Treta da semana: tal como a outra.
Imaginem que uma companhia farmacêutica vendia um tratamento para quase tudo. «Afasia, Amenorreia, Amigdalite, Anorexia, Ansiedade, Apresentação do Feto, […] Constipação, Contracturas, Controlo da dor aguda, Diarreia, […] Eczema, […] Incontinência Urinária, […] Toxicodependências (drogas, álcool e tabaco), Tremores, Urticária, Zumbido»(1). E dizia que a Organização Mundial de Saúde (OMS) o recomendava para todos estes casos, referindo uma conferência organizada pelos National Institutes of Health (2). Mas nessa conferência, de 1997, a única indicação é que o tratamento pode ser eficaz para controlar de dores ligeiras e náuseas, havendo mesmo nesses casos resultados contraditórios. Além disso, afirma que «De acordo com os padrões modernos, é parca a investigação de qualidade [acerca da terapia]. A maior parte dos artigos na literatura […] consiste em relatórios de casos individuais». Finalmente, que «Há evidência que [a terapia] não se demonstra eficaz para deixar de fumar e pode não ser eficaz em outras condições»(2). O contrário do que afirma a empresa farmacêutica.
Se fosse uma empresa farmacêutica toda a gente apontava a aldrabice e não se safava de acções legais. A lei, e a sociedade, é rigorosa no que exige de quem vende tratamentos. Uma multinacional farmacêutica não consegue vender um medicamento para quase tudo sem sequer ter indícios sólidos de que trate o que quer que seja, e havendo até evidências que não trata o que dizem tratar. Mas a Clínica do “Dr.” Pedro Choy não tem esse problema. Talvez por não ter acabado a licenciatura em medicina ou por não pertencer à ordem dos médicos (3), é o tipo de “Doutor” a quem dão mais facilmente o benefício da dúvida. Afinal, tem casos clínicos para comprovar a sua eficácia. Escolhidos por ele, é claro, de entre os muitos que lá vão levar umas picadelas. O Fernando, de Aveiro, tinha um zumbido que passou ao fim de apenas seis sessões. A Leonor, de seis anos, tinha «Sintomas semelhantes aos de constipação e gripe». Felizmente, «Após inicio do tratamento tem melhorado de forma bastante significativa»(4). E ainda bem. A 60€ a primeira consulta mais 32€ por sessão de tratamento (5), é bom que sejam poucas para competir com o xarope Ben-u-ron. Bem, competir não. Complementar, que o Ben-u-ron é para tomar à mesma. Felizmente, são só mais 5€.
Há uns tempos discuti com o João a hipótese de tratar as “medicinas” alternativas da mesma maneira que tratamos a outra. É o que os praticantes dizem querer e parece-me que seria uma excelente ideia. Mas tinha de começar pelo público. São os pacientes, principalmente, que deviam tratar as “Clínicas do Dr. Pedro Choy” tal como tratam a Pfizer, a Hoffmann–La Roche ou qualquer vendedor de medicamentos e terapias. Com muito cepticismo e exigência.
Mas apesar da “alternativa” dizer que quer ser tal como a outra, complementar mas igualmente eficaz, é só mesmo dizer. Porque, ao mesmo tempo, diz também que «A sábia e experimentada Medicina Chinesa tem dado, ao longo dos séculos, provas da sua eficácia, ainda que às vezes pouco claras para a Medicina do Ocidente que, como não tem uma abordagem energética do indivíduo tem dificuldade, sem formação para isso, em entender como é que a Medicina Chinesa funciona.»(6) Ou seja, funciona e é claramente eficaz. Dizem eles. Mas funciona e é eficaz de uma maneira tão subtil que só os seus praticantes notam.
Quase ninguém seria crédulo ao ponto de para aceitar uma coisa destas vinda de uma clínica médica a sério ou de uma empresa farmacêutica. Se estas afirmassem tratar os pacientes com uma eficácia “pouco clara para a Medicina do Ocidente” e que só os próprios vendedores pudessem avaliar quase todos dariam pela marosca. Infelizmente, parece que estas tretas milenares coincidem com um ponto cego cognitivo por onde muitos se deixam enganar. Porque não percebem é que a maioria das terapias tradicionais chegou até hoje apenas pela virtude de fazer menos mal que as outras do seu tempo.
Se a escolha fosse entre espetar agulhinhas de bambu para “libertar as energias” ou o sapateiro cortar-me uma veia para “equilibrar os humores”, eu também preferia as agulhinhas. Não por julgar que fizessem alguma coisa, mas antes isso que uma veia cortada. Durante a idade média, em vários sítios da Europa tornou-se popular tratar feridas aplicando as mezinhas e emplastros aos utensílios que as tinham causado. Isto porque se o remédio é uma mistura de ervas ou gordura cheia de bactérias, o melhor é aplicar longe da ferida (7). Mesmo sem saber o que eram bactérias, rapidamente devem ter visto que tinha um efeito muito melhor. É claro que era o mesmo efeito de não fazer nada e esperar que curasse sozinho. Mas esse remédio, psicologicamente, é o mais difícil de aplicar. Daí o sucesso das medicinas alternativas.
É irónico que muitas pessoas argumentem a favor das alternativas apontando que as empresas farmacêuticas querem ganhar dinheiro. Mas “Dr.” Pedro Choy, e outros que tal, fazem o mesmo. São negócios. 60€ uma consulta não é obra de caridade. E mesmo que fosse, a questão fundamental é se aquilo é seguro, eficaz e útil. Se vale a pena espetar agulhas a uma criança de seis anos com sintomas de gripe quando esta já está medicada e a ser seguida pelo pediatra. Se uma empresa farmacêutica propusesse fazer isso aos meus filhos eu exigia evidências sólidas antes de aceitar. Não se deve exigir menos ao “Dr.” Choy.
1- Clinicas Dr. Pedro Choy, O QUE PODE FAZER POR SI
2- National Institutes of Health, Consensus Development Conference Statement, November 3-5, 1997
3- Clínicas Dr. Pedro Choy Dr. Pedro Choy
4- Clínicas Dr. Pedro Choy Casos Clínicos
5- Clínicas Dr. Pedro Choy Preços
6- Clínicas Dr. Pedro Choy, Medicina Chinesa.
7- Weapon salve
Estou de acordo com tudo o que dizes neste post.
ResponderEliminarPor isso é que considero a divulgação tão importante.
Neste momento acho importante duas coisas:
1. Dar a saber que a medicina alternativa não funciona da mesma maneira que se consegue saber que os objectos caiem se não suportados, que o açucar é C6H12O6 ou se tiram fotgrafias a Marte.
2. Denunciar qualquer manifestação de apoio oficial por estas tretas e mostrar desacordo. (Acontecem porque o lobby destas menina é poderosissimo - envolve milhões de euros).
Como nota final gostava só de lembrar uma coisa.
Acontece serem as farmaceuticas conhecidas pela comercialização de medicamentos cientificos a venderem os outros - ditos naturais - também. Fazem-no através de subsidiarias com outros nomes para não confundir os publicos alvo. Surpresa? Não devia. Além disso, parece que por via das duvidas para lá se pôem genuinos principios activos "sobrenaturais" (não resiti a chamar-lhes sobrenaturais).
"1. Dar a saber que a medicina alternativa não funciona da mesma maneira que se consegue saber que os objectos caiem se não suportados, que o açucar é C6H12O6 ou se tiram fotgrafias a Marte."
ResponderEliminarNão sei se me expliquei bem:
É como que dizer para defender essas tretas que os objectos não caiem apesar de os vermos cair, que o açucar não é uma molecula mas sim uma entidade material mas uma forma de energia desconhecida e que os doentes estão de facto saudaveis se ninguem os tentar tratar.
Exagero? Nem um pouco.
Quanto à acunpuntura...
ResponderEliminarÉ treta pura sob a forma de agulhas.
Os chineses tinham ja descoberto antes de nós que aquilo é treta.
O problema é que Mao tinha um pais superpovoado e sem maneira de fazer funcionar um sistema de saude decente.
Por isso decidiu levantar o ban sobre a acunpuntura e promove-la.
Ele próprio não a usava. Era só para acalmar o povo.
As razões da OMS não serão muito diferentes. Ha paises onde as alternativas e tradicionais é tudo o que existe. Não podem dizer àqueles povos que não têm nada.
eSte tipo de medicinas alternativas e tretas quejandas veio os dos anos 60 e a mentalidade Hippie e contra cultura. Com a “redescoberta” de gurus indianos, medicinas com plantas ou homeopáticas, luzes, cristais etc , achavam que fazia parte de um estilo de vida mais próximo da natureza, com menos produtos químicos em harmonia com o cosmos ( seja lá o que isso for )
ResponderEliminarNada disto foi para ter nenhum tipo de fundamento científico, pelo contrário, a ideia era precisamente ser contra corrente, foi todo um movimento que pretendia lutar contra a racionalidade, o pensamento estruturado e todas as formas consideradas como sendo as responsáveis por situações como a guerra do Vitnam, a miséria no mundo etc. o pensamento racional, segundo eles , levava ao cinismo, a falta de espiritualidade.
Estas ideias deram origem aos movimentos ecologistas, movimentos naturistas, e também a movimentos de medicinas alternativas que foram progressivamente ganhando popularidade entre ricos e excêntricos que gostaram do apelo contra cultura na forma mais fácil. De manhã mergulhavam nas suas piscinas e era cool ter o guru indiano da parte de tarde. Daí a começar a espalhar-se na sociedade em geral foi um instante. Por imitação muitas pessoas começaram a praticar yoga, tai-chi e o fenómeno deixou de ser controlável. Entre os filmes de Hollywood que promoviam a coisa, até livros, produtos etc, foi sempre a somar.
É estranho mas as pessoas gostam mais de usar um remédio da avó do que usar as gotas para a constipação. Criou-se uma ideia de que tudo o que é medicamento é prejudicial, e tudo o que é alternativo é inócuo. Essa ideia foi confirmada para muitos através de medicamentos como a talidomida e outros erros.
Mas isso é um problema de cultura, de falta de pensamento científico e de permissividade por parte da política em relação a grupos de promoção deste tipo de patetices.
O Pedro Choy é candidato nas eleições para a AR, e nas eleições autárquicas.
ResponderEliminarA BÍBLIA E A SAÚDE PÚBLICA
ResponderEliminarO livro Levítico foi mesmo escrito por Moisés.
Existe hoje ampla evidência disso mesmo, reconhecida por alguns dos mais influentes historiadores e arqueólogos especializados em estudos bíblicos e do Médio Oriente.
A hipótese documental, de Julius Welhausen, que negava a autoria do Pentateuco por Moisés, está hoje refutada nas suas pressuposições por evidências arqueológicas e paleográficas abundantes.
De resto, os judeus sempre o atribuíram maioritariamente a Moisés.
O mesmo sucedeu com Jesus Cristo, os seus Discípulos e o Apóstolo Paulo. O próprio historiador judeu Josefo também não tem quaisquer dúvidas quanto a esse ponto.
Os argumentos em sentido contrário são facilmente rebatíveis.
Nem se vê quem é que teria interesse em escrever um livro com essas características noutro contexto.
Este aspecto é muito interessante quando se considera a interdição bíblica da carne de porco.
Hoje sabe-se que a carne de porco é das mais prejudiciais à saúde.
A interdição bíblica da carne de porco, numa situação em que os hebreus andavam pelo deserto ou, mesmo quando mais sedentários, não dispunham de condições de adequadas de conservação dos alimentos, revelou-se uma importante medida de higiene e segurança alimentar, com reflexos positivos na saúde de todo o povo.
Na verdade, a Bíblia, no Pentanteuco, contém um amplo conjunto de medidas sanitárias de protecção da saúde pública (v.g. quarentenas; lavagem de mãos e do corpo, deposição de resíduos, destruição de objectos contaminados, destruição de roupa de doentes e mortos, protecção contra doenças sexualmente transmissíveis, precauções no sepultamento dos mortos).
O objectivo era garantir que o povo judeu pudesse ter um estilo de vida que lhe permitisse gozar de boa saúde.
Deus preocupa-se com o bem estar físico e espiritual das pessoas.
Ainda hoje, muitas das normas morais da Bíblia visam, em boa medida, o bem estar físico, emocional, social e espiritual das pessoas.
É interessante notar que muitas destas medidas eram praticadas pelos judeus muito antes de Louis Pasteur e Robert Koch terem demonstrado, no século XIX, que o contágio passa de um indivíduo para o outro.
Curiosamente, ambos foram ridicularizados pela comunidade científica do seu tempo.
Louis Pasteur foi criticado, pelo seu trabalho em torno da lei da biogénese, por muitos cientistas que, inspirados na filosofia grega, acreditavam na geração espontânea da vida, sob determinadas condições.
Diferentemente, a ideia de que a vida só vem da vida corrobora o ensino bíblico e desmente os ensinos empiricamente não demonstrados de Aristóteles.
Hoje todos sabem que os patogenes não surgem espontaneamente, antes descendem de outros organismos pais, transmitidos a partir do exterior do corpo humano.
Este entendimento levou Pasteur e Koch a preconizar medidas sanitárias muito semelhantes às recomendadas no Pentateuco 4000 anos antes.
Perspectiva,
ResponderEliminarHoje li um comentário teu na integra, não acredito em mim...
«Deus preocupa-se com o bem estar físico e espiritual das pessoas.»
Se deus se preocupa e teve o intuito de fazer com que as consequências das maleitas não seguissem o curso normal, prescrevendo estratégias para as populações contornassem essas maleitas, então porque é que Deus, com a ferramenta que tem na sua omnipotência, não colocou no homem um sistema imunitário à prova de bala? E tudo seria absolutamente mais simples e infinitamente mais eficaz? Ou então acabavas com os agentes patogénicos, pelo mesmo os que o são para o homem?
Prepectiva:
ResponderEliminar"O próprio historiador judeu Josefo também não tem quaisquer dúvidas quanto a esse ponto."
ha sim? E quais são exactamente as palavras de Josefus, és capaz de deixar aqui para todos lermos?
Mario Miguel:
ResponderEliminarÉ por causa do pecado original. Não tas a ver que como Adão comeu a fruta dada por uma cobra (nunca, mas nunca se pode comer fruta dada por uma cobra, vem sempre da arvore proibida), estamos todos a pagar.
A logica é simples. Deus tinha uma arvore de onde não se podiam comer frutos. Não se podiam porque Deus não queria. E Deus é um mesmo um Deus grande, quando quer uma coisa isso é importante. E na imensidão do universo, logo era aquela arvore que ele não queria que comessem.
Pelo sim pelo não, deixou num sitio perto dos unicos humanos existentes. E os humanos não desapontaram. Não foram a correr comer o fruto. Apenas o comeram, contra todas as espectativas de Deus, quando uma cobra os induziu a isso.
Deus ficou francamente aborrecido. Aquela arvore era a tal. Por isso decidiu que por aquela desfeita haviam de pagar Adão, Eva, e todos os que depois deles nascessem, para todo o sempre. Porque Deus ai compreendeu que não foram eles que comeram a maçã, mas podiam ter sido. E isso é que importa. TIvesse Deus comreendido isso mais cedo e nem sequer tinha esperado que Adao comesse a maçã. Tinha-o criado ja com o castigo incluido.
Mas Deus não deixou que isso o atrapalha-se. Por causa dessa cobra persuasiva e manipuladora, criou outras entidade maleficas no mundo. Pois que nessa altura pre-pecaminosa, não havia seres maleficos. So a cobra.
E depois vieram os virus, os crucifixos, a roda, as minas de campo, a inquisição, os carnivoros, as bacterias, a morte lenta, a morte rápida, a morte horrivelmente dolorosa, a dor horrivel sem morte, enfim. Porque naquela maçã é que não. Tudo, até a esquizofrenia, mas uma dentada na maçãé que não.
Percebes agora Mario Miguel?
"É interessante notar que muitas destas medidas eram praticadas pelos judeus muito antes de Louis Pasteur e Robert Koch terem demonstrado, no século XIX, que o contágio passa de um indivíduo para o outro."
ResponderEliminarE muito antes de existirem gatos que enterram as fezes e a urina, mantem sempre o corpo limpo e lavado, e não bebem qualquer agua nem comem qualquer comida.
OH Sr Doutor Perspectiva:
ResponderEliminarNinguem duvida que nos livros da bíblia há sabedoria. Se as regras de Levitico e Numeros fossem contrárias ao saber e costumes da época tinham sido abandonados, não é ?
Agora aí surgem disparates tais, entre coisas válidas, que provam uma de duas coisas:
Aquilo, a bíblia, não foi inspirada por Deus ou não se deve ler assim...
Os Católicos, Anglicanos, Ortodoxos , portanto a maioria em número e - salvo melhor opinião com os maiores teólogos - afirmam a pés juntos que aquilo não é para se ler assim.
Mais :
Afirmam os Católicos que é heresia ler a bíblia textualmente.
Assim sendo parece que o nosso amigo Perspectiva vai ter de discutir isto por toda a eternidade, no inferno, com os ateus, Muçulmanos, Indus, Mórmons, Testemunhas de Jeová e por aí fora.
No entanto chamo-lhe à atenção que se arrepiar caminho, se arrepender das posições criacionistas e heréticas que tem mantido e se se confessar perante um padre Católico poderá obter a absolvição de tão grandes pecados e ser admitido no reino dos céus.
À direita de Deus Pai Todo Poderoso porque lá em cima não consta que haja esquerda.
Aconselho-o vivamente a frequentar mais as páginas da Igreja Católica, meditar profundamente na transubstanciação da santa particula durante a santa missa, começar a ler as biografias - autorizadas - dos Santos Papas e preparar a almita para a grande viagem
E não conte com Adventistas, Ateus, Cátaros, Hindus, Cismáticos e hereges para se salvar.
Certo que estes conselhos serão de grande proveito para a salvação da sua alma despeço-me na paz do Senhor
Como tratar a lepra: Levítico 13-14
ResponderEliminarO que fazer com quem tem pus e hemorragias: Levítico 15 .
Como tratar qualquer doença: Tiago 5:14-15 ; Êxodo 15:26 . Para ser mais claro: 2 Crónicas 16:12 ; Jó 13:4,5 .
Sobre a lavagem das mãos e o que entra na boca (útil para a questão da Gripe A): Mateus 15:1-9 .
Para tratar picadas de serpentes: Números 21:8 .
Os atrasados dos Egípcios em relação à medicina e saúde:
* urologia e circuncisão
* Imhotep, pai da Medicina egípcia; Papiro de Ginecologia de Kanuum; cirurgias; tratamento da pele e dos olhos; remédios;
* instrumentos de cirurgia
* anatomia; cardiologia; cirurgias que envolve o esqueleto
* dentistas
* cirurgia
* menstruação
* suturas, banhos, sabão
* sabão, abluções, lavagens dos pés, limpeza antes de comer, casas-de-banho, pentes
* médicos com especializações
* desodorizantes
* lavagem dos pés, das mãos e da boca; corte de cabelo; corta unhas; dietas
Perspectiva: «O livro Levítico foi mesmo escrito por Moisés.
ResponderEliminarExiste hoje ampla evidência disso mesmo, reconhecida por alguns dos mais influentes historiadores e arqueólogos especializados em estudos bíblicos e do Médio Oriente.»
Para o caso de ele estar interessado, tinha escrito um artigo sobre isso. Que eu saiba no Canal História a figura de Moisés é apresentada como um mito. Wikipedia: «Although there have been various attempts at placing Moses in a historical context of the Late Bronze Age or the Bronze Age collapse, his historicity cannot be established.»
É uma tristeza aproveitar-se de um artigo sobre pseudo-medicina para fazer propaganda cristã sem fundamentar-se - apenas diz que é - e lembro-lhe que não respondeu às minhas questões noutro artigo.
Perspectiva?
ResponderEliminarNão respondes? Só tens gás para spam?
Uma das questões que, aparentemente, divide os crentes dos não crentes é a questão das certezas. Penso que uma das questões que nos aflige a todos é o termos certezas sobre coisas.
ResponderEliminarPasso a explicar:
Gostávamos de saber como foi o inicio do universo, se esta merda tem algum sentido, se é possível prever de alguma maneira o que vai acontecer e – o que é mais – o que somos e para que somos. Ao contrário do tio Caeiro, muito lá de casa mas um bocado inconclusivo, que - quando com um copito a mais - insistia que há metafísica suficiente em não pensar em nada, andamos sempre a cismar nas coisas.
Imaginemos todos que o Mats, o Perspectiva e outros tinham razão.
Pegue-se no código do ADN (em bom português) e conclua-se daí que há algo que lhe é anterior e que o codificou.
Assim seja!
O que podemos concluir daí? Foi a mesma entidade (ou entidades?) que deram origem a tudo?
Ele, ou eles, extinguiram-se no, ou nos actos da criação?
Se não se extinguiram influenciam a nossa vida? E se sim de que maneira?
Ou seja! Colocar na ordem natural das coisas um ou mais seres sobrenaturais não me ajuda muito a perceber as questões fundamentais. Até porque nem sei o que é sobrenatural. O que é para mim agora é sobrenatural pode ser uma experiência de 6º ano de liceu no futuro.
Ou no presente numa galáxia não muito longe de nós.
Muito pior do que isso tudo é pensar que os tais detentores de certezas não têm o menor entendimento entre si.
Mesmo entre os Cristãos, partindo do arbitrário principio, que são eles os detentores da verdadeira revelação do verdadeiro Deus, não há o mais pequeno consenso.
Se lhes perguntarmos coisas tão simples como se Deus é uno ou trino, se uma das trindades – no caso de existir – morreu ou não na cruz, como se lêem os livros, como se interpretem, quais os livros, qual a hierarquia.....ufffff!
Enfim!
Tudo ou quase tudo!
O que nos podem dizer é:
- Tenham fé que nós temos as certezas absolutas contra a gaia ciência.
Não podemos é dizer quais porque andamos todos à porrada.
Agora que temos certezas isso é uma certeza.
Não podem é citar a bíblia directamente porque há quem ache que não, outros que sim, outros que talvez, outros que não mas que sim e quem ache que esta tradução não é certa mas que por outro lado é preciso ler outros livros, igualmente inspirados e outros que nem por isso.
Concordam que as técnicas do Pedro Choi e de outras religiões roçam, para não dizer pior, a vigarice mas que a nossa fé é diferente.
E é em tudo que concordam.
Eu não sei bem se a bíblia tem ou não 66 livros, se o Papa é infalível, se numa missa católica a hóstia se transmuta em corpo de Cristo, se Cristo veio ou não à terra em 1918 (ou dezanove consoante as versões), se a Santa da Ladeira faz milagres, nem o Santo Condestável, nem a bruxa da Pontinha, o Professor Bambo, o meu vizinho do quarto direito que opera maravilhas na vizinha do sexto esquerdo ou mesmo se o Sr. Eng. Sócrates fala sempre verdade e se a Manuela Ferreira Leite teve mesmo uma gripe.
Sei é que a relatividade, a mecânica quântica e a evolução são muito mais coerentes e fáceis de aceitar. E, valha-nos ao menos isso, explicam!
Excepto o que concerne à gripe da Dr. Ferreira Leite que nessa , gripe, tenho uma fé inabalável.
Texto escrito depois de pedir a inspiração a São Dimas, advogado do ladrões, à falta de melhor inspiração.
Eu sei que segundo alguns essa invocação é pior que ser ateu mas o santinho pareceu-me simpático e até aconselho a adminsitração do BPP a dirigirem-se a ele.
Ludwig:
ResponderEliminarQuando estás a pensar instalar uma pos-graduação em pensamento critico para me poder inscrever?
Acho que fazia falta e ia ter procura.
Se o propuzeres a uma privada até se vão babar todas.
"O próprio historiador judeu Josefo também não tem quaisquer dúvidas quanto a esse ponto."
ResponderEliminarIsto é totalmente falso!
Josefo não estava aí para o Moisés nem para Jesus. Dedica um ou dois parágrafos a Jesus (bastante alterados pela Igreja ao longo dos séculos).
Na verdade de todos os profetas daquela altura (mais que as mães), Jesus foi dos que menos Josefo falou. João Baptista tem honras de vários parágrafos, outros de várias páginas (os que foram todos mortos pelos romanos incluindo todos os seus seguidores e respectivas famílias).
Se um desses tivesse escapado (alguns seguidores) hoje ajoelhavas-te a outro Jesus.
Sousa da Ponte
ResponderEliminarDeus é fé.
A fé no amor, o amor de deus, que só se revela através da fé .
Deus que é pai mas também filho e se unifica no uno eterno do espirito santo, e mais a fé.
Por isso todo o universo está cheio de amor , e perfeição e fé muita fé e deus , e pai e filho e mais o outro santo, e cheioooo de fé.
Observam-se as estrelas e que vemos ? AMOR E FÉ.....
está tudo explicado, fica com mais este pedaço de amor e fé....que secaaaaaaaaaaaaa , estoua enlouquecer : )))
Perspectiva,
ResponderEliminar"A hipótese documental, de Julius Welhausen, que negava a autoria do Pentateuco por Moisés, está hoje refutada nas suas pressuposições por evidências arqueológicas e paleográficas abundantes"
Não não, Jónatas. Os ateus dizem que o Julius estava certo, portanto o Julius tem que estar certo. Quem mais evidências tu queres que a declaração dos ateus?
Em relação aos avanços médicos descritos na Bíblia, eis aqui um (longo mas útil) artigo.
** Arturo Castiglioni in A History of Medicine wrote, “ The laws against leprosy in Leviticus 13 may be regarded as the first model of a sanitary legislation"
** Dr. Harold Spinka wrote regarding the Levitical law on Biblical leprosy, “ A review of Leviticus of the Old Testament shows that the priests were in charge of infectious diseases, as well as of the moral and religious welfare of the nation. The differential diagnosis between infectious and non-infectious cutaneous diseases is quite modern.
---
etc, etc, etc...
Mas quem precisa de evidências quando se tem o ateísmo, certo?
Basta tapar os ouvidos, fechar os olhos e gritar "Deus não existe! Deus não existe!". :-D
Moses: The First Author of Health
ResponderEliminarby Jay Nelson
(...)
Dr. Nelson has documented that these principles of health have not changed since Moses wrote them nearly 3,500 years ago.
(...)
The principles of health are grouped into sections:
• Section 1 - Mental and Emotional Health
• Section 2 - Hygiene and Sanitation
• Section 3 - Agriculture and Land Management
• Section 4 - Clean and Unclean Meats
• Section 5 - Healthy Foods; applying healthy principles to the health of the eyes today
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Como é normal no parasítico pensamento ateu, os mesmos beneficiam dos avanços médicos proporcionados pelos "ignorantes judeus", mas negam o Fundamento desses avanços (Deus).
O mesmo se passa com outros ramos da ciência, por sinal.
Mats
ResponderEliminarEsqueça, os chineses estavam muito mais avançados, e deus não andou por lá LOLLL
Mats:
ResponderEliminarNão comes porquito porque?
O Perspectiva, como sempre, brindou-nos com SPAM. Escreveu como se os hebreus fossem uns génios em saúde e medicina por obra divina.
ResponderEliminarO que faria uma pessoa razoável perante tal alegação? Penso que primeiro faria a comparação com outros povos da mesma época e anteriores.
Enumerei alguns conhecimentos e tecnologia dos egípcios que existiam mais de mil anos antes das datas que os criacionistas atribuem ao nascimento de Moisés, com links para artigos com imagens e nomes de papiros sobre medicina e saúde.
Podia também ter feito com, por exemplo, os mesopotâmios e chineses.
Já agora - os egípcios também não comiam porcos: Daily life of the ancient Egyptians, Egypt, trunk of the tree, Herodotus, Book 2, Pigs in Ancient Egypt, Wikipedia. Eram considerados impuros associados a Seth, inimigo de Hórus.
Os egípcios já tinham papiros sobre medicina, sabão, remédios, instrumentos cirúrgicos, dentistas, próteses, quartos-de-banho. Os hebreus salpicavam sangue a leprosos e simplesmente afastavam doentes com pus e hemorragias. Para os cristãos tudo se resolvia com orações. E ambos repudiavam os médicos. (Coloquei as indicações dos versos noutro comentário)
O Mats escreveu: «Os ateus dizem que o Julius estava certo, portanto o Julius tem que estar certo. Quem mais evidências tu queres que a declaração dos ateus?»
ResponderEliminarDepois apresenta um artigo da CreationWiki: http://creationwiki.org/Bible_scientific_foreknowledge . Pesquisei pelas citações no Google. Poucas e de cristãos (6 e 4, incluíndo o QueTreta! e CreationWiki). Eu posso mostrar o que os próprios judeus dizem:
* Torah Class : LEVITICUS 14 - PURIFICATION RITUALS: «Priest NOT a healer; Identification NOT a
medical diagnosis; Tzara'at a SPIRITUAL disease»
* Tzaraath: Encyclopedia: «According to Jewish theological tradition, Tzaraath was often believed to have come not through natural means but as a punishment for sin, and to have been cured not through natural means but through repentance and forgiveness.» (...)
* Wikipedia - Tzaraath: «Rabbi Shimshon Raphael Hirsch demonstrated at length that tzaraath was not to be interpreted as a medical malady, but rather as a spiritual affliction.» (...)
* Jewish Knowledge Base - Tzaraat: «Tzaraat ("Leprosy"): A supra-natural bodily affliction (often mistranslated as leprosy).»
* Reb Chaim HaQoton: «Tzara'as is unique in that it is a spiritual disease manifested through a physical appearance. Throughout Rabbinical and Biblical literature, a Metzora is usually looked at as a person who is castigated by HaShem.»
Só o perspectiva é que mencionou Julius Wellhausen. De qualquer modo, costumo assistir a documentários e a ler sobre o assunto e não sei quem são os tais "influentes historiadores e arqueólogos especializados em estudos bíblicos e do Médio Oriente" com provas de que Moisés existiu e escreveu o Levítico nem como a hipótese documental foi refutada. Israel Filkelstein, Director do Instituto de Arqueologia Sonia, e Neil Asher, da Universidade de Tel Aviv e co-diretor das escavações de Tel Meguido, têm provas do contrário.
Suponho que Moisés também escreveu no Deuteronómio: «Assim, morreu ali Moisés, servo do SENHOR, na terra de Moabe, conforme o dito do SENHOR.» (...) «Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu»... É para o caso de acharem que é só por os arqueólogos de Israel dizerem que sim.
Realmente há quem feche os olhos e ouvidos...
Esqueci-me de escrever uma coisa.
ResponderEliminarUma criança de 15 meses de pais da Igreja Followers of Christ (Brent e Raylene Worthington) morreu de pneunomia, e são acusados de negligência e homicídio involuntário.
Mais igrejas que são contra os cuidados médicos a favor da cura pela oração:
* Faith Assembly
* Endtime Ministries
* Faith Tabernacle
Essa informação é da revista Sábado da semana passada (23 de Julho, p.23), onde é dito que entre 1975 e 1995 172 crianças morreram por causa delas.
Exemplos relacionados com o tema com sabor evangélico:
ResponderEliminar* TRUTH STANDS ALONE MINISTRIES - THE HEALTH PAGE
* Alternative medicine - Christian Terapies
* Good news about God - What Does the Bible Say About Doctors? Are They a Gift from God?
* Bible for Health
* American Bible Society - Miracles, Magic, and Medicine
* BibleStudy.net - Dealing with doctors
Da IURD, que até tem um canal na TVCabo:
* Desafio da Fé
* Curada de câncer com apenas uma semana na IURD
* Testemunhos de Saúde
* vídeo: Curada de Epilepsia
* vídeo: Fogueira Santa de Israel - D. CARLA CURADA HEPATITE E CANCRO
* Testemunho Fogueira Santa de Israel - Dona Isabel - Curada de Câncer
Mats:
«Quem mais evidências tu queres que a declaração dos ateus?»
(O Mats tem mesmo uma fixação com o "quem"!)
«Como é normal no parasítico pensamento ateu, os mesmos beneficiam dos avanços médicos proporcionados pelos "ignorantes judeus", mas negam o Fundamento desses avanços (Deus).
O mesmo se passa com outros ramos da ciência, por sinal.»
* Surgical, medical and anesthesia in the Middle East: Notes on Ancient and medieval practice with reference to Islamic-Arabic medicine
* Egyptology Online - The physician in Ancient Egypt
* Wikipedia - Ancient Egyptian medicine
* Cyber Museum of Neurosurgery - Neurosurgical Classic-XVII Edwin Smith Surgical Papyrus
* Ortopaedic Web Links - Edwin Smith Papyrus
* Ebers papyrus
* Edwin Smith Papyrus
Foram os judeus que escreveram nesses papiros no século 16th aC? O perspectiva e o Mats precisam ainda de mais ou já chega? Agora quem é que tem um pensamento parasítico?
Parecem os deputados na AR.
ResponderEliminarA conversa é outra mas o estilo é o mesmo.
Nós vivemos no universo que nos é "pintado" por cientistas ou numa redoma pertencente a alguma entidade, que nos cria como nós criamos peixes em aquarios?
Se Deus é infinitamente bom e justo e se a criação foi perfeita... então Deus já se esqueceu de nós há muito.
Ena que gente tão culta e do mais alto gabarito ( gosto de ver).Mas pf podiam não falar do que não sabem? As ditas agulhinhas até teem seus efeitos benéficos. Estas coisas não se devem afirmar sem conhecimento próprio,mas ve vocês acharam por bem....
ResponderEliminarVendo melhor...gostei muito da explicação do Adão e da Maçã. Podia ter sido só o Adão castigado:) Ás vezes especular é muito anti inflamatório.Passa borbulhas e comichão e nem custa 5 euros.Fiquem bem meus Senhores....gostei de vos Ler....
ResponderEliminarMinha gente, informem-se antes de falar, por favor porque a medicina tradicional chinesa é uma abordagem diferente das patologias, envolvendo o uso dos diferentes tipos de energia do corpo humano. Existem já várias investigações a estabelecer o paralelismo entre os dois tipos de medicina, explicando na lógica ocidental os fundamentos da medicina chinesa.
ResponderEliminarEm teoria todas as doenças podem ser tratadas usando a medicina chinesa.
Claro que sim. É preciso conhecer as coisas para se poder falar sobre elas de forma crítica. Cepticismo sem um conhecimento profundo sobre o que se fala ou pensa tem pouca validade, por muita retórica com que se enfeite as palavras. Alias, costuma chamar-se "más línguas" e faz lembrar a idade das trevas em que se apedrejava e queimava o que não se conhecia ou contrariava o que se tomava como verdadeiro.
ResponderEliminarSe é uma treta e uma charlatanice, porque chamam os médicos o Pedro Choy para fazer a anestesia com as agulhas a pacientes que não podem receber as tradicionais anestesias por químicos? E porque será que os próprios hospitais em alguns casos mais complicados recorrem aos seus serviços, como eu própria assisti um bebé ser levado para tratamentos semanais a uma das clínicas dele por a medicina tradicional por si só não ser suficiente? Vejo a acupuntura com uma complementaridade ou, em certos casos, como alternativa, com provas dadas há muitos séculos. Já quanto a outras terapias alternativas, poderia estar de acordo...
ResponderEliminarLucas, queres mesmo respostas ou são perguntas de retórica?
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