Charles e o seu ismo.
Faz hoje 198 anos que nasceu Charles Darwin, e já lá vão quase 148 anos desde que foi publicada «A Origem das Espécies». Em ciência isto é muito tempo. Em religião é como se fosse ontem. Talvez seja por isso que os criacionistas insistem em criticar o Darwinismo, quando a biologia já não usa esta teoria há quae um século.
A ciência é um esforço colectivo, que progride pela troca de ideias, crítica mútua, e revisão constante. Alguns indivíduos geniais dão um enorme impulso ao nosso conhecimento, e o conceito de descendência com modificações e selecção natural foi uma ideia genial. Mas nem os génios têm a palavra final ou acertam em tudo.
A teoria de Darwin não explicava muito, nem muito bem. Sem se conhecer o mecanismo de hereditariedade era uma teoria muito incompleta. Sem os modelos matemáticos da genética de populações não era quantificável, apenas dava uma ideia vaga. Não mencionava sequer o que se passa ao nível molecular, como as mutações neutras ou o papel dos mecanismos de replicação do ADN. Nem dizia nada acerca da regulação dos genes ou do desenvolvimento. Muitas das ideias de Darwin são hoje uma parte importante da teoria da evolução, mas são apenas uma parte, muito longe de ser a teoria toda. A vantagem do Darwinismo foi explicar como as espécies surgem da modificação gradual de antepassados mais simples, e substituir com sucesso o antigo modelo de sete dias de abracadabra. Foi o princípio da biologia moderna, e não o fim.
Ao contrário da ciência, a religião vive de dogmas, profetas, e da palavra dos deuses, que é sempre verdade. Perdão, que é sempre Verdade. Para os criacionistas, principalmente os evangélicos, não pode haver revisões, críticas, hipóteses alternativas, ou explicações melhores. Os criacionistas criticam tanto o Darwinismo porque vêm Darwin como um profeta, e a ciência como uma religião. Não percebem que teorias com 150 anos já só têm valor histórico, e que a ciência vive de criticas, correcções, e novas ideias.
Darwin era um homem meticuloso, rigoroso, e de uma enorme capacidade de autocrítica. Grande parte de «A Origem das Espécies» é dedicada aos problemas da sua teoria e aos detalhes que a suportam. Se ainda estivesse vivo ficaria certamente satisfeito com o que corrigimos e acrescentámos ao Darwinismo. Exactamente o oposto do profeta com placas de argila debaixo do braço a falar de bichos com sete cabeças, nove cornos, e cinco narizes.
Parabéns Charles. E perdoa-os, que eles não sabem o que fazem.
É verdade que o darwinismo era uma teoria muito incompleta (apesar de revolucionária para a época), mas eu acho que é perfeitamente compreensivel que os criacionistas ataquem mais o darwinismo do que as teorias evolutivas modernas. Afinal em ciencia, as bases de uma teoria são sempre mais frágeis que as construções posteriores que se fazem a partir dessas bases.
ResponderEliminarMas curiosamente, o mm tb se passa com a religião. É muito mais fácil atacar os primeiros livros da biblia, do que os livros menos antigos e do que as construções teológicas criadas posteriormente à biblia (tomas de aquino e companhia...)
Provavelmente a única situação em que as bases têm de ser mais sólidas que as construções que assentam nelas, deve ser na arquitectura/engenharia civil ;)
Eu acho que é precisamente essa ideia que está errada. A ciência não é uma construção estática, mas uma reconstrução constante.
ResponderEliminarPor exemplo, atacar a física moderna chamando-lhe Newtonismo e apontando os defeitos da mecânica Newtoniana não vai minar alicerces nem fazer ruir nada. Vai só fazer perder tempo aos físicos que tiverem que dizer, vezes sem conta, que a física moderna não é a física de Newton...
A analogia com a religião não está muito correcta, no entanto.
ResponderEliminarSeria suposto que a palavra do alegado filho de Deus (ou próprio Deus) fosse um indício mais razoável das intenções do "pouco poderoso" do que as intuições metafísicas de alguns santos posteriores.
Além disso, é a própria igreja que vem lembrar que o Tomás Aquino, S. Agostinho e companhia podem não ter interpretado devidamente a palavra de Jesus, pois convém não esquecer que eles lançaram as bases teológicas da inquisição e outras que tais...
Basicamente a ICAR pretende que ninguém a não ser o clero tem a clareza devida para interpretar a palavra de Jeus, mas tendo em conta o historial de sangue morte e obscurantismo da ICAR, é mais do que razoável que as pessoas suspeitem, e quando são eles próprios a pedir que as pessoas se esqueçam dos erros do passado e se lembrem das belas palavras de Jesus, é normal responder mostrando que, de acordo com a Bíblia (e ao contrário da ideia que é passada pela ICAR a quem não conhece o evangelho), Jesus também não foi assim tão bom rapaz...
De resto, entre o obscurantismo bíblico, e a construção religiosa (cruzadas, inquisição, caça às bruxas, combate à ciência moderna, combate ao divórcio, planeamento familiar, etc...) venha o diabo e escolha...
O homem que compara o DNA a um ovo cozido volta a atacar! Estamos todos cheios de medo!
ResponderEliminarA fé darwinista é realmente imbatível!
Sabemos que as mutações são cumulativas e degenerativas. As mesmas não criam informação genética nova que codifique novas estruturas e funções.
Pelo contrário, as mutações afectam negativamente as funções celulares, e todo o processo de criação e dobragem das proteínas.
Elas são responsáveis por doenças e pela morte. No entanto, o Ludwig, para quem o DNA é comparável, em complexidade, a um ovo cozido (!), continua a apregoar que as mutações são aleatórias são responsáveis pela criação de extremamente complexas máquinas moleculares e organismos.
Deve lembrar-se que o supercomputador Blue Gene leva mais de um ano a calcular e a modelar as operações de dobragem de uma só proteína. Os evolucionistas dizem que a vida evolui do simples para o complexo. Para além de nunca tal ter sido observado por ninguém. não existe vida simples! Do mesmo modo, como afirmam os evolucionistas saltacionistas, não existe qualquer evidência de gradualismo no registo fóssil. Todos os fósseis encontrados são completos e funcionais, dando evidências de fossilização rápida e catastrófica (tal como decorre do dilúvio global).
Mesmo uma simples proteína é mais complexa do que qualquer um de nós pode imaginar.
Para além disso, a probabilidade de uma só proteína funcionar se formar por acaso é zero. De resto, Francis Crick foi o primeiro a dizer que o DNA nunca poderia ter sido sintetizado por acaso. As probabilidades de isso acontecer são zero.
Ora, tanto basta para dizer que o evolucionismo é pseudo-ciência, destituída de qualquer fundamento empírico e racional. O mesmo deve ser denunciado como tal. Os pais, professores e demais responsáveis pelo processo educativo devem compreender que estão a vender gato por lebre aos nossos alunos, apenas em nome da promoção de uma agenda ideológica naturalista e materialista.
O evolucionismo não tem credibilidade intelectual e científica para ser ensinado, como atesta o facto de alguns evolucionistas empedernidos terem que comparar o DNA a um ovo cozido para tentarem escamotear a complexidade extrema e inabarcável do DNA.
Quem não sabe realmente o que diz é quem compara o DNA a um ovo cozido. É claro que os evangélicos devem perdoar e admoestar com paciência aqueles que estão espiritual e intelectualmente desnorteados.
O evolucionismo (em sentido amplo) não explica a origem do Universo, das estrelas, das galáxias, dos planetas, do sistema solar, da Terra, da Lua, da Vida, das espécies, dos sexos, da linguagem, da consciência, das diferentes línguas, etc. Além disso, não conseguiu apresentar um mecanismo evolutivo convincente, nem apresentar evidência de evolução no registo fóssil. Tirando isso, é uma excelente teoria.
Caro Jónatas,
ResponderEliminarUma mutação, por definição, cria informação genética nova.
Nem todas afectam negativamente as proteinas. São responsáveis pela morte, mas também pela vida. Note que se umas mutações transformam A em B, outras há que transformam B em A. As mutações são bidireccionais.
Finalmente, se «uma simples proteína é mais complexa do que qualquer um de nós pode imaginar», e considerando que um ovo contém cerca de 10^20 proteinas (um 1 com vinte zeros), não me parece descabido comparar a complexidade de um ovo cozido com o ADN. Note que num ovo cozido essas 10^20 proteinas estão todas em conformações diferentes. O ovo cozido, microscopicamente, tem uma complexidade muito maior que o ovo cru.
O problema é não perceber que quanto mais aleatório algo é mais complexo se torna, e quanto mais especifico mais simples é, e menos informação contém. As mutações ou qualquer fenómeno aleatório aumenta a informação, e a selecção, ou qualquer filtragem tendenciosa, aumenta a especificidade diminuindo a informação.
João, eu acho q nem tu nem eu acreditamos que a biblia foi escrita por um deus e é partindo desse principio, que ela foi escrita por homens, que eu fiz essa comparação.
ResponderEliminarDe resto, eu acho que se os lideres religiosos acreditassem mesmo que a biblia tinha sido escrita por deus e cumprissem escrupulosamente o que la está escrito, à muito que as religiões cristãs, judaicas,... teriam ido à falência e teriam sido substituidas por religiões novas.
Muito do cristianismo que se tem praticado ao longo dos ultimos 2000 anos, foi modelado por outras pessoas que nasceram dps de cristo e que adaptaram o cristianismo à sua realidade.
É nesta base que eu digo que o cristianismo actual, provavelmente está mais próximo dos valores sociais contemporâneos, do que o cristianismo do tempo de cristo.
É claro que uma religião para sofrer estas evoluções é um processo doloroso e geralmente muito demorado. Geralmente quando a evolução é muito rápida, origina a criação de novas religiões.
Nota: Eu qd uso a palavra evolução, quero simplesmente dizer mudança, n quero inferir se a mudança é positiva ou negativa.
Estimado Ludwig. Parece que no fundo o que queria dizer, essencialmente, é que o DNA é tão complexo como o DNA!. Que profundidade de pensamento! Está perdoado!
ResponderEliminarMas em que é que isso corrobora a evolução aleatória? Como é que surgiram essas proteínas? Qual a probabilidade de uma só proteína funcional surgir por acaso? Como é que as proteínas se dobrariam sozinhas, sem os chaperons que as ajudam na dobragem mas que, para eles próprios se dobrarem, também necessitam de chaperons?
Qual é a probabilidade de o DNA surgir por acaso, tendo em conta que o processo de transcrição do DNA necessita de enzimas pré-codificadas pelo DNA? Enfim, gostaria de o ver a discorrer sobre probabilidades e a evolução. Certamente me dirá, com Francis Crick, que a probabilidade de isso acontecer por acaso é zero, mas isso não é argumento suficientemente racional econvincente para o levar a acreditar que a vida foi o resultado de criação intencional e inteligente.
O Ludwig precisa de compreender que uma sequência de símbolos não é informação, mas apenas uma curiosidade estatística, enquanto não exstir uma convenção que lhe atribua um significado. Mesmo que um macaco conseguisse por acaso escrever um livro de biologica molecular (facto altamente improvável mas apesar de tudo muito mais provável do que a vida surgir por acaso!), isso só seria relevante se uma inteligência conseguisse, com base num determinado código pré-definido, identificar o texto produzido pelo macaco como sendo um livro de biologia molecular. O macado, por si só, não conseguiria identificar o seu texto como um livro de biologia molecular (embora alguns evolucionistas pareçam acreditar que sim). Se o Ludwig entende o que estou a escrever é porque conhece o código "português". Sem esse conhecimento intelectual a minha sequência de letras não teria qualquer significado.
A informação não é intrínseca ao código, mas extrínseca. É sempre necessário que uma inteligência faça corresponder um significado (v.g. uma instrução) a uma sequência de letras e que outra inteligência (ou maquinismo inteligentemente programado para o efeito) reconheça esse significado. De resto, o sistema de auto-reparação do DNA pressupõe a pré-existência de código incorporado no DNA, assim como sucede com o sistema de correção ortográfica automática de um computador.
A informação não se confunde com o suporte de informação. A informação é uma grandeza imaterial que supõe sempre inteligência.
Ora sucede que a esmagadora maioria das mutãções é deletéria. Para termos um processo evolutivo que transforme uma molécula num professor de bíoquímica (mesmo concedendo a criação de uma primeira célula por acaso) precisamos de ter triliões de mutações que criem estruturas e funções não existentes na primeira molécula.
Sucede, porém, que as mutações que observamos não criam nada disso. As mesmas tendem a destruir informação pré-existente, ou, quando reversíveis, a restaurar essa informação pré-existente. Mas as mutações não criam estruturas e funções mais elevadas e mais complexas.
Só a fé evolucionista é que tem capacidade para imaginar esses cenários. De resto, nem sequer existe qualquer evidência fóssil de uma evolução gradual através de mutações pontuais, como bem salientou Stephen Jay Gould.
A evolução só existe na cabeça dos evolucionistas ou em algorismos pré-programados nos computadores. No mundo real não existe qualquer evidência de evolução.
É por isso que podemos dizer, com segurança, diante de quem quer que seja, em todos os meios de comunicação social, a todo o tempo, que o evolucionismo é uma pseudo-ciência que deve ser denunciada como tal na praça pública. Isso tem sido feito noutros países e será certamente feito entre nós.
Enfim, a religiosidade é o melhor exemplo do duplipensar a que Orwell aludiu.
ResponderEliminarO magistral exemplo da santíssima trindade é certeiro, mas pode ser complementado com todo este discurso do Jónatas Machado acusando a teoria da selecção natural de "falta de evidência ezperimental" e acusando os cientistas de terem "fé" nessa teoria.
Esquece-se que as grandes indústrias farmaceuticas não fazem dinheiro cobrando dízimas como as aldrabices evangélicas, fazem-no a vender medicamentos que FUNCIONAM. É por isso que usam teorias comprovadas por toneladas de provas e dados experimetais, em vez de pedirem aos doentes para terem fé em que o medicamento vai funcionar.
Ao contrário do Jónatas Machado, as indústrias que fabricam medicamentos sabem bem que das mutações pode perfeitamente surgir nova informação - é assim que as bactérias se adaptam a novos medicamentos. Sabem que a cada mutação que resulte numa diminuição de informação corresponde uma oposta que resulta num aumento.
Também sabem que a "linguagem" do AND não existe a não ser nos livros de ciência que a usam como uma abstracção para entender melhor os mecanismos bioquímicos que explicam porque é que a determinadas protaeínas correspondem determinados mecanismos.
Por fim, sabem perfeitamente que apesar de ser muito pouco provável um indivíduo em concreto ganhar o totoloto, é muito provável que alguém ganhe. Assim sendo, se a biogénese seria muito pouco provável de acontecer num planeta em concreto, com a brutalidade de planetas no Universo, seria bastante provável que acontecesse não num, mas em vários. Cada um destes se espantaria pela sua sorte de "ganhar o totoloto", claro! Não quer dizer que "ganhar o totloto seja provável".
Mas acima de tudo, o problema do Jónatas criticar a selecção natural, é não fazer a mínima ideia do que critica. Talvez por isso não saiba que esta teoria não pretende explicar a formação do sistema solar, ou a criação do universo, e nem sequer é esta teoria que explica a biogénese, se bem que ao menos isso esteja vagamente relacionado.
Também não sabe que aquilo que diz sobre os fósseis é um gigantesco disparate e que existem toneladas de fósseis a mostrar os diferentes "elos" entre vários estádios evolutivos.
Mas antes de tudo não sabe que a fé é dispensável para que os medicamentos funcionem: os cientistas "naturalistas" apenas tiveram de usar o que aprenderam, a teoria da selecção natural e outras, para que os seus produtos funcionassem.
md:
ResponderEliminarEu vejo evolução na ética e na ciência.
A evolução religiosa vejo-a da perspectiva da memética: o clero é uma estrutura que tem de ir adaptando os memes de superstição e mentira para ir sobrevivendo em sociedades cujos valores estão em constante mutação.
Encaro essa evolução com naturalidade, e vou atacando os fundamentos porque, ao contrário dos cientistas, o clero fundamenta as suas opiniões e posições actuais nesses mesmos fundamentos, por muito que vá alterando as posições em relação a isto ou aquilo.
Mostrar como sempre têm estado errados no passado também é importante para que as pessoas saibam que nada impede que estejam errados no presente.
Não foi com orações que a esperança média de vida aumentou décadas: foi com ciência - com a compreensão do mundo que nos rodeia. Com teorias válidas como a da selecção natural e não com teologia ultrapassada e obscurantista como a que asolou a europa durante séculos.
ResponderEliminarCaro Jónatas,
ResponderEliminarA clara do ovo cru é uma solução concentrada de albumina. 1,000,000,000,000,000,000,000 moléculas como esta
Quando aquecemos o ovo, os movimentos térmicos aleatórios vão desmanchar estas estruturas. Vão se emaranhar e prender umas às outras. Enquanto que na clara crua temos proteinas todas da mesma forma, na clara cozida temos cada uma da sua forma, um emaranhado muito mais complicado que o original. Como o esparguete: dentro do pacote está tudo direitinho, cozido no prato é muito mais difícil de especificar as formas.
Informação, no sentido mais rigoroso, é a quantificação dessa dificuldade de especificar algo. Uma sequência como 1,2,3,4,5,...
tem muito menos informação que 1,4563,43,-246,101,...
Uma sequência aleatória tem o máximo de informação. A definição de sequência aleatória de Chaitin-Kolmogorov é precisamente essa.
O Jónatas continua a insistir que algo só pode conter informação se for criado com inteligência. Isso não faz sentido segundo a teoria da informação, e não lhe serve de nada.
É que se define informação como produto de inteligência, então fica sem saber se o ADN tem informação. E não pode dizer que o ADN foi criado com inteligência por ter informação, pois isso seria um argumento circular (eu sei que os criacionistas não torcem o nariz a esse tipo de argumentos, mas não é um argumento aceitável).
O Ludwig continua apaixonado pelos ovos. O problema do evolucionismo é justamente o de pretender fazer omoletes sem ovos! Além disso, o que veio primeiro: o ovo ou a galinha? Recentemente alguns evolucionistas tentaram enfrentar este problema e os resultados a que chegaram são, como não podia deixar de ser, hilariantes.
ResponderEliminarÉ claro que o DNA contém informação! Quantidades elevadíssimas dela! Todos reconhecem isso. Só o Ludwig é que não quer ver. Essa informação tem sido quantificada em bits e bites, exactamente como sucede com a informação armazenada em computadores. O DNA é considerado por todos como o sistema mais eficaz de armazenamento de informação. Isso mesmo reconheceu expressamente Bill Gates. Neste momento estão a ser desenvolvidos computadores para utilizar o DNA como suporte de informação!
Se quisessemos armazenar toda a informação, em bites, contida em DNA do tamanho da cabeça de um alfinete precisariamos de tantos livros como uma pilha de livros da Terra até à Lua, multiplicada por quinhentos!
Se o DNA não é um sistema informação altamente complexo, então o que é? Negar o óbvio não é cientismo. É só autismo.
O DNA contém as instruções altamente complexas e especificadas para a construção de variadíssimas espécies estruturadas e funcionais. Essa informação está codificada em sequências de nucleótidos e na própria configuração do DNA. E hoje sabe-se que o erroneamente designado por "junk" DNA é, afinal, funcional.
E a verdade é que nem todos os cientistas juntos conseguem ter acesso a toda essa informação. Eles não sabem como é que se constroi uma simples célula viva, quanto mais um ser humano. No entanto, essas instruções estão contidas no DNA. Como é que elas foram lá parar? Que sistema de selecção natural poderia construir um sistema de instruções tão complexo e especificado através de mutações aleatórias? Quanto tempo demoraria? O que aconteceria entretanto, enquanto o DNA não fosse completamente funcional? A selecção natural não se encarregaria de eliminar tudo o que não tivesse uma função adaptativa? Onde está a evidência fóssil de milhões de espécies a evoluirem gradualmente ao longo de milhões de anos?
Os criacionistas acham o DNA inteiramente compatível com a crença num Deus omnisciente, capaz de ter toda essa informação e de a armazenar num espaco tão pequeno.
Mais, o DNA é uma evidência clara de que a criação foi e só pode ter sido instantânea, na medida em que, ou o DNA estava inteiramente pronto e funcional, ou não serviria para nada, tendendo certamente a dissolver-se (mesmo concedendo que o DNA teria a possibilidade de se formar a ele próprio, o que está muito longe de estar demonstrado).
Como é que as mutações aleatórias conseguiriam colocar num olho humano 100 000 000 células sensíveis à luz com capacidade de enviar informação para o cérebro através de 1 000 000 fibras nervosas no nervo óptico? Como é que o sistema de mutações aleatórias poderia ter criado o cérebro humano ao longo de milhões de anos, com as suas 100 000 000 000 células nervosas ligados por cerca de 400 000 quilómetros de fibras nervosas, estabelecendo cerca de 100 000 000 000 000 ligações neuronais? Também aqui a evidência fóssil é inexistente. Os fósseis mostram aquilo que vemos hoje: sempre existiram macacos e sempre existiram seres humanos.
Acreditar que tudo isso se desenvolveu por acaso (sem qualquer evidência molecular e fóssil nesse sentido!) é esticar a credulidade até aos limites do absurdo. É um salto de fé que os criacionistas, apesar de serem pessoas de fé, não conseguem de forma alguma dar.
A fé criacionista é racional, não é cega. Ela é baseada na esperança, não age em desespero de causa.
O próprio Darwin reconheceu que só o pensar que o olho humano poderia ter surgido por acaso lhe dava náuseas e dores de cabeça! Os evolucionistas, porém, vão ao ponto de afirmar (pela fé, naturalmente) que muitos tipos diferente de olhos (extremamente complexos) surgiram por acaso. É claro que nunca ninguém observou isso!
O DNA, com toda a sua informação, nunca poderia ser usado como argumento contra a existência de Deus, na medida é que o Deus da Biblia se autodescreve como precisamente como VERBO, RAZÃO. Que nome tão adequado para o criador do DNA!
Na verdade, o conceito bíblico de Deus é inteiramente compatível com a existência de um complexo código com letras, frases e parágrafos em que estão todas as instruções para a criação das espécies. A Bíblia afirma que Deus criou o Universo e a Vida pela PALAVRA.
A Bíblia, e não Darwin, explica a origem das espécies. Darwin estava convencido de que as células eram protoplasma indiferenciado. Ele não fazia a mais pequena ideia da complexidade do DNA. Actualmente os cientistas, a despeito dos enormes poderes computacionais do supercomputador Blue Gene, da IBM, mostram-se aflitos para compreender a complexidade de uma só proteína!
A Bíblia afirma que o ser humano não consegue compreender o que Deus fez do princípio até ao fim.
A elevadíssima complexidade de uma simples proteína é testemunho da existência de Deus. Ela decorre naturalmente da doutrina da criação, mas só com acrobacias intelectuais (desafiando todas as probabilidades) é que os evolucionistas podem explicá-la.
De onde vieram todas essas instruções tão precisas contidas no DNA? Como se desenvolveu aleatoriamente o seu sistema de auto-reparação? Como é que o DNA se preservava antes de existir esse sistema? De onde vieram as primeiras moléculas de DNA, sendo certo que as mesmas necessitam, para a sua transcrição, de enzinas codificadas em DNA? É mais uma vez o problema do ovo e da galinha.
Quando interrogados sobre a probabilidade de o DNA surgir por acaso, cientistas como Francis Crick, William Bonner, Robert Gange, etc., dão a única resposta possível: zero.
No entanto, evolucionistas como o Ludwig Krippahl, com toda a sua esmagadora sofisticação intelectual (que realmente os criacionistas não conseguem de modo algum igualar) consideram que zero é uma probabilidade suficientemente elevada para que se possa afirmar, com toda a certeza, que o DNA surgiu (vá-se lá saber como) por acaso e, mais do que isso, que só pode ter surgido por acaso! Não está nada mal para quem gosta de ridicularizar ideias!
Tanta sofisticação intelectual é realmente impressionante. Os criacionistas ficam aterrados e fogem em debandada! No seu cientismo altamente sofisticado, os evolucionistas, de uma assentada, remetem a teoria das probabilidades e a lei da biogénese para o caixote do lixo. Nem mais! Sobre os evolucionistas, o Apóstolo Paulo não deixaria de afirmar, na sua proverbial sabedoria: "dizendo-se sábios tornaram-se loucos".
Pelos vistos, as leis científicas não interessam aos evolucionistas. Eles estão acima da lei. Eles têm uma espécie de "line item veto" que lhes permite uma utilização selectiva das mesmas. Elas é que têm que se curvar perante o evolucionismo. Isso mesmo vale para a lei da entropia, que tem que ser derrogada tantas vezes quanto necessário para que o evolucionismo possa passar.
Pois o criacionismo bíblico, que assenta num Universo intencionalmente criado por Deus vivo mas decaído por causa do pecado, é inteiramente compatível com a teoria das probabilidades, com a lei da biogénese e com a lei da entropia. Em todo o caso, os criacionistas afirmam que Deus, o criador das leis naturais, não está condicionado por elas. Ele é o supremo legislador. As leis naturais fazem para da criação. Deus é o Criador.
Depois, é muito interessante presenciar as ruminações evolucionistas acerca da origem do Universo. Aí os evolucionistas, em desespero de causa, têm de pôr de lado as leis da conservação da energia e da causalidade e postular que o universo surgiu do nada, como se o nada fosse qualquer coisa com propriedades suficientes para dar origem a um universo. Falam pomposamente (e com uma assustadora credulidade pueril) em flutuação quântica num vácuo, geradora de um Big Bang, como se os cientistas fizessem alguma pequena ideia do que estão realmente a falar. O que é que flutuaria nesse vácuo? De onde veio o potencial de massa e energia? De onde veio a partícula infinitésimal que esteve na origem do universo? Explicar a existência de um Universo imenso já é suficientemente complicado. Os evolucionistas dizem que o mesmo teve a sua origem num universo miniaturizado, embora sem conseguir explicar que forças é que conseguiram concentrar toda a massa, a energia, o espaço, o tempo, e a informação numa partícula infinitesimal. A experiência mostra-nos que a miniaturização supõe um grau mais elevado de desenvolvimento tecnológico.
Os evolucionistas ignoram que mesmo num tal cenário seria sempre necessária uma fonte de energia, a qual permanece, até agora, desconhecida. Esquecem-se, além do mais, que esse modelo não consegue explicar a origem das galáxias (centenas de biliões delas), das estrelas (triliões e triliões delas e do próprio sistema solar, como imediatamente se descobre lendo o próprio Stephen Hawking, no seu livro A Brief History of Time, de 1998. A bibliografia subsequente mantém as confissões de ignorância.
Um artigo sobre a origem do Universo no mais recente número da revista Super Interessante, de Fevereiro de 2007, trata do problema da origem do universo e do modelo inflacionário de Alan Guth (hoje em grande crise). Nesse artigo, um astrofísico confessa: "começámos por querer explicar tudo, e acabamos por não conseguir compreender nada".
A avaliar pelo que tenho lido, penso que é uma boa síntese do estado actual da astrofísica naturalista. ~
Os criacionistas não têm que por de lado as leis da causalidade e da conservação da energia. A criação sobrenatural em seis dias é inteiramente compatível com ambas.
Devo dizer, em abono da verdade, que os criacionistas não estão minimamente impressionados com a "sofisticação intelectual" dos evolucionistas.
Caro Jónatas,
ResponderEliminarEu compreendo as influências do criacionismo nas suas críticas, mas a ciência não é só apontar defeitos. É acima de tudo comparar explicações alternativas.
A biologia moderna não faz sentido sem a teoria da evolução. A biologia molecular, e mesmo a bioinformática, dependem desta teoria. A determinação de estruturas por homologia, a identificação de elementos estruturais por análise dos genes, a informação extraida das regiões conservadas, e assim por diante, tudo isso precisa da premissa que todos os seres vivos na Terra partilham ancestrais comums e foram gerados pela acumulação gradual de mutações.
So esta teoria permite extrapolar das observações para as previsões, compreender as regularidades observadas, e arrumar o conhecimento.
A hipótese criacionista não adianta de nada. Se os organismos foram criados de forma independente por um deus todo poderoso que poderia ter feito qualquewr coisa que quisesse, não podemos generalizar. Cada caso é um caso, e o facto de uns serem assim não diz nada acerca dos outros.
A teoria da evolução faz demasiadas previsões com sucesso para ser só por coincidência. É muito provável que esteja fundamentalmente correcta. O criacionismo não nos diz nada. Mesmo que seja verdade é completamente inutil como está.
Note que o seu criacionismo também não nos diz como as proteinas se enrolam ou como construir uma célula. Nem sequer explica porque o chimpanzé é geneticamente tão parecido conosco, porque as mulas são estéreis, ou porque todas as espécies se reproduzem.
A teoria criacionista é muito engraçada, mas no entanto eu não consigo perceber como é q esta teoria explica que se um deus criou o adn e por conseguinte todos os seres vivos existentes no universo, pq é q tb utilizou o mm adn para criar virus e bactérias para matarem esses mesmos seres vivos?
ResponderEliminarSerá q este deus é um deus vingador e que gosta de castigar quem n segue os ditames do vaticano? Se assim for, como é que eu sou relativamente saudável e há tantos fiéis devotos que vão todos os anos a fátima à espera de uma cura para as suas maleitas?
A única justificação q eu vejo para isto é que os virus e as bactérias (as malignas claro, pq tb há algumas que da jeito ter por casa) tenham sido criação do mafarrico, que ao q parece agora anda à procura de casa, dado o encerramento do inferno.
Para o ser humano, enquanto ser moral, racional e cultural, o mais importante é construir a sua casa sobre a rocha da Verdade, infalível e definitiva, do que sobre a areia da especulação humana, pseudo-científica, falível e provisória. Jesus disse: os Céus e a Terra passarão, mas as minhas palavras não hão-de passar.
ResponderEliminarA Verdade é que nos ensina qual a origem, o sentido e o destino das nossas vidas. Jesus disse: Eu sou a Verdade! Eu acredito nisso. Ele é o VERBO, o Criador do Universo. como se diz no Evangelho de João. A sua ressurreição, observada e registada, atesta o seu carácter de Criador.
O criacionismo, diferentemente do que sucede com o Intelligent Design, identifica claramente o Criador, porque Ele se apresentou à humanidade com provas infalíveis. A Bíblia, com os seus 66 livros, escritos pelo menos ao longo de 1500 anos (provaavelmente até mais) narra esse processo histórico de auto-revelação.
Dizer que o evolucionismo é essencial para a biologia é uma fantasia destituída de sentido. Foi precisamente nos anos em que o evolucionismo não era ensinado nas escolas públicas e universidades norte-americanas que os americanos ganharam mais prémios Nobel da biologia. Luis Pasteur, um criacionista, não precisou do evolucionismo para ser um dos maiores biólogos de sempre.
O criacionismo explica as homologias com base num Criador comum. Em matéria de homologias muitas previsões evolucionistas revelam-se furadas. Por exemplo, os moluscos têm homoglobina à semelhança do que sucede com os seres humanos, apesar da extrema "distância evolutiva" evolutiva que os separa e do facto da hemoglobina não existir noutros seres alegadamente intermédios na escala evolutiva. Do mesmo modo, os corvos manifestam maior capacidade de manipulação de ferramentas do que os macacos.
O criacionismo também faz previsões, como reconheceu expressamente o evolucionista Stephen Jay Gould. Quanto às previsões evolucionistas... vou ali e já venho.
1) Onde estão os biliões de fósseis intermédios que deveríamos encontrar se a evolução fosse verdade? O criacionismo prevê a sua inexistência.
2) Porque é que não vemos a vida a surgir por acaso como deveria acontecer se o evolucionismo fosse verdade? O criacionismo prevê que a vida não surge por acaso.
3) Porque é que a vida só vem da vida? O criacionismo prevê que a vida só vem da vida, como decorre da lei da biogénese.
4) Porque é que não observamos a criação de novas espécies com novas estruturas e funções? O criacionismo prevê a especiação rápida, na sequência da dispersão e isolamento pós-diluvianos, com especialização da informação genética. As espécies que se melhor se adaptam a um ecossistema sobrevivem, mas perdem capacidade para se adaptarem a outros ecossistemas.
5) Onde estão os órgãos vestigiais? Os evolucionistas (por ignorância) chegaram a contar 180 órgãos vestigiais no corpo humano. Desde 1997 que se concluiu que todos os órgãos do corpo humano são funcionais. O criacionismo prevê este resultado, na medida em que um Criador inteligente não iria criar órgãos vestigiais.
6) Porque é que muitos cientistas se recusam hoje a falar em "junk" DNA? Os criacionistas prevêm que o DNA é funcional.
7) Porque é que os chimpanzés não conseguem compreender o que estamos a escrever? Os criacionistas prevêem que as diferenças que nos separam dos chimpanzés serão sempre mais significativas do que as semelhanças anatómicas e fisiológicas que nos aproximam.
8) Porque é que a esmagadora maioria das mutações é deletéria (1 000 000 de deletérias para 1 benéfica) e não cria novas estruturas e funções dotadas de complexidade especificada? Os criacionistas prevêm a degenerescência do genoma.
9) Porque é que as línguas antigas são gramatical e estruturalmente mais complexas do que as línguas modernas se as mesmas terão evoluído a partir dos latidos e grunhidos dos animais? Os criacionistas prevêm uma maior inteligência e robustez do homem antigo, com entropia genética e linguística.
10) Porque é que encontramos C-14 em fósseis, rochas e diamantes datados de milhões de anos? Porque esses fósseis, rochas e diamantes simplesmente não têm milhões de anos. Os criacionistas afirmam o carácter recente de rochas e fósseis.
11) Porque é que existe tanta evidência de catástrofe nas rochas e nos fósseis? Porque ocorreu um dilúvio global.
12) Porque é que se encontrou já várias vezes hemoglobina, células e tecidos moles em ossos de dinossauros? Porque simplesmente esses ossos não têm dezenas de milhões de anos, contrariamente ao que ensinam os evolucionistas.
13) Porque é que proliferam centenas de "fósseis vivos", em tudo idênticos aos seres actualmente ainda vivos? Porque os esses fósseis não são tão antigos como isso, nem evoluiram.
14) Porque é que a mula não se reproduz? Porque o genoma tende a detriorar-se, com perdas de função. A entropia genética é claramente uma previsão criacionista.
15) Por que é que as espécies se reproduzem? Porque Deus as criou para se reproduzirem de acordo com a sua espécie. Génesis 1 afirma isso 10 vezes.
16) O criacionismo não explica a extrema complexidade da proteína, mas é inteiramente compatível com essa complexidade. Os evolucionistas é que têm que postular que a mesma (contra todas as probabilidades) surgiu por acaso. A teoria da evolução entra muda e sai calada quando confronta a complexidade de uma só proteína.
17) Porque é que existem galáxias maduras em zonas distantes do Universo onde em princípio só deveriam existir galáxias em formação? Porque os modelos naturalistas da evolução das galáxias contrariam o que a Bíblia ensina.
18) Porque é que é que as galáxias se distribuem de forma quantizada em termos galáctocêntricos? Os evolucionistas cósmicos não têm uma resposta para esta.
19) Porque é que só existem alguns milhares (cerca de 7 000) de restos de supernovas? Porque os modelos de evolução das estrelas são contrários ao ensino Bíblico.
20) Porque é que não podemosobservar o surgimento de 2,7 biliões de estrelas por dia (ou 31,700 estrelas por segundo) como seria de esperar se os modelos de evolução estelar fossem correctos? Porque os mesmos contrariam o que a Bíblia diz a respeito das estrelas.
Como se vê, os criacionistas fazem muitas previsões. Por outro lado, muitas das previsões evolucionistas são furadas ou não passam de um mero "vaticinium ex post factum". Ambas as realidades são verdade, não só na biologia, mas também na geologia, na física, na astrofísica, na paleontologia, na arqueologia, etc. Muitos outros exemplos de previsões criacionistas poderiam ser dados.
De facto, Deus poderia ter feito tudo o que quisesse. Deixemos Deus ser Deus! A Bíblia diz que fez este Universo, a Vida, e o Homem, criado à sua imagem e semelhança. A ciência naturalista é que não conseguiu propor uma alternativa plausível.
Deus é o único testemunha ocular da Criação. Nenhum cientista estava lá para observar a origem do Universo e da Vida. Daí que devamos construir a ciência sobre a revelação de Deus. A mesma é um fundamento sólido. Não devemos avaliar a Bíblia com base na ciência, mas avaliar a ciência com base na Bíblia. Esta, apesar de não ser um livro científico, tem os axiomas para a construção de um edifício científico sólido.
Os cientistas só podem especular, fazendo inferências a partir do que observam no presente. Essas inferências baseiam-se, naturalmente, em postulados mundividenciais. Quanto mais distante for o passado sobre o qual recaem essas inferências, maior tem que ser a sequência de postulados indemonstráveis em que as mesmas se baseiam.
Os ateus, pela fé, têm de postular um Universo e uma Vida que se autoproduzem, contrariando as leis da causalidade, da conservação da energial, da entropia, da biogénese, das probabilidades, etc. Os crentes em Cristo, postulam a Verdade da Sua revelação, verificando-se que as ditas leis se ajustam precisamente a essa revelação. A partir daí, uns e outros interpretam os mesmos factos de acordo com os seus postulados.
Refira-se, apenas que os criacionistas nada têm contra a investigação científica feita no presente, a partir de dados observáveis. Apenas contestam as interpretações e extrapolações naturalistas feitas com base nessas observações.
Porque o Ludwig é um homem que gosta de ovos, apresento aqui um artigo com uma perspectiva criacionista dos ovos. O mesmo pode ser encontrado em www.answersingenesis.org
ResponderEliminarWhat's in an Egg?
Unscrambling the mysteries
by David Catchpoole
Imagine a container filled with amorphous-looking bits of metal, plastic and some software chips. Could you imagine it breaking out as a fully-assembled scale model motor car? Then growing larger as it absorbs raw materials, as well as energy, from its surroundings? What sort of advanced software engineering would be required?
As for any ideas of it being able to ‘marry’ another like itself, thus repeating the whole cycle by producing another container of metal, plastic and software … such notions could rightly be dismissed as ludicrously far-fetched, even in our technologically advanced age.
Yet in the world around us, similar things are happening all the time in those shell-wrapped marvels-in-miniature called eggs.
From egg to chicken
Eggsacting traditions
Eggs have long been hand-coloured and exchanged, apparently as part of the pre-Christian ‘rites of spring’.1 It is easy to see how the egg would be regarded as symbolic of the renewal of life after a long cold winter. In many cultures, the egg represented fertility and was a sacred symbol to the Babylonians.
As Christianity spread, the egg was adopted by many as a symbol of Christ’s Resurrection. People in central European countries have a long tradition of making elaborately decorated Easter eggs. The Russian royal family carried this tradition to great lengths, as can be seen from the ornate jewelled eggs made by goldsmith Carl Fabergé from the 1880s until 1917.
Chicken eggs are laid only about 25 hours after ovulation (i.e. release of the egg from the hen’s ovary).
Breaking open the shell of a freshly-laid fertilized egg would reveal a tiny (2 mm, or 1/12 inch, in diameter) white mass of cells—the blastodisc—on top of the yolk.1
If an intact egg is kept warm under a broody hen or in an incubator, the chick will develop from these blastodisc cells, with body folds of the embryo beginning to separate from the underlying yolk.
Crucial to embryo development is the formation of various membranes (partitions) including the yolk sac, amnion and allantois. The amnion encloses the embryo inside a fluid-filled cavity which not only buffers the embryo against short-term external temperature extremes but also cushions it if the egg is bumped.
With the embryo closed off from the outside world by the shell,2 there is the problem of how to dispose of excretory wastes. Here is where the allantois is so crucial, as it serves as the embryo’s garbage bag. (When the chick hatches, the accumulated wastes can be found sticking to the inside of the abandoned shell.)
While these membranes are forming, the embryo itself continues to develop, differentiating the various organ systems. Four days after an egg is laid, the heart is visible and large blood vessels can be seen to have grown out from the embryo into the yolk sac. By eight days the eyes, darkly pigmented, are prominent.
On the 11th day the brain is visible through the transparent skull, the limbs are obviously developing, and feathers appear by the 14th day. By 21 days (i.e. just before hatching), the ‘egg tooth’ is visible—the knob on the end of the beak which the chick uses to break out of the shell.
Ready, set, grow!
Newly hatched chicks weighing around 40 g (1.4 oz) are now ready to find food for themselves. In favourable conditions they can grow extremely rapidly, attaining weights of 2.6 kg (5.7 lb) in around six weeks.3
All the instructions for a chicken this size were present in the original tiny blastodisc inside the egg. Could the egg, its contents of such intricate construction, wrapped in a seamless protective shell and programmed to grow, possibly have originated by evolutionary ‘chance and necessity’?
The improbability of an egg, outside the context of a Creator God, simply defies reason (Romans 1:20).
(References and notes
Information in this section is drawn from Curtis, H., Biology, 4th Ed., Worth Publishers, New York, pp. 859-864, 1983.)
The shell stops the egg drying out but is porous enough to allow oxygen to filter in to the developing chick. It also protects the egg from most bacteria. A crack in the eggshell a few days after laying is usually fatal, as it allows bacteria to penetrate. A crack will also cause excessive moisture loss.
Which came first? The chicken or the egg?
Evolutionists would reason as follows. A chicken comes only from a chicken egg. But in the past, they say, there must have been something almost like a chicken (but not quite) which gave rise to the first chicken, by mutation (random genetic copying mistakes).
Given Mendel’s laws of inheritance, the transition from non-chicken to chicken can only take place between the egg-layer and the egg. Thus, they say, the egg came first.1,2
Let’s ignore here that their whole scheme relies on the belief that massive amounts of new information have to be added to convert a primordial fish into a chicken (no mutation has ever been observed that adds information to the DNA—just the opposite).3 What does the Bible say concerning the age-old question about the chicken and the egg?
According to Genesis 1, God created all the animals and birds, each ‘after their own kind’, and then instructed that they were to be fruitful, and multiply, and increase on the Earth.
So God designed and made the ‘chicken kind’ (male and female), and later, the very first ‘chicken egg’ was laid. To the extent that that first chicken population differed from today’s chickens, it would have been genetically richer, capable of giving rise to a wide variety within that particular kind. But the bottom line is that it was the chicken that came first, before its egg.
Caro Jónatas,
ResponderEliminarJá pedi várias vezes, e volto a pedir: não copie artigos na integra para os comentários. Por favor coloque apenas a ligação ao artigo.
Obrigado.
Uma outra coisa interessante que os criacionistas prevêem é a tendência para um interesse redobrado no criacionismo, como se vê pela anunciada conferência sobre o tema na Universidade Nova de Lisboa.
ResponderEliminarTodavia, esse interess deve ser encarado com serenidade.
Os criacionistas evangélicos não querem impor as suas convicções a ninguém. Os evangélicos prezam o Estado de direito democrático de direitos fundamentais, em que todos, crentes e não crentes, podem coexistir numa situação de igualdade e respeito mútuo.
Querem apenas poder discutir livremente as suas ideias com os interessados e disseminar livremente a informação sobre elas. Mas cada um tomará a sua posição.
Em causa está a possibilidade de conhecermos o nosso verdadeiro pai bilológico: Deus. Esse é um direito que assiste a todos os indivíduos. É de Deus, na qualidade de Criador, Pai e Salvador que pretendemos falar.
Não nos interessa a religião pela religião, conscientes de que muitas vezes a mesma abre as portas para a superstição e para o obscurantismo. Nesse sentido, partilhamos de muitas das críticas que os evolucionistas dirigem a certas concepções e práticas religiosas. Os evangélicos caracterizam-se, de um modo geral, por defenderem a liberdade de pensamento, de religião e de expressão e a separação das confissões religiosas do Estado. Só que entendem que isso não deve impedir a livre discussão do tema da origem do homem, antes libertar essa discussão do controlo coercitivo de autoridades políticas e religiosas. Deve ser uma discussão entre cidadãos livres e iguais, dotados de autonomia racional e moral-prática. Deve ser uma discussão entre livres pensadores, que ousam por em causa todos os dogmas, sejam eles religiosos e científicos.
Caro Jónatas,
ResponderEliminarPode dar mais detalhes acerca dessa conferência?
Obrigado
Estimado Ludwig
ResponderEliminarFui convidado por Fernando Carrapiço, da Universidade Nova de Lisboa. A mesma vai decorrer no dia 21 de Março, às 14 horas e é apoiada pela FCT. Vai ter bastantes oradores e eu serei um deles. Neste momento não tenho acesso a mais informação, mas logo que tenha informo.
Obrigado, e agradeço também que me informe quando souber detalhes. Estou interessado em assistir.
ResponderEliminar(O Fernando Carrapiço é da UNL, ou da Universidade do Algarve?)
"A fé darwinista é realmente imbatível!"
ResponderEliminarA abiogênese - origem da vida a partir de matéria não viva - que foi comprovada como mentirosa desde 1860 através de um simples experimento realizado por Louis Pasteur deve ser necessariamente assumida como verdadeira para que a sempre TEORIA da evolução tenha pelo menos um de seus inúmeros "bugs" esclarecidos,como alguns até hoje tem levado Darwin a sério então realmente:
"A fé darwinista é realmente imbatível!"
"Parabéns Charles. E perdoa-os, que eles não sabem o que fazem."
ResponderEliminarNinguém precisaria do perdão deste homen nem que ele estivesse vivo, muito menos agora quando nem mesmo um defunto ele é mais.
Sua sempre TEORIA que em 150 anos de existência não foi capaz de descobrir nem se o ovo veio antes da galinha é uma piada.