terça-feira, maio 08, 2007

Treta da semana: à imagem de Deus.

Com tanto que se exalta as virtudes da natureza é estranha a relutância em aceitar o humano como natural. Muitos preferem a humanidade criada pelo artifício de vontade alheia em vez de algo que evoluiu pelos seus atributos. Alegam que a maravilha da natureza testemunha a magnificência do seu deus, mas a maravilha não lhes chega. O Homem tem que ser melhor ainda. Tem que ter coisas que nem esse deus conseguiu incluir na natureza. E isso parece-me uma grande treta.

Por um lado, subestimam a natureza. O Homem não pode ser só átomos porque átomos são incapazes de pensar, sentir e ter vontade. A diversidade de comportamentos humanos refuta a nossa natureza biológica. Mas a diversidade é característica do ser biológico. Quem os tem sabe que até cães e gatos são indivíduos distintos e com personalidade. Aprendem, adaptam-se ao ambiente em que vivem, reagem, interagem, e agem por vontade própria.

Um ser vivo não é um boneco de corda com comportamento fixo. Este determinismo biológico que atacam é uma caricatura absurda. Mas sempre que treme o pedestal da origem divina do Homem lá dão mais uma paulada no boneco. O biológico é complexo, versátil e adaptável por natureza, sem precisar de intervenção divina. O morcego é guiado por estruturas biológicas que lhe dão uma possibilidade infinita de manobras e trajectórias. Os calos são uma resposta biológica da pele mas não temos todos os mesmos calos nos mesmos sítios.

Cada organismo é uma complexa interacção dos seus átomos e dos átomos que o rodeiam. Um átomo sozinho faz pouca coisa, mas com átomos a interagir há fotossíntese, o voo das aves, o sonar dos morcegos, alcateias de lobos. Há vida. Até recentemente, por ignorância, insistia-se que a matéria nunca poderia ser viva. Afinal, um átomo não é vivo. Pois um átomo também não é molhado e a água é. Um sistema complexo de átomos pode ser vivo. Agora é a vez de negar à matéria a liberdade, a ética e a consciência. Outra vez por ignorância.

Humildemente, assume-se que o intelecto humano domina por completo a natureza. Assim, tudo o que não compreendemos tem que vir de um ser supremo e sobrenatural. Com tantas provas que isto é falso já não se devia cometer este erro. Deve-se assumir o oposto. Se não compreendemos algo é porque a natureza é mais complexa do que pensávamos. Da nossa ignorância não podemos inferir limites para a natureza, e assumir que só por intervenção divina é que o ser humano tem estas características. E é preciso muita ginástica mental para ver um elefante a acariciar os ossos de um parente morto e achar que não há ali nada de consciente ou semelhante ao que nós sentimos. Ou talvez tenham sido criados à imagem de Ganesh...

E sobrestimam a nossa espécie. Muito. Dizem que somos livres, que temos vontade própria, e que a diversidade cultural o comprova. Treta. Se comprova alguma coisa é o oposto. A diversidade cultural não vem de cada um exercer uma vontade livre e independente. Vem de se conformar ao grupo em que cresceu, de aceitar as ideias dos pais e amigos, de se comportar «como deve ser», seja o que for. Não é por estar em vários rebanhos que as ovelhas são livres e independentes.

E que somos um ser ético e racional. E somos. Quando temos o frigorifico cheio e os filhos contentes. Mas se os miúdos choram de fome e não temos nada que lhes dar trocamos a ética pela Kalashnikov, ou a catana, ou o que vier à mão. Olhem bem para o mundo e para a história da nossa espécie. Não é o plano divino para um ser racional e ético. São os sucessos e fracassos de um animal que tem mais domínio sobre o que o rodeia que tem sobre si próprio.

O Homem é um mamífero esperto, mas com ilusões de grandeza. Tem um cérebro enorme, linguagem e capacidades que os outros animais não têm. Mas é normal na natureza que os organismos se especializem. Outros há que vêem, correm, nadam, mordem ou ouvem melhor que nós. E se a matéria faz tudo o que os outros animais fazem pode muito bem fazer o que nós fazemos.

31 comentários:

  1. Coloquei este comentário num Post do De Rerum Natura, a responder a alguém que suspeito saber quem é. :-) Aqui, parece-me também bater certo pelo que o António diz:

    "Pois é. Quando um IDiota, escreve esta patacoada: "O problema é que o monte de que ele fala é um monte impossível. Os próprios paleontologistas consideram o cenário gradualista de Dawkins irreal. Só em simulações computacionais é que a e evolução é possível (quando se pré-programa o computador para o efeito!)". Só pode estar a tentar provar que não tem bases para a sua crença.
    Em qualquer simulação informática de uma evolução, se considerar todos os factores estáticos, efectivamente não vai haver evolução nenhuma. Isto é lógica de jurista, advogado, e afins. Numa simulação natural, tem de introduzir sempre um factor de mudança a ser avaliado, para testar a sua viabilidade. E as mutações a ser avaliadas, existem mesmo contra a vontade dos IDiotas. Veja-se os cães, que têm origem no mesmo antepassado, mas, que por imposição selectiva humana foram dar em todas as raças hoje conhecidas. O mesmo se passa na natureza, com uma população de um qualquer ser vivo. Por mutação genética, um filho nasce com uma caracteristica diferente, por exemplo, menos 2 molares. O espaço para acomodar o cérebro aumenta. Se ele for carnivoro, desenvolve uma maior inteligencia que lhe garante mais 0.1% de taxa de sobrevivência, o que ao fim de várias gerações, se traduz na predominância nessa população dessa caracteristica herdada de um ancestral comum, mas, se a caracteristica surgir num herbivoro, essa mesma caracteristica implica não haver energia suficiente para alimentar esse crescimento cerebral, que agravado pelo tempo extra necessário para mastigar, para compensar a ausencia desses molares significa menos 0.1% de probabilidade de sobrevivência. Estatisticamente, ao fim de algumas gerações, ou essa linhagem se extinguiu, ou se tornou recessiva, e fica latente.
    Podem ignorar os mecanismos estatisticos e aleatórios por detrás da evolução, mas, isso não prova a inexistência da mesma. Prova é a vossa falta de inteligência, o que é grave em quem quer apontar a um design inteligente na origem de tudo. Talvez vocês não tenham sido contemplados pelo design que advogam. Além da vossa mui clara tendência para rebanharem. Talvez com base nesta saida do Behe, já vi um dos esbirros a tentar passar manteiga num ateu, a reconhecer-lhe capacidades."

    Caro António, conte lá os dentinhos para saber se o António é prova contra aquilo, que o próprio António defende.

    E já agora, passe lá um camelito vivo pelo buraco de uma agulha, para vêr-mos deus a trabalhar. :-)

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  2. As coisas são assim, mas podiam ser de outra maneira. Mesmo incorporando que foi algo inteligente que fez o Universo, pergunto: Porque é que ele o fez assim e não de outra maneira?

    Um resposta possivel é o Principio Antrópico, que diz mais ou menos isto: "Vemos o universo da maneira como ele é porque, se fosse diferente, não estaríamos aqui para vê-lo".

    Se fosse diferente, se as leis fisicas fossem ligeiramente diferentes, poderia não ser possivel a criação de vida (como a conhecemos) e de tal forma não haveria ninguem para fazer essa pergunta.

    Há vários autores que defendem que de facto esses outros universos diferentes, em que as coisas não são assim, existem. Inclusivamente há quem afirme que todos os Universos possiveis existem (paralelamente) ou já existiram.

    Nesses outros universos haverá pessoas a perguntar porque é que aquele universo é assim.

    A fisica já tem algumas respostas para algumas das perguntas do porquê. E muitas dessas respostas são maravilhosas e muito mais potentes do que alguma vez se imaginou.

    Se deus existe a sua obra pode ser em parte compreendida através do estudo, da fisica e da actividade racional. Contemplar a sua obra com base na fé pode ser redutor. Compreender os meandros da complexidade do Universo é magnífico.

    E de facto não há nada que prive mais o homem da sua liberdade do que os dogmas e paradigmas sociais e culturais existentes num determinado momento.

    A ciência por seu lado dá liberdade ao homem de pensar racionalmente, de se questionar, de aprender, de melhorar, de evoluir, de discutir, de compreender, de imaginar e de ensinar. Isto é liberdade.

    E o acaso não é uma treta.. E o cientista não vende nada. Só aprende quem quiser, sem ter de comprar quase nada (tem que comprar uns livros e tal).

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  3. Muito bem dito! Se por acaso deixarmos cair um ovo da bancada... bom, não foi por acaso, há uma explicação para o ovo ter caído da bancada. O acaso tem a ver com o facto de o nosso universo é assim porque não é outro. As coisas aconteceram assim porque é o nosso universo. É uma casualidade de infinitos universos.
    A partir do ovo chegaremos ao Big Bang atribuindo gradualmente uma causa a um efeito.
    ver no meu blog:
    http://o-outro-universo.blogspot.com/2007/02/entropia-e-datao-do-universo.html

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  4. Continua a parecer-me que a perspectiva aqui defendida substitui Deus pela Natureza numa espécie Deus Sive Natura à la Espinoza.
    Eu sou contrário a este entendimento essencialista que atribui ao homem uma essência que precederia a sua existência.
    Este modo de proceder é muito parecido com versão religiosa, segunda qual Deus atribui ao homem uma finalidade que só ganha sentido no seio de um plano divino.
    No caso do biologismo que aqui se defende a essência já não radicaria num plano delineado por num entidade omnisciente e sumamente poderosa mais pela infraestrutura genética.
    Assim, as diferenças entre a perspectiva religiosa e a perspectiva biologista são menores do que à primeira vista parece.

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  5. António,
    Não, esse paragrafo era para o pseudo-anónimo do outro blog, que é um esbirro dos criacionistas, cá no burgo. Não tem nada a vêr com o António. A si ainda não o vi a passar mateiga em ninguém.

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  6. Caro António Parente,

    É uma boa pergunta. O meu ponto principal é que não se justifica responder "foi Deus". Até agora sempre respondemos assim ao que não sabiamos responder. E sempre que descobrimos as respostas vimos que não era esta.

    Caro asilvestre,

    A diferença está entre procurar a explicação naquilo que observamos e podemos tentar compreender -- a natureza -- ou então desistir da procura e inventar deuses, fantasmas, fadas, magias, milagres ou outros placebos que não são explicação.

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  7. Sem qualquer menosprezo pelo António Parente (que tenho, aliás, em elevada consideração, e cujo intelecto me merece o maior apreço), reclamo o direito de atribuir o prémio "ironia involuntária do ano" à frase, "O cérebro de um crente demora a acordar". Julgo que nem o Ludwig diria tanto. ;-)

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  8. Ó António,

    Não faça confusões... A pedra a tocar violino é do departamento do seu deus, tal como o camelo a passar num orificio qualquer, e um prestidigitador a caminhar sobre as aguas e outro a "afastar" as mesmas. Não peça a um ateu para fazer o seu trabalho, e ponha lá você a pedra a tocar violino, que esse sim seria um milagre digno de deus, e assim, seria sua prova.

    Deixe-se de jogos de palavras e de tentar projectar no ateísmo, a ridicularias da religião. Vocês é que querem fazer crer em milagres, como essa pedra violinista o seria.

    E já agora, a matéria, não é no que o Ludwig disse, uma pedra, pois essa é a interpretação sempre obtusa e limitativa de quem acredita nas "tangas" da biblia como factuais. Matéria em ciência, é algo mais genérico... É alguem decompôr essa pedra em atomos que poderão no futuro vir a fazer parte de um organismo complexo, que toque violino. Se ainda não percebeu, pense no calcio que todos os dias ingere e que se acumula nos seus ossos. Há milhões de anos era um calhau qualquer, hoje em dia é parte de um "calhau" que ensina piano piano :-) (Another delicious little pun!)
    As suas alegorias são excelentes! Esta do piano está a render que se farta! ;-)

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  9. "Os gatos não são independentes, são criaturas frias e calculistas como os ateístas".

    Caro António Parente,
    não tenho a menor dúvida que haja "ateistas" frios e calculistas, em igual proporção, aliás, aos crentes. Mas conferir aos animais atributos humanos é um erro tão básico e crasso que o desqualificam automaticamente para esta discussão: 0 valores, sentar! ;)
    Melhores cumprimentos
    Cristy

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  10. Os ateus são os ciêntistas, mas, provavelmente por falta de metodo, os cristãos escusam-se a provar o TUDO o que afirmam.
    Vá lá! Só um milagrezito... Pequenino. Nem peço muito. Unzinho!... Vá lá! Faça lá um esforço... Já lhe demos o big bang no acelerador de particulas quando pediu uma reprodução do big bang, mas, ainda não ví nada de util desse lado.
    Nem mesmo as previsões económicas do seu banco foram certas, que credibilidade é que lhe podemos dar a um Economista matemático, sem ele mostrar provas?... :-) Afinal em Abril os juros só chegavam aos 3.35%? Está mais nos 4%...(esta paga copyrights aos católicos. O ataque directo à credibilidade do interlocutor. LOL)

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  11. Caro Antonio Parente

    Não sei se estou certa mas parece-me que a Cristy se referia a atributos como a frieza e o calculismo esses sim atributos exclusivamente humanos.
    O antónio não tem bichos pois não?
    Ou então nunca olho para o seu bicho com muita atenção. Se olhar verá que o Ludwig tem razão!

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  12. A posição: "Então provem lá que dEUS não existe" é simplesmente das coisas mais absurdas que se podem dizer! Os cientistas têm mais que fazer do que andar a provar que o Pai Natal não existe e que os duendes que certas crianças afirmam ter debaixo da cama não existem..

    Respeito as pessoas que acreditam em dEUS com base na fé (o que quer que isso seja), mas essas pessoas têm de ser honestas e assumir de uma vez por todas que essa crença tem uma base irracional e é totalmente desprovida de lógica.

    A ciencia é universal e funciona em todo o planeta e em todas as nações. É o denominador comum da Humanidade. A religião não! Cada povo tem os seus deuses as suas creças, e ainda bem que é assim, é a diversidade cultural. Mas isto prova o quão frágil é o conceito de deus. Se precisão de acreditar em algo imaginário para serem felizes, tudo bem. Agora não queiram fazer disso um facto. Não é!

    Não queiram comparar a ciencia com a religiao. É impossivel. A primeira tem uma base racional, a segunda não.

    Não há um único, nem um dado que prmita defender que dEUS existe. A ciência baseia-se em milhões de factos observáveis e testáveis (basta carregar num interruptor e ver uma lâmpada a acender para ver que isto é verdade). Várias centenas de grandes homens, contra inumeras adversidades, combinaram os factos em estruturas lógicas coerentes, estruturas estas que nos permitem hoje estar aqui a escrever.

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  13. Não é preciso ir ao CERN ver um Big Bang em miniatura para ter a certeza de que a ciencia funciona. Basta estar a ler esta frase!

    Que eu saiba os computadores não caiem do céu!

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  14. Ludwig:

    Excelente artigo! Novamente!

    Andas inspirado :)


    Continua os bons artigos :)

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  15. «Aborrece-me, também, o desprezo intelectual a que se votam as pessoas simples, como eu, que procuram conforto numa espiritualidade cheia de luz e de graça.»

    Os católicos em geral, e os padres em particular, têm uma postura paternalista para com a IURD.
    Mas o «rebanho» da IURD também precisa do conforto que só os seus pastores lhe podem oferecer.
    Ou não?

    Se alguém tiver a opinião de que a IURD é uma fraude, não a deve colocar no seu blogue pessoal, onde só vai quem quer?


    «É humanamente impossível eu repetir todas as experiências científicas que se realizaram nos últimos cem anos. Mas não coloco em dúvida nem uma. Quem sou eu para o fazer se há toda uma comunidade científica que se vigia?»

    Faria sentido duvidar que a comunidade científica se auto-vigia com eficiência.
    Há inúmeros casos de comunidades que se deviam auto-vigiar e não o fazem convenientemente.

    A comunidade científica dá provas, mesmo aos mais simples, que tem boas razões para as alegações extraordinárias que faz.
    As afirmações da mecânica quântica parecem bizarras, é fácil duvidar delas. Mas os transístores funcionam e graças a eles podemos todos usar computadores pessoais.

    Os «milagres» da ciência podem ser verificados, não exigem qualquer «Fé».
    Para alegações extraordinárias, provas extraordinárias.

    Quanto ao sobrenatural, qualquer pessoa sabe quantos charlatões burlam os outros. Muitos mediuns, muitos «bruxos», etc...
    Parece que quando alguém pode ganhar dinheiro fazendo alegações falsas a respeito do sobrenatural, muitas vezes o consegue, convencendo inúmeras pessoas.

    Que razão temos para acreditar que a Igreja Católica é diferente? Que não são enganos e equívocos?

    Não há uma boa razão.


    Dá conforto espiritual?
    A igreja católica é menos eficiente a dar conforto espiritual que a IURD, por isso é que a IURD vai aumentando o número de crentes e a Igreja católica os vai perdendo.
    Eu acho que isso é algo MAU. Porque quando se dá conforto espiritual a troco de mentiras e engodos (a IURD tanto dá mais conforto, como oferece mais mentiras), o resultado é aquele que vimos ao longo da história: a Igreja a ser um entrave à liberdade, ao desenvolvimento, à ciência - se hoje o é menos do que foi no passado é porque hoje é menos poderosa.

    Um mundo mais feliz é aquele em que as pessoas desenvolveram os mecanismo para encontrar conforto no mundo real, e são livres para explorar as possibilidades que este oferece.

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  16. Mas é normal na natureza que os organismos se especializem.

    Yes! E nós temos uma especialização muito especial... autoconsciência, autoconhecimento... que grande merecimento!!! :)

    So you're really very right... by far!

    À imagem de Deus... que cá dentro se escondeu, nesse sacrário sagrado do coração adorado, onde brilha o Bem-Amado!

    And even in the deepest solitude one can be with Him so secretly within... Such a miracle it is... oh unbound joy and bliss!!!


    ...os duendes que certas crianças afirmam ter debaixo da cama não existem.

    Ó tu das moedas! Mas eu não estou nada debaixo da cama, qual quê?... bem lá em cima é que a menina me vê!!! :D

    Puxa, que muito embirram comigo, aqui e no Rerum Natura! Que digam que não há Deus, acho bem se são ateus, mas negar a existência, mesmo em nome da ciência, de um Gnomo tolo assim... isso não é o meu fim!!! ;)

    E aqui estou todo lampeiro...

    Rui leprechaun

    (...Dom Harry Potter I !!! :))


    PS: Well... although not that young, really... Ora, mas também se a gente vive até mil anos, dez vezes mais que os primos humanos, pulamos e rimos contentes, ufanos!!! :D

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  17. blá blá blá blá blá blá blá blá
    blá blá blá blá blá blá blá blá.

    Expressão irritante em inglês.

    blá blá blá blá blá blá blá blá
    blá blá blá blá blá blá blá blá
    blá blá blá blá blá blá blá blá.

    Expressão irritante em inglês.

    .
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    palha, muita palha....
    .
    .
    (o fim... Tretas e mais tretas:))

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  18. António,

    Aquilo não é um ataque pessoal, como está a julgar, nem quero trazer a sua vida profissional para aqui. Fosse esse o objectivo, e não tinha o comentário entre parentesis a seguir. Aquilo, é o que eu tenho vindo a fazer repetidas vezes, que é repetir o estilo de ataques comuns, feitos contra os ateus, e você é o unico crente endémico do ktreta, sobre quem me dei ao trabalho de investigar. Os outros sofrem na realidade do que o António acusou os ateus, misturado com o que o João Vasco acrescentou, o que os torna desinteressantes.

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  19. Ao "o duende",
    Amigo, como eu te compreendo. :-)
    Se ele é mesmo um duende e sabe um pouco de linguas da zona, manda-lhe um caloroso: POK MA HON!!!
    (Se alguém quiser saber o que isto quer dizer, eu depois envio para o nosso anfitrião). :-)

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  20. «Mas o «rebanho» da IURD também precisa do conforto que só os seus pastores lhe podem oferecer. Ou não?"

    Não.»

    Coitados.
    São menos que os outros. Os católicos têm direito ao conforto espiritual e o rebanho da IURD não?

    Está mal.

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  21. «Continuo a manter a decisão de não falar consigo.»

    Acabou de o fazer novamente, ;)


    De qualquer forma, já sei que essa decisão é tão definitiva como a sua 389ª vez que anunciou que ia abandonar definitivamente este blogue. Já estamos habituados.

    É verdade que o António me insultou várias vezes, de forma menos própria e menos educada, mas tenho de ser justo: não o fez tantas vezes quantas as que anunciou abandonar definitivamente este blogue.


    Boas leituras :)

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  22. Ena, o António até sabe gaélico... viva! :)

    Bem, fora então aqui do tema e numa nota mais pessoal, gosto de facto muitíssimo da música celta e também, de um modo geral, daquilo que agora se designa por música étnica ou "world music".

    É claro que nesta há também um destaque especial para as sonoridades orientais, que aprendi a amar já há muito tempo, quando George Harrison introduziu na música popular esses sons exóticos e mágicos.

    Ah! Mas embora eu até seja um adepto das tais medicinas mais tradicionais e terapêuticas menos químicas e agressivas, sempre que puderem ser empregues, não sou especialista nessa novel leitura dos "grandes eros", como tão jocosamente o outro blog irmão esta semana referia! ;)

    http://dererummundi.blogspot.com/2007/05/
    grandes-eros-6.html

    Quanto à minha réplica... é pacífica! Um hino maravilhosa à paz e tranquilidade interiores, que é aí que tudo começa. Depois, apenas manifestamos fora aquilo que já somos dentro. E deveras sempre acreditei que é a consciência que transforma o mundo... não o eoísmo fundo!

    Deep peace of the running waves to you,
    Deep peace of the flowing air to you,
    Deep peace of the smiling stars to you,
    Deep peace of the quiet earth to you,
    Deep peace of the watching shepherds to you,
    Deep peace of the Son of Peace to you.

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  23. Caro António Parente,
    se acha comparável aquilo que se afirmou no post sobre os animais e aquilo que o António Parente disse sobre os mesmos, então não precisa mandar-me calar, calo-me voluntariamente porque qualquer discussão é pura perda de tempo.
    Melhores cumprimentos
    Cristy

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  24. Olá Joaninha,
    era a isso mesmo, está claro. Mas o grave da forma de argumentar de um António Parente é a tentativa constante de "virar" o que os seus adversários dizem, para o interpretar à sua maneira. E quando é apanhado, era tudo "ironia". De modo que deixo as discussões com os Antónios Parentes para quem tem paciência de santo ;)
    Cristy

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  25. O Ludwig parece-se cada vez mais com um deus.

    Manda uma bomba e depois ausenta-se, deixando a malta a disutir o sexo dos anjos...

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  26. Caro Moisés,

    Obrigado pela comparação, mas a ausência deve-se a factores menos divinos. Como corrigir trabalhos, preparar aulas, etc...

    Aproveito para agradecer a todos a vossa participação, que tem sido o meu maior estímulo para escrever este blog. Infelizmente, quando se aproxima o final do semestre o tempo livre encolhe. Tenho conseguido ler os comentários e tento orientar os posts para cobrir as críticas mais salientes, mas neste momento não consigo responder regularmente.

    Mas continuem a comentar, por favor. Como qualquer deus, mesmo que não responda ouço as vossas preces ;-)

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  27. Cara Cristy,

    Desculpa discordar de ti.

    O António Parente, apesar de eu discordar dele a 99,9999% parece ser boa pessoa... E até faz rir a audiência com as suas contradições, os abandonos etc... Mas no entanto, faz aqui alguma falta. E transmite alguma simpatia.

    Se todos os católicos fossem assim, isto seria menos mau.

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  28. Caro António Parente, caro Mário Miguel,
    longe de mim querer insinuar que alguém que eu não conheço é boa ou má pessoa. Apenas discordo muito da maneira de argumentar do A.P. - mas não só, há outros, só que esses nem me merecem o esforço de um comentário. O que me custa é ver aqui um blogue com temas interessantes e muito controversos, onde se pode aprender muito quando o debate é construtivo, para aparecerem reacções cujo único intuito óbvio é «estragar», sem acrescentar nada de positivo. Ao contrário do que o António Parente parece (ou quer parecer) pensar, o meu objectivo não é defender o meu irmão, porque, sinceramente, acho que não conheço ninguém que precise menos de quem o defenda. Mas, lá está, é muito mais prático continuar a afirmar "tão engraçada, quer defender o maninho", e não levar a sério as minhas objecções. Presumo que se fosse homem os meus argumentos mereceriam mais respeito ao A.P.. Não me preocupo, é outra «experiência portuguesa» que não me apanha de surpresa há muito tempo.
    Cumprimentos a ambos
    Cristy

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  29. A Cristy acabou de descrever mais um dos traços muito comuns no típico crente: a diminuição das mulheres.
    Na realidade, esse traço é um complemento do tom paternalista famoso desde o "Pai, perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem". Essa incessante necessidade de negar a realidade, leva a que usem o paternalismo como forma de rejeitar a derrota, porque moralmente são sempre os vencedores, porque os outros estão errados, mas não o sabem, apesar de terem provado vezes sem conta os erros dos crentes. O melhor do tom paternalista, é que permite que na cabeça de crente, não tem de provar nada, e são sempre os outros que têm de provar tudo. O mais espantoso do paternalismo, é que mesmo que levem uma coça de uma mulher, não conta porque é um ser inferior. O mais estranho é haver mulheres que ainda seguem a religião católica (não confundir isto com o acreditar na existência de deus), quando a biblia coloca a mulheres numa posição de submissão em relação ao homem, e deste apenas perante deus... Depois ainda há alguém que diz que não há hierarquias na submissão a deus. LOL
    Do António Parente, ainda espero vêr o mais fácil dos milagres... o do camelo, porque os ricos já foram aceites no céu.

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  30. Cristy,

    Não me interpretes mal, o que eu disse no fundamental, é que o A.P, faz aqui falta, é castiço, e serve também para colocar questões, que por vezes, até são pertinentes, e sem elas não há a resposta.

    Mas de facto o A.P parece ser um bocadito paternalista, mas isso já lhe deve estar no sangue.

    Sempre lhe pode ir dando pauladas;-)

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  31. Faço minhas as palavras da Cristy: "Mas o grave da forma de argumentar de um António Parente é a tentativa constante de "virar" o que os seus adversários dizem, para o interpretar à sua maneira. E quando é apanhado, era tudo "ironia". De modo que deixo as discussões com os Antónios Parentes para quem tem paciência de santo ;)"
    Que segundo a interpretação Parenteana do que é dito, faz de mim um santo, logo eu que sou ateu.
    Veja lá se me começa a venerar, para não ser incoerente!

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