domingo, julho 14, 2013

Treta da semana: a decisão.

Após tanto tempo para decidir, dias a auscultar e ponderar, o Presidente decidiu não decidir. Foi um feito notável que apanhou todos de surpresa. Os comentadores na televisão não sabiam o que dizer, os partidos do governo adiaram as declarações para rescrever o que tinham planeado e o coitado do Paulo, que até já estava à procura de um gabinete novo (1), agora nem sabe bem o que é*. A expectativa era de que o Presidente apenas teria duas opões, mutuamente exclusivas. Ou considerava o governo legítimo e, por isso, aprovava a remodelação e deixava concluir o mandato; ou considerava que a coligação tinha violado o seu compromisso com os eleitores e, já não tendo legitimidade democrática, era preciso dissolver a Assembleia e convocar eleições o mais rapidamente possível. O que escapou a muita gente, mas não ao Presidente, foi a terceira opção. A do “ah, e tal...”.

Convocou eleições antecipadas, mas adiando-as logo à partida para que o acto eleitoral não se antecipasse às avaliações da troika, e delegou nos partidos a decisão de quando ir a votos. Lá mais para o Verão. De 2014. Apesar disto implicar que considera que o governo não tem legitimidade para cumprir o seu mandato, insiste que o governo continua em plenas funções. Entretanto, ignorou por completo a proposta do Pedro e do Paulo, tornando “o governo” numa entidade indefinida. Um “coiso”, como agora se costuma dizer. Com tanta gana de evitar incertezas acabou por tornar até incerto quem é ministro do quê.

O Paulo disse que ia embora, o Pedro agarrou-o para não deixar cair o tacho e, quando finalmente se entenderam, o Aníbal tocou as campainhas todas e desatou a correr. Foram repreensivelmente desleais para quem os elegeu. No entanto, quem os elegeu já lhes devia conhecer a pinta. Mais grave é o Aníbal extravasar as suas competências e tentar ditar políticas para o governo do país. Não é ao Presidente que compete decidir sobre a renegociação das dívidas ou que termos é que Portugal deve aceitar da troika. Mas o pior de tudo é a marosca que o Aníbal propõe fazer com as eleições. Quer adiá-las para depois do fim do programa da troika para impedir que, cruzes credo, os eleitores chumbem o programa como ele agora está e optem por alguma alternativa. Para maior segurança, pede aos três partidos que alternam no governo que se comprometam a continuar este rumo para que mesmo em 2014 os eleitores tenham a sua escolha condicionada. E diz isto descaradamente, declarando ser este o propósito da sua indecisão. O Aníbal quer ir aguentando as coisas para que só daqui a um ano possamos eleger para o Parlamento quem represente a nossa vontade e, mesmo nessa altura, quer que os candidatos se compromentam a ignorar a nossa vontade e fazer o que a troika manda.

Isto é o pior porque o Aníbal, quando tomou posse, jurou «cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa»(2, artigo 127º). Não é mera garotice. Não é sequer abuso de poder, o que já seria muito grave. É faltar ao que nos jurou. É certo que jurou pela sua honra mas, dando-lhe o benefício da dúvida, até do Aníbal seria de esperar que cumprisse. E a Constituição é clara acerca dos deveres do Estado e de quem tem competência para decidir estas coisas:

«A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.» (2, artigo 3º)
«A organização económico-social assenta nos seguintes princípios: a) Subordinação do poder económico ao poder político democrático;» (2, artigo 80º)
«1. Todos têm direito ao trabalho. 2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover: a) A execução de políticas de pleno emprego»; (2, artigo 58º)

O Presidente da República é o principal responsável por garantir que o governo serve adequadamente a vontade soberana do povo e que o Estado cumpre estes objectivos. Se bem que o Aníbal tenha direito às suas opiniões, e a assobiar para o lado sempre que for do seu interesse, não é legítimo que o Presidente se possa manter nesse cargo quando viola com tal gravidade os compromissos que assumiu quando o elegeram.

Ressalva para efeitos legais: a imagem que se segue é meramente decorativa e não tem nada que ver nem com o tema do post nem com as pessoas nele mencionado. Nada mesmo. A sério.



* Se bem que ele possa resolver esse problema facilmente perguntando a qualquer pessoa na rua. Certamente lhe dirão. Em pormenor.

1- Jornal de Negócios, Portas já procurava "sede digna" de um vice-primeiro-ministro
2- Constituição da República Portuguesa

82 comentários:

  1. Um pequeno comentário sobre o assunto lateral: a queixa de Miguel Sousa Tavares foi arquivada e não lhe vai ser dada seguimento, porque neste país apesar de tudo ainda existe algum respeito pela Liberdade de expressão. E é preciso manter esse respeito.

    Se ficarmos com medo de chamar "Palhaço" a Cavaco Silva por causa do susto que o Miguel Sousa Tavares apanhou, então na prática passa a existir "censura" mesmo que o sistema de Justiça respeite a Constituição da República: é a auto-censura que faz as vezes da repressão estatal que consideramos inadmissível.

    Assim, num pequeno contributo para proteger a nossa liberdade de expressão, quero aqui dizer explicitamente e com todas as letras que Cavaco Silva é um palhaço. Um grande palhaço. Um palhaço que é tão palhaço que não se dá ao respeito pela forma como exerce o cargo e tem de ir gastar recursos públicos com queixas que atentam contra os valores da República e da Constituição de jurou proteger.

    Sugiro que quem lhe quer chamar palhaço por esta ou por aquela razão, hesite menos do que hesitaria antes da vergonhosa queixa contra Miguel Sousa Tavares.

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  2. "Quer adiá-las para depois do fim do programa da troika para impedir que, cruzes credo, os eleitores chumbem o programa como ele agora está e optem por alguma alternativa."
    "O Presidente da República é o principal responsável por garantir que o governo serve adequadamente a vontade soberana do povo"

    Ainda não vi nenhuma projecção de votos que não desse uma maioria relativa ao PS ou PSD, portanto, a vontade soberana do povo está mais do que vista qual é.
    Como é que a soberania é retirada ao povo caso haja um acordo entre os 3 partidos? Com o apoio parlamentar o Aníbal pode formar governo.

    Parece-me uma jogada de mestre até às próximas eleições, um acordo que implique o PS e o PSD garante uma certa estabilidade. Afinal do CDS já se sabe o que esperar. Só há um problema, é não chegarem a acordo ;)

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  3. A unica hipótese que temos é fazer uma reforma do estado. As receitas não cobrem as despesas. Isto podia ser compensado por taxas de crescimento a dois digitos. Como tal não é previsível temos mesmo de reformar.

    Os partidos mesmo o BE e o PC deveriam ser chamados juntamente com as centrais sindicais e patronais e assinarem um compromisso de salvação nacional.

    Claro que a tentação dum partido de ficar de fora e culpar os outros é grande.

    Depois há os lobbyes. ...

    Se calhar uma personalidade como a do gen Eanes a presidir a reunião era uma boa ideia.

    Garantir às forças vivas do país que a roubalheira e compadrio está garantido mas que para salvação de todos temos de ter algum juízo durante algum tempo.

    Não é parar de gamar para sempre. É só no período transitório.

    Se continuarmos a gastar sempre mais do que temos isto vai acabar muito mal.

    E se conseguíssemos expulsar a troika não tinhamos papel para a despesa corrente.

    Este é o momento de união dos partidos e demais grupos. Primeiro safa-se o país. Depois tem todo o tempo do mundo, até voltarem a lixar isto, para continuar o gamanço.

    Agora se matam a galinha dos ovos de oiro é que é o diabo.

    Caramba!

    É pedir muito um ano de honestidade?

    E nem me parece que haja o risco de se viciarem na honestidade.

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  4. ND.

    Pelas sondagens que tenho visto, PSD+CDS dá cerca de 1/3 das intenções de voto. Se tiverem 1/3 dos deputados na A.R. a política de austeridade terá de ser bastante revista. E os dois juntos, nas últimas sondagens, têm menos que o PS (37%).

    «Como é que a soberania é retirada ao povo caso haja um acordo entre os 3 partidos?»

    Da mesma maneira como os consumidores podem ser prejudicados se empresas supostamente concorrentes combinarem os preços entre si.

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    1. o poste tinha tema?

      deve ser como as aulas práticas de pensamento acrítico

      1 terço das in tensões expressas 33% não dá u terço nem na missa

      cu método é de hondt e nã de honte nin d'onte

      a morte e a falência são certas

      sem accordo ou com accordo

      de resto a alemanha também tá lixada

      e a loja da esquina também pois o alarme num se cala

      Entry Pageviews

      Portugal


      1891

      Russia


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      Brazil


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      United States


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      France


      143

      Ukraine


      142

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  5. João Vasco,

    «Se ficarmos com medo de chamar "Palhaço" a Cavaco Silva por causa do susto que o Miguel Sousa Tavares apanhou, então na prática passa a existir "censura" mesmo que o sistema de Justiça respeite a Constituição da República: é a auto-censura que faz as vezes da repressão estatal que consideramos inadmissível.»

    Eu acho que se alguém não diz uma coisa por medo ou qualquer forma de coacção então não é auto censura. É censura. E se não diz por livre vontade própria, então não é auto censura porque não é censura nenhuma.

    Mas a minha razão para não chamar palhaço ao Aníbal, ou a outro qualquer, é que acho muito mais engraçado fazer estas coisas de forma mais indirecta :)

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  6. No teu caso imaginei que sim. Mas já conheci directamente um caso pessoal em que não (uma pessoa que teve medo de fazer uma declaração pública (i.e. na internet) "mais forte" por causa do que aconteceu ao Miguel Sousa Tavares), por isso achei importante fazer este comentário, para que quem ler a brincadeira não a leve a sério e as pessoas comecem a ter medo de escrever o que pensam.

    Disse auto censura e não censura porque apesar de tudo o sistema de justiça não condenou Miguel Sousa Tavares. Se o tivesse feito, seria censura, de acordo.

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  7. Só para estimular a discussão:

    Qual é a alternativa à actual política de austeridade?

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  8. A pergunta faz todo o sentido porque a austeridade está a funcionar muito bem, certo?

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  9. Não, não está a funcionar bem. Se estivesse, não havia esta discussão. Tem alguma alternativa, Wyrm? É fácil dizer que se é contra. Eu também sou contra, Wyrm. O problema é a alternativa. Tem alguma?

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  10. Alternativas:

    a) Suspensão imediata de qualquer pagamento de dívida pública aos credores - quer juros, quer amortizações. (Proposta do PCTP e POUS, e outros).

    b) Renegociação com os credores para, sob ameaça credível da hipótese a) encontrar um mútuo acordo com menor pagamento de juros e/ou amortizações mais faseadas e/ou redução do valor a amortizar. (Proposta do BE, CDU, e outros, tais como alguns deputados do PS).

    c) Negociação com as instituições europeias e internacionais para, a exemplo do que a Irlanda fez, reduzir os juros pagos à Troika e fazer amortizações mais faseadas a outros credores (Proposta do PS e outros).

    d) Negociação com as instituições europeias e internacionais para uma política mais activa do BCE (comprando mais dívida nos mercados secundários) para que os juros pagos no mercado sejam mais baixos ou iguais que os juros pagos à Troika, escapando assim às contrapartidas recessivas que a Troika quer impor (Proposta do PS e outros).

    e) Negociação com as instituições europeias para uma mutualização parcial da dívida (exemplo, eurobonds) aliviando assim os juros (Proposta do BE, do PS e outros)

    f) Políticas compatíveis com a "austeridade" mas de impacto social muito diferente, tais como:

    1- propostas para evitar a corrupção (Propostas da TIAC)

    2- propostas para que os cortes nas despesas do estado não incidam nos serviços públicos, funcionários públicos nem prestações sociais, mas sim nas "gorduras", tais como: orçamento de base zero, auditoria pública às contas do estado, auditoria pública à dívida, renegociação das PPPs (propostas do BE, CDU e, durante a última campanha eleitoral, do PSD, que abandonou assim que chegou ao poder), diminuição da subcontratação de privados quando esta acaba por ser muito mais cara que a prestação directa do serviço (propostas do BE e CDU), renegociação dos contratos de arrendamento do estado (proposta da TIAC e não sei se de mais alguém).


    3- propostas para aumento de receitas fiscais com impacto social muito menos gravoso que os actuais aumentos fiscais, tais como: imposto sobre as grandes fortunas (proposta da CDU e BE), impostos vários sobre a actividade financeira (proposta da CDU, BE, e, durante a última campanha eleitoral, do PSD), imposto sucessório (proposta da CDU, BE e não sei se PS).

    Claro que há muitas mais. Isto é só para dar uma ideia da diversidade de propostas alternativas às políticas desastrosas que têm vindo a ser seguidas.

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    1. João,

      "a) Suspensão imediata de qualquer pagamento de dívida pública aos credores - quer juros, quer amortizações. (Proposta do PCTP e POUS, e outros). "

      E depois, quando precisares que te emprestem dinheiro fazes o quê?

      "b) Renegociação com os credores para, sob ameaça credível da hipótese a) encontrar um mútuo acordo com menor pagamento de juros e/ou amortizações mais faseadas e/ou redução do valor a amortizar. (Proposta do BE, CDU, e outros, tais como alguns deputados do PS)."

      Se já tivesses as contas do estado estabilizadas talvez a ameaça conseguisse ser credivel. Quando continuas com defice (gastar mais do que tens), dependes fortemente de emprestimos estrangeiros, e quando não queres colapsar toda a economia nacional... é dificil que alguem minimanete informado sobre Portugal caia no bluff.

      c) Negociação com as instituições europeias e internacionais para, a exemplo do que a Irlanda fez, reduzir os juros pagos à Troika e fazer amortizações mais faseadas a outros credores (Proposta do PS e outros).

      Isto já aconteceu em PT. E conforme formos cumprindo o que as tais instituições nos dizem, maior a hipotese de no futuro poderes voltar a negociar.

      ...Continua...

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    2. "
      d) Negociação com as instituições europeias e internacionais para uma política mais activa do BCE (comprando mais dívida nos mercados secundários) para que os juros pagos no mercado sejam mais baixos ou iguais que os juros pagos à Troika, escapando assim às contrapartidas recessivas que a Troika quer impor (Proposta do PS e outros)."



      Isso implica que o BCE quer de facto comprar mais divida a juros mais baixos. Não basta querer, unilateralmente que as coisas aconteçam, é preciso que os outros tb queiram.



      "e) Negociação com as instituições europeias para uma mutualização parcial da dívida (exemplo, eurobonds) aliviando assim os juros (Proposta do BE, do PS e outros)"

      Os eurobons têm sido falados, mas dependem pouco de Portugal, dependem da França e Alemanha em grande parte, e estes dois países não se têm mostrado muito favoraveis. Cumprires os entendimentos que tens com eles é o melhor caminho para mostrares que os eurobonds, até podem ser uma solução viável.




      F) ...

      "1- propostas para evitar a corrupção (Propostas da TIAC)"


      Para acabares com a corrupção, primeiro tens de ter tribunais celeres. E isso ainda vai demorar uns anos.



      "2- propostas para que os cortes nas despesas do estado não incidam nos serviços públicos, funcionários públicos nem prestações sociais, mas sim nas "gorduras", tais como: orçamento de base zero, auditoria pública às contas do estado, auditoria pública à dívida, renegociação das PPPs (propostas do BE, CDU e, durante a última campanha eleitoral, do PSD, que abandonou assim que chegou ao poder), diminuição da subcontratação de privados quando esta acaba por ser muito mais cara que a prestação directa do serviço (propostas do BE e CDU), renegociação dos contratos de arrendamento do estado (proposta da TIAC e não sei se de mais alguém)."



      O Governo renegociou muitas das PPP que estavam em vigor, poupando umas centenas de milhões de euros. Têm sido constantes as auditorias e melhorias às contas do estado tendo sido dado mais poder ao Tribunal de Contas. Muitas das outras medidas são dificeis de implementar, porque não dependem tanto do governo, mas das maquinas do estado, que são apartidárias e que já estão muito bem enraizadas. Quando se mexe nas quintas destas pessoas, especialmente tendo uma oposição altamente demagógica com a que tens, tinhas um novo governo em menos de nada.



      "3- propostas para aumento de receitas fiscais com impacto social muito menos gravoso que os actuais aumentos fiscais, tais como: imposto sobre as grandes fortunas (proposta da CDU e BE), impostos vários sobre a actividade financeira (proposta da CDU, BE, e, durante a última campanha eleitoral, do PSD), imposto sucessório (proposta da CDU, BE e não sei se PS)."



      Olha o belo exemplo da França e da fuga de capitais que houve. Portugal foi um dos paises que fez força para que a taxa tobin fosse para a frente. Mas estas coisas não podem ser feitas isoladamente, caso contrário quem tem dinheiro aplica-o noutro lado. Foi aumentado o imposto sobre mais valias. Como é que pagar um imposto sobre uma coisa que sempre foi "tua", só porque os teus pais o marido/mulher morreram é uma mais valia que não tem impacto social? Em vez de um filho herdar a casa dos pais, e talvez passar a ter onde morar sem pagar renda, tem de abdicar da herança porque n tem dinheiro para pagar o imposto. Impacto social = 0!

      As politicas, desastrosas ou não, são as necessárias caso te queiras manter no euro e no mercado europeu.

      Cumps,

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    3. LL,

      Seria muito interessante debate estas alternativas e os seus méritos. Naturalmente não subscrevo todas (até porque algumas são mutuamente exclusivas), e nalguns casos tenho dúvidas a respeito de quais as melhores opções. Mas subscrevo muitas delas, e gostaria de as debater em profundidade.

      No entanto, o meu objectivo com este comentário foi apenas mostrar a enorme diversidade de propostas alternativas que existem. Quem acredita que as actuais políticas devem ser seguidas, deve alegar que são a MELHOR alternativa e não que são a ÚNICA, se quer evitar mentir.
      Vários partidos e instituições da sociedade civil têm feito propostas alternativas: se alguém acredita que são piores ou menos realistas, argumente que as actuais políticas são as melhores, não argumente que são as únicas, como tantas vezes acontece.

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  11. João Vasco

    Vamos começar pela alinea a):

    Se suspende imediatamente o pagamento da dívida aos credores, como é que financia o défice do Estado dado que a partir desse momento ninguém lhe empresta dinheiro? Segundo li nos jornais, o Estado tem seguido uma política de criação do stock de liquidez que o faz prescindir das tranches da troika até ao fim do ano. Depois necessita novamente de tomar fundos.

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    1. Eu não disse que defendia a alínea a).

      Eu disse que existem várias alternativas, que muitos acreditam que são melhores que as actuais. Eu não subscrevo todas, como é evidente.

      Qualquer militante do PCTP, MAS ou POUS terá muito prazer em debater consigo essa proposta em específico. Poderá argumentar de forma muito convincente a seu favor.

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  12. Ok. As outras alternativas também não são viáveis. O LL fez um bom comentário, está lá quase tudo.

    A esquerda portuguesa está na situação em que estiveram os trabalhistas ingleses no tempo de Tatcher: na altura a senhora dizia "Não há alternativa" e a esquerda protestava mas não tinha mesmo alternativa. No nosso caso chama-se "alternativa" a uma política que não dependa da bondade dos nossos credores/protectores. Ameaçá-los com o "não pagamos!" não me parece que leve a lado nenhum. Nem na Grécia funcionou e a dívida deles é muito superior à nossa.

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    1. O António Parente está a fazer confusão. O LL não alegou que alternativas tais como a) não fossem "viáveis", a menos que com "inviável" queiram dizer "acho que é mau para Portugal".

      Nesse caso, há aqui um problema semântico. Há muitas alternativas viáveis. Podem é considerar que são piores para o país. Naturalmente, os seus proponentes discordam - e os efeitos devastadores das actuais políticas são um indício a considerar.

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    2. Talvez eu tenha lido mal o LL porque o li em diagonal. Inviável é no sentido de não ser possível aplicá-las na prática neste momento (algumas delas nem no futuro). Há vários motivos para que assim seja e não me vou alongar sobre eles.

      Tenha um excelente dia.

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    3. O António começou com a alínea a). E começou a apontar alegadas consequências nefastas dessa alínea perguntando como lidaria com elas. Mas logo aí terá percebido que não estava a sugerir (com a sua pergunta) uma "impossibilidade" de concretizar essa alínea, mas sim a dar a entender que essa proposta seria pior que as políticas actuais.

      É esta confusão que importa esclarecer. Propostas alternativas há muitas, o que acontece é que quem defende estas políticas alega que são piores. Não confunda "inviável" com "prejudicial" que são coisas diferentes.

      A mim parece-me que é uma confusão perversa. Quando se alega que uma determinada alternativa é prejudicial, é evidente que se discorda do seu proponente, que a considerará benéfica.

      Já quando se alega que é "inviável" quer fazer-se de conta que existe um consenso contra os méritos ou exequibilidade dessa proposta, que simplesmente NÃO existe.

      Dei o exemplo da alínea a), mas isto é válido para muitas outras.

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    4. É verdade que soluções alternativas há muitas, na realidade, tantas quanto a imaginação o permitir.

      Por exemplo, para acabar com o desemprego uma solução seria exterminar todos os desempregados. Teriamos 0% de desemprego e reduziriamos em muitos os custos da SS. É possível de ser executado? É. é viável? não!

      O que eu gostaria de ouvir, seja de quem for - não sou esquisito, era um solução alternativa que fosse efectivamente viável, sustentável a médio, longo prazo. E, de preferencia que estivesse nas mãos do Governo Português.

      Até agora, só oiço dizer, por todos os que se opõem à austeridade, que isto assim não dá. Mas propostas viáveis que deixassem Portugal numa situação melhor do que aquela em que está actualmente não oiço, infelizmente.

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    6. Há aqui um problema que atrapalha tudo.

      Se alguém propuser matar todos os desempregados, todos concordam que isso é terrível. Não é uma concordância apenas ao nível dos valores, mas uma concordância ao nível das consequências desse cenário.

      Mas com as propostas alternativas que são - repetidamente - apresentadas, isso não acontece.

      Os proponentes e os detractores dessas propostas fazem previsões diferentes a respeito das suas consequências. Até aqui está tudo muito bem, pois não existe consenso entre especialistas a respeito das consequências previsíveis de muitas medidas económicas, porque a Economia não está desenvolvida a esse ponto.

      Mas longe de reconhecer esta divergência de opiniões a respeito das consequências previsíveis das propostas alternativas às actuais políticas, os detractores destas propostas falam como se o debate sobre essas consequências estivesse fechado - elas fossem consensualmente consideradas tão catastróficas como eles acreditam que são - e portanto não passam de propostas inviáveis que, sabe-se lá porque razão, continuam a ser apresentadas. Demagogia, assumem-no tantas vezes, sem assumir boa fé do outro lado do debate.
      Isto é tanto mais absurdo quando as previsões dos executantes das actuais políticas - nunca (que eu saiba) publicamente contestadas por quem as subscreve ou considera preferíveis às alternativas, no momento em que foram feitas - é que falharam clamorosamente.

      Diz-se como se fosse um facto consumado que a tentativa de renegociar com outros agentes não é "proposta" porque não depende apenas de nós.

      Assume-se - com base numa previsão de como decorriam tais negociações - que nem vale a pena tentar, e que a crítica de não se fazer uma tentativa "a sério" não se justifica. Pesem embora os N exemplos históricos em aconteceram negociações.

      Fazem-se previsões sobre o comportamento dos juros e sobre o comportamento dos credores dando estas especulações por certezas, esquecendo a quantidade de especialistas que faz previsões opostas, por um lado baseando-se em mecanismos que ignoram (por exemplo, o facto do passivo de um país diminuir via haircut aumentar a capacidade deste país honrar dívidas futuras, um factor que concorre - e muitas vezes tem um efeito maior sobre os juros - que a perda de reputação de bom pagador) e na experiência histórica estudada de forma sistemática (por oposição ao uso de evidência anedótica baseada em um ou dois casos em que - alegadamente - as coisas teriam corrido pior).

      Assim, é natural que nenhuma proposta alternativa seja vista como "viável".

      Não é viável cobrar impostos sobre as grandes fortunas porque o capital foge (não importa que as previsões do impacto desta fuga estejam longe de ser consensuais); não é viável atacar as verdadeiras "gorduras" do estado (aquilo que não é serviço público, prestação social ou vencimento dos funcionários públicos); enfim, não são viáveis quaisquer medidas com as quais não concordem.

      Isto parece-me uma forma péssima de discutir. Não reconhece as divergências ao nível das previsões, desclassifica erradamente as propostas alternativas, para depois alegar que não existem. Mas isso é objectivamente errado.

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  13. Vamos lá ver o buraco em que estamos metidos. Para isso temos de andar um pouco atrás no tempo.

    A CEE começa como uma união aduaneira mais ou menos incompleta de países em igual estádio de desenvolvimento. Ao contrário da CECA não cria verdadeiras instituições supra nacionais.

    Quando dá o passo em frente de passar de CEE a UE e se alarga a sul a palavra de ordem era convergência. Tapada a leste começa a criar verdadeiras estruturas supra-nacionais e a alargou-se a sul.

    Os países e regiões pobres eram minoritários e a discussão era quando se ia atingir a convergência.

    Os países delegaram as alfândegas e politicas cambiais na união.

    Convergia-se e tudo corria bem.

    De repente cai o muro de Berlim, a URSS desfaz-se e o que parecia uma ingenuidade dum papa : a tal Europa do atlântico ao Urais parece ser possível.

    Ainda nem tinhamos bem pensado nisto a RFA reconhece a Croácia.É bem conhecida a falta de inteligência dos alemães na politica externa.

    Catrafoda-se que temos uma guera no centro da Europa e que pode degenerar num conflito generalizado.

    Os lideres europeus entraram em tal panico que desatam a alargar de qualquer maneira. Já se falava da adesão da Turquia, Marrocos, Rússia e Ucrânia.

    Alarga-se a união europeia cria-se uma moeda unica com circulação em alguns países e indexam-se as patacas dos outros ao euro.

    Já não se falava de convergência mas de convergênciazinha.

    De repente vemos o monstro que criamos:

    Vinte e oito países com fiscalidade diferentes, interesses diferentes no valor do Euro, estratégias de longo prazo diferentes e com interesses aduaneiros contraditórios.

    Atira-se a toalha ao chão da convergência.

    Temos é um problema: a adesão dos países do sul ainda na fase eufórica da convergência, tornou-os dependentes de subsídios dos ricos. estão endividados e para manterem os níveis de vida precisam de ajuda dos mais ricos.

    Os ex de leste nunca subiram a este patamar e nem notam. O problema é que se se continua a subsidiar os outros eles um dia descobrem e também querem. E já ninguém está interessado na convergência.

    Ora é claro que nestas coisas há sempre o interesse dos lobys e o interesse dos países em defenderem os seus interesses.

    O Euro forte e a abertura das fronteiras à China interessa à Alemanha. É fatal para os países como Portugal mas como não somos um estado único a Alemanha fica com os lucros da exportação e Portugal com os custos do subsidio de desemprego.

    Temos portanto uma situação insustentável:

    Não temos alfândegas nem emitimos dinheiro. Estamos portanto sujeitos à boa vontade dos mais ricos de nos passarem um cheque para compensar isto. A Alternativa era fechar um pouco as fronteiras ou baixar o Euro mas isso ia prejudicar os mais ricos.

    E nestas coisas já se sabe que os clientes tem sempre razão e os clientes são forçosamente ricos logo os pobres não tem razão.

    Do ponto de vista de Portugal e muito friamente temos algumas hipóteses :


    Cortar com a UE e com os credores. Fechar fronteiras, emitir moeda própria e virarmo-nos para África. Fazermos o que sempre fizemos que é estar de costas para a Europa.


    Negociar com a UE direitos adquiridos. Convencê-los a pagar a diferença.

    Acabar com a austeridade e diminuir a despesa do estado a níveis suportáveis.


    A única alternativa que me parece viável é a terceira. Assumirmos que Portugal vai ter um nível de vida tipo rep. Checa.

    Cortar 200.000 funcionários públicos.

    Isto claro que vai implicar uma muito menor qualidade no serviço público. O SNS que está ao nível dos melhores da Europa passa a ficar ao nível da Hungria.

    E acabar com a austeridade para que a economia cresça. Baixar impostos.

    Claro que isto vai criar uma nova realidade de pessoas sem assistência médica, mais filas nas finanças, menor qualidade de ensino, etc e etc.

    Os melhores, como sempre vão emigrar, as empresas do centro da Europa vão prosperar e nós vamos continuar como sempre um dos cús da Europa. Ficamos com a vantagem de podermos circular livremente e com algumas estruturas que até nem são más de todo.

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  14. Um estudo interessante que mostra como os evolucionistas procuram usar como prova da evolução a ausência de evolução e a funcionalidade dos genes...

    O que eles observam:

    "By comparing the human genome to the genomes of 34 other mammals, Australian scientists have described an unexpectedly high proportion of functional elements conserved through evolution."

    "Our hypothesis is that structures conserved in RNA are like a common template for regulating gene expression in mammals -- and that this could even be extrapolated to vertebrates and less complex organisms."

    Especulações evolucionistas à parte, tudo isso apenas corrobora que os seres humanos e os mamíferos foram criados por um Criador Comum, que usou um "templates comuns" para a programação de funções idênticas em diferentes géneros...


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  15. Uma nota final :

    A austeridade nem foi mal pensada. Se há dois anos falássemos em Portugal, Espanha ou Grécia de desmantelar o SNS ou despedir massivamente função pública sem indemnização havia uma guerra.

    Depois duma austeridade as pessoas já começam a estar por tudo para sair do buraco.

    Penso que o objectivo foi mais psicológico que econômico.

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  16. Caro perspectiva

    Importa-se de parar com a sua propaganda criacionista para que os outros intervenientes no debate sobre o tema do post possam discuti-lo sem a sua interferência? Por favor.

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    1. Não é propaganda criacionista. São notícias científicas recentes publicamente acessíveis a todos...

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  17. Interessante descoberta de um "novo" sistema de comunicação inter-bactérias...

    Eles observam a existência de:

    "...specific cell-cell communication systems that allow them to detect the presence of others and even to build up cooperative networks."

    O que corrobora inteiramente a ideia bíblica de que a vida foi criada por um Deus autodenominado "Logos" (Razão, Palavra)...

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  18. Uma notícia interessante corrobora inteiramente a ideia de que os músculos são um sistema complexo, irredutível e integrado resultado de criação inteligente...

    O que eles observam:

    "...as muscles bulge, the filaments are drawn apart from each other, the myosin tugs at sharper angles over greater distances, and it's that action that deserves credit for half the change in muscle force scientists have been measuring."

    "...force is generated in multiple directions, not just along the long axis of muscle as everyone thinks, but also in the radial direction,"



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  19. E acha que este pessoal se interessa pelo que publica, caro perspectiva? Parece-me bem que não. Para que os debates sobre religião resultem é necessário renovação de argumentos e/ou protagonistas. Ao fim de um certo tempo, depois de passar a novidade, a discussão esgota-se e passa apenas por uma repetição sem sentido. Não me parece que consiga convencer estes "amigos da ciência" da validade das suas ideias. Nem ligam, se quer que lhe digam. E não é só por ser o colega perspectiva. Fariam o mesmo comigo.

    Os blogs servem para exaltação e glória dos seus autores. Tudo o resto é ineficiente. Parece-me que dá demasiada importância ao Ludwig. Nem ele se tem em tão elevada conta.

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    1. Não se preocupe...

      Contento-me com a função pedagógica de divulgar notícias científicas...

      ...não tenho culpa se elas invariavelmente corroboram o que a Bíblia diz...

      ...também tomo nota da impotência intelectual do Ludwig, que perdeu a pedalada com que começou o debate...

      ...certamente está a ver se encontra alguma notícia que prove a evolução de uma vez por todas, mas está difícil...



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    2. "Parece-me que dá demasiada importância ao Ludwig. Nem ele se tem em tão elevada conta."

      Tenho-o na conta de um académico que se auto-intitula "macaco tagarela"...

      Já que ele expressamente me chamou ao debate, limito-me a aproveitar a oportunidade para ir divulgando notícias científicas à medida que elas aparecem...

      ...como o Ludwig e os seus acólitos são intelectualmente inofensivos posso dar-me a esse luxo à vontade...

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  20. Uma notícia recente sobre uma floresta subaquática recém descoberta (e datada em 52 000 anos) corrobora um dilúvio recente mas suscita algumas perguntas aos evolucionistas...

    O que eles observam sobre as árvores:

    "Scuba divers have discovered a primeval underwater forest off the coast of Alabama."

    Muito bem, o dilúvio e as sequelas locais, explicam isso.

    "The forest contains trees so well-preserved that when they are cut, they still smell like fresh Cypress sap"

    Essa extrema preservação e o cheiro é consistente com um dilúvio recente.

    Mas será consistente com a suposta idade de 52 000 anos?

    Continuaremos a acompanhar com interesse...




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  21. Caro perspectiva

    Não estou e estou preocupado. Essa fixação no Ludwig, esse desejo permente de confronto intelectual, pode ser mal interpretada dado que me parece excessiva. O "mal interpretado" tem a ver com um dabate ao vivo em que ambos estiveram. Fica-se com a sensação que o colega perspectiva possa ter ficado traumatizado. Eu não sei o que se passou, não estive lá.

    Quanto ao resto, o que posso dizer? Olhe, apenas isto: "São cientistas, entendam-se!".

    Abraço

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    1. ...traumatizado com quê?!

      Repare que uso o blogue do Ludwig à vontade, sem ser incomodado por ninguém...

      ...quem quiser ver notícias científicas interpretadas sob uma perspectiva criacionista já sabe onde se dirigir...

      ...quem quiser debater um criacionista também tem essa oportunidade...

      ...o Ludwig tentou a sua sorte e saiu a auto-denominar-se "macaco tagarela" e a dizer que "a chuva cria códigos"...

      ...ele é que dá mostras de grande traumatismo...

      ...eu apenas me limito a ler as notícias que vão saindo e a publicitá-las...



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  22. Um estudo recente mostra a extrema diversidade e complexidade do mundo microbiológico, corroborando a sua criação (super-)inteligente e com função.

    O que eles observam:

    "By employing next generation DNA sequencing of genomes isolated from single cells, great strides are being made in the monumental task of systematically bringing to light and filling in uncharted branches in the bacterial and archaeal tree of life."


    "For almost 20 years now we have been astonished by how little there is known about massive regions of the tree of life."


    "We are talking about probably millions of microbial species that remain to be described"

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  23. O Ludwig dizia que "o DNA não codifica nada".

    Os cientistas, pelo contrário, observam que o DNA codifica mais informação do que os computadores podem processar...

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  24. Um estudo recente corrobora a ideia de que o Universo têm uma estrutura matemática e a nossa mente tem a capacidade para discernir essa estrutura, o que corrobora a criação de ambos por um Deus racional de forma racional.

    O que eles dizem:

    "Nature is clearly giving us hints that the universe is mathematical,"

    "...many mathematicians even feel that they don't invent mathematical structures, "they just discover them -- that these mathematical structures exist independently of humans."

    Para os criacionistas, ambas as afirmações são verdadeiras e deveriam ser óbvias para todos...

    Os cientistas reconhecem que postular a estrutura racional e matemática do Universo é importante para o avanço da ciência:


    "If we really believe that nature is fundamentally mathematical, then we should look for mathematical patterns and regularities when we come across phenomena that we don't understand.

    This problem-solving approach has been at the heart of physics' success for the past 500 years."

    Voilá!

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  25. António Parente,

    «Qual é a alternativa à actual política de austeridade?»

    O problema não se resolve sem uma restruturação profunda do sistema bancário privado, e do papel do BCE e dos bancos centrais dos Estados. Em vez de restruturarem a função pública, deviam restruturar a banca.

    Mas, entretanto, em vez da política de austeridade que tenta diminuir o valor nominal dos salários em vários países aumentando o desemprego, com a consequente recessão, o que deviam fazer era aumentar 30% os salários de todos os trabalhadores alemães, inicialmente com subsídios (ou obras públicas) estatais alemães pagos com empréstimos do BCE. Isso tinha o mesmo efeito de nivelar a competitividade mas promovendo o crescimento económico na Europa e sem a miséria toda que a austeridade acarreta.

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  26. Até sobre a austeridade Génesis nos pode ensinar.

    Veja-se o sugestivo artigo há uns meses publicando nos Estados Unidos sobre o destino da fé keynesiana e a moral económica contra-cíclica de José do Egipto...




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  27. Ludwig Krippahl

    Em resumo: queres que tudo se reestruture no sentido de manter o status quo da função pública. Reparo que não falaste do "estado social", nem sequer "estado". Apenas "função pública". Está tudo dito. Não tenho mais nada a acrescentar.

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  28. Vai ser muito difícil, senão impossível, convencer os mais ricos a pagarem o nosso estado social.

    Eles tem problemas de desemprego e recessão.

    E iamos ter os do leste à pega.

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  29. António Parente,

    O meu comentário não tinha nada que ver com a função pública. Experimenta relê-lo, mas desta vez interpretando a expressão "todos os trabalhadores alemães" como querendo dizer todos os trabalhadores alemães.

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    1. Ludwig Krippahl,

      O meu comentário referia-se ao teu primeiro parágrafo. Quanto ao resto, tens de convencer o eleitorado alemão a mandar embora a sra. Merkel e a substituí-la por alguém com ideias contrárias. Sem isso, a tua alternativa não é alternativa.

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  30. Sousa,

    «Vai ser muito difícil, senão impossível, convencer os mais ricos a pagarem o nosso estado social.»

    Esse é talvez o problema principal da economia, desde sempre.

    Sem estado social, redistribuição, justiça, etc, o capitalismo desmorona-se. Por isso os ricos têm mesmo de pagar para poderem continuar a ser ricos. Quando a moeda de troca passa a ser a catana e a AK-47 os ricos lixam-se. Mas os ricos têm mais poder e podem decidir não pagar, daí o dilema.

    A solução que os ricos arranjaram foi emprestar ao Estado o dinheiro que o Estado precisa para proteger os ricos e apaziguar os pobres, com a intenção de depois reaverem o dinheiro pondo o Estado a cobrar dos pobres o dinheiro que precisou para os manter na linha. Infelizmente, é fácil ver que isto não funciona. Durante a fase de endividamento as coisas vão-se escapando, mas se forçam muito a austeridade o sistema estoira.

    Daí a importância de todos perceberem que os ricos têm urgentemente de pagar o que é preciso para manter estável a sociedade que permite que eles sejam ricos – restruturando dívidas, perdoando juros, pagando os impostos que for preciso – antes que a ganância deite tudo a perder.

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  31. António Parente,

    Por função pública quis dizer «o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais) que asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e o bem estar das populações.» (wikipedia). Isso inclui tudo o que mencionaste, e não se limita aos ordenados e subsídios de férias dos funcionários públicos. A função pública é, basicamente, a função do Estado. É tudo o que o Estado faz. Não foi isso a causa da crise e não é restruturando o que o Estado faz que se resolve esta crise ou previne novas do mesmo tipo.

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    1. Ludwig Krippahl,

      A definição que foste buscar é de "Administração Pública" e não de "função pública" mas adiante.

      O problema que temos é a acumulação de um stock de dívida pública que nos obriga a pagar 8 mil milhões de euros anualmente e um défice permanente - diferença entre despesas e receitas do Estado - que vai fazendo com que essa dívida vá crescendo todos os anos entre 5 mil e 10 mil milhões de euros.

      Para resolvermos o problema e recuperarmos a nossa independência dos credores só temos uma solução: começar a amortizar a dívida o que implica orçamentos equilibrados e/ou mesmo excedentários. Isto está escrito no memorando da troika assinado por José Sócrates e é (era?) para ser cumprido a partir de 2015 e demora mais de duas décadas até atingirmos um nível de dívida aceitável.

      Como é que chegámos até aqui? Podes procurar os bodes expiatórios que entenderes se isso te consola mas as coisas são muito simples: o Estado não pode viver permanentemente em défice e acumulação de dívida, ainda mais quando já não podemos emitir moeda (se emitissemos moeda mais cedo ou mais tarde tínhamos outros problemas como sucedeu em 1983). Tivémos a ilusão, com a entrada no euro, de que a capacidade de financiamento era infinita mas aprendemos amargamente que não é assim.

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  32. Mais um estudo científico a demonstrar que o desenvolvimento de tumores é um exemplo de degradação das instruções genéticas, neste caso através da sua indevida repetição, o que liga as mutações à "evolução" de doenças e não à hipotética evolução de seres vivos...


    Um estudo recém publicado sugere a existência de uma relação entre a física quântica e a teoria dos jogos, o que corrobora a criação racional do Universo e torna-se ainda mais interessante se pensarmos num estudo muito interessante sobre a teoria dos jogos e a Bíblia, com especial relevo para o livro de Génesis...

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  33. **off topic**

    Não estou a conseguir enviar comentários. O meu procedimento é o do costume: escrevo as minhas coisinhas na caixa de comentários, selecciono "conta do Google", carrego em "Publicar", mas em vez de me aparecer o captcha para preencher, o meu comentário desaparece. E mais nada.

    Mais alguém está com este problema?
    Por VPN parece que já dá...

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  34. Ludwig:

    Não se trata de acabar com o estado social.

    Nós tivemos no pós 25 Abril e especialmente depois da adesão à então CEE um progresso notável.

    Os progressos no ensino, saúde, estradas, apoios sociais é inegável.

    O problema é o do costume na economia : manteiga ou canhões.


    Os nossos hospitais e universidades são iguais aos melhores. isto para nem falar dos IPO´s. Os nossos funcionários públicos estão bem formados e os serviços eficientes.

    O problema é o custo desta tralha toda. Como disse o Selassié do FMI não podemos ter serviços públicos como os países nórdicos com o nosso PIB por habitante.

    Temos duas soluções à nossa frente:

    Manter o estado social como está continuando a pedir emprestado a diferença entre os rendimentos do estado e o seu custo . É bom de ver que vamos acabar por destruir o estado social e aí é que vamos andar de AK 47 e catanas....

    Ou ajustar os custos do estado social às receitas do estado e à medida que as receitas aumentam aumenta-se o estado social.

    Este ajustamento é que vai ser muito doloroso. As repartições de finanças que tem agora um atendimento ao nível - mesmo melhor que na Alemanha - vão começar a ter filas, os hospitais com mau atendimento e por aí fora.

    Claro que é triste que assim seja mas não se fazem omeletes sem ovos....


    Bom seria que a UE voltasse à convergência e que a segurança social, finanças e sistema de saúde fossem da união dando iguais condições a todos. Fazendo-se a distribuição de riqueza das regiões mais ricas para as mais pobres.

    O problema é que neste momento, com o tamanho dos países mais pobres, isso iria implicar uma diminuição enorme nos países mais ricos. E os primeiros a dizerem nem pensar seria o U.K.

    O ajustamento que vamos ter de fazer pode é ter consequências sociais imprevisíveis. As pessoas vão-se sentir traídas pelos partidos que o fizerem. Vão puni-los nas urnas. Quando vierem os outros vão fazer o mesmo e a desconfiança será total.

    A ver vamos, como diria o ceguinho, mas a coisa está complicada.

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  35. Sousa da Ponte,

    Essa análise não está muito correcta. O estado em Portugal não custava, nem de perto, o mesmo que nos países mais desenvolvidos. Na verdade, em proporção do seu Pib, o estado em Portugal tinha um custo inferior à média europeia (em proporção do pib, nota - não em valor absoluto), e isto mesmo com todo os erros, desperdício e corrupção.

    Na verdade é um equívoco comum pensar que esta crise surgiu porque os estados se endividaram em demasia. Não é o caso. Em Portugal, o défice estava a atingir valores historicamente baixos antes da crise do subprime, mas ainda se pode dizer que a dívida ia subindo (não ultrapassando (face ao pib), no entanto, as médias europeias). Mas na Irlanda e Espanha eram dos países com dívida pública mais baixa da UE, e iam diminuindo esta dívida de ano para ano. Na verdade se somares a dívida pública dos PIIGS todos, ela ia diminuindo de ano para ano ao longo de 10 anos (!!!) até chegar a 2008. Claramente não foi a dívida pública a causar esta crise. Nem pensar. Isso é o que os banqueiros querem que as pessoas pensem, e por isso é que tantas pessoas acreditam nesta versão.

    Tem sido usado muito dinheiro para condicionar o debate político e a percepção do público sobre este problema (ver exemplo: http://msnbcmedia.msn.com/i/msnbc/sections/news/CLGF-msnbc.pdf).


    Esta crise surge porque legislação que protegia o sistema financeiro limitando os riscos e os lucros de muitos gestores foi suprimida - e inevitavelmente voltaram as crises que existiam antes dessa legislação. E essas crises custaram milhões, e os banqueiros e gestores não quiseram pagar a conta.

    Warren Buffet, um indivíduo bastante decente, fez uma análise que me parece correcta: «existe uma guerra de classes, e a minha classe está a ganhá-la».

    O problema não é o estado social "excessivo" ou o endividamento. É a tal guerra de classes, alimentada pela ganância. O Ludwig acertou em cheio na análise que o teu comentário procurou desmentir.

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  36. «Na verdade é um equívoco comum pensar que esta crise surgiu porque os estados se endividaram em demasia.»

    João Vasco,

    Continuas portanto a insistir nessa verificação... Já nem peço que consideres a «dívida ajustada à tinta invisível» para fazeres essas comparações com a média europeia. Mas é urgente perceberes que a «a tal guerra de classes, alimentada pela ganância», além de não ser uma novidade por aí além, tornou a tua verificação obsoleta.

    Não há alternativas à austeridade. O que temos são austeridades alternativas, e devemos deixar-nos de conversa fiada e começar a assentar compromissos urgentemente. Quais as rubricas da despesa que vão deixar de ter lugar no orçamento de tinta invisível? É preciso clarificar.

    Sobretudo antes de novas eleições, porque o último génio do PS que nos governou, no dia anterior a fugir do país andava a vender-nos um TGV (com o sábio argumento de que «não fazer nada para dinamizar a economia é mau, e o contrário de não fazer nada é fazer um TGV»). Isto depois de muitas auto-estradas e de nacionalizar o BPN dado o «risco de contágio» que teria a falência de um banco com 2% de mercado.

    E já agora um exercício muito simples:

    hoje temos uma espécie de ministro que proibiu a aterragem de um avião presidencial violando impunemente o direito internacional. Por pura reverência a interesses contrários aos da totalidade da população. Agora diz-me: o que teria feito um ministro do PS (do género daquele dos voos da CIA)?

    A mim parece-me que toda a semântica da «viabilidade» das alternativas, que desfiavas lá para cima, está caída no buraco político da impunidade. E esse discurso anti-austeridade com que reivindicas uma espécie de reposição dos termos da democracia, além de ser absurdo dadas as circunstâncias, tem o único efeito de cavar ainda mais um bocadinho. Porque das duas uma:

    i) ou queremos um movimento pendular de cabeçadas na parede, esperando pela próxima cabeçada depois de um haircut da dívida; e daqui a cinco anos estás a citar novamente os grandes pensadores da actualidade como Warren Buffet;

    ii) ou queremos acabar com a corrupção e impunidade que nos expuseram desta forma a um problema que, já por si, seria suficientemente grave. E depois depois de controlar a despesa e civilizar a contabilidade, logo nos falavas em comparações com a média europeia.

    O resto é o canto do cisne.

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    1. Já não há paciência para a tua atitude de procurares em mim um advogado de defesa do PS. Eu sei, eu sei, discutir com malta que dá a cara pelo PS é mau, porque eles têm opiniões diferentes das tuas e depois ambas as partes amuam. É mais fácil ir discutir os méritos do PS com o João Vasco, que não votou nesse partido nas últimas eleições e com toda a probabilidade não votará nas próximas.

      Mas com a tua teoria de que existiu um endividamento excessivo (que os factos contrariam) espero que a tua crítica ao PS seja no sentido de votares num partido sem assento parlamentar.
      É que partidos como o BE e a CDU criticavam o PS pela "obsessão com o défice" na altura em que batíamos recordes pelo défice mais reduzido (antes da crise do subprime estoirar em 2008). Ou bem que não existia um endividamento excessivo (os dados mostram que não) e a posição do BE e CDU era defensável, ou bem que a direita tem razão e essa era uma posição altamente irresponsável, de uma demagogia própria de quem não quer nem deve nunca assumir o poder.

      O que é que te parece? Esses partidos eram altamente irresponsáveis quando alegavam que ter défices reduzidos não devia ser uma prioridade fundamental?


      PS- Quanto à questão do avião do Morales, isso conseguiu fazer o Portas descer ainda mais na minha consideração, feito que me parecia impossível.
      A decisão tomada foi asquerosa a tantos níveis diferentes, que difícil é contá-los.

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    2. Deixa-me acrescentar que a escolha que i) e ii) que colocas parece-me um disparate tremendo, pois nenhuma delas obsta à outra.
      Tenho tentado fazer por divulgar uma série de propostas da TIAC (a que pertenço) para seguir pela via ii). Mas isso nada obsta a que se procure formas de lidar com a dívida que melhor sirvam o interesse de Portugal e da Europa em vez do interesse dos bancos, que é o status quo.

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    3. TIAC = Transparência e Integridade Associação Civica?

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  37. Ludwig,

    Não creio que possas fazer grande coisa, mas informo-te que continuo com um problema absolutamente inédito no acesso aos comentários.

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  38. Estimados:

    Mais uma notícia científica interessante que sobre as semelhanças entre as ligações neuronais do ser humano e das aves, o é estranho para os evolucionistas, porque não existem relações evolutivas próximas, mas não é de estranhar, do ponto de vista bíblico, já que são o produto de um Criador comum.

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  39. Estimados:

    Apesar de os evolucionistas acreditarem (sem qualquer evidência!) que as mutações transformam sapos em príncipes ao longo de milhões de anos, todos os dias os estudos científicos ligam as mutações à deterioração de informação genética, causando doenças, por vezes legais, tão diversas como deficiências urinárias congénitas, esquizofrenia ou os vários tipos demelanoma, só para dar três exemplos publicados hoje...

    Como todos os dias se pode observar, as mutações são evidência de corrupção, como a Bíblia ensina, e não de evolução, como os evolucionistas pensam...

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  40. Uma pergunta para os evolucionistas.

    O primeiro fóssil de estegossauro foi encontrado por Othniel Charles Marsh em 1877 no estado americano do Colorado.

    Desde então muitos outros fósseis deste dinossauro foram encontrados, o que leva os estudiosos a crer que havia uma grande população de estegossauros no fim do período Jurássico, adoptando a cronologia uniformitarista e evolucionista.

    Mas se esta cronologia for correcta, como explicar as imagens de estegossauros esculpidas em templos budistas do Cambodja construídos muitos séculos antes
    da descoberta dos fósseis e da reconstituição científica desta espécie de dinossauros?

    A explicação bíblica, da criação recente de seres humanos e dinossauros e do dilúvio global explica bem os fósseis e as imagens esculpidas nos templos do Cambodja...







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  41. João Vasco,

    «discutir com malta que dá a cara pelo PS é mau, porque eles têm opiniões diferentes das tuas e depois ambas as partes amuam.»

    Não sei o que queres dizer com “dar a cara pelo PS” mas, conforme já te expliquei, o meu código de conduta e a minha respeitabilidade impedem-me de estabelecer intimidades com as putas do regime. Ou, se preferires, não espero nada de um mentecapto que abdique da honestidade intelectual em benefício de um vínculo partidário a não ser litigância de má fé. Mas a tua observação é desadequada, porque se houve vezes em que te notei um magnetismo suspeito em direcção à fórmula zoocialista, desta vez falei-te no PS apenas porque me pareceu que estavas a debater a “viabilidade das alternativas” à austeridade.

    Recapitulando. Só procurei apontar-te que a impunidade é o maior cemitério de alternativas. E acrescentei que o discurso anti-austeridade não faz mais do que tornar-se ridículo diante da falência eminente em que vivemos, ao mesmo tempo que preserva das consequências devidas aqueles que nos roubam as alternativas, tal como nos roubam o erário público.

    «Esses partidos [CDU e BE] eram altamente irresponsáveis quando alegavam que ter défices reduzidos não devia ser uma prioridade fundamental?»

    Provavelmente sim, por causa de uma subtileza. O défice é um indicador diferente da despesa pública, muitas vezes confundidos na retórica anti-austeridade. Não sabemos qual é exactamente o nível de défice que uma economia tolera sem perder sangue, até porque a saúde de uma economia é uma contingência alimentada por muitas variáveis que ganham importâncias diferentes de país para país. Por isso é bastante mais rigoroso falar em despesa, porque tudo o que seja despesa estúpida é despesa a mais. E tanto a CDU como o BE estão à altura de o perceber.

    Só para reforçar este ponto. Quando dizes que

    «nada obsta a que se procure formas de lidar com a dívida que melhor sirvam o interesse de Portugal e da Europa em vez do interesse dos bancos, que é o status quo.»

    estás também a clamar pelo fim da impunidade, e o discurso anti-austeridade é o teu pior inimigo por mais que chames palhaço ao Cavaco.

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    1. «impedem-me de estabelecer intimidades com as putas do regime»
      Isto é um problema. Se consideras que cerca de 70% do eleitorado está nessa categoria, as possibilidades de diálogo um pouco mais alargado são muito limitadas...
      Mas este é o problema dos partidos à esquerda do PS - em vez de tentarem persuadirem os outros, tentam dirigir os seus esforços de persuasão aqueles que já concordam "a priori" com eles, desistindo dos restantes porque "não vale a pena".
      Está na altura de se perguntarem porque raio é que não passam da cepa torta nas sondagens...

      «Provavelmente sim,»
      Bom, aqui és consistente. Nesse caso, nada a dizer.

      «estás também a clamar pelo fim da impunidade, e o discurso anti-austeridade é o teu pior inimigo»

      Só que não.
      Vejamos: as causas desta crise NÃO foram o endividamento excessivo. Mas é evidente, que se a corrupção e o desperdício são graves quaisquer que sejam as circunstâncias, mais graves se tornam em circunstâncias de crise.
      É por isso que existem condições políticas históricas para atacar este problema, que muito infelizmente não estão a ser aproveitadas por nenhum partido.
      Mas o discurso anti-austeridade (por isto refiro-me a fazer recair os custos da crise também no sector financeiro que a causou) não obsta a um discurso anti-corrupção. A crise não é tão pequenina que uma das soluções a resolva sozinha. É necessário atacar ambas as frentes.

      «Mas ainda não me esqueci do teu prognóstico em relação ao útimo programa eleitoral do BE (e vou citar de memória): "contém muito desemprego oculto" :)»

      Não me lembro desse prognóstico, nem sei ao certo o que referes.
      Mas não escondi e ficou registado o que pensava sobre um voto no BE nas últimas legislativas:

      http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2011/04/porque-pretendo-votar-be.html

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  42. «Já não há paciência para a tua atitude de procurares em mim um advogado de defesa do PS»

    Como disse, não foi o caso. Mas ainda não me esqueci do teu prognóstico em relação ao útimo programa eleitoral do BE (e vou citar de memória): "contém muito desemprego oculto" :)

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  43. Já agora, João Vasco, só por curiosidade, pode dar-me a sua visão de como o sector financeiro originou a actual crise da dívida pública portuguesa? Não vou comentar a sua visão sobre origens da crise nem rebater os seus argumentos, apenas pretendo conhecer com mais detalhe o que pensa. Se tiver escrito noutros blogues o que pedi, basta indicar os links.

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  44. Por acaso já escrevi sim, mas não me lembro dos links.

    Em primeiro lugar, importa lembrar que o sector financeiro causou uma crise EUROPEIA e MUNDIAL. Portugal está longe de ser o único país afectado por essa crise.

    Em segundo lugar importa lembrar que quando há mecanismos retroactivos um pequeno "trigger" permite ciclos viciosos. No caso dos títulos de dívidas públicas existe o ciclo "mais juros->mais dificuldade de pagar->mais risco->mais juros".

    Estes ciclos são agravados pela possibilidade que existe de fazer "short selling" e "naked short selling". A quantidade de dinheiro e transacções que circulam nos paraísos fiscais, a total desregulamentação financeira a que assistimos nas últimas décadas que o permite, asseguram que muito dinheiro pode ser usado neste tipo de operações.

    Enquanto na "bolha" típica é possível ganhar dinheiro comprando a um valor superior ao valor real (porque se cria a convicção de que a subida é uma tendência de fundo imparável), este tipo de operações permite fazer o análogo, mas para baixo: ganhar dinheiro vendendo (o que ainda não se tem) a um preço inferior ao valor real (porque se cria a convicção de que a descida é uma tendência de fundo imparável).

    Assim, quem tem muito dinheiro pode destruir uma empresa perfeitamente saudável (com bons "fundamentais") desta forma: vende muitas acções que não tem, tantas que cria um pânico que se auto-alimenta. Quando tiver de pagar as acções que vendeu, elas valem muito menos do que aquilo que recebeu inicialmente.

    Na Europa as operações de "naked short selling" são ilegais - precisamente para evitar este tipo de especulação destruidora. Mas a economia é um sistema de vasos comunicantes: por causa da desregulamentação financeira que permite que tanto dinheiro circule nos paraísos fiscais, esta proibição acaba por ter pouco impacto: estas operações acabam por condicionar o mercado, e fazer com que certos operadores possam fazer dinheiro desta forma, com economias de menor dimensão.

    Claro que Portugal estava na zona euro, e supostamente protegido deste tipo de "ataques" pelo grau de solidariedade que as maiores instituições financeiras assumiam existir na zona euro (até porque era a justa contrapartida por outros benefícios que outros ganharam com a moeda única), e portanto este fenómeno seguiu-se à surpreendente resposta alemã ao que se passou na Grécia. Aliás, os "saltos" nos juros mostram exactamente isso: algo de surpreendente aconteceu na Europa.

    De qualquer forma, além de todas estas questões devidas à desregulamentação financeira, a crise do subprime em concreto levou a uma depressão na economia global, que afectou as nossas exportações (e não só), os riscos associados ao nossos sistema financeiro (por isso é que existiu uma quase-unanimidade entre os partidos face ao resgate do BPN, esse enorme erro), e os estabilizadores automáticos (via subsídios de desemprego, etc..), que resultou num aumento muito grande do défice (que tinha, antes da crise de 2008, atingido um valor particularmente reduzido).

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  45. Esqueci-me de referir, mas as menores limitações à alavancagem no sector financeiro (menor regulamentação) também permitiram o uso de maiores recursos para as actividades especulativas mencionadas.
    Isto já sem falar nas leis que reduziram as exigências quanto à transparência das operações.

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    1. Ainda sobre este assunto:

      https://www.youtube.com/watch?v=nTWfa-iO9Nc

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  46. Muito obrigado, João Vasco, pela paciência que teve em responder ao meu pedido.

    Cumprimentos,

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  47. João Vaso,

    O que é preciso para ser membro do TIAC? Estou a viver no Luxemburgo mas gostava de colaborar. Porque estou longe, é-me complicado tornar-me membro indo fisicamente falar com alguém e através da net, parece-me que é necessário ser convidado por dois membros. Sabes dizer-me de que forma poderei ser membro?

    Obrigado.

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    1. Olá Pedro,

      A questão dos dois membros surgiu para a TIAC se proteger da instrumentalização por parte de partidos (ou outros grupos) quando ainda era uma associação muito pequena (cerca de 40 membros).
      Hoje já é mais difícil um partido ou outro grupo "tomar controlo" de uma associação com centenas de sócios e um funcionamento democrático, mas as regras de entrada ainda se mantêm (embora estejam a pensar em alterá-las para facilitar a entrada).

      De qualquer forma, escreve para o meu email: jvgama arroba o-do-costume-com-G sobre esse assunto, sff.

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  48. Bruce Lóse,

    Relativamente às dificuldades em comentar aqui no blog, aconteceu-me o mesmo. Não sei a razão disto mas resolvi, ou melhor, contornei o problema usando outro browser (não funciona no Safari mas o Firefox está a funcionar).

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  49. Estimados:

    Um estudo liga uma mutação à obsesidade, o que mostra, mais uma vez, que as mutações apenas degradam informação genética pré-existente, nada tendo que ver com a suposta evolução...

    Na verdade, até os ratos ou as varejeiras têm memória!

    Nada disso prova a evolução. Tudo isso corrobora um Criador comum, que cria estruturas e funções semelhantes mesmo em seres vivos sem proximidade evolutiva...

    Por falar em evolução, alguns cientistas dizem que os chimpanzés e os organgutangos conseguem lembrar o passado distante, mas, longe de ter implicações evolutivas, também isso apenas significa que chimpanzés, orangotangos e cientistas são contemporâneos e foram criados com algumas capacidades idênticas por um Criador comum!



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  50. Estimados:

    Voltando ao problema da memória.

    Um estudo hoje publicado diz que chimpanzés e orangotangos conseguem recordar eventos passados, assinalando a sua semelhança com os seres humanos.

    Os autores do estudo provavelmente pensaram que isso por si só prova a evolução.

    Mas a verdade é que a memória existe em seres vivos muito diferentes entre si e sem proximidade evolutiva, como os ratos, ou os cães
    ou mesmo as varejeiras...

    Isso significa que a explicação mais razoável é a existência de um Criador comum que programou essa função no genoma dos vários seres vivos, mesmo muito diversos entre si...

    Como podem observar, em momento algum os criacionistas negam a evidência científica (ela é exactamente a mesma para evolucionistas e criacionistas!)

    Apenas a colocam sob uma perspectiva factual, lógica, biológica e teologicamente correta.

    Quando adoptamos essa perspectiva correcta, todos os dias encontramos factos que corroboram a Criação.

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  51. João Vasco,

    «este é o problema dos partidos à esquerda do PS - em vez de tentarem persuadirem os outros, tentam dirigir os seus esforços de persuasão aqueles que já concordam "a priori" com eles, desistindo dos restantes porque "não vale a pena".»

    Isto é importante. Se o problema que apontas fosse realmente dos partidos à esquerda do PS, não eram precisas «coligações» para nada. Infelizmente esse problema é clássico e transversal nas democracias incipientes como a nossa, onde o poder é um objectivo muito mais do que uma responsabilidade. Mas muito mais importante do que este problema é a tua confusão, que já notei várias vezes, entre o que acontece nos partidos

    (Partidos: um mal necessário da organização democrática, em que ao longo do tempo e por vários motivos o espírito sectário substitui a razão, com ganhos elevados na praticabilidade do sistema parlamentar)

    e o que acontece ente os eleitores

    (Eleitores: base da democracia que se faz representar pelos partidos, na condição de não cair no mesmo erro de trocar os miolos pela conveniência da filiação e da subordinação à seita)

    Denuncias esta tua confusão no momento em que me falas nas pessoas que «dão a cara pelo PS», sem notares que te referes a um estado trágico e palerma da opinião pública. A mim não me interessa nada discutir politica com essas pessoas, interessa-me mito mais evitar que caiam na confusão que te aponto... Apesar da abstenção massiva na generalidade das eleições em Portugal, penso que temos uma população demasiado politizada (no sentido trágico que referi) mas sem qualquer cultura política. Infelizmente não se resolve isto numa blogosfera enxameada de cheerleaders (que em todo o caso prefiro designar como putas do regime), é um problema que pede muito ao sistema como um todo.


    NOTA -
    para não mistificares mais a «perseguição» que gosto de fazer aos teres pareceres políticos, a razão é esta: pareces-me o caso bizarro de alguém ligeiramente deformado por sectarismo (que confirmo por exemplo no teu afã associativista) mas que não abdica da racionalidade nem do rigor na hora de arrumar ideias. Se não me levas a mal, sinto que estou a vender o meu peixe na porta certa ;)

    NOTA 2 -
    não sei se concordo com a tua tese de que o short-selling criou uma pressão na dívida portuguesa mais abrasiva do que a interferência dos media internacionais. De qualquer forma o que descreves não representa exactamente uma «crise do sistema bancário», mas um filão aberto aos mercados pela política e pelos políticos (até sabemos o nome de alguns) que lamentam não poder fazer nada mas juntam-se no casino a jantar à mesa do patrão.

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  52. Pedro Ferreira,

    Obrigado pela informação. No meu caso já experimentei três browsers e o problema persiste :(
    Só consigo comentar através de um servidor noutra região.

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