A estranha democracia d’el Rei, parte II.
Um post da Abobrinha (1) motivou-me a ler a entrevista que o Sr. Duarte Pio deu ao Público (2). «Tive várias oportunidades de trabalho, mas não aceitei, porque, na minha condição, não poderia ser empregado de ninguém.» Numa sociedade democrata e igualitária não queremos que tenham que trabalhar pessoas em certas condições. As crianças, os idosos, as grávidas, os inválidos e os que julgam ser mais que os outros. E o Sr. Duarte é muito mais que os outros:
«Quando estou numa monarquia árabe sou descendente do profeta Maomé. [...] Mas quando estou em Israel digo que o D. Afonso Henriques era descendente do Rei David.»
Costumamos julgar o mérito de cada um pelo que é e pelo que faz em vez de por quem terá sido o seu treta-avô. Mas o caso do Sr. Duarte é diferente porque foi Deus quem o enviou. Mas por intermédio do povo, que o Sr. Duarte não é pretensioso.
«(Público)- Mas sente essa obrigação [de se dedicar a Portugal] em relação a quem? Aos seus antepassados?
D. Duarte- Acho que é em relação a Deus. Se nasci numa determinada família, tenho perante Deus a obrigação…
(Público)- O poder dos reis vem de Deus?
D. Duarte- [...] todo o poder tem origem em Deus, mas chega-nos através do povo, não é arbitrário. O povo é que delega no rei o poder.»
Deus passa o poder ao povo. O povo dribla, avança com o poder, o rei desmarca-se, o povo passa e... graaaaaaande aclamação.
Mais a sério, a monarquia incomoda-me. Não apenas pelo absurdo de achar que se é especial por ter 1/10,000,000,000 dos genes do Afonso Henriques ou pertencer a famílias onde o casamento consanguíneo é a norma. Isto destoa numa democracia mas não é grave por si. O que me incomoda mais na monarquice portuguesa é o provincialismo. «[P]orque ser monárquico é também defender Portugal acima de todos os interesses»(3). Não vejo que interesses poderá ter Portugal para além dos interesses dos portugueses. Nem me parece razoável defender os interesses dos portugueses acima de todos os outros. Afinal, os estrangeiros também são gente.
Os monárquicos são obcecados pela “Pátria”, um conceito anacrónico e arbitrário. Da revolução agrícola no neolítico até ao fim do feudalismo a pátria era facilmente definida pela geografia. Nos tempos dos reis o território era a riqueza da nobreza e os camponeses faziam parte do território. Tipo electrodomésticos mas com menos regalias. Com a evolução dos transportes, das comunicações e da mentalidade é mais difícil defender que as margens de cá do Guadiana e do Minho são muito melhores que as margens de lá. Até porque os espanhóis parecem cuidar melhor da parte deles. A Pátria passou a ser mais histórica e cultural do que geográfica.
Mas a Pátria histórica é tão arbitrária como a geográfica. Em vez de traçarem a linha no chão traçam-na na batalha de São Mamede. A partir daí, descontando umas tricas dos espanhóis, parece haver uma Pátria. Mas só porque descontámos também os mouros, os visigodos, os romanos, os lusitanos e uma data de gente até aos neandertais como os da Gruta da Oliveira, vítimas dos imigrantes africanos cro-magnon dos quais todos descendemos.
E a Pátria cultural é a que faz menos sentido e é mais perigosa. Claro que se deve preservar a cultura desta região e destes últimos séculos. Mas também se deve preservar a cultura anterior a 1128, a cultura de outras regiões, e abraçar a cultura de agora em toda a sua riqueza, diversidade e globalização. Circunscrever um pedaço e defendê-lo «acima de todos os interesses» e um disparate provinciano, xenófobo e que discrimina os portugueses cuja pátria cultural não inclua a tourada, procissões da nossa senhora de não sei onde e a sua alteza do que quer que seja.
1- Abobrinha, Prémio persistência
2- O Jornal, Entrevista de SAR o Senhor Dom Duarte ao Jornal “Público”
3- O Jornal, Mensagem de SAR Dom Duarte de Bragança, 1 de Dezembro de 2008
Epá!
ResponderEliminarSão temas que não costumas abordar aqui, isto vai-se tornando cada vez mais diverso.
Infelizmente não vai haver discussão pela minha parte, porque não podia concordar mais.
Só aproveito para chamar à atenção que muito antes da revolução tecnológica que dizes que veio tornar mais obsoletos os conceitos que criticas já Sócrates dizia:
ResponderEliminar«Não sou Ateniense nem Grego, mas sim um cidadão do mundo»
É como me sinto.
Sou português, claro. Mas isso é uma divisão administrativa.
Posso defender o patriotismo se isso quiser dizer ser um cidadão participante na vida democrática, não fugir aos impostos nem praticar crimes, e tal...
Se é achar que os interesses nacionais valem mais que os outros, prefiro mandar o patriotismo às ortigas.
Ludwig,
ResponderEliminarA monarquia poderia ser útil quando era difícil realizar eleições, e a sucessão garantia que a população conhecia quem os governaria caso o rei morresse.
Hoje em dia não é o caso. E como modelo deixa muito a desejar, pois nem sequer patriótico é. Olha o caso dos ingleses que foram governados por saxões (alemães), que eles odiavam de morte, só porque "aquilo" se casou com a descendência da monarquia inglesa no momento certo.
Supostamente, o nosso verdadeiro sucessor ao trono é um Italiano que vive de esquemas.
Não consigo imaginar nada mais patriótico que ser governado por um estrangeiro! :-)
Ludwig
ResponderEliminarAntes de mais, reparei com satisfação (e nem esperava outra coisa) que usaste, como eu, a designação "Sr. Duarte Pio". É que aborrece-me que a comunicação social use D. Duarte Pio, porque é uma designação que eu não reconheço e mais grave que chamar engenheiro a quem não o é.
Gostei da discussão do que é ser patriota. É uma discussão que se tem em alturas de patriotismo inflamado. Diz-se que os portugueses são mais patriotas em campeonatos de futebol e outras competições desportivas. E sabes que mais? É mesmo! E faz sentido? Estranhamente, sim! Porque são excelentes pretextos para debater os tais símbolos e a tal portugalidade: inclusão ou não de nascidos no Brasil na selecção que representa os portugueses, celebrar as vitórias e derrotas de nascidos na Costa do Marfim ou na Nigéria.
Antigamente uma guerra era o motivo para demonstrar patriotismo. Hoje em dia o desporto ter-se-á transformado no substituto? Talvez! E na volta, com vantagem! Ou talvez só um bom pretexto para falar desses assunto.
Ludwig,
ResponderEliminarSe calhar já poucos se lembram do presidente Sampaio a choramingar pela honorabilidade dos órgãos de soberania injustiçada às mãos de um povo de juízo precipitado. Mas se me falas em pátria e em touradas, eu recordo o eixo Sampaio - Durão Barroso que tanto fizeram por ambas. Recordo também a exposição tauromáquica no Parlamento Europeu, organizada por uma associação espanhola de defesa da festa brava, nos dias 4 e 5 de Junho deste ano, acolitada pelo sempiterno Vasco Graça Moura. Foi tudo tão bom que o rojoneador (?) luso-espanhol Diego Ventura cortou quatro orelhas e saiu em ombros.
É só para sublinhar que a defesa do plural asqueroso da "pátria cultural" não é apanágio deste tipo de pessoas.
Bruce,
ResponderEliminar«É só para sublinhar que a defesa do plural asqueroso da "pátria cultural" não é apanágio deste tipo de pessoas.»
Sim, é um truque frequente das mais diversas politiquices.
Era giro ver o que eles achavam se alguém propusesse a pátria lisboeta. Afinal, Lisboa foi fundada quase dois milénios e meio antes de haver Portugal. Se é pelo percurso histórico e essas tretas, se calhar a minha pátria devia ser Lisboa, e eu devia defender os interesses lisboetas acima de tudo. Ao contrário d'el Rei, que nasceu na Suíça, eu nasci em São Sebastião da Pedreira, a pouco mais e um quilómetro de onde os fenícios fundaram a minha pátria.
Viva Lisboa! Viva a independência lisboeta! Abaixo a estrangeirada suíça de Bragança que não tem nada que vir aqui meter o bedelho!
Porque, vendo bem, essa coisa de "países" é uma modernice disparatada. O que queremos é cidades-estado. Se serviu em Ur, Chatal Hyuk e Atenas, por que raio havemos nós de andar com estas tretas dos países? "Só porque não vivemos no neolítico" parece-me uma desculpa esfarrapada para desrespeitar a Tradição e a Herança Histórica do nosso Povo Lisboeta.
ResponderEliminarLudwig,
ResponderEliminarNasci no Ribatejo mas defendo Lisboa como País, com uma condição: sempre que houver redistribuição dos impostos, o Ribatejo pertencerá a esse País.
Mas para a distribuição dos fundos estruturais da UE, aceito perfeitamente não fazer parte do País Lisboa. :)
Ludwig, estás a entrar em território complicado. Sinto isso. Penso muitas vezes nesta questão das fronteiras, dos limites administrativos, e o que querem realmente dizer. Acho demasiado blazé da tua parte escarnar o papel das fronteiras, da pátria e das nações em geral, sem antes fazer uma introspecção muito mais desenvolvida daquilo que se está a discutir.
ResponderEliminarParece-me que só tens o privilégio de ter esta atitude por vivermos num país dentro da UE onde para lá da fronteira existe um país com uma ideologia muito parecida com a nossa, e até é mais desenvolvido. Imagina-te agora num país em fronteira com a Rússia, como a Lituânia. Ou com a China, como a Formosa. Ou com o Irão, ou imagina a fronteira entre a Índia e o Paquistão.
Claro que eu concordo que seria brutal não haver fronteiras e sermos todos juntos e partilharmos um ideal humanista. Mas esse não é um mundo real, é ideal. Que cultura escolher então? Que língua? Não terá o Português uma maneira de ver o mundo ligeiramente diferente do Inglês? Não se perderá algo com semelhante homogeneização do globo? Que tradições escolher, e a quem dar o poder de decidir? Existem tradições incompatíveis.
Não digo que isto é irresolúvel. Apenas sinto que o sentimento geral deste post e dos comentários aligeira demasiado aquilo que de facto é bem mais complexo e imprevisível do que parece.
Então a proposta das cidades-estado é totalmente anti-histórica, Ludwig. A escala das administrações tem vindo a subir, não a descer. Concordo que cada cidade (município) deve ter independência, mas não deve ser soberana. A ideia de que cada cidade tenha a sua constituição e código civil basta para percebermos a idiotice de tal proposta.
ResponderEliminarCorrecção ao meu comentário anterior:
ResponderEliminar(é o que faz ler na diagonal o Boletim Tautomáquico)
Para além dos eurodeputados e dos promotores, intervieram no acto inaugural o matador de toiros português Vítor Mendes, o colombiano César Rincón, o espanhol Enrique Ponce e o francês Sebastién Castella.
O história do rojoneador que cortou quatro orelhas e saiu em ombros é outra efeméride. As minhas desculpas ao rojoneador.
Barba Rija,
ResponderEliminar«Parece-me que só tens o privilégio de ter esta atitude por vivermos num país dentro da UE[...] Imagina-te agora num país em fronteira com a Rússia, como a Lituânia.»
Neste post falo do caso de Portugal. No entanto, se vivesse na Coreia do Sul preocupava-me o que se passa na Coreia do Norte, sem dúvida. Mas preocupava-me ainda mais se vivesse na Coreia do Norte. O problema não é a falta de patriotismo ou fronteiras. É a violação dos direitos das pessoas, a restrição de liberdades, etc. As fronteiras ai servem para nos isolarmos dos problemas mas não para os resolver.
«Então a proposta das cidades-estado é totalmente anti-histórica, Ludwig. A escala das administrações tem vindo a subir, não a descer.»
Precisamente o meu ponto (mas falhou-me a tag <sarcasmo>). O patriotismo vai pelo mesmo caminho. Hoje temos que pensar na administração à escala global e não à escala desta nossa província alargada. O CO2 que emitimos aqui lixa o pessoal das ilhas do pacífico. A nossa política de preços para o café influencia a vida dos lavradores da Guatemala. Etc. Pôr os "interesses de Portugal acima de todos os outros" é irresponsável e imoral.
Well!!!!
ResponderEliminarAgora já vamos na tourada!?
O que faz um Ludwing a discutir cultura portuguesa?
Discuta cerveja porque não em capacidade apra discutir o que não pertence á sua cultura.
Conforme-se com a verdae: é um apófise. Ou melhor, é antes um enxerto que criou um tufo adventício e intruso numa cultura que lhe é estranha.
Dada a insignificância, é natural que um intruso que diga mal… na verdade isto nem lhe diz respeito. Outro tanto se passa com aos traidores que
"Pôr os "interesses de Portugal acima de todos os outros" é irresponsável e imoral."
ResponderEliminare o único acto responsável de um verdadeiro homem portugu~es.
Se alguma coisa posso criticar os politicos, não é o facto de continuarem a ter isso no discurso.
Há canalha irresponsável que não pensa assim... claro!
cala-te vinho...
ResponderEliminarCaro Zeca,
ResponderEliminarNão acha estranho que alguém que nem o seu nome quer revelar queira desqualificar outro pelo nome que tem?
Não... possivelmente não acha...
BRAVO!!! GRANDE TIRADA, LUDI!!!
ResponderEliminarLudwig,
ResponderEliminarMas preocupava-me ainda mais se vivesse na Coreia do Norte. O problema não é a falta de patriotismo ou fronteiras.
Concedido. E no entanto, a pergunta mantém-se. Não é fundamental, para a Coreia do Sul, e para a Formosa, a existência e o respeito pelas fronteiras? Se não existissem fronteiras, nunca teria havido rivalidades e competições nacionais, e portanto nunca teria havido sequer evolução cultural. Continuo a sentir mais respeito pelas fronteiras do que tu.
Precisamente o meu ponto (mas falhou-me a tag "sarcasmo")
Para bom entendedor meia palavra basta, mea culpa :).
Quanto à questão do não colocar os interesses de Portugal acima dos outros, lamento mas não tens em mim um companheiro de armas enquanto não esclareceres isso melhor. Provavelmente sou mesmo um péssimo entendedor de meias palavras, mas parece-me a mim que não colocar os interesses de Portugal acima dos outros só é possível se um consenso superior e legítimo e com autoridade se negociar. Mas "negociar" implica discutir interesses. E se um português não defende os seus, faz-se depender da "bondade dos estranhos", o que a meu ver é completamente idiota.
Barba,
ResponderEliminar«Concedido. E no entanto, a pergunta mantém-se. Não é fundamental, para a Coreia do Sul, e para a Formosa, a existência e o respeito pelas fronteiras?»
Sim. Se do outro lado uma troupe de malucos nos pode lixar a vida, convém ter alguma coisa a proteger. Mas isto não tem a ver com a nossa pátria, a defesa da nossa herança histórica ou o que raio seja. Precisamos é de um muro para não levar com as pedradas dos doidos.
E, sobretudo, não é razão para considerarmos os nossos interesses acima dos interesses dos outros desgraçados que vivem sob o jugo desses malucos, que normalmente é a minoria. E que têm o poder, em grande parte, graças à treta da Pátria e companhia.
Nessas situações o patriotismo é parte do problema, não da solução.
«Quanto à questão do não colocar os interesses de Portugal acima dos outros, lamento mas não tens em mim um companheiro de armas enquanto não esclareceres isso melhor.»
A ideia base é simples: considerar as pessoas independentemente da sua nacionalidade. Parece-me imoral propôr que o bem estar de um português vale mais que o bem estar de um estrangeiro.
«Mas "negociar" implica discutir interesses. E se um português não defende os seus, faz-se depender da "bondade dos estranhos", o que a meu ver é completamente idiota.»
Mas almejar acordos justos em vez de tentar sugar o outro até ao tutano parece-me mais razoável.
Vê aqui como Portugal se compara com outros países na percentagem do rendimento nacional que é usada em ajuda internacional. Somos quase tão avarentos a gananciosos como os Americanos...
Zeca
ResponderEliminarEngraçado: para responder às minhas dúvidas no post anterior a este não podia comentar. Contudo, para chamar o Ludwig de alemão (como insulto, porque foi nessa qualidade que o chamou de alemão) já pode.
Curiosamente abre a discussão onde eu queria: o que é um português? É branco e com nome português e antepassados portugueses como eu? O Ludwig pode almejar ser português se mudar de nome (e pelos vistos apelido)? E se for um Ludwig mais (ora vamos ver como é que eu vou dizer isto com jeitinho) bronzeado e sem os olhos de gato do dono do blogue, também pode ser português?
Agora estou curiosa! Espero que não lhe falhe o pio para comentar isto, porque eu ainda quero saber se a minha miopia me impede de herd... ser aclamada raínha! E se for, há alguma coisa contra pôr a Soraia Chaves a rei?
Ludwig, concordo contigo que se deve sempre possuir uma consciência global, se é isso que estás a defender, tudo bem. Aquilo que eu estou a dizer é que até à criação de uma autoridade global na qual depositemos a nossa confiança sobre assuntos legais, e que consiga de facto estabelecer a justiça por todo o mundo, sem, e isto é o senão da coisa, o caveat, descaír num totalitarismo tipo 1984 ou numa super-burocracia tipo NU (coisa que eu considero quasi-impossível, dada a natureza não-competitiva de um corpo de poder global, chamemos-lhe "monopólio de poder". Alguém com a tua sensibilidade informática pode compreender o meu ponto de vista se eu invocar o nome "Microsoft" como uma metáfora aplicável), temos necessariamente de arcar com a consequência da existência de fronteiras. As fronteiras não demarcam apenas muros que protegem o pessoal dos doidos, mas demarcam territórios sobre os quais as constituições e códigos penais são diferentes, assim como a sua capacidade de impor a justiça.
ResponderEliminarNão sugar os outros até ao tutano pressupõe que os outros não nos fazem isto. Só nesse caso seria uma má acção (repara que não estou a argumentar que "sugar ao tutano" é uma boa filosofia em geral. Apenas que pode ser em particular para cada um, se for essa a filosofia que a maior parte usa) E se calhar nem o fazem. Mas eu diria que uma boa métrica deste fenómeno não existe, e a percentagem do GNI usado em ajuda internacional é pobre como proxy.
E se for, há alguma coisa contra pôr a Soraia Chaves a rei?
ResponderEliminarO Sexo. Claro, há sempre a transexualidade...
Barba,
ResponderEliminarDiscordo que só possamos procurar uma divisão justa dos recursos se houver uma autoridade que o imponha a todos. Estávamos bem tramados se assim fosse, que até para fazer fila na paragem do autocarro era preciso a polícia.
Dona Abobrinha,
ResponderEliminarnão ande para aí a falar essas coisas sobre a maluca da Soraia porque senão ainda me arranja um incidente diplomático com a Dona Herédia
Discordo que só possamos procurar uma divisão justa dos recursos se houver uma autoridade que o imponha a todos.
ResponderEliminarLudwig, não falo de uma autoridade judicial para soluções comerciais, para isso já existe a organização do comércio mundial, e não é judicial. Falo, como é óbvio, da imposição da justiça, requisito fundamental para a integridade do território nacional ou então supra-nacional, se negarmos o nacional. Se não existem fronteiras, quais são os tribunais que têm autoridade sobre as ilegalidades cometidas pelos cidadãos da Terra? E que Código Civil adoptar, será possível sequer negociar tal coisa enquanto existem Teocracias no mundo, ou Máfias Políticas (Italianas, Russas, Chinesas, etc.), ou Estados "Orwellianos"? E será que desejaríamos o resultado dessa "negociação"?
Estas são as primeiras implicações do derrube das fronteiras. Não quero implicar com isto que é algo indesejável ou impossível. Vejo antes que é, apesar de provavelmente uma consequência da globalização a longo prazo, ainda muito difícil de sequer definir.
A União Europeia pode definir, se quisermos, um modelo a seguir neste aspecto. E apesar de ser o "melhor", não é um modelo que me agrade muito.
Ludwig,
ResponderEliminar"Vê aqui como Portugal se compara com outros países na percentagem do rendimento nacional que é usada em ajuda internacional."
O gráfico em que te baseias não fundamenta a conclusão que tiras. (Suponho que te estás a basear no gráfico "Aid as % of GNI").
Estás a esquecer-te que é importantíssimo ter em conta o factor PIBpc. Se reparares, o "ranking" destas ajudas deve ter uma correlação elevada com o ranking com base nos PIBpc. Pelo menos "a olho" parece-me que sim (os EUA e o Japão são excepções). E parece-me natural que assim seja...
É mais fácil para um país rico dispensar 0.5% do que a um país pobre (mais facilmente a Noruega dispende essa percentagem que o Ruanda)
O comentário que fazes deveria ser baseado neste gráfico mas corrigido do efeito PIBpc. Aí, provavelmente os resultados seriam bem diferentes...
Por falar em política externa, eu não me canso de recomendar este retrato da nossa substancial generosidade.
ResponderEliminarD... Sr. Duarte Pio
ResponderEliminarE com a Marisa Cruz, melhora ou nem por isso?
"O que faz um Ludwing a discutir cultura portuguesa"
ResponderEliminarTaráaa - já avançámos para a xenofobia, vindos da homofobia e da misoginia, já só falta o racismo, estamos quase lá e fica completa a caracterização deste coresponsal da treta.
Cristy
ah, e o anti-semitismo, caro Zeca, não se esqueça, claro está, do bom e velho anti-semitismo.
ResponderEliminarCristy
Tenho um palpite de que é um militar ou paramilitar. É muito comum entre eles esta técnica de abordagem às questões: ao pontapé e à estalada ...
ResponderEliminarOra bem,
ResponderEliminarMarisa Cruz:
Olhos: Azuis
Cabelo: Louro
Altura: 174
Peso: 52
Busto: 89
Anca: 89
Cintura: 60
Sapatos: 38
Não Dona Abobrinha,
A Dona Herédia gosta delas mais altas.
Pedro,
ResponderEliminar«Estás a esquecer-te que é importantíssimo ter em conta o factor PIBpc.»
Talvez para comparar países e talvez se fosse uma percentagem mais alta.
Mas 0.19%? Do meu ordenado bruto de 3000€ vão 1000€ pra o estado português e 6€ (seis, um hamburger por mês), para ajudar países onde boa parte da população passa fome. Se eu vivesse na dinamarca seriam 30€ em vez de 6€. Não me parece que seja o rendimento per capita que explica esta diferença.
É certo que também não é fácil dar bom uso a esse dinheiro e a situação é muito mais complexa. Mas parece-me que se há uma coisa a dizer de defender os "nossos" interesses acima de tudo é que o deviamos fazer muito menos...
Já agora, tenho estado a ver coisas sobre os sistemas de microcrédito. Parece-me uma boa maneira de ajudar nisto sem esperar que os Zecas ganhem juízo. Alguém sabe se essas coisas são de confiar ou se são aldrabice? Muitos apregoam que a taxa de devolução dos empréstimos é muito alta, mas eu estava mais interessado nos efeitos positivos (se me devolvem ou não o guito não é o ponto importante).
Sr. Duarte Pio
ResponderEliminarDesculpe que lhe diga, mas para quem casou consigo a Isabelinha anda a armar-se em muito esquisita.
E com saltos altos não dá? Ou a Dona Herédia não tem fetiche por saltos altos? Alternativamente, no meu tasco tem espremedores de citrinos... mais ou menos...
Ludwig,
ResponderEliminar"Não me parece que seja o rendimento per capita que explica esta diferença."
Não te parece a ti, mas parece-me a mim. :) Certamente não é o único factor, mas é um factor influente. Daí talvez a correlação que atrás mencionei.
Estás a interpretar mal as coisas. Estás a aplicar os 0,19% sobre o rendimento e não sobre a poupança. Repara que na Dinamarca o que se paga pela internet ou por um litro de leite não deverá ser muito diferente do que em Portugal. Pelo menos não acredito que seja 5x mais que em Portugal. Logo, satisfeitas algumas necessidades "básicas", o que sobra na Dinamarca é mais do que 5x o que sobra em Portugal. E é sobre o que sobra que sai as tais ajudas. Certamente até tu só estarás disposto a dar um hamburguer a alguém se já tiveres almoçado.
Para além disso, por mais filantropo que seja uma pessoa, em média, só se doa no fim da satisfação de algumas comodidades "individuais", como um bom livro, uma viagem ou uma ida ao restaurante. Logo, a tal sobra de onde sairá a doação será ainda mais diferenciada. Portanto, é "mais fácil" um dinamarquês doar 30 euros que um português doar 6.
Agora um tipo que ganha 400 euros, não faz sequer face às despesas "básicas", logo não lhe sobra nada. Para além disso, mesmo que fizesse face às necessidades básicas, não iria "doar" 76 cêntimos para países com mais necessidades. E se sobrasse, acabaria por gastá-los consigo mesmo, pois não conseguiu satisfazer as tais comodidades individuais.
Quanto ao microcrédito sei muito pouco mas a minha primeira impressão é positiva. Ando numa de estudar economia (sou estatístico e estou um bocado farto de distribuições teóricas abstractas, logo, procuro algo mais palpável para aplicar esta teoria toda). Vou então começar a ler também qualquer coisa sobre o microcrédito.
Pedro Ferreira e Ludwig:
ResponderEliminarSe o Ludwig falou em percentagem do rendimento, o valor será o mesmo quer seja percapita, quer não.
Ora notem:
100 pessoas ganham 2 moedas.
Rendimento total: 200
20 pessoas ganham 7 moedas-
Rendimento total: 140.
As primeiras dão 10% do seu rendimento para ajudar, e as segundas 50%.
A percentagem é a mesma quer nos refiramos ao rendimento total (20/200 moedas e 70/140 moedas respectivamente), quer nos refiramos ao rendimento percapita (0.2/2 moedas e 3.5/7 moedas respectivamente (para 2/7)).
A única coisa que se pode dizer é que é mais fácil dar o que excede as necessidades básicas, e assumir que existe uma tendência para se dar mais quanto mais rico se é.
E isto até bate mais ou menos certo no ocidente, e aí é que os EUA são a excepção...
São menos "pós-materialistas" que outros países ricos. Pode ser devido às elevadas diferenças sociais, não sei.
João Vasco,
ResponderEliminarHá aqui um mal entendido então. Se leres novamente o meu comentário, vais verificar que eu não estou a dizer para aplicarmos essa tal percentagem ao rendimento per capita.
Apenas estou a dizer que é preciso ter em atenção o rendimento per capita do país que estamos a falar. Uma comparação entre países sem ter isso em consideração é enviesada (mesmo que a percentagem seja pequena). Quando falo na "correcção deste efeito", não estou a dizer como, nem tão pouco que deverá ser aplicado ao rendimento per capita directamente.
Estou a falar do mesmo princípio por trás do PIB em paridade de poder de compra (PIB ppp). Dado o preço do arrendamento no Luxemburgo, por exemplo, cinco mil euros aqui não valem tanto como 5 mil euros na Roménia. Estou a pagar pela minha casa arrendada 1400 euros e na Roménia pagaria cerca de 400 ou menos. Aqui sobra-me 3600 e na Roménia sobrariam 4600 e em ambos os casos estava a cobrir a mesma necessidade básica- ter um tecto. Há então uma correcção do PIB relativamente ao nível dos preços praticados no país em questão para tornar as coisas mais comparáveis.
Da mesma forma, comparar dois países quanto às ajudas internacionais em percentagem do seu rendimento sem ter em conta o nível de riqueza de quem ajuda, produz também enviesamentos.
"A única coisa que se pode dizer é que é mais fácil dar o que excede as necessidades básicas
Exactamente. Quanto maior o rendimento mais sobra após as necessidades básicas estarem cobertas. Logo, é importante ter em conta o nível de rendimento.
"Não acha estranho que alguém que nem o seu nome quer revelar queira desqualificar outro pelo nome que tem?"
ResponderEliminarNada disso!
Não é o nome! O nome é apenas o rotulo da embalagem.
O problema é que um estrangeiro não tem que lançar ideias sobre um pais um onde vive. Está lá por favor. Também é o meu caso!
Quem não está bem muda-se!
Vem agora um plerma qualquer insultar o meu país, a sua cultura, a sua história e a sua honrabilidade, só porque pensa que é cico-reis-de-gente.
Aqui onde estou, um fulano como voc~e chamam-lhe, na giria: "chtaskylam" (significará, mais ou menos: bolorento ou putrido).
Vem agora um plerma qualquer insultar o meu país, a sua cultura,
ResponderEliminarCéus, e que rica cultura! Há muitas assim nessa amostra de país?
Cristy
Zeca,
ResponderEliminar«O problema é que um estrangeiro não tem que lançar ideias sobre um pais um onde vive.»
Não tenho nada contra que estrangeiros "lancem" ideias sobre o meu país. Não sei é porque raio me acusa de ser estrangeiro. Nasci em Portugal e sou português desde nascença. E sempre vivi, estudei e trabalhei cá em Portugal. Nem sequer emigrante sou...
E não percebo porque é que a minha opinião deixava de contar se tivesse nascido a umas centenas de quilómetros de onde nasci, ou porque havia de contar mais se me chamasse José de Portugal ou coisa do género.
Será só porque o Zeca não consegue formular um argumento coerente e então tem que inventar essas tretas?
Anomino:
ResponderEliminarTerá voc~e a simpels ideia do que é a "cultura" da sociedade?
Não acredito! Se não não diria tal absurdo!
Voc~e pertence, de certeza á cultura ICAR, de tesoura e cola.
Garanto-lhe, que nunca me ri tanto na minha vida com desde que encontrei este circo ateu.
O interessante da história, é que os Isolentes e Contraculturais Ateus Republicanos (ICAR), estão convencidos que sabem alguma coisa e que alguém os leva a sério!!!
Ainda não perceberam a figura ridicula que fazem...
Viajar por blogs e paginas de ateus, passou a ser o meu desporto preferido.
É simplesmente hilariante!!!
Ainda não perceberam que as suas atitudes, vindas de quem vêm e dada a sua palermice, são de morrer a rir.
Como diz aqui um amigo meu: “Isto até faz cócegas no cérebro!”
Ludwig Krippahl:
ResponderEliminarAh voc~e também estudou!?
Agora percebi porque razão uma ateu seu amigo diz tão mal dos professores!!!
Ninguém em Porugal se pode chamar "Ludwig Krippahl". se fosse no Brasil!...
Se eu me pronunciar sobre a cultura "kykuiu", nunca serei isento, porque terei dificuldade em entende-la. Quem não percebe não tem o direito de ofender e simplesmente dizer alarvidades... da mais mediocre estupidez... armado em intelectual!
No dia em que perceber o que as pessoas pensam de si, vai ficar envergonhado, de certeza.
"Quem não percebe não tem o direito de ofender e simplesmente dizer alarvidades... da mais mediocre estupidez... armado em intelectual!
ResponderEliminarTipo, falar de lógica e circuitos CMOS e TTL? ;)
«No dia em que perceber o que as pessoas pensam de si, vai ficar envergonhado, de certeza.»
ResponderEliminarAh!ah!ah!
Já percebi, somos mesmo idiotas.
O Zeca Portuga é uma sátira, tipo Steven Colbert. Foi preciso ler isto para finalmente entender.
Afinal, está tudo explicado.
Boa, Zeca! Mas acho que não devias gozar assim com os monárquicos. Muitos não são homofóbicos, xenófobos, iletrados, e incapazes como o da tua sátira.
Por acaso até conheço um ou dois que tenho em boa estima - não têm nada a ver com esse esterótipo, portanto.
"O problema é que um estrangeiro não tem que lançar ideias sobre um pais um onde vive. Está lá por favor. Também é o meu caso!"
ResponderEliminarOh Zeca... Que vida triste de "emigrolas" que você deve ter... É descriminado no país onde vive? Volte então para Portugal, que certamente a pátria irá acolhê-lo da melhor forma. E assim sempre pode fazer alguma coisa pela pátria. Nem que seja pagar o IVA daquilo que consome e ajudar os cofres do Estado.
Pedro Ferreira:
ResponderEliminarUm emigrante a dizer que os estrangeiros não têm o direito de falar sobre o país onde vivem, e que o Ludwig é um estrangeiro por causa do nome que tem, mesmo que tenha nascido e vivido em Portugal toda a vida - não vês que é uma sátira?
O Zeca esteve o tempo todo na brincadeira. Está a gozar com os monárquicos, julgo eu. Ou então lá com um estereótipo meio cavador qualquer.
Seja o que for, patrece-me que não vamos descobrir. Se for como o Steven Colbert, vai manter a brincadeira satírica não importa o que seja dito.
João Vasco,
ResponderEliminarAcho que tens razão...
Zeca,
Qual é a definição objectiva de aumento de informação?
Zeca,
ResponderEliminarAgora falar um pouco mais sério e voltando ao tema do post: a monarquia.
A "sucessão" que defende é apenas para a figura máxima (o rei) ou aplica-se também a condes, viscondes, marqueses, fidalgos, etc.?
(Confesso que não sei como é que funcionava esta hierarquia toda mas acho que também passava de geração em geração... se eu tiver errado, corrija-me)
Pedro:
ResponderEliminarNão seja desonesto.
"Tipo, falar de lógica e circuitos CMOS e TTL?"
O que eu disse, foi que não percebi para que servia a lógica.
Porqu~e? Tudo era tão obvio que não merecia ser estudado.
Não percebi, a função da algebra de boole! Parq eue raio serve aquilo!?
Só percebi quendo vi o primeiro fundamento prático - a aplicação á electrónica - voce é sempre assim lento!?
Voc~e já ouviu falar numa linguagem de programação chamada HuskyBin? é lógica pura!
Ex.:
@?'Se o joão tem sede:
@?'Se a unica bebida é agua:
@??|!'O joão precisa de agua:
Pode continar com palhaçadas, mas ser honesto!!!
Zeca,
ResponderEliminarPronto, pronto... Não se irrite.
Não conheço o HuskyBin. Mas uma pesquisa no google sobre isso aponta em primeiro lugar para um móvel com três prateleiras (ver aqui)
Correcção... Para um móvel com três gavetas... Assim é que é...
ResponderEliminarZeca
ResponderEliminarDeixando de lado a discussão sobre a portugalidade do Ludwig (porque já vi que não leva a lado nenhum), disse você que "O problema é que um estrangeiro não tem que lançar ideias sobre um pais um onde vive.".
Lançar ideias nunca é um problema (salvo casos radicais como apelos a terrorismo, por exemplo). Lançar ideias é ser parte da solução e não do problema. As ideias que surgem de dentro podem ser boas, mas enfermar de vícios. As que vêm de fora podem ser mais arejadas. Daí que a opinião de um estrangeiro tenda a ser útil (desde que não seja uma manifestação de desdém ou superioridade, porque isso é outra história). Mas cercear a liberdade de expressão de alguém só porque não é "dos nossos" parece-me mal!
Dito isto, o Ludwig não é estrangeiro.
Zeca disse: "Se eu me pronunciar sobre a cultura "kykuiu", nunca serei isento, porque terei dificuldade em entende-la."
ResponderEliminarNão deixes que isso te desencoraje. Até agora tiveste dificuldade em entender tudo e mais alguma coisa do que se disse neste blog e tens-te pronunciado pra xuxu. E de um modo até bem isento... de coerência.
«Como diz aqui um amigo meu: “Isto até faz cócegas no cérebro!”»
Não te preocupes demasiado com essa comichão que tens no cérebro. É uma sensação fantasma equivalente ao que sentem os amputados no membro que já não existe.
Krippmeister,
ResponderEliminarLOL!
Zeca,
ResponderEliminar«Se eu me pronunciar sobre a cultura "kykuiu", nunca serei isento, porque terei dificuldade em entende-la.»
Falso. Repara, para ser isento, é mais fácil ser de fora dessa cultura, pois não se está influenciado pela mesma.
Ena, uma pessoa ausenta-se um dia, e tem 55 posts para ler. A conversa já vai longa, e ainda nem tive oportunidade de participar. Li na diagonal o que foi dito por aqui na minha ausência, e tenho alguns pontos sobre os quais me gostaria de manifestar:
ResponderEliminar1º O Ludwig ser ou não português é irrelevante. Trazer esse facto à baila parece-me ser uma claríssima demonstração de falta de carácter. Neste blog, dirigido pelo Ludwig, analisa-se melhor alguns dos eventos do nosso país do que em muita tasca tipicamente tuga. Ludwig, tenta meter aqui uns posts sobre como os árbitros andam a roubar o Sporting. Aí talvez te atribuam o título de “Tuga honorário”.
2º Mesmo que o Ludwig estivesse em Portugal há 2 dias, parece-me irrelevante. Tal como foi dito pela Abobrinha, apresentar ideias é necessariamente caminhar para uma solução. Podem ser boas ou más ideias, mas é melhor que ficar calado a falar mal do governo por não fazer nada. Dizer o que está mal é fácil. Atirar culpas para cima de alguém também. Propor soluções é que já é mais complicado. Para mim, qualquer estrangeiro que seja capaz de me apresentar uma solução minimamente realista para um qualquer problema deste país merece mais ser chamado de “tuga” do que o gajo que se limita a dizer que a culpa de tudo é do governo (onde está tudo leia-se mesmo tudo)
3º Ser patriota é uma treta para nós, portugueses. Também não tenho o mínimo sentido patriótico. No entanto creio que isso acontece em culturas susceptíveis a mudanças. Creio que, como vivemos em tempos de paz, fomos capazes de abrir a nossa cultura a influências externas. Se a nossa cultura estivesse em risco (por exemplo, se Espanha decidisse invadir-nos e anexar-nos), o sentimento patriótico de todos nós viria um pouco ao de cima. Uma coisa é a nossa cultura mudar porque nós o permitimos. Outra é mudar à força. Creio que isto se aplica à nossa cultura, aos nossos ideais enquanto portugueses, etc. Enfim, a tudo o que está englobado por patriótico.
4º Tal como também já foi dito, parece que o “sou português” apenas é dito com orgulho quando se fala de futebol ou de algum atleta que conquistou o ouro olímpico. É uma pena que esse sentimento patriótico, tão eficaz a mobilizar uma nação só seja visto no desporto. Seria interessante empregar essa “força tuga” para resolver os verdadeiros problemas do nosso país.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBasta pum basta!!!
ResponderEliminarUma geração que consente deixar-se representar por um Zéca é uma geração que nunca o foi. É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo a geração!
Morra o Zéca, morra! Pim!
Uma geração com um Zéca a cavalo é um burro impotente!
Uma geração com um Zéca ao leme é uma canoa em seco!
O Zéca é um cigano!
O Zéca é meio cigano!
O Zéca saberá gramática, saberá sintaxe, saberá medicina, saberá fazer ceias pra cardeais, saberá tudo menos escrever que é a única coisa que ele faz!
O Zéca pesca tanto de poesia que até faz sonetos com ligas de duquesas!
O Zéca é um habilidoso!
O Zéca veste-se mal!
O Zéca usa ceroulas de malha!
O Zéca especula e inocula os concubinos!
O Zéca é Zéca!
O Zéca é Júlio!
Morra o Zéca, morra! Pim!
O Zéca nasceu para provar que nem todos os que escrevem sabem escrever!
O Zéca é um soneto dele-próprio!
O Zéca em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.
O Zéca nu é horroroso!
O Zéca cheira mal da boca!
Morra o Zéca, morra! Pim!
O Zéca é o escárnio da consciência!
Se o Zéca é português eu quero ser espanhol!
O Zéca é a vergonha da intelectualidade portuguesa!
O Zéca é a meta da decadência mental!
Morra o Zéca, morra! Pim!
Barba Rija,
ResponderEliminar:)))
Ah! grande Almada!
ResponderEliminarSempre actual ... infelizmente
http://www.youtube.com/watch?v=CSRC6-XgSHo
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