Moral absoluta.
E, por falar em moral e assim,
segunda-feira, outubro 12, 2009
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Há tretas que me incomodam. É aqui que desabafo.
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O que leio por lá
Quem escreve isto
Hahahaha! Amen!
ResponderEliminarCuriosamente ontem mesmo estive a passear pelos videos do Huffinton Post e estava lá esse do "Sell the Vatican, feed the poor", e fiquei bastante curioso.
ResponderEliminarNo entanto, fiquei bastante desiludido com o conteúdo. Em vez de desenvolver a ideia do título, não acrescenta nada de relevante.
Já o primeiro video, foi um fartote de rir. Já é o terceiro (que me lembre) daqueles que pões neste blogue, e foram todos engraçados. É algum canal do youtube que subscreves? Onde os vais arranjar?
Não gosto de imaginar a Pietà na colecção particular de um japonês, mas brindo na mesma à faneca do vídeo.
ResponderEliminarPrimo Parente, qual é a sua opinião? Devem ou não rifar o maior obstáculo à coerência doutrinal da sua religião?
João Vasco,
ResponderEliminarÉ uma série televisiva na GB. Procura "That Mitchell And Webb Look rapidshare" no Google (sem as aspas), e diverte-te :)
Sim, o conteúdo do segundo é fraquito. Mas a Sarah faz comédia mais pelo choque que pelo conteúdo.
E ambos encontrei por email, referidos numa lista de discussão.
=== BREAKING Sic NEWS ===
ResponderEliminarVirgem Maria responde a Sarah Silverman pela voz de D. José Policarpo.
«"O templo que Deus prefere não são as paredes, não são as casas feitas pelas mãos dos homens" mas antes o "coração purificado, que obedece à palavra do Senhor, que pratica a justiça e a caridade", afirmou D. José Policarpo na homilia da missa nocturna da peregrinação internacional aniversária de Outubro, que hoje começou em Fátima.»
Mas não se precipitem... como não podia deixar de ser há uma subtileza técnica:
«Perante milhares de peregrinos que encheram o recinto do santuário, em dia de aniversário da dedicação da basílica, o cardeal referiu que o que leva os homens a quererem construir templos é a necessidade de "um lugar que leva ao recolhimento". "Se não houver uma liturgia e uma oração preparada para o encontro com Deus, se não houver um ambiente que envolva a o coração do homem, ajudando-o a entrar na intimidade com o seu Senhor, é mais difícil", defendeu.»
(sendo assim, está explicado: o Vaticano não é um esbarrunto, é uma cabine telefónica de banda larga)
Caros
ResponderEliminarNão sei se imaginam mas acho a ideia um disparate :D
Outras ideias :
Matar os pobres para acabar com a pobreza,
Roubar aos ricos para dar aos pobres
Trál á lá lá
"se não houver um ambiente que envolva a o coração do homem, ajudando-o a entrar na intimidade com o seu Senhor, é mais difícil", defendeu."
ResponderEliminarya, para criar a ilusão emocional. O Poli não brinca em serviço, sabe os truques todos.
Nuvens,
ResponderEliminarO vídeo propõe uma fórmula para acabar com a fome no mundo, mas isso é irónico por ser um vídeo irónico. Julgo que o que se pretende é só um pontapé nos tomates católicos. Repara que ninguém fala em “roubar aos ricos para dar aos pobres”, fala-se em vender(*) a uma tribo em particular para dar aos pobres. O que está em causa é a hipocrisia e o seu contrário. Se me disserem que é um tema batido, concordo. É tão velho quanto os católicos propriamente ditos.
______
(*) a piada está implícita, em vender *voluntariamente*... Recordemos as palavras de D. José Policarpo que sabe do assunto muito mais do que nós: «O templo que Deus prefere não são as paredes, não são as casas feitas pelas mãos dos homens mas antes o coração purificado, que obedece à palavra do Senhor, que pratica a justiça e a caridade». Quanto aos pobres, a não ser que os matemos, são tão ou mais verdadeiros que a bondade de Policarpo.
Se não existe nenhuma moral absoluta, com que base é que os ateus julgam os religiosos?
ResponderEliminarSe acreditarmos que somos meros acidentes cósmicos, então não haverá nenhuma imperativo no sentido de que um acidente cósmico não violar os direitos de outro acidente cósmico.
Que direitos terá um acidente cósmico?
Tanto mais, que se existissem, esses direitos seriam também um acidente cósmico.
E um acidente cósmico dificilmente terá legitimidade para estabelecer normas morais sobre outro acidente cósmico.
Para dizermos que é objectivamente errado abusar de uma mulher, precisamos de padrões que estejam decididamente acima das nossas preferências subjectivas.
Esse padrão só pode ser estabelecido por Deus. Se Deus não existe, tudo não passa de preferências subjectivas. A preferência de uma pessoa seria à partida tão legítima como a de qualquer outra pessoa.
Por exemplo, para os evolucionistas, a violação de uma mulher é acima de tudo um comportamento predatório resultante do processo evolutivo.
Ela é uma realidade natural que não é boa nem má.
Isso mesmo é afirmado no livro de Craig Palmer e Randy Thornhill, A Natural History Of Rape: Biological Bases Of Sexual Coercion (MIT Press).
Para eles, o abuso sexual é algo que é esperado do processo evolutivo.
Para eles, assim como a teoria da evolução tem uma explicação para tudo mais, também explica a violação. Não existindo qualquer padrão moral objectivo à luz do qual a violação seja condenável, ela é aceite, pelos evolucionistas, como uma realidade natural.
Dizer que é boa ou má será uma questão de preferência pessoal.
Assim sendo, pergunta-se? Com que base é que os evolucionistas ateus condenam a maldade?
Afinal, de acordo com os evolucionistas, os homicidas, os violadores, os pedófilos, etc., limitam-se a fazer aquilo que lhes foi ditado pelo processo evolutivo!
perspectiva, providencia sff. a tua prova de que a moral é absoluta.
ResponderEliminarEsperamos sentados.
Ah, enquanto te revoltas nessa quadratura do círculo, a gente cá se diverte a ver vídeos. Bye!
(Barba, evidentemente não pretendo explicar o vídeo... Quero apenas procurar-lhe uma utilidade diferente da fórmula para acabar com a fome no mundo, que é acabar com uma incoerência gritante no discurso católico. Mas agora vou calar-me, que já começo a parecer o Peppone do Don Camillo)
ResponderEliminarBarba não. É Nuvens que quero dizer :)
ResponderEliminarAssim sendo, pergunta-se? Com que base é que os evolucionistas ateus condenam a maldade?
ResponderEliminarCom a nossa subjectividade, coisa que tu decidiste remeter à vontade "absoluta" de um tipo que tá lá para cima. No fundo, decidiste ser um escravo, mas está tudo bem, porque o mestre é o senhor teu deus, e ele faz sempre tudo muito bem. Por isso, segue, meu caro, mete umas ventas nos olhos e faz o que te mandam, sempre, porque se não fosse isso, como é que eras capaz de decidir fosse o que fosse?
Nem te incomodes com questões do demo, como o dilema de Euthrypo e questões éticas mais complexas. Faz o que te ditam e sê feliz.
"Com que base é que os evolucionistas ateus condenam a maldade? "
ResponderEliminarNa denuncia do sofrimento e na exaltação da vida e da liberdade.
Perpectiva:
ResponderEliminarComo é que sabes que Maomé estava enganado?
«Se não existe nenhuma moral absoluta, com que base é que os ateus julgam os religiosos?»
ResponderEliminarIsto já foi respondido satisfatoriamente tantas vezes, que até chateia...e
Mas o perspectiva repete, repete e repete a mesma lenga lenga, sem perder tempo a ouvir o que os outros lhe têm a dizer.
Agora já poucos têm disposição para ler aquilo que o perspectiva tem a dizer, já conhecemos esses disparates tantas vezes repetidos e refudados de cor e salteado.
A moral absoluta é algo que nem a religião consegue explicar. Claro que eles podem sempre dizer que os Deuses dos outros é que estão enganados, mas feitas as contas é tudo relativo.
ResponderEliminarIsso funcionava bem quando Deus falava com os homems e fazia cenas, mas agora ja nao. Deus deixou de se preocupar com a humanidade, talvez por causa do aquecimento global - ouviste ó Barba Rija - e cada um lhe poe na boca o que bem entende sem ser imediatamente fulminado. Uns dizem que Deus não quer preservativos, outros que a terra é plana, uns que usa um martelo todo catita. E até ha uns quantos que dizem que todas as religioes são verdade ao mesmo tempo.
Dantes, andar para ai a inventar que Deus quer assim ou assado, era logo um diluviosinho para arrefecer as ideias. E comer as maças dele? Isso é que nem pensar - por causa dessa coisa das maças, é que temos o país que temos.
Por isso Prespectiva, acerca de moral absoluta e maças, estamos conversados.
Sugestão de leitura, neste 13 de Outubro.
ResponderEliminarA terceira parte da Mensagem de Fátima foi escrita, como se pode ler no site www.vatican.va, por ordem de Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Santíssima Mãe, no dia 3 de Janeiro de 1944. Uns anos depois de 1917, data em que a Santíssima Mãe borboleteou na oliveira para grande deslumbramento de três confidentes escolhidos de entre um rebanho. São estas as palavras da Irmã Lúcia:
«Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy-3-1-1944 ».
Mais segredos do Além em http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_po.html
A carta dos direitos do homem, a lei , o processo civil e criminal etc não necessitam de ter uma fundamentação metafísica para serem justos.
ResponderEliminarUma coisa é preconizar a justiça, outra a moral.
Nuvens:
ResponderEliminarDepende do que entendes por metafisica. Há quem chame metafisica ao que sai do neuronio. Se for assim, precisas de metafisica para tudo o que for lei, moral, etica, etc.
Ainda sobre meta física, uma coisa que aprendi hoje (ou se calhar já sabia mas não me lembrava) e não me importava nada de contar à Sarah: «Óbolo de São Pedro é uma ajuda económica que os fiéis oferecem ao Santo Padre como sinal de adesão à solicitude do sucessor de Pedro, relativamente às múltiplas carências da Igreja universal e às obras de caridade em favor dos mais necessitados.» No site www.vatican.va apresenta-se, honesta, a sugestão
ResponderEliminar«Em qualquer ocasião podes [sic] enviar o teu óbolo para
Sua Santidade Bento XVI, 00120, Cidade do Vaticano»
Ou então, se não gostas de mexer com as mãos no vil dinheiro, podes optar por
«Cartas [sic] de Crédito: American Express, Visa, Master Card, Diners
indicando, via fax, nº 0669883954
Nome do titular
Número da carta
Prazo limite
Quantia»
ou mesmo por doação online. Yaayy! Nas palavras do próprio Bento XVI, descendente de Pedro: «é a expressão mais emblemática da participação de todos os fiéis nas iniciativas de caridade do Bispo de Roma a bem da Igreja universal. Trata-se de um gesto que se reveste de valor não apenas prático, mas também profundamente simbólico enquanto sinal de comunhão com o Papa e de atenção às necessidades dos irmãos; por isso, o vosso serviço possui um valor retintamente eclesial».
Joao, não inventes, tá? "Metafísica" chama-se assim porque foi escrita por Aristóteles após os seus escritos sobre "Física". Metafísica é sobre questões numenulógicas. Solipsismo, Realismo, Idealismo, Absolutismo, etc., etc.
ResponderEliminarOu como quase diria um conhecido meu, "metaphysics is the infinite amount of nonsense one can know about nothing". Ah, se estivesse aqui o Desidério, dava-me na cabeça, mas tenho cada vez menos "respeito" por filosofias deste tipo, parecem-me cada vez mais como teologias disfarçadas de seriedade.
Gato Fedorento - Forum Filosofia
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=OsSQhJzg3X0
sxzoeyjbrhg, esse vídeo é espectacular!! A referência ao Fernando Correia é por demais! Muito bom mesmo ;)
ResponderEliminarPerspectiva: «Se não existe nenhuma moral absoluta, com que base é que os ateus julgam os religiosos?»
ResponderEliminarSe alguém nos der um murro na tua cara, ficamos impávidos? Não é melhor não andarmos à porrada? Se comprei um livro e gosto de ficar com ele, não vou ficar sereno como se não fosse nada se alguém o roubasse. Ainda não percebi qual é a dificuldade em saber o que significa fazer mal aos outros, fazer bem aos outros, ter uma boa vida, ter uma má vida e os benefícios de fazer bem aos outros numa sociedade. Ou qual a dificuldade de chegar à razão de que se faço alguém ao outro, com que cara posso dizer que não podem fazer o mesmo a mim ou ter a incapacidade de imaginar que se faço aos outros talvez os outros façam a mim. Nem sei se alguém como o perspectiva tem empatia. Se um homem normal vê outro homem a levar um pontapé nos tim-tins ou a ser capado, fica apático? A moral é como um bolo (os bens) onde as fatias são distribuídas e a empatia e razão decide como.
Se um Deus dissesse que é fixe bater nos outros e roubar, a maioria levantava o dedo do meio para onde Ele mora, a não ser que houvesse uma grande ameaça e uma enorme recompensa por andarmos a fazer o mal aos outros. Parece que se Deus disser ao Jónatas para matar alguém, ele pegava todo alegre numa faca para obedecer - afinal de contas, Ele é que sabe o que é bom e o que é mau. O Jónatas é um mero ignorante nessa matéria. A moral dele está ao nível da Inquisição, do Nacionalismo, do Nazismo e Comunismo - são todos autoritários. Antes de ontem deu o "V, de Vendeta/Vingança", sobre uma Inglaterra governada pela obediência e fé absoluta ao Estado: «Strength through unity. Unity through faith.»; «Fear got the best of you, and in your panic you turned to the now high chancellor, Adam Sutler. He promised you order, he promised you peace, and all he demanded in return was your silent, obedient consent.»
Heil, Deus!