Indecisão 2009, prólogo.
No dia 7 vou cumprir o meu dever de eleitor. A escolha não é clara, mas não quero abster-me e dar o meu voto aos outros. Por muito pouca confiança que tenha na minha decisão, tenho menos ainda nos que decidam por mim. Portugal vai eleger 22 eurodeputados, de 13 listas de partidos e coligações políticas nacionais, mas os que lá estão agora pertencem apenas a três grupos parlamentares europeus: o PSE para o PS; o PPE para o PSD e CDS-PP; e a EUE para o BE e a CDU (2).
Este ano não vou usar a heurística cómoda de votar num dos dois grandes conforme o lado para onde acordei no dia das eleições. E vou evitar escolher por clube ou ideologia. Estas regras exigem pouco investimento mas, neste momento, justifica-se uma escolha mais cuidada.
Um grande problema é economia, mas não faço ideia como se resolve nem como avaliar a capacidade dos candidatos para o fazer. E não sei se encontro um partido economicamente alinhado comigo. Apesar das políticas mais capitalistas gerarem, em média, mais riqueza, quando há problemas é preciso ter apoio social. Isto inclina-me a votar à esquerda, à cautela. Mas, por outro lado, a esquerda confunde a redistribuição de riqueza, que é um bem necessário, com a repressão dos ricos por motivos ideológicos, um mal que dispenso. Além disso defendem que o dinheiro, que no fundo é apenas uma promessa, deve equivaler ao esforço físico que faz suar e ganhar calo. Isto parece-me um grande disparate.
Estou de acordo em cobrar em proporção ao esforço que isso impõe, mais aos ricos que aos pobres. Isso penso que é consensual. A minha reforma económica era depois dividir o bolo igualmente por todos. O que fazemos com escolas, polícia e hospitais, que servem ricos e pobres da mesma maneira, devíamos fazer com toda a riqueza que o estado distribui. Todos os subsídios, pensões e ajudas deviam ser um direito do cidadão em vez de uma esmola ao pobrezinho enquanto for pobrezinho. Acabava a maior parte da papelada e incentivos à miséria, e sabia-se exactamente quanto ia para quem. Infelizmente, não conheço partido algum que alinhe numa redução tão drástica da obesidade estatal ou que se interesse por tanta transparência se passar a governo.
Mas como não tenho muita confiança nas minhas ideias acerca da economia, prefiro avaliar os candidatos por questões que também considero importantes mas cuja resolução me parece mais clara, e da qual estou mais seguro. Uma é aproveitar a tecnologia da informação para melhorar o acesso à cultura, incentivar a inovação e defender a liberdade de expressão. Isto exige deixar a obsessão com a informação proprietária, que nem faz sentido, e passar a considerar acerca de quem é a informação em vez de a quem "pertence". Em vez de ter a IGAC a confiscar fotocópias e a ASAE a investigar a partilha de mp3 deviam preocupar-se com o cruzamento de dados pessoais por parte do estado, das bases de dados que as empresas criam acerca das nossas comunicações e hábitos de consumo, e o uso cada vez mais insidioso desta informação.
Outro ponto importante para mim, relacionado com o anterior, é separar o estado da vida pessoal. Isto afecta muita coisa, da educação religiosa ao casamento entre homossexuais e aos downloads. Eu quero o estado para resolver conflitos, gerir o bem comum e dar estabilidade e segurança. Não quero o estado para ensinar uma religião a uns e outra a outros, para me dizer o que deve ser uma família ou para meter o nariz na informação que troco com outras pessoas.
Neste momento, estes são os critérios que considero mais importantes para escolher os candidatos ao Parlamento Europeu. Mas só tenho uma ideia vaga de onde tenciono votar e não me quero precipitar antes de ver com mais atenção os programas dos partidos. O propósito deste post é estrear a tag política aqui no blog e convidar-vos a deixar sugestões, críticas, insultos, algo sobre a informação codificada nas gaivotas ou simplesmente lamentar que aqui só falo de religião. Os vossos comentários são o que mais me estimula a pensar, e escrever, o que escrevo aqui. E sem trocar impressões é difícil ter ideias claras.
1- Conselho Nacional de Eleições, Eleição Europeia
2- Wikipedia, Deputados de Portugal no Parlamento Europeu (2004-2009)
Ludwig,
ResponderEliminarPara não dizeres que não te dou nada, aqui vai algo que pode ajudar a resolver as tua dúvidas e a dos leitores deste blogue:
Faça teste e escolha como votar nas Europeias
Obrigado Mário,
ResponderEliminarSeria falso, mesmo antes disto, dizer que nunca me deste nada, mas este veio mesmo a calhar.
Estou um pouco mais para o meio do gráfico (devo ter usado mais "neutros") mas na direcção do partido humanista. Na análise a mancha sobrepõe-se quase 100%...
Vou ver o que eles dizem das outras coisas que não aparecem no questionário.
Ola boa noite,
ResponderEliminargostaria de pedir uma informação, e peço por aqui porque não tenho o seu contacto, ludwing. Mas, pergunto-lhe se me podia indicar post's seus (neste blog) e outros artigos que conheça que fale sobre os milagres de Jesus.
Obrigada pela atenção
Luisa ramos (porto)
Ludwig,
ResponderEliminarNão te estava a bater, foi um abuso de linguagem, essa expressão "Para não dizeres que não te dou nada" é um abuso de linguagem, de facto até o Zeca dá alguma coisa, ele até já é da casa, quer se goste quer não...
Eu fui mais para os lados do MEP.
Já pensaste em fazer questionários/votação no teu blogue?
A tag política faltava aqui, esse tema pantanoso. Experimenta a falar temas críticos que vais ver isto a ferver, mais ainda do que religião (ou pelo menos de igual forma), basta escolheres um tema onde haja sectários.
Vendo bem, a política o futebol e a religião, em dado aspecto, são muito semelhantes; nomeadamente na parte tribal/irracional que faz com que se seja militante/adepto/crente, respectivamente.
Já é tarde e devo estar com sono. Talvez por isso (ou não?)só me apetece dizer que estas eleições são mais uma "treta".
ResponderEliminarA presente crise mostrou mais uma vez que as decisões planetárias decisivas se tomam nos gabinetes dos financeiros e não nos parlamentos e Governos.
Por isso acho quase comovedor o esforço do Ludwig para tentar chegar a uma decisão sobre em quem votar.
Por mim, olho para estes candidatos que andam pelas feiras e comícios e só me dá para bocejar... ou para rir... ou para praguejar...
Prometo vir aqui mais vezes e a horas decentes para não tresler...esperando que o L. continue a pensar alto.
Ludi,
ResponderEliminarse queres mais transparência na política, recomendo a emigração. Depois da passagem unânime da nova lei de financiamentos de partidos em Portugal, cheguei à conclusão que aquilo não tem salvação.
Cristy
Ludwig,
ResponderEliminarIsto começa a ser o blogue perfeito. Ciência, religião, política... o sítio ideal para convencer toda a corja de nabos a viajar para a Madeira e rezar para que a tectónica de placas a leve borda fora pelo estreito de Magalhães. Oremos, irmãos.
Bruce Lóse,
ResponderEliminarNão vêmos muita ciência por aqui, embora o blogue seja agradável de se acompanhar (ás vezes).
Em relação às eleições, nada a declarar.
Mats,
ResponderEliminarObrigado pela opinião mas já devias estar na Madeira. Andex.
Este é um post histórico. Foi lançado o primeiro post para a edificação do partido pirata português.
ResponderEliminarO CRIACIONISMO PELA BOCA DE CARL SAGAN E OUTROS ATEUS!
ResponderEliminarCarl Sagan referia-se ao DNA como “o livro da vida”, reconhecendo que a dupla hélice do DNA é a linguagem, com apenas quatro letras, em que a vida está escrita.
A variação destas quatro letras é aparentemente infinita, reconheceu Carl Sagan.
Com elas pode ser codificada toda a informação necessária à produção e reprodução dos diferentes seres vivos.
No que toca aos seres humanos, reconhecia Carl Sagan, o material hereditário requer múltiplos biliões de bits de informação, numa estimativa que hoje se sabe que foi feita muito por baixo.
Nas palavras de Carl Sagan,
"(these) bits of information in the encyclopedia of life-in the nucleus of each of our cells-if written out in, say English, would fill a thousand volumes.
Every one of your hundred trillion cells contains a complete library of instructions on how to make every part of you."
[Carl Sagan, COSMOS, Ballantine Books, 1980, p. 227.]
Carl Sagan dizia que as nossas células contêm uma completa biblioteca com instruções sobre como fazer cada parte de nós (instruções essas que a comunidade científica não consegue abarcar).
Os criacionistas não poderiam concordar mais com Carl Sagan neste ponto, já que os factos são indesmentíveis.
Assim, podemos dizer, sempre pela boca dos ateus:
1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente. É verdade!
2) Carl Sagan afirma que no DNA existe um código que codifica quantidades inabarcáveis de informação como um computador. É verdade!
3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Sagan em 2), Anthony Flew, o decano do ateísmo filosófico, concluiu que o código do DNA só pode ter tido origem inteligente, o que também é verdade!
O FÍSICO PAUL DAVIES DIZ: EXISTE INFORMAÇÃO CODIFICADA NO GENOMA!
ResponderEliminarO Físico Paul Davies, percebeu a essência da questão, quando afirmou:
‘We now know that the secret of life lies not with the chemical ingredients as such, but with the logical structure and organisational arrangement of the molecules.
… Like a supercomputer, life is an information processing system. …
It is the software of the living cell that is the real mystery, not the hardware.’
‘How did stupid atoms spontaneously write their own software? … Nobody knows …"
Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA. Daí que possamos reafirmar:
1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções;
2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais;
3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.
RICHARD DAWKINS CONFIRMA: O DNA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA!
ResponderEliminarRichard Dawkins confirma que no DNA existe informação codificada, sendo essa descoberta uma revolução paradigmática.
Nas suas palavras,
“What has happened is that genetics has become a branch of information technology. It is pure information.
It's digital information.
It's precisely the kind of information that can be translated digit for digit, byte for byte, into any other kind of information and then translated back again.
This is a major revolution.
I suppose it's probably "the" major revolution in the whole history of our understanding of ourselves.
It's something would have boggled the mind of Darwin, and Darwin would have loved it, I'm absolutely sure.”
Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.
O problema de Sagan, Davies ou Dawkins é que quando se percebe que a genética é essencialmente teoria da informação fica-se preso, para todo o sempre, à forquilha criacionista.
Sem saída possível.
Com efeito, podemos com toda a certeza reafirmar:
1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo quaisquer excepções;
2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais. Isso é reconhecido por todos.
3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, assim se compreendendo a inexistência de qualquer explicação naturalista para a sua origem.
TEORIA DA EVOLUÇÃO: UM CARRO SEM MOTOR!
ResponderEliminarA vida depende de informação codificada.
Esta depende sempre de inteligência.
Ora, a teoria da evolução, por assentar em pressupostos naturalistas, que afastam a priori a origem inteligente da vida, não tem uma explicação para a origem da informação codificada de que a vida depende.
Daí que a teoria da evolução seja, em última análise, como um automóvel sem motor.
As pessoas podem entrar e sentar-se e brincar com o volante, os pedais e a caixa de velocidades.
Podem mesmo carregar no acelerador.
Mas em última análise, não vão a lado nenhum, porque o carro não sai do sítio.
"Dividir o bolo igualmente por todos"
ResponderEliminarIdeia interessante,eu gosto!
Embora reconheça as dificuldades de a implementar especialmente em estados de tradição católica como o nosso em que a CARIDADE em um valor tão importante. Mas eu não acredito em caridade, sou mais virado para a igualdade de direitos e oportunidades.
Um bem haja:
Pedro
Bruce :
ResponderEliminarIsto começa a ser o blogue perfeito. Ciência, religião, política...
Pois...agora só falta o sexo!
«O que fazemos com escolas, polícia e hospitais, que servem ricos e pobres da mesma maneira, devíamos fazer com toda a riqueza que o estado distribui. Todos os subsídios, pensões e ajudas deviam ser um direito do cidadão em vez de uma esmola ao pobrezinho enquanto for pobrezinho.»Não percebo. Isto significa dar pensões a quem não precisa, subsídios a quem é rico e ajudas a quem ganha bem?
ResponderEliminarÉ que se a ideia é acabar com "a maior parte da papelada e incentivos à miséria" e fazer uma "drástica da obesidade estatal", já há uma proposta dessas: um imposto negativo, que complementa salários baixos.
Mas, como é óbvio, nunca nenhum partido defendeu isto à séria. Nos EUA, foi proposto como medida adicional de combate à pobreza, e não como um substituto de todos os milhares de programasdispersos que já existem.
Eu não vou votar, sou daqueles que já perdeu a paciência para aturar a política à Portuguesa, seja qual for o partido ou coligação terão todos de fazer o mesmo:
ResponderEliminarEstimular no curto prazo a economia com obras públicas, porque nºao há dinheiro nos privados. Após estas injecções de capital todos terão de fazer o mesmo, cortar nos gastos do estado , uma vez que não se vai poder aumentar mais impostos.
Por isso , como não há grandes opções de fundo, mais vale a abstenção ser pornográfica e ser uma demonstração de como se repudia o actual estado das coisas. Notar alguns pontos fantásticos:
1) Os partido aprovam uma lei que permite a italianização da nossa política, com dinheiro a ser entregue aos partidos em malas
2) Os partidos tem candidatos cada vez piores, Santana volta a Lisboa depois de ser vassourado como o pior PM de sempre.
3) Quando o bastonário da ordem dos advogados quer acabar com a mama dos advogados serem deputados é atacado de forma vil pelos lobbyes que mais mamam neste país. Porque ? porque o dinheiro está na porca do estado, e os contratos milionários estão lá, assim como poucas empresas de advogados onde encontramos sempre os mesmos, ex políticos, amigos de políticos etc. Notar que a empresa do Judice já é a maior empresa de advogados da Europa, curioso ? nem por isso
Os administradores do BPN calham de terem sido ex políticos ?? e ontem o oliveira e costa veio implicar mais uns tantos. Chegou ao ponto de termos um conselheiro de estado mafioso.
Meus caros, a urna tornou-se a sanita deste regime, usando uma expressão do Eça, “não mencionemos o excremento” LOLLLLLLLLLLL
Sousa da Ponte,
ResponderEliminarEssa do Sexo é fixe, pelo tema em si, e terá, porventura, a vantagem de afastar daqui o Zeca e o Perspectiva.
Ludwig,
ResponderEliminarAcho efectivamente que com mais esta tag, o blog ainda se vai tornar mais interessante.
Aqui vai um comentário. Acho que o link que o Mário Miguel enviou, o EUProfile, é uma ideia bastante interessante. É uma forma simples e engraçada de sintetizar as principais orientações políticas dos diversos partidos, dando também a possibilidade de averiguarmos, aproximadamente, qual o partido que (diz que) está mais próximos daquilo em que acreditamos.
Nuvens de fumo,
Acho que não tens razão. Aquilo que chamas "abstenção pornográfica" como forma de protesto, acho que tem o efeito contrário ao que esperas. Na prática, uma abstenção é delegar a nossa opinião aos outros.
Sugiro antes o voto em branco. O peso político de um voto em branco é bastante superior. É mostrar que foste a uma mesa de voto, olhaste para todos os que se estavam a candidatar, e nenhum deles prestava. Não achaste um único que servisse os teus interesses.
Para além disso, a abstenção é dar argumentos a todos os partidos que não concordas de interpretá-la à sua maneira.
Em síntese: aquilo que pretendes mostrar como forma de protesto tem na prática o efeito de delegar a tua escolha nos outros e de dar aos políticos ainda mais argumentos ocos para estes poderem palrarem com os colegas.
«já há uma proposta dessas: um imposto negativo, que complementa salários baixos. »
ResponderEliminarum imposto negativo fixo e universal parece-me que é precisamente aquilo que o Ludwig está a propor com este texto.
Quanto às eleições ainda estou na dívida entre PS, BE e Partido Humanista(!) e o meu voto vai depender de reflexões e informação que puder adquirir a respeito da constituição europeia.
Se ficar a favor voto PS, se ficar contra a escolha será entre BE (mais provável) e PH (menos provável) consoante o desenrolar da coisa.
Apesar de até achar bastante piada ao Paulo Rangel, um dos indivíduos mais capazes e válidos do PSD, ele não passa de um cabeça de lista (de um partido que vai eleger cerca de uma dezena de deputados). E quanto a mim um voto para o Partido Popular Europeu está mesmo fora de questão.
Tudo depende do que é mais importante, para as pessoas.
ResponderEliminarhttp://noori.abismo.org/eu-pt-2009.txt
http://friendfeed.com/mindboosternoori/09e8d667/my-research-on-what-parties-portuguese-people
António Parente,
ResponderEliminarEste é um post histórico. Foi lançado o primeiro post para a edificação do partido pirata português.
Epá mas depois havia um problema grande. Já se viu que aquilo só cresce com julgamentos mediáticos, e desses por cá não faltam! Mas como os julgamentos, mediáticos ou não tendem a ser LENTOS, qual snail-justice, ainda tinhamos que esperar para aí uma década cheia de fugas de informação em "segredo" justiça e noticiários da TVI, e talvez depois sim, acabe um pirata português em Bruxelas.
A ver vamos, como diz o cego...
Este ano, e dada a peculiaridade de viver na Suécia, não vou ter de pensar muito... obviamente o meu voto de protesto vai direitinho para o Partido Pirata local. Confesso que se estivesse em Portugal, teria grandes dúvidas em quem votar. Mas lá está, hoje em dia não acredito que o abstencionismo seja uma arma: temos é de mostrar aos políticos que somos nós quem mandamos aqui, não são eles.
ResponderEliminarBruce Lóse,
ResponderEliminar"Obrigado pela opinião mas já devias estar na Madeira. Andex.
Paga-me a passagem. Eis o "meu" nib:
003209310924091049013
Mais numero menos numero.
Quando tiveres feito a transacção, dá-me um toque.
“No dia 7 vou cumprir o meu dever de eleitor.” - Eu não, porque, neste caso, não tenho nenhum “dever”.
ResponderEliminarTenho um direito, que de nada me serve, portanto, não o uso. Aliás, se o usar, o mais certo é que reverta em desfavor dos meus interesses. Portanto, não vou usar tal direito, tal como convido todas as “pessoas de bem” a fazer o mesmo.
O estúpido projecto europeu é um verdadeiro hino a imbecilidade de uma sociedade néscia, alienada, prostrada da forma subserviente, uma legião de “joguetes” controlada de forma remota pelo dirigismo do compadrio maçónico- Bidelburg, onde o “económico” se sobrepõe ao “humano/social”. Sou. Por principio, contra a “união” (nascida dos escombros da “outra união”), onde o Homem é apenas uma unidade de trabalho e um contribuinte/pagador de impostos (como o prometido e imbecil “imposto europeu”). Sou favorável à Comunidade Europeia, à cooperação entre países, à fraternidade entre povos, mas… cada qual manda em sua casa, apenas!
”Outro ponto importante para mim,(…) é separar o estado da vida pessoal.” - Por acaso, até gostaria de uma estado assim, se bem que nestas eleições não seja o estado que está em causa.
A EU não é um estado, nem o parlamento europeu tem tanta força legislativa/decisória quanto os parlamentos nacionais.
Mas, gostava de um estado que não mandasse na vinha vida das pessoas: pagava impostos se queria; descontava para a segurança social se queria; tirava carta de condução se queria; frequentava a escola primária se queira; usava cinto de segurança ou capacete se queria, tinha bilhete de identidade ou número de contribuinte se queria… e por aí fora.
Claro que teria que alombar com algumas consequências: não tinha assistia médica quase gratuita, reformas, estradas gratuitas, etc. etc.
Infelizmente vivo numa indecente república democrática das bananas, onde a ingerência do estado na minha (falo por mim) vida privada é muito (mesmo muito) superior aquela que tinha no tempo se Salazar.
ResponderEliminar“Eu quero o estado para resolver conflitos, gerir o bem comum e dar estabilidade e segurança. Não quero o estado para ensinar uma religião a uns e outra a outros, para me dizer o que deve ser uma família ou para meter o nariz na informação que troco com outras pessoas.” - eu também sou contra os estados que ensinam religiões.
Se o estado português resolvesse ensinar a sua ideologia de eleição, eu seria um “cruzado contra”: fosse uma religião ou a negação das religiões (o ateísmo compulsivo).
Sou contra!
Lutarei contra!
E mais!... Exijo que o estado, gerindo o bem comum, pague com o dinheiro dos meus impostos, o tipo de educação que os pais pretendem dar aos filhos, de acordo com ambiente cultural e a normalidade da prática social, englobando (essa educação) as vertentes: cognitiva, afectiva, atitudes/valores, cidadania e cultura. Daí que eu exija que o estado pague (com o dinheiro que previamente me intimou a dar), todas as vertentes da educação, incluindo a vertente educação religiosa, se eu assim o entender, tal como o desporto escolar e actividades lúdicas (entre muitas outras coisas).
Mas, nestes casos, não pode ser o estado a decidir que religião eu pratico ou que desporto eu pratico… tem obrigação de pagar os formadores, mas não pode escolher ou impor a prática obrigatória.
Também quero um estado que não se meta na minha família. Mas exijo, sobretudo, que o estado delimite, reconheça e proteja as famílias contra abusos e imbecilidades de uma minoria que, escandalosa e indecentemente, quer subverter o bem comum, pela mera questão desportiva ou por traumas que se recusam a tratar.
Por tudo isto (e muito mais), não voto. Mas não voto em nenhumas eleições. Já que estas nada têm a ver com as questões anteriores, não votarei nas nacionais.
E, para ser sincero, nem percebo por que razão há pessoas que perdem tempo com isso – com partidos e com politica (ainda há palermas que mantêm os ditames desta politica inumana, ingente e indecente, e se atreva a criticar-me por ser católico praticante!...).
È certo que a democracia é: o sistema politico onde as pessoas são livres de escolher os seus ditadores.
O problema é que eles são tão parecidos e todos tão reles!!!
Mas, se votasse, votava num novo partido (talvez MMS), pois os restantes já estão enfermos de podridão irrecuperável, vazios de capacidades, destituídos valores e ocos de formação e incapazes de assegurar um futuro decente.
Ou há gente nova ou perpetuamos a imbecilidade e a estupidez.
(hoje estou com pachorra, mas fico por aqui!)
Seca,
ResponderEliminarExperimente o Funchal. Leve o Mats. Divirtam-se.
os votos em branco não contam, é a mesma coisa que nem lá por os pés.
ResponderEliminarSão branco e nulos, tudo no mesmo saco.
Percebo o conceito mas francamente é-me indiferente, completamente.
As instituições estão podres porque é sempre a mesma gente e este pessoal está lá, mete lá os amigos de confiança, tem tachos para todas as medidas.
Notar que não é só a política, são os juízes que convivem com os dirigentes locais que conhecem os advogados que jantam com os futuros deputados que prometem favores aos empresários locais que conhecem os mesmo juízes e num páis extremamente pequeno , esta elite caciqueira controla tudo.
Dois exemplos de memória, lembram-se de um caixa de banco chamado Armando Vara ? vejam como uma besta que se fosse um vulgar mortal acabaria a vida com uma reforma bancária de segunda, ora basta ver como a engenharia genética já é aplicada em Portugal faz anos e modifica em tempo real tecido vido ( supostamente inteligente), melhoraram a inteligência do homem, e a partir desse momento é só cargos de responsabilidade em áreas diversas e todas com dinheiros públicos, fantástico não é? Dir-se-ia que ficou um perito em tudo , principalmente ganhar dinheiro.
Outro, temos o exemplo acabado de Dias Loureiro, essa criatura que quando entrou na política era um Zé niguém e depois de passar pela AI ficou em grande, curioso não é ?
Parece que os presidentes de câmaras também são outros que tal, enfim, os casos não terminam, as danças do centrão são tristes porque são feitas com o dinheiro da classe média, já de si muito empobrecida pelos impostos.
Por isso o que eu espero é dentro de relativamente pouco tempo é que a falta de dinheiro e as imposições orçamentais que serão draconianas tenham um efeito de secar algumas tetas. Não há-de ser com os votos que se vai lá, aquele parlamento é uma tristeza intelectual, enfim,… dá pelo menos para rir.
Zeca,
ResponderEliminarO "estúpido projecto europeu" apenas conseguiu que a Europa estivesse em paz desde a segunda Guerra Mundial.
Devíamos era caminhar para uns estados unidos da europa, e a paço rápido, para isso é necessário que a porcaria dos referendos acabem e os parlamentos façam aquilo que devem fazer, aprovar leis.
ResponderEliminarEsta instituição do referendo ....
Nuvens,
ResponderEliminarO Seca tem razão numa coisa. A melhor forma de mudar o estado de coisas é votando nos mais pequenos. Sangue novo. Só se consegue impor dignidade ao sereno presépio parlamentar atirando lá para dentro caras desconhecidas. Neste momento, tal como as coisas estão, a abstenção e o voto em branco são o mesmo que perder por falta de comparência.
Pedro Ferreira,
Concordo que a guerra é o mais medonho dos conflitos. Mas a ruptura social não é propriamente a paz que nos possamos gabar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBruce,
ResponderEliminarEu não estou a dizer que a sociedade é perfeita e que nos possamos gabar. Aliás, ainda estamos longe disso.
Apenas foi um comentário ao Zeca que, pelo que disse e pela forma como disse, dá a sensação de que o projecto europeu é completamente inútil. E foi por isso que lhe referi (apenas) um resultado indiscutivelmente positivo do projecto europeu.
Nuvens,
ResponderEliminarO meu ponto é que os votos em branco, apesar de contarem zero, contam mais que a abstenção, que conta de forma negativa pelo que referi anteriormente.
O "estúpido projecto europeu" apenas conseguiu que a Europa estivesse em paz desde a segunda Guerra Mundial.
ResponderEliminarPedro, pressupões que isso é coisa boa para o Zeca. Eu não teria tanta certeza. Acho que lá bem no fundo ele padece de uns ataques de nostalgia e põe-se a fazer "heil furhers" de repente e a cantar o hino da mocidade...
OK, Pedro. Foi apenas para ter a certeza de que estamos a falar do mesmo tipo de "paz"...
ResponderEliminarEste é um post histórico. Foi lançado o primeiro post para a edificação do partido pirata português.
ResponderEliminarQue te oiçam, António, que te oiçam!
Além disso defendem que o dinheiro, que no fundo é apenas uma promessa, deve equivaler ao esforço físico que faz suar e ganhar calo. Isto parece-me um grande disparate.Isto dava pano para manga. No entanto, acho que concordo parcialmente com o que escreveste uma vez que me parece que o dinheiro tem a ver com a capacidade de tirar partido das oportunidades tendo em conta o meio que nos rodeia. Mas um dia ainda gostaria que escrevesses um post a explicar a ideia. Acho muito importante para desfazer certos mal-entendidos.
ResponderEliminarO Sousa, a caminho de se mudar de armas e bagagens para Luanda, tem a certeza que vai ter muitas saudades da Europa e dos regulamentos e das normativas....
ResponderEliminarDas eleições e dos partidos políticos, da liberdade de expressão e etc, etc e etc...
Já escreveste o "prólogo" do teu caminho para a escolha, eu ainda só escrevi o rascunho do caminho para a minha. Ainda assim, acho que és capaz de achar interessante a sua leitura, aqui vai...
ResponderEliminarZéquinha,
ResponderEliminarainda não entendeste que só o facto dos governos tugas se terem que vergar às leis europeias para conseguirem uns cobres evita o desclabro político e económico total do país?
Cristy
Já agora, a propósito de eleições europeias, vejam isto:
ResponderEliminarhttp://inepcia.com/2009/05/26/guia-de-voto-nas-eleicoes-europeias-de-2009/
Sousa.
ResponderEliminarVais para Luanda ? LOLLLLLLLLLl
Já estive lá, se precisares de conselhos, eu sou um veterano do terceiro mundo LOLLL
Desde já te indico duas coisas:
experimenta os caranguejos do namibe, existe um tasco que posso mandar a direcção onde são baratos.
Experimenta ir a Cabo ledo, a melhor lagosta e praias desertas. 200 Klm de Luanda, mas um must. Lagosta média 6 dolares, garrfa de vinho rasca 25 dolares
LOLLL
Ilha de luanda , impossível em termos de preços.
O resto, vais descobrindo , boa sorte
Bares: se gostares de ambientes diferentes pergunta pelo Elinga , a empregada é muito simpática depois de se conhecer. Estão lá pessoal da AMI,ONU, etc, ambiente multicultural , o local mete ao início medo mas isso tudo que é sub sariano mete ao início.
ResponderEliminarPode-se falar mais á vontade que nos outros locais, desconfiar dos SS locais
http://elingateatro-in.blogspot.com/
ResponderEliminarfica aqui o endereço
Pedro Romano,
ResponderEliminar«Isto significa dar pensões a quem não precisa, subsídios a quem é rico e ajudas a quem ganha bem?»Com o imposto sobre o rendimento já podes controlar tudo. Ganhar 3000€ e pagar 1000€ sem receber nada do estado, ou ganhar 3000 mais 500€ de ordenado de cidadão 500€ e pagar 1500€ de impostos dá à mesma 2000€ de rendimento líquido. Nisso não há diferença.
A diferença está na eficiência e no princípio. É moralmente justificável que os mais ricos paguem mais porque lhes custa menos fazê-lo. Mas receber do estado por ser pobrezinho é, além de um incentivo a continuar pobrezinho, uma esmola pouco digna. Por isso, tal como não pomos propinas nas escolas públicas para quem é rico nem lhes pedimos um cheque antes de os antender nas urgências, o dinheiro do estado para os cidadãos devia ser igual para todos, que a colecta já resolve o problema de uns terem mais que outros.
E é muito mais eficiente porque só tens de fiscalizar uma vez. Imagina o que era se cada coisa que usufruisses financiada pelo estado te fosse cobrada em função dos teus rendimentos. Não fazias outra coisa senão apresentar declarações do IRS e tinhamos muito mais gente só a mexer papeis de um lado para o outro.
Que é precisamente a razão pela qual não se pode fazer isto. A máquina burocrática precisa que isto seja complicado e ineficiente...
Luísa Ramos,
ResponderEliminar«Mas, pergunto-lhe se me podia indicar post's seus (neste blog) e outros artigos que conheça que fale sobre os milagres de Jesus.»
Sem saber ao certo quais milagres se refere (andar sobre a àgua? Ressuscitar? ou a transubstanciação e afins?), posso apenas recomendar-lhe, pelo menos neste blog, a pesquisa pelos termos milagre ou jesus. Talvez aí encontre qualquer coisa. Mas se me disser com mais detalhe o que procura posso tentar encontrar.
Essa ideia de ganhar 500 euros à cabeça por simplesmente ser português é tão ridícula como ainda por cima consegue ultrapassar o PCP à esquerda.
ResponderEliminarSinceramente, Ludwig, e não te quero ofender, mas vai ler um pouco de economia antes de propores disparates. Estás a propor o fim da economia, simplesmente.
Barba Rija:
ResponderEliminarJá vários economistas de renome propuseram a hipótese do "imposto negativo". Até o próprio Friedman (insuspeito de ser membro do PCP) disse que era uma forma de redistribuição mais eficaz que aquela que existe, mesmo que ele em princípio seja contra a redistribuição só porque sim (mas aí a opinião dele é mesmo minoritária, em quase todos os países existe redistribuição).
Além disso, o SNS e a educação gratuita já são formas de "imposto negativo".
O ideal, dizem vários economistas é cobrar apenas IVA porque é o imposto mais difícil de fugir, constante para ser mais simples, e usar o imposto negativo para garantir a progressividade do sistema.
O problema disto é que só com IVA não ias ter receita suficiente a menos que o teu IVA fosse tão elevado que haveria uma enorma fuga para os países adjacentes.
Mas fazer algo do tipo com IVA e IRS/IRC já era capaz de não ser nada mal pensado. Muitos econimistas de diferentes áreas ideológicas acreditam que é a solução mais eficaz.
JV, a ideia de "imposto negativo" tem um tom bombástico, concordo com isso.
ResponderEliminarAgora é tudo uma questão de quantidades. Até água em demasia afoga uma pessoa. O Ludwig tem dito 500 oiros por pessoa não apenas neste post. Vamos lá destrinçar isto.
500 euros parece uma quantidade mínima de sobrevivência. Até aqui tudo bem. Vou partir do princípio (errado) de que esta medida não criaria uma superinflação e portanto os 500 valem o que hoje valem. Agora pensemos. Imaginemos uma sociedade onde se não trabalharmos, temos direito a 500 euros.
O que vão fazer todas as pessoas que hoje ganham entre o salário mínimo e 500 euros? Poderão continuar a trabalhar e ganhar 900, 950. Mas estaremos a ser sérios? Há pessoas a trabalhar 8 horas por dia por 425 euros. E agora estabelecíamos que 500 euros não era o salário mínimo, mas o rendimento garantido??!?
Isto é socialismo à esquerda do PCP.
Agora se me disseres, não não, quero dizer, imposto negativo do tipo, se ganhares o salário mínimo, no final do ano não pagas IRS, mas recebes IRS, tipo 1200 euros (100 euros por mês).
Aí já concordo. Mas essa ideia não é a do Ludwig. E se me disseres, ok, para todos igual, mas apenas 100 euros, eu digo, já me parece economicamente (mais) viável, mas qual o seu verdadeiro benefício? Não é minimamente suficiente para uma pessoa sobreviver, e o resultado seria que os salários provavelmente desceriam tendo em conta esse subsídio do estado (se o não fizessem, teria de subir o desemprego, isto não há almoços grátis).
O resultado de tudo isto é o socialismo, tipo pior versão possível. É o que já acontece com os estagiários, em que o estado praticamente subsidia metade ou mais do seu salário. O que é que todos os ateliers fazem? Vão contratando pessoal, pagam 300 euros à cabeça por um ano, depois metem-nos neste sistema subsidiado e depois fora com eles, metam outros cá dentro.
Meça-se o pró e os contras, e não me parece minimamente plausível.
Miguel Caetano,
ResponderEliminar«Mas um dia ainda gostaria que escrevesses um post a explicar a ideia»
Está na calha, está na calha... Infelizmente, parece que houve um tipo que criou esta coisa a despachar, em menos de uma semana a ver se não trabalhava ao domingo, e ficámos com dias miseráveis só com 24 horas.
Mas lá chegarei :)
Barba,
ResponderEliminarÉ um problema as pessoas deixarem de trabalhar por terem um rendimento garantido. Por outro lado, é um problema ainda maior as pessoas terem um rendimento garantido só se não trabalharem, que é o que se passa agora. E mesmo isso não é tão mau como pessoas morrerem à fome por não ter trabalho. Que não acontece cá porque, de uma forma ou de outra, alguém lhes dá o dinheiro.
O que eu defendo é que se assuma que é preciso dar dinheiro e que se dê de forma clara, sem estigma, com o mínimo de desperdício em burocracia e de forma a não incentivar ainda mais o coitadinhismo.
Parece-me que a melhor forma de o fazer é dando o mesmo a todos incondicionalmente.
Quanto às pessoas que ganham uma miséria, é isso que tentam resolver com o ordenado mínimo. Só que esta é uma medida disparatada e com consequências negativas difíceis de contabilizar.
João Vasco,
ResponderEliminar«O ideal, dizem vários economistas é cobrar apenas IVA porque é o imposto mais difícil de fugir»Eu acho que o imposto devia ser todo sobre os rendimentos. E seria prático de cobrar se assumíssemos que o dinheiro não é propriedade mas uma medida de um compromisso que a sociedade, como um todo, faz de dar algo em troca. Mas isso fica para o tal outro post, que parece vou ter de antecipar :)
Ludwig,
ResponderEliminar«A diferença está na eficiência e no princípio (...) E é muito mais eficiente porque só tens de fiscalizar uma vez.»Eu sou um defensor do imposto negativo. Estás a pregar para um convertido :)
Mas presumo que a tua proposta seja ligeiramente diferente da do Friedman, que consistia em oferecer um complemento salarial variável conforme os rendimentos actuais do trabalhador.
Por exemplo, o patamar de 1000 euros constituiria o limiar de aplicação do imposto negativo. A partir daí, pagava-se uma taxa (progressiva ou fixa). Antes disso, cada um receberia 50% da diferença entre o seu salário e os 1000 euros. Quem não ganhasse nada, recebia 500 euros. Quem ganhasse 800 euros, ganharia um suplemento de 100 euros.
Pedro Romano,
ResponderEliminarO problema disso, além da burocracia, é o estigma de se receber dinheiro por ser pobrezinho.
Nota que não há estigma nenhum em ter os filhos em escolas públicas. É como não ter rolex. Mas receber subsidio de desemprego é chato, e rendimento mínimo ainda pior. Essas coisas têm um impacto na economia, porque multiplicado por dezenas ou centenas de milhares de pessoas dá uma baixa significativa na produtividade.
Barba Rija,
ResponderEliminar«Até aqui tudo bem. Vou partir do princípio (errado) de que esta medida não criaria uma superinflação e portanto os 500 valem o que hoje valem.»O cidadão médio já recebe isso se contabilizarmos todas as medidinhas dispersas: rendimento social de inserção, abono de família, deduções à colecta, benefícios fiscais e por aí fora.
Um imposto negativo apenas tornaria esta situação mais clara, facilitando o controlo e diminuindo os custos com a burocracia (que são enormes: basta olhar para a despesa com pessoal da Segurança Social).
O actual sistema tem custos administrativos enormes e é de tal forma segmentado que os grandes beneficiados são as enormes empresas (bancos, etc.) que têm escala suficiente para fazerem planeamento fiscal de forma a aproveitarem-se dos falhanços do sistema.
«O resultado de tudo isto é o socialismo, tipo pior versão possível. É o que já acontece com os estagiários, em que o estado praticamente subsidia metade ou mais do seu salário. O que é que todos os ateliers fazem? Vão contratando pessoal, pagam 300 euros à cabeça por um ano, depois metem-nos neste sistema subsidiado e depois fora com eles, metam outros cá dentro.»O sistema de imposto negativo permite evitar este tipo de situação, exactamente porque não distingue entre estagiários e não estagiários. Subsidia a pessoa e não a actividade.
É evidente que o efeito de desincentivo ao trabalho é real mas esse desincentivo já existe com o actual Rendimento Social de Inserção, subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego, prolongamento especial do subsídio social de desemprego, etc.
O imposto negativo só unifica todas estas medidas debaixo de um mesmo guarda-chuva, diminuindo os custos administrativos e aumentando a transparência do sistema.
Isto sem descontar os efeitos de eficiência económica, que provavelmente se traduziriam num aumento do rendimento médio e, por consequência, estimulariam os trabalhadores mais mal remunerados a aumentarem os seus rendimentos, trabalhando mais (o que serve para contrabalançar o efeito de desincentivo do imposto negativo).
Desculpem mas e nos casos dos trabalhadores liberais ?
ResponderEliminarE nos casos dos gestores que fixam o seu salários?
Isso implicava uma transparência que por cá é impossível. Tipo Finlândia onde o IRS é publicado heheh
ia dar um lindo sarilho por cá, principalemente no sector privado onde grassa a cunha e os favores especiais nos ordenados. Aliás eu trabalhei em empresas onde estava proibido de revelar o meu salário + prémios. Porque o salário todos sabiam, mas os ditos prémios....
e qunado recebi ao Klm que nunca fiz ? bem a quantidade de tretas que as empresas inventam para não pagar impostos inviabiliza esses esquemas.
Só na base de uma fiscalização agressiva, mas este é opaís onde os ex-directores das finanças abriram consultoras...e misteriosamente pagava-se para perdões fiscais off record.
Isto é uma máfia pegada
Nuvens,
ResponderEliminarAmanhã a ver se trato desse problema :)
Já agora, obrigado a todos pelas ideias, participação e críticas.
ResponderEliminarMário Miguel, Paula e Mind Booster Noori, obrigado pelos links e dicas. Já descarreguei as respostas dos partidos todos, agora basta escrever um parser para juntar tudo numa tabela. Quando tiver ponho aqui.
Pedro Ferreira:
ResponderEliminarO "estúpido projecto europeu" apenas conseguiu que a Europa estivesse em paz desde a segunda Guerra Mundial.
È uma rotunda falsidade. Nada tem a ver uma coisa com a outra. De resto, a Europa não tem sido um espaço de paz (basta ver a ex-Jugoslávia).
È certo que as velhas rivais (Alemanha e França), parecem controladas. Pudera!... A união europeia corresponde ao projecto de Hitler!
Aliás, as próprias ideias dos europeístas/federalistas, tão ao gosto do Adolfo e do Benito, estão expressas nas palavras do Nuvens, ensaboadas pela mais requintada democracia: “Devíamos era caminhar para uns estados unidos da Europa, e a paço rápido, para isso é necessário que a porcaria dos referendos acabem e os parlamentos façam aquilo que devem fazer, aprovar leis”
A paz tem tanto a ver com a UE, como a mudanças climáticas têm a ver com a cor dos carros de circulam.
Eu sou favorável à “comunidade” e não à “união”.
Barba Rija:
O problema é que os verdadeiros pró nazis são os actuais socialistas e ateístas.
Se alguém aqui defende que não se ataquem pessoas pela sua religião, não são os ateístas, sou eu.
Tenho para mim que, qualquer crente no judaísmo e mais decente que todos os ateístas juntos.
Xenófobos, incitadores do ódio e da vingança, pró terroristas, profetas da indecência, da insegurança e da estupidez, são ao ateístas – esses é que são pró nazis.
Cristy Anónima:
Ainda não entendeste que só o facto dos governos tugas se terem que vergar às leis europeias para conseguirem uns cobres evita o desclabro político e económico total do país?” - no país dos tugas, talvez, Portugal é que não.
Aliás, eu vivo muito pior com as estúpidas exigências europeias do que sem elas. Eu, humilde lavrador, com a EU tenho menos liberdade do que no tempo de Salazar -. Muita menos liberdade e muitas mais obrigações… estúpidas obrigações!
E nem estou a falar nas regras da confraria do euro, onde Portugal nunca deveria ter entrado, ou já deveria ter saído.
Nunca encontrei uma vantagem, uma sequer, para trocar os escudos pelos “aérios”. Viajei tanto pela Europa toda, para comercializar as minhas hortaliças (sobretudo os nabos), sem “aérios” e nunca tive um só problema (excepto na Rússia, de onde não podia sair com os rublos que me sobravam!).
O que eu ainda não percebi, é o que pensa o LK do rumo actual da “união soviética do ocidente”.
Se eu perguntar, ele não responde porque está amuado comigo. Perguntem-lhe vocês?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMário Miguel:
ResponderEliminarVocês, os insanos ateistas, padecem do sidroma de privação:
"quando falam muito de uma coisa é porque sentam falta dela."
Essa do Sexo é fixe, pelo tema em si, e terá, porventura, a vantagem de afastar daqui o Zeca e o Perspectiva.
`
Sindroma de privação de: religião, de decencia, de inteligência... e, agora, de sexo!
Zeca,
ResponderEliminarEstás um chato do caraças. Não sabes falar noutro tom. É cansativo.
«Xenófobos, incitadores do ódio e da vingança, pró terroristas, profetas da indecência, da insegurança e da estupidez, são ao ateístas – esses é que são pró nazis.»Zeca, onde é que ser ateísta está associado intrinsecamente isto tudo? É desgastante a tua lenga lega.
Ateístas que se assumam ateístas e incitem o ódio terrorismo em nome do ateísmos podes dizer onde isso ocorreu????
Que tangas, acho que uma criança com 6 meses já não vai nesta cantiga.
Sobre o sexo, tu é que estás sempre a falar dos homossexuais depreciativamente etc... Etc...
És um enjoo.
Zeca,
ResponderEliminarVoltando ao post: se bem percebi, vais fazer parte da abstenção.
Parece-me que há alguma correlação entre o mal dizer e o abstencionismo, isto é, quem não vota é quem mais vem refilar depois contra o Governo.
Para seres coerente, deverás fazer um exame de consciência, e nunca mais abrir a boca para falar mal do Governo ou da situação política.
Acusaste o Ludwig de, como ateu, não ter autoridade nenhuma para falar de religião, pois estava a falar de algo que estava fora da sua "esfera". Seguindo o mesmo raciocínio, como abstencionista, não terás autoridade nenhuma de abrir a boca para falar de política. Ou como anti-republicano não deverás abrir a boca para falar da república. Ou como anti-democrata não deverás abrir a boca para falar de democracia.
Então, onde é que pára essa coerência?
PS: Prometo que vou ler a tua resposta a esta pergunta que te fiz, mas tens de me prometer que usarás as seguintes palavras "ateu", "indecente", "estúpido" e "homossexual", ok? :)
Zeca,
ResponderEliminarPara complementar o comentário acima:
Também como homofóbico não deverás falar mais de homossexuais, claro...
Zéquinha,
ResponderEliminaro LK não fala consigo porque é pura perda de tempo. E, acredite, essa decisão vinda de alguém como o LK é o maior insulto que lhe podem dirigir, muito pior do que as alarvidades que costuma debitar por aqui.
Cristy
Zeca,
ResponderEliminar«O que eu ainda não percebi, é o que pensa o LK do rumo actual da “união soviética do ocidente”.
Se eu perguntar, ele não responde porque está amuado comigo. Perguntem-lhe vocês?»
Eu não estou amuado. Simplesmente os seus comentários têm tanto ruído que não costumo lê-los. Por sorte vi o comentário da Cristy e decidi dar uma olhada.
Eu penso que o nacionalismo foi uma das piores coisas do último século, se não a pior. Isto tanto no que alimentou (apesar de não ter causado) as duas guerras mundiais, e a maioria das ditaduras, incluindo a da união soviética.
O projecto europeu é livrar-nos dessa praga. Estou 100% a favor. Acho que as coordenadas GPS de alguém no momento em que saiu do útero da mãe é um dado irrelevante para determinar os seus direitos ou deveres como cidadão.
Pedro:
ResponderEliminar”Acusaste o Ludwig de, como ateu, não ter autoridade nenhuma para falar de religião, pois estava a falar de algo que estava fora da sua "esfera". Seguindo o mesmo raciocínio, como abstencionista, não terás autoridade nenhuma de abrir a boca para falar de política. Ou como anti-republicano não deverás abrir a boca para falar da república. Ou como anti-democrata não deverás abrir a boca para falar de democracia.”
Para já, antidemocrata é vossemecê. Por mim, todo o povo tem voz e liberdade e igual dignidade. Para vossemecê existe uma segregação xenófoba.
Ao contrário da política, a religião não tem influência directa na minha vida privada de forma obrigatória/coerciva. Sou religioso se quiser, quando quiser, onde quiser, da forma que eu quiser, e livre de aceitar ou não as prorrogativas da religião. Igual raciocínio não se aplica à politica – não sou livre de aceitar ou não, de cumprir ou refutar as prorrogativas politicas, mesmo que eles me ofenda ou firam aos meus interesses ou princípios básicos.
Além disso, eu não voto porque não estou para, com esse gesto, cometer dois verdadeiros crimes:
1 – Arranjar tacho para bandalhos sem vergonha que apenas estão interessados em mamar o suor dos cidadãos. São incompetentíssimos, aldrabões, burlões e completamente afastados da realidade.
No domínio da religião sou livre, no domínio da politica sou escravo.
2 – Cada voto meu representa roubar dos meus impostos dinheiro (actualmente passa de 3 “aérios”) para manter a máquina ideológica do partido.
Ainda há quem tenha a pouca vergonha de se insurgir contra as dádiva à religião (que são voluntárias e livres).
Não costumo falar de homossexuais, contra quem nada tenho. O que me causa asco são os paneleiros. E esses, pela sua indecência premeditada, devem ser combatidos a todo o custo.
Anónima Cristy
”E, acredite, essa decisão vinda de alguém como o LK é o maior insulto que lhe podem dirigir, muito pior do que as alarvidades que costuma debitar por aqui.”
Que o discurso do LK tem fins insultuosos, isso não é novidade. Muito diferente, é a omissão de insulto.
Sinto-me lisonjeado, saber que aborreço um ateísta semi-homem, e que ele me tem por inimigo. Trata-se de uma honra que, para ser sincero, não estava à espera de poder fruir.
Tal como não tenho por dignificante manter amizade com ladrões, violadores, burlões, assassinos, terroristas… e quejandos, não tenho por decente e honroso manter amizades virtuais com aqueles que equivalem em valores aos membros do rol citado.
Questões de filosofia de vida!!!
O Sousa agradece respeitosamente ao Nuvens de Fumo.
ResponderEliminarE aconselha os restantes, antes de dizerem muito mal disto, Portugal e Europa, políticos portugueses e Europeus, Alberto João incluído, meditarem sobre o pobre do Sousa brevemente nos cus-de-Judas.
Sousa,
ResponderEliminarDicas de restaurantes é complicado, o que é bom é muitooooo caro. E o que é mais barato é normalmente mau. Evitar beber bebidas com gelo ( eu preferia a cerveja CUCA barata ), e só em bares de confiança - os que depois de te esquecer da regra não te deram uma desinteria.
Levar SEMPRE, loperamida 3 caixas, pacotes para hidratação intensa 30, tudo quanto for analgésico, se a pessoa tiver um azar no meio de lado nenhum pode ser a diferença entre um suplício e algo suportável.
Contra a malária repelente, e tomar a medicação de preferência a mais moderna que não dá cabo do fígado ( tanto ) . Tenta arranjar um mosquiteiro com insecticida, reduz 80% a probabilidade de se ser picado, algo que por meia dúzia de euros valem mesmo a pena.
Eu depois envio-te uma lista de locais com indicação no google maps, aconselho-te a dares uma vista de olhos a luanda vista de satélite. O centro nota-se bem, e repara à volta os KLM de mosseque, é a perder de vista as barracas, vale a pena antecipar .
http://www.youtube.com/watch?v=UugyGu5Suzk
http://www.youtube.com/watch?v=wvybL7DHGfs
http://www.youtube.com/watch?v=WS3U0snU8dc
e não ponho mais off topics
o Sousa parte obrigado? E vai engrossar as fileiars dos emigras portugueses em Angola, numa altura em que o Governo Sócrates se prepara para difcultar (ainda mais) a imigração de angolanos (e não só) em Portugal? O Sousa sabe que há mais emigrantes portugueses em Angola do que imigrantes angolanos em Portugal? Noutras circunstâncias de vida, bem entendido. Há que salvar as devidas proporções.
ResponderEliminarNão deixa é muito espaço para lamentar o pobre do Sousa. Pobre comparado a quem? ;-)
Cristy
Mário Miguel, tem calma, o Zeca fala para o seu umbigo, é um exercício de auto-manipulação mental, para não usar terminologia menos civilizada :p.
ResponderEliminarHá quem vá ver sites porno para satisfazer as suas necessidades mais animais, o modo que o Zeca tem é vir aqui ejacular a sua impotência filosófica.
No fundo o que quer é que alguém lhe dê a importância que pensa ter.
Cristy
ResponderEliminarEm primeiro lugar os portugueses emigram para angola porque em 30 anos de democracia ( não morrer a rir ) o governo de angola nunca conseguiu fazer muito mais do que explorar as riquezas para benefício pessoal, donde não conseguiu formar quadros nacionais, donde necessita de ter pessoas que saibam ,entre outras coisas: fazer projectos, gerir empreitadas, fazer conta de somar , esse tipo de trabalho que nós por cá temos quanto baste.
Depois a Cristy não deve conhecer as leis de imigração Angolanas , eu estive sempre ilegal, com visto de turismo, e sempre a ter de sair do país para voltar a entrar, a viagem podia ser à Namíbia mas tinha de ser feita , nem as quotas de estrangeiros nas empresas, é que caso não saiba 80% dos empregados de qualquer tasco tem de ser angolanos, quer saibam ler ou não.
Como a qualidade académica é ainda pior que a nossa, a coisas fica mesmo complicada , imagine o que é ter de arranjar uma pessoa local para determinados cargos de responsabilidade e não ter muita escolha.
Por outro lado se importar pessoas, tem de pagar bem, porque viver numa cidade africana não é bem como um bairro pobre em lisboa, há especificidades como por exemplo simplesmente não ter determinados luxos, independentemente de quanto ganhe. E quem tem família, que normalmente os quadros com experiência tem, mal chega não imagina levar para lá a mulher. Olhe que é complicado, e quem nunca viveu em África simplesmente não pode perceber porque não se pode explicar as dificuldades do dia a dia.
Em último lugar, Angola necessita dos estrangeiros, Portugal também, aí concordo com o seu comentário, mas devíamos escolher com mais rigor que tipo de qualificações os emigrantes têm, o problema é que já ninguém quer vir para ca´LOLLL
Quanto ao pobres de lá, é o que eu comentava, sempre que podia distribuía o dinheiro que podia, não se salva o mundo uma pessoa de cada vez, mas compra-se alguma paz. Só assim se pode sobreviver bem por lá.
Kristy:
ResponderEliminarClaro que tudo é relativo. E se a Europa dificulta a entrada de estrangeiros nem queira Vª Ex.ia saber o que países terceiros fazem.
E, isto é para todos :
Temos todos a mania queirosiana de falar do país e da europa omo uma choldra mas :
a Europa ocidental, Portugal incluído, tem sistemas de saúde que funcionam, segurança, segurança social e muitas outros mordomias que por cá vivermos nem as apreciamos. Isto para já não falar da liberdade religiosa e politica.
Por muito mau que se queira fazer disto vivemos num dos melhores sítios e época histórica possível.
E o que para nós é classificado como uma injustiça gritante, um caso de corrupção horrível ou um abuso de poder são considerados na maior parte do mundo coisitas corriqueiras e que nem reparo merecem.
Daqui a uns anos vamos olhar para o nosso antigo sistema nacional de saúde com saudades. Podem escrever isso e aposto um jantar no Tavares, Menu Degustação.
ResponderEliminarLK:
ResponderEliminar”Eu penso que o nacionalismo foi uma das piores coisas do último século, se não a pior. Isto tanto no que alimentou (apesar de não ter causado) as duas guerras mundiais, e a maioria das ditaduras, incluindo a da união soviética.”
De repente algumas pessoas resolveram esconjurar ao nacionalismo, como se estivessem a exorcizar algo pérfido.
Curiosamente, apresentam argumentos antitéticos para amaldiçoar algo que não fez (não faz e não fará nunca) mal a ninguém.
O nacionalismo é o cimento que mantém a coesão mundial. Não foi a pior coisa do século passado (nem sequer foi uma “coisa má”), nem o será de futuro. O que pode acontecer, é que o nacionalismo sirva para cilindrar algumas ideias e projectos pândegos, mas perigosos para a estabilidade internacional.
Na verdade, foi o nacionalismo que despertou a reacção às Guerras Mundiais. Se não fosse a ideia de integridade e inviolabilidade do nacionalismo, muitos países teriam desaparecido do mapa e não reagiriam à invasão militar.
Se não fosse o nacionalismo (dos países bálticos, principalmente), ainda hoje teríamos a URSS de pedra e cal.
Eu sei qual é o medo dos europeístas. E, bem podem temer… porque o seu projecto fracassará como todos os anteriores.
”as coordenadas GPS de alguém no momento em que saiu do útero da mãe é um dado irrelevante para determinar os seus direitos ou deveres como cidadão.” - Concordo plenamente (embora ache muito tosca a expressão “sair do útero da mãe” – dá a ideia de um simples despejar ou livrar-se de um parasita!)
Também eu acho que nascer em Caminha ou em V. R. de Sto. António; No distrito de Bragança ou na ilha do Corvo, é indiferente para se ser cidadão português.
Mas, um pais/nação, é bem mais do que um simples território: há a cultura, o passado que molda a personalidade, a língua… até a forma como a apropria o Meio/natureza
Nunca percebi porquê, mas quem defende a filosofia anti-nacionalista, defende-a com base num pressupostos nacionalista: a melhor coisa que pode acontecer ao meu país é acabar com as fronteiras dele. Isto numa perspectiva ocidental.
Não creio que estas afirmações do LK sejam conscientes. Se no nacionalismo está a manutenção da paz e da coesão mundial… como pode o nacionalismo ser um perigo?
Zeca,
ResponderEliminar«O nacionalismo é o cimento que mantém a coesão mundial.»
Claro. Exactamente da mesma maneira como os adeptos dos vários clubes de futebol partilham sempre em paz, amor e harmonia a sua paixão pelo desporto. E quanto mais ferrenhos mais pacíficos e amigáveis para os da outra equipa.
Dividir as pessoas em nós e eles só porque sim é sempre mau. Seja pelo gang, bairro, clube, vila ou cidade, cor da pele ou figura geométrica desenhada num mapa séculos antes.
Nuvens,
ResponderEliminarda minha experiência em países africanos posso dizer que - não obstante as dificuldades burocráticas inegáveis em quase todos os que conheço - não há a mínima comparação possível entre as circunstâncias de vida de um imigrante branco em África e um imigrante negro na Europa, nomeadamente em Portugal. A mínima.
Que os governantes angolanos são uma choldra que devia ser encostada à parede, é um dado adquirido. Que essa mesma choldra tem possibilitado uma ricas negociatas a muito chico esperto português,é outro. Se fosse um governo trasparente e democrático não havia lá tantos portugueses a singrar. O que quero dizer é: a cumplicidade centenária portuguesa na conspiraçao contra todo um povo sofrido continua - e hoje já nem tem a desculpa do «África nossa». Tentar disfarçar isso com «mas vamos lá para ajudar os pretinhos» também tem uma longa tradição, mas nem por isso deixa de ser asqueroso.
Cristy
LK:
ResponderEliminarMais uma vez ficará amuado comigo, pois tenho que lhe dizer que, pelos exemplos escolhidos, você só pode estar a reinar – tudo “treta”!
”Exactamente da mesma maneira como os adeptos dos vários clubes de futebol partilham sempre em paz, amor e harmonia a sua paixão pelo desporto. E quanto mais ferrenhos mais pacíficos e amigáveis para os da outra equipa.”
Eu falo de nacionalismo, você contrapõe com grupos organizados, vulgo gangs.
O exemplo está muito mal escolhido, claro. Ainda se, em vez de um clube de futebol usa-se a selecção nacional, onde a maioria se revê!…
Repare que a selecção nacional é um elemento aglutinador. Muito para alem dos clubes, os adeptos dizem-se “portugueses”, e esquecem o clubismo quando o assunto envolve a selecção – isso é nacionalismo.
Eu detesto futebol, e pouco percebo desse espectáculo.
O problema do é o perigo que representa para o turbocapitalismo europeísta que pretende fazer das pessoas simples gado humano, domesticado e amestrado, usável enquanto interessa descartável quando já não dá lucro.
Essa “europa” não tem futuro com o nacionalismo que tende a reunir e organizar as pessoas em torno dum sentimento reivindicativo comum.
O que normalmente assusta aqueles que não dominam as questões dos fenómenos de massas, é o ressurgimento do “etnicismo” e não do nacionalismo. Se bem que, o nacionalismo sempre foi uma reacção alérgica de uma sociedade onde a Nação não coincide com o Estado – aí teremos sempre, quando mais não seja, uma desconfiança.
Tem razão apenas numa coisa: dividir as pessoas com base na figura geométrica traçada num mapa, sem atender às “nações” (fenómeno que se espalha por todos os continentes), sempre foi e será motivo de guerra. O mal não está no nacionalismo (que é inerente à civilização), está na política - nos políticos que pensam como o LK.
Divisões dentro de uma “nação” não podem ser compradas a nacionalismo – esse é o grande erro daqueles que pensam como o LK.
Cristy:
ResponderEliminarQuando uma pessoa, africana, asiática ou europeia, parte para outro país não tem, regra geral, em mente ajudar ou explorar os nativos.
Tirando os missionários as pessoas vão motivadas por razões económicas.
Dizer que os portugueses são uns exploradores militantes dos pretos em Angola, que os chineses das lojas do chinês estão a explorar os portugueses e que os espanhóis sonham com a união ibérica tem um nome : chama-se racismo.
Sousa, mas tu mesmo disseste que
ResponderEliminar«Temos todos a mania queirosiana de falar do país e da europa omo uma choldra mas :
a Europa ocidental, Portugal incluído, tem sistemas de saúde que funcionam, segurança, segurança social e muitas outros mordomias que por cá vivermos nem as apreciamos.»
Também estou baralhado. Queres dizer que o facto de haver países piores do que o nosso nos deve encher de gratidão e silêncio? Olha para o monte de trapalhadas que tem marcado a nossa actualidade e escolhe uma ao calha: Lopes da Mota. Um homem que foi acusado em 2005 de informar providencialmente a Fátima Felgueiras dos avanços da PJ sobre a sua nobre pessoa, volta agora a embaraçar o país na forma de pequeno vigarista a pressionar o MP. Em que é que isto difere dos métodos do terceiro mundo propriamente dito? Em nada. Estavas também tu a ser um pouco racista mas afinal não era preciso... :)
Agora mais a sério, não é racismo nenhum reconhecer que ainda não estamos nas planuras do terceiro mundo, mas isso é porque já alguém construiu coisas que outros se dedicam a destruir. Levará algum tempo a arrasar completamente com uma construção democrática, mas por mais que a integração europeia nos dê uma sensação de segurança o que não convém perder de vista é que o terceiro mundo será um desfecho inevitável se não houver maneira de raspar do sistema a cambada que não percebe isso.
Voltando à tua opção de Angola. Conheço alguns expatriados que vivem felizes em condomínios bem fechados, todo um cabaz de mordomias, o chauffeur, as montanhas de $$$, as festas vip, o bom e velho à-vontade para contratar e despedir, etc, etc. Concordo com a Cristy, pois está à vista que um governante como o Eduardo dos Santos, mesmo com essa obrigação do capital estrangeiro empregar 80% de angolanos, o que quer é dar emprego a um povo sem as maçadas de o cultivar no liceu para preencher os outros 20%. Para isso precisa do natural oportunismo financeiro de outros países como o nosso que recebem criminosos com honras de estado. A “simbiose” económica a que aparentemente te referes fica-se por aqui. O resto será da tua responsabilidade e tens mesmo que o assumir, mesmo que não tenhas em mente explorar ou ajudar pobrezinhos, quando deres por ti nos condomínios bem fechados, com o chauffeur, os montes de $$$, etc e tal. Depois diz.
(estou muito palavroso, as minhas desculpas)
Sobre África.eu dou de barato que se vai para lá porque se paga bem, e se eu fui não foi de certeza trabalhar para uma ONG, não sou assim tão afortunado que possa deixar de pagar as minhas contas. No entanto o problema não pode ser visto do ponto de vista bons e maus, eles são um país independente, cheio de ignorantes e por isso precisa de mão de obra qualificada. Não é ir ajudar, é ir trabalhar onde eles não tem competência técnica e necessitam, eu não ajudo a minha empresa, trabalho porque ela precisa, é o mercado.
ResponderEliminarQuanto às negociatas, estamos em posição de nos sentirmos irmãos, com o BPN, o BPP,os isaltinos, os pintos da costa, os casos que temos tido estamos todos no mesmo barco. E até podemos aprender com a família Eduardo dos santos agora com o semanário SOL. Já imagino este a ser vendido pelas crianças nas praias da ilha de Luanda com os polícias a andarem a trás delas porque é proibido vender nas praias LOLLLLLL afinal aquilo é um estado socialista.
racismo:Desculpem , mas os maiores racistas que conheci foram angolanos, sul africanos, guineenses, e não só em relação aos brancos, mas devido ao seu profundo tribalismo. ( obviamente excluo o Boers sobre os quais sou eu racista e nunca sequer me passou pela cabeça arriscar-me a ter conversas desse teor, não tenho 900 Kg de peso para me sentir seguro )
Mas isso daria para uma tese de doutoramento, o tribalismo africano, a meu ver , é a origem de todos os problemas deles, é um pensamento que servia num determinado tipo de sociedade, não na actual. E o seu profundo machismo, desrespeito pelos direitos humanos etc assim com a existência de vários dialectos, falta de raízes culturais , a inexistência da ideia de país enfim.
mais sobre negociatasQuem tenha tipo o desprazer de visitar uma mina de diamantes nas Lundas ( províncias do interior de Angola) sabe o que é miséria , desrespeito ambiental, destruição completa, milícias armadas, etc, em contraste com o produto que de lá sai.
São problemas humanos, geopolíticos, estratégicos de uma complexidade que faz o conflito da bósnia parecer um parque de diversões.
Tive muita pena de me vir embora, no entanto voltaria, e como já disse nunca fui do tipo de pessoa que convivia na ilha com a comunidade portuguesa da qual tenho a pior ideia ( genericamente falando óbvio) , sempre consegui ter um grupo alargado de pessoas de várias nacionalidades, e sempre preferi locais como o Elinga onde se podia estar no meio de pessoas que não tinham 500 dolares por dia de despesas de representação…….( sem comentários)
Tudo depende como estamos nos sítios, somos aquilo que fazemos, não a suposta pátria onde nascemos. Ao contrário dos crente, não transporto o pecado colonial ( original LOL) ás costas. E sinto-me livre de pensamentos condicionados pelo politicamente correcto, prefiro o factualmente correcto.
Neste momento , nós precisamos mais deles que eles de nós, por isso vamos para lá, é simples, é melhor que França : ) e deveria haver reciprocidade ? sem dúvida, o problema é que não temos condições neste momento nem para os nacionais, se a Crysti não percebeu estamos à beira do colapso económico, mesmo.
Bruce Lóse
ResponderEliminarDesculpa, quem vive nos condomínios fechados nunca chega a conhecer a verdadeira Luanda. Como disse sempre preferi viver no meio da cidade, no meio dos pre´dios podres, e viver um dia a dia diferente ( e evitar 2 horas de transito pior que Deli) e é um local fantástico para se conhecer. Haja espírito de aventura e com senso!!.
O pior é a comida...mas descobri latas de cozido à portuguesa, com tudo. Nada como comer no meio de luanda um cozido , ai como sabe bem heheheh, e rezar para que não tenha butolimsmo a lata :(
Nota, viver nos condomínios é viver numa fortificação, não tem nada de luxo, tirando a piscina, os campos relvados, o tenis, as casas ocidentais, etc etc para conhecerem o que é o luxo no meio da pior pobresa, escandalizem-se :
uma opinião com imagens para quem não conheça
http://africaminhamami.blogspot.com/2008/05/tudo-uma-cabala-montada-para-denegrir.html
ALTAVISTA
http://www.youtube.com/watch?v=MHHq1b_DeE8
INBONDEIROS
http://www.maexpa.co.ao/pt/empreendimentos/imbondeiro/index.html
e não há mais a dizer , é só ver ...reparar a localização bem fora da cidade
se a Crysti não percebeu estamos à beira do colapso económico, mesmo.
ResponderEliminarJá estive bem mais pessimista. Mas também já percebi por outros assuntos que és um pessimista por natureza em tudo o que se relaciona com a escala global :)
Dizer que os portugueses são uns exploradores militantes dos pretos em Angola, que os chineses das lojas do chinês estão a explorar os portugueses e que os espanhóis sonham com a união ibérica tem um nome : chama-se racismo.
ResponderEliminarNão Sousa,
dizer essas coisas é estupidez, não racismo. O que eu disse é que se o Governo angolano é o que é, é-o também por cumplicidade dos portugueses, representados pelo seu excelso governo socialista (LOL). E isto só pela ganância de uns cobres. Já fizemos mal que chegue àquele país, não achas?
Cristy
Nuvens,
ResponderEliminarcompletamente de acordo.
Cristy
excpeto que espero que a minha incompreensão não seja a causa directa do colapso económico. É muita responsabilidade :-)
ResponderEliminarCristy
Barba
ResponderEliminarOlhe que não ,olhe que não
Estamos por causa da dívida externa, e isso é apenas uma questão de tempo até rebentar.
Eu até sou muito optimista em relação À espécie humana, com tantas bestas acredito que se vai a algum lado LOLLLL
Cristy
ResponderEliminarLOLL
acho que não mas...
não acho que devamos ficar presos ao passado. Eu se voltar a imigrar estou a equacionar os países nórdicos, mas veio entretanto a crise e agora estou nesta choldra
Abster-se ou votar branco/nulo é o maior engano: é o mesmo que votar Sócrates.
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