Miscelânea Criacionista: Os embriões de Haeckel.
Três décadas antes de “A Origem das Espécies”, Étienne Serres propôs a teoria da recapitulação, segundo a qual o desenvolvimento do embrião recapitula a evolução do organismo. Era uma variante do lamarquismo, na qual os factores ambientais transformavam os indivíduos uma geração para outra actuando sobre o desenvolvimento do embrião em vez de no organismo adulto. Quinze anos depois de Darwin publicar a sua teoria, Ernst Haeckel defendeu uma versão mais detalhada da teoria da recapitulação e apresentou desenhos de embriões mostrando como o desenvolvimento embrionário passava por fases representativas dos ancestrais de cada organismo. Haeckel era um naturalista e ilustrador famoso, tendo catalogado milhares de espécies, por isso foi um escândalo quando foi condenado por fraude uns anos mais tarde, admitindo ter alterado alguns desenhos para suportar a sua teoria.
Décadas antes, já Karl Ernst von Baer tinha oposto a teoria da recapitulação, enunciando nas suas leis da embriologia que as características mais gerais de cada grupo surgiam antes das mais específicas mas que as formas embrionárias tendiam a divergir e nunca passavam pela forma de animais adultos. As leis de Baer estão estatisticamente correctas, mas dizem algo muito diferente do que Haeckel defendia. Da teoria da evolução não se espera que o embrião de um organismo se assemelhe à forma adulta de qualquer dos seus antepassados. A evolução pela acumulação gradual de mutações aleatórias não dá razão para que assim seja. Só o Lamarckismo, ou algo semelhante, explicaria esta ligação entre desenvolvimento e evolução. Se Haeckel tivesse razão e um embrião humano passasse pela forma de peixe, anfíbio, réptil e mamífero quadrúpede, hoje os criacionistas estariam a dizer mal de Lamarck em vez de Darwin. Mas não é esse o caso.
No entanto, é verdade que características ancestrais tendem a surgir mais cedo no desenvolvimento embrionário. Foi possivelmente isto que induziu Haeckel a dar um “jeitinho” aos desenhos, convencendo-o que o embrião revivia formas ancestrais. Mas esta precedência não é uma recapitulação de formas adultas. Há uma fase do desenvolvimento do embrião humano em que aparecem estruturas semelhantes a guelras, mas não são guelras de peixe adulto nem funcionam como guelras. E o que se passa, o que Baer notou, está de acordo com a teoria da evolução.
O desenvolvimento embrionário é uma sequência complexa de reacções químicas. Genes são activados ou desactivados em função de moléculas que se distribuem de forma heterogénea pelo embrião, células diferenciam-se de forma diferente em locais diferentes e tudo isto tem de estar perfeitamente sincronizado. É muito provável que uma alteração aleatória neste processo seja letal para o organismo. Mas é tão mais provável que seja letal quanto mais cedo afectar o desenvolvimento do embrião. É esta a explicação das leis de Baer. Nos embriões de vertebrados terrestres, por exemplo, a coluna vertebral começa a formar-se antes dos membros. Porque, na evolução destes animais, mutações que afectassem o desenvolvimento antes da formação da coluna vertebral foram eliminadas com mais frequência que mutações com um impacto mais tardio. Pela mesma razão, os embriões de baleia começam a desenvolver patas para as perder mais tarde, os embriões humanos têm cauda que depois regride restando apenas o cóccix e, aos cinco meses, os fetos humanos têm uma lanugem que cai mais tarde, antes do nascimento.
Isto vem a propósito da treta criacionista que os desenhos de Haeckel mostram como «os defensores da evolução vêm forjando suas fraudes, com intuito de criar evidências que sustentem a Teoria da Evolução das Espécies, proposta por Charles Darwin, e de que maneira vergonhosa tais fraudes, bastante conhecidas, perpetuam-se em livros didáticos, com intuito de fundamentar uma teoria que não foi comprovada»(1). É treta, em primeiro lugar, porque não se perpetua a teoria Haeckel em livros didácticos. Por exemplo, no livro “Evolution”, de Douglas Futuyma, um dos mais usados no ensino da evolução ao nível universitário, Haeckel tem menos de um parágrafo. E é para dizer que a sua teoria já tinha sido desacreditada no final do século XIX. E, em segundo lugar, porque a teoria de Haeckel não é evidência da teoria da evolução como a conhecemos hoje. Era um resquício de lamarquismo, e apenas mais uma de muitas ideias que não sobreviveram à competição com a teoria que Darwin iniciou.
É pena que, apesar de o papaguearem tantas vezes, os criacionistas não aprendam com este incidente de Haeckel. Aldrabou, mas quando confrontado com as evidências admitiu que tinha forjado os desenhos. Infelizmente, não me parece que o Mats, o Ronaldo ou outros criacionistas vão admitir que erraram, que os desenhos de Haeckel nem favorecem a teoria da evolução nem são apregoados como tal nos livros modernos. E o que Haeckel fez demonstra como o nosso testemunho é influenciado pelas nossas expectativas. Por sorte, foi acerca de embriões de galinha e salamandra, que outros puderam observar e notar as aldrabices. Mas se em vez de desenhos de embriões Hackel tivesse inventado um disparate qualquer acerca da criação do mundo ainda havia gente a jurar que as palavras dele eram a Verdade Infalível.
A ciência descobre fraudes porque os cientistas estão dispostos a duvidar, testar e mudar de ideias quando as evidências o justificam. Quem se convence que tem uma fonte infalível de verdades não fica imune à fraude ou ao engano. Fica apenas incapaz de os ver.
1- Ronaldo Xavier, Fraudes Evolucionistas (Parte I), via Darwinismo, o blog do Mats.
Ludwig:
ResponderEliminarSubvalorizas este assunto:
"Há uma fase do desenvolvimento do embrião humano em que aparecem estruturas semelhantes a guelras, mas não são guelras de peixe adulto nem funcionam como guelras"
As fendas branquiais. Que dão origem às guelras nos peixes, e à faringe ouvido,etc no homem. Se alguma coisas corre mal pode haver presistencia das fendas braquiais ou formação de quistos.
Não deixa de ser representante de uma recapitulação da filogenia. Não é obviamente ao nivel de orgãos finais. É uma recapitulação sumaria.
Que se explica ou por falta de imaginação do criador ou por os organismos terem de facto origens comuns. Como os seus orgãos.
«os embriões humanos têm cauda que depois regride restando apenas o cóccix e, aos cinco meses, os fetos humanos têm uma lanugem que cai mais tarde, antes do nascimento.»
ResponderEliminarEsta generalização é de uma bondade comovente. Mas pouco científica.
Mats!
ResponderEliminarO parágrafo que citei carece de fonte. Começa por aí.
NÃO É SPAM: É A RESPOSTA AO POST DO LUDWIG! (1)
ResponderEliminarDecididamente, o Ludwig não aprende e continua a dizer disparates.
Depois não se queixe se os seus comentários forem copiados e recapitulados, juntamente com as respostas criacionistas.
Depois não diga que isso é SPAM, na tentativa de desviar a atenção dos leitores.
Recordemos, em primeiro lugar, que nunca ninguém viu a vida a surgir por acaso, em qualquer contexto.
Seja no mar, nas fontes hidrotermais, na lama, nas rochas, nos lagos, no gelo, no espaço, etc., a vida nunca foi observada a surgir por acaso.
A vida depende de informação codificada e esta depende sempre de uma origem inteligente.
Recordemos, igualmente, que as mutações aleatórias e a selecção natural são uma realidade que tende a reduzir e a degradar os genomas e a respectiva informação codificada.
As mutações tendem a introduzir ruído em informação codificada pré-existente.
As mutações não criam um código nem criam a informação que nele se contém.
Elas apenas degradam essa informação repercutindo-se negativamente na respectiva execução.
Existem cerca de 9000 mutações conhecidas no genoma humano, responsáveis por cerca de 900 doenças.
As mutações têm sido associadas, por estudos científicos recentes, a numerosas patologias, a doenças cardíacas, à progeria, ao cancro na próstata, a doenças de ossos, ao nanismo, encefalopatia, a insónias, à morte súbita, etc., etc., etc.
Do mesmo modo, estudos recentes sobre os mamíferos e o Cromossoma Y mostram que eles uns e outro estão a perder genes, através daquilo que os evolucionistas insistem em chamar “evolução rápida”.
Mas trata-se apenas de degradação rápida.
Baseados nas observações, é isso que podemos afirmar.
O resto é imaginação evolucionista.
NÃO É SPAM: É A RESPOSTA AO POST DO LUDWIG! (2)
ResponderEliminarA teoria da recapitulação é pura imaginação, com elementos fraudulentos à mistura.
Os desenhos de Ernst Haeckel foram forjados, como é hoje reconhecido mesmo pelo Ludwig.
A sua é uma de muitas fraudes evolucionistas conhecidas, juntamente com o Homem de Piltdown, ou os “esqueletos antigos” do antropólogo alemão Reiner Protsch von Zieten.
Hoje sabe-se que existem diferenças significativas entre os embriões.
As semelhanças que possam existir numa certa fase são naturais, na medida em que as diferenças vão se acentuando apenas à medida o código genético vai sendo executado e os seres vivos se vão desenvolvendo e diferenciando de acordo com o respectivo programa genético.
No entanto, o desenvolvimento dos embriões depende, acima de tudo, da informação codificada que existe no núcleo das células, a qual permite o desenvolvimento dos seres vivos de acordo com o seu género, tal como a Bíblia ensina.
O Ludwig reconhece que o desenvolvimento embrionário é uma sequência complexa de reacções químicas.
Nas suas palavras, “genes são activados ou desactivados em função de moléculas que se distribuem de forma heterogénea pelo embrião, células diferenciam-se de forma diferente em locais diferentes e tudo isto tem de estar perfeitamente sincronizado”.
“Claro!”, dizem os criacionistas.
Tudo isso obedece a um programa com instruções codificadas que têm que ser precisamente transcrito, traduzido, lido e executado.
Se assim não for, os pais da futura criança já sabem que poderão ter problemas sérios com ela.
A sincronização perfeita é uma evidência de design inteligente.
Ela nunca poderia ser conseguida por processos aleatórios.
Nenhum engenheiro, no seu perfeito juízo, confia em processos aleatórios para construir máquinas (v.g. telemóveis, ATM’s, computadores, linhas de montagem, navios, plataformas petrolíferas, aviões) que pretenda precisamente sincronizadas.
O Ludwig diz, que é muito provável que uma alteração aleatória neste processo seja letal para o organismo.
Assim sucede, em muitos casos.
As alterações aleatórias são em muitos casos responsáveis por doenças e pela morte.
Se uma pessoa se expuser ao Sol durante longas horas no Verão, vai ter algumas mutações.Mas não deve esperar evoluir. Deve esperar um cancro na pele.
Muitos dos problemas genéticos graves que conhecemos são o resultado de alterações em alelos.
O Ludwig chama a isso criação de informação genética nova.
Os criacionistas chamam a isso ruído que degrada a informação genética pré-existente.
O carácter esmagadoramente deletério das mutações confirma a perspectiva criacionista.
Degradação de informação genética existente é o que podemos observar.
A suposta transformação de seres vivos unicelulares em multicelulares extremamente complexos e plenamente funcionais, nunca foi observada.
Ela tem que ser imaginada.
As afirmações evolucionistas sobre a suposta evolução ao longo de milhões de anos são pura imaginação, sem qualquer apoio na biologia molecular ou no registo fóssil.
A biologia mostra apenas a vida vem sempre da vida e que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie.
Os fósseis mostram apenas sepultamento abrupto de triliões de seres vivos plenamente funcionais e diferenciados nos cinco continentes.
O Ludwig tem ainda o desplante de fantasiar acerca do estatuto vestigial do cóccix, falando da regressão de uma hipotética cauda que ninguém viu.
Também aqui a única coisa que podemos afirmar, baseados nas observações, é que o cóccix é um ponto âncora para a fixação dos músculos que estruturam todo o diafragma pélvico.
O facto é apenas esse. O resto é pura imaginação evolucionista.
A teoria da evolução é, em si mesma, uma fraude que deve ser denunciada como tal com base em argumentos teológicos, históricos e científicos.
João,
ResponderEliminar«Não deixa de ser representante de uma recapitulação da filogenia.»
Num sentido mais coloquial, pode ser. Mas é importante, neste contexto, ter em conta que a recapitulação designa algo mais forte e específico. Nomeadamente, que durante o desenvolvimento embrionário o organismo vai passando pelas formas dos seus ancestrais. E isto é falso.
E, ao contrário do que os criacionistas apregoam, nem seria compatível com a teoria da evolução se fosse verdadeiro.
O que acontece, e que tu mencionas, é diferente. É simplesmente que características mais primitivas tendem a surgir antes no desenvolvimento embrionário. Isto é de esperar pela selecção mais forte contra mutações que afectem o desenvolvimento mais cedo, mas não é uma recapitulação porque houve muitas características que se perderam e porque estas características primitivas começam a desenvolver-se mas não chegam a uma forma madura, nem próximo disso.
Basicamente, se disseres que há uma recapitulação, num sentido mais lato, corres o risco de criar confusão com a teoria da recapitulação...
Jónatas Mendes Machado, finalmente respondes (mais ou menos) ao artigo em questão. Mas digo-te que as falácias nos seus comentários são imensas.
ResponderEliminarExistem mutações prejudiciais. Todos concordamos com isso. Na natureza os seres-vivos com essas mutações, se não tiverem um ganho que as compensem, têm menos chances de deixarem descendência. E nós não estamos a deteriorar-nos em cada geração. Também existem mutações benéficas, incluindo algumas observadas em humanos. A maioria das mutações são neutras ou silenciosas e cada geração sofre em média cerca de 175 mutações por diploide. Reparem que o Jónatas disse que 10% das mutações conhecidads é que provocam doenças (90 em 9000)... As outras fazem o quê?
* Examples of Beneficial Mutations in Humans
* Estimate of the Mutation Rate per Nucleotide in Humans
* Nonneutral Evolution and Differential Mutation Rate of Gender-Associated Mitochondrial DNA Lineages in the Marine Mussel Mytilus
* Mutations rates in mammalian genomes
* TalkOrigins
* Panda's Thumb
* Genomic Education
* About mutation
«Mas é importante, neste contexto, ter em conta que a recapitulação designa algo mais forte e específico. Nomeadamente, que durante o desenvolvimento embrionário o organismo vai passando pelas formas dos seus ancestrais. E isto é falso.»
ResponderEliminarO que não convém perder de vista é que o organismo não passa (em rigor) pelas formas dos seus ancestrais mas vai manifestando no desenvolvimento embrionário um percurso que, sem caracterizar definitivamente a sua origem como espécie, vaporiza a ideia de uma origem súbita. Muito menos “inteligente”. Esta parte dos factos é que perturba a corja de nabos que insiste na compartimentação perpétua das espécies.
Bom exemplo, João.
Perspectiva, quando escreves «a teoria da recapitulação é pura imaginação, com elementos fraudulentos à mistura», estás a concordar com o Ludwig.
ResponderEliminarEstive à procura de uns artigos de Mats sobre o Inferno e encontrei isto: "Drilling into hell". É uma fraude de evangélicos. Há também as pegadas de Paluxy, os esqueletos de gigantes, a NASA que descobriu que o Sol parou, etc. E ainda existem evangélicos a usarem essas coisas como argumento. As fraudes não podem servir para negar o que não é fraude.
No há que ter umas coisas em conta. A teoria da recapitulação surgiu em 1924 e Haeckel defendeu-a nos anos de 1860s
para defender o Lamarckismo.
* Wikipedia 2
* Haeckel's Embryos
Cientistas desconfiavam do Homem de Piltdown e mostrou-se ser recente ao ser datado com fluorina.
* Wikipedia
* The Piltdown Man Fraud
Reiner datou um fóssil como tendo cerca de 36,300 anos que foi datado independentemente como tendo cerca de 7500 anos.
* Wikipedia
* Insider: Look Before You Date
* Anthropological fraud in Germany
Não me parece que foram os criacionistas a desmascarar as fraudes.
Recomendo que o Jónatas leia "O Polegar do Panda - Reflexões Sobre a História Natural", que pode ser encontrado na Bertrand, e que assista aos documentários "Vida no Ventre". E já agora, que aprenda Engenharia e Design e a fazer programas informáticos para ver as diferenças entre a evolução biológica e a evolução dos talheres.
Ludwig, uma sugestão para um artigo: a distinção entre design, um ser-vivo e uma cara em Marte, para distinguir o que é esperado em cada um dos dois casos. Como exemplo, inha escrito isto e parece-me que o Sabino percebeu um pouco.
ResponderEliminarAcho que te enganas aqui: «Se Haeckel tivesse razão e um embrião humano passasse pela forma de peixe, anfíbio, réptil e mamífero quadrúpede, hoje os criacionistas estariam a dizer mal de Lamarck em vez de Darwin.»
Estariam é a dizer que é claro que isso acontece, que apoia a ideia de um designer inteligente que reutiliza as invenções anteriores. Tal como o Jónatas fez aqui. É aquela questão dos óculos bíblicos.
RICHARD DAWKINS AFIRMA: NINGUÉM VIU OU PODE VER A EVOLUÇÃO!
ResponderEliminarRichard Dawkins, depois de muito ter escrito sobre a evolução, disse recentemente na Televisão britânica:
“Nobody has actually seen evolution take place over a long period but they have seen the after effects, and the after effects are massively supported.
It is like a case in a court of law where nobody can actually stand up and say I saw the murder happen and yet you have got millions and millions of pieces of evidence which no reasonable person can possibly dispute.”
O que Richard Dawkins afirma é que, realmente, não existe nenhuma evidência observável da evolução.
Ela é, essencialmente, interpretação. Ela é uma hipótese, e não um facto.
Os criacionistas tinham, afinal, razão.
Richard Dawkins ainda tenta demonstrar que temos milhões e milhões de provas dos efeitos da evolução, pelo que a evolução seria uma inferência razoável e mesmo incontornável.
O problema de Richard Dawkins é que:
1) A existência de informação codificada no DNA e a dependência de informação codificada de inteligência, ambas suportadas pela observação, refutam a evolução aleatória e confirmam Génesis 1.
2) As mutações aleatórias e a selecção natural, ao reduzirem e degradarem a informação genética codificada no genoma, causando em muitos casos doenças e morte, corroboram a corrupção de toda a natureza criada e confirmam Génesis 3.
3) Os triliões de fósseis nos cinco continentes testemunham a existência de uma catástrofe global resultante no sepultamento abrupto de inúmeros seres vivos, antes de terem tempo de se decomporem ou serem devorados pelos predadores, confirmando Génesis 6 a 9.
4) A existência de camadas transcontinentais de sedimentos, a presença várias vezes confirmada de tecidos moles de dinossauros não fossilizados, a evidência de decaimento radioactivo acelerado (rádio-halos de polónio, hélio nos zircões, C-14 em diamantes, etc., etc.,) atestam o dilúvio global recente e a idade jovem da Terra, corroborando a Bíblia de Génesis ao Apocalipse.
Perspectiva, agora começou descaradamente a enviar SPAM. Se acha que tem razão e quer discutir o assunto, convém que não escreva como se tivesse a enviar publicidade.
ResponderEliminarEu enviei uma resposta aos seus comentários. Se cometi algum erro e se fosses honesto, respondias-me. Na minha opinião, o SPAM devia ser removido e a persistência devia ser punida. Se não sabe responder à questão do artigo, cala-se, ou pede para que seja criado um artigo para algum tema que lhe interesse de modo a existir uma discussão concentrada no artigo em questão, em vez de agir de modo tão desonesto. Se persistir e ninguém faz seja o que for, eu próprio envio uma mensagem à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Da-lhe PAC!
ResponderEliminarMolécula da vida encontrada pela primeira vez em cometa.
ResponderEliminarBruce Losé, o documentário da National Geographic "Vida no Ventre" apresenta alguns exemplos do que disseste. Por exemplo, o embrião de golfinho apresenta quatro saliências onde estariam as patas, bigodes que depois caem e narinas que se jutam e deslocam-se até ao topo da cabeça. (1, 2, 3).
ResponderEliminarPerspectiva, continuas a insistir na "dependência de informação codificada de inteligência". Já foi mais que demonstrado que mutações aleatórias + selecção natural levam à criação de nova informação. Até em programas de computador isto já foi demonstrado. Inserindo pequenas alterações aleatórias no seu código e removendo as variantes que deixam de funcionar ou funcionam muito pior do que o original, é possível criar um programa que funciona melhor que o originalmente feito por um humano.
ResponderEliminarQuanto ao diluvio q supostamente enterrou os fósseis, também já falei aqui que segundo a história bíblica Noé salvou 2 espécimes de cada "tipo". Hoje observa-se uma variabilidade genética enorme que não podia existir em apenas 2 indivíduos! Ou seja, hoje há MAIS informação! Ou deus voltou a intervir, ou esta informação surgiu pelos mecanismos da evolução.
Seria aliás uma "super-evolução" que umas centenas de espécies no máximo tenham originado milhões em poucos milhares de anos. E tal como já referiste hoje não se observam espécies novas a aparecerem todos os dias.
E isto sem falar que o teu próprio deus "evoluiu" :). De um deus vingativo que tinha uma tribo favorita a quem comandava exterminar ou conquistar todas as outras, e ditava leis para que se matassem entre si por tudo e por nada, passou a um deus universal e cheio de compaixão, amor e tolerância. Excepto que ao mesmo tempo surgiu com aquele horroroso conceito do inferno para onde atiraria para toda a eternidade os pecadores.
Ou seja, para além de ser um "designer" inconsistente e que cometeu erros graves, sofre variações de humor e personalidade 100 vezes maiores que o ciclo hormonal feminino!
Caros jogadores,
ResponderEliminarInfelizmente, é preciso reconhecer que os produtos resultantes das experiências simuladas, falando-se de modo geral, não chegam mais próximos da vida do que as substâncias que compõem o alcatrão de hulha.
Xadrez,
ResponderEliminarComo é que mede a distância entre um conjunto de compostos e um ser vivo?
Caro jogador Ludwig,
ResponderEliminarQuando os cientistas sujeitaram uma cuidadosamente preparada mistura de gases a uma descarga eléctrica uns poucos dos mais simples aminoácidos de facto se acumularam mas apenas porque foram rápidamente retirados daquela área. Se esses aminoácidos tivessem sido deixados expostos à descarga, a situação poderia ser comparada ao que aconteceria se um homem fabricasse tijolos e outro batesse neles com um malho, assim que ficassem prontos. Requer várias centenas de aminoácidos ligados na sequência correcta numa cadeia para produzir uma proteína comum, e requer várias centenas de proteínas diferentes para constituir o mais simples dos organismos. Assim, na nossa analogia do homem que fabrica tijolos: ele precisa ligar centenas de tijolos numa sequência, e acumular centenas destas sequências de centenas — e tudo isso enquanto o outro homem está brandindo desenfreadamente seu malho! Isto ainda assim é exageradamente supersimplificado, porque requer muito mais do que apenas uma cadeia de aminoácidos para constituir um organismo vivo.
Xadrez, em 1º lugar na terra primitiva, tal como hoje, é improvável que descargas eléctricas atinjam repetidamente o mesmo local. E não te esqueças que entre aquela pequena experiência e a realidade vai uma enorme diferença em escala espaço-temporal, para além de uma química mt complexa e condições climatéricas variáveis.
ResponderEliminarEm 2º lugar ao falares de aminoácidos, quando mais proteínas, estás a colocar o carro à frente dos bois. Segundo as teorias actuais de como PODERÁ ter acontecido (ninguém sabe e talvez nunca se saiba) as primeiras proto-células eram extremamente simples e não tinham nada disso.
Recomendo-te estes dois vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=U6QYDdgP9eg
http://www.youtube.com/watch?v=XhWds7djuWo
"Foi possivelmente isto que induziu Haeckel a dar um “jeitinho” aos desenhos, convencendo-o que o embrião revivia formas ancestrais.
ResponderEliminarhaha
Sim, a teoria da evolução precisa de "jeitinhos" senão.... ;-)
Mas essa está boa, Ludwig. Gostei.
Mats, será que ainda não percebeste que o Haeckel estava a tentar "provar" uma teoria que não é aceite actualmente? Ao menos a ciência tem auto-correcção e as teorias vão evoluindo.
ResponderEliminarAgora vir todo contente apontar que a teoria da evolução precisa de "jeitinhos" quando se defende uma teoria que precisa de "jeitões"... só não é a piada da semana por causa da "grande descoberta criacionista" que o Ludwig já apontou. :D
Mats, tu és estúpido, não és?
ResponderEliminarPara já, num comentário enumerei os jeitinhos dos criacionistas que a AnswersInGenesis agora diz para não usarem como argumento, mas dá um jeitinho ao Arqueopterix. Tu próprio apresentaste um no teu blog, com os gritos no Inferno. E olha que ainda há muito evangélico que acredita nas mesmas tretas, incluindo tu mesmo, e dizes mentiras como: «ainda hoje há livros escolares que reciclam esta fraude» (exemplo?). Com uma lista dessas tu irias queixar-te que isso não quer dizer nada. Logo percebes que cometeste uma falácia.
Lamarck morreu em 1929. A teoria da recapitulação foi formulada em 1924 por Étienne Serres. Darwin nasceu em 1809. Viajou no Beagle em 1831 e em 1837 escreveu "Transmutation of Species", em 1859 publicou "Origem das Espécies" e em 1871 publicou "Descendência do Homem". Os desenhos fraudulentos de Haekel que os criacionistas mencionam foram publicados em 1874, mas em 1968 tinha escrito "Natürliche Schöpfungsgeschichte", que foi revista por Luwig Rütimeyer e expôs os erros no mesmo ano na Universidade de Jena. Haekel confessou ter alterados os desenhos em tribunal.
E cito o artigo do Ludwig daqui: ... «Karl Ernst von Baer tinha oposto a teoria da recapitulação, enunciando nas suas leis da embriologia que as características mais gerais de cada grupo surgiam antes das mais específicas mas que as formas embrionárias tendiam a divergir e nunca passavam pela forma de animais adultos» ... «No entanto, é verdade que características ancestrais tendem a surgir mais cedo no desenvolvimento embrionário. Foi possivelmente isto que induziu Haeckel a dar um “jeitinho” aos desenhos, convencendo-o que o embrião revivia formas ancestrais. Mas esta precedência não é uma recapitulação de formas adultas. Há uma fase do desenvolvimento do embrião humano em que aparecem estruturas semelhantes a guelras, mas não são guelras de peixe adulto nem funcionam como guelras. E o que se passa, o que Baer notou, está de acordo com a teoria da evolução.» ...
Até o perspectiva teve de inventar uma desculpa: «As semelhanças que possam existir numa certa fase são naturais, na medida em que as diferenças vão se acentuando apenas à medida o código genético vai sendo executado e os seres vivos se vão desenvolvendo e diferenciando de acordo com o respectivo programa genético.»
Já agora, a fraude de Haeckel é como fazer este desenho para provar que o Príncipe Charles é um orelhudo, com desenhos de bebés Charles de orelhas gigantes.
ResponderEliminarDeixo uns links:
* Evolution Genetics Embryo's and our Common Ancestor's
* Proof of Evolution - Part 4 Embryology
* Facts of Evolution - Chapter 4
Ludwig:
ResponderEliminar"se disseres que há uma recapitulação, num sentido mais lato, corres o risco de criar confusão com a teoria da recapitulação..."
Mas que ha recapitulação ha. Das estruturas embrionarias. Que se assemelham mais aos orgãos finais mais primitivos.
Tal como não devemos ter medo de defender a evolução para evitar que digam que o hoem descende do macaco, não devemos ter medo de falar na recapitulação das estruturas embrionarias de uma forma abreviada.
A sua persistencia é a explicação que tu dás. Que só é possivel à luz da teoria da teoria da evolução.
"não é uma recapitulação porque houve muitas características que se perderam e porque estas características primitivas começam a desenvolver-se mas não chegam a uma forma madura, nem próximo disso"
Sim, mas apesar disso existe recapitulação. Sumaria e abreviada, mas nada subjectiva ou imperceptivel.
Dificil é olhar para os embriões, o que até ja pode ser feito em fotografias para nºao haver confusões, e não ver que partilhamos muita da nossa embiogenes, e que muitas estruturas são usadas repetidas vezes para definir orgãos cada vez mais diferenciados conforme se avança na taxonomia.
O que mostra, sem sombra de duvida que a evolução é um facto. Porque se os seres vivos foram todos criados no mesmo instante, então Deus passou de uns para outros evolutivamente. Dizer que o fez num unico instante é o unico argumento viavel para este facto.
A teoria da recapitulação, era como a fisica classica. Não serve para descrever tudo e é inconsistente, mas não esta completamente errada. precisa apenas de ser reescrita.
E depois, alguem alguma vez pretendeu que a nossa boca tivesse passado por uma fase de bico? ou os nossos braços por uma fase de asas? Acho que isso é uma teoria da recapitulação de palha.
"Dizer que o fez (evolutivamente) num unico instante é o unico argumento viavel para este facto. "
ResponderEliminarPara defender o criacionismo.
João,
ResponderEliminar«Mas que ha recapitulação ha. Das estruturas embrionarias. Que se assemelham mais aos orgãos finais mais primitivos»
Não. É este o erro que estou a apontar.
Supõe que num peixe o desenvolvimento embrionário das branquias segue as fases A, B, C ... Z.
Se uma mutação sobrevive, tenderá a ser mais para o fim. Por isso num descendente remoto do peixe essas estruturas começarão por A, B, depois um C' quase igual ao C, um D'' um pouco mais diferente até que o Z já não tem nada a ver com o original. O embrião do descendente nunca chega a ter as branquias como o ancestral adulto. O que há é semelhanças no inicio do processo de desenvolvimento embrionário pelas diferenças nas pressões selectivas contra mutações nas várias fases do desenvolvimento.
"O que há é semelhanças no inicio do processo de desenvolvimento embrionário pelas diferenças nas pressões selectivas contra mutações nas várias fases do desenvolvimento."
ResponderEliminarMas eu não discuto isso.
Eu digo é que por causa disso existe persistencia de determinada morfologia geral entre as especies, ao longo do desenvolvimento embrionario.
achas q nao o suficiente para se usar como suporte de uma orgem comum?
Não me expliquei bem,
ResponderEliminarachas que não existem A suficientes w Bs suficientes tais quye A é semelhante morfologicamente a A' e B a B'' para consituir prova de origem embrionaria comum com percurso embrionario divergente mas semelhante conforme a especie?
João,
ResponderEliminarA existência de estruturas comuns em embriões de linhagens diferentes é uma boa evidência para a teoria da evolução. O embrião humano ter fendas branquiais explica-se pela dificuldade em fazer isso desaparecer por mutações que alterem uma fase tão precoce do desenvolvimento, e mostra os vestígios de um ancestral comum aos humanos e peixes modernos.
Mas isso não é recapitulação. A recapitulação diz que o desenvolvimento embrionário de um animal passa por formas correspondendo às formas adultas dos seus antepassados. E isso é falso e não seria explicável pela teoria da evolução que temos hoje. Só me parece compatível com alguma forma de lamarquismo, onde o que um organismo faz em adulto se imprime nas características que transmite aos seus descendentes.
Acho que o essencial - que tenho como verdade - é o mesmo que me tens dito.
ResponderEliminarPensei no entanto que se podia falar numa forma fraca da teoria da recapitulação.
Talvez esteja enganado. Obrigado pelos esclarecimentos.
ha um problema no entanto.
ResponderEliminarÉ que o peixe não é um antepassado do homem, e nao sei ate que ponto as fendas braquiais não eram iguais ao produto acabado num ser vivo ja desaparecido.
Porque os peixes dos dias de hoje, sao produtos finais do processo evolutivo que decorreu até hoje.
Uma teoria da recapitulaão para ser seria tinha de ser em relação aos nossos ancestrais comuns.
Recapitulçao dos ancestrais e so com muita liberdade da filogenia.
Percebo porque esta errado. Sempre a aprender.
Uma teoria da recapitulaão para ser séria tinha de ser ( de recapitulação) em relação aos nossos ancestrais comuns.
ResponderEliminarcorrigido
João,
ResponderEliminarOs peixes actuais não são obviamente antepassados do homem. Tal como não o são os macacos!
No entanto os peixes primitivos já tinham guelras. Isso sabe-se. Ainda recentemente (2006) foi descoberto um fóssil de um "híbrido" crocodilo/peixe, potencial antepassado dos animais terrestres, e que provavelmente teria pulmões e guelras em simultâneo.
http://www.msnbc.msn.com/id/12168265/ns/technology_and_science-science/
Nelson:
ResponderEliminare como eram as guelras primordiais? Como respiravão os antepassados dos peixes?
Aposto que os arcos branquiais eram muito semelhantes à estrutura funcional do adulto, em especies anteriores ao peixe.
(tambem não aposto muito, não te preocupes)