domingo, novembro 28, 2010

Treta da semana: telepadres.

No Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, em Fátima, a ministra da saúde disse que «é preciso garantir a assistência espiritual nos tratamentos de saúde prestados em casa dos doentes»(1). O plano parece ser expandir o contingente eclesiástico que, pago pelo Estado, já há tempos prega nos hospitais públicos. Agora querem fundos adicionais para prestar este serviço ao domicílio.

O comunicado da AAP (2) aponta várias objecções a este plano da ministra Ana Jorge. Não é preciso assegurar nada disto porque religiões que venham bater à porta não é coisa que nos falte. Além disso, a assistência religiosa é uma vocação dos sacerdotes e faz parte da vivência do crente na sua comunidade. Não é nem terapia nem serviço para prestar contra reembolso pela ADSE. Finalmente, é um desperdício. Os ordenados que os serviços de saúde pagam aos padres dariam para ajudar muita gente a comprar os medicamentos de que precisam e que não conseguem pagar. A ministra deve garantir primeiro os medicamentos, e só depois se preocupar com o tal espírito que muitos dizem ter mas que ninguém vê.

Mas aqui, falando só por mim, gostava de acrescentar uma objecção importante. A assistência “espiritual” é uma mentira. Não é apenas uma questão das pessoas gostarem de ter lá o representante da sua religião. Não é assistência psicológica ou mero consolo emocional. Em geral, as pessoas sentem necessidade deste apoio porque as convenceram de que aquilo é verdade. Julgam, conforme lhes foi ensinado, que o padre, o rabino, o imã, o monge, ou o que lhes tenha calhado, sabe mesmo o que os deuses querem, tem poderes mágicos para perdoar pecados, dá impulso extra às orações e é mediador indispensável na negociação com as divindades.

Isto não é o mesmo que gostar de música clássica ou de ficção científica, ao contrário do que sugerem alguns que argumentam em favor de subsidiar os padres porque também se subsidia artes e espectáculos. A diferença é que gostar deste cantor ou daquela actriz não implica acreditar em mentiras. Não é o mesmo que acreditar em Shiva, ou que Maomé falava com o criador do universo ou que só a fé em Jesus nos pode salvar.

Este problema afecta toda a sociedade. Não temos leis no código penal punindo quem diga mal do Benfica ou da Madonna, mas “vilipendiar” religiões pode dar prisão. Não se deve troçar da religião das pessoas, segundo dizem. Só da sua afiliação política, crença na astrologia, convicção de que somos visitados por extraterrestres ou tudo o resto que não seja religioso. Alguns crentes religiosos têm a honestidade de afirmar que só a religião deles é verdadeira. Esses vemos logo que são presunçosos e prepotentes. Outros preferem dizer, condescendentes, que todas as religiões são igualmente válidas, cada uma à sua maneira. Só que não tão igualmente válidas que aceitem que os filhos escolham uma diferente da sua.

Isto tudo porque a experiência religiosa depende sempre de assumir como verdadeiros, e em exclusivo, os dogmas de uma religião específica. Ninguém é religioso genérico. É sempre de uma marca qualquer. A “assistência espiritual” é um eufemismo enganador para uma diversidade conflituosa de “assistências”: católicas, evangélicas, judaicas, muçulmanas e assim por diante, todas afirmando-se como a única virtuosa e verdadeira. O apoio estatal só incentiva esta divisão nefasta. Quer façam como agora, subsidiando apenas os católicos em detrimento dos outros, quer passem a contratar ministradores de tudo o que é religião, acabam por pagar a cada um para dizer que só ele tem razão e que os outros estão enganados.

Para mais, é pura superstição. As crenças acerca do Buda, de Maomé, de Moisés, de Jesus, de Xenu ou das placas de Mórmon são tão infundadas como o medo do dia 13 ou a confiança em amuletos. Não digo que o Estado deva reprimir estas crenças. Se alguém achar que a figa de ouro ajuda a curar uma infecção, que atribui a um mau olhado em vez de micróbios, os serviços de saúde devem limitar-se a dar a medicação e deixar a pessoa acreditar no que quiser. Mas o Estado também não deve incentivar estas parvoíces. Será um mau exemplo a ministra garantir que todos os pacientes tenham acesso gratuito a figas de ouro.

Uma objecção importante a esta medida é ser asneira incentivar estas tretas que tanto dividem qualquer sociedade. O que está em causa aqui não são apenas gostos pessoais ou sequer a fé de cada um, já de si fracas desculpas para gastar o parco orçamento do Serviço Nacional de Saúde. A crença religiosa é mais do que meramente pessoal. Quem adere a uma religião compromete-se não só a aceitar como verdade hipóteses sem qualquer fundamento, mas também a condenar como imoral a sua rejeição. Por exemplo, que o menino Jesus criou todo o universo e que quem não acreditar nisso merece uma eternidade no inferno. Não é racional investir os nossos impostos na propagação destas ideias.

1- Ecclesia, Ministra da Saúde quer assistência religiosa em casa dos doentes
2- Diário Ateísta, Serviço Nacional Religioso (SNR) Comunicado da AAP

57 comentários:

  1. Caro Ludwig,

    Creio que atingiste neste texto o máximo da tua capacidade de caricaturizar a religião. Por isso mesmo, como afirmo nos meus textos sobre os equívocos do ateísmo, não creio que belisques a religião. A caricaturização seja do que for é a forma mais fácil de argumentação, mas é também a mais frágil.

    Saudações,

    Alfredo

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  2. Alfredo,

    «Creio que atingiste neste texto o máximo da tua capacidade de caricaturizar a religião.»

    Eu creio que não. Mas que cremos em coisas diferentes é algo que julgo já não ser novidade. Agora penso que o que mais interessa é esclarecer porquê. Simplesmente afirmar (e reafirmar) as nossas crenças é pouco produtivo, nesta fase.

    Eu penso que a minha capacidade de caricaturar as religiões é maior que a que demonstrei neste post. Vê por exemplo os posts sobre a blinologia ou o gertrudismo. Este nem sequer é caricatura, porque há mesmo muita gente religiosa que não só acredita na verdade dos dogmas da sua religião como acredita ser imoral duvidar deles. Se quiseres um exemplo julgo que bastará aguardares um pouco que verás aqui vários comentários encabeçados todos em maiúsculas, para ilustrar o que digo.

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  3. O Ludwig quer impôr a sua maneira de lidar com o sofrimento e a morte (pelo que mostra, apenas consiste em zombar da dos outros) a quem nela não está interessado. Para isso inventa e mente.
    Diz que só faz isso fora das suas aulas.
    Oxalá. Seria muito pouco racional investir os nossos impostos na propagação destas ideias.



    .

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  4. Nuno,

    "O Ludwig quer impôr a sua maneira de lidar com o sofrimento e a morte (pelo que mostra, apenas consiste em zombar da dos outros) a quem nela não está interessado."

    Procurar garantir mais disponibilidade de pessoal médico e medicamentos em vez de cânticos e incenso, não me parece uma maneira nada má de lidar com o sofrimento e a morte.

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  5. Kripp,

    Três tretas.
    Nem uma coisa impede a outra, nem se levam cânticos e incenso aos hospitais, nem médicos e medicamentos esgotam universalmente o sofrimento e a angústia de morrer.

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  6. LK- "penso que o que mais interessa é esclarecer porquê. Simplesmente afirmar (e reafirmar) as nossas crenças é pouco produtivo"

    Hum...

    "A assistência “espiritual” é uma mentira."

    "Em geral, as pessoas sentem necessidade deste apoio porque as convenceram de que aquilo é verdade"

    "Para mais, é pura superstição. As crenças acerca do Buda, de Maomé, de Moisés, de Jesus, de Xenu ou das placas de Mórmon são tão infundadas como o medo do dia 13 ou a confiança em amuletos"

    "Quem adere a uma religião compromete-se não só a aceitar como verdade hipóteses sem qualquer fundamento, mas também a condenar como imoral a sua rejeição. Por exemplo, que o menino Jesus criou todo o universo e que quem não acreditar nisso merece uma eternidade no inferno."

    Curioso, não se viu nenhum esclarecimento quanto ao porquê dessas tuas afirmações e comparações gratuitas. Ainda assim, colocaste "cepticismo" como etiqueta. QUE CIRCO!

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  7. Nuno Gaspar,

    Eu não proponho que os hospitais contratem pessoas com o requisito de serem ateus credenciados para assegurar os pacientes de que não sofrerão castigos no outro mundo. Nem proponho que se proíba a visita de padres aos hospitais ou às casas das pessoas. Proponho simplesmente que cada um decida por si e que combine as coisas com a sua organização religiosa preferida. Isto é o contrário de impor.

    Quanto a uma coisa afectar a outra, desde que o Estado tenha de pagar aos padres para lá estar e ir a casa das pessoas, é evidente que afecta em cortes noutras coisas. Como os medicamentos.

    Finalmente, é provável que o que ensino aos meus alunos faça com que haja menos pessoas crentes em astrologia, cristianismo, vidência, hinduismo ou a teoria de que os bebés vêm transportados por cegonhas. Mas isso não é só culpa minha. Há uma correlação inversa muito forte entre o nível de educação e a religiosidade, a melhor explicação é haver uma relação causal e, por isso, qualquer professor universitário (até o Jónatas Machado) é parcialmente culpado por reduzir o nível nacional de crendice.

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  8. Jairo,

    Muitos trechos que citaste eram a justificação para os outros. Por exemplo, se consideras que é mentira que Deus tenha ditado o Corão a Maomé, tens na terceira citação parte da justificação para a primeira.

    É claro que, sem perceber o encadeamento do argumento, dificilmente fará sentido...

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  9. "Finalmente, é provável que o que ensino aos meus alunos faça com que haja menos pessoas crentes em astrologia, cristianismo, vidência, hinduismo ou a teoria de que os bebés vêm transportados por cegonhas."

    Deus te ouça ;-)

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  10. ONDE O LUDWIG ACERTA E ONDE ELE ERRA

    Concordamos com o Ludwig quando ele afirma que não é consistente defender a teoria da evolução e, ao mesmo tempo, que Deus nos criou de propósito.

    Em primeiro lugar, a Bíblia, que se apresenta a ela própria como Palavra de Deus, afirma expressamente que Deus criou tudo através da sua Palavra omnisciente e omnipotente.

    Ninguém pode negar que ela afirma a criação racional do mundo por um Deus racional.


    Se Deus tem toda a informação e todo o poder, não se compreende porque iria escolher o processo mais irracional, mais ineficiente e mais cruel para criar o Universo.

    A ciência diz-nos que toda a vida depende de informação codificada e que esta depende de inteligência.

    Ninguém pode negar que a informação codificada tem origem inteligente.

    Ninguém pode negar que a vida depende de informação codificada.


    A ciência diz-nos, como bem mostrou o Ludwig, que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género, tal como a Bíblia diz.

    É por isso que, como bem mostrou o Ludwig, gaivotas dão gaivotas, moscas dão moscas, bactérias dão bactérias, pelicanos dão pelicanos, etc.

    Ninguém observou uma espécie menos complexa a transformar-se noutra diferente e mais complexa.

    Também é verdade, como bem mostrou o Ludwig, que alguns órgãos tendem a deteriorar-se e a perder a sua função, o que também corrobora o que a Bíblia diz sobre a corrupção que afecta toda a natureza criada.

    Não existe verdadeiramente qualquer prova da evolução.

    O que existe, como o Ludwig reconhece, é um conjunto de modelos evolucionistas que partem do princípio de que existiu a evolução (embora sem provar a evolução) e depois procuram interpretar os dados a partir desses modelos.

    Às vezes as coisas parecem encaixar na teoria da evolução, já que esta também se adapta aos dados observados.

    Outras vezes não, como quando surgem tecidos moles em ossos não fossilizados de T.Rex, de Hadrossauros, ou quando surgem fósseis de camarões alegadamente com 300 milhões de anos mas em tudo idênticos aos camarões actuais.

    Contrariamente ao que diz o Ludwig, a Bíblia tem efectivamente uma teoria.

    Ela diz que Deus criou o mundo em 6 dias e a verdade é que desde então a energia do Universo permanece constante.

    Ela diz que a vida foi criada inteligentemente, e a verdade é que a vida depende de informação codificada.

    Ela diz que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género e é isso que nós vemos em todos os casos.

    Ela diz que o mundo está afectado pela corrupção e a verdade é que as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade de informação codificada no genoma.

    Ela diz que existiu um dilúvio global, e a verdade é que existem triliões de fósseis de seres vivos, na sua maioria marinhos, abruptamente sepultados nos cinco continentes.

    Dizer que a Bíblia é incompatível com o conhecimento científico é um disparate.

    Aqui o Ludwig erra.

    O conhecimento científico postula a estrutura racional do Universo, da vida e do ser humano.

    Sem esses postulados a ciência nem sequer é possível.

    A Bíblia afirma a verdade desses postulados e explica porque é que eles são verdadeiros: o Universo, a vida e o homem foram criados racionalmente por um Deus racional.

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  11. O LUDWIG E OS PROBLEMAS COM A EVOLUÇÃO DOS TUBARÕES

    O Ludwig invocou os dentes do tubarão como evidência de que o mesmo nunca poderia ter sido criado para se alimentar apenas de plâncton.

    No caso dos tubarões brancos, que se alimentam de focas, tartarugas e grandes peixes (e por vezes atacam o homem) a dentada é bem mais poderosa do que a dos leões, compreendendo-se a dificuldade de compreender um estado inicial em que essa dentição não servia para comer carne.

    No entanto, ainda hoje animais com dentes e garras afiados se alimentam apenas de frutos e vegetais, não havendo qualquer incompatibilidade estrutural, científica e lógica entre uma coisa e outra.

    Nem o Ludwig consegue avançar com alguma objecção dessa natureza.

    Além disso, o invocar a mandíbula do tubarão a favor da teoria da evolução simplesmente não funciona.

    Longe disso. Os evolucionistas admitem que as suas teorias sobre a hipotética evolução do tubarão estão cheias de lacunas.

    Em primeiro lugar, existe ampla evidência fóssil de que os tubarões além de ingerirem plâncton no passado, eram ainda maiores do que os que existem actualmente.

    Em segundo lugar, o hipotético ancestral do tubarão branco no registo fóssil aparece, de acordo com as datações uniformitaristas e naturalistas dos evolucionistas, algures entre 25 milhões de anos atrás (ma) e 1,6 milhões de anos, sendo que os evolucionistas o descrevem como muito semelhante aos modernos tubarões.

    Trata-se do Carcharodon megalodon, até maior do que os actuais tubarões brancos.

    Ou seja, a melhor explicação para a origem do tubarão continua a ser a bíblica.

    Ele foi criado por Deus com grande informação genética, tendo-se especializado para comer carne a partir do momento em que, num mundo corrompido, isso se tornou necessário á sua subsistência.

    No processo perdeu inclusivamente robustez.

    O mesmo vale para os demais animais e até para os seres humanos.

    Em terceiro lugar, os tubarões são maravilhas de design inteligente.

    Por um lado, têm uma estrutura anatómica adequada à navegação. A mesma tem inspirado os engenheiros no design de barcos, aviões e helicópteros.

    Além disso, os tubarões desenvolveram a capacidade de realizar cálculos matemáticos extremamente complexos para conservar a sua energia e conseguirem nadar sem ir ao fundo. Parece fácil, mas deixa os cientistas deslumbrados.

    Referências:

    Giant Plankton-Eating Fishes Roamed Prehistoric Seas, Fossil Evidence Shows
    ScienceDaily (Feb. 28, 2010)

    Secrets of Sharks' Success: Flexible Scales Enable Fast Turning
    ScienceDaily (Nov. 24, 2010)

    Whale Sharks Use Geometry to Avoid Sinking
    ScienceDaily (Nov. 27, 2010)

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  12. O LUDWIG ERRA: AS FALÉSIAS DE DOVER, O MEDITERRÂNEO E O DILÚVIO GLOBAL

    Nos seus debates “criação v. evolução”, depois de afirmar que gaivotas dão gaivotas (tal como a Bíblia ensina!) o Ludwig apresentava as falésias de Dover como exemplo de evolução.

    Nunca se percebeu bem qual a relação entre uma coisa e outra, nem ela era explicada, e infelizmente não havia tempo para discutir a questão ao pormenor.

    No entanto, também nesta matéria a abordagem do Ludwig se mostra desadequada.

    Diferentemente, a abordagem bíblica, que afirma a ocorrência de um dilúvio global, apresenta-se bastante mais promissora para explicar as falésias de Dover.

    Dois aspectos devem ser salientados.

    Em primeiro lugar, tudo indica que as falésias de Dover são parte de um complexo mais vasto, com ligações a formações rochosas no Médio Oriente e nos Estados Unidos.

    Disso existe evidência crescente.

    Em segundo lugar, um estudo anglo-francês recente veio confirmar que a França e o Reino Unido estavam ligados entre si há cerca de 500 000 anos atrás (na desadequada cronologia uniformitarista dominante) tendo um pré-histórico “super-rio”, ou “mega-dilúvio”, aberto um canal de separação entre ambos: o Canal da Mancha.

    Foi nesse contexto, de muita água em pouco tempo e não de pouca água em muito tempo, que foram formadas as Falésias de Dover.

    Os cientistas ingleses e franceses dizem que as mesmas são o resultado de “eventos dramáticos”.

    É claro que ninguém viu a formação das Falésias de Dover há centenas de milhares de anos atrás, em três eventos distintos separados no tempo.

    No entanto, mais de 200 culturas da antiguidade falam da ocorrência de um dilúvio global, pelo qual Deus castigou a humanidade, um único evento sem qualquer paralelo na história da Terra.

    Ou seja, as Falésias de Dover nada têm que ver com hipotética evolução nem com a demonstração da extrema antiguidade da Terra, na medida em que, de acordo com as datações uniformitaristas, terão sido formadas há escassas centenas de milhares de anos, o que é recentíssimo mesmo para quem aceite essas datações.

    Do ponto de vista de quem acredita na ocorrência de um dilúvio global (de que dão testemunho mais de 200 relatos das mais diversas culturas e civilizações antigas) não deixa de ser significativo o facto de a evidência demonstrar que as Falésias de Dover foram criadas por um “super-rio” ou “mega-dilúvio”.

    Curiosamente, uma notícia recente dá conta de que o Mediterrâneo foi cheio de água em muito pouco tempo.

    A existência dessa evidência não surpreende nenhum criacionista bíblico.

    Referências:

    How a Pre-Historic “Super River” Turned Britain Into na Island Nation, Daily Mail, 30 de Novembro de 2009

    Mega-Flood filled de Mediterranean in Months, New Scientist, 9 de Dezembro de 2009

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  13. O LUDWIG ERRA: RETINA INVERTIDA E PSEUDO-CIÊNCIA DESACTUALIZADA

    A ideia de que os olhos têm a retina virada ao contrário, sendo evidência de mau design, é absurda, pelos seguintes motivos.

    A retina é uma maravilha de design, responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido da visão.

    Ela tem sido comparada a uma tela onde se projectam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos eléctricos enviados pelo nervo óptico.

    Os cientistas estimam que dentro de cada retina há cerca de 120 milhões de foto-receptores (cones e bastonetes) que libertam moléculas neurotransmissoras a uma taxa que é máxima na escuridão e diminui, de um modo proporcional (logarítmico), com o aumento da intensidade luminosa.

    Esse sinal é transmitido depois à cadeia de células bipolares e células ganglionares.

    Graças à retina, o olho, tal como uma câmara de vídeo altamente sofisticada, dispõe de uma camada sensível à luz que permite o ajustamento à diferente intensidade de luminosidade.

    No entanto, diferentemente do que sucede com uma câmara, a retina pode mudar automaticamente a sua sensividade à luz num arco de 10 mil milhões para um.

    As células foto-receptoras da conseguem detectar luz com uma intensidade tão diferente com a da neve iluminada pelo sol ou um simples fotão (a mais pequena unidade de luz). Além disso, o olho humano tem a capacidade de auto-reparação, diferentemente do que sucede com as câmaras de vídeo.

    Tudo, evidentemente, dependente de informação codificada no genoma, por sinal altamente complexa e especificada.


    A inversão da retina nos vertebrados assegura a sua protecção, atrás de uma camada de nervos e outras células, contra os efeitos nocivos da luz, especialmente em ondas curtas, e do calor gerado pela focagem da luz.

    Além disso, as células foto-receptoras estão directamente em contacto com os necessários nutrientes.


    Por outro lado, o globo ocular cobre uma parte da retina exposta à luz optimizando a capacidade de captar os fotões necessários à formação da imagem, optimizando a respectiva resolução. Longe de considerarem evidência de mau design, os cientistas reconhecem que a retina obedece a princípios de optimização.


    A evidência científica mostra que existe espaço suficiente no olho para todos os neurónios e sinapses e tudo mais, e que ainda assim as células Müller podem captar e transmitir tanta luz quanto possível, num complexo e sofisticadíssimo sistema de fibras ópticas existentes no olho humano.
    Este, entre outras coisas, tem um sistema de “steady shot” e visão a cores.

    O olho humano depende, além disso, de uma complexa organização cerebral, através de uma divisão por compartimentos sensíveis a diferentes cores e orientações.


    Uma coisa é certa. O Ludwig está cientificamente desactualizado. Um suposto especialista em pensamento crítico não deveria aceitar o que lhe dizem de forma tão acrítica. O Ludwig pode inventar defeitos à retina.

    Mas o certo é que é por ela funcionar que ele pode ver. E devia estar grato por isso, em vez de por defeitos onde eles não existem.

    Referências:

    New Light Shed on How Retina's Hardware Is Used in Color Vision
    ScienceDaily (Mar. 9, 2010)

    Important Brain Area Organized by Color and Orientation
    ScienceDaily (Nov. 22, 2010)

    How The Retina Works: Like A Multi-Layered Jigsaw Puzzle Of Receptive Fields
    ScienceDaily (Apr. 7, 2009)

    Visual Detection: New Neural Circuits Identified In The Retina
    ScienceDaily (Sep. 17, 2009)


    New Light Shed on How Retina's Hardware Is Used in Color Vision
    ScienceDaily (Mar. 9, 2010)

    MicroRNA Expression and Turnover Are Regulated by Neural Activity in the Retina and Brain
    ScienceDaily (June 1, 2010)


    Six3 Gene Essential for Retinal Development, Scientists Show
    ScienceDaily (Sep. 26, 2010)

    From Eye to Brain: Researchers Map Functional Connections Between Retinal Neurons at Single-Cell Resolution
    ScienceDaily (Oct. 6, 2010) —

    Important Brain Area Organized by Color and Orientation
    ScienceDaily (Nov. 22, 2010)

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  14. O LUDWIG ERRA SOBRE A INFORMAÇÃO NO GENOMA MAS RECEBE AJUDA DO SEU DIRECTOR ESPIRITUAL RICHARD DAWKINS

    Os criacionistas usam um raciocínio simples e irrefutável.

    1) Um código e informação codificada têm sempre origem inteligente (nunca ninguém desmentiu isso com base numa observação)

    2) A vida depende de um código e de informação codificada de extrema complexidade e densidade (nunca ninguém desmentiu isso com base numa observação)

    3) Então, a única conclusão científica e racional é que a vida teve uma origem inteligente.

    É claro que o Ludwig tentou desmentir 1) dizendo que a chuva cria códigos!

    É uma afirmação demasiado estúpida para ser levada a sério (o Ludwig recuou e retirou essa calinada!)

    Também tentou desmentir 2) dizendo que o código genético não é mais do que a descrição humana de reacções químicas.

    Também é uma afirmação demasiado estúpida para ser levada a sério.

    O código genético é o programa com as instruções para definir as reacções químicas necessárias à produção e reprodução de diferentes seres vivos altamente complexos.

    O código genético, contido numa fita de dupla hélice milhares de vezes mais fina do que um cabelo, codifica as instruções para criar as cerca de 100 000 proteínas diferentes que existem no nosso corpo, permitindo o desenvolvimento integrado de todos os seus órgãos e sistemas.

    A despeito da corrupção da natureza física, o DNA tem um sistema de correcção automática que só falha em 1 em cada 10 mil milhões de nucleótidos que são lidos.

    Não é o código genético que deve a sua existência aos cientistas.

    São os cientistas que devem a sua existência ao código genético.

    Esta é a grande confusão (eventualmente deliberada) do Ludwig.

    Talvez Richard Dawkins, o director espiritual do Ludwig, possa explicar esta matéria ao seu acólito.

    As letras do código genético são as bases químicas ACGT; as palavras são os codões; as frases são os genes e os capítulos são os cromossomas. Isto, para não falar da informação epigenética.

    Dawkins reconhece que a genética se transformou num domínio da tecnologia da informação.

    Ele afirma que o código genético é verdadeiramente digital, exactamente como os códigos informáticos.

    Para ele, isso não é uma analogia vaga. É literalmente assim.

    Nas palavras de Dawkins, o DNA transporta informação de forma semelhante aos computadores, sendo possível medir a capacidade do genoma em bits.

    Há uns anos atrás estimou-se que o DNA tem uma densidade volumétrica de 0.94 x 10^21 letras/cm^3 e uma densidade informativa estatística de 1.88 x 10^21 bits/cm^3. E isto é uma estimativa por baixo.

    Para Dawkins, o DNA não usa um código binário, como 0 e 1, sendo antes um código quaternário em que as unidades de informação são os nucleótidos ACGT.

    Para sublinhar como a vida depende de informação codificada, Richard Dawkins, no seu último livro, “The Greatest Show On Earth; Evidence of Evolution”, New York, Free Press, 2009, p. 405, diz claramente que:

    “a diferença entre vida e não vida não é uma questão de substância, mas de informação. Os seres vivos contêm quantidades prodigiosas de informação.

    A maior parte dessa informação está digitalmente codificada no DNA, e existe ainda uma quantidade substancial codificada de outros modos”.

    Ou seja, para Dawkins, tal como para os criacionistas, a vida depende de informação codificada no genoma.

    É exactamente isso que nós dizemos na afirmação 2).

    Portanto, se 1) e 2) são verdadeiras, então 3) é a única conclusão racional.

    Por isso dizemos que o ateísmo é errado e irracional.

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  15. LUDWIG KRIPPAHL (LK), O INCAUTO CIDADÃO (IC) AS “ALEGAÇÕES INFUNDADAS DOS CRIACIONISTAS”, O “MÉTODO CIENTÍFICO”, O “CONSENSO DOS BIÓLOGOS” E A SUA “ABORDAGEM DOS PROBLEMAS”

    LK: Sabes, estou convencido que os micróbios se transformaram em microbiologistas ao longo de milhões de anos e que os criacionistas fazem alegações infundadas acerca dos factos. Eles não têm nenhuma teoria!

    IC: A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!! Quais são as tuas? Se forem realmente boas, convencerão certamente os criacionistas!

    LK: É simples! O meu “método científico”, o meu “naturalismo metodológico”, o meu “empírico”, a minha “abordagem dos problemas”, o “consenso dos biólogos” são infalíveis.

    Se os criacionistas soubessem bioquímica, biologia molecular, genética, etc., poderiam observar que:

    1) moscas dão… moscas

    2) morcegos dão… morcegos

    3) gaivotas dão… gaivotas

    4) bactérias dão… bactérias

    5) escaravelhos dão… escaravelhos

    6) tentilhões dão… tentilhões

    7) celecantos dão… celecantos (mesmo durante supostos milhões de anos!)

    8) guppies dão… guppies

    9) lagartos dão… lagartos

    10) pelicanos dão… pelicanos (mesmo durante supostos 30 milhões de anos!)

    IC: Mas...espera lá! Não é isso que a Bíblia ensina, em Génesis 1, quando afirma, dez vezes, que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género? Os teus exemplos nada mais fazem do que confirmar a Bíblia!

    LK: Sim, mas os órgãos perdem funções, total ou parcialmente, existem parasitas no corpo humano e muitos seres vivos morrem por não serem suficientemente aptos…

    IC: Mas…espera lá! A perda total ou parcial de funções não é o que Génesis 3 ensina, quando afirma que a natureza foi amaldiçoada e está corrompida por causa do pecado humano? E não é isso que explica os parasitas no corpo humano ou a morte dos menos aptos? Tudo isso que dizes confirma Génesis 3!

    Afinal, os teus exemplos de “método científico”, “naturalismo metodológico”, “empírico”, “abordagem dos problemas”, “consenso dos biólogos” corroboram o que a Bíblia ensina!! Como queres que os criacionistas mudem de posição se os teus argumentos lhes dão razão?

    Não consegues dar um único exemplo que demonstre realmente a verdade aquilo em que acreditas?

    LK: …a chuva cria informação codificada…

    IC: pois, pois… as gotas formam sequências com informação precisa que o guarda-chuva transcreve, traduz, copia e executa para criar máquinas para fabricar disparates no teu cérebro… cá para mim estás chumbado a pensamento crítico!


    P.S. Todas as “provas” da evolução foram efectivamente usadas pelo Ludwig!

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  16. O LUDWIG ERRA: ORIGEM ALEATÓRIA DA INFORMAÇÃO CODIFICADA NO GENOMA?

    De um modo geral, os criacionistas têm vindo a sustentar, com base nas observações científicas e na teoria da informação que:

    a) Toda a informação codificada tem origem inteligente

    b) A vida depende de informação codificada

    c) A vida só pode ter tido inteligente

    É só lógico. Se a) e b) forem verdadeiros, c) é a única conclusão racionalmente sustentável.

    Este argumento tem-se revelado irrespondível.

    É impossível refutar empiricamente a) e b), pelo que c) é a única conclusão racional.



    Recentemente, alguns cientistas (v.g. Lehmann, Cibils e Libchaber) fizeram mais uma tentativa nesse sentido, através de uma experiência científica documentada no final deste texto.

    Essa experiência baseou-se no design inteligente de um algoritmo capaz de alterar, de forma gradual, a concentração de cada molécula, procurando levar os tRNA’s a traduzir codões de forma não aleatória.

    O objectivo era refutar a afirmação a), já que a b) é irrefutável e c) é a única conclusão lógica baseada na evidência de a) e b).

    Mas sem sucesso.

    O problema dessa experiência é que o código genético armazena quantidades inabarcáveis de informação altamente complexa, integrada e precisa, cuja origem acidental nem toda suposta a idade do Universo (15 mil milhões de anos) tornaria possível.

    Hoje sabe-se que muito do suposto “junk-DNA” tem, afinal, informação epigenética muito importante para regular a informação genética.

    O problema é saber como é que as moléculas, sem qualquer ajuda inteligente, poderiam levar a uma associação precisa dos RNA correctos aos aminoácidos correctos.

    O modelo teórico apresentado não consegue prescindir de intelligent design.

    Em todo o caso, os autores da experiência não deixaram de reconhecer que a ligação dos tRNA’s ocorre graças a algumas enzimas que fazem a ligação entre código genético e o código proteico.

    Eles não deixam admitir que o problema é tão complicado como o da galinha e do ovo.

    Os próprios autores do estudo estão conscientes dos limites da sua abordagem, quando afirmam:

    “Although these facts are fundamental, and have inspired scenarios for the evolution and the expansion of the code, evolutionary considerations may not, in essence, provide an answer to the origin of the code (since it is a prerequisite for biological evolution).”

    O estudo em causa nada diz sobre a origem da informação codificada no genoma.

    O sistema genético da dita experiência mais não faz do que traduzir lixo genético.

    De resto, eles mesmo reconhecem que:

    “Although the molecular organization of genetic code is now known in detail, there is still no agreement on the reason(s) for which it has emerged.”

    Ou seja, tanto quanto podemos demonstrar, a) e b) são verdadeiros. Pelo que c) continua a ser a única conclusão razoavelmente sustentável.

    Referência bibliográfica:

    Lehmann, Cibils and Libchaber, “Emergence of a Code in the Polymerization of Amino Acids along RNA Templates,” Public Library of Science One, 4(6): e5773; doi:10.1371/journal.pone.0005773

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  17. O LUDWIG ERRA: VIOLA O DEVER DE RACIONALIDADE SEMPRE QUE AFIRMA A SUA EXISTÊNCIA

    A certa altura, o Ludwig referiu-se a um dever de racionalidade a que, alegadamente, todos estamos subordinados.

    O problema do Ludwig é que, por causa da sua visão ateísta e naturalista do mundo, não consegue justificar racionalmente a existência desse dever de racionalidade.

    Em primeiro lugar, se o nosso cérebro é o resultado acidental de coincidências físicas e químicas torna-se difícil ter certezas sobre a nossa própria racionalidade.

    Não é por acaso que o Ludwig se autodescreveu como “macaco tagarela” quando é certo que o próprio Charles Darwin punha em causa a fiabilidade das convicções que os seres humanos teriam se fossem descendentes dos macacos.

    Em segundo lugar, se Universo, a vida e o homem são fruto de processos cegos, aleatórios e irracionais, não se vê como é que de uma sucessão naturalista de acasos cósmicos pode surgir qualquer dever, e muito menos um dever de racionalidade.

    Já David Hume notava o que há de falacioso em deduzir valores e deveres (que são entidades imateriais) a partir de processos físicos.

    O Ludwig é o primeiro a dizer que não existem deveres objectivos e que toda a moralidade é o resultado, em última análise, de preferências subjectivas arbitrárias.

    Na verdade, se a visão ateísta do mundo estiver correcta, quando afirma que o Universo, a vida e o homem foram o resultado de processos irracionais, a ideia de que existe um dever de racionalidade é, em si mesma, totalmente arbitrária, porque destituída de qualquer fundamento racional.

    Ou seja, o Ludwig mostra a sua irracionalidade porque sempre que afirma o dever de racionalidade o faz sem qualquer fundamento racional.

    Ele viola o dever de racionalidade sempre que afirma a sua existência.

    O dever de racionalidade existe apenas se for verdade que o Universo e a vida foram criados de forma racional por um Deus racional que nos criou à sua imagem e semelhança e nos dotou de racionalidade.

    Apesar da corrupção moral e racional do ser humano, por causa do pecado, continuamos vinculados por deveres morais e racionais porque eles reflectem a natureza do Criador.

    Daí o dever de racionalidade.

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  18. Estimados leitores.

    Apenas apresentei alguns poucos exemplos dos muitos erros do Ludwig que tenho documentados.

    Não quero abusar da vossa paciência.

    Por um lado, poderão rever alguns momentos altos do debate.

    Por outro lado, poderão compreender o quão agradável e mesmo divertido que ele tem sido para os criacionistas.

    O Ludwig é mesmo cómico com todas as afirmações irreflectidas que faz e que o tornam presa fácil em qualquer debate...

    Prometo que para a próxima dou conta daquele momento alto em que o Ludwig, talvez para provar com maior veemência a evolução, e mostrar que ela ainda não atingiu o seu ponto de chegada, disse que eke era um Macaco Tagarela!!

    É verdade, ele disse isto!!

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  19. Alfredo,

    Proponho, apresentando os comentários imediatamente acima como evidência, que são os crentes quem elimina a possibilidade de distinguir entre a religião e a sua caricatura. (Ver também Lei de Poe)

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  20. "é provável que o que ensino aos meus alunos faça com que haja menos pessoas crentes em astrologia, cristianismo, vidência, hinduismo ou a teoria de que os bebés vêm transportados por cegonhas."

    Se não tem consciência da gravidade do que escreveu então é porque descolou completamente do mundo real. O Ludwig não é só um professor universitário. É presidente da Associação Ateísta Portuguesa. Quando escreve uma barbaridade daquelas está a colocar em causa a imparcialidade da abordagem da matéria religiosa nas suas aulas. Fico por aqui porque aquela frase tem outras implicações verdadeiramente assustadoras!

    É extraodrinário como pessoas supostamente inteligentes cometem erros tão infantis!!!!

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  21. António Parente,

    «Quando escreve uma barbaridade daquelas está a colocar em causa a imparcialidade da abordagem da matéria religiosa nas suas aulas.»

    Pelo contrário. As queixas que me têm dirigido aqui no blog, a respeito de Pensamento Crítico, são precisamente por abordar a matéria religiosa com a mesma imparcialidade com que abordo qualquer outra matéria. E é esta imparcialidade que poderá fazer com que se torne menos provável que pessoas com educação superior adiram, pela fé, a uma qualquer religião.

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  22. Isso de pessoas com educação superior não aderirem a uma fé é falacioso. Não me aponte sondagen ou estatísticas porque simplesmente considero-as tendenciosas. Não aceito as que dizem ser todos os inteligentes ateus tal como não aceito as que dizem ser todos os inteligentes crentes.

    Se coloca o Cristianismo ao lado da astrologia, da vidência ou das cegonhas não está a ser imparcial. Está a manipular quem o lê, porque ao colocar tudo no mesmo plano enão está a transmitir uma posição científica mas uma opinião pessoal.

    Não vou discutir mais este assunto consigo. Vou deixar de ler o seu blogue. A partir do momento em que enviar esta mensagem e fechar o browser.

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  23. Eu acho que este ambiente de crise económica anda a deixar os crentes com uma crise de identidade.
    Anda por aí muita dor d'espírito.

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  24. Não quero abusar da vossa paciência.

    Imaginem se quisesse

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  25. Isso das estatísticas/estudos que provam que pessoas mais educadas (indo mais além e citando o que já foi várias vezes dito aqui: "mais inteligentes")não são crentes é o argumento mas vazio que tenho encontrado.

    Por essa lógica de ideias posso chegar facilmente a(s) seguinte(s) conclusão (oes)

    - O Clero é uma classe não educada
    - Hoje em dia há mais ateus do que antigamente logo antigamente as pessoas eram mais burras

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  26. "Não vou discutir mais este assunto consigo. Vou deixar de ler o seu blogue. A partir do momento em que enviar esta mensagem e fechar o browser."

    LOL

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  27. "Não me aponte sondagen ou estatísticas porque simplesmente considero-as tendenciosas."

    É isso Ludi, nem apotnes provas, nem conclusões logicas, nem probablidades fundadas, porque isso tudo é tendencioso. Se tens alguma dúvida, pergunta ao padre ou ao Perspectiva. Hilariante.

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  28. Dr. Anacoreta,

    - Hoje em dia há mais ateus do que antigamente logo antigamente as pessoas eram mais burras

    Não, eram menos educadas. Isto é, tinham menos conhecimentos, porque também havia menos conhecimento que pudesse ser adquirido.

    - O Clero é uma classe não educada

    Essa conclusão depende da premissa não demonstrada de ser o clero constituído por crentes. Coisa que de resto parece pouco provável (pelo menos, nos níveis superiores).

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  29. "Se coloca o Cristianismo ao lado da astrologia, da vidência ou das cegonhas não está a ser imparcial."

    Como é evidente, já devias ter percebido que a única «Verdade» é a do AP. É a única que não carece de fudnamento, nem explicação, nem provas e lava tudo mais branco. És mesmo obtuso, mano.

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  30. Dr. anacoreta

    Como chega Às conclusões fáceis que tira é para mim um mistério, pode detalhar ? Ficarei mais conhecedor dos mistérios insondáveis dos erros de lógica. faça o favor

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  31. António Parente,

    «Isso de pessoas com educação superior não aderirem a uma fé é falacioso.»

    Não pode. Não sendo uma inferência, ou é verdadeiro ou é falso, mas falacioso não pode ser.

    «Não me aponte sondagen ou estatísticas porque simplesmente considero-as tendenciosas.»

    São sempre tendenciosas ou apenas quando são contrárias aos seus preconceitos?

    «Não aceito as que dizem ser todos os inteligentes ateus»

    Nunca vi uma assim. Mas o que digo é que há uma correlação inversa entre religiosidade e educação. Nem educação é o mesmo que inteligência, nem uma correlação obriga a que todos sejam isto ou aquilo.

    «Se coloca o Cristianismo ao lado da astrologia, da vidência ou das cegonhas não está a ser imparcial.»

    Ser imparcial é colocar, à partida, todas as hipóteses em pé de igualdade. É depois, pelo peso das evidências, que umas se destacam e outras ficam para trás. E é isto que tanto incomoda os crentes que preferem descartar como tendenciosas as sondagens que desagradam...

    «Não vou discutir mais este assunto consigo. Vou deixar de ler o seu blogue. A partir do momento em que enviar esta mensagem e fechar o browser.»

    Claro. É a forma mais correcta e racional de resolver qualquer problema.

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  32. António Parente,

    Já agora, não posso deixar de apontar como positivo o progresso que tem feito. Vai-se embora para sempre, como das outras vezes todas, mas desta vez não apagou os seus comentários.

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  33. Pena do dia, morreu o actor leslie nielson que muito me fez rir na altura.

    Uma bela altura de se finar, na altura em que as coisas começam de facto a deixar de ter piada :)

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  34. Nota que ao contrário das cegonhas que como todos sabem existem, cristo e outras fábulas são de prova mais difícil.

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  35. "Mas o que digo é que há uma correlação inversa entre religiosidade e educação"

    Essa é velha. Desde, pelo menos, o iluminismo do sec. XVIII, há quem tenha enrouquecido a gritar isso. Chá de limão com mel faz-lhe bem à garganta, Ludwig. E ler este livro também:

    http://www.amazon.com/God-Back-Global-Revival-Changing/dp/1594202133

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  36. António Parente:

    "Vou deixar de ler o seu blogue"


    Não, não acredito.

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  37. Falta de Fé

    Não empobrece ninguém

    Assim como não enrica

    Ao romper da bela aurora

    Sai o pastor da choupana

    Vem cantando em altas vozes

    Muito padece quem ama



    Muito padece quem ama

    Mais padece quem namora

    Sai o pastor da choupana

    Ao romper da bela aurora

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  38. Ludwig,

    Que tipo de evidências te convenceriam de que o suporte espiritual judaico-cristão é benéfico para os pacientes que o requisitem?

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  39. "Quem adere a uma religião compromete-se não só a aceitar como verdade hipóteses sem qualquer fundamento, mas também a condenar como imoral a sua rejeição. Por exemplo, que o menino Jesus criou todo o universo e que quem não acreditar nisso merece uma eternidade no inferno."

    Cá está o espantalho. Não é nada assim, pá. Aliás, é por pensarem assim que não me espanta nada que não acreditem em nada. Isso é um equívoco tremendo!

    Tenham lá paciência, mas discutir caricaturas não tem grande interesse.

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  40. Nimbos e Cirros,

    Se não percebes de lógica, começa pelas bases. Não há mistério nenhum.

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  41. «Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.» 1 Pedro 2:24

    Ver, por exemplo, Mateus 8.

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  42. http://www.conservapedia.com/Poe's_law
    «Generally speaking, leading evolutionists generally no longer debate creation scientists because creation scientists tend to win the debates.»
    «Poe's law is a symptom of liberals illogical and superstitious thinking»

    Essa do Poe é uma superstição ateísta invocada quando não têm resposta. Ainda não vi resposta ao Mats e se "respondessem", provavelmente seria com "Poe's Law". Cristãos podem ser ignorados, mas não irão ficar calados enquanto existirem mentiras ateístas, como a mentira de que não existem cristãos inteligentes. Infelizmente parece que um irmão perdeu a paciência e optou por não voltar. Oro para que Deus lhe dê forças.

    ResponderEliminar
  43. Mats (obrigado ao Cristão Verdadeiro por apontar que faltava resposta a isto)

    «Que tipo de evidências te convenceriam de que o suporte espiritual judaico-cristão é benéfico para os pacientes que o requisitem?»

    O mesmo tipo que para qualquer terapia. Basta um estudo controlado, duplamente cego, com resultados significativos, preferivelmente seguido de confirmação independente.

    Mas nota que não basta que seja benéfico. Tem de ser mais benéfico que as alternativas que possam ser pagas com o dinheiro que os padres recebem, e tem que ser algo que não se possa obter sem que seja o Estado a pagá-lo. Só isso justificaria o SNS gastar dinheiro com essas coisas.

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  44. «...como a mentira de que não existem cristãos inteligentes»

    Tendencialmente, para além de burros nem compreendem questões básicas de estatística ;).

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  45. Ludwig,

    «Que tipo de evidências te convenceriam de que o suporte espiritual judaico-cristão é benéfico para os pacientes que o requisitem?»

    O mesmo tipo que para qualquer terapia. Basta um estudo controlado, duplamente cego, com resultados significativos, preferivelmente seguido de confirmação independente.


    Mas há vários estudos deste calibre feito por cientistas sérios, que demonstram que a religiosidade judaico-cristã produz efeitos positivos nos seus praticantes.

    Olha aqui alguns:

    1. Religious Faith Helps Cancer Patients


    2. Most doctors believe that faith helps patients cope

    "More than half of physicians say religion and spirituality influence patients' health, and three in four doctors believe that religious beliefs help patients cope and provide a positive outlook, according to a new study.

    "The influence is substantial, and the large majority generally believe it's positive," said Farr A. Curlin, MD, assistant professor of medicine at the University of Chicago and lead author of the study in the April 9 Archives of Internal Medicine."

    Portanto temos aqui um (de muitos) estudos que atinge os teus requerimentos:

    1. Estudo controlado

    2. Resultados significativos,

    3. Confirmação independente

    Uma vez que isto é assim, será que a maioria dos portugueses deste país pode contar contigo para suportar empreendimentos que visem ajudar os pacientes a ter uma estadia hospitalar menos dolorosa fornecendo-lhes (mediante requisição) ajuda espiritual?

    Ou vais continuar a lutar contra medidas que a ciência mostra serem benéficas apenas e só porque essa medidas são fortemente cristãs?

    Dito de outra forma,

    * o que é mais importante para ti: restringir a influência cristã na sociedade ou a saúde dos doentes?

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  46. Mats,
    certamente não percebeste o que é o estudo de uma terapia.
    Aquilo que apresentas não têm nada a ver com isso.
    Não são estudos controlados (que variáveis é que são controladas nos "estudos" que citaste) não são duplamente cegos, os resultados são ambiguos e não reflectem o efeito de terapia nenhuma e muito menos foram object de uma confirmação independente.
    O segundo caso é pra rir mesmo !!! aquilo que referes como estudo não é mais que um inquérito de opinião

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  47. Este é um artigo de revisão por par interessante, bem diferente dos links fornecidos pelo @Mats e em português brasileiro:

    http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/53/16_Oracao_e_cura.pdf

    Agora, gostaria de levantar as seguintes questões: porque a oração precisa necessariamente partir de alguém pago pelo estado? Ela não poderia ser realizada de graça? Aliás, orações pagas possuem o mesmo efeito que orações sinceras, ou portanto, gratuitas?

    @Cristão Verdadeiro

    "Essa do Poe é uma superstição ateísta invocada quando não têm resposta."

    Yep. A Lei de Poe não é algo exclusivamente ateísta. Já me cansei de ver evangélicos rindo dos ritos católicos, e vice-versa.

    @Mats

    * o que é mais importante para ti: restringir a influência cristã na sociedade ou a saúde dos doentes?

    Não sei qual vai ser a resposta do @Ludwig Krippahl, mas posso dar a minha opinião: a saúde dos doentes é mais importante que a preciosa influência cristã. Afinal, não são apenas cristãos que ficam doentes.

    E enquanto a um muçulmano? Será que a saúde dele não pioraria, já que ele é um herege à luz da religião cristã?

    E se ele for Indu? Talvez ele até sinta um pouco de graça, já que Jesus é um dos muitos deuses que existem.

    Ateu? Obrigado, mas não obrigado - prefiro canja de galinha.

    Agora vejo o quanto a mente religiosa fundamentalista é estranha: ela não enxerga nada além da religião na qual foi criada.

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  48. Demente,

    * o que é mais importante para ti: restringir a influência cristã na sociedade ou a saúde dos doentes?

    Não sei qual vai ser a resposta do @Ludwig Krippahl, mas posso dar a minha opinião: a saúde dos doentes é mais importante que a preciosa influência cristã.



    Não me lembro de ver essa opção entre as oferecidas, mas fica o meu comentário:
    * Os dados médicos mostram que a religiosidade judaico-cristã tem efeitos benéficos nas pessoas que o seguem voluntariamente.
    * O militante ateu Ludwig diz que nada disto deveria acontecer e que o Estado não tem nada que suportar os encargos de ajuda espiritual a quem o requisite.

    A pergunta é:
    * Deve-se seguir o que o Ludwig quer, e deixar de lado bons procedimentos de ajuda aos pacientes apenas e só porque esses procedimentos estão associados ao Cristianismo ou deve-se ignorar o ateísmo, e seguir o que os dados médicos demonstram deixando o Estado suportar o em cima mencionado suporte espiritual a quem assim o deseje?

    Se não és ateu, então esta pergunta não te concerne. Se vais responder, então fálo dentro das opções descritas.

    Lembra-te: o militante ateu Ludwig pensa que está errado o Estado financiar os que querem ajudar espiritualmente os doentes. (Supostamente isso viola uma nova definição de "laicidade" que ele e os militantes ateus inventaram.)

    Quid juris?

    ResponderEliminar
  49. @Mats

    Não me lembro de ver essa opção entre as oferecidas,(...)

    E enquanto à proposta de usar o dinheiro que seria aplicado na "ajuda espiritual" em remédios? Orações são baratas, remédios não, com a vantagem de que remédios funcionam independente da religião do paciente.

    * Os dados médicos mostram que a religiosidade judaico-cristã tem efeitos benéficos nas pessoas que o seguem voluntariamente.

    Yep. Os dados médicos indicam que qualquer tipo de religiosidade parece possuir um impacto sob a taxa de recuperação das pessoas, seja um efeito bom ou ruim (sim, já foram observados efeitos daninhos da religiosidade (1)).

    * O militante ateu Ludwig diz que nada disto deveria acontecer e que o Estado não tem nada que suportar os encargos de ajuda espiritual a quem o requisite.

    Que, pelo visto, deveria ser algo fornecido com recursos da própria religião - não são apenas cristãos que pagam impostos, e é injusto que uma terapia exclusivamente cristã seja paga com o dinheiro de ateus, muçulmanos, judeus, etc.

    Isso se ela realmente funcionasse.

    * Deve-se seguir o que o Ludwig quer, e deixar de lado bons procedimentos de ajuda aos pacientes apenas e só porque esses procedimentos estão associados ao Cristianismo ou deve-se ignorar o ateísmo, e seguir o que os dados médicos demonstram deixando o Estado suportar o em cima mencionado suporte espiritual a quem assim o deseje?

    Sua pergunta não faz sentido. Orações não são exclusividade cristã e, como ateu, não teria nada contra sua aplicação em tratamentos médicos, se elas funcionassem melhor que medicamentos.

    Se.

    Se não és ateu, então esta pergunta não te concerne. Se vais responder, então fálo dentro das opções descritas.

    Errado. Mesmo que eu não possua religiosidade, ela é irrelevante para a discussão: eu poderia ser judeu, indu ou muçulmano, a questão ainda seria a mesma.

    E ainda está em aberto a questão: uma ajuda espiritual paga possui o mesmo efeito de uma ajuda espiritual sincera, e por extensão, gratuíta?

    1 - http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/53/16_Oracao_e_cura.pdf

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  50. @Mats

    Lembra-te: o militante ateu Ludwig pensa que está errado o Estado financiar os que querem ajudar espiritualmente os doentes. (Supostamente isso viola uma nova definição de "laicidade" que ele e os militantes ateus inventaram.)

    E viola mesmo, pois um estado laico não é um estado sem religião, mas um estado desvencilhado da religião. Além disso, a laicidade foi inserida na constituição da maioria dos países democráticos, por políticos religiosos, justamente para evitar abusos do clero contra parte da população.

    Vide Afeganistão.

    Quid juris?

    A laicidade manda lembranças.

    Nota: Quid Juris, traduzida ao pé da letra, quer dizer "o quê de direito?". Informalmente, significa algo como "que Direito – que regra ou conceito ou interpretação da Lei – deve ser aplicado num caso concreto?".

    ResponderEliminar
  51. Mats,

    O primeiro estudo mostra que os pacientes em estado terminal que são mais religiosos pedem tratamentos mais agressivos, mas que «aggressive care did not predict any differences in survival and did not lead to a more pleasant end», o que sugere apenas uma menor capacidade de decidir com objectividade nessa situação difícil.

    O segundo é um inquérito à opinião dos médicos, segundo o qual «54% said a supernatural being intervenes at times».

    Mas agradeço o teu comentário, porque estava indeciso acerca da treta da semana :)

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  52. Ludwig,

    O primeiro estudo mostra que os pacientes em estado terminal que são mais religiosos pedem tratamentos mais agressivos, mas que «aggressive care did not predict any differences in survival and did not lead to a more pleasant end»


    Clara tentativa de mudar o foco da questão. O ponto não é "pessoas com fé religiosa ficam boas mais rapidamente do que ateus" mas sim "pessoas com fé religiosa tendem a superar melhor a sua condição médica do que os sem religião".

    "Strong religious faith can help terminally ill cancer patients to better handle and cope with their disease during their last weeks of life"
    .....

    O segundo é um inquérito à opinião dos médicos, segundo o qual «54% said a supernatural being intervenes at times».

    É só isso que o artigo de opinião diz?

    Então e esta parte?

    "More than half of physicians say religion and spirituality influence patients' health, and three in four doctors believe that religious beliefs help patients cope and provide a positive outlook, according to a new study.


    Ou seja, de acordo com um estudo, 75% dos médicos afirma que a espiritualidade ajuda os pacientes a lidar melhor com a sua condição.

    Se um dos papeis do Estado laico é criar as condições para que a população seja útil, próspera e realizada, qual é o problema no Estado comparticipar na tal ajuda espiritual a quem assim o deseje?

    Lembra-te, Ludwig: "laico" não quer dizer "anti-religioso". Como o Jairo e o Olavo de Carvalho tem escrito, para um Estado laico a variável "religião" não existe. Se é bom para a sociedade, então o Estado por comparticipar, independentemente de quem o propõe.

    Se um grupo de ateus se juntasse, e decidisse pedir financiamento estatal para proporcionar melhor apoio social aos ateus hospitalizados, o Estado laico nada teria contra isso - desde que se houvesse maneira de saber que tal ajuda ateísta tem de facto benefícios para quem os requisite.

    Imagina que tu és o director ateu dum hospital estatal. Um dos pacientes é um fervoroso católico às portas da morte. Num dos seus últimos dias de vida ele pede que o Estado requisite um padre para lhe dar algum tipo de apoio espiritual nos últimos momentos da sua vida?

    O que é que tu, como ateu, farias numa situação dessas? Aprovarias tal gesto ou negarias com base na tua definição de "laicidade"?

    Colocarias o teu ateísmo acima da saúde do paciente, ou colocarias o ateísmo de parte, e colocarias a saúde do paciente em primeiro plano?
    PS: Não me venhas com analogias do tipo "e se ele pedisse para sacrificar uma galinha no meio do hospital" porque 1) isso não faz parte da fé cristã e 2) um padre ter uma conversa com um homem às portas da morte é distinto matar galinhas no meio do hospital ou outra práctica pagã.

    ResponderEliminar
  53. A maioria dos médicos é testemunha de que a assistência cristã cura e o Ludwig defende o crime de negar o seu investimento!

    Este livro tem mais provas do poder da cura cristã: http://books.google.pt/books?id=mXRDdKciVbsC .

    Demente: «Já me cansei de ver evangélicos rindo dos ritos católicos, e vice-versa.»
    Quem são esses evangelicos que fazem Poe?

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  54. @Cristão Verdadeiro

    A maioria dos médicos é testemunha de que a assistência cristã cura e o Ludwig defende o crime de negar o seu investimento!

    Vá à Treta da Semana.

    Este livro tem mais provas do poder da cura cristã: http://books.google.pt/books?id=mXRDdKciVbsC .

    A grana tá curta este mês. Que tal um periódico online indexado?

    Quem são esses evangelicos que fazem Poe?

    Porque evangelico só critica catolico?
    Porque os evangélicos são tão criticados???
    E os padres gays de Arapiraca? Ninguém critica?

    E por aí vai...

    ResponderEliminar
  55. Demente, desculpe-me, mas pelo que eu tinha percebido, a Lei de Poe é a ideia de que não se pode distinguir uma caricatura de um "fundamentalista verdadeiro". O que mostraste foram uns tantos a dizerem que uns são criticados.

    Se não se consegue distinguir a caricatura do real, como é que sabem que a Lei de Poe é verdadeira? Sem provas e essa paranóia de que podem ser sátiras, mostram que é uma superstição que serve de meio para dizerem "Lei de Poe" sem terem de responder.

    Sei perfeitamente quem são os cristãos verdadeiros pelos seus frutos e eles todos sabem identificar-se do mesmo modo. Tenho é sérias dúvidas se os que se dizem "ateus" são realmente sérios naquilo que dizem defender, especialmente quando chega a hora do Senhor...

    ResponderEliminar
  56. @Cristão Verdadeiro

    Demente, desculpe-me, mas pelo que eu tinha percebido, a Lei de Poe é a ideia de que não se pode distinguir uma caricatura de um "fundamentalista verdadeiro". O que mostraste foram uns tantos a dizerem que uns são criticados.

    E é por isso mesmo que os exemplos que dei não deixam de possuir gente tirando sarro, ou será que você só leu os títulos?

    Se não se consegue distinguir a caricatura do real, como é que sabem que a Lei de Poe é verdadeira? Sem provas e essa paranóia de que podem ser sátiras, mostram que é uma superstição que serve de meio para dizerem "Lei de Poe" sem terem de responder.

    Então você está admitindo que a caricatura do fundamentalismo é indistinguível do fundamentalismo em si.

    Próximo!

    Sei perfeitamente quem são os cristãos verdadeiros pelos seus frutos e eles todos sabem identificar-se do mesmo modo. (...)

    É mesmo, eles não são cristãos de verdade... apesar de terem organizado comunidades cristãs no Orkut.

    Malditos caricaturistas...

    (...) Tenho é sérias dúvidas se os que se dizem "ateus" são realmente sérios naquilo que dizem defender, especialmente quando chega a hora do Senhor...

    Verdade. A maior parte das pessoas - perdoem o trocadilho - morrem de medo da morte, e inventam fugas psicológicas para enfrentar essa realidade.

    Como, por exemplo, inventar que ateus famosos, e até mesmo alguns religiosos importantes de outras religiões, converteram-se em seu leito de morte à sua própria religião.

    Um exemplo clássico de "ateu convertido no leito de morte":

    CESARE BORGIA: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”

    Muitos sites religiosos estampam essa frase como pertencente a um estadista, um assassino em massa, ateu, que viveu entre os séculos XV-XVI, e que exprimiu dessa forma seu arrependimento no leito de morte. Porém, uma pesquisa rápida pela sua biografia revela um dado muito importante:

    César Bórgia era filho do Papa Alexandre VI.

    Pois é. Resolveram taxar Cesare Borgia de ateu porque, afinal, um estadista assassino em massa com certeza não é um cristão de verdade. Muito menos o filho de um Papa.

    Nota: sei que estava ansioso para me mostrar uma tonelada de "frases ditas por ateus famosos que se arrependeram no leito de morte", mas tirando Anthony Flew, não conheço nenhum outro ex-ateu famoso que tenha se convertido a alguma religião Deísta.

    Nota 2: a maioria dessas frases são inventadas ou retiradas do contexto. Coisa de religioso fundamentalista.

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  57. Cristão Verdadeiro, a Bíblia diz claramente como identificar um cristão (mesmo MESMO) verdadeiro em Marcos 16:17 e Marcos 16:18:

    "E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados."

    Estarás preparado para passar nesses testes? :)

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