí a tua hipótese que Jesus afinal era humano e não sabia que era um deus omnipotente. Tudo bem, aí aceito que o sofrimento pudesse ser visto como inevitável. Mas essa é uma interpretação diferente daquela a que eu referi.
Que, aproveito para esclarecer, era uma interpretação. Foi isso que lhe chamei no post, se o leres com atenção.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNormal = conforme a norma, comum, regular, comummente aceite pela sociedade e pela cultura, concordante com as regras sociais e civilizacionais.
ResponderEliminarMas não faz sentido punir alguém por fazer algo que nunca prejudica ninguém.
(…)A homossexualidade é anormal, sim.
Ainda bem que o JV concorda que se trata de anormais.
E concordo que ninguém deve ser punido por ser panasca. Dai até dar privilégios à anormalidade vai a distância abismal do justiça e bom senso.
Uma coisa é puir actos que são reprováveis e/ou ilícitos; outra coisa, muito diferente é consubstanciar e pasmar na lei actos que são ofensivos da cultura em que vivemos, da civilização, da natureza da dignidade humana, dos valores e princípios que norteia o direito, das mas básicas regras e higiene mental e das práticas públicas.
A lei a instituir a prática de taras, manias e modas como uma pratica civilizacional duradoura, é uma estupidez só defensável por imbecis.
A lei serve, antes de tudo, para balizar os comportamentos sociais, independentes da prática privada (é aí que beber groselha com vinagre ou ser panasca são aceitáveis)
. Eu vejo nisto uma enorme injustiça e uma forma bárbara de aceder ao perdão (sofrimento de um inocente); mas há quem veja nisto uma história de Amor.
Acredito que sim. Mas, isso é a confissão de que o JV é um inútil.
Se o JV visse o que sofrem aqueles que se dedicam a aliviar o sofrimento alheio: na Africa ou no Próximo Oriente, em situação de crise guerra ou catástrofe, e pensando que estas pessoas estão ai voluntariamente e , a exemplo de Jesus, aceitam sacrificar-se pelos seus semelhantes… se o JV visse a milionésima parte daquilo que alguns sofrem para ajudar terceiros, voluntariamente , talvez percebesse o que são histórias de amor.
O Nepal vai permitir os casamentos gay, parece que por lá, nas alturas, se pensa da mesma forma....
ResponderEliminarA lei a instituir a prática de taras, manias e modas como uma pratica civilizacional duradoura, é uma estupidez só defensável por imbecis.
ResponderEliminarMas quem é que define tal como tara , mania ou moda ?
Apenas imbecis incultos, sem conhecimento de história geral e muito menos história da sexualidade. Vá comprar qualquer coisa nessa área para ver se diz menos asneira. A asneira é livre, mas a ignorÂncia fica mal
Ze Portuga,
ResponderEliminarAs normas nunca são preto ou branco. Há sempre pontos extremos, divergências... excepções que confirmam a regra, se preferir. Tal não implica necessariamente "aberração" ou deficiência, e muito menos que se negue o direito aos que fogem da norma de viver como querem. Não justifica a ditadura da maioria. Os homossexuais são uma minoria, tal como são as pessoas com mais de 2 metros de altura. Serão deficientes ou aberrações? Não. E não digo que não se possam fazer portas com 2 metros de altura ou menos, obrigando essa minoria a abaixar-se para entrar nos edifícios, mas impedi-las de entrar seria ridículo. Ou seja, não se podem fazer as regras da sociedade pelos extremos. Mas também não é correcto negar desnecessariamente direitos aos que fogem à norma, especialmente quando não prejudicam os restantes membros dessa sociedade, e nada podem fazer para alinharem com a norma senão reprimir a sua natureza e viverem infelizes. Não esquecer também que ninguém alinha pela norma em todos os aspectos físicos, psicológicos e comportamentais. Coisa que os psiquiatras aprenderam algures nos anos 60-70 depois de tentarem forçar toda a gente a ser "normal" (e não me estou a referir apenas aos aspectos sexuais). Nos comportamentos sexuais há muita coisa que foge da "norma", ou seja os gostos da maioria. Mas não se impede por exemplo que os sado-masoquistas casem uns com os outros. Porque havemos de tratar os homossexuais de maneira diferente? Por não poderem ter filhos? Tb há casais hetero que não querem ou não podem ter filhos e não os impedimos de casar.
Até pode dizer que a homossexualidade é uma moda. Sim é "moda" deixarem de o reprimir e esconder, e a sociedade tolerá-los. Mas então também é uma "moda" não tratarmos as mulheres como propriedade dos pais, deixarmos de as apedrejar se não casarem virgens e termos acabado com a escravatura. Eu chamo-lhe evolução do entendimento moral, mas se lhe quiser chamar moda...
Zeca, eu não quero que aplique os valores cristãos (apenas) quando lida comigo. Apenas lhe peço que considere que se a sua atitude em relação a este assunto está de acordo com esses valores que tanto defende. Parece-me que não sou só eu que só apela a eles "quando lhe dá jeito". Posso estar enganado, não sou de facto nenhuma autoridade no assunto, mas não manda essa doutrina tratar todos como irmãos? Não manda defender os fracos e os oprimidos? Ou mandará oprimir os descrentes e os que são diferentes de si?
Defender tão acerrimamente uma religião e depois não aplicar os seus ensinamentos não ajuda à sua causa. Como diz um dito popular na internet, eu até gosto de Jesus, não suporto é o clube de fans dele.
«E concordo que ninguém deve ser punido por ser panasca. Dai até dar privilégios à anormalidade vai a distância abismal do justiça e bom senso.»
ResponderEliminarNão se deve dar previlégios nem à anormalidade nem à normalidade.
Se alguém é anormalmente corajoso, bom, agressivo ou invejoso, a lei não o deve beneficiar nem penalizar.
São os comportamentos, e o facto destes beneficiarem ou prejudicarem terceiros, que podem ser incentivados ou reprimidos pela lei.
«muito diferente é consubstanciar e pasmar na lei actos que são ofensivos da cultura em que vivemos, da civilização, da natureza da dignidade humana, dos valores e princípios que norteia o direito, das mas básicas regras e higiene mental e das práticas públicas.»
Exacto. Por isso é que os seus preconceitos homofóbicos bárbaros não podem ser plasmados na lei - são contrários à dignidade humana ou até dos "valores e princípios que norteia o direito, das mas básicas regras e higiene mental".
Assim sendo, os homossexuais não podem ser descriminados e têm de ter os mesmos direitos que os restantes cidadãos: escolher com quem querem casar.
Quanto a quem se sacrifica para ajudar os próximos, tenho tudo a favor. Existe quem o faz em nome de mitos sem fundamento, e existe quem o faz por mera bondade, por bom coração. E suspeito que muitos dos que afirmam fazer em nome dos mitos estão equivocados, fazem-no porque são bons, e por isso escolheram (felizmente) interpretar esses mitos como um apelo à ajuda.
Mas as pessoas menos boas não se tornam melhores com os mitos. O cristianismo está cheio de Fariseus, e estou convencido que o Zeca é um deles. Desculpe, mas é a sensação que tenho pelo ódio que transparece nas suas palavras. A total falta de empatia pelos oprimidos.
Pois eu nem de Jesus gosto. Um convencido da treta que mandava todos os que não gostavam daquilo que os seus discípulos agoiravam para o fogo eterno, inaugurando assim na Bíblia o conceito de inferno, provavelmente a invenção mais detestável e que mais traumas em crianças provocou em dois mil anos de existência.
ResponderEliminarE depois mesquinho. Aquela de dar um mau olhado a uma árvore de fruto e assim secá-la porque o imbecil era suficientemente burro para ver que não era a época para isso, secando o pobre vegetal, revela uma mesquinhez infantil. E parva.
E aquela coisa de mandar os vendilhões aos arames não é propriamente algo que eu não goste, acho piada até, mas não bate certo com a sua atitude de "dar a outra face". Não me parece algo que o próprio Gandhi tenha feito, e esse era bem mais humano.
Depois no final queixar-se a si próprio que se abandonou a si mesmo, revela uma estupidez e sado-masoquismo tremendo. É isto que serve de "modelo"?
Aliás, todo este travesti de tratar um ser humano com uma história humana, cheia de erros e gaffes, mas com alguma boa intenção como sendo um "deus feito carne" é que é uma farsa, distorce totalmente as intenções e práticas do sujeito.
E claro, a ironia final de Jesus ser um elemento herético, anti-clerical, anti-Igreja, que se torna no final o pilar fundamental da maior parte das Igrejas do mundo. Coitado. Não o deixam descansar em paz.
«A preocupação da exegese católica nunca foi a do literalismo primário, pois essa foi a marca do protestantismo de Lutero.»
ResponderEliminarEstá longe dos factos e abaixo do revisionismo.
Soa-me à máfia emproada da Vulgata que ainda assim descobriu depressa como parasitar os inimigos "primários e literalistas", depois de matar uns quantos.
ResponderEliminara) como devemos interpretar os textos sacros?
b) como devemos conciliar essa interpretação com a razão e com os factos empíricos?
Sim e esse plural apenas se aplica aos bispos, motivo pelo qual e de forma contraditória, o liberalismo e o capitalismo estão muito mais próximos dos ascetas e puritanos luteranos do que dos catolicos. Ver historia da economia relativamente até ao juro .
Enfim
O movimento posterior de Renascimento e séculos das luzes só vai ser possível devido à cisão entre c atólicos e protestantes.
A forma como o humanismo vai poder ser lido na versão catolica vs protestante dará mais tarde origem ao pensamento científico, por isso estas coisas tem de ser vistas com muito cuidado
Nessa famosa obra do sociólogo Max Weber, ele mostra que o desenvolvimento econômico do Ocidente esteve relacionado com a permissão da cobrança dos juros pelo Protestantismo, até então proibida tanto no Deuteronômio (Antigo Testamento) como no Alcorão. Ele mostra que foi a Reforma Protestante que deu um grande impulso ao crescimento econômico. De fato, a maioria das nações hoje desenvolvidas segue a Ideologia Protestante, criada por Lutero em 1517.
ResponderEliminarOra lá está, sem protestantismo e a sua forma "linear" de ler O Livro , não estaríamos com uma sociedade de mercado.
MAs tem de fazer parte do PLANO do divino
Barba suja,
ResponderEliminarFecha a boca que fedes a esgoto, panascão.
Vasquinho,
Vai aprender a pensar, comuna ignorante.
Os insultos gratuitos tornam evidente a falta de razões e argumentos. É como dizer, "eu não tenho boas razões, mas não gosto que digas isso".
ResponderEliminarAgradeço a admissão da ausência de razões, e lamento que não gostem de ler aquilo que escrevo, mas têm bom remédio: não o façam.
PS- Jesus era certamente mais comunista que eu.
ResponderEliminarEu não sou da opinião que seja tão provável um rico ter direito à felicidade, como um camelo passar pelo buraco de uma agulha.
Voltamos ao insulto fácil e desabrido , enfim
ResponderEliminarEu ja nem digo nada.
ResponderEliminarLudwig:
Ja viste que a classe medica não se quer vacinar? Li agora no publico.pt
Acho que esta é uma "treta complexa" se quiseres inaugurar a etiqueta...
A todos,
ResponderEliminarTenho Kefir para dar, pois já tenho a mais e já dei a todos os que se sacrificaram a usar o dito produto natural que transforma o leite num tipo de iogurte, inclusive o Ludwig já foi castigado com a oferta.
Mais sobre Kefir aqui e aqui.
Nota: sou de Lisboa, e têm que vir ter comigo.
Excepto isto:
ResponderEliminarJesus é um personagem curtido. Acho que foi o primeiro hippie da história.
O desprezo pelos bens materiais, a tentativa de incutir valores individuais que enriquececem a mente e não a carteira, e que ao mesmo tempo são valores coletivos. As respostas tortas a pilatos. O silencio perante o fantoche que era Herodes.
Jesus deve ter sido 30 vezes melhor orador que o Obama. Sabemos, que as pessoas que o seguiam, eram elas proprias eloquentes e carismaticas. Jesus não era apenas um profeta do povo. É provavemente um pregador que reuniu outros pregadores.
Filho de Deus, não terá sido, mas não penso que tenha sido inventado. Se foi inventado, foi um personagem excelente.
A cena da figueira parece saida de um monty python flying circus, mas a dos vendilhoes é de homem. Sério. Pronto, esta bem, é um bocado inconsistente. Quer dizer que ele é apenas humano. Acho que Jesus é uma das melhores coisas que a igreja tem. E eles sabem. Querem é mais do que la está.
Mário Miguel
ResponderEliminarEu até estria interessado, ora conta lá como é isso :=)))
Mario Miguel:
ResponderEliminarIsso sabe bem?
Nuvens,
ResponderEliminarÉ simples, eu dou-te aquilo num frasco e já está, podes perguntar ao Ludwig como referência independente, ele até usa aquilo no sushi :)
É uma pena deitar o kefir fora. Chega a um ponto que tenho demais, pois o kefir vai crescendo. E quem me deu pediu para não o deitar fora, de alguma forma junto também um factor emocional para não colocar o excesso no lixo.
Neste momento tenho para dar uma doze que dá para transformar 1/4 de litro de leite por dia, se deixares mais tempo ficará mais consistente e azedo.
Se quiseres diz, trocamos de e-mail e depois combinamos.
João,
ResponderEliminarEu já o disse e penso que o Cristianismo tem algumas inovações filosóficas, que através da interpretação da ICAR ( nem sempre no mesmo sentido) permitiram lançar alguns dos fundamentos daquilo que mais tarde ( muito mais tarde ) daria lugar ao que podemos chamar o humanismo ocidental.
Esta revolução de pensamento faz-se por um lado com o regresso aos clássicos e à cultura antagónica Grega e Romana, e por outro faz-se com o surgimento do Protestantismo desembocando na revolução francesa , isto na linha de pensamento continental.
Mas acho que a verdadeira diferença é a forma de algumas interpretações mais puristas de um humanismo despojado de bens terrenos, aí encontramos uma linha de pensamento próxima de algumas filosofias orientais mas sem o caracter individual e contemplativo .
Isto é muito mais complexo mas assim já dá para um lamiré
Sobre isso o nome da rosa do Eco é fantástico , pelo menos para nos dar conta das imensas correntes de pensamento católico e herético (?!?!) da época.
Seja como for a ICAR tem pouco deste espírito inicial reformista, que alterou a própria estrutura social ( não para muito melhor mas....) e é apenas uma instituição política , motivo pelo qual é um pouco irritante e muito hipócrita.
João,
ResponderEliminarAquilo trasforma o leite em algo parecido com o iogurte. Eu gosto.
Se deixares aquilo mais do que 24 h a kefirar, então, fica como que um iogurte mais azedo, pica como se fosse quase limão, mas com sabor de iogurte.
O que eu faço é o seguinte:
Ponho o kefir a "kefirar" 24 h e depois junto esse produto a uma quantidade de leite na mesma proporção, e depois coloco cacau magro em pó (aquele dos bolos e que não tem açúcar) e no fim junto mel ou açúcar. Aquilo fica parecido com um iogurte de chocolate mas com uma consistência como se tivesse espuma no leite, ou seja, mais leve. O que me agrada muito. E o kefir tem efeito Probiótico, como está indicado nas ligações que enviei.
João, se eu der ao Nuvens, 3 a 4 semanas depois terei para dar a ti.
Mário
ResponderEliminarE aquilo depois não se transforma numa espécia de monstro como o bolo do herói do ano 2000 do Woody Hallen ? LOLL
Ok temos de combinar onde te daria mais jeito , por causa de alguns trolls de serviço não quero dar-te o mail de forma directa, o mais simples é fazermos assim, amanha ( que hoje estou preguiça ) crio um mail da treta só para enviares o teu mail, e a partir daí funcionamos com o meu normal. Simples e evita spam que muito gostaria de não ter: )
Um abraço e até amanhã.
Nuvens,
ResponderEliminar«E aquilo depois não se transforma numa espécia de monstro como o bolo do herói do ano 2000 do Woody Hallen ? LOLL»
LOL! Toda a gente que eu tenho dado kefir me faz uma observação do tipo da que tu fazes. Na volta vamos ser evadidos por mutantes humanos derivados do kefir.
Ok, manda esse e-mail e depois combinamos tudo por essa via.
Um abraço.
Nuvens,
ResponderEliminarusa o mailinator.com. Nem precisas de te registar nem nada. É só inventar um endereço qualquercoisa@mailinator.com e dares a quem quiseres. Depois é só ires ao site ver os emails recebidos.
Kefir no sushi? talk about fusion cuisine ...
ResponderEliminarO kefir é bom, mas tem o defeito de estar sempre a crescer e de toda a gente cá em casa, além de mim, achar que aquilo é leite estragado (não é exactamente igual ao iogurte...)
ResponderEliminarMas deixando a fermentar ~3 dias fica bastante azedo e além de dar para comer à colherada ou com cereais dá para temperar saladas ou substituir o molho de soja no sushi.
De resto, a manutenção é baixa. De três em três dias é coar e pôr de novo em leite.
Hoje, infelizmente, tenho muito pouco tempo para comentários.
ResponderEliminarMesmo assim, não posso passar sem uma recomendação.
"Nuvens" (e quejandos de igual quilate):
Recomendo-vos uma coleira insecticida, porque vossemecês de certeza que têm pulgas.
Esta característica dos ateístas (esfarrapam-se todos, rebolam-se, coçam-se, mordem-se, esgadanham-se, arrepele-se como cães raivosos, eriçam-se como gatos assanhados, uivam como lobos pulgosos… etc)… esta característica é que me dá gozo acalentar.
Nem imaginam o que me diverte ver-vos assim!!!
D. Quixote lutando contra moinhos… e em vão, pois a vossa raiva tem a mesma força de uma dúzia de formigas a tentar desfazer os Himalaias.
Tão totós!
Ah!
Não usem as coleiras dos chineses!!!
Outra comparação interessante:
ResponderEliminarLK e César das Neves, em termos de catolicismo e filosofia religiosa:
A formiga LK a desafiar o elefante César das Neves.
Tão caricato!!!!
Nelson:
ResponderEliminarAs normas nunca são preto ou branco. Há sempre pontos extremos, divergências...
É a isso que se chama tolerância. Só que existem limites para a tolerância. E, em termos de normas, quando ultrapassamos esses limites, caimos no absurdo, na estupidez, na imbecilidade... na aberração.
Aí já não é aceitável, e só mentes perturdabas, imbecis ou crapúlas permanecem fora dos limites do razoável!
O elefante césar da neves ? Não será dinossauro grande, mau e extinto ?
ResponderEliminarAí já não é aceitável, e só mentes perturdabas, imbecis ou crapúlas permanecem fora dos limites do razoável!
ResponderEliminarOs que o zeca não gosta ...
LOLL
Que récua
A quem quiser usar o Mailinator como e-mail temporário aconselho a não darem o endereço que escolheram p. ex.: ktreta@mailinator.com mas sim o endereço alternativo que aparece quando consultam a caixa, neste caso: M8R-2g6xs4@mailinator.com porque senão qualquer pessoa que soubesse o endereço podia aceder às mensagens recebidas porque não é necessária qualquer password.
ResponderEliminarMario Miguel:
ResponderEliminarA questão dos probioticos ainda é uma bocado alquimia. Para cada afirmação verdadeira há umas 10 falsas.
Em relação ao Kefir, encontrei ensaios que sustentavam a possibilidade de melhorar problemas relacionados com a sub-diagnosticada intolerancia à lactose. Tudo o resto era treta.
Encontrei um artigo que estava a corresponder às minhas exigencias até que vi que era feito na Danisco. Os resultados são promissores, se quiseres ve aqui:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19651563?dopt=Abstract
De um modo geral são mais wishfull thinking e placebo.
A mimha opinião, dado o estado da ciencia estar um pouco vago, é que é provavel que alguns pb tenham um papel regulador muito moderado, e em determinadas circunstancias, pois existe a sugestão de efeitos in vitro (int à lactose nomeadamente). Mas nada que se compare a uma alimentação variada e moderada (coisa que me custa um bocado. Raios, sou goloso!)
"e em vão, pois a vossa raiva tem a mesma força de uma dúzia de formigas a tentar desfazer os Himalaias.
ResponderEliminarTão totós!"
Totós? Tu é que acreditas cegamente em coisas que muito provavelmente não existem, queres dar poder estatal a homens como direito de nascença, e tentas-te passar por cidadão portugues comum (Zeca Portuga? Sério?) quando tens um comportamento excentrico para dizer no minimo.
João,
ResponderEliminarObrigado pela informação.
Já viste que a classe médica não se quer vacinar?
ResponderEliminarNão se trata apenas de vacinas – e as da gripe contêm o infame timerosal como conservante, não esquecer! – mas muitos médicos também recusam para si ou os seus familiares certo tipo de "tratamentos" que receitam aos seus doentes. É que quando se trata da própria saúde a coisa pia mais fino e a experiência prática prova como muitas belas teorias não passam disso mesmo... palavras que o vento leva!
Do not forget that bacteriostatics like thiomersal are NOT needed in more-expensive single-dose injectables. So any comments about this... ou vão ficar TODOS caladinhos e muito bem comportados, sempre remando para o mesmo (ignóbil) lado?
Mas já que este é um blog em que supostamente se pratica a reflexão lógica e o pensamento crítico – espero que não apenas para zurzir a religião, há outras "fés cegas" e "bezerros de ouro" por aí! – ora vamos lá raciocinar e pensar por que razão as tais infecções pelo vírus da gripe ocorrem habitualmente no Outono-Inverno e não na Primavera-Verão.
O que é que existe de especialmente diferente entre umas estações do ano e as outras, será que os vírus também têm preferências climáticas e dão-se melhor com o frio ou a humidade em vez do calor e o tempo seco?
Ou ainda, haverá menos surtos de gripe em regiões quentes e secas, grande parte do continente africano, por exemplo, do que naquelas mais frias e húmidas? Bem, os dados estatísticos até parecem concordar... but why?!
É que isto de "comer e calar", ou cuvar-se com temente reverência perante os "sábios" e os "infalíveis" ditames da ciência, sem buscar aprofundá-los e questionar os seus "porquês", não parece lá muito democrático nem inteligente... I say!
Logo, já que o desafio cosmológico continua às moscas – será que aqui se cultiva MESMO o pensamento responsável livre?! – pois lanço um novo motivo de reflexão... para aqueles, claro, que ainda têm algum espírito inquisitivo e não se deixam ficar pela superficial (in)segurança do "magister (scientia) dixit"!
E tenho dito... sono finito! :)
PS: Devemos procurar respostas e soluções alternativas... SEMPRE!!!
Quem se contenta com a primeira "treta" que lhe impingem, mostra que da sede do saber não conhece a vertigem! :P
It is not clear why outbreaks of the flu occur seasonally rather than uniformly throughout the year. One possible explanation is that, because people are indoors more often during the winter, they are in close contact more often, and this promotes transmission from person to person. – Wikipedia
Oh really?! Quite a "scientific" explanation, indeed!
Uma pista... flu season... there's an answer!
Rui, o link que dás fornece algumas pistas que respondem à tua pergunta. Nada na ciência é certo a 100%, e andar atrás de vírus da gripe ao longo de um ano inteiro e de continentes inteiros não é coisa fácil. No entanto, as razões apontadas não são inventadas, foram testadas em estudos. Parece-me ainda muito "verde", mas é o que temos.
ResponderEliminarEm relação a comparações zoológicas, achei piada sim senhor. Cá para mim, são ambos macacos, membros dos mamíferos, mas não há nada como o Zéca para nos reeducar.
Leprechaun:
ResponderEliminarA questão do timerosal(C9H9HgNaO2S) e do autismo é inventada. Não é real.
Os niveis de mercurio são muito baixos. Se comes peixe de mar devias estar mais preocupado.
A gripe ataca mais no inverno porque o ar esta frio e deixa as mucosas mais susceptiveis. O frio agride, inflama e facilita o acolhimento ao virus.
Alem disso, sabe-se que o proprio virus (da gripe) é mais patogenico naquelas temperaturas.
Não é só o da gripe que beneficia de quebras de imnunidade pelo frio, a nivel de mucosas ou geral. Adenoviros por exemplo são quase endemicos nas creches nesta altura do ano.
Como é possivel tu acreditares em tudo o que te chega aos olhos e ouvidos? Não ves que pelo menos as informações todas que circulam no mundo são inconsistentes e tens de escolher umas em relação a outras? Porque escolhes as que vem via popular e não cientifica? Porque escolhes tudo o que tenha o rotulo de uma epoca em que sexagenario significava caixão?
O kefir é bom, mas tem o defeito de estar sempre a crescer e de toda a gente cá em casa, além de mim, achar que aquilo é leite estragado.
ResponderEliminarPois, esse é o GRANDE drama! Enquanto não recuperarmos a antiquíssima sabedoria, simples e intuitiva, de que o alimento É mesmo medicamento - preventivo, no mínimo! - e dermos cabo do paladar e da sensibilidade gustativa das crianças logo nos primeiros anos de vida, a mudança de hábitos alimentares será uma tarefa (quase) impossível.
Como já disse antes, regra geral esse é o maior desafio com que os médicos naturistas - englobo no termo as várias tradições médicas antigas - se deparam nas suas consultas. Espetar agulhas, como se diz aqui, ou engolir seja o que for... mesmo a "água" homeopática... é muito cómodo e fácil, só talvez não tanto nas mezinhas mais amargas, claro! Mas mesmo nestas se pode juntar um pouco de mel e lá vão marchando...
Só que, toda a escolha deve ser informada, claro, e o que menos há é mesmo informação real e amplamente disponível ou divulgada para toda a gente, acerca da importância vital de sabemos bem aquilo que ingerimos... o combustível celular que nos vai alimentar!
De qualquer modo, já é muito bom que aqui se fale do kefir e os probióticos e até se vão investigando alguns estudos científicos sobre o tema... isso é progresso! :)
Ah! e até que está mesmo na hora da minha malga branquinha, hoje com uvas e quase sempre com fruta aos pedaços... sou guloso do que é bão, vou à minha refeição! :D
Healthy living... healthy thinking... healthy loving...
Rui leprechaun
(...healthy talking... healthy walking... healthy breathing! :))
As tretas sobre a gripe A que circulam por aí (pelos vistos para além da pandemia deste vírus também existe a pandemia da desinformação sobre este) são desmontadas neste excelente blogue:
ResponderEliminarhttp://jvcosta.planetaclix.pt/gripe.html
Rui leprechaun
ResponderEliminarEu vou sempre que posso almoçar a um vegetariano que há por aqui perto de onde trabalho. Isso tem que ver com dados objectivos, a comida com menos carne é mais saudável, tb adoro japa com peixe cru e variantes.
mas também gosto de fazer asneiras de quando em vez, um belo Tbone, de uma vaca argentina devidamente criada ao ar livre.
Mas já aqui o disse , nem todos podem pagar a qualidade de vida de um bicho criado ao ar livre, é a diferença entre carne a 25 euros o kg e carne a 2,5 euros como a de frango de aviário.
A gripe ataca mais no inverno porque o ar está frio e deixa as mucosas mais susceptíveis. O frio agride, inflama e facilita o acolhimento ao vírus.
ResponderEliminarDeixando o mercúrio de parte... e foi de facto a tragédia de Minamata que chamou a atenção para a extrema neurotoxicidade desse metal pesado... será que isso é mesmo uma explicação plausível?
Ou seja... e continuando nos "porquês... mas por que é que o frio agride e inflama as mucosas? Deveras, e isto é muitíssimo importante, o que é a "inflamação" e quais são os seus mecanismos?
Ou ainda, por que razão se está a (re)descobrir hoje em dia, nos estudos médico-científicos, aquilo que eu já lia há 40 anos em revistas naturistas, que a inflamação crónica é a porta aberta às doenças degenerativas?
E... this is my point!... que relação tem a alimentação com a inflamação, afinal? Ou o que se pode fazer para as mucosas não serem tão susceptíveis ao frio, por exemplo?
Água ou solução salina, como se usa nos bebés, até já é uma boa e mui simples medida tópica, de novo uma intuitiva prática milenar. Porque o mecanismo que referes começa na desidratação ou secura das mucosas... just that!
E por falar nisto, já que mudar de hábitos dietéticos não é para todos, há pelo menos algo mais simples que está ao alcance das pessoas... beber água, drinking water!
Água, só água sem mais nada... ou umas gotas de limão, sim... seja da torneira ou engarrafada, mas claro que NÃO gelada, nem mesmo no Verão! E falo de beber fora das refeições, 1 ou 2 copos de água apenas hora e meia, no mínimo, após comer ou cerca de meia hora antes de ir para a mesa.
É deveras espantoso saber que tanta gente... incluindo muitas crianças!... já não sabe beber água simples... water, wasser, eau! Esse elemento da vida, que compõe mais de 2 terços do nosso corpo, e por isso sempre foi reverenciado ou visto como divino e sagrado... tal como o sol da vitamina D, a anti-vírica solução! :)
Exacto, ó João, nas informações há que escolher umas em relação a outras, logo por que não optar pelas que me vêm por via popular MAIS a científica? Em medicina, a antiga tradição e a modernidade NÃO estão necessariamente em oposição, deveras cada vez é e será maior a sua cooperação.
Quanto à gripe, alimentação e ciência médica, basta apenas procurar os estudos que referem a influência da vitamina D (em especial D3) na resposta imunitária do organismo ou imunomodulação.
Em suma: se afinal tudo são reacções químicas no organismo... e mediadas ou reguladas como?... por que não confiar mais nos químicos naturais dos alimentos, em evolução há milhões de anos e já bem adaptados ao nosso organismo... do que em produtos de síntese recente e de efeitos tantas vezes mal conhecidos ou nefastos?
Isto significa apenas fazer a opção pelo mais seguro, sempre que tal é possível. Ou ainda, diga lá o que disser a FDA e similares, o alimento não é só preventivo mas também curativo!
Ah! e quanto à longevidade dos povos antigos, bem se andas a investigar sobre os probióticos suponho que já deves ter umas indicações interessantes. A esperança média de vida tem sobretudo aumentado pela drástica diminuição da mortalidade infantil, mas o conceito estatístico de expectativa de vida ou a esperança média de vida após os 5 anos dão-nos uma medida mais fiável da longevidade humana.
Contudo, como tanto se apregoa, mais do que a quantidade importa a qualidade. E, parafraseando a crítica de um escritor consagrado a um jovem autor... nem tudo o que é antigo é mau ou o que é novo é bom.
Logo, enquanto não formos robots e nos alimentarmos de pílulas sintéticas... in case that can ever happen!... aquilo que comemos continuará a ser vital, o alimento natural é ainda essencial!
Rui
ResponderEliminarEu com o tempo fui gostando menos de beber água simples, entre água simples ou com chá , prefiro com chá mesmo que seja um tisana.
Mas isso é normal, claro que com muita sede a história é diferente
"inflamação" e quais são os seus mecanismos?
ResponderEliminarSão ciclos bioquimicos iniciados por determinados estimulos - lesoes nos tecidos - que levam a 4 sinais tipicos : rubor, calor, dor e tumor (este termo ja não é usado sem se referir a neoplasia, mas eu não resisti a dizer à antiga). Se queres saber sobre as cox 1 e 2 e prostagladinas e mediadores de inflamação pedes ao Ludwig que de certeza sabe mais que eu.
A inflamação é um processo de defesa que por vezes é preciso diminuir por funcionar exageradamente. (dai os anti-inflamatoris, naturais ou não).
Se lesares as celulas e inibires a sua capacidade de defesa e depois fores aquecer aquilo tudo e aumentar o metabolismo no local estas mesmo a pedir uma proliferação de virus - que se multiplicam com o material das celulas. o que perpetua a lesao e a inflamação. Tambem se sabe hoje que muita inflamação e sintomatologia da gripe não é so lesao, mas resposta alergica. Não é essa que mata no entanto. Essa é a parte boa.
O problema com o H1N1 é o tropismo para os pulmoes. E se faz a pneumonia, temos um sarilho muito, mas muito grave.
"por que não confiar mais nos químicos naturais dos alimentos, em evolução há milhões de anos e já bem adaptados ao nosso organismo..."
ResponderEliminarPara ser sucinto: Não tomes nada que seja para tratar um problema que não tens. Muito menos se for um produto que diga que precisa de receita médica.
Se tens um problema de saude, consulta um especialista para ele avaliar se os riscos de tomar compensam o mal que ja tens. Não decidas por ti.
Tudo o que tu tomas te pode fazer mal. Seja natural ou não. Ha produtos piores e outros melhores. A medicina baseada na evidencia tem uma base de dados melhor que o diz que disse popular. Variar o "veneno" da alimentação é bom até prova em contrario (ex: celiacos, diabeticos, etc).
A mortalidade diminuiu em todas as idades. E a qualidade de vida aos 60 é hoje formidavel. Dai eu lembrar o que estava associado ainda não faz meio seculo ao termo: "sexagenario".
Este é um bom conselho. Não o sigas por tua propria conta e risco.
As vitaminas são oligoelementos essenciais. Não é por tomares mais que ficas melhor. É como as maçanetas nas portas. :) uma chega, mais não melhora e se encheres a porta de maçanetas pode ficar tão pesada que não abre.
ResponderEliminarExiste hiperavitaminose D. Não existe C por exemplo.
Rui:
Estas a querer inventar a polvora, lendo coisas desconexas e sem preencheres as lacunas de base primeiro. Por isso é que a educação formal é impostante. O autodidatismo não é para ninguem (nem para o Dennet que finge que é autodidata).
João
ResponderEliminarSe bem que havia por aí a ideia que doses MESMO elevadas de vitamina C tinham alguma acção contra o cancro ( alguns tipos ) seja com for parece que era na versão injectável
Ah! tisana sem açúcar também serve, claro! Mas NÃO bebidas açucaradas para tirar a sede ou repor a hidratação do organismo... e não é por causa das calorias dos açúcares e assim. Trata-se apenas da simples homeostase e o equilíbrio osmótico dos líquidos orgânicos, mecanismos relativamente simples de compreender.
ResponderEliminarMuito mais discutível e complexo é a questão do equilíbrio ácido-base ou as dietas alcalinas, por exemplo. Se bem que um vegetariano que não se perca nas doçuras já tenha uma alimentação bem alcalina...
Still... e para terminar, apenas 3 questões:
1) Por que razão o timerosal é ainda usado como conservante em algumas vacinas, sabendo-se da neurotoxicidade do mercúrio, e sendo estas ministradas também a bebés de poucos meses? Que possível relação haverá com síndromes neurológicos, como o agora tão falado Síndrome_de_Guillain-Barré?
2) Não será mesmo possível substituí-lo ou aboli-lo inteiramente, já que NÃO são necessários conservantes (antisépticos e antifúngicos) nas doses individuais das vacinas?
3) Será mesmo que o argumento para tal é de apenas de ordem económica, uma vez que tais "single-dose vaccines" são mais caras?
The World Health Organization has concluded that there is no evidence of toxicity from thiomersal in vaccines and no reason on safety grounds to change to more-expensive single-dose administration. (See Thiomersal and vaccines
E o que diz a FDA sobre tudo isto? Eis alguns excertos elucidativos:
Preservatives are used in vaccines to prevent bacterial or fungal growth in the event that the vaccine is accidentally contaminated, as might occur with repeated puncture of multi-dose vials. Vaccines, both in the United States and throughout other parts of the world, are commonly packaged in multi-dose vials. (...)
The general need for preservatives in multi-dose vials has been underscored by cases in which multi-dose vials that did not contain preservatives become contaminated during use and caused fatal infections in vaccine recipients. (...)
The use of mercury-containing preservatives in vaccines has declined markedly since 1999. FDA is continuing its efforts toward reducing or removing thimerosal from all existing vaccines. (...)
In this regard, all vaccines routinely recommended for children 6 years of age or younger and marketed in the U.S. contain no thimerosal or only trace amounts (1 microgram or less mercury per dose), with the exception of inactivated influenza vaccine (...) depending on the vaccine formulations used and the weight of the infant, some infants could have been exposed to cumulative levels of mercury during the first six months of life that exceeded EPA recommended guidelines for safe intake of methylmercury.
O documento é muito longo, mas as citações acima são já suficientes para explicar a pouca vontade de muitos profissionais de saúde e outras pessoas informadas se submeterem à vacinação, mesmo que uma tal atitude individual possa ter implicações éticas e legais.
Em suma: Why is thimerosal still used in (some) vaccines given to small infants?
Cá por mim, co'o miolo mole assim, do que leio depreendo que são somente razões económicas que determinam que as doses de vacinas sejam "multi-vials" e não "single-vials". Bem, se assim é... que mais dizer, que mais fazer?
Cada qual que se informe e decida, como também se dá a entender nesses documentos, é tudo uma questão de risco-benefício. Ora assim sendo, eu cá por mim confio bem mais na vitamina D... olhó kefir!... e noutros imunoestimulantes naturais, presentes nos alimentos, afinal.
(continua)
Ah! no plano da discussão teórica, e um pouco à semelhança das interrogações sobre o "efeito placebo", tem igualmente muito interesse saber o que de facto são "portadores assintomáticos" e de que forma a Teoria dos Germes - de que o Dawkins tanto gosta de falar! - explica essa "excentricidade".
ResponderEliminarÉ difícil explicar por que razão os portadores do H5N1 não mostram sintomas clínicos. Por isso vamos prosseguir as investigações neste domínio. (epidemiologista asiático, em 2005)
Meaning... a questão do micróbio/vírus versus o terreno/organismo ainda não está encerrada... ah! e isto já sem falar na possível (endo)simbiose do DNA (humano ou animal) e o RNA dos vírus e seu papel nos mecanismos da evolução.
Reler Lynn Margulis e outros "semi-proscritos" - pelo menos, durante muito tempo, até os "cegos" verem! - pode ser elucidativo a este respeito...
E chega, tenho aqui muito que fazer e já estou atrasadíssimo... só em paleio e ainda nem vou a meio! :)
PS: As vitaminas são oligoelementos essenciais. Não é por tomares mais que ficas melhor. (...) Existe hiperavitaminose D.
Sim... nem 8 nem 80, no meio está a virtude da saúde e o vício da gula é anti-social e assim fatal!!!
Um portador é uma estrategia evolutiva , se quiseres. Os microorganismos que encontrando um individuo imnune ainda encontraram maneira de se manter la e se reproduzir, pelo menos ocasionalemente, tiveram mais descendentes. Por outro lado o individuo que mantem uma infecção acantonada ou subclinica e se continua a mexer tambem esta mais apto que o que morre.
ResponderEliminarO que fica em exclarecer em algumas doenças é que proteina esta a mais nos resistentes à sida, ou que genes especificos estão ligados a não sei o que, etc. Não é a coisa mistificante que tu deixas implicito.
Digamos que existem sempre boas hipoteses plausiveis.
Ha varias razões para imunidade. Vacinação é uma delas. Outras são factores geneticos. Uma muito frequente é o juizo. A falta dele dá quebras de imunidade. :)
Nuvens:
ResponderEliminarIsso ja era. A moda agora são os acidos gordos omega 3 e omega 6.
Rui:
ResponderEliminarAcho que les coisas a mais... Volto a fazer-te a mesma pergunta. Não vez contradições em tudo o que acreditas?
Evidencia anedotica vs evidencia sistematica
plausibilidade estetica vs plausibilidade cientifica
conhecimento vago vs conhecimento especifico
conhecimento ad hoc vs conecimento integrado
etc...
Não é a coisa mistificante que tu deixas implícito.
ResponderEliminarDigamos que existem sempre boas hipóteses plausíveis.
Não vejo onde é que estudar os factos possa ser "mistificante", mas claro que devemos estar SEMPRE abertos às hipóteses plausíveis... e mesmo até por vezes às implausíveis!
E também não vejo contradição nenhuma em integrar TODO o tipo de conhecimento, seja assim ou assado, antigo ou moderno, venho ele daqui ou de qualquer lado!
Só como exemplo, e porque desde há muito tempo tenho dedicado alguma atenção aos síndromes tipo ADHD e espectro autista - quem não conhece famílias com dramas assim? - aproveito para deixar outra leve "provocação" à validade do tal conhecimento... científico ou não!
Afinal, a cannabis e os canabióides são uma "droga ilegal" ou uma planta medicinal? Este é só um de muitos exemplos que podem ser dados acerca da "confusão" reinante em tantos assuntos relacionados com a saúde humana.
Tradicionalmente, desde o Extremo até ao Médio Oriente, o Egipto e a Grécia antigos mais o mundo islâmico, ela sempre foi utilizada como potente terapia em várias afecções, e o mesmo também acontecia na medicina convencional, algures até década de 1930. Depois, a "estranha" e pouco compreensível - à mera luz dos conceitos de saúde humana - ilegalização da cannabis e similares obstou a que essa planta, de múltiplos e variados usos, fosse usada para fins terapêuticos.
Hoje em dia, a discussão está reaberta, com oponentes e defensores esgrimindo factos, alegações e contra-factos... you name it!
Já agora, uma vez que há defensores do seu uso na ADHD - a toxicidade dos canabióides é baixa - em vez da muitíssimo mais perigosa e insidiosa Ritalina, é interessante ficar a saber que, segundo a Wikipedia, there have been no randomized placebo controlled clinical trials investigating the long term effectiveness of methylphenidate (Ritalin) beyond 4 weeks.
Claro que controvérsias é o que mais há, sobretudo num terreno tão extremamente sensível como é o da saúde humana e ainda mais a infantil. A este propósito, posso apenas dizer que os 4 casais que conheço com filhos assim - espectro autista e síndrome de Asperger - abandonaram por completo as medicações com Ritalina e Risperdal, pois não apenas não notaram qualquer melhoria significativa, excepto um efeito de curtíssimo prazo, como não quiseram arriscar os efeitos secundários que se foram manifestando ao longo dos meses ou anos em que essas drogas ainda foram usadas, incluindo num dos casos obesidade muito marcada e que recuou significativamente após a supressão medicamentosa.
E quanto ao comportamento dos 4 jovens, todos rapazes - 7 a 13 anos, hoje - até vem melhorando, com a progressiva mas lenta socialização e sem medicação, que apenas serve para "disfarçar" a sintomatologia... that's all!
...os vários especialistas consideram que, efectivamente, o metilfenidato não tem um efeito curativo, uma vez que a sua acção sobre o cérebro só dura enquanto o comprimido faz efeito, ou seja, o tratamento é apenas sintomático. - Adriana Campos, psicóloga
Em tudo disto, drogas sintéticas ou plantas medicinais, a questão é sempre a mesma: que sabemos da fisiologia cerebral para podermos compreender a complexidade das interacções neuronais e tudo mais?
Ah! e isto sem falar na ignorância da etiologia desses síndromes! Logo, eis outro exemplo de empirismo puro mascarado de ciência, no terreno mais do que pantanoso e perigosos dos psicofármacos, que até creio serem o tipo de drogas actualmente mais vendidas em todo o mundo! Medicamentos com acção cardiovascular e antibióticos completam o pódio... it seems.
So... personally I go for the natural way, as long as I may! :)
Acrescento ainda esta notícia sobre a aprovação do uso clínico da marijuana nos EUA, este ano. É interessante e instrutivo ler os comentários e o relato das experiências individuais com a cannabis, mesmo apenas fumada/inalada, que ainda é a forma mais comum de absorver as suas substâncias activas.
ResponderEliminarMas para se perceber melhor aquilo que está em jogo nestes combates, tanto legais como científicos e também informativos, basta apenas ler esta síntese do estudo que o Instituto de Medicina dos EUA realizou em 1999: "Marijuana and medicine: assessing the science base".
Referindo-se apenas à marijuana fumada, que é uma forma algo grosseira, embora eficaz, de obter benefício terapêuticos, the study pointed out the inherent difficulty in marketing a non patentable herb. Pharmaceutical companies will not substantially profit unless there is a patent. For those reasons, the Institute of Medicine concluded that there is little future in smoked cannabis as a medically approved medication.
O problema central NÃO tem a ver com medicina ou ciência, mas muitíssimo mais com economia e política! A questão NÃO é se o alimento é ou não medicamento ou se as ervas medicinais são eficazes e o estilo de vida tem influência na saúde, etc. Sobre isso, não há ou não devia haver dúvidas... but who profits from it?!
Propriedade intelectual e copyright, um tema por aqui muito abordado, mas creio que não na área das patentes.
É o sistema económico e social que deve ser reformado ou transformado, e claro que não só no domínio da saúde humana, óbvio, o que inclui a indústria farmacêutica e alimentar. E, tal como finalmente o "efeito placebo" já começa a ser estudado a sério - pela ameaça que representa aos psicofármacos, é esse o motor! - ou as energias menos poluentes vão sendo alternativa aos combustíveis fósseis - mesmo que seja preciso "retorcer" a ciência com mitos de GW! - talvez, infelizmente, também só quando o "céu" das verdadeiras pandemias que se avizinham nos cair à porta, então se leve mesmo a sério a importância de vivermos como Seres Humanos, livres e conscientes, e não mero gado de curral e aviário!
E não falo das pseudo-pandemias infecciosas, como a inocente gripe e outras que tal. Refiro-me à real degenerescência da raça humana, já presente no aumento implacável das enfermidades crónicas degenerativas, cada vez mais em idades muito jovens! Então, lá seremos forçados a estudar mesmo a alimentação e o nosso modo de vida inatural e suicidário, quando na verdade já podíamos... se quiséssemos ou soubéssemos!... incorporar esse simples conhecimento agora.
E chega! Falo de mais para dizer apenas coisas do senso comum e que todos devem saber, embora talvez muitos as prefiram ignorar ou esconder.
Logo, qual é a finalidade desta existência humana, tanto social como individual? O lucro das patentes e outras extorsões, a busca insana de milhões ou biliões, ou assegurar a sobrevivência e evolução da sociedade e o máximo bem estar de cada única pessoa?
Diz-se que tudo começa pela educação e cada nova geração. Também creio que sim. Logo, e ainda que aparentemente talvez não tenha relação alguma, termino com esta indicação daquilo que se pode fazer - contra tudo e contra todos os "poderes"! - se realmente se quiser avançar do passado para o presente e educar para o futuro.
Escola da Ponte
Cidadãos informados ou anestesiados?... sim, legalmente "drogados" em muitos sentidos!... o que escolhemos, o que é que queremos?!
Ambrósia ou cicuta...
Rui leprechaun
(...ignorância ou luta?!)
PS: Ah! e isto que aqui digo tem TUDO a ver com o modo como encaramos a Vida e o Universo, sim, essa subtil "inteligência" imanente existe ou está ausente?
Logo, tudo vai caminhando a par, mas certas "revoluções" só se podem fazer quando o terreno for propício para as concretizar...
Rui:
ResponderEliminarOs genericos existem. Alguem lucra com eles.
"Não vejo onde é que estudar os factos possa ser "mistificante", mas claro que devemos estar SEMPRE abertos às hipóteses plausíveis... e mesmo até por vezes às implausíveis!"
ResponderEliminarNão é estudar os factos. O que é mistificante é tirar do contexto uma frase que diz que não sabemos porque há portadores da gripe e inseri-la num debate em que a sua interpretação pode ser a de que não fazemos a minima ideia.
Mario Miguel:
ResponderEliminarAgradeço a tua oferta mas ca em casa ninguem ficou entusiasmado com isso. Confesso que o sabor azedo foi o que me desmoralizou. (O Ludwig a dizer que la em casa consideravam aquilo leite estragado tambem não ajudou :p)
João,
ResponderEliminarMenos um que fica contaminado com o Kefir :)
O que é mistificante é tirar do contexto uma frase que diz que não sabemos porque há portadores da gripe...
ResponderEliminarÉ muito mais do que isso, insisto! O conceito de "portador assintomático" não encaixa bem com a Teoria dos Germes como causadores de doenças, é esse o ponto!
E sim, a filosofia subjacente às tradições médicas do Oriente e também do Ocidente é vastamente diferente das concepções actuais de saúde e doença. Deveras, para além do tal conceito dos organismos patogénicos, eu nem sei se existe alguma teoria médica que saiba explicar aquilo que é a doença, mesmo em termos meramente biológicos.
Bem, mas deixando isto de parte, e já que há quem goste do kefir ou leite fermentado, posso dizer que também se pode usar apenas água açucarada com o kefir, de preferência água mineral e açúcar mascavado.
Cá por mim, dispenso o açúcar e bebo simplesmente a água em que deixo os grãos imersos, nos intervalos entre a sua utilização.
Para evitar que o kefir fique demasiado ácido - o que pode acontecer após mais de 24 horas, caso haja muitos grãos da levedura ou a temperatura seja elevada - pode juntar-se uma pitada de sal que corta esse sabor acre.
Bem, nunca experimentei isso, pois consumo-o logo bem antes das 24 horas e depois bebo a água acidulada em que deixo os grãos mergulhados. De notar que há uma ligeira fermentação alcoólica, que é bem patente no sabor.
Por falar nele, como disse antes é tudo uma questão de hábito e educação do paladar. De notar que o iogurte natural é igualmente ácido, devido à fermentação da lactose. Claro que aquilo que muitas vezes compramos como iogurte é mais uma sobremesa láctea com açúcar e frutas. Como os sabores doce e salgado são os mais predominantes, aquilo que é ácido ou amargo não nos sabe tão bem, habitualmente...
Já agora, refira-se que a medicina ayurvédica considera a existência de mais 2 sabores: picante e adstringente. O ayurveda dá uma grande importâncias aos sabores e à sua relação com as 3 "doshas" ou biótipos psicossomáticos. O sabor amargo, de que gosto especialmente - o do kefir mais fermentado e as saladas verdes - é o mais importante para reequilibrar o sentido do paladar. Bem, creio que isto já deve explicar muita coisa...
Aliás, o conceito de equilíbrio, ou homeostase em linguagem moderna, é sempre central a todas as terapias tradicionais. O desequilíbrio tanto pode ser por excesso (p.ex., inflamação, reacções auto-imunes), como por defeito (p. ex., bócio, hipotensão). Quando os 3 doshas estão em equilíbrio, o indivíduo é saudável, o que também significa um funcionamento harmonioso de corpo, mente e espírito.
It gives emphasis to the triune nature of each person: body care, mental regulation, and spirtual/consciousness refinement.
Só para terminar, como já disse antes, é um grave erro pensar que só aquilo que é moderno ou "científico" é bom e útil, logo o conhecimento antigo está errado se entra em conflito com a ciência actual.
Nem sempre é necessariamente assim, afinal o que é humano é falível, além de que os dados experimentais são interpretados de acordo com o enquadramento teórico vigente, o que significa, em matéria de saúde, que é importante saber qual a concepção que se tem do Ser Humano, pois é em função disso que também se define saúde e doença... nesse sistema de crença! :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"O ayurveda dá uma grande importâncias aos sabores e à sua relação com as 3 "doshas" ou biótipos psicossomáticos"
ResponderEliminarE esta enganado.
Não vez a contradição com a ciencia? Ou uma ou outra.
Caro Ludwig,
ResponderEliminarJá Santo Agostinho, nos primórdios do século V, aconselhava os cristãos no sentido de não lerem a Bíblia, concretamente o Genesis, literalmente. Para não falar de alguns escritos, anteriores a Cristo, da tradição judaica que apontam para essa leitura.
Além disso, sugeria a leitura do comenário do Alfredo Dinis em http://companhiadosfilosofos.blospot.com/
Cordiais saudações,
Andreas
Rui:
ResponderEliminar"É muito mais do que isso, insisto! O conceito de "portador assintomático" não encaixa bem com a Teoria dos Germes como causadores de doenças, é esse o ponto!"
Os postulados de Koch estão ultrapassados. Não são mais que história. Foram corrigidos.
Muitas vezes os microrganismos estão em formas não patologicas. Por exemplo muitos virus só dão sintomas quando se replicam.
Outras vezes, por exemplo na tuberculose, a bacteria pode estar acantonada num quisto e bem isolada do corpo pela parece do quisto. Mas numa quebra de imunidade geral pode conseguir ultrapassar aquela barreira e fazer uma tuberculose miliar.
É preciso ver que muitas vezes são questões multifactoriais. Mas não menos objectivas por causa disso.
"Já Santo Agostinho, nos primórdios do século V, aconselhava os cristãos no sentido de não lerem a Bíblia, concretamente o Genesis, literalmente"
ResponderEliminarNão era nada parvo o senhor. Como ele chegou a essa conclusão sozinho? Tera sido porque um ateu lhe chamou a atenção para as enormidades do tecto?
do texto.
ResponderEliminarEi eu quero o Kefir , mas ainda não tive tempo disponível ao almoço para ir ter a algum lado, não matem o mutante
ResponderEliminarO pior de tudo é qye até agora tinha algum tempo livre, calhou de me cair tudo em cima , que seca, a crise estava tão porreira, tudo mais paradinho...... ok estou a brincar
ResponderEliminarNuvens,
ResponderEliminarEu tenho o kefir à trela, ele não foge assim tão facilmente.
Eu vivo em Lisboa, podes vir ter comigo à noite após as 19 h.
O kefir não necessita ficar azedo ao ponto de ficar desagradável (por exemplo, o Ludwig gosta nesse ponto). Basta ir testando o tempo que aquilo fica a kefirar até ao ponto da acidez desejado ser atingido.
Na minha opinião o leite kefirado parece-se razoavelmente com o iogurte, mais ainda se depois for ao frigorífico e levar açúcar ou mel, o mesmo fenómeno (parecença com o iogurte) ocorre se for adicionado chocolate ou fruta.
Eu tenho alguma intolerância à lactose, motivo pelo qual tenho de beber leite de soja o que não é nada bom :(
ResponderEliminarJá tive kefir e gostava , aquilo fica com uma bolhinhas de ar , não fica ?
enfim, eu gosto do sabor amargo , até para acompanhar refeições, é uma excelente alternativa à água :D
Nuvens,
ResponderEliminar«Já tive kefir e gostava , aquilo fica com uma bolhinhas de ar , não fica ?»
Exacto. Como que se o leite fosse batido e ficasse com aquela espuma (aproximadamente), ficando o leite igualmente mais espesso.
Ok podes enviar contacto para
ResponderEliminarkefiraosmolhos@portugalmail.pt
Achei apropriado o nome.
«O conceito de "portador assintomático" não encaixa bem com a Teoria dos Germes como causadores de doenças, é esse o ponto!»
ResponderEliminarIsso é como dizer que como uma peça de ferro bem pintada com tinta anti-ferrugem resiste à chuva, isso coloca em causa a teoria de que a água enferruja o ferro.
Nós carregamos connosco, na nossa pele, na nossa garganta, e nos nossos intestinos, uma grande quantidade de bactérias que são geralmente inofensivas e necessárias, mas que podem causar infecção se conseguirem entrar para onde não devem. Em condições normais, a pele e as mucosas estão lá para impedir a entrada, e se entrarem está lá o sistema imunitário para eliminar os invasores antes que causem problemas. Um exemplo é a meningite bacteriana. Muita gente é portadora do meningococo nas suas gargantas, sem que tal cause doença. Mas nas crianças de vez em quando lá conseguem entrar no organismo e chegar aos sítios onde causam doença grave. Ninguém sabe bem porquê. No caso da gripe, o frio agride as mucosas nasais e simultaneamente diminui a eficácia do sistema imunitário. Não é mistério nenhum. E claro que a falta de vitaminas também pode influenciar. Não é à toa que a aspirina é vendida com vitamina C.
O portador é uma estratégia evolucionaria de alguns vírus; geralmente os mais bem sucedidos. O portador assintomático não sabe que tem o vírus e vai contaminando outros. Alguns até integram o seu DNA no DNA do hospedeiro, onde fica "adormecido" e só activa esporadicamente. É o caso do herpes labial. Quase toda a gente o tem. Alguns sofrem com ele, outros não. Às vezes aparece na sequência de agressões, como andar ao sol ou alergias alimentares (à minha mãe é quando come marisco). Veja-se a SIDA também, que combina portadores com um longo período de incubação. Têm ambos uma disseminação que um vírus muito mais agressivo, tipo ébola, nunca teria.
Nas bactérias também foi descoberto recentemente um mecanismo interessante (e com potencial terapêutico). Creio que foi na bactéria da cólera. Elas vão segregando para o meio onde se encontram umas pequenas moléculas que lhes permitem avaliar o tamanho da população que integram. Quanto maior concentração dessas moléculas, mais "irmãs" têm nas proximidades. Elas usam este mecanismo para se coordenarem. Se estiverem em número reduzido, mantêm um "low profile". A partir de um certo número começam a produzir toxinas e lançam o seu "ataque". Isto joga com algo que já se sabia. A dose de infecção tem influência. Quer no período de encubação, quer em se há infecção sintomática ou assintomática, ou se nada acontece.
Como disse o João isto é uma questão multifactorial. O estado do sistema imunitário tem grande importância, e sim pode ser influenciado pelas condições ambientais, alimentação, imunidade adquirida anteriormente, idade, a genética, etc. E sem o sistema imunitário a funcionar não há tratamento nem antibiótico que nos salve. Digamos que é o outro lado da moeda. Mas não se pode dizer que não sejam as bactérias a causar as infecções!