segunda-feira, agosto 03, 2009

Nas nuvens.

Esta rede de milhões de computadores tem um enorme potencial, uma nuvem de recursos de armazenamento, distribuição e computação onde podemos guardar informação, pesquisá-la, organizá-la e colocá-la ao alcance de todos. E é isso que devemos fazer. É uma tragédia que a lei o proíba, em muitos casos, concedendo monopólios legais sobre cópia e distribuição mesmo quando é para uso pessoal e sem fins comerciais. Não tem efeitos tão dramáticos como a guerra, a fome ou os muitos problemas da economia, mas é trágico por ter uma solução trivial. Basta que a legislação isente de copyright o uso não comercial para tornar a Internet numa biblioteca global onde tudo o que esteja publicado fique à disposição de todos.

Por isso sou a favor que se partilhe. Em blogs, P2P, YouTube e Twitter, tudo o que sirva para comunicar o que criamos e partilhar o que pensamos, temos, sabemos ou gostamos. Informação, ficheiros, o uso do nosso processador em redes de computação distribuída ou simplesmente o nosso espaço em disco em redes de partilha de ficheiros. Para tudo o que queremos partilhar esta “nuvem” é excelente, e devemos pressionar os legisladores para que se possa tirar o máximo partido deste meio de comunicação.

Mas não serve para o que queremos guardar para nós ou para o que seja privado, e muitos cometem o erro de confiar à nuvem os seus documentos pessoais, vídeos, fotos, email ou até as suas compras electrónicas. Recentemente a Amazon surpreendeu alguns clientes retirando-lhes do Kindle cópias do 1984 e Animal Farm. Estas pessoas confiaram num sistema em que aquilo que compram não fica seu, como acontece normalmente. O que lhes é vendido é uma licença de utilização e um ficheiro que ainda fica sob o controlo do vendedor. Os livros comprados para o Kindle não podem ser vendidos em segunda mão, emprestados, trocados por outros e, pelos vistos, a Amazon até pode revogar a venda, reembolsando os compradores e apagando os livros sem os clientes terem qualquer escolha (1).

A Paris Hilton e muitos na sua lista de contactos descobriram outro problema de guardar informação online. Nem foi tanto por ter passwords mal escolhidas ou pelos defeitos técnicos do sistema de segurança, se bem que podia ter sido. Neste caso, o problema foi que confiar os dados pessoais a uma empresa deixa-os à mercê de empregados aborrecidos, mal informados e desmotivados. O ordenado dos empregados da T-Mobile não chega para que se importem com a privacidade dos clientes do patrão ou a segurança do sistema (2).

A ideia de aproveitar a “nuvem” é evitar o investimento em infraestrutura, pagando apenas pelo serviço de armazenamento, largura de banda ou poder de computação. A Paris Hilton tinha fotos, vídeos e listas de contactos nos servidores da T-Mobile. Quem tem o Kindle pode guardar os seus livros nos servidores da Amazon e lê-los de onde quiser.Com o Gmail não é preciso guardar as mensagens antigas no disco nem fazer cópias de segurança. É cómodo e barato usar a infraestrutura que já existe na nuvem. E quando se trata de algo partilhado por todos e cuja preservação interesse a muitos, guardá-lo na nuvem é claramente a melhor solução. Seria um disparate cada utilizador da Wikipedia ter a sua cópia pessoal no disco. Ou na prateleira, como se fazia com as enciclopédias antigas.

Mas com informação pessoal esta comodidade acarreta riscos. O mais óbvio é o de alguém adivinhar a password, um risco que muita gente subestima. Mas há outros. Falhas no sistema de segurança, acesso indevido por parte de quem mantém o sistema ou conseguiu enganar quem mantém o sistema, venda da infraestrutura a outras empresas e assim por diante. Não quero dizer que nunca se deva usar algo o Gmail. o iTunes ou o Kindle, ou que nunca se deva guardar coisas em servidores online. Mas os riscos são difíceis de avaliar, e decidir se a comodidade compensa o risco parece-me muito mais difícil do que a maioria julga ser. Por exemplo, eu sei que o correio electrónico que tenho no meu PC só pode ser lido por agentes do estado com a autorização de um juiz. A polícia não pode vir aqui bisbilhotar só porque quer. Mas não faço ideia que protecção legal teriam as mensagens que eu guardasse nos servidores do Gmail, nem sei que direitos eu tenho, se é que tenho alguns, nessa jurisdição. E suspeito que a maioria das pessoas que usa esse serviço nem sequer pensou no problema.

E a informação na nuvem pode durar mais do que queremos. Há muitos blogs onde pais babados mostram fotos e relatam cada passo, doença, gracinha ou infortúnio dos seus rebentos. Como pai, compreendo a obsessão. Mas há que pensar que esse bebé sorridente vai ser um adolescente inseguro e, mais tarde, um adulto à procura de emprego, a exercer uma profissão, a pagar seguro de saúde e assim por diante. Alguém a quem talvez já não pareça boa ideia ter, ao alcance de todos, um relato tão detalhado da sua infância. E a facilidade com que se põe informação na nuvem esconde a grande dificuldade de a retirar de lá.

Não quero dar a impressão que sou contra a tecnologia. Pelo contrário. Viva a tecnologia. Mas a 'net é uma ferramenta poderosa e qualquer ferramenta poderosa exige cuidados. Como um berbequim. Dá imenso jeito quando sabemos o que fazemos mas não é uma coisa boa para se ir aprendendo com os erros.


Dois bons artigos sobre cloud computing:
Jonathan Zittrain no New York Times, Lost in the Cloud
E Bruce Schneier, no seu blog, Cloud Computing


1- The Register, Amazon vanishes 1984 from citizen Kindles. Obrigado ao Francisco Burnay pela notícia.
2- The Washington Post, Paris Hilton Hack Started With Old-Fashioned Con

39 comentários:

  1. Oscar Pereira03/08/09, 20:13

    < flamebait >
    (emphasis added)

    "T-Mobile has invested millions of dollars to protect our customers' information, and we continue to reinforce our systems to address the security needs of our subscribers," company spokesman Peter Dobrow wrote in an e-mail. "For our customers' protection, we do not publicly disclose the specific actions taken to reinforce our systems."


    E lá tinha que vir a treta da security through obscurity...
    < /flamebait >

    Não me interpretem mal, eu não defendo que se devia publicar na internet os detalhes da infra-estrutura toda. Mas chegar ao ponto de não dizer as melhorias que se fazem aos sistemas, das duas uma: ou os sistemas eram uma treta, e divulgar as melhorias seria um desastre de relações públicas, ou o interesse está na ilusão da segurança, em vez de na segurança em si --- o que é um desastre potencial ainda maior.

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  2. Estou inteiramente de acordo consigo e acho que são de louvar quer o seu empenhamento pela alteração das leis do copyright que como muito bem tem dito são obsoletas, quer esta campanha de alerta sobre a divulgação de dados pessoais na internet. Acho que é preciso que alguém explique aos pouco informados utilizadores os problemas que poderão vir a enfrentar. Eu agradeço.

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  3. "Mas há que pensar que esse bebé sorridente vai ser um adolescente inseguro e, mais tarde, um adulto à procura de emprego, a exercer uma profissão, a pagar seguro de saúde e assim por diante. Alguém a quem talvez já não pareça boa ideia ter, ao alcance de todos, um relato tão detalhado da sua infância."

    Em contrapartida, se ele for dos poucos que não o tem, será certamente prejudicado.

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  4. «Em contrapartida, se ele for dos poucos que não o tem, será certamente prejudicado.»

    Não me parece. Mas fazer um blog "A minha infância" e pôr lá tudo é bem mais fácil que apagar os dados entretanto espalhados por aí...

    De qualquer maneira, é preferível que cada um tome essa decisão por si.

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  5. Mário Miguel,

    Já tinha lido, mas obrigado pelo link à mesma. Esse disparate está a ficar tão comum que já quase não é notícia.

    O interessante é se isto chegar ao tribunar constitucional, porque um argumento forte é que vinte mil dolares de indemnização por copiar uma coisa que vale menos de um dolar é viola a proporcionalidade exigida na constituição. Se o TC decidir que o máximo de indemnização é de dez dolares por música partilhada, lá de vai o esquema todo da RIAA...

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  6. AS PEGADAS DE UM CÃO SÃO... PEGADAS DE UM CÃO

    Esta de o outro vir dizer que quando um cão anda cria um código não lembra ao diabo.

    Quando um cão anda ele pode deixar pegadas no chão (dependendo do chão).

    Para uma pessoa medianamente inteligente, as pegadas de um cão significam apenas que um cão esteve ali.

    Isso não corresponde à criação de um código. Não existe nenhuma sequência de símbolos que represente outra coisa.

    As pegadas do cão são pegedas do cão. Elas são apenas aquilo que são.

    Diferentemente, os açúcares e os fosfatos que constituem o DNA codificam todas as instruções para especificar seres vivos altamente complexos e funcionais.

    As pegadas de um cão não representam nada para além do facto de que são pegadas de um cão.

    O facto de uma pessoa as conseguir interpretar pelo que elas são apenas revela a inteligência dessa pessoa. Nada mais.

    E, no entanto, houve alguém que por um instante pensou que isso correspondia à criação não inteligente de um código só revela o grau de estupidez a que os evolucionistas estão dispostos a descer para defenderem as suas ideias disparatadas.

    Esta ainda é mais estúpida do que comparar DNA a cubos de gelo.

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  7. O que esqueces é que o sistema judicial norte-americano é politicamente nomeado, ou seja, em última instância manipulável pelos lobbys. Com a influência que a RIAA exerce, não é de esperar que o supremo ajude os Joels Tenebaums e as Jammies Thomas-Rassets deste mundo.

    Não, os esquemas das MAFIAAs cairão mais cedo ou mais tarde por terem pés de barro, não por martelada vinda do topo. São mantidas pelos mesmos utilizadores que eles insistem em alienar. O que não é propriamente sustentável.

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  8. "Esta de o outro vir dizer que quando um cão anda cria um código não lembra ao diabo."

    O argumento era mais precisamente que se o DNa era um código então as pegadas de um cão também o são.

    E não foi nada estupido. Ainda não foi capazmente refutado.

    Acontece que nem eu nem o Mario Miguel estamos a argumentar que as pegadas de um cão sejam um codigo e ponto final.

    A questão é que o DNA não surge do entendimento entre duas inteligencias para trocar informação. Por isso não é um código.

    PS: estupidos são os teus argumentos. É só isso que tens? Como de costume vais repetir até à nausea. Olha que não ficam mais racionais por isso, esses teus argumentos...

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  9. OFFTOPIC:

    Ludwig:

    Existe nome para a falacia de fazer apelo à moral injustificada? Está descrita?

    Ou é apenas um non sequitur de Linaeus?

    Como por exemplo o argumento criacionista que sem Deus não há moral absoluta no meio das discussões sobre a existencia de Deus. O que implicaria que provamos que Deus existe porque precisamos dele.

    Ou da liberdade de opinião quando se argumenta com espiritas e nos dizem que "essa é a minha opinião, tens de respeitar como eu respeito a tua" - e que propoe que a moral seja superior aos factos.

    Idem para o relativismo moral defendido pelos das medicinas alternativas. Ou de que tratam mais humanamente as pessoas.

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  10. LUDWIG KRIPPAHL, O SEU NATURALISMO METODOLÓGICO E UM INCAUTO CIDADÃO:

    LK: Sabes, estou absolutamente convencido que os micróbios se transformaram em microbiologistas ao longo de milhões de anos!!

    IC: A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!! Quais são as tuas?

    LK: É simples! O meu “naturalismo metodológico” é infalível porque só se limita àquilo que se vê. Se olhares bem à tua volta descobres que:

    1) moscas dão moscas

    2) morcegos dão morcegos

    3) gaivotas dão gaivotas

    4) bactérias dão bactérias

    5) escaravelhos dão escaravelhos

    6) tentilhões dão tentilhões

    IC: Mas...espera lá!

    Não é isso que a Bíblia ensina, em Génesis 1, quando afirma, dez vezes, que os seres vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie? É isso, e só isso, que se vê!

    Afinal, os teus exemplos de “naturalismo metodológico” corroboram o que a Bíblia ensina!!

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  11. João diz:

    "O argumento era mais precisamente que se o DNa era um código então as pegadas de um cão também o são."

    Claro que não. Pegadas de um cão, são apenas pegadas de um cão. Elas não representam outra coisa para além do que são.

    Diferentemente, o DNA pode, através de sequências de nucleótidos, codificar as instruções para a produção, reprodução e sobrevivência da generalidade dos seres vivos, sendo que muitos deles têm e estruturas e funções muito diversificadas.

    Mais, o cão só pode andar, porque existe no núcleo das suas células, instruções para isso.


    "E não foi nada estupido. Ainda não foi capazmente refutado."

    As pegadas de um cão são apenas pegadas de um cão. O DNA é constituído por açucares e fosfatos que não são apenas fosfatos e açucares, mas estão estruturados de forma a codificar instruções operativas para costruir os organismos mais complexos e sofisticados que se conhece.


    "Acontece que nem eu nem o Mario Miguel estamos a argumentar que as pegadas de um cão sejam um codigo e ponto final."

    Eu acho que nem um nem outro sabem o que estão a dizer.



    A questão é que o DNA não surge do entendimento entre duas inteligencias para trocar informação. Por isso não é um código.

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  12. João diz:

    "A questão é que o DNA não surge do entendimento entre duas inteligencias para trocar informação."

    Um programa que codifica instruções para uma linha de montagem também não surge do entendimento de duas inteligências.

    No entanto, existe uma que cria o código juntamente com o mecanismo que irá proceder à execução das instruções nele contidas.

    Com o DNA é a mesma coisa.

    Na medida é que se sabe que as sequências de símbolos codificam instruções (ninhum cientista nega isso) e na medida em que não se conhece nenhum processo naturalístico que crie informação codificada (nunca tal foi observado), a conclusão mais lógica é a de que o código do DNA foi criado por uma inteligência.

    Considerando que o código do DNA contém informação em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcedem toda a capacidade tecnológica humana, a conclusão mais lógica é a de que foi criado por uma inteligência que transcende a inteligência humana.

    Ou seja:

    1) Todos a informação codificada tem origem inteligente

    2) o DNA tem informação codificada

    3) Logo, o DNA só pode ter tido origem inteligente

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  13. CARL SAGAN AFIRMA: O GENOMA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA

    Nas palavras de Carl Sagan,

    "(these) bits of information in the encyclopedia of life-in the nucleus of each of our cells-if written out in, say English, would fill a thousand volumes.

    Every one of your hundred trillion cells contains a complete library of instructions on how to make every part of you."

    [Carl Sagan, COSMOS, Ballantine Books, 1980, p. 227.]

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.

    Daí que possamos com toda a certeza reafirmar:

    1) Sempre que sequências não arbitrárias de símbolos são reconhecidas, como numa linguagem, como representando ideias ou instruções passíveis de serem lidas e executadas, por pessoas ou maquinismos, para a realização de operações específicas orientadas para resultados determinados, estamos perante informação codificada;

    2) Toda a informação codificada tem sempre origem inteligente, não se conhecendo excepções a esta regra;


    3) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade tecnológica humana, e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos altamente complexos, integrados e funcionais.

    4) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.

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  14. RICHARD DAWKINS REITERA: O DNA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA

    O Ludwig diz que o DNA não tem informação codificada (ou tem, ou não tem, ou tem, ou volta a não ter, conforme a enigmática disposição do Ludwig.)

    Richard Dawkins, pelo contrário, está absolutamente convencido de que no DNA existe informação codificada, sendo essa descoberta uma revolução paradigmática.

    “What has happened is that genetics has become a branch of information technology.

    It is pure information.

    It's digital information.

    It's precisely the kind of information that can be translated digit for digit, byte for byte, into any other kind of information and then translated back again.

    This is a major revolution.

    I suppose it's probably "the" major revolution in the whole history of our understanding of ourselves.

    It's something would have boggled the mind of Darwin, and Darwin would have loved it, I'm absolutely sure.”

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.


    O problema de Dawkins e do Ludwig, é que quando se percebe que a genética é essencialmente teoria da informação fica-se preso, para todo sempre, na forquilha criacionista. Sem saída possível.

    Daí que possamos com toda a certeza reafirmar:


    1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções;

    2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais.


    3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.

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  15. O FÍSICO PAUL DAVIES DIZ: EXISTE INFORMAÇÃO CODIFICADA NO GENOMA

    O Físico Paul Davies, percebeu o problema, quando afirmou:


    ‘We now know that the secret of life lies not with the chemical ingredients as such, but with the logical structure and organisational arrangement of the molecules.

    … Like a supercomputer, life is an information processing system. …

    It is the software of the living cell that is the real mystery, not the hardware.’

    ‘How did stupid atoms spontaneously write their own software? … Nobody knows …"


    Portanto:

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA. Daí que possamos reafirmar:


    1) Toda a informação codificada tem origem inteligente, não se conhecendo excepções;

    2) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade humana e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos complexos, integrados e funcionais;


    3) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.

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  16. O NATURALISTA METODOLÓGICO RICHARD DAWKINS REITERA: O DNA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA


    O Ludwig diz que o DNA não tem informação codificada (ou tem, ou não tem, ou tem, conforme a disposição do Ludwig.)

    Richard Dawkins, no seu livro The Devil’s Chaplain, pags. 27 ss. diz:

    “The genetic code is truly digital in exactly the same sense as computer codes.

    This is not some vague analogy. It is the literal truth”.

    Ou seja, existe efectivamente informação codificada no DNA.

    Daí que possamos com toda a certeza reafirmar:

    1) Sempre que sequências não arbitrárias de símbolos são reconhecidas, como numa linguagem, como representando ideias ou instruções passíveis de serem lidas e executadas, por pessoas ou maquinismos, para a realização de operações específicas orientadas para resultados determinados, estamos perante informação codificada;


    2) Toda a informação codificada tem sempre origem inteligente, não se conhecendo excepções a esta regra;



    3) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade tecnológica humana, e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos altamente complexos, integrados e funcionais.


    4) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.

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  17. O PROJECTO ENCODE AFIRMA: O DNA TEM INFORMAÇÃO CODIFICADA


    O Ludwig afirma que o DNA não tem informação codificada (ou tem, ou não tem, ou tem, ou volta a não ter, conforme a imprevisível e instável disposição do Ludwig)

    No entanto, o Projecto ENCODE, que foi construído sobre premissas evolucionistas, admite que a sequência do genoma humano codifica as instruções para a fisiologia humana.


    Na apresentação do projecto afirma-se:

    “The sequence of the human genome encodes the genetic instructions for human physiology”

    Ou seja, existe mesmo informação codificada no genoma.

    Isto é facto observável.

    A hipotética evolução é apenas especulação.

    Daí que possamos reafirmar:


    1) Sempre que sequências não arbitrárias de símbolos são reconhecidas, como numa linguagem, como representando ideias ou instruções passíveis de serem lidas e executadas, por pessoas ou maquinismos, para a realização de operações específicas orientadas para resultados determinados, estamos perante informação codificada;


    2) Toda a informação codificada tem sempre origem inteligente, não se conhecendo excepções a esta regra;


    3) A vida depende da informação codificada no DNA, que existe em quantidade, qualidade, complexidade e densidade que transcende toda a capacidade tecnológica humana, e que, depois de precisa e sincronizadamente transcrita, traduzida, lida, executada e copiada conduz à produção, sobrevivência, adaptação e reprodução de múltiplos seres vivos altamente complexos, integrados e funcionais.


    4) Logo, a vida só pode ter tido uma origem inteligente, não se conhecendo qualquer explicação naturalista para a sua origem.

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  18. "Um programa que codifica instruções para uma linha de montagem também não surge do entendimento de duas inteligências."

    Então o rastro do cão é um código

    :P

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  19. Alem do mais um processador é uma entidade logica, inteligente mas sem consciencia.

    O código fonte, que foi programado, é a parte da convenção se assim quiseres. O DNA não tem codigo fonte.

    Mas esta discussão de provar se Deus criou ou não o DNa através de como se define código é divertida.

    Já deste o teu melhor ou não?

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  20. "(these) bits of information in the encyclopedia of life-in the nucleus of each of our cells-if written out in, say English, would fill a thousand volumes.

    Every one of your hundred trillion cells contains a complete library of instructions on how to make every part of you."

    [Carl Sagan, COSMOS, Ballantine Books, 1980, p. 227.]

    Perspectiva,

    De acordo com o teu "raciocinio" também podes concluir daqui que a vida é uma enciclopédia!! :)

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  21. PERSPECTIVA E UM INCAUTO CIDADÂO:

    P: Sabes que o Genesis é a ultima palavra?

    IC: Há sim? Como sabes?

    P: Porque lá diz que é assim mesmo e que foi DEus que disse.

    IC: Tem piada... É como a Alexandra Solnado. Então ela também escreveu os Genesis.

    P: Não, não genesis só há um.

    IC: Então qual deles é que é?

    P: Estupido, Genesis só há um, vais grelhar, a forquilha criacionista não perdoa, genesis, genesis, genesis, inferno e vais grelhar, genesis, gaivotas dão gaivotas, vais grelhar. Código inteligente. forquilha, forquilha. (fazer copy paste 1000 vezes para continuar a argumentação)

    IC: Puxa, eu só queria saber porque é que temos de acreditar em ti e não na Alexandra.

    P:Estupido, Genesis só há um, vais grelhar, a forquilha criacionista não perdoa, genesis, genesis, genesis, inferno e vais grelhar, genesis, gaivotas dão gaivotas, vais grelhar. (fazer copy paste 4000 vezes para continuar a argumentação)

    ASSINADO: Edovino, deus dos lusitanos e amigo pessoal de Odin

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  22. Aos comentadores em geral:

    Peço-vos que quando o tema em discussão não tem nada a ver com criacionismo ignorem olimpicamente as intervenções do Perspectiva.

    Para mim já é fácil ignorar tudo aquilo que ele escreve em textos que não têm qualquer relação com o criacionismo que o obesseca. Mais difícil é ignorar tudo aquilo que outros comentadores que respeito escrevem a responder-lhe; destruíndo (como sempre) o debate sobre o tema relacionado com o texto para o substituir por um mais repetitivo e menos interessante.

    Peço-vos que refutem a sua propaganda estúpida e repetitiva apenas nos comentários aos textos relacionados com criacionismo, onde esse debate é adequado.

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  23. "De acordo com o teu "raciocinio" também podes concluir daqui que a vida é uma enciclopédia!!"

    A vida só é possível mediante quantidades enciclopédicas de informação.

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  24. "Peço-vos que refutem a sua propaganda estúpida e repetitiva apenas nos comentários aos textos relacionados com criacionismo, onde esse debate é adequado."

    O Ludwig já tentou mas não conseguiu.

    Temos repetido os argumentos do Ludwig e as respostas e todos podem ver a sua incapacidade.

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  25. João Vasco

    "Para mim já é fácil ignorar tudo aquilo que ele escreve em textos que não têm qualquer relação com o criacionismo que o obesseca."

    Quem anda obsecado é o Ludwig. Afinal, foi ele que começou a criticar o criacionismo.

    Só que ele não calculava que a estulpidez dos seus argumentos iria ser exposta diante de todos, de forma repetitiva.

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  26. O Perspectiva & Companhia Lda., tanto fizeram que deu nisto
    Interrupção de comentários no De rerum NAtura

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  27. Joao Vasco:

    Acho que tens razão.
    Estamos a alimentar o troll e a velha maxima não engana.

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  28. Patrícia,

    Concordo que o grande pânico das discográficas e afins se deva ao número de miudos que agora descarregam ficheiros e que daqui a uns anos vão começar a votar. Esse talvez seja o factor principal, porque é esse que vai obrigar a lei a mudar.

    Mas, entretanto, penso que estas "victórias" mostram como os distribuidores estão a abusar até da lei como a temos agora -- da treta dos downloads ilegais até indemnizações de dezenas de milhares de vezes o valor dos ficheiros sem sequer provarem que houve distribuição. A resposta a isso tem variado bastante de país para país. Em Espanha e no Canadá, por exemplo, tem sido bem diferente dos EUA.

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  29. "O Perspectiva & Companhia Lda., tanto fizeram que deu nisto
    Interrupção de comentários no De rerum NAtura"

    Exacto. É sempre mais confortável publicar disparates (v.g. comparação entre cubos de gelo e DNA; equiparar a especiação dos Roquinhos à evolução) e não ter ninguém a chamar a atenção para isso.

    É como jogar a bola só com uma equipa. Assim, naturalmente, é mais fácil "ganhar".

    A verdade é que tanto a Pamira Silva como o Paulo Gama Mota não voltaram a insistir nos seus argumentos.

    Calaram-se bem caladinhos.

    Porque será?
    E como foram calados por força dos argumentos, agora procuram calar os criacionistas em argumentos.

    Isso só mostra que não estão muito convencidos de que podem triunfar pela discussão.

    Quem tem medo da Palmira Silva?

    Quem tem medo do Carlos Fiolhais?

    Quem tem medo do Paulo Gama Mota?

    Quem tem medo do Ludfwig Krippahl?

    Ou, porque não dizê-lo, quem tem medo de Richard Dawkins?

    (este último também é especialista em afastar do seu blogue os críticos que não consegue afastar com argumentos)

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  30. Perspectiva:

    "Calaram-se bem caladinhos."

    Só tu é que acreditas que a verdade se transforma para te satisfazer cada vez que repetes uma mentira.

    Agora vai lá ao psiquiatra que esta toda a gente a ficar preocupada (apesar de não simpatizar contigo).

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  31. Caro Ludwig, quando li este artigo de Paul Krugman não pude deixar de pensar em si. Cumprimentos

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  32. José Luiz,

    Gostei muito do texto, obrigado pelo link. Mas achei o final pessimista demais quanto ao valor do conhecimento. Mesmo que não seja monetário (já não é...) penso que vai continuar a ser valorizado.

    O problema será mais que tipo de conhecimento valorizarão. Já hoje se numa festa alguém disser que não conhece nada de Shakespeare vão achá-lo um inculto, mas se disser que não percebe nada de termodinâmica acham perfeitamente normal...

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  33. Este comentário foi removido pelo autor.

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