Caros abstencionistas,
Não defendo que percam o direito de se queixar só por não terem votado. Enquanto os outros conseguirem manter a democracia, vocês terão sempre esse direito. Também não quero que vos obriguem a votar ou que vos castiguem se não o fizerem. Um voto tem de exprimir uma escolha própria e informada, e isso não se faz à força. Não me convencem as vossas desculpas de que se abstiveram para protestar caladinhos em casa ou que vos é realmente indiferente quem são os legisladores que vos representam. Se não encontraram diferenças é porque não se deram ao trabalho de as procurar. Mas também não vou invocar deveres abstractos de civismo e democracia para censurar a vossa preguiça. O meu problema convosco é mais concreto.
Gerir uma sociedade livre e justa é um berbicacho. É preciso saber o que cada um quer, entre o que querem é preciso identificar o que é justo, daquilo que é justo e desejável há que determinar o que é possível e, finalmente, perceber como o obter. E é um trabalho constante, porque há sempre muito que temos de melhorar e, sobretudo, muito que temos de impedir que piore. Para conseguirmos isto distribuímos a decisão por todos os envolvidos na esperança de que os erros e enviesamentos individuais se diluam no grande número de participantes e, assim, se encontre o melhor caminho. No entanto, a democracia só funciona se cada um tentar perceber os problemas, estudar as propostas, pensar nas consequências, escolher as opções que prefere e der o seu parecer. Dá trabalho, demora tempo e é uma chatice, mas tem de ser assim porque não há alternativas aceitáveis. Esperamos por um ditador? Atiramos a moeda ao ar? Damos tudo aos interesseiros e fanáticos? A democracia é um sistema muito mau mas os outros são todos piores.
Por isso, o que me chateia na vossa abstenção é a falta de colaboração num trabalho importante. Não é uma questão de direitos ou deveres cívicos em abstracto. O problema é concreto. Temos uma tarefa difícil, da qual depende o nosso futuro, e vocês ficam encostados sem fazer nada.
Isto tem consequências graves para a democracia. Quando a maioria não quer saber das propostas dos partidos, está-se nas tintas para o desempenho dos candidatos e nem se importa se cumprem os programas ou não, o melhor que os partidos podem fazer para conquistar votos é dar espectáculo. Insultarem-se para aparecerem mais tempo na televisão ou porem o Marinho Pinto como cabeça de lista, por exemplo. Vocês dizem que se abstêm porque a política é uma palhaçada mas a política é uma palhaçada porque vocês não votam.
A culpa é vossa porque não é preciso muita gente votar em palhaços para os palhaços ganharem. Basta que a maioria não vote. Também é por vossa culpa que os extremistas estão a ganhar terreno, e pela mesma razão. É fácil pôr os fanáticos a votar. Basta abanar o pano da cor certa e, se mais ninguém vota, eles ficam na maioria. Mas se vocês colaborassem e se dessem ao trabalho de avaliar as propostas dos partidos, se os responsabilizassem pelas promessas que fazem e votassem de acordo com o que acham ser a melhor solução, deixava de haver palhaços, interesseiros e imbecis na política.
Não presumo que vocês fossem todos votar no mesmo que eu. Não temos todos as mesmas prioridades nem as mesmas opiniões acerca do que é viável e de quem merece confiança. Mas pelo menos acabava a palhaçada. Se a maioria votasse com consciência em vez de ficar em casa obrigávamos os partidos a prometer soluções viáveis e a cumprir o que prometessem. Parece-me que este resultado valeria bem o trabalho de ler uma dúzia de panfletos, pensar um pouco e pôr uma cruz no papel. Mas não é trabalho que se possa deixar a uns poucos enquanto a maioria coça o umbigo.
Nós não precisamos dos votos de quem tem certezas. Precisamos de quem tem dúvidas e que, por ter dúvidas, questione, informe-se e pense no que faz. Não precisamos dos votos dos militantes. Precisamos dos indecisos, porque o que é preciso é tomar decisões em vez continuar a repetir o que evidentemente não funciona. E nisso estamos bem. Há muita gente com dúvidas e capaz de decisões novas que, em conjunto, podia mudar isto tudo. Vocês. Basta apenas que se deixem de tretas e ajudem de vez em quando.
Só contesto uma coisa: é perfeitamente possível ser militante e ter dúvidas.
ResponderEliminarExemplifico comigo: http://lampadamagica.blogspot.pt/2014/05/como-decidi-o-meu-voto-nestas-eleicoes.html
O meu voto natural seria o branco, se este tivesse algum valor. Como não tem, vou continuar a não votar, porque ninguém me merece o voto de confiança. Eu em todos eles vejo mentira, hipocrisia, demagogia e falta de Justiça e coerência naquilo que defendem e depois no que fazem. Passar esta batata da extrema direita para o abstencionismo é tão ou mais cómodo que não votar. Não há qualquer indício que uma votação a 0% de abstenção teria uma distribuição diferente de uma a 80%. Tudo o resto é a nossa tentação natural de acusar alguém.
ResponderEliminarSe não acreditas em nenhum, porque não crias um partido e tentas juntar as pessoas que têm as mesmas convicções?
Eliminarporque se calhar não quer ser político.
EliminarPode arranjar alguém que queira pôr em prática as ideias dele, não ?? Só que tudo isso dá muito trabalho e criticar é muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito, mesmo muito, mais fácil...e não precisam sequer de levantar rabo do sofá !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eliminar« Parece-me que este resultado valeria bem o trabalho de ler uma dúzia de panfletos, pensar um pouco e pôr uma cruz no papel. »
ResponderEliminarSe fosse assim, as pessoas votavam. Muitas já fizeram isso e muito mais e agora não votam. A experiência ensinou-as...
Jorge,
ResponderEliminarObrigado pela correcção. FIcaria mais descansado se isso fosse a regra e não a excepção mas o que é bom é sempre bem vindo :)
Só não é mais regra porque a malta das dúvidas não entra nos partidos. Devia entrar. Tornava-se muito mais fácil fazer pontes.
EliminarAlchimystic,
ResponderEliminar«Eu em todos eles vejo mentira, hipocrisia, demagogia e falta de Justiça e coerência naquilo que defendem»
Mesmo que isso seja verdade, muito dificilmente serão todos mentirosos, hipócritas e injustos exactamente na mesma medida e exactamente nas mesmas coisas. Por isso, mesmo que isto fosse assim (e penso que em alguns casos não será uma conclusão justa) seria possível escolher o menos mau com um pouco de esforço.
«Não há qualquer indício que uma votação a 0% de abstenção teria uma distribuição diferente de uma a 80%.»
Não há qualquer indício de que seja igual e, tratando-se de grupos diferentes com critérios diferentes, é errado assumir que seja igual. O mais provável é que sem a abstenção os resultados teriam sido significativamente diferentes.
Mais importante do que isto é absterem-se de avaliar com atenção as propostas e o desempenho dos políticos. Isso faz com que os políticos percebam que não precisam preocupar-se com isso.
Sabe, ler as propostas dos 16 partidos, que concorreram a estas eleições, deu trabalho, mas eu fiz isso...a minha Educação Cívica ensinou-me que nada se faz sem trabalho. Penso que em Portugal há pouca Educação Cívica (apercebi-me disso (talvez) por ter sido professora)...todos sabem os direitos que têm, poucos conhecem os deveres !!!!!!!!!!!!!!!!!!
EliminarJúlio,
ResponderEliminar«Se fosse assim, as pessoas votavam. Muitas já fizeram isso e muito mais e agora não votam. A experiência ensinou-as...»
Se fosse assim a abstenção seria tanto maior quanto maior fosse a idade do eleitor. Como o que acontece é precisamente o contrário, parece-me razoável concluir que também não é por isso que não votam.
Talvez seja porque vivemos no pré 25/04 e tivemos outra educação. Acreditamos em "valores" e pô-mo-los em prática..."valores" que a maioria dos mais novos não tem... não lhos transmitiram ou, então, preferem preocupar-se com o seu umbigo. Para além de a maioria desses mais novos terem tido tudo o que queriam, e mais um par de botas, de bandeja...sem mérito algum !!!!!!!!!!
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSe não houver mais, calculo que haverá, pelo menos, tantas razões para um eleitor se abster quantas para ir votar. E se houver menos, o Ludwig, no seu magnânimo pensamento crítico, não está pelos ajustes e redu-las, baçamente, a uma que, ele lá sabe porquê, é a preguiça.
ResponderEliminarE nesta democracia a preguiça é ganhadora. Podemos concluir?
Mas a preguiça não é respeitável? Há maiorias que não são respeitáveis? Hã?
O Ludwig não é capaz de análises melhores? Ou já está contagiado pela síndrome do candidato a demagogo?
OS PROBLEMAS LÓGICOS DO LUDWIG COM VALORES E NORMAS MORAIS
ResponderEliminar1) O Ludwig é naturalista, acreditando que o mundo físico é tudo o que existe. Sendo assim ele tem um problema, porque valores e normas morais não existem no mundo físico.
2) O Ludwig diz que a observação científica é o único critério válido de conhecimento. Ora, nunca ninguém observou valores e normas morais no campo ou em laboratório.
3) O Ludwig diz que a moral é subjectiva. Ora, se são os sujeitos que criam valores e normas, eles não estão realmente vinculados por eles, podendo cada um criar valores e normas a seu gosto, o que nega a existência de normas morais.
4) Se a moral é subjectiva, como o Ludwig diz, dificilmente se poderá justificar qualquer pretensão de conferir validade universal às pretensas normas proclamadas pelo Ludwig.
5) O Ludwig está sempre a dizer aos outros que não devem dizer aos outros o que devem ou não devem fazer. Ou seja, ele faz exactamente o que diz que os outros não devem fazer.
6) De milhões de anos de processos aleatórios de crueldade, dor, sofrimento e morte não se deduz logicamente qualquer valor intrínseco do ser humano nem qualquer dever moral de fazer isto ou aquilo.
Conclusão: sempre que fala em valores e normas morais o Ludwig é irracional e arbitrário. Que outra coisa se poderia esperar de quem a si mesmo se descreve como "macaco tagarela" (sic)?
Um fóssil datado em cerca de 47 milhões de anos, de acordo com premissas uniformitaristas, mostra aves como as de hoje a polenizar flores como as de hoje, como tudo se passa hoje.
ResponderEliminarO fóssil está muito bem preservado, podendo ver-se o conteúdo do estômago da ave, não havendo qualquer evidência de evolução desde então para cá.
Isso corrobora a posição dos que sustentam que a datação uniformitarista (que nega à partida um dilúvio global) está errada.
O fóssil se compreende melhor como resultado de sepultamento abrupto e catastrófico recente de uma ave.
Um estudo recente corrobora o que a Bíblia ensina: homens, cães e mamutes foram contemporâneos.
ResponderEliminarUm estudo recente, publicado na revista Nature, reporta 193 novas proteínas, codificadas em zonas do genoma que se pensava não codificarem proteínas.
ResponderEliminarOs autores do estudo concluem:
"the human genome is more complex than previously thought"
Numa linguagem inteiramente compatível com o design inteligente por um Deus que é Logos, eles dizem:
"You can think of the human body as a huge library where each protein is a book,"
Numa linguagem que desmente o Ludwig quando diz que o DNA não codifica nada, eles dizem:
"The fact that 193 of the proteins came from DNA sequences predicted to be noncoding means that we don't fully understand how cells read DNA, because clearly those sequences do code for proteins."
Enfim! Só os evolucionistas é que poderiam ficar surpreendidos com isto.
Eles tendem a simplificar o que é complexo, porque pensam que tudo surgiu do nada por acaso, sem inteligência.
Mas a evidência apenas mostra a falta de inteligência dos evolucionistas!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar(editado, com duas correcções e um destinatário :)
ResponderEliminarLudwig,
Apontas para a necessidade de responsabilizar os agentes políticos pelas suas acções e sugeres que a forma elementar de o fazer é responsabilizar o eleitorado pelas suas acções. Eu concordo.
É precisamente por estar muito deteriorado este princípio da democracia que me fizeste saltar na cadeira quando, num comentário recente sobre o número de deputados na assembleia, desvalorizaste um aspecto que para mim é decisivo no âmbito da responsabilidade que todos devemos exigir àqueles que nos representam. Independentemente da alegação de que a despesa com o número de deputados não é significativa mesmo quando falta orçamento para outras coisas, convido-te a pensar no aspecto organizacional: a duplicação de funções é um vector contrário à responsabilidade individual. E a triplicação de funções? No caso em concreto do parlamento, onde 230 deputados reportam aos interesses divergentes dos declarados (e por vezes à mais flagrante mediocridade individual), obtém-se à vista de todos uma diluição homeopática de responsabilidade. É urgente diminuir o número de deputados e responsabilizar, todos e cada um deles, pela sua função.
E os partidos pequenos nem precisam de estremecer com a ideia... A contagem de votos para a formulação de mandatos pode perfeitamente incorporar um algoritmo que enriqueça a democracia, e não a empobreça.
NOTA: não creio que a diminuição do número de deputados, tal como o combate ao clientelismo nos institutos e fundações com redução severa do número de cabeças, resolvam por si só os problemas da democracia portuguesa. Refiro esta questão por me parecer, pelo menos:
1) um bom princípio de responsabilidade;
2) um bom final para o argumento tão idiota como popular: “contra o despesismo do Estado, só cortando as funções do Estado”.
Carlos,
ResponderEliminarNão serei mesmo capaz de análises melhores? Não serei capaz de me ficar por perguntas para não ter de defender nada em concreto? Não será esta a melhor forma de “argumentar” sem ter trabalho? Será que não tenho mesmo razão nisto? Não será este comentário irrefutável e, por isso, correcto?
Hmmm?
Ludwig,
Eliminarlê o meu comentário, em vez de fazeres perguntas. Se reparares, verás que exprimi claramente o que penso sobre a tua ideia (insustentável e petulante) de abstenção=preguiça.
Quanto ao trabalho de argumentar, como bem sabes, reservo para mim o direito de o fazer ou não consoante o merecimento.
Bruce,
ResponderEliminarNeste momento, inclino-me a ser contra a redução dos deputados. Eu diria que devemos ter o maior número de deputados que ainda permita que negoceiem as votações. É o que me parece ser o melhor equilíbrio de dois factores: primeiro, a representatividade, que será melhor quantos mais houver e, em segundo lugar, o problema da democracia exigir negociação entre as partes em questões complexas, caso contrário é possível que ganhe uma opção tal que a maioria considere menos desejável do que uma outra excluída.
Mas antes de defender um número em concreto tenho de encontrar mais fundamento empírico acerca destes factores, e mesmo este princípio aqui ainda está vago e tremido na minha mente. Mas quando tiver uma ideia mais concreta eu digo :)
Ludwig,
ResponderEliminar«devemos ter o maior número de deputados que ainda permita que negoceiem as votações.»
Penso que te referes à proporção entre os grupos parlamentares e não ao número de votos na assembleia. Não compreendo como é que a redução de umas dezenas altera significativamente a proporção entre eles.
«É o que me parece ser o melhor equilíbrio de dois factores: primeiro, a representatividade, que será melhor quantos mais houver»
É a própria constituição portuguesa que prevê um limite mínimo de 180 deputados e um limite máximo de 230. Se esta valorosa equipa convergiu para o limite máximo, isso deve-se a razões muito diferentes da representatividade.
Não percebo exactamente de que representatividade estás a falar, mas convém não esquecer que apenas será honrada ao abrido de duas regras importantes: o grupo parlamentar respeita escrupulosamente o programa eleitoral que o seu partido apresentou a eleições; os votos em assembleia sobre propostas de outros partidos fazem-se ao abrigo da consciência individual e nunca sob o sinistro conceito de “disciplina de voto”. Não se verificando estas condições, podes ter 1000 deputados na assembleia sem qualquer benefício em relação a 10.
«e, em segundo lugar, o problema da democracia exigir negociação entre as partes em questões complexas»
Quantidade não faz qualidade. No teu post pareceu-me ler também esta reclamação... O que falta é, em primeiro lugar, a responsabilidade. Eu proponho que a redução para os 180 tem um efeito benéfico não apenas na responsabilização das acções individuais dos deputados (e até lhes poderíamos consentir ordenados um pouco mais elevados) como estabelece um processo de auto-selecção de todos aqueles que, não tendo rigorosamente nada para oferecer ao país a não ser o parasitismo usurpador da democracia, pensem duas vezes antes de integrarem um círculo onde as suas acções serão realmente visíveis e avaliadas.
O que acontece no actual estado de coisas é que as “questões complexas”, como dizes, chamam ao debate alguns deputados não pelo vínculo à racionalidade mas pelo vínculo aos interesses da sua trincheira familiar. Por isso debatem normalmente à porta fechada. Mas é sobretudo dos outros que estou a falar agora: daqueles que assinam de cruz sejam as questões complexas ou simples, e mascaram numericamente a nulidade democrática dos que decidem por eles.
«caso contrário é possível que ganhe uma opção tal que a maioria considere menos desejável do que uma outra excluída.»
Precisamente, o risco é esse. Só que essa maioria, neste momento, somos nós todos.
«Mas quando tiver uma ideia mais concreta [do fundamento empírico] eu digo :)»
Tenho uma metodologia horrível mas eficaz: experimenta acompanhar algumas imagens do parlamento e dos debates parlamentares...
"A democracia é um sistema muito mau mas os outros são todos piores."
ResponderEliminarEsta é a questão fulcral.
Disse quase tudo o que penso. O único senão, que de facto não compreendo porque é que ainda não foi alterado, está no próprio sistema de voto.
http://en.wikipedia.org/wiki/First-past-the-post_voting#Voting_system_criteria
É possível demonstrar que este tipo de sistema evolui sempre para duas facções principais que disputam entre si o poder. O cgpGrey tem um video brutal onde ilustra isto https://www.youtube.com/watch?v=s7tWHJfhiyo&feature=kp
Já existem alternativas que seriam do ponto de vista matemático mais vantajosas para reflectir a real vontade das pessoas. ex: http://en.wikipedia.org/wiki/Single_transferable_vote
De resto, sem democracia participativa, não pode existir democracia representativa... A não ser que estejam à espera que a Nossa Senhora de Fátima venha guiar o presidente.. ele lá acha que ela intervém... se calhar não está sozinho nessa convicção. Não compreendo.
A diminuição de deputados é um daqueles temas que se prestam a todo o tipo de populismo. A função de um deputado não é votar, a função de um deputado é representar a população que o elegeu através de inúmeras acções. O voto é até a menor tarefa de um deputado.
ResponderEliminarNeste aspecto , reduzir o número de deputados coloca logo um problema \de representatividade, não na assembleia mas nos círculos que os elegem.
P.e. retirar um deputado nos círculos que elegem o único deputado de um qualquer partido "pequeno" muito provavelmente faria este partido desaparecer. Se reduzirmos o suficiente o número de deputados tornamos progressivamente o sistema mais bi-partidário.
Como temos visto nos últimos tempos o que faltam são ideias novas, sangue fresco e capacidade de renovação na nossa sociedade e não uma cristalização entre psd e ps.
Não é por acaso que o psd ficou logo de orelhas arrebitadas para diminuir o número de deputados, claro, quantos menos houver mais se torna fácil ter maiorias absolutas.
Não sei se o número actual é o ideal, sei no entanto que mexer nisto agora será o pior que se pode fazer pois vai reduzir a capacidade das franjas serem chamadas ao poder e irá acumular mais tenção na sociedade que já está muito pressionada.
Nuvens,
ResponderEliminardas várias coisas que me parece não estares a interpretar correctamente gostava de ajudar-te a compreender que a actividade parlamentar, exercida por deputados em representação dos cidadãos, tem como última finalidade a votação de propostas. Chama-se “poder legislativo” ao que resulta deste acto soberano. Digo-te isto por afirmares que «O voto é até a menor tarefa de um deputado».
Sobre as tensões na sociedade que - concordo contigo - já anda muito pressionada, e porque a função de um órgão de soberania não é fabricar os seus próprios interesses, tenho como urgente o estabelecimento de uma democracia onde os eleitores saibam para que é que votam e os eleitos recordem para que é que servem. Deve ser isso que estás a confundir com populismo quanto ouves falar de redução do número de deputados para o mínimo constitucional.
devolvam os direitos ao voto em branco e eu volto a votar... de momento não vejo outra forma de mostrar o meu descontentamento para com esta suposta democracia...
ResponderEliminarQuanto a mim, incomoda-me o facto de, enquanto VOTANTES se acharem mais CIDADÃOS do que os restantes. Porque TODOS, somos pagantes de contribuíções e impostos. INCOMODA-ME O FACTO de que, marginalizem os abstencionistas enquanto CIDADÃOS e nos culpem por tudo o que acontece, e não OS VERDADEIROS CULPADOS. a ABSTENÇÃO, não tem ganho eleições NESTES 40 AQNOS, NO ENTANTO, OS SUCESSIVOS GONVERNOS, COM A CONFIANÇA DO pOVO, ESSENCIALMENTE DESDE 1995 ATÉ ESTA PARTE, TêM DEMONSTRADO, o real valor dos votos neles depositados. Será culpa da crescente margem de abstenção ou esta foi gerada pela crescente margunalização e corrupção ativa e permitida nos Orgãos Governativos? Todos eles a crescer financeiramente em torno de Governar, sem nada retribuír á Nação a não ser dívidas para o Povo.
ResponderEliminarRelativamente ao texto acima:
ResponderEliminarQual democracia?
Resposta: http://naotafixe.blogspot.pt/2014/06/resposta-um.html
ResponderEliminarA Democracia deve ser o governo do consenso e da defesa do bem comum e de todos. Para uma formação integral aconselho os seguintes livros. Leia nos sites abaixo:
ResponderEliminarAmazon: http://www.amazon.es/s?_encoding=UTF8&field-author=MANUEL%20DE%20SOUSA%20RIBEIRO&search-alias=digital-text
Blogues:
http://utopiaerealteleoriginidelbeneedelmale.blogspot.com/
http://utopiaerealidade-utopiaandreality.blogspot.com/
Editora: http://www.edizioniatena.it/economia.asp
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Reenvia por favor esta mensagem para todos os teus contactos.
Os abstencionistas não votam em falsas democracias. Numa falsa democracia deve-se votar branco, nulo ou abster-se, pois numa partidocracia ou cleptocracia ninguém representa a vontade popular! Representam apenas os seus interesses!
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