terça-feira, junho 30, 2009

Miscelânea Criacionista: “Tipo” morcego

Os criacionistas defendem que a evolução só pode ocorrer dentro de cada tipo de organismo. Não por haver algum limite molecular para a acumulação de mutações, mas porque leram na bíblia que Deus criou cada animal segundo a sua espécie e na bíblia “espécie” quer dizer “tipo”. “Tipo”, infelizmente, não se sabe bem o que quer dizer, e os criacionistas não o definem. Deve ser gaivotas dão gaivotas.

O resultado é que os criacionistas aceitam que, por exemplo, os morcegos tenham evoluído de um morcego original – talvez um casal que Noé tenha trazido para o barco – mas rejeitam que os humanos e os chimpanzés tenham um ancestral comum. Nós e os chimpanzés somos de “tipos” diferentes, enquanto que todos os morcegos são do mesmo “tipo”. E com isto separam a micro-evolução da macro-evolução. A primeira, dizem, explica a diversidade dos morcegos. Mas para as diferenças entre chimpanzés e humanos já era preciso macro-evolução. E isso Deus não deixa.

Só que o morcego é um grande tipo. Um tipão. A imagem abaixo mostra, à esquerda, o morcego abelhão, Craseonycteris thonglongyai. É o mamífero mais pequeno que se conhece*, com um peso em adulto de 2g. E, à direita, a raposa voadora da Malásia, Pteropus vampyrus, com 2 metros de envergadura e 1,5Kg de peso. A gama de tamanhos nas novecentas espécies de morcego é como a diferença entre nós e a baleia azul. Os chimpanzés, de um “tipo” diferente do nosso, pesam cerca 60Kg.

Morcegos

Na alimentação também há este contraste. Os morcegos são o “tipo” de animal em que umas espécies se especializaram em comer fruta, outras carne, outras peixe, ou insectos, néctar e algumas até sangue. Nós e os chimpanzés somos ambos omnívoros. Mas de tipos diferentes.

E a ideia comum que todos os morcegos são cegos e usam sonar é incorrecta. Em geral, só os da sub-ordem Microchiroptera se orientam pelo som e muitos morcegos usam a visão também, entre outros sentidos. Também nisto a diversidade deste “tipo” é muito maior que as diferenças entre humanos e chimpanzés.

Se os criacionistas quisessem dividir os morcegos em vários “tipos” enfrentavam um grande problema. Tinham de explicar o que é um “tipo”. E explicar, ao que parece, é outra coisa que Deus proíbe. Por isso têm de considerar que tudo a que chamamos morcego é do mesmo “tipo”, evoluído do morcego ancestral que o Sr. Jeová criou naquele fatídico quarto dia**.

Assim enfrentam um problema ainda maior. Uma em cada cinco espécies de mamífero é uma espécie de morcego. A análise filogenética desta ordem mostra que a diversidade genética dos morcegos é semelhante à diversidade genética dos primatas. A diferença entre duas espécies de morcego pode ser dez vezes maior que entre nós e os chimpanzés. Se os morcegos são todos do mesmo “tipo” então os humanos são do “tipo” dos lémures e basta a micro-evolução para ir de um babuíno a um criacionista. Ou vice-versa.

Este disparate dos “tipos” vem dos criacionistas fazerem as coisas ao contrário. Começam das palavras e martelam o mundo a fingir que encaixa no que leram. Se há palavras como “morcego”, “humano” e “chimpanzé”, então têm de ser esses os tipos de animal. Se está escrito que é assim, até é pecado duvidar que seja. E esquecem-se, ou fazem por esquecer, que as palavras são inventadas por nós e só acertam na realidade se soubermos o que estamos a dizer.

Errata:
* Como notou um leitor anónimo nos comentários, o lugar de mamífero mais pequeno é disputado com o musaranho-pigmeu Suncus etruscus, conforme se conta pelo peso (ganha o musaranho) ou pelo comprimento (ganha o morcego).

** O Jónatas Machado apontou que errei aqui. Segundo a bíblia, os animais foram criados no quinto e sexto dia. Obrigado pela correcção. O quarto dia foi quando Deus criou os corpos celestes, como o Sol e a Lua. O que já fez muitos pensar que os primeiros três dias devem ter sido estranhos...

1- E. C. Teeling, M. S. Springer, O. Madsen, P. Bates, S. J. O’Brien,W. J. Murphy, A Molecular Phylogeny for Bats Illuminates Biogeography and the Fossil Record. Science 28 January 2005: Vol. 307. no. 5709, pp. 580 – 584. O artigo não está disponível de graça mas há figuras e uma descrição do método no material suplementar.
Adenda: Um leitor anónimo, a quem agradeço, encontrou o artigo integral (em .pdf).

67 comentários:

  1. Outro facto curioso para o qual te chamo a atenção é a datação de carbono 14 que enferma de varias irregularidades quando a usamos para (des)calcular a idade da terra, os tais seis mil anos , mas que é perfeitamente plausivel para datar correctamente os ossos do apostolo Paulo no seu tumulo recem aberto em Roma, como publicado hoje no jornal publico. Até o Bento diz que a datação de carbono 14 é inequivoca a dizer que os ossos são do sec I.
    Que pena que este metodo já não sirva para (des)calcular a idade do nosso planeta.... é azar....

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  2. Há ainda aquele "pequeno embaraço bíblico" para os criacionistas que é a classificação dos morcegos como aves:

    Levítico 11

    13 Dentre as aves, a estas abominareis; não se comerão, serão abominãveis: a águia, o quebrantosso, o xofrango,
    14 o açor, o falcão segundo a sua espécie,
    15 todo corvo segundo a sua espécie,
    16 o avestruz, o mocho, a gaivota, o gavião segundo a sua espécie,
    17 o bufo, o corvo marinho, a coruja,
    18 o porfirião, o pelicano, o abutre,
    19 a cegonha, a garça segundo a sua, espécie, a poupa e o morcego.

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  3. Bone fragments confirmed to be Saint Paul

    O Paulo de Tarso parece que já foi encontrado o problema é se encontram os restos mortais do fundador da seita!

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  4. Correcção: O mamífero mais pequeno (em massa) é o pequeno Musaranho-Pigmeu que tem um peso médio de 1,3g.

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  5. Smallest mammal

    The vulnerable Kitti's Hog-nosed Bat (bumblebee bat; Craseonycteris thonglongyai) from Thailand and Myanmar[18] is the smallest mammal, at 30-40 mm in length and 1.5 to 2 g in weight, about the weight of a Canadian or U.S. dime.

    The Etruscan Shrew is the smallest mammal by mass, though it exceeds the Bumblebee Bat in skull size.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Smallest_organisms#Smallest_mammal

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  6. Satanucho,

    Estás a cometer uma pequena imprecisão. Não há incoerência nenhuma, por parte dos criacionistas, relativamente ao carbono 14.

    A imprecisão é a seguinte: para os criacionistas, qualquer método de datação usado pela ciência é fiável desde que produza resultados inferiores a 10 mil.

    Logo, a datação dos ossos Paulo é correcta mas a datação de um osso de dinossauro é incorrecta.

    Da mesma forma, os métodos de medição das distâncias astronómicas estão certos até 10 mil anos de luz. A partir daí, ou estão errados... Ou então foi Deus que criou a luz já a dirigir-se para a terra, dando a sensação que o Universo é maior (ou seja, mais antigo) do que o que efectivamente é.

    Vês como não há nenhuma incoerência criacionista? ;)

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  7. NOTA AO ANÓNIMO:

    Levítico 11 não tem qualquer problema. No original, a expressão utilizada não significa ave, mas animal alado, podendo designar aves, morcegos e insectos voadores.

    O critério aí utilizado é meramente funcional: animal que voa.

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  8. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG (1 )

    “Os criacionistas defendem que a evolução só pode ocorrer dentro de cada tipo de organismo.”

    Não se trata aí de evolução, mas apenas de mutações e selecção natural que degradam e eliminam informação genética e que são incapazes de transformar morcegos noutra coisa que não seja morcegos.

    Os morcegos são uma maravilha da Criação.

    Os mais "antigos" que se conhecem no registo fóssil são inteiramente funcionais e muito semelhantes aos morcegos modernos, desmentindo assim a teoria da evolução.

    Até o registo fóssil nega a evolução dos morcegos.

    Nos morcegos encontramos um sistema de radar e eco-lozalização que lhes permite distinguir a frequência do eco por eles produzido, sem interferências.

    Do mesmo modo, o sistema permite-lhes reconhecer os outros morcegos, de entre milhares deles, e detectar insectos em pleno voo.

    Os morcegos falam eloquentemente do engenho e do poder do Criador.


    “Não por haver algum limite molecular para a acumulação de mutações, mas porque leram na bíblia que Deus criou cada animal segundo a sua espécie e na bíblia “espécie” quer dizer “tipo”. “Tipo”, infelizmente, não se sabe bem o que quer dizer, e os criacionistas não o definem. Deve ser gaivotas dão gaivotas.”

    Nem os evolucionistas conseguem definir, consensualmente, o que é espécie. “Espécie”, no sentido bíblico do termo, designa provavelmente tipo ou família.

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  9. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG (2 )


    “O resultado é que os criacionistas aceitam que, por exemplo, os morcegos tenham evoluído de um morcego original – talvez um casal que Noé tenha trazido para o barco – mas rejeitam que os humanos e os chimpanzés tenham um ancestral comum.”


    As mutações e a selecção natural não criam informação nova, codificadora de estruturas e funções mais complexas, não tendo capacidade para transformar morcegos noutra coisa qualquer. Pela mesma razão, elas não têm a capacidade de transformar vírus em virologistas ou bactérias em bacteriologistas.

    As mutações e a selecção natural que vemos dentro de cada família ou tipo vão degradando, eliminando e especializando informação genética pré-existente.

    Acresce que não existe qualquer evidência, para além das fantasias evolucionistas, de que o chimpanzé e o ser humano tenham tido um antepassado comum. Eles tiveram um Criador comum.

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  10. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG (3)


    “Nós e os chimpanzés somos de “tipos” diferentes, enquanto que todos os morcegos são do mesmo “tipo”.

    Muitos morcegos reproduzem-se entre si, o que não sucede entre chimpanzés e seres humanos. É a própria evidência científica que distingue ambos os casos.

    “E com isto separam a micro-evolução da macro-evolução.”

    A chamada micro-evolução nada mais é do que mutações e recombinações a partir de informação genética pré-existente.


    “A primeira, dizem, explica a diversidade dos morcegos.”

    A diversidade dos morcegos depende da expressão de informação genética existente nos morcegos ou das mutações e selecção natural a partir dessa informação. Mas morcegos são sempre morcegos, como gaivotas são sempre gaivotas.

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  11. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG ( 4)



    “Mas para as diferenças entre chimpanzés e humanos já era preciso macro-evolução. E isso Deus não deixa.”

    Deus não deixa, nem a ciência demonstra.

    Ainda recentemente alguns evolucionistas vieram afirmar que, afinal, estamos mais perto dos Orangutangos do que dos chimpanzés. O que mostra que essa coisa de os chimpanzés e os humanos terem um antepassado comum é questionada mesmo pelos evolucionistas, que não estão nada convencidos com a evidência que lhes apresentam.


    “Só que o morcego é um grande tipo. Um tipão.”

    O potencial genómico dentro dos grandes tipos é enorme. Mesmo dentro dos seres humanos encontramos pigmeus, aborígenes, zulus, Neandertais, etc.


    “A imagem abaixo mostra, à esquerda, o morcego abelhão, Craseonycteris thonglongyai. É o mamífero mais pequeno que se conhece, com um peso em adulto de 2g. E, à direita, a raposa voadora da Malásia, Pteropus vampyrus, com 2 metros de envergadura e 1,5Kg de peso. A gama de tamanhos nas novecentas espécies de morcego é como a diferença entre nós e a baleia azul.”

    Também existem sapos de muitos tamanhos. Recentemente foi descoberto um micro-sapo.

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  12. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG ( 5)


    “Os chimpanzés, de um “tipo” diferente do nosso, pesam cerca 60Kg.”

    E quanto pesa um São Bernardo? Quanto custa um quilo? Pelos vistos a nova teoria evolucionista pretende criar árvores filogenéticas ao peso!!!



    “Na alimentação também há este contraste. Os morcegos são o “tipo” de animal em que umas espécies se especializaram em comer fruta, outras carne, outras peixe, ou insectos, néctar e algumas até sangue.”

    Também existem ursos herbívoros e carnívoros. Qual é a mesmo a dúvida?

    “Nós e os chimpanzés somos ambos omnívoros. Mas de tipos diferentes.”

    Sucede, no entanto, que as diferenças que nos separam dos chimpanzés são mais significativas do que quaisquer semelhanças que tenhamos com eles.

    Na verdade, temos muitas semelhanças com os próprios morcegos. Também temos olhos, boca, somos mamíferos, etc.

    Tudo evidência de um Criador comum que nos criou a todos na mesma semana para vivermos nas mesmas condições.

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  13. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG ( 6)


    “E a ideia comum que todos os morcegos são cegos e usam sonar é incorrecta. Em geral, só os da sub-ordem Microchiroptera se orientam pelo som e muitos morcegos usam a visão também, entre outros sentidos.”

    O que é inteiramente compatível com um Criador engenhoso!!

    “Também nisto a diversidade deste “tipo” é muito maior que as diferenças entre humanos e chimpanzés.”

    O problema é que nenhum chimpanzé conseguiria ler uma frase deste texto, interessar-se por teologia, filosofia, ciência, arquitectura, escultura, pintura, poesia, música, etc.


    “Se os criacionistas quisessem dividir os morcegos em vários “tipos” enfrentavam um grande problema. Tinham de explicar o que é um “tipo”.”

    Aí, como em todas as matérias, existe muito para estudar. Os evolucionistas é que têm problemas em calibrar os supostos “relógios
    Moleculares” com a evidência paleontológica.

    “E explicar, ao que parece, é outra coisa que Deus proíbe.”

    De modo algum!!

    Deus fornece, precisamente, a grelha explicativa, para nos ajudar a desenvolver a explicação correcta e não simplesmente uma qualquer explicação estúpida e incorrecta.

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  14. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG ( 7)



    “Por isso têm de considerar que tudo a que chamamos morcego é do mesmo “tipo”, evoluído do morcego ancestral que o Sr. Jeová criou naquele fatídico quarto dia.”

    No quarto dia Deus criou os corpos celestes. O Ludwig mostra mais uma vez a sua ignorância.

    “Assim enfrentam um problema ainda maior. Uma em cada cinco espécies de mamífero é uma espécie de morcego.”

    Uma espécie dentro de um mesmo tipo.

    “A análise filogenética desta ordem mostra que a diversidade genética dos morcegos é semelhante à diversidade genética dos primatas.”

    Dos genomas conhecemos muito pouco. Hoje sabe-se que muito do funcionamento do genoma depende de regiões não codificantes, antes consideradas junk-DNA, mas que hoje sabemos que contribuem decisivamente para a expressão genética.

    “A diferença entre duas espécies de morcego pode ser dez vezes maior que entre nós e os chimpanzés.”

    Isso não tem qualquer problema.

    Também o Tenreco é geneticamente muito semelhante ao elefante e, no entanto, muito mais pequeno do que ele.

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  15. Sim, tens razão , que obtuso sou, agora sim finalmente vi a luz.
    O amor pelo espirito santo transborda de meu peito ao saber que infindavel é a sabedoria do senhor e que aqueles ossos em pó são a ierrfutável prova da existencia do senhor meu deus.
    Obrigado amigo, obrigado , sou indigno de tal honra e patati e patátá, ai que saudades tenho da forquilha criacionista.....

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  16. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG ( 8)



    “Se os morcegos são todos do mesmo “tipo” então os humanos são do “tipo” dos lémures e basta a micro-evolução para ir de um babuíno a um criacionista. Ou vice-versa.”

    Os morcegos conseguem cruzar-se reprodutivamente, em muitos casos. No entanto, isso não se passa entre os seres humanos e os chimpanzés. Muito menos entre ambos e os Lémures.



    “Este disparate dos “tipos” vem dos criacionistas fazerem as coisas ao contrário. Começam das palavras e martelam o mundo a fingir que encaixa no que leram.”

    Os criacionistas começam com a revelação do Criador, que é mais competente do que os cientistas por Ele Criados.

    Deus criou e codificou no núcleo das células a informação de que depende a produção, reprodução e sobrevivência dos cientistas.

    Alguns destes, estupidamente, defendem que a vida e a informação codificada de que ela depende, surgiu por acaso.

    No entanto, não podem produzir qualquer evidência observável ou experimental de que isso é possível, quanto mais de que isso realmente acontenceu.


    “Se há palavras como “morcego”, “humano” e “chimpanzé”, então têm de ser esses os tipos de animal.”

    Não necessariamente. Há que estudar as coisas com mais atenção.

    Neste momento muitos cientistas criacionistas dedicam-se ao estabelecimento dos diferentes tipos.

    “Se está escrito que é assim, até é pecado duvidar que seja.”

    Não é só pecado. É estupidez.

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  17. COMENTÁRIO CRIACIONISTA AO LUDWIG (9 )


    “E esquecem-se, ou fazem por esquecer, que as palavras são inventadas por nós e só acertam na realidade se soubermos o que estamos a dizer”

    As palavras não foram inventadas por nós.

    Isso não tem qualquer fundamento científico ou empírico.

    As palavras foram inventadas pelo Criador, que se revela, precisamente, como LOGOS, o que é Razão e Palavra.

    Tendo sido criados à sua imagem e semelhança, temos capacidade pensamento abstracto e comunicação verbal. Isso distingue-nos dos outros animais.

    Mas uma coisa é certa. O Ludwig não sabe mesmo o que está a dizer.

    Talvez possa dar um exemplo em que mutações e selecção natural transformaram um morcego noutra espécie diferente e mais complexa.

    Se não consegue dar nenhum exemplo, o que é que o leva a crer que isso é possível?

    Talvez… a sua fé naturalista?

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  18. SEQUÊNCIAS POLISSÉMICAS E CÓDIGOS


    O Ludwig procurou apresentar o facto de a sequência de nucleótidos CUG poder ter dois significados, dependendo do contexto, como prova de que o DNA não é um código.

    Mas falha, mais uma vez.

    Em vez disso, ele sublinha alguns importantes pontos para o criacionismo.


    Desde logo, ele reconhece que sequências de símbolos, no DNA, têm uma função representativa de algo que os transcende, transmitindo instruções precisas para a produção de função aminoácidos, proteínas, células, tecidos, órgãos, seres vivos integrados e funcionais.

    Essa função representativa é a essência de um código.

    Além disso, ele sublinha o carácter polissémico dos símbolos, o que é típico de muitos códigos.

    Nas linguagens humanas, a mesma palavra pode assumir vários significados, dependendo do contexto.

    Existem palavras homónimas, sinónimas, homógrafas, homófonas, etc.

    Dentro das linguagens muitas coisas podem acontecer, que nem por isso elas deixam de ser linguagens.

    Mas o facto de assumir um ou outro significado em nada refuta o tratar-se de informação codificada.

    No DNA sabe-se que genes idênticos podem assumir significados diferentes, dependendo do contexto regulatório.


    Um terceiro aspecto, é sublinhado pelo físico e teórico da informação, alemão, Werner Gitt, usando o mesmo exemplo do Ludwig.

    No seu artigo “Design by Information”, publicado numa obra colectiva em 2006, Werner Gitt, na nota de rodapé 8, afirma que o código contido no DNA facilmente se percebe ter uma natureza convencional (no sentido de queo significado não é uma propriedade dos açucares e fosfatos que constituem a matéria do DNA).

    Por outras palavras, diz Werner Gitt, não existe nenhuma razão físico-química pela qual a biomaquinaria do DNA atribui à sequência CUG, por exemplo, o significado “leucina”.

    Com efeito nalgumas espécies a mesma sequência é traduzida por “serina”.

    Para Werner Gitt isso só demonstra a natureza imaterial e convencional do código, no sentido de que se trata de uma realidade independente das propriedades físicas e químicas da matéria.

    Como se vê, não existe nada de novo no argumento do Ludwig e muito menos nada que ponha em causa o que os criacionistas afirmam.

    Pelo contrário.

    O argumento corrobora inteiramente o que os criacionistas dizem,

    Continua a existir código e informação codificada no genoma,


    De resto, isso é reconhecido por todos, menos pelo Ludwig, que continua numa inglória tentativa de negação do óbvio:

    1) Informação codificada tem sempre origem inteligente

    2) O DNA tem informação codificada

    3) O DNA teve origem inteligente

    4) A Bíblia diz que o Criador do DNA é um Deus que se define como RAZÃO.

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  19. CRIACIONISTAS CONCORDAM COM ATEUS!

    1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente.


    Os criacionistas concordam.

    2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com as unidades de informação ATGC (em rigor conhecem-se hoje seis nucleótidos) que codifica quantidades inabarcáveis de informação como um computador.

    Os criacionistas concordam.

    3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), Anthony Flew, o decano do ateísmo filosófico, concluiu que o código do DNA só pode ter tido origem inteligente e abandonou o seu ateísmo.


    Os criacionistas concordam e aplaudem!!

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  20. ÁÁÁÁÁ GANDA PORRA, a forquilha criacionista conseguiu postar antes de mim, caracoles.....
    E o mais ex-traordinario é que li o comentario do paulo ferreira e prontamente respondi mas a forquilha criacionista (certamente iluminada pela luz da sabedoria do senhor, sem duvida) no tempo que eu demorei a escrever um comentario com umas miseraveis 9 linhas consegue elinhar 8 comentarios meus amigos OITO, e todos bastante mais extensos que os meus , é obra (de deus sem duvida) .
    Vergo-me humildemente perante tal velocidade de raciocinio e de escrita... é milagre certamente

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  21. O FÍSICO PAUL DAVIES DIZ: EXISTE INFORMAÇÃO CODIFICADA NO GENOMA

    O Físico Paul Davies, percebeu o problema, quando afirmou:


    ‘We now know that the secret of life lies not with the chemical ingredients as such, but with the logical structure and organisational arrangement of the molecules.

    … Like a supercomputer, life is an information processing system. …

    It is the software of the living cell that is the real mystery, not the hardware.’

    ‘How did stupid atoms spontaneously write their own software? … Nobody knows …"


    Portanto:

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA. Daí que possamos reafirmar:


    1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções;

    2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais;


    3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.


    4) A Bíblia diz que o Criador da vida é um Deus que se revela como LOGOS (Razão, Palavra)

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  22. RICHARD DAWKINS REITERA: O DNA TEM LITERALMENTE INFORMAÇÃO CODIFICADA!!


    O Ludwig diz que o DNA não tem informação codificada (ou tem, ou não tem, ou tem, conforme a disposição do Ludwig.)

    Richard Dawkins, no seu livro The Devil’s Chaplain, pags. 27 ss. diz:

    “The genetic code is truly digital in exactly the same sense as computer codes.

    This is not some vague analogy.

    It is the literal truth”.

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.

    Daí que possamos com toda a certeza reafirmar:

    1) Sempre que sequências não arbitrárias de símbolos são reconhecidas, como numa linguagem, como representando ideias ou instruções passíveis de serem lidas e executadas, por pessoas ou maquinismos, para a realização de operações específicas orientadas para resultados determinados, estamos perante informação codificada;


    2) Toda a informação codificada tem sempre origem inteligente, não se conhecendo excepções a esta regra;


    3) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade tecnológica humana, e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos altamente complexos, integrados e funcionais.


    4) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.


    5) A Bíblia ensina que o Criador da vida é um Deus que se revela como LOGOS (Razão, Palavra).

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  23. Jónatas,

    «O critério aí utilizado é meramente funcional: animal que voa.»

    Daí a inclusão da avestruz :)

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  24. INCONSISTÊNCIAS CRIACIONISTAS SOBRE A IDADE DO UNIVERSO?

    "Ou então foi Deus que criou a luz já a dirigir-se para a terra"

    Essa ideia há muito foi abandonada.

    "...dando a sensação que o Universo é maior (ou seja, mais antigo) do que o que efectivamente é."

    Maior não é o mesmo que mais antigo.

    Acresce que a teoria da relatividade geral mostra que o tempo corre a velocidades diferentes em várias partes do Universo.

    Pelo que se a Terra estivesse num poço graviational, no princípio, seria possível passarem seis dias na Terra e biliões de anos noutras partes do Universo.

    O tempo é relativo.

    De resto, a Bíblia afirma que para Deus um dia são como mil anos e mil anos como um dia, o que é consistente com modelos de relatividade cosmológica.

    No entanto, os modelos mudam, mas a Palavra de Deus fica.

    "Vês como não há nenhuma incoerência criacionista? ;)"

    Claro que não!

    Os evolucionistas também têm problemas com a velocidade da luz e com a relatividade do tempo, como prova a proliferação de modelos inflacionários desde Alan Guth e a presença de teorias como a de João Magueijo.

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  25. MÉTODOS DE DATAÇÃO E IDADE DA TERRA (1)

    Os registos históricos mais antigos têm cerca de 4 500 anos. A partir daí cada um constrói a história da Terra, não com base na observação directa ou nos relatos de testemunhas oculares, mas com base nas suas próprias crenças acerca da suposta história da Terra.


    Muitas pessoas acreditam que a Terra tem 4,5 biliões de anos. No entanto, muito poucas sabem como é que se chegou a uma tal data, nem perecebem que a mesma é totalmente “model dependent”. Ou seja, elas desconhecem as pressuposições naturalistas e os modelos uniformitaristas que têm que ser aceites previamente a essa determinação.

    Charles Lyell limitou-se a pressupor que os processos actualmente geológicos observados sempre aconteceram.

    Curiosamente, a geologia contemporânea tem desmentido o uniformitarismo de Lyell e afirmado o catastrofismo.

    Daí a emergência das correntes neo-catastrofistas.

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  26. MÉTODOS DE DATAÇÃO E IDADE DA TERRA (2)


    A Bíblia, ao afirmar o dilúvio global (contando com o apoio de mais de 250 relatos da antiguidade) é inteiramente catastrofista.

    O presente não é a chave do passado.

    O dilúvio global ocorrido no passado é que é a chave para as presentes observações de rochas e fósseis.

    A verdade é que os métodos de datação continuam a desmentir com intensidade crescente essa extrema antiguidade da Terra.

    Na verdade, esses métodos contradizem-se frequentemente uns aos outros, chegando mesmo alguns a dar datas futuras.


    Por exemplo, pedaços de madeira recolhidos de uma rocha perto de Sydney, na Australia, supostamente com uma idade de 230 milhões de anos, deram uma idade de apenas 34,000 utilizando métodos de datação de carbono.
    Amostras de rocha recolhidas de lava de uma erupção de há apenas 50 anos, do monte Ngauruhoe, na Nova Zelândia, deram idades de potássio-argon de até 3.5 milhões de anos.


    Madeira do chamado período Jurássico, no Reino Unido, datadas de há 190 milhões de anos deram uma idade de 25 000 anos usando datação por carbono.


    Rochas com dez anos de idade, recolhidas da lava vulcânica do Monte de Santa Helena, nos Estados Unidos, deram uma idade radiométrica de 350 000 anos.

    Em contrapartida, minerais das mesmas amostras deram uma idade de 2,8 milhões de anos.

    Diamantes recolhidos nos Estados Unidos, supostamente com 2 biliões de anos deram uma idade de Carbono 14 de 56 000 anos.

    Quando o Monte de Santa Helena explodiu, em 12 de Junho de 1980, enterrou muitas campos circundantes sob seis metros de cinza.

    Os sedimentos continham formações laminadas que pareciam ter sido depositadas ao longo de milhares de anos.

    No Colorado, uma caverna de uma mina foi encontrada com estalactites e estalagmites supostamente com milhares de anos. No entanto, a mina tinha sido abandonada há apenas 20 anos.

    Por seu lado, o canal National Geographic acaba de anunciar a autópsia de um Hadrosauro encontrado em 1999 no estado do Dakota, onde ainda são perceptíveis detalhes da pele, tecidos moles, ligamentos, órgãos intactos, num estado de conservação que os próprios cientistas envolvidos qualificaram de “inacreditável” e “de cortar a respiração”.


    Temos mesmo que acreditar que o Hadrossauro tem 65 a 70 milhões de anos?

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  27. MÉTODOS DE DATAÇÃO E IDADE DA TERRA (3)



    Então, que idade devemos escolher?

    A verdade é que os cientistas não conseguem medir a idade da Terra. Eles apenas estão em condições de fazer estimativas baseadas no modo como eles imaginam a formação da Terra.

    Existe muita evidência científica de que Deus criou o Universo e a Vida de forma inteligente e de que o pecado introduziu a morte, a doença, o sofrimento e a corrupção.

    Existe muita evidência geológica de que a Terra é recente e que foi sacudida por um dilúvio global, cerca de 1700 anos depois da sua criação, dilúvio esse responsável pelos fósseis que vemos e pelas evidências de catástrofe na geologia.

    Existe muita evidência histórica de que Deus escolheu Israel como o povo de onde iria vir o Salvador, bem como de que Jesus Cristo viveu, morreu e ressuscitou conforme as escrituras.

    A centralidade da questão de Israel e de Jerusalém ainda nos nossos dias testemunha a relevância da Bíblia tanto para entender as origens como o passado, o presente e o futuro da humanidade.

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  28. Satanucho,

    "PEDRO" Ferreira... Não Paulo Ferreira... :)

    O perspectiva é um senhor, de facto!!!

    Assim que li o post do Ludwig, tinha a certeza que iriam ser descarregadas várias toneladas de spams.

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  29. Jónatas,

    «O critério aí utilizado é meramente funcional: animal que voa.»

    Daí a inclusão da avestruz :)


    BURN!!!!! :D

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  30. Ludwig,

    "Daí a inclusão da avestruz :)"

    E do pinguim...

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  31. Levítico: "13 Dentre as aves, a estas abominareis; não se comerão, serão abominãveis: a águia, o quebrantosso, o xofrango,"

    ... o que é um "xofrango"?

    PS: Bom, vou almoçar... Provavelmente um "xobife" com batatas fritas.

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  32. Ludwig:

    Já percebi como é que, na opinião dos criacionistas, surge a informação.

    Basicamente é assim: tens todo o tipo de morcegos, uns alimentam-se de sangue, outros de fruta, outros de insectos; uns pesam 2g, outros mais de 1kg; uns usam sonar para se orientarem, outros nem por isso, etc... Mas são todos morcegos, por isso não há variação de informação de uns para os outros. As mutações espontâneas e a selecção natural explicam todas essas diferenças.

    Se querias ter aumento de informação, terias de pôr toda a gente a chamar "piriritos" aos morceguinhos pequeninos, que deixavam portanto de ser considerados morcegos.
    Como já ninguém lhes chamava morcegos, eles seriam obviamente de um outro "tipo".
    Porque o único critério que eu encontrei para os diferentes "tipos" corresponde ao da linguagem comum. Se as pessoas acham que "isso são tudo bactérias", então as diferenças entre as bactérias são irrelevantes, e qualquer alteração que surja não corresponde a um aumento de informação (são seres do mesmo "tipo").

    Já se as pessoas acreditam que são espécies diferentes, como lobo e cão, então aí para explicar as diferenças é preciso que exista "nova informação".

    Ora isto faz todo o sentido, pois a "nova informação" é precisamente a nova denominação que os aninaizinhos têm. Nenhuma mutação cria isto.
    Realmente é preciso uma "inteligência exterior" para criar "nova informação". A selecção natural não faz nada disso.

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  33. João Vasco,

    Brilhante!

    perspectiva,

    Tens razão! Não há aumento de informação. Podes cancelar o envio automático deste tipo de spams. Mas continua a enviar dos outros...

    João Vasco (ou perspectiva):

    O que é um "xofrango"?

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  34. É um frango que ganhou nova informação ;)

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  35. "Nem os evolucionistas conseguem definir, consensualmente, o que é espécie."

    Sim conseguem:

    Especies que andam, especies que nadam e especies que voam.

    As que rastejam e as que saltam são subespecies.

    Ves? que é mais sofisticado que o teu manual milenar!

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  36. "Levítico 11 não tem qualquer problema. No original, a expressão utilizada não significa ave, mas animal alado, podendo designar aves, morcegos e insectos voadores."

    Não é verdade pelas razões já explicadas pelos anteriores comentadores e ainda porque os insectos voadores são designados à parte em Levítico 11:20 a 11:23 e ainda por cima "só andam sobre quatro pés" - nem no número de patas acertaram!

    20 Todos os insetos alados que andam sobre quatro pés, serão para vós uma abominação.
    21 Contudo, estes há que podereis comer de todos os insetos alados que andam sobre quatro pés: os que têm pernas sobre os seus pés, para saltar com elas sobre a terra;
    22 isto é, deles podereis comer os seguintes: o gafanhoto segundo a sua espécie, o solham segundo a sua espécie, o hargol segundo a sua espécie e o hagabe segundo a sua especie.
    23 Mas todos os outros insetos alados que têm quatro pés, serão para vós uma abominação.


    xofrango | s. m.

    xofrango
    s. m.
    1. Nome da rabalva ou águia-pesqueira, quando nova.
    2. Zool. Brita-ossos.
    3. Pigargo.

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  37. Dicionário criacionista

    Espécie - Assim como que, tipo, mais ou menos um bicho qualquer em que se está a pensar e que a olho é tudo igual, pá!

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  38. Caros jogadores,

    xofrango sm (lat ossifragu) Ornit O mesmo que brita-ossos

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  39. Caro jogador Anónimo,

    Levíticos 11 descreve orientações para saber quais os animais limpos ou não limpos (imundos), que foram permitidos, ou não, para servirem para a alimentação.
    É uma expressão utilizada de acordo com o entendimento da época. Jesus também falou sobre os pensamentos do coração, que era o entendimento da época. Jesus entendeu que as pessoas naquele tempo ainda não seriam capazes de aceitar que se pensa e se sente com o cérebro, então falou da forma usual.
    Os animais, tiveram pequenas alterações, mas não se cruzam fora do grupo espécie.

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  40. Caro jogador Anónimo,

    A Bíblia não pretende ser uma descrição científica. Em vez disso, é muitas vezes escrita a partir da perspectiva do que vemos. Em outras palavras, torna genéricas categorizações. Neste caso, o morcego é classificado como um pássaro, porque como aves, moscas e que é similar em tamanho para a maioria das aves. Se não sabíamos que se tratava de um mamífero, seria natural chamar-lhe um pássaro. Para o hebraico dos tempos passados, chamando-lhe um pássaro era perfeitamente lógico. Mas, nos tempos modernos, a coisa muda.

    Além disso, temos de estar conscientes de que é a ciência moderna que tem um sistema de classificação diferente do que os tempos antigos. Para os antigos, criaturas, como um morcego foram considerados pássaros voando, uma vez que todos os animais classificados como aves. Se essa é a categoria que eles usaram, então eles estavam correctos. Não é um erro. É uma diferença de categorização dos procedimentos. O crítico tem imposto ao texto antigo um moderno sistema de categorização e, em seguida, disse que a Bíblia está errada. Este é um grande erro de ignorância.

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  41. E lá continuamos nós na mesma discussão:

    As imprecisões bíblicas são uma forma de expressão. Isto é, quando se diz que o sol parou quer-se dizer que afinal não era bem assim mas, dadas as limitações da época era assim que se falava.

    As mutações podem fazer variar muitíssimo as bichezas mas não podem mudar de espécie porque na bíblia diz que não e isto não é uma forma de expressão mas algo de certo.

    A ciência é válida quando valida uma certa interpretação da bíblia e uma balela quando a infirma.

    Tudo o que está na bíblia é assim, excepto nos casos em que notoriamente não pode ser. Nestes casos foi uma forma de expressão e uma maneira de comunicar os factos a gente pouco culta e educada.

    Tudo isto é triste...tudo isto é fado....

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  42. Caro jogador O Sousa,

    "Nestes casos foi uma forma de expressão e uma maneira de comunicar os factos a gente pouco culta e educada."

    "É realmente de pasmar que depois de séculos de estudar pássaros e o voo nós não entendemos ainda um aspecto básico da biologia dos pássaros. (...) os pássaros, provávelmente, evoluíram em um caminho paralelo ao lado dos dinossauros, enquanto muitos dinossauros ainda não haviam começado este processo.", disse John Ruben, professor de Zoologia da OSU.

    Estudo publicado no Journal of Morphology e pela National Science Fundation.

    Até então, seriam os evolucionistas "gente pouco culta e educada"? Questiona o homem do século XXII.

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  43. O jogador de xadrez acabou de demonstrar a velha técnica criacionista de citar artigos científicos só na parte que lhes interessa e descartando o resto!

    Mas se continuarmos a ler o artigo:

    «There are some similarities between birds and dinosaurs, and it is possible, they said, that birds and dinosaurs may have shared a common ancestor, such as the small, reptilian "thecodonts," which may then have evolved on separate evolutionary paths into birds, crocodiles and dinosaurs. The lung structure and physiology of crocodiles, in fact, is much more similar to dinosaurs than it is to birds.

    "We aren't suggesting that dinosaurs and birds may not have had a common ancestor somewhere in the distant past," Quick said. "That's quite possible and is routinely found in evolution. It just seems pretty clear now that birds were evolving all along on their own and did not descend directly from the theropod dinosaurs, which lived many millions of years later."»

    vemos que em nada este artigo suporta "a ciência criacionista"

    Mais um exemplo de distorção das palavras dos cientistas tirada de um site criacionista:

    "Francamente, existe a influência financeira de muitos museus envolvidos por trás das ‘descobertas’ de muitos pesquisadores de carreira, que cometem o erro de fazer de seu ponto de vista particular se valer como aumento de evidências científicas novas", disse Ruben.

    http://cienciadacriacao.blogspot.com/2009/06/aves-descendem-dos-dinossauros-certo.html


    O que o cientista disse na realidade:

    "Frankly, there's a lot of museum politics involved in this, a lot of careers committed to a particular point of view even if new scientific evidence raises questions," Ruben said.

    http://www.sciencedaily.com/releases/2009/06/090609092055.htm

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  44. Já conhecia algumas das "reivindicações" do(a) perspectiva mas nunca as tinha visto todas sumariadas tão rapidamente. Quase todas elas são (para mim) dignas de alguma consideração excepto aquela de que:
    "Existe muita evidência histórica de que Deus escolheu Israel como o povo de onde iria vir o Salvador, bem como de que Jesus Cristo viveu, morreu e ressuscitou conforme as escrituras."
    Pelo que li não acredito sequer que Jesus pensava ser o filho de Deus quanto mais que ressuscitou. Todo o Novo Testamento resulta de um aproveitamento egoísta de Paulo do movimento criado por João Baptista e Jesus.

    Parto do principio que o Velho Testamento foi escrito por homens SEM a intervenção de Deus (tal como qualquer outro livro qualquer do mesmo período) logo tudo o que lá está escrito sobre a criação reflecte o que o povo acreditava ter acontecido baseado em relatos anteriores do povo Hebreu ou povos vizinhos. Ou então (como homens inteligentes para a altura) inventaram tudo como lhes parecia melhor tal como fazem algumas religiões alternativas hoje em dia - por ex. a Cientologia.

    Se (por hipótese) os Hebreus não inventaram tudo então o Velho Testamento pode ter alguma verdade escondida sobre o Diluvio, a idade da Terra ou a origem da vida e de tudo o que conhecemos.
    Mas neste caso creio que não se deve exigir aos criacionistas que refutem a teoria da evolução. Teoria esta que não explica tudo, pode ser com os avanços na microbiologia se chegue um dia a uma explicação mais pormenorizada sobre a evolução em vez da explicação observacional de Darwin que leve a que se compreenda como a evolução acontece biologicamente.
    Não me parece que seja uma demonstração fácil de se fazer já que uma coisa que ocorre ao longo de milhões de anos não se pode emular em laboratório.

    Enquanto tal demonstração não acontece seria fácil aderir ao lado do 'Inteligent Design' (ID) em que é tudo tão complexo que Deus criou tudo. Mas o ID não explica nada. Não tenta explicar como é que Deus criou as coisas nem porquê. E dizer que foi como e porquê estão na Bíblia não serve de nada porque não foi Deus que escreveu a Bíblia.

    Mas até ao dia em que alguém crie por exemplo uma célula a partir de um tubo de ensaio cheio de aminoácidos estou disposto a acreditar que Deus deu o empurrãozinho para a origem da Vida.

    Esta historia da idade da Terra o dos datamentos por carbono14 pode ser refutada? Ou andamos aqui a tomar como certas algumas adivinhações de certos cientistas? Vou investigar mas se souberem indiquem aí uns sites para eu ver sobre o assunto.

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  45. Xadrez,

    «É uma expressão utilizada de acordo com o entendimento da época.»

    O problema do criacionismo fundamentalista do Jónatas é que se admite haver expressões usadas "de acordo com o entendimento da época", então passa a ser essa a interpretação natural da criação em seis dias, do dilúvio e assim por diante. E se for assim perdem a desculpa para andar a chatear os outros...

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  46. "Já conhecia algumas das "reivindicações" do(a) perspectiva mas nunca as tinha visto todas sumariadas tão rapidamente. Quase todas elas são (para mim) dignas de alguma consideração "

    Dignas de alguma consideração... Tipo, como consideração por dizer que a terra é plana?

    Evolutivamente, deverá haver sempre "alguma consideração" pelas vocalizações dos mamiferos. Mesmo que sejam tortilhas criacionistas. É isso que queres dizer?

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  47. "É uma expressão utilizada de acordo com o entendimento da época"

    Tipo, como se a estinção dos dinausauros fosse devida a terem ido apenas 1 casal de cada, tipo, especie. E depois não se aguentaram porque eram, tipo, poucos?

    Parece que Deus, tipo enganou-se... Devia ter escolhido mais uma arca se calhar só para eles, porque eles são, tipo grandes.

    E que na epoca niguem percebeu que isto não era para ser levado, tipo à letra, no minimo, porque tipo, não faz sentido nehum. Quer dizer, Deus é tipo omnisciente e omnipontente, não ia tipo, enganar-se nas previsões da sobrevivencia dos dinos.

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  48. Helder:

    "pode ser com os avanços na microbiologia se chegue um dia a uma explicação mais pormenorizada sobre a evolução em vez da explicação observacional de Darwin que leve a que se compreenda como a evolução acontece biologicamente"

    Espera... Olha, vais ali ao lado às etiquetas, carregas em criacionismo e les tudo de uma ponta à outra. Se tiveres duvidas volta ca e diz.

    So mais uma:

    "Mas até ao dia em que alguém crie por exemplo uma célula a partir de um tubo de ensaio cheio de aminoácidos "

    Esta nem Deus fez. A celula não surgiu assim, do nada, só de aminoacidos. Não como a gente a conhece hoje. Provavelmente o RNA foi a primeira das moleculas actuais a surgir de um modo funcional. a interação com os aminoacidos tera começado um pouco depois.

    Depois, pensa em percursores da celula, coisas simples, so uma membrana a envolver moleculas replicadoras, que não será mais do que uma molecula replicadora a associar-se a uma membrana tipo os virus a RNA.

    Lembra-te que o priao nem membrana tem é so uma proteina, so aminoacidos, mas não é uma celula..

    Se calhar não sabes mas RNA em laboratorio ja foi sintetisado em condições compativeis com as que se atreibuiem à terra primordial.

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  49. OK João até podes ter razão acerca do que dizes sobre a célula e o RNA. Mas isso é tudo já pertence a um ramo da ciência de que eu não sou especialista. No entanto noto que alguns especialistas (creio que de boa fé) não acreditam que tudo aconteceu assim sequencialmente a partir "do nada" sem nenhuma força motivadora.
    E o que eu queria dizer com o exemplo da célula no tubo de ensaio é que (creio que) ninguém ainda explicou o que leva a essa evolução em diversidade e complexidade a nível molecular.

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  50. Caro Helder,

    O facto de a ciência ainda não conseguir explicar a origem da vida, embora já existam diversas hipóteses científicas em estudo, em nada interfere com a Teoria da Evolução das Espécies a qual já está mais que "provada" empíricamente para além da dúvida razoável. O estudo da origem da vida é um ramo diferente da ciência que se chama de Abiogénese.
    Qualquer que tenha sido a origem da vida é um facto científico observável que esta depois de existir evolui ao longo do tempo.
    Aconselho o visionamento deste vídeo que explica melhor:

    http://www.youtube.com/watch?v=U6QYDdgP9eg

    e este de outro autor:

    http://www.youtube.com/watch?v=3H0RXDrfyZc

    Também do mesmo autor este vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=lplcRdNDcps

    sobre a idade da Terra e a datação por carbono 14 (entre inúmeros métodos de datação existentes).

    Também aconselho o visionamento dos restantes vídeos destes dois autores.

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  51. Este comentário foi removido pelo autor.

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  52. Eu ainda estou recordado de ver o LK escrever que criava “células vivas a partir do esparguete”, lá no laboratório dele, num tubo de ensaio ou afins.

    Estava, portanto, a pensar que ele era “criador criacionista”... agora fiquei desiludido!

    Apesar de tudo, ainda não percebi por que razão os evolucionistas insistem, sem nada que leve a pensar isso (a não ser a sua fé no assunto), que todos os seres vivos descendem de um só antepassado.

    Conseguem ter mais fé do que eu!

    Fala-se demasiado em evolução, mas acho que se têm esquecido de uma coisa importante: as aberrações (hoje chama-lhes mutantes).
    O Homem evoluiu singular mente para homens normais, as aberrações deram os ateístas, evolucionistas e outros com problemas nos “memes”!

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  53. Zeca,

    «Eu ainda estou recordado de ver o LK escrever que criava “células vivas a partir do esparguete”, lá no laboratório dele, num tubo de ensaio ou afins.»

    Não era no tubo de ensaio. Nem preciso de laboratório nem instrumentação. Faço-o sozinho. Como o espaguete, digiro-o, e uso os nutrientes para criar células vivas.

    E tudo isso sem milagres. Nem esforço, sequer, se o espaguete for bom.

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  54. LK:

    Não venha agora com desculpas de mau pagador, porque não era essa a questão... se bem me lembro!

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  55. Bom!

    Então, é necessário evoluir um pouco, e porque vossemecês são pela liberdade e autodeterminação, deixo-vos aqui um link que espera pela vossa adesão.

    http://www.plataforma-rn.com/index.htm

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  56. O artigo "A Molecular Phylogeny for Bats Illuminates Biogeography and the Fossil Record" publicado na revista Science pode ser lido aqui:

    http://home.ncifcrf.gov/ccr/lgd/mammal%20pdfs/MS557_Teeling_Science.pdf

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  57. Anónimo,

    Porreiro, obrigado pela ligação.

    Zeca,

    Não são desculpas de mau pagador. Até porque não me escondo atrás de pseudónimos para dar o dito por não dito se me der jeito. Pode ler o que eu escrevi aqui: A Evolução, o Acaso, e o Bitoque.

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  58. "E o que eu queria dizer com o exemplo da célula no tubo de ensaio é que (creio que) ninguém ainda explicou o que leva a essa evolução em diversidade e complexidade a nível molecular"

    Se misturares duas enzimas rna numa mistura com nucleotideos elas vao evoluir.

    Mas esta experiencia é só a cereja no topo do bolo. A evolução ja estava mais que provada matematicacmente pela analise de ramificações morfologicas e de mutações. E pelo registo fossil. E pela evidencia de mutações a criar nova informação :D , e pela analise morfologica pura, e pela estatigrafia, e para dizer a verdade pela propria maneira como funciona tudo.

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  59. Este comentário foi removido pelo autor.

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  60. Zeca:

    "Apesar de tudo, ainda não percebi por que razão os evolucionistas insistem, sem nada que leve a pensar isso (a não ser a sua fé no assunto), que todos os seres vivos descendem de um só antepassado. "

    Então vá, toca a estudar. TAlvez não seja só um uma vez que a troca horizontal de informação aconteceu com frequencia. Talvez até seja uma só molecula. Mas acho que ainda é cedo para explicar mais coisas.

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  61. Perspectiva,

    "Os registos históricos mais antigos têm cerca de 4 500 anos..."

    Ignorando convenientemente registos como as pinturas rupestres do Paleolítico Superior (40.000 a.C.).

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  62. afinal não foram oito comentarios do ptiva FORAM DEZOITO, quase um terço de todos os comentarios, um terço? TERÇO ? cruzes credo

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  63. Segundo essa sua comparaçao entre tao diferentes tipos de morcegos vierem de uma mesma especie, logicamente os homens e macacos, que tem tao pouca diferença seriam da mesmo especie. Foi o que entendii.

    E se Deus faz coisas assim para confundir as mentes daqueles que so acreditam vendo para separar estes daqueles que realmente teem fé? Porque Deus nao quer ninguem por convicçao e sim por fé. ELE faz coisas para os que so acreditam vendo, não terem como ter certeza de que ELE realmente existe.

    A questao é que se Deus nao existe: Quem nao acredita, quando morrer, nao acontece nada. Quem acredita, e tentou viver dentro dos seus principios, nao perdeu nada tb, pq os principio de Deus sao extremamente viaveis para um convivio sadio para as populaçoes. Se todos seguissem, nao teriamos ladroes, prostitutas, adulterios, assassinos, mau carater e tudo de ruim que tem ai de sobra e cada vez piorando mais igualzinho esta escrito na biblia essta acontecendo.

    Se Deus existe: Quem acredita , quando morrer, se tiver vivido de acordo com a palavra DELE, que podemos chamar de "TESTE". Tera uma segunda chance na eternidade.
    Quem não acredita, *************????

    No pesar da balança, vale a pena arriscar?

    A biblia é formada por livros escritos em epocas diferentes, por pessoas diferentes, em lugares diferentes e tudo se encaixa perfeitamente. É um presente de Deus pra nos.

    Olha a natureza, a complexidade de tudo, tao perfeita. Como pode ter surgido de acaso, mutaçoes. A propria natureza descarta as mutaçoes.

    É mais facil acreditar em um Deus e na biblia, do que na evoluçao e suas mirabolantes ideais.

    A evoluçao é muito mais , mas muito mesmo, mais fantastica e fantasiosa do que aceitar a Biblia.

    "Eis que o semeador saiu a semear.
    E quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;
    E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;
    Mas vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.
    E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na.
    E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.
    Quem tem ouvidos para ouvir, ouça".

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