quarta-feira, fevereiro 27, 2008

«O Criacionismo e a Teoria da Evolução»

é o título de um blog criacionista que descobri recentemente (1). O autor, anónimo, explica que «A discussão sobre a evolução e a criação não tem tanto haver (sic) com a ciência, mas sim com a moralidade que cada pessoa tem.»(2) Tem alguma razão. O criacionismo não é uma proposta objectiva acerca dos factos; é uma tentativa de enganar os outros. Nota-se nas razões que propõe para os cientistas acreditarem na evolução:

«1- São levados a acreditar que a evolução está certa [...] (vivem numa atmosfera que assume a evolução como um facto mais que confirmado).
2- Por motivos filosóficos.»


Não. Por século e meio de evidências acumuladas que confirmaram alguns aspectos da teoria de Darwin, corrigiram outros, acrescentaram muita coisa e nos guiaram a uma teoria que permite compreender muito mais acerca de muito mais coisas que qualquer alternativa. Da origem da vida à formação das espécies e dos mecanismos moleculares de mutação à evolução de órgãos complexos não há explicação alternativa para os dados que temos. E são muitos. Dois milhões de espécies conhecidas, cinco milhões de genes sequenciados, cinquenta mil estruturas de proteínas, incontáveis fósseis, e tudo explicado de forma a encaixar com a física, a geologia, a astronomia, a química e assim por diante.

E a evolução é um facto confirmado. O autor é que não distingue a evolução da teoria que explica os seus mecanismos. Escreve que «quando questionados sobre o que é que [os darwinistas] têm em mente com evolução, invariavelmente eles falam de variação genética.»(3) Invariavelmente porque é essencialmente isso. Tal como a velocidade é a variação da posição de um corpo em função do tempo a evolução é a variação da distribuição de características hereditárias numa população ao longo do tempo. Esta variação é um facto e a teoria da evolução é a única explicação que temos que esclarece os mecanismos desta variação.

É um blog que promete mas hoje fico-me por aqui. Deixo só este magnífico exemplo de raciocínio criacionista. É sobre o problema do mal e dispensa comentários.

«... a existência do mal é mais uma evidência de que Deus existe, e não o contrário. Senão vejamos:
1. Quando alguém diz que o Mal existe, ela está a admitir que o Bem existe.
2. Quando alguém diz que o Bem e o Mal existem, ela está a admitir que existe uma Lei Moral absoluta na base da qual nós distinguimos uma e a outra.
3. Ao concordar que existe uma Lei Moral *absoluta*, a pessoa está a admitir que tem que existir um Legislador Absoluto, porque sem Um Legislador Supremo, não há leis morais absolutas.»
(4)

1- O Criacionismo e a Teoria da Evolução
2- Porque é que os cientistas acreditam na evolução?
3- O que é a evolução?
4- O Problema do Mal

14 comentários:

  1. 1. Quando alguém diz que A Nata Mal Batida existe, ela (ela quem?) está a admitir que A Nata Bem Batida existe.
    2. Quando alguém diz que A Nata Bem Batida e A Nata Mal Batida existem, ela está a admitir que existe uma Lei Moral absoluta na base da qual nós distinguimos uma e a outra.
    3. Ao concordar que existe uma Lei Moral *absoluta*, a pessoa está a admitir que tem que existir um Legislador Absoluto, porque sem Um Legislador Supremo, não há leis morais absolutas.

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  2. Obituário:

    O Sr. Digital matou a Sr.ª Polaroid. Peço-vos um minuto de silêncio.

    Informo desde já que no caso do Sr. Digital matar também o Sr. 35mm eu rebento qualquer coisa.

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  3. Partilho da preocupação do lóse, bruce lóse, sobre o Sr. Digital, pois esse senhor está a fazer demasiados estragos. Agora está a tentar matar a Sra. Musica de qualidade, substituindo-a por versões de compressão dinamica exagerada, que alguns dizem merecer distribuir gratuitamente.
    Bruce, estou consigo! Se pudermos implementar este blog num envelope de expediente, dactilografado, distribuido entre os intervenientes eu agradecia a colaboração.

    Digitalizar a criação para acabar com o Criacionismo, que era bom!

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  4. O criacionismo não é uma proposta objectiva acerca dos factos; é uma tentativa de enganar os outros

    claro... o criacionismo é uma tentativa de enganar os outros... que dizer dos casos do Piltdown man, nebraska man, java man, peking man, southwest colorado man, montana man, cromagnon man, heidelberg man...

    e ainda há mais enganos... a lucy afinal não foi quem se dizia ser, o homo erectus parece ter vivido ao mesmo tempo que o homo habilis (cuja datação de fósseis revelou uma idade bastante diferente de outros da mesma espécie), os desenhos fradulentos dos embriões de Haeckel, o celacanto - o peixe vivo extinto há 75 milhões de anos, a falsificação do Archaeraptor, o Mesonychids afinal não é antepassado de baleia como se acreditou ao início...

    ah... mas espera aí... isto é tudo proveniente de evolucionistas! Que maçada!

    Obviamente quem se fica pelo que aprende(u) na escola nunca terá conhecimento destes casos... a evolução é o que mais evoluiu!

    Já agora... desses "incontáveis fósseis" dá-me alguns exemplos de evolução em invertebrados por favor, já que representam 95% do registo fóssil!

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  5. O Ludwig Krippahl apresentou recentemente a criação de beta-lactamase para a destruição de antibióticos de β-Lactam, incluindo a penicilina, como exemplo de evolução.

    Em seu entender, teríamos encontrado o mecanismo: "mutação e hereditariedade".

    No entanto, uma análise crítica deste “mecanismo”evolutivo mostra que o mesmo é mais uma tentativa falhada de demonstrar a teoria evolucionista.

    1) Em primeiro lugar, esse mecanismo pressupõe a pré-existência de genes e de proteínas funcionais, cuja origem não explica, pressupondo igualmente a pré-existência prévia das bactérias, com as quantidades de informação codificada nelas contida.

    Além disso, trata-se de no caso concreto de uma mutação de enzimas, envolvendo apenas a alteração de quatro aminoácidos, com efeitos prejudiciais em condições normais.

    Cria-se dessa forma um catalizador de banda larga, com uma clara perda de especificidade e de optimização funcional.

    Extrapolar a partir daqui para a evolução de bactérias para bacteriologistas, com a inerente necessidade de codificação de informação genética e epigenética, em quantidade e qualidade inabarcáveis pela mente humana, é nada mais nada menos do que um salto de fé, sem qualquer apoio na biologia molecular.

    No mundo real, o que efectivamente se verifica é que a origem da informação codificada contida no DNA continua por explicar, observando-se também que as mutações aleatórias e a selecção natural tendem a destruir os genomas, diminuindo a quantidade e a qualidade da informação genética disponível.

    Provavelmente voltaremos a este ponto, mais tarde.

    2) Além disso, esse mecanismo não têm qualquer apoio no registo fóssil. Pense-se, nomeadamente nos dois “big bangs” da biologia, a saber, a explosão Cambriana e a explosão de Avalon.

    No primeiro caso, observa-se o surgimento nas rochas cambrianas praticamente abrupto de múltiplos seres vivos, plenamente funcionais, sem quaisquer antecedentes evolutivos à vista.

    Pergunta-se, então, o que é que é feito desse mecanismo de modificação e hereditariedade.

    Considerando a que a informação genética se encontra não apenas nos genes mas também em vários códigos epigenéticos, deveríamos encontrar biliões de exemplares de antecedentes evolutivos dos seres presentes nas rochas cambrianas.

    Mas não encontramos.

    No entanto, os paleontologistas falam agora de uma outra explosão no período Ediacariano, a que chamam explosão de Avalon (‘datada’ de 635–542 Ma atrás).

    Trata-se aqui, supostamente de um grupo de fósseis de organismos multicelulares, abaixo das rochas cambrianas (‘datadas’ de 542–488 Ma), portadores de uma vasta multiplicidade de morfologias, sendo que a sua origem e a sua relação com as espécies cambrianas constitui um mistério para os evolucionistas.

    A conclusão que daqui se retira é que a evolução, para ter acontecido, teria que ser extremamente rápida, incompatível com o mecanismo gradual da mutação e da hereditariedade de que fala o Ludwig.

    Ou seja, não é apenas a explosão cambriana que é um mistério para os evolucionistas, mas também a explosão de Avalon, sendo certo que, na cronologia evolucionista, existem apenas 50 milhões de anos entre uma e outra.

    Em ambos os casos, temos o surgimento abrupto de múltiplas espécies funcionais, sem quaisquer traços da “modificação com hereditariedade” de que fala o Ludwig.

    O problema agrava-se quando se considera a inexistência de qualquer relação entre ambas as “explosões”.

    Pelos vistos, a evolução prescinde do método sugerido pelo Ludwig.

    Estamos, pois, perante duas “explosões evolutivas” em que o mecanismo da “modificação e da hereditariedade” não deixou quaisquer vestígios.

    Tudo isso testa os limites da credulidade humana.

    Nenhum mecanismo de “modificação e hereditariedade” poderia justificar todos esses episódios rápidos de evolução.

    Por aqui se vê, mais uma vez, que as afirmações do Ludwig Krippahl não têm qualquer plausibilidade racional no mundo real.

    Elas valem, quando muito, no mundo de ficção em que se movem os evolucionistas, que não fica nada atrás da crença nos sapos que se transformam em Príncipes, graças a um qualquer mecanismo de “explosão evolutiva”.

    Resta dizer que o aparecimento abrupto de espécies plenamente funcionais no registo fóssil não coloca qualquer dificuldade para o criacionista bíblico e para o seu entendimento dos fósseis.

    Tanto num caso como noutro, essas “explosões” não passam de manifestações do sepultamento abrupto dos diferentes “biota” causado pelo Dilúvio.





    Sobre a explosão de Avalon veja-se:

    Shen, B., Dong, L., Xiao, S. and Kowalewski, M., The Avalon explosion: evolution of Ediacara morphospace, Science 319:81–84, 2008

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  6. Ludwig diz:

    "Da origem da vida à formação das espécies e dos mecanismos moleculares de mutação à evolução de órgãos complexos não há explicação alternativa para os dados que temos."

    Claro que há. Deus criou a vida e as espécies. Não existe nenhuma evidência de que a vida surgiu por acaso, nem que uma espécie menos complexa dá origem a outra mais complexa.


    "E são muitos. Dois milhões de espécies conhecidas, cinco milhões de genes sequenciados, cinquenta mil estruturas de proteínas"

    Isso só mostra a complexidade da criação. Não mostra a evolução.

    "incontáveis fósseis"

    Só mostram que o dilúvio global foi de facto uma realidade.

    "e tudo explicado de forma a encaixar com a física, a geologia, a astronomia, a química e assim por diante."

    Nada disso. A física não nos explica a causa do big bang, limitando-se a falar numa hipotética singularidade.

    A geologia mostra-nos o sepultamento abrtupto de inúmeros fósseis e catastrofismo na formação das rochas, tudo compatível com o dilúvio global.

    A química não nos permite explicar como é que a informação codificada contida no DNA poderia ter surgido por auto-organização. A probabilidade de isso acontecer é zero, de acordo com o próprio Francis Crick.

    A astronomia ainda não apresentou um mecanismo funcional para a formação de galáxias, estrelas, planetas, sistema solar, Terra, Lua, etc.

    A única explicação para a evolução deve encontrar-se mesmo no "assim por diante".

    "E a evolução é um facto confirmado."

    Violá!

    Só há mesmo um problema. Não basta acreditar. É necessário demonstrar. Até agora o Ludwig não conseguiu demonstrar o que quer que seja.

    Nem conseguirá, porque a evolução não aconteceu nem está a acontecer.

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  7. Quem estiver interessado numa síntese dos argumentos do Ludwig sobre a evolução, aqui tem:

    As demonstrações científicas da evolução segundo Ludwig Krippahl

    1) Defendeu que a mitose e a meiose são modos de criação naturalística de DNA, quando na verdade apenas se trata de processos de cópia da informação genética pré-existente no DNA quando da divisão das células.

    Por sinal, trata-se de uma cópia extremamente rigorosa, equivalente a 282 copistas copiarem sucessivamente toda a Bíblia e enganarem-se apenas numa letra.

    De resto, o processo de meiose corrobora a verdade bíblica de que todas as criaturas se reproduzem de acordo com a sua espécies, tal como Génesis 1 ensina.

    2) Defendeu a evolução comparando a hereditariedade das moscas (que se reproduzem de acordo com a sua espécie) com a hereditariedade da língua (cuja evolução é totalmente dependente da inteligência e da racionalidade.)

    Em ambos os casos não se vê que é que isso possa ter que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas, já que em ambos os casos não se explica a origem de informação genética.

    3) Defendeu que todo o conhecimento científico é empírico, embora sem apresentar qualquer experiência científica que lhe permitisse fundamentar essa afirmação.

    Assim sendo, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.

    Na verdade, não existe qualquer experiência ou observação científica que permita explicar a causa do hipotético Big Bang ou demonstrar a origem acidental da vida a partir de químicos inorgânicos.

    Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.


    4) Defendeu a incompetência do designer argumentando com as cebolas e o sistema digestivo das vacas e os seus excrementos.

    Esquece porém que esse argumento, levado às últimas consequências, nos obriga a comparar o cérebro do Ludwig com o sistema digestivo das vacas e os pensamentos do Ludwig com os excrementos das vacas.

    Para o Ludwig todos seriam um resultado de processos cegos e destituídos de inteligência.

    Apesar de tudo os criacionistas têm uma visão mais benigna do Ludwig e dos seus pensamentos.

    Ou seja, ficamos a saber que em termos de origem e controlo de qualidade, não existe qualquer diferença entre as cebolas, o sistema digestivo das vacas e o cérebro do Ludwig, nada nos garantindo que este funciona melhor do que aqueles.


    5) Defendeu que a produção de beta-lactamase para a destruição de antibióticos de β-Lactam, incluindo a penicilina, constitui um exemplo de evolução. Em seu entender, teríamos encontrado o mecanismo: mutação e hereditariedade.

    No entanto, uma análise crítica deste “mecanismo”evolutivo mostra que o mesmo é mais uma falsa partida evolucionista.

    O mesmo pressupõe a pré-existência de genes e de proteínas funcionais, cuja origem não explica, pressupondo igualmente a pré-existência prévia das bactérias.

    Além disso, trata-se de no caso concreto de uma mutação de enzimas, envolvendo apenas a alteração de quatro aminoácidos, com efeitos prejudiciais em condições normais.

    Cria-se dessa forma um catalizador de banda larga, com uma clara perda de especificidade e de optimização funcional.

    Extrapolar a partir daqui para a evolução de bactérias para bacteriologistas, com a inerente necessidade de codificação de informação genética e epigenética, em quantidade e qualidade inabarcáveis pela mente humana, é nada mais nada menos do que um salto de fé, sem qualquer apoio na biologia molecular.

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  8. perspectiva... porque não crias um blogue para expor esses argumentos em vez de os vires colocar aqui como forma de comentário? (ou já tens blogue?)

    mas admiro a tua posição... dás-te ao trabalho de responder, sempre que solicitado, ao Ludwig que, como a maioria dos evolucionistas, escusa-se a falar sobre as controvérsias da evolução

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  9. Estimado Marcos Sabino

    A mim interessa-me o confronto de ideias. Não me interessa monólogos paralelos. Se venho aqui a este blogue, isso deve-se apenas ao facto de ele sistematicamente atacar o criacionismo, pelo que deve ser aqui que os criacionistas sistematicamente apresentam a sua perspectiva.

    O Ludwig diz que a física e a química demonstram a evolução.

    Como é possível alguém estar mais enganado?

    A vida requer uma química específica.

    Os nossos corpos são o produto de reacções químicas e dependem de leis da química funcionando de maneira uniforme.


    Cada ser vivo contém informação codificada armazenada (elemento imaterial) na longa molécula de DNA (elemento material).

    Isso é inteiramente compatível com a ideia de que um Deus imaterial criou o mundo material.

    A vida, tal como a conhecemos, seria impossível se as leis da química fossem diferentes, ou mesmo ligeiramente diferentes.

    Deus criou as leis da química da maneira adequada para tornar a vida possível.

    As leis da química conferem diferentes propriedades aos diferentes elementos (cada um feito de um tipo de átomo) e compostos (feitos de dois ou mais diferentes tipos de átomos ligados entre si) no Universo.

    Por exemplo, quando sujeito a uma activação energética suficiente, elemento mais leve (hidrogénio) reage com o oxigénio para formar água.

    A água tem diferentes propriedades interessantes, como seja a capacidade de armazenar uma quantidade invulgarmente elevada de energia térmica.

    Sobre isto poderíamos dizer mais coisas, mas penso que não é necessário.

    Importa apenas salientar que as propriedades dos elementos não são arbitrárias.

    Na verdade, os mesmos podem ser logicamente ordenados numa tabela periódica, de acordo com as suas propriedades físicas.

    As substâncias na mesma coluna tendem a ter propriedades semelhantes.

    Assim sucede, em virtude de os elementos da coluna vertical terem a mesma estrutura de electrões exteriores (que gravitam em torno de um minúsculo núcleo de protões e neutrões, e não só)

    Os criacionistas bíblicos entendem que a tabela periódica não é o produto do acaso.

    Os átomos e as moléculas têm as suas várias propriedades porque os seus electrões estão sujeitos às leis da física quântica.

    Se estas fossem ligeiramente diferentes, a existência de átomos não seria sequer possível.

    Actualmente alguns especialistas da física quântica e da “teoria das cordas”, a partir da análise que fazem dos átomos e do seu núcleo, falam da possibilidade de as diferentes formas de matéria serem, à semelhança do que sucede com a vida, o resultado da execução das instruções de um código energético contendo a informação precisa para o respectivo fabrico.

    Mais uma evidência de design inteligente do Universo!

    A verdade é que Deus concebeu as leis da física de uma forma precisa e sintonizada, de forma a permitir que as leis da química funcionassem da forma mais adequada aos seus propósitos de criação da vida, das espécies e do ser humano.

    Dizer que a física e a química provam a evolução (quando não se consegue explicar a origem acidental da vida) é pura ficção, de quem acredita que os sapos se podem transformar em príncipes por um qualquer salto evolutivo.

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  10. Caro perspectiva,

    «A mim interessa-me o confronto de ideias. Não me interessa monólogos paralelos.»

    Nesse caso deve mesmo ter o seu blog. É assim que esta tecnologia funciona. As pessoas lêm os posts que lhes interessam, os comentários mais raramente e comentários longos como os seus quase ninguém vai ler. Assim não se está a fazer ouvir.

    Não se deixe enganar com o sitemeter. Das 400 visitas diárias que tenho neste blog mais de metade são pessoas que vêm cá por pesquisar alguma coisa específica (principalmente o Kevin Trudeau). Os visitantes regulares lêm principalmente os posts, e muito pouca gente vem ver páginas de comentários de posts com mais que um ou dois dias.

    Se quer um diálogo, faça-o em igualdade de circunstâncias. Por exemplo, o diálogo que eu tive com o Desidério sobre epistemologia há uns tempos foi seguido por bastantes leitores, precisamente porque foi um diálogo entre blogues e não uma coisa escondida na caixa de comentários que normalmente só vê quem vai comentar.

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  11. Será realmente a produção de beta-lactamase um exemplo de evolução de partículas para pessoas, como sugeriu o Ludwig Krippahl?

    É evidente que não!

    Os antibióticos são produzidos naturalmente por fungos e bactérias que coexistiram desde a Criação, como parte dos seus mecanismos de defesa.

    Sem defesas inatas, as bactérias não se poderiam proteger e rapidamente se extinguiriam.

    Quando um antibiótico chega ao periplasma bacteriano, o mesmo pode ser desactivado por via de modificação, isolamento ou destruição, o que não resulta de uma séria de mutações aleatórias, mas sim de um complexo mecanismo fisiológico inato extremamente complexo.

    Quando uma determinada bactéria adquiriu resistência a um antibiótico é mais correcto dizer que a mesma perdeu sensibilidade a esse antibiótico.

    Além disso, as bactérias já tinham resistência a muitos antibióticos muito antes de os seres humanos os utilizarem.

    Isso foi confirmado por bactérias encontradas em corpos de exploradores mortos (v.g. exploradores do Ártico mortos em 1845) por congelamento muito antes da existência de antibióticos desenvolvidos pelo homem.

    Um medicamento também pode ser desactivado através da modificação de uma parte crítica da sua estrutura molecular.

    Um exemplo típico é precisamente o da beta-lactamase, erroneamente apresentada por Ludwig Krippahl como exemplo de evolução.

    A beta-lactamase é uma enzima que ataca a penicilina destruindo o seu anel de β-lactam.

    Como resultado o antibiótico deixa de ser funcional e por isso os microorganismo que produzem beta-lactamase ganham resistência a todos os antibióticos contendo um anel de β-lactam (conhecidos por antibióticos beta-lactam, parte da família beta-lactam).

    A beta-lactamase é produzida por um conjunto de genes nos R-plasmidos, que podem ser transmitidos a outras bactérias.

    Em 1982 mais de 90% de todas as infecções de staphylococcus eram resistentes à penicilina, 0% em 1952.

    A razão para este aumento foi a rápida difusão do plasmido beta-lactamase.

    A rapidez do processo mostra que o mesmo nada tem que ver com a evolução. De resto, as bactérias continuam a ser bactérias.

    Trata-se assim, em boa medida, de um processo de transferência de informação genética pré-existente, principalmente por conjugação.

    Recorde-se apenas que a conjugação consiste num complexo sistema que transfere a cópia de um plasmido de uma célula bacteriana (doador) para outra bactéria.

    Assim, não se está perante a criação de informação genética nova, codificadora de estruturas e funções mais complexas.

    Daí que nada disso tenha que ver com a hipotética evolução de bactérias para bacteriologistas.

    Continuamos, pois, sem o suposto mecanismo de evolução. Além disso, já vimos que nada na beta-lactamase permite explicar as explosões Avalon e Cambriana.

    Continuamos a insistir: as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade de informação genética disponível, conduzindo, em última análise, à deterioração e à extinção das espécies e não à origem e à evolução das espécies.

    Todas as observações científicas corroboram este entendimento.

    Decididamente o Ludwig habita um mundo mágico de fantasia, onde os sapos se transformam em príncipes por “explosões evolutivas”.

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  12. Ao longo nosso debate com o Ludwig Krippahl temos sido confrontados com vários argumentos que, de acordo com o Ludwig, provam a evolução. Vejamos:

    1) Gaivotas dão gaivotas, logo existe evolução.

    Os criacionistas dizem: gaivotas dão gaivotas, o que corrobora o ensino bíblico de que os seres se reproduzem de acordo com a sua espécie.


    2) Moscas dão moscas, logo existe evolução.

    Os criacionistas dizem: moscas dão moscas, o que corrobora igualmente o ensino bíblico de que os seres se reproduzem de acordo com a sua espécie.

    3) As línguas evoluem, logo existe evolução.

    Os criacionistas dizem: as línguas são sistemas intelectuais de codificação e armazenamento de informação, evoluindo graças a um imput de inteligência.

    Elas corroboram a origem inteligência do homem, da linguagem e das línguas, exactamente como a Bíblia ensina em Génesis.


    4) A mitose e a meiose são processos naturalisticos de surgimento de DNA.

    Os criacionistas dizem: trata-se aí de mecanismo de cópia altamente precisa de informação genética pré-existente, cuja origem não se explica e que garante, desde logo no caso da meiose, a reprodução dos vários seres vivos de acordo com a sua espécie.

    Nessa cópia, regulada pelo próprio código genético, não se criam estrutura e funções que não estejam na informação copiada.

    A mitose e a meiose não explicam como é que o RNA poderia existir sem DNA, as enzimas e as proteínas sem RNA e o DNA sem enzimas. Acima de tudo, nem a meiose nem a mitose explicam a origem da informação genética (elemento imaterial) armazenada no DNA (elemento material).

    5) Todo o o conhecimento científico é empírico.

    Os criacionistas dizem: não existindo nenhum fundamento empírico que permita demonstrar a verdade dessa informação, só podemos concluir pelo carácter fideísta e ideológico dessa afirmação.

    Os criacionistas estão, portanto, inteiramente legitimados na sua crença na afirmação bíblica de que todo o conhecimento científico deve começar com Deus e com a sua palavra.

    6) A existência de fósseis prova a evolução.

    Os criacionistas dizem: a existência de fósseis indicia um sepultamento abrupto de biliões de seres vivos, antes de haver tempo de se decomporem ou serem comidos pelos predadores.

    Ela é uma evidência de um cataclismo global, como o que é referido na Bíblia.

    A perfeição e funcionalidade dos seres fossilizados e a proliferação de fósseis em posições anómalas (de acordo com a coluna geológica evolucionista), de fósseis polistráticos e de fósseis vivos só mostra que a existência de fósseis nada tem que ver com a evolução, tendo antes tudo que ver com a criação especial e com o dilúvio.

    7) As cebolas e o sistema digestivo das vacas são evidência de mau design.

    Os criacionistas dizem: uns e outros funcionam bem, cumprindo a sua função.

    Se ambos são o resultado de mau design, o mesmo se deve aplicar ao cérebro do Ludwig, que deve a sua origem ao mesmo processo.

    Assim sendo, ficamos sem um fundamento racional para aceitar qualquer afirmação originada no cérebro do Ludwig ou em qualquer outro cérebro, na medida em que o seu funcionamento pode estar afectado à partida por sintomas de mau design.

    Em última análise, essa afirmação do Ludwig leva à negação da razão e da racionalidade, já que nada nos garante que o cérebro do Ludwig funcione melhor do que uma cebola ou do que o sistema digestivo das vacas.

    8) A produção de betalactamases é uma evidência de modificação e hereditariedade.

    Os criacionistas dizem: trata-se aí da síntese de um catalizador de banda larga, com perda de especifidade das enzimas e, por conseguinte, com perda de informação.

    A sua rápida proliferação nas bactérias deve-se à transferência de informação genetica entre diferentes bactérias, por via da trasferência de plasmidos-R(resistência), e não à criação e codificação de informação genética nova, codificadora de estruturas e funções mais complexas.

    Ou seja, o Ludwig Krippal foi bem enganado.

    Ele aceitou acriticamente a filosofia naturalista e o seu cololário evolucionista pseudo-científico.

    Ele ignorou a evidência que todos podem observar: as mutações aleatórias e a selecção natural, londe de criarem e codificarem informação genética nova, diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética disponível, conduzindo a deterioração e a extinção das espécies, e não à sua origem e evolução.

    Quem enganou o Ludwig?

    A Bíblia tem a resposta: Santanás, que é mentiroso e homicida desde o princípio.

    No caso do Ludwig, a mentira revela-se na sua aceitação acrítica da teoria da evolução, sem qualquer fundamento científico.

    O homicídio revela-se no facto de esta teoria criar no Ludwig a ilusão de que tudo se pode explicar sem Deus, levando o Ludwig a rejeitar a possibilidade de vida eterna oferecida por Jesus Cristo.

    O Ludwig tem mostrado padecer desta ilusão, apesar de não existir qualquer explicação física e química para a origem do hipotético Big Bang e da vida.


    P.S. É possível que nos próximos tempos nos dediquemos ao Rerum Natura, porque a Palmira Silva, do Instituto Superior Técnico, também tem tido umas tiradas interessantes, que merecem apreciação crítica e denúncia pública.

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  13. Ludwig,
    Só hoje tomei conhcimento do teu post.

    http://darwinismo.wordpress.com/2008/03/13/resposta-ao-ludwig-krippahl-1/

    Mats
    God bless

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