É o que eu faço!
Mais ou menos. Menos. Menos os supercomputadores e os gráficos xpto. Mas, basicamente, é isto. Ciência in silico.
Não destruo galáxias nem expludo bombas, mas também já fiz uns bonecos engraçados com as proteínas. Abaixo à esquerda o dímero da desulforedoxina, uma pequena proteína da bactéria Desulfovibrio gigas. À direita a reductase do superóxido, de Treponema pallidum. Sim, a bactéria da sífilis. Mas não mexi no bicho, só usei as coordenadas da estrutura.
(Clique para ver maior)
Com uma pequena alteração no programa de modelação (1) exportei as estruturas para o POV-Ray (2) e o resto foi o computador que fez. Isto é que é trabalhar...
Estas imagens foram para a exposição Proteins we Love, em Março, na Faculdade de Ciências e Tecnologia. São mais artísticas que realistas; tanto quanto sabemos as proteínas não parecem berlindes deformados. Mas como são vinte vezes menores que o comprimento de onda da luz visível qualquer representação visual é irrealista. Errado por errado, ao menos que nos divirta.
Atrai-me esta forma de fazer ciência porque torna explícito o que é o conhecimento. Modelos abstractos de onde tiramos conclusões, previsões, ou bonecos giros, mas sempre cientes que nem tudo no modelo representa fielmente a realidade. Sem modelos não há compreensão, e sem observação não há nada para compreender.
Atrai-me também porque não tenho que lavar a loiça do laboratório. Essa parte era uma seca...
Obrigado ao João Moedas do Terra Que Gira pelo link do vídeo.
1- Chemera.
2-POV-ray
...Sexy Science! pelo menos é assim que um amigo meu a descreve.
ResponderEliminarBjicos
Ludwig,
ResponderEliminarVamos com cuidado que essa pequena porção que não se consegue simular pode ser a "acção de deus...êze..ze". :-)
É nestas alturas que me arrependo de não ter sido cientista.
Além disso, já que não se consegue provar a evolução das espécies no mundo real, ao menos pode-se fantasiar e dar largas à imaginação através do computador!
ResponderEliminarTemos aqui o "advogado de deus" no reino dos diabólicos ateus, e como tudo o que é divino, quer ser anónimo. É engraçado que o meu modelo conseguiu prevêr esta... Vai na volta afinal basta ter as premissas certas e completas. :-)
ResponderEliminarAntónio,
ResponderEliminarConcordo que não se consegue simular a acção de deus. Para simular é preciso primeiro saber o que se quer simular, e «acção de deus» é semrpe sinónimo de «não se que raio seja».
Anónimo,
Na verdade, a simulação é uma forma de provar modelos, no sentido científico de os testar. Podemos simular os processos que o modelo prevê e comparar os resultados com o que observamos.
Posso dizer-lhe por experiência que a maioria dos modelos falha a prova, e os que passam merecem alguma confiança por isso.
O video também falava do que eu faço, eh!eh!
ResponderEliminarSimulação de turbulência (num plasma quentinho).
Fazer simulações tem os seus momentos divertidos, mas ainda fico com uma úcera de estômago com o stress que pode causar...
very cool :-)
ResponderEliminarÓpá fiquei com saudades do tempo em que mexia nos bichinhos!!
ResponderEliminarMuito giro!
Acho que a coisa mais científica que eu faço é misturar os chocapics no leite ao pequeno almoço...
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