sábado, julho 03, 2010

Fé.

“Fé” é um termo que não se consegue definir bem por palavras porque, como “amor”, refere mais do que aquilo que as palavras podem descrever. Quem já sentiu sabe o que a palavra refere mas a quem nunca sentiu o dicionário dará sempre uma ideia incompleta. E este problema é muito apontado como prova do Mistério que estas coisas são; o Amor, a Fé, Deus, etc. Mas este é um problema comum a quase todas as definições fora de sistemas formais como a matemática e a lógica. Passa-se exactamente o mesmo com “salgado”, “verde” ou “cheiro a couves”. Quem já sentiu sabe o que significa e quem nunca sentiu não vai perceber o significado todo. Ainda assim, há aspectos destas coisas que podemos compreender por palavras mesmo que, sem as sentir, fique alguma coisa de fora.

A propósito de um texto do Domingos Faria sobre o ateísmo ser o primeiro passo para a fé (1), perguntei-lhe o que é a fé e para que serve. Não contava com uma definição completa da fé, mas bastava algo que desse uma ideia do seu papel. E a propósito da resposta do Domingos decidi escrever estas minhas impressões acerca da fé e daquilo para que pode servir.

O Domingos respondeu, como responde muita gente, que ter fé é acreditar. Mas não pode ser, por várias razões. A fé é apresentada como razão para crer, e se justificam acreditar porque têm fé a fé tem de ser algo que precede a crença e os leva a acreditar. Além disso, a crença admite facilmente a possibilidade de erro. Muitas vezes até acompanhamos a expressão de uma crença com um “se não me engano”, indicando precisamente que podemos estar enganados naquilo em que acreditamos. Acredito que vai chover ou que a faca do pão está na gaveta, mas se calhar não é verdade. A fé não é assim. É contraditório dizer que se tem fé em algo e ao mesmo tempo admitir que se pode estar enganado, porque tal admissão revelaria falta de fé.

A fé também implica a expressão insistente, e persistente, da crença. Perseverança e fidelidade. Eu acredito que isso dos deuses é treta mas, não tendo fé, se me ameaçarem com a fogueira digo logo que acredito nos deuses que quiserem, como hóstias e invento pecados no confessionário se for preciso. Um grande contraste com a fé dos mártires que optam pela tortura e morte só para persistir na afirmação das suas crenças.

Outra diferença entre acreditar e ter fé é que acreditar faz parte de compreender mas a compreensão exclui a fé. Eu compreendo porque é que o interruptor faz acender a luz, e para compreender isso tenho de acreditar em várias proposições acerca desse circuito eléctrico. Mas uma vez que compreendo não há espaço para ter fé. Se acende sei porquê, e se não acende é um disjuntor desligado ou uma lâmpada fundida. Não é uma crise de fé.

Finalmente, a fé é proposta como uma virtude. Ter fé é ser fiel a uma crença. É moralmente bom, digno e virtuoso. E rejeitar essa crença é mau. É uma falha, uma traição, uma imoralidade. Coisa de quem não é de fiar. O que não se passa com as crenças em geral. Sem a fé, acreditar ou deixar de acreditar são actos moralmente neutros. Não é virtude acreditar que o autocarro vem à hora indicada no horário nem é defeito de carácter deixar de acreditar quando a hora passa e o autocarro não veio.

E não só é virtude ter fé como é defeito de carácter criticar o que acreditam pela fé. Todos reconhecemos que, em geral, as crenças estão sujeitas a críticas e discussão. Mas às crenças motivadas pela fé é dá-se um estatuto especial, com pressões sociais contra a dissensão aberta e muitas vezes até leis que punem quem as criticar demasiado.

Há mais coisas que se poderia dizer acerca da fé e mais coisas que não se consegue pôr em palavras, que só quem tem fé é que pode sentir. Mas estas características da fé já dão uma ideia da sua função. Daquilo para que serve a fé. Serve para manipular as pessoas.

Os requisitos de um mecanismo psicológico para fazer as pessoas acreditar no que quisermos são exactamente estas características da fé. Algo que dê a sensação de justificar a crença em coisas que não se compreende. Que faça sentir essa crença como uma virtude, a descrença como um defeito e a crítica como uma ofensa. Que torne desconfortável admitir a possibilidade de erro. E que motive o crente a defender e propagar a crença mesmo com grande sacrifício pessoal.

Por isso a fé é um excelente vector de clonagem de crenças*. Basta inserir a crença que se quer propagar, infectar alguns hospedeiros e a fé trata de a espalhar pela população. E dá para muitas crenças. Que certas pessoas têm um canal especial de comunicação com um deus, são lideradas por um chefe infalível e não fazem mal às crianças. Que este livro é sagrado. Ou aquele, ou o outro. E não é só com deuses. Dá para produzir católicos e criacionistas, mas também cientólogos, raelianos e sistemas de governo liderados por um morto.

E, ao contrário do que escreveu o Domingos, o ateísmo não é o primeiro passo para a fé. É uma das manifestações da vacina contra esse agente infeccioso.

* É uma analogia um pouco técnica, mas pareceu-me boa demais para deixar passar. De qualquer forma, com a Wikipedia qualquer um pode saber biologia molecular: Cloning vector.

1-Domingos Faria, Ateísmo – um primeiro passo para a Fé.

67 comentários:

  1. Certamente o ateísmo não é o primeiro passo para a fé, nomeadamente se tivermos em conta a tua concepção de fé: fé tem que ser irracional, inflexivelmente dogmática, sem margem para a mínima dúvida; em suma, fé é ser acéfalo e a ausência de qualquer pensamento racional.
    Mas será isto realmente fé? Não será antes apenas manipulação de consciências ou uma grande falta de humildade intelectual (dizer que se tem uma visão última da realidade)?
    Porque é que a fé não pode se relacionar e encontrar intimamente com a razão e a filosofia? Porque é que a fé (ou o conceder crédito a algo ou alguém) não pode estar sujeita à critica, ao diálogo, à discussão? Para mim tem mais sentido uma fé que dialogue com o pensamento crítico, com a razão... pelo menos, tens que admitir, evita-se e elimina-se muitos dos absurdos, caricaturas e intolerâncias das religiões.

    Enfim, ainda bem que o ateísmo "é uma das manifestações da vacina contra esse agente infeccioso" que é uma fé irracional, acéfala, acrítica, dogmaticamente inflexivel, que só castra o ser humano de viver, de ser, de agir. É bom que se acabe com "esse agente infeccionso" de modo a desvelar-se uma fé mais madura, racional, sem absurdos, nem caricaturas ou intolerâncias, mas com espirito crítico e humildade intelectual, em que nunca se castre o ser humano.

    Abraço,

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  2. Domingos,

    Eu estou a tentar interpretar o termo como é usado. Por exemplo, se perguntares a um cristão porque é que acredita que Maria é virgem, não te dará evidências concretas acerca do hímen da senhora ou observações conclusivas acerca da sua actividade sexual. Terá eventualmente de admitir que acredita na virgindade de Maria porque "tem fé", não havendo qualquer razão para isso.

    E é esse sentido do termo, o mais usual, que estou a abordar.

    Se tu defendes que só é correcto ter fé quando se tem razões objectivas para acreditar em algo então concordo contigo que essa tua fé é uma coisa boa e é a regra que eu sigo também. Mas tens de admitir que, nesse caso, estás a usar o termo de uma forma diferente do sentido que normalmente lhe dão -- e que é o contrário.

    «Porque é que a fé não pode se relacionar e encontrar intimamente com a razão e a filosofia? Porque é que a fé (ou o conceder crédito a algo ou alguém) não pode estar sujeita à critica, ao diálogo, à discussão?»

    Por mim pode. Mas nota que a legislação portuguesa, por exemplo, condena com até dois anos de prisão quem vilependiar a fé religiosa mas não o partidarismo político ou clubes de futebol.

    «Para mim tem mais sentido uma fé que dialogue com o pensamento crítico, com a razão... pelo menos, tens que admitir, evita-se e elimina-se muitos dos absurdos, caricaturas e intolerâncias das religiões.»

    A fé permite eliminar muitos dos absurdos das religiões, mas apenas como meio de guardar aqueles que a fé protege. Um católico pode eliminar o absurdo de julgar que o Faraó faz o Sol nascer mas mantém o absurdo de julgar que as palavras do padre fazem Jesus transubstanciar a hóstia.

    O ateísmo deriva de uma abordagem mais sistemática, que consistem e eliminar como absurdo todas as afirmações de facto sem justificação objectiva, seja acerca do faraó seja acerca do padre.

    «uma fé mais madura, racional, sem absurdos, nem caricaturas ou intolerâncias, mas com espirito crítico e humildade intelectual, em que nunca se castre o ser humano.»

    Isso era bom, sim. Mas não vejo que seja isso a que normalmente se chama "fé". Por exemplo, achas que defender a doutrina da infalibilidade papal é consistente com aquilo que consideras fé? É que parece-me inconsistente com o que considero espírito crítico e precisamente o contrário da humildade intelectual...

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  3. a fé is a MEME DEVICE
    MNEMÒNICAS DA Fé
    eu tenho fé que dentro de 27 dias 8 horas e 49minutos
    nunca mais perca tempo com blogs com crises ou delas isentos
    fé é um excelente MEME VECTOR não se clona porque não há duas fés idênticas são apenas na aparência
    a loucura das multi~dões é contagiosa
    vector de clonagem de crenças*. Basta inserir a crença que se quer propagar, infectar alguns hospedeiros
    se assim fosse isto estaria inoculado de ateístas com bom senso, logo não resulta
    depende tal como os clones do ambiente em que se desenvolvem
    corta-se uma batata em fatias, 6 clones genéticamente idênticos
    mas são-o morfológicamente?

    nã....
    aprende-se biologia com a prática não com a wikipedia..

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  4. LINK BOM SÓ FALtam os vectores bacterianos Plasmodiophora brassicae e quejandos (hérnia ou potra das coubeS) mas num tá má a wiki de pedia num tem muito mas infim
    já que era sobre clonar fés
    olhó clone
    informação duplica-se
    só a informação quimicamente codificada é reprodutível
    E O DNA´é O CÓDIGO DE DEUS...

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  5. Parece-me que a bandalheira também é algo que se espalha facilmente...

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  6. está claro 1 milhão de bandalhos pelo censo do INE
    engenheiros, advogados, arquitectos
    e alguns são bandalhos em 3 especialidades e outros são abandalhados em doutorias

    as fés são assim abandalham-se

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  7. ou citando outro abandalhado
    Kunstler pretends to be a super-rationalist like Dawkins et al. but when he's ranting he gets as worked-up as a "fire and brimstone" preacher at a tent revival. He reminds me of Alex Jones: hysterical, bull headed, and unwilling to admit that he's ever been wrong about anything. At least Alex is unintentionally funny; Jim just comes across as nasty and hateful. He's repeating exactly the same talking points he was wrong about more than 10 years ago.
    And he loves to insult and call names: a really "reasonable" line of argument. Yeah é como direi, a sua descrição, deve ser um filho intelectual do dito cujo.

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  8. não sei se percebeu a bandalheira, obviamente
    duvido-o

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  9. Ludwig,

    lendo o texto, constato que o método se repete e que os vícios também. Tudo vai certinho enquanto trata das coisas como vem nos livros. Mas quando o Ludwig dá rédea solta à ânsia de reiterar o que vem dizendo há n... textos atrás, ou seja, quando passa das premissas para as conclusões, voltamos ao descalabro.
    A fé serve para manipular pessoas? Quando? onde? Quem? Coitadinhas das pessoas que foram/são manipuladas pela fé dos outros, que elas não têm.
    Manipula ele, manipulas tu, quem mais manipula mais se safa. É o rap da manipulação.
    Sinceramente. Os profissionais da batota e do marketing e da vigarice, para já não falar nos propagandistas totalitários e todos os déspotas, ou mesmo os ateus, ainda vão descobrir o Ludwig e, nesse caso, estaremos perdidos, irremediavelmente. Porque eles vão descobrir aquilo de que precisam, e está ao seu alcance.
    Através desse mecanismo tão simples e tão barato, aí vamos pela fé no ateísmo, ou noutra crença qualquer. E que jeito não dava uma fé que levasse as pessoas, por exemplo, a darem tudo ao Governo Todo Poderoso?

    Quando perguntei ao José se era uma pessoa de fé, ele respondeu:
    «ó pá isso é um problema teu, ou ateu, não perco tempo com isso. Sei lá se sou de fé. Decide tu isso. O que decidires não altera as coisas. Jesus é o meu amigo, o mestre insuperado, a esperança, a resposta às dúvidas (atenção, não às dúvidas de matemática, nem de finanças), o modelo, a doutrina, a alegria, a verdade. Nem toda a técnica do mundo me dá isto. Antes pelo contrário. Deixo as questões da fé e do conhecimento e do saber e da ciência e da sabedoria e da inteligência, para os sábios.Tenho mais que fazer. Desculpa lá.»

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  10. Så fint du hadde det.
    Endelig fikk jeg lest det.
    Jeg kjenner noe av følelsen tror jeg.
    Godt.

    å ha deg hjemme også da, og takk for et par fine dager sammen når du kom hjem:)

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  11. e mais simples fé
    A scary look at The AntiChrist the Dajjal in Islam

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  12. Carlos,

    «A fé serve para manipular pessoas? Quando?»

    Quando alguém quer que atirem aviões contra prédios, que dêem o dízimo, que deixem milhões em Fátima, que paguem padres dos impostos, etc.

    «Coitadinhas das pessoas que foram/são manipuladas pela fé dos outros,»

    Não. Antes de manipular alguém desta forma é preciso infectá-lo com a fé. É para isso que temos catequeses, madrassas, educação religiosa nas escolas e cada religião diz aos seus fiéis (os que já têm a alavanca da fé bem metida no córtex) que é fundamental ensinar os seus filhos a ter fé nessa religião. Porque é mais eficiente antes de desenvolverem defesas.

    «E que jeito não dava uma fé que levasse as pessoas, por exemplo, a darem tudo ao Governo Todo Poderoso?»

    A Coreia do Norte anda lá perto. O resultado não é bom, mas como forma de ter mão no pessoal tem funcionado...

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  13. Exmo Sr Carlos
    Ao contrário de vossa Excelência, o Ludwig não é um troglodita e tem uma paciência de santo para aturar os insultos de gente que não tem 1/10 da sua inteligência.
    Eu, infelizmente, não tenho nem a inteligência nem a paciência do Ludwig e por isso tenho vontade de lhe dizer que os seus comentários revelam o desespero dos idiotas que, não tendo argumentos, insultam.
    O Ludwig não precisa que o defendam e, possivelmente, não vai gostar deste meu comentário.
    Mas, de acordo com os manuais que tenho de estudar, os psicopatas só aprendem de uma maneira. Levando no focinho. É a terapeutica adequada ao caso de Vossa Excelência.
    Trate-se... ou vá ver se chove.
    Respeitosos cumprimentos

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  14. Ludwig,

    "Eu estou a tentar interpretar o termo como é usado. Por exemplo, se perguntares a um cristão porque é que acredita que Maria é virgem, não te dará evidências concretas acerca do hímen da senhora ou observações conclusivas acerca da sua actividade sexual. Terá eventualmente de admitir que acredita na virgindade de Maria porque "tem fé", não havendo qualquer razão para isso."

    "Um católico pode eliminar o absurdo de julgar que o Faraó faz o Sol nascer mas mantém o absurdo de julgar que as palavras do padre fazem Jesus transubstanciar a hóstia."

    Achas mesmo que o Cristão não tem razões para acreditar na virgindade de Maria ou na transubstanciação da hóstia?

    Quem quiser ter razões para acreditar em algo ou alguém, só tem que seguir aquilo que realmente a palavra Fé quer dizer. A palavra Fé (do grego 'fides', fidelidade) significa uma atitude constante em relação a um princípio. No caso do cristão, esses princípios são os de Cristo. No caso do cientista, esses princípios são os da ciência...

    Um abraço.

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  15. É importante ver que a definição ateísta de "fé" não é a mesma que a do cristão. Para o ateu "fé" é o mesmo que "não tenho evidências mas vou acreditar à mesma".

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  16. Ilídio,

    «Achas mesmo que o Cristão não tem razões para acreditar na virgindade de Maria ou na transubstanciação da hóstia?»

    Acho. Excepto se por razão incluis confiar em quem lhe diz que é assim mas que também não tem razões para o afirmar (e isso é fé...)

    «A palavra Fé (do grego 'fides', fidelidade) significa uma atitude constante em relação a um princípio.»

    Certo. Mas se alguém decidir manter-se fiel ao princípio que o comunismo só faz coisas boas nem por isso tem razões para afirmar ou crer que o Stalin nunca fez nada de mal na vida. Percebes a diferença? Manter-se fiel a um princípio não justifica, racionalmente, a crença em algo como um facto.

    Podes explicar que dados tens que te permitem concluir que Maria é virgem e que a hóstia se transubstancia?

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  17. Mats,

    «É importante ver que a definição ateísta de "fé" não é a mesma que a do cristão.»

    E é importante ler o post antes de fazer comentários desses...

    Se te deres ao trabalho de ler o que eu escrevi verás que não estou a dar uma definição de "fé". Até frisei que a definição tem aqui um papel limitado. O que estou a fazer é apontar algumas características notáveis naquilo que as pessoas dizem ser a sua fé e chamar a atenção que essas características, em conjunto, dão um veículo ideal para aldrabar os fiéis.

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  18. A fé num homem ou num deus, ~prevertem a razão
    originam cisões, levam a radicalismos
    pois todos querem ter a última resposta Tal como:
    Mas, de acordo com os manuais que tenho de estudar, (escudam-se nos livros da sua fé, seja inspirados por deus ou por outro, duvido que tenha lido Reich )os psicopatas só aprendem de uma maneira.é um homem com uma fé gigantesca nas suas verdades, há muitos...
    Levando no focinho. é duvidoso que funcione...mas há fés em tudo,inclusive em manuais de pugilismo, pressuponho.
    É a terapeutica adequada ao caso de Vossa Excelência
    uns dizem-se ofendidos com palavras
    e usam-nas aparentemente para aconselhar terapias
    a fé num clube, num homem,num deus não se inculca

    as madrassas e os seminários, nem sempre produzem autómatos

    produzem muitos trânsfugas

    o facto que permanece é que é mais cómodo adoptarmos as fés dos outros e sentirmos comunhão ou pseudo-comunhão

    que isolarmo-nos

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  19. é tudo biológico
    somos um animal gregário...
    a nossa capacidade de união para objectivos comuns
    é e foi, um carácter evolutivo que permitiu construir grandes grupos
    logo qa fé é algo sublime e inscrito no nosso DNA
    fé no macho alfa do blog
    fé em vós senhor meu rei

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  20. é a fé que drena pântanos
    edifica pirâmides
    irriga desertos
    cria e desfaz civilizações
    mantêm este blog há 4 anos
    sem fé.....

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  21. sem fé a opinião do outro
    é igual ou pior que a nossa
    tratamo-nos em casa
    sem fé no que quer que seja
    não há civilização, nem blogs,nem insulltos organizados

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  22. Ludwig,
    «É importante ver que a definição ateísta de "fé" não é a mesma que a do cristão.»

    E é importante ler o post antes de fazer comentários desses...

    Se te deres ao trabalho de ler o que eu escrevi verás que não estou a dar uma definição de "fé".



    Eu também não disse que estavas a dar uma definição de fé. Eu apenas disse que o que os ateus entendem por fé não é o mesmo que os cristãos entendem por fé.

    O que estou a fazer é apontar algumas características notáveis naquilo que as pessoas dizem ser a sua fé e chamar a atenção que essas características, em conjunto, dão um veículo ideal para aldrabar os fiéis.

    Mas a definição cristã de fé não dá "um veículo ideal para aldrabar os fiéis". Deves ter outra definição e entendimento de fé.

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  23. Ludwig,

    Podes explicar que dados tens que te permitem concluir que Maria é virgem


    Depende do que entendes por "dados".

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  24. Ludwig,

    Parabéns por mais um ano! Venham mais uns tantos.

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  25. Ludwig,
    Estas tuas analogias entre a crença religiosa (fé) e outras crenças resultam sempre falaciosas, porque a comparação é sempre feita com o mundo estritamente material. Assim não vale. Há muito de imaterial que, não sendo religioso, ajuda a compreender o que é a fé. Proponho-te que refaças todo o raciocínio mas, em vez de proposições como
    “Acredito que vai chover ou que a faca do pão está na gaveta, mas se calhar não é verdade” e “Eu compreendo porque é que o interruptor faz acender a luz, e para compreender isso tenho de acreditar em várias proposições acerca desse circuito eléctrico”, experimentes usar outras, como por exemplo “Eu sou um optimista”, “Acredito que tudo vai correr bem”, “não tenho razões objectivas para acreditar que tudo vai correr bem mas prefiro ser optimista porque essa atitude perante a vida me é mais útil do que o pessimismo”.

    Depois, no final – mas só mesmo no final – experimenta fazer a analogia entre o optimismo e a fé religiosa. Estou com curiosidade para ver que conclusões tiras.

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  26. Vicente,

    Se eu disser que sou optimista estou a fazer uma afirmação acerca de mim. E não preciso de fé para isso, visto que se for optimista terei evidência empírica directa do meu optimismo. Basta um pouco de introspecção para saber como me sinto, se optimista ou não.

    Agora se te digo para largares o emprego e jogares só na lotaria porque estou optimista que vais ganhar muito dinheiro isso é tão inaceitável como dizer-te para amares o senhor Jesus porque vais ganhar a salvação eterna por isso. Posso sentir essas coisas, mas a sensação não afirma afirmar esses factos.

    E é esse problema que eu estou a abordar aqui: a fé não como sensação subjectiva mas como alegada justificação de crenças. A fé como mero optimismo, esperança ou fezada pouco me rala.

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  27. Estive a ler os comentários e pelos vistos ninguém diz o que raios significa "fé"...

    Vicente, já leste "Cândido", de Voltaire? O optimista espera pelo melhor, o pessimista espera pelo pior e realista ajusta as velas.

    Mats: «Depende do que entendes por "dados".»
    Ludwig refere-se àquelas peças em forma cubo com umas pintas em cada face. Não se refere a indícios, vestígios, factos ou pedaços de informação, como uma pegada, um pêlo, uma gota de sangue, um cabelo, a altura, o número de comentários, a hora em que comentou, etc.

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  28. Quando o crente se arrisca a ajudar a demonstrar que a fé é uma treta, percebe que é melhor não a definir... Daqui para a frente é só toca e foge.

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  29. Ludwig,
    «Se eu disser que sou optimista estou a fazer uma afirmação acerca de mim. E não preciso de fé para isso, visto que se for optimista terei evidência empírica directa do meu optimismo. Basta um pouco de introspecção para saber como me sinto, se optimista ou não.»
    A questão não era tanto a tua caracterização pessoal como optimista mas sim a viabilidade de se acreditar numa coisa de que não se tem evidências objectivas (a crise não vai ser tão desastrosa como isso, a antártida não vai derreter, a guerra do Iraque vai acabar mais cedo do que se pensa…). Portanto, não era bem uma questão de introspecção.
    Mas, se bem entendo, o teu problema não é com o facto de cada um, individualmente, ter fé mas apenas com a educação religiosa das crianças e com o proselitismo. Se estes dois elementos fossem eliminados da vivência das religiões, já nada terias a dizer contra elas?

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  30. http://www.estudosdabiblia.net/2002220.htm
    «Na Bíblia, a fé pode ser definida como completa confiança, confidência ou segurança. “Crença” é, talvez, uma das melhores palavras para descrever a fé. Ela vai além de simplesmente crer em alguma coisa. Muitos crêem em coisas, mas não querem pôr sua confiança em suas crenças. Isto não é fé. A verdadeira fé é atingida quando as pessoas sabem no que crêem, porque crêem nisso, e são devotados a agir por suas crenças.»

    http://www.newadvent.org/cathen/05752c.htm
    «Objectively, it stands for the sum of truths revealed by God in Scripture and tradition and which the Church (see RULE OF FAITH) presents to us in a brief form in her creeds, subjectively, faith stands for the habit or virtue by which we assent to those truths.» ... [Vatican Council, III, iv] «"the object of the one is truth attainable by natural reason, the object of the other is mysteries hidden in God, but which we have to believe and which can only be known to us by Divine revelation."»

    DICTIONARY OF CATHOLIC TERMS (http://www.thesacredheart.com/dictnary.htm#F)
    «Both a gift of God and a human act by which the believer gives personal adherence to God who invites his response, and freely assents to the whole truth that God has revealed.»

    http://plato.stanford.edu/entries/faith/
    * «‘a firm and certain knowledge of God's benevolence towards us, founded upon the truth of the freely given promise in Christ, both revealed to our minds and sealed upon our hearts through the Holy Spirit’ (John Calvin, Institutes III, ii, 7, 551, quoted by Plantinga (2000, 244)»
    * «Faith seems to involve some kind of venture, even if talk of a ‘leap of faith’ may not be wholly apt» ... «‘I have … found it necessary to deny knowledge, in order to make room for faith’ (Kant 1787/1933, 29)»
    * «Most importantly, however, Aquinas says that assent is given to the propositional articles of faith because their truth is revealed by God, and on the authority of the putative source of this revelation.» ... «Faith as assent to truths on the basis of an authoritative source of divine revelation is possible, though, only for those who already believe that God exists and is revealed through the relevant sources.»
    * «Theistic faith may seem better expressed as believing in God, rather than as believing that God exists» ... «To believe in God is to make a practical commitment—the kind involved in trusting God, or, trusting in God.» ... «but of trust not simply in the sense of an affective state of confidence, but in the sense of an action»
    * «Some philosophers have suggested that the epistemological challenges faced by accounts of faith as involving belief beyond the evidence may be avoided by construing theistic commitment as hope.»
    * «Faith is traditionally regarded as one of the ‘theological’ virtues
    (etc.)

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  31. há pequenas e grandes fés
    há pseudo-fés
    a fé não se define a fé é...
    Sonntag, 4. Juli 2010
    The Kriphal and Anti-Kriphal Arguments
    RESUME OF Samstag
    Vis alle Skjul alle
    the new smart?
    atheists an endangered species?
    Kriphal is cloning Kriphals
    மேக்ஸ் ஒ ku

    A day of harsh Words
    I BELIEVE
    em quê....Não interessa

    ResponderEliminar
  32. faith is gregarism
    faith allowed civilization
    faith is a complex meme and a genetic imprinting
    faith in a man, in a ideology,
    or a small god or demon
    faith made the piramids
    faith made the man live und die for thy my king
    my lord or
    faith made greek pedophiles
    fear and not faith kept those children silent about their abuse
    what will faith be responsible for next?
    don't know...
    but without faith
    without the man that's believes on another man
    why following?
    why live in the same place dying like ants for better tomorrows?

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  33. Vicente,

    «A questão não era tanto a tua caracterização pessoal como optimista mas sim a viabilidade de se acreditar numa coisa de que não se tem evidências objectivas (a crise não vai ser tão desastrosa como isso, a antártida não vai derreter, a guerra do Iraque vai acabar mais cedo do que se pensa…).»

    "Eu acredito que a crise vai acabar depressa" é uma afirmação acerca de mim, não acerca da crise. "A crise vai acabar depressa" é que é uma afirmação acerca da crise.

    «Mas, se bem entendo, o teu problema não é com o facto de cada um, individualmente, ter fé mas apenas com a educação religiosa das crianças e com o proselitismo. Se estes dois elementos fossem eliminados da vivência das religiões, já nada terias a dizer contra elas?»

    Não. O meu problema com a religião é mais genérico: é não distinguirem entre "X" e "eu acredito que X só porque quero, sem razões objectivas para isso". Para perpetuar essa confusão inventam umas grandes lérias de revelação, fé, infalibilidade, doutrina e afins, mas é tudo treta. E é contra essa treta que protesto.

    Por isso se alguém me diz que acredita que Maria é virgem mas reconhece que a sua crença não é indicativa da virgindade de Maria, não justifica assumir tal coisa como verdade e é apenas uma disposição pessoal, como gostar de chocolate ou estar optimista acerca da crise, não tenho nada a obstar.

    Mas se me dizem que Maria é mesmo virgem, que o sabem pela fé, que a fé é uma forma legítima de obter conhecimento acerca dos mistérios, compatível com a lógica e a racionalidade, escrevem livros sobre o assunto e até lhe chamam uma logia qualquer, digo que estão cheios da treta.

    Se ensinam isso a crianças é pior, admito. Mas mesmo que não ensinem continua a ser treta :)

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  34. Pedro Couto,

    A entrada da Catholic Encyclopedia é bastante extensa. E dá para ver que "fé" quer dizer quase tudo e um par de botas :)

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  35. Mário Miguel,

    Obrigado. A ver se vêm muitos, que ainda há muita treta para me fazer desabafar ;)

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  36. Talvez interesse a alguém:

    http://discoveryblog-documentarios.blogspot.com/2010/04/documentarios-national-geographic.html

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  37. Ludwig,
    A entrada da Catholic Encyclopedia é bastante extensa. E dá para ver que "fé" quer dizer quase tudo e um par de botas :)

    lol
    Não, fé não quer dizer "quase tudo e um par de botas".

    Tal como eu já previa, o vosso entendimento de fé não é o mesmo que nós cristãos temos. Temos que inventar um dicionário Ateísmo-Cristianismo, Cristianismo-Ateísmo.

    Fé, no sentido Bíblico quer apenas dizer confiança em Deus. Tal como em todos os relacionamentos baseados na confiança, tem que haver dados que a suportem, e o cristão tem esses dados (Revelação pessoal, a Bíblia, evidências arqueológicas/históricas/científicas, eventos mundiais, a natureza espiritual do ser humano, as constantes referências ao "problema" do mal, etc).

    Claro que há uma grande diferença entre "o cristão tem evidências suficientes" e "o ateu aceita as evidências que o cristão usa para confiar em Deus". Muitos ateus não entendem (ou não aceitam) que o facto de eles não aceitarem as evidências que os cristãos usam para se confiar em Deus não significa que existam problemas com as evidências. Até pode ser que os requerimentos que o ateu coloca para acreditar no que Deus diz sejam irrealistas. Aliás, eles são irrealistas senão eles não seriam ateus.

    Curiosamente, os mesmos ateus já não são tão exigentes no que toca às evidências de coisas tão "lógicas" como baleias a evoluírem de animais terrestres, répteis a evoluírem para passarinhos e a vida a criar-se a si mesma. Vá-se lá saber porquê.....................

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  38. Ludi,

    “Fé” é um termo que não se consegue definir bem por palavras porque, como “amor”, refere mais do que aquilo que as palavras podem descrever. Quem já sentiu sabe o que a palavra refere mas a quem nunca sentiu o dicionário dará sempre uma ideia incompleta.

    Vez como tu sabes :)

    beijos

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  39. Este comentário foi removido pelo autor.

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  40. Mats,

    «Fé, no sentido Bíblico quer apenas dizer confiança em Deus.»

    Não é isso que as epístolas de Paulo dizem: «A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas» (Hebreus 11:1) A palavra grega traduzida para "fé" pode não representar o significado que damos à palavra, mas se há um sentido Bíblico para "fé", então esse versículo indica qual é.

    Se tenho confiança no meu pai, podem dizer que tenho fé nele com o mesmo sentido de ter confiança, mas então "fé" é seria palavra desnecessária. O significado dessa palavra é mais do que confiança e crença.

    ~

    «Curiosamente, os mesmos ateus já não são tão exigentes no que toca às evidências de coisas tão "lógicas"»

    Gostas de sempre falar no mesmo, no entanto temos fósseis de formas transicionais desde Pakicetus (quadrúpede com ouvidos de cetáceo): http://scepticon.files.wordpress.com/2009/01/whales-graph.jpg . São provas físicas, provenientes do meio natural. Mas exigem que viajemos no tempo, que tenhamos os ossos de todos os animais que morreram e que nasçam barbatanas numa vaca.

    No entanto os teus dados são elaborados por seres humanos e interpretações vagas de fenómenos não testáveis, como homens que pensam que o vento é um espírito:
    * Revelação pessoal - como em qualquer religião, até entre raelianos que não acreditam em deuses, para além de ser um argumento muito fraco:
    - http://www.youtube.com/user/pedroamaralcouto#g/c/6A3C4DAAF780EB55
    - http://www.youtube.com/user/pedroamaralcouto#g/c/0BC8E015704652D3
    * a Bíblia - escrita por humanos, como outros livros sagrados;
    * evidências arqueológicas/históricas/científicas - quais? O suposto túmulo de Gilgamesh e Tróia foram descobertos - isso prova que os deuses mesoptâmicos e gregos existem? Trata-se de cultura humana.
    * eventos mundiais - o quê? Terramotos, guerra, fome, doenças?
    * a natureza espiritual do ser humano - em Filosofia isso refere-se ao "qualia" e não tem relação com deuses.
    * as constantes referências ao "problema" do mal - o que é que isso quer dizer? Será que é o argumento de que as críticas e supostas perseguições provam que têm razão?

    Não me digas que não consegues defender o teu ponto-de-vista sobre o assunto do artigo e queres escrever sobre tantos temas para tornar-se difícil acompanhar-te ("Gish Gallop")?

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  41. isto é que é uma fé
    haja fé
    é o blog com mais fé que vi na minha vida

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  42. Mats:

    "Fé, no sentido Bíblico quer apenas dizer confiança em Deus"

    MEsmo que seja como tu dizes, isso é apenas crença injustificada. E é isso que é a fé. É a crença forte e injustificada.

    Sim porque sabemos que a teologia não tem fundamentos - uma vez que so se pode justificar em qualquer aspecto pelo seu todo - o que decorre naturalmente da tua afirmação que so se pode comprender a teologia se se a conhecer toda.

    Como um calhau levemente flutuando no ar. lol

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  43. Mats:

    (Cont)

    O crente e o ateu diferem na definição de fé porque ao crente basta sentir o amor por deus para jsutificar a crença.

    O ateu requer mais do que isso. Requer provas da existencia. E provas do amor, não va deus ser apenas um monstro superdotado.

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  44. Vicente:

    Ha uma diferença entre aquilo em que acreditas e sentes, e que é teu, e a realidade. Não é por acreditarres numa coisa que ela passa a ser real. Mas a emoção é real, mas como propriedade do teu cerebro e corpo.

    Enquanto a crença é algo que faz parte da liberdade de cada um, e deve ser respeitada, as afirmações que são feitas sobre a realidade não têm a mesmo direto.

    Toda a gente tem direito às suas proprias opinioes mas não aos seus proprios factos (haldane).

    Afirmaçoes sobre a realidade e conclusoes sobre quaisquer procedimentos nestas baseados devem ser sujeitos a critica aberta e refutação. Algo que os afectados pela fé não gostam. Mas têm de aprender a lidar com isso. Crentes sofisticados lidam com isso bem. Assim como ateus sofisticados compreendem a diferença entre a crença e a acção derivada da crença.

    Este tema foi debatido pelo Ludwig muito bem numa resposta a um post do Alfredo Dinis. Ao fim e ao cabo, estou plenamente de acordo com o Ludwid que concluia algo do genero:

    Crenças são crenças. Acções e afirnmações sobre o real têm de ser avaliadas independente das crenças - como todas as outras coisas.

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  45. «Fé, no sentido Bíblico quer apenas dizer confiança em Deus. Tal como em todos os relacionamentos baseados na confiança, tem que haver dados que a suportem»

    Tenho andado comovido com a fé do Mats ao longo de tantos comentários, diria que algures no seu esforço há uma vestal lutando por manter a chama apesar de arrebatada por fortíssimas tentações. Podemos até ouvir o seu pranto...

    A chama, Mats, a chama... Serás sempre o meu criacionista preferido.

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  46. Pedro,

    "Não é isso que as epístolas de Paulo dizem: «A fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas» (Hebreus 11:1) A palavra grega traduzida para "fé" pode não representar o significado que damos à palavra, mas se há um sentido Bíblico para "fé", então esse versículo indica qual é."

    Penso de maneira diferente...para mim a verdadeira noção de fé está aqui:

    "Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, engrossararm os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína." Mt 7, 24-27

    Um abraço!

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  47. fé é a irracionalidade no homem
    é acreditar que algo existe ou não existe, sem necessidade de provar nada
    a fé é algo magnífico
    continuem com fé

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  48. Este comentário foi removido pelo autor.

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  49. Gosto muito da porcaria da metáfora das chuvas , se mostra alguma coisa é que um era prudente e o outro não.
    A prudência é uma característica de um pensamento racional e baseado em factos, a fé não.

    Para mim só o não prudente poderia ter fé, ás tantas o deus dele era o deus dos rios e ele acreditava que quem venerava o deus não sofreria a sua fúria.

    Já o outro me parece mais do tipo: deixa-me é fugir à chuva e ao vento porque os deuses ajudam aqueles que se ajudam.

    Péssima metáfora como quase todas do livro, melhor que a das ursas, mas dentro do estilo.

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  50. A fé de que o Ludwig fala no seu post parece ser a mesma que o comentarista Rui mostra sentir por si. Desse género fugimos com'ó diabo foge da cruz.

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  51. A FÉ NUM DEUS RACIONAL E A FÉ NO ATEÍSMO IRRACIONAL

    A fé em Deus não é uma fé cega e irracional. Pelo contrário, ela baseia-se em factos observáveis e constitui o fundamento necessário para a própria existência da racionalidade.

    Se não acreditamos em Deus, acreditamos que o Universo, a vida e o homem são irracionais, porque produto de processos cegos, aleatórios e sem sentido e propósito.

    E isso significaria que os nossos próprios cérebros e pensamentos são o resultado desses processos, o que negaria a respectiva racionalidade.

    É claro que essa crença criaria grandes problemas científicos e epistemológicos, para além de não ter qualquer base empírica.

    Nunca ninguém viu a matéria e a energia a surgirem do nada, a vida a surgir da não vida ou uma espécie a transformar-se noutra diferente e mais complexa.

    Diferentemente, se acreditamos que, como a Bíblia ensina, o Universo, a vida e o homem foram criados por um Deus racional, através de processos racionais e com uma estrutura racional, e que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de um Deus racional, então temos boas razões para crer na racionalidade do Universo e da vida e da nossa própria capacidade para os compreendermos.

    Mas será que temos boas razões para crer no Deus da Bíblia?

    Claro que temos!

    A estrutura matemática e racional do Universo, notada por muitos cientistas, corrobora inteiramente a Bíblia.

    O mesmo sucede com a extrema sintonia do Universo para a vida, também notada por muitos cientistas. O mesmo sucede com a existência de leis naturais, testificando ordem e regularidade no Universo.

    O mesmo sucede com as quantidade e qualidade inabarcáveis de informação codificada nos genomas. Ora, tanto quanto a experiência nos mostra, não existe informação codificada sem uma origem inteligente.

    A isto acresce todo o testemunho histórico da Bíblia acerca da criação, da queda, da corrupção, do dilúvio, da dispersão, de Israel e da vida, morte e ressurreição Jesus Cristo, juntamente dos vestígios arqueológicos que testemunham da sua veracidade ao mínimo detalhe.

    Desde os triliões de fósseis, os tecidos moles de dinossauro ou as camadas intercontinentais de sedimentos, que corroboram o dilúvio global, até aos achados arqueológicos do Egipto e de Israel.

    Tudo isso corrobora a nossa fé na Bíblia.

    O Ludwig quer que abandonemos a nossa fé racional para a aderirmos à sua fé irracional.

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  52. Fechou para obras
    DE Filosofia ateísta
    Não conheço o gajo mas é mais, sem zeus, que os presentes
    O ateísmo clássico, ou seja, o ateísmo como simples opção filosófica, cedeu espaço para uma nova vertente ateísta, muito bem tipificada na pessoa do zoólogo inglês Richard Dawkins. Trata-se de um tipo de ateísmo militante e combatente, que faz uso das mesmas armas e estratégias de determinadas seitas, dentre as quais, a manipulação ideológica e o forte apelo emocional.


    São as principais características do novo ateísmo religioso:

    1 – Forte aversão a Bíblia:
    São capazes de perder noites inteiras em busca daquilo que consideram “contradições da Bíblia”. Fazem abundante uso dos trechos bíblicos os quais discorrem acerca da “ira e furor de Deus”; enfatizam exageradamente as passagens bíblicas as quais se chocam com aquilo que diz a ciência; ignoram a beleza poética de muitos livros bíblicos, como "Cânticos dos Cânticos" e se utilizam com frequencia de termos torpes quando se referem ao livro dos cristãos.

    2 – Forte aversão à religião:
    Acreditam que todo o mal existente na humanidade seja fruto das práticas religiosas, apesar de seguirem paradoxalmente pelo mesmo caminho. São incapazes de verem coisas boas na religião. Deleitam-se com os escândalos religiosos, utilizando-os como arma contra a própria religião. São intolerantes e imaturos culturalmente, uma vez que não conseguem encontrar um só benefício advindo da religião.

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  53. Sim porque sabemos que o ateísmo não tem fundamentos - uma vez que so se pode justificar em qualquer aspecto pelo seu todo - o que decorre naturalmente da afirmação.

    Como um calhau levemente flutuando, como os que acreditam que a terra não assenta nas costas de 4 paquidermes.
    substituido o lol por espressão rfa (rindo fodidamente alto) podia ser rindo alto foda-se mas ficava Raf....
    é inconveniente

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  54. podia-se fazer um questionáriozinho a algumas das crias dos(sem Zeus)
    Are you a quack?
    Quacks want only to talk and not to listen. They are paranoids with delusions of grandeur: Their theory could never be wrong;
    therefore everyone else's must ....já que se apoiam na lógica, etc

    kommentin tekstiin "love's not a competition, but im winning":

    descobri que koirat = dogs :D
    isto há coisas e chamam frommage ao queijo

    e chamam ateistas a gente com tanta fé..

    ele há coisas

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  55. Ilídio Barros,

    a questão é que o Mats disse: «Fé, no sentido Bíblico quer apenas dizer confiança em Deus». E claro que não fundamentou o que disse. Eu, pelo contrário, citei um versículo bíblico que começa com «A fé é»... A meu ver o paradigma do que entendo significar "fé" está na repreensão de Jesus a Tomé, que exigiu provas. Mas como podes ver, existem imensos significados que atribuem a essa palavra, mesmo entre cristãos. Na citação que apresentas, o teu conceito de fé parece ser consequencialista: ... «mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha» ... «ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína». Se fosse do ponto-de-vista hebraico, as consequências seriam neste mundo - salmos como o do justo que herdará a terra, provérbios sobre os iníquos que são punidos e justos que são recompensados, o final de Jó, etc. Mas parece que refere-se a consequências depois da morte...

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  56. Eu, pelo contrário, citei um versículo bíblico que começa com «A fé é»...

    está tudo dito
    tanta argumento cientifico
    os versículos
    são como a cabala
    consegue-se descobrir de tudo
    até argumentos

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  57. Uma questão de fé ou de falta dela:

    Um crente sabendo que a maioria, ou pelo menos uma grande percentagem, das pessoas vai pecar abundantemente ou não conhecer a verdadeira religião. E que por isso vai ser condenada a uma tortura eterna não tem o dever de, em sacrifício da sua própria alma, provocar o maior número de abortos e matar o maior número de crianças antes da idade do pecado?

    Condenava-se a si próprio à condenação eterna mas proporcionava a vida eterna e o gozo perpétuo a um elevado número de pessoas.

    Seria este o verdadeiro santo ?

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  58. Altocumulus Castelanus aka nuvens de fumo,

    "...se mostra alguma coisa é que um era prudente e o outro não."

    "A prudência é uma característica de um pensamento racional e baseado em factos..."

    "...deixa-me é fugir à chuva e ao vento porque os deuses ajudam aqueles que se ajudam."

    Concordo com todas elas...

    Um abraço!

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  59. tst proprio:
    «os versículos
    são como a cabala
    consegue-se descobrir de tudo»

    Coloquei "no sentido Bíblico" em negrito para que seja óbvio o que se pretendia mostrar. Suponho que algo no sentido bíblico seja algo definido na Bíblia. Por isso mostra-se pela Bíblia o sentido bíblico, tal como se mostra pelo Corão o sentido corânico. Eu disse também:
    1) «A palavra grega traduzida para "fé" pode não representar o significado que damos à palavra»
    2) «A meu ver o paradigma do que entendo significar "fé" está na repreensão de Jesus a Tomé, que exigiu provas» ... «existem imensos significados que atribuem a essa palavra, mesmo entre cristãos.»

    Se não concordas que um sentido bíblico é encontrado na Bíblia, então o que propões que se faça para encontra um sentido bíblico, se existir? Quando nas palavras-cruzadas pede-se uma palavra com três letras para o nome da primeira mulher segundo a Bíblia, que resposta é que dás e porquê?

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  60. o mais interessante na comunicação é a ilusão de que existe..
    acho que é bernard shaw...
    comunicam ?
    aparentemente

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  61. COMO O LUDWIG VIOLA O DEVER DE RACIONALIDADE QUE APREGOA

    A certa altura, nos seus posts, o Ludwig referiu-se a um dever de racionalidade a que, alegadamente, todos devemos estar subordinados.

    O problema do Ludwig é que, por causa da sua visão ateísta e naturalista do mundo, não consegue justificar racionalmente a existência desse dever de racionalidade.

    Em primeiro lugar, se o nosso cérebro é o resultado acidental de coincidências físicas e químicas torna-se difícil ter certezas sobre a nossa própria racionalidade.

    Não é por acaso que o Ludwig se autodescreveu como “macaco tagarela” quando é certo que o próprio Charles Darwin punha em causa a fiabilidade das convicções que os seres humanos teriam se fossem descendentes dos macacos.

    Em segundo lugar, se Universo, a vida e o homem são fruto de processos cegos, aleatórios e irracionais, não se vê como é que de uma sucessão naturalista de acasos cósmicos pode surgir qualquer dever, e muito menos um dever de racionalidade.

    Já David Hume notava o que há de falacioso em deduzir valores e deveres (que são entidades imateriais) a partir de processos físicos.

    O Ludwig é o primeiro a dizer que não existem deveres objectivos e que toda a moralidade é o resultado, em última análise, de preferências subjectivas arbitrárias.

    Na verdade, se a visão ateísta do mundo estiver correcta, quando afirma que o Universo, a vida e o homem forem o resultado de processos irracionais, a ideia de que existe um dever de racionalidade é, em si mesma, totalmente arbitrária, porque destituída de qualquer fundamento racional.

    Ou seja, o Ludwig mostra a sua irracionalidade porque sempre que afirma o dever de racionalidade o faz sem qualquer fundamento racional.

    Ele viola o dever de racionalidade sempre que afirma a sua existência.

    Isso mostra como o ateísmo é irremediavalmente irracional...

    O dever de racionalidade existe apenas se for verdade que o Universo e a vida foram criados de forma racional por um Deus racional que nos criou à sua imagem e semelhança e nos dotou de racionalidade.

    Apesar da corrupção moral e racional do ser humano, por causa do pecado, continuamos vinculados por deveres morais e racionais porque eles reflectem a natureza do Criador.

    Daí a existência de um dever de racionalidade.

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  62. Pedro Amaral Couto disse...sim, compreende-se mas o problema não é acentuar a negrito, falhas que existem em qualquer texto, se isto é uma análise filosófica e metalinguística é uma coisa se é uma refutação assente em bases científicas, é impossível de fazer
    se é para simplesmente, usar um livro de textos, (bastante díspares) e de origem incerta, porque não utilizar os textos dos iúgures ou os vedas
    perspectivas cosmogónicas´há muitas
    acho simplesmente ser uma discussão estéril entre, dois grupos de opiniões irreconciliáveis
    só acho que se enquadram na definição brasileira
    ..... do novo ateísmo religioso:

    1 – Forte aversão a Bíblia:
    São capazes de perder noites inteiras em busca daquilo que consideram “contradições da Bíblia”. Fazem abundante uso dos trechos bíblicos os quais discorrem acerca da “ira e furor de Deus”; enfatizam exageradamente as passagens bíblicas as quais se chocam com aquilo que diz a ciência
    é só
    as vossas defesas e ataques são interessantes
    mas choca-me (ligeiramente ) o uso abusivo da pseudo-ciência como justificativo

    é só.

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  63. a religião ou qualquer outra redução de processos incompreensíveis que aparentemente podem ser interpretados como um produto de processos cegos, aleatórios, sem sentido e propósito
    retira propósito e função ao homem
    se tudo reverterá ao nada porquê o esforço civilizacional, porquê o altruismo culturalmente inculcado?
    simplesmente uns necessitam de que exista um sentido e uma ordem
    outros aparentemente necessitam que tal ordem surja fruto de inumeráveis e improbabilísticos acasos
    que só existiram mercê de uma existência durante 15giga anos de conjuntos de partículas com capacidade de auto-organização, capacidade essa gerada pelo seu próprio aparecimento
    é tão improvável como uma cavalgada de valquírias
    é uma outra cosmogonia
    porquê o desenvolvimento de uma física macroscópica
    que é antítese da microfísica?
    como funciona?
    não é citando a bíblia ou relojoeiros cegos
    de conjuntos de palavras nasceu a luz?
    porque não?

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  64. Em primeiro lugar, se o nosso cérebro é o resultado acidental de coincidências físicas e químicas torna-se difícil ter certezas sobre a nossa própria racionalidade.

    Senhor:

    Racionalidade é um conceito criado por uns míseros seres que se consideram eles próprios racionais. O restante do universos (desculpe a metáfora) está cagando e cuspindo para uns seres que são tal e qual uns simples vírus num hospedeiro qualquer.
    Mania de querer ser o ápice da criação, essa sua.

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  65. uns simples vírus num hospedeiro
    coisas muy complexas os virus
    sem capacidade de reprodução
    sem capacidade de integração molecular
    e apesar disso tudo são informação que se replica
    uma impossibilidade científica?
    ou um milagre?

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  66. Tenho andado lutando por manter a chama,comovido com a arrebatada fé ...

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  67. Isso aqui tudo prova definitivamente, que qualquer assunto pertinente a religião por fim; acabara dividindo as pessoas. (É a sua especialidade) :(

    É impossível chegar a um denominador comum! O fato é que sempre esquecem que somos animais e ponto final.

    A unica diferença "para alguns" é a capacidade de raciocínio. ;)

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