sexta-feira, junho 13, 2008

Evolução: Como se fosse de propósito.

William Paley propôs a famosa analogia do relojoeiro. Se encontramos um relógio inferimos que foi criado por um relojoeiro porque algo tão complexo só pode resultar de um projecto inteligente executado de propósito. Pela mesma razão, argumentou Paley, o universo tem que ter um criador inteligente que planeou isto tudo. Antes de olhar para os problemas da analogia quero salientar que esta visão teleológica pode ser útil.

Podemos descobrir muito acerca de algo sem conhecer detalhes se o imaginarmos como criado de propósito para desempenhar uma função, o que o Daniel Dennett chama design stance. Obviamente, funciona melhor quando é verdade. Usamos computadores, torradeiras, televisões e automóveis sem nos preocuparmos com os detalhes da maquinaria ou da física porque sabemos que propósito servem. Para usar um despertador basta saber para que serve e inferir daí que tem que ter algo que indique as horas, algo para as acertar e algo para marcar a hora de despertar.

Mas o truque funciona mesmo quando não há propósito. Sabendo que asas servem para voar, mesmo sem saber aerodinâmica posso inferir que o pássaro voa. Sabendo que o pêlo dos animais serve para os aquecer penso num casaco de peles. Os nossos antepassados descobriram como usar sementes, domesticar animais, processar alimentos e tratar feridas sem conhecer os detalhes. Só com o truque de imaginar que cada coisa servia um propósito, ou até de imaginá-las com propósitos próprios*. É uma forma simples de lidar com coisas complexas. Talvez por isso muitos julgam que a complexidade só vem da criação propositada, mesmo sendo óbvia a contradição quando constatamos que o relojoeiro é ainda mais complexo que o relógio. Mas há outra maneira de gerar complexidade funcional e uma maneira melhor de distinguir o que é feito de propósito.

Sabemos que o relógio é feito de propósito porque sabemos que há relojoeiros que fazem relógios para servir aos relojoeiros. Mas não se justifica inferir que o tronco de uma árvore foi feito de propósito apesar de ser fácil imaginar que o tronco foi concebido para segurar a copa lá em cima e imaginar que alguém criou o tronco para esse fim. A analogia é errada porque não temos indícios que alguém faça troncos de árvore com inteligência e propósito. Pior ainda, o tronco não faz sentido como propósito de um análogo do relojoeiro.

Os relógios servem os propósitos dos relojoeiros mas se o tronco serve algum propósito é um propósito da árvore e não de um hipotético criador, sendo alto e forte para que a árvore não fique à sombra das outras. E a árvore só precisa de um tronco alto e forte porque as outras árvores também têm troncos altos e fortes. Numa floresta tropical as árvores têm 30 a 35 metros de altura, dez andares de tronco só porque as árvores que têm menos morrem á sombra das outras. A função do tronco é competir num conflito que não sugere qualquer inteligência. Um engenheiro inteligente impunha um limite razoável de meia dúzia de metros para os troncos. Todas as árvores tinham sol à mesma e poupava-se imenso em custos metabólicos. Não só não há vestígios do relojoeiro como não há vestígio de um propósito inteligente para troncos de 30 metros.

A alternativa faz mais sentido. As árvores têm troncos com dez andares porque é o máximo que compensa ter pesando o tempo de crescimento, a resistência da madeira e a competição por um lugar ao sol. Não resulta de um plano deliberado mas da eliminação natural das árvores atarracadas, de crescimento lento ou que se partem ao primeiro vendaval. O resultado é semelhante a algo feito de propósito por um criador inteligente, e isto explica a utilidade do truque. É um truque tão bom que até os biólogos aproveitam. Dizem que a lisozima serve para atacar a parede celular de algumas bactérias e que as bactérias gram-negativas têm a parede celular coberta de lipopolissacarídeos para resistir à lisozima.

Mas nada disto surgiu “para” seja o que for. Tal como o tronco das árvores, estas características propagaram-se a posteriori por conferir vantagens à sua propagação. Não foram concebidas a priori com o intuito de cumprir uma finalidade. O truque de imaginar um propósito é útil mas às vezes por ser verdade e outras porque a evolução cria algo parecido. O primeiro caso identifica-se pelos indícios independentes de criação inteligente e pelo ajuste do propósito aparente com os objectivos do criador. Os relojoeiros, que sabemos que existem, fazem relógios para ver as horas, que é o propósito aparente do relógio. O segundo revela-se pela ausência de um criador e por uma aparêhcia de propósito que não faz sentido como propósito inteligente mas só como o resultado de competir pela reprodução.

* A ideia que os frutos foram criados de propósito para nos alimentar parece justificar porque mudam de cor quando estão maduros, por exemplo. Atribuir essa intenção à árvore em vez de a atribuir a um criador da árvore é diferente mas parece estar no mesmo contínuo de possibilidades. Ver este artigo sobre a classificação que Dennet dá e, já gora, o post anterior.

29 comentários:

  1. Ludwig Krippahl

    Explique-me uma coisa, por favor:

    Se temos dois pés, dois braços, duas mãos, duas orelhas, dois olhos, dois testículos, porque motivo só temos uma boca, um nariz e uma só pilinha?

    Se nos órgãos internos também temos pares - rins, pulmões - porque é que temos apenas um cérebro e um coração? Porque somos nós tão assimétricos? É tudo por acaso? O corpo humano foi construído assim sem propósito nenhum? Não acha estranho sermos assim tão iguais e tão diferentes, senso um mero resíduo do big bang? São perguntas que sempre me intrigaram.

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  2. Se o facto de sermos assimétricos sugere um propósito, isso quer dizer que se fossemos assimetricos isso sugeriria ausência de propósito?

    Porque é que um ser parcialmente simétrico e assimétrico tem mais propósito que um ser totalmente simétrico ou totalmente assimétrico?

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  3. "O corpo humano foi construído assim sem propósito nenhum?"

    Não foi só o corpo humano que foi "construido" assim.

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  4. Caro António Parente,

    Está a ver o corpo humano como quem modela barro. Experimente pensar antes como uma célula que se divide sucessivamente noutras células dando origem mais tarde a órgãos que se diferenciam do resto do tecido.

    Além disso o António Parente está a olhar para o homem como um ser isolado. O mesmo se aplica aos cães, gatos, bois, pássaros, peixes, etc., porque descendem todos de vertebrados. A simetria bilateral é comum aos vertebrados e está relacionada com a cefalização: pode consultar a wikipedia a respeito disso.

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  5. Podemos descobrir muito acerca de algo sem conhecer detalhes se o imaginarmos como criado de propósito para desempenhar uma função, o que o Daniel Dennett chama design stance.


    Exactamente, ou seja, esta questão do propósito deve ser posta confrontando a possibilidade do design ser aparente ou acidental ou então inteligente.

    Não há dúvidas acerca do "design" em si, seja ele o do relógio ou da ave ou da árvore. Tal como também não existe discussão acerca do propósito que servem, sejam intencionalmente criados ou não com alguma finalidade.

    A única questão central é mesmo essa da origem do "design", isto é, se ele é aparente ou espontâneo ou se, pelo contrário, tem uma origem intencional e inteligente. Deveras, é mesmo a isso que se chama "Deus", logo na resposta a esta pergunta está a solução do milenar mistério!

    Neste último caso há ainda a considerar mais duas hipóteses, o que aliás está também implícito na teoria do ID, embora os seus críticos mais míopes... ou seja, literalmente TODOS!... prefiram convenientemente ignorar essa distinção, já que é sempre mais fácil identificar a tal "inteligência" como algo separado do objecto em si, pois essa dualidade é cientificamente inadmissível e muitíssimo bem, diga-se. Só que o conceito estóico do Logos ou substância inteligente que actua na matéria passiva é muito mais interessante... e científico!

    Deste modo, o "designer" pode ser um ente exterior ao objecto, como o relojoeiro, que até é mais complexo do que o relógio, mas também existe a outra possibilidade de o invisível "designer" estar de certa forma no próprio objecto ou ser-lhe imanente, o que implica que o criador está a um nível mais simples do que a criatura!

    Deveras, dum ponto de vista metafísico, Deus é a máxima absoluta simplicidade, o que é até muito facilmente compreensível dado ser puramente imaterial ou o Vazio primordial. Afinal, se considerarmos a teoria do Big Bang ou da "flutuação quântica" ou criação "ex-nihilo", no início este Universo era infinitamente mais simples e só progressivamente se foi diferenciando mais e mais, ao longo de biliões de anos, culminando com o aparecimento da vida e mais tarde da própria consciência.

    Esta simples reflexão é importante, já que as suposições de que Deus é mais complexo do que as suas criaturas são inteiramente absurdas e indefensáveis, tanto de um ponto de vista físico como metafísico.

    Mais ainda, esta noção do Deus imanente à criação é bem mais complexa do que a da pura transcendência e imutabilidade, ou a do Deus eterno, infinito e inefável, que é deveras o mais elevado conceito religioso.

    E termino com duas citações de filósofos estóicos, a propósito ainda do eterno tema, onde se sublinha essa identificação panteísta do Universo com Deus, a única que é cientificamente lógica ou passível de ser estudada.


    The universe itself is god and the universal outpouring of its soul; it is this same world's guiding principle, operating in mind and reason, together with the common nature of things and the totality which embraces all existence.

    Chrysippus


    Constantly regard the universe as one living being, having one substance and one soul; and observe how all things have reference to one perception, the perception of this one living being; and how all things act with one movement; and how all things are the cooperating causes of all things which exist; observe too the continuous spinning of the thread and the structure of the web.

    Marcus Aurelius

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  6. António Parente,

    «Porque somos nós tão assimétricos?»

    Como o Francisco Burnay mencionou, alguns destes aspectos são consequência do desenvolvimento embrionário. Animais como nós são essencialmente um tubo, daí ter uma boca e um anus. Alguns só têm boca (a hidra), outros não têm nada disso (as esponjas), e as plantas têm um sistema muito diferente.

    Além disso somos muito mais simétricos por fora que por dentro. O esqueleto, os músculos e o exterior sofreram uma pressão evolutiva para a simetria por causa da locomoção. Ter uma perna maior que a outra dá pouco jeito para correr. Os órgãos internos não tinham esse problema, e temos um pulmão maior que o outro, o coração para um lado, estomago e figado em lados diferentes e um intestino às voltas quase como calha.

    Nada disto é evidência a favor de uma concepção inteligente. Individualmente, qualquer organismo podia ter sido ou não planeado com inteligência. Mas quando observamos esta diversidade caótica de adaptação de características herdadas é evidente que o processo foi um de evolução por mutação aleatória e selecção, e não uma contrução planeada.

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  7. Afinal o António Parente é criacionista?

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  8. Caro Francisco Burnay

    Não sou cristão evangélico, leio o Génesis de forma diferente e por isso não me sinto atingido pelo barro. É só um reparo para clarificar quem é quem.

    A minha questão é que não existe simetria bilateral completa. A explicação do Ludwig está mais clara.

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  9. Ludwig Krippahl

    A sua explicação está perfeita e não invalida, de modo nenhum, a existência de Deus. Para mim, é perfeitamente possível aceitar as teorias de Darwin e manter a fé religiosa. Sem a bengala do design inteligente.

    Para não tornar o comentário demasiado extenso, coloco aqui um link de uma entrevista do cientista Francis Collins:

    http://veja.abril.com.br/240107/entrevista.html

    Concordo com as respostas de Francis Collins. Coincidem, na sua globalidade (há uma ou duas pequenas divergências mas não têm importância), com a minha visão sobre as relações entre religião e ciência.

    Já agora, para terminar, não sou criacionista mas tenho o máximo respeito pelo Doutor Perspectiva. Quem o insulta (não é o caso do Ludwig) não tem capacidade para contra-argumentar.

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  10. Plagiando o planeta ateu...
    Que feio...

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  11. Neste blogue, alguns evolucionistas ficaram todos contentes quando se noticiou que aslgumas bactérias haviam adquirido a habilidade de utilizar citrato como uma fonte de energia.

    Foi como se finalmente a teoria da evolução tivesse sido confirmada e impermeabilizada das críticas dos criacionistas.

    Mas estas continuam, como se pode ver nos sites

    www.answersingenesis.org e www.creationontheweb.org.

    Aqui se sintetizam algumas delas.

    Richard Lenski, um investigador da Michigan State University, em East Lansing, fundou, em 1988, 12 culturas da bacteria E. coli e cultivou-as em laboratório, geração após geração, ao longo de 44 000 gerações, durante vinte anos.

    Felizmente para os investigadores, as bactérias tem uma velocidade muito elevada de reprodução e conseguem suportar taxas de mutação muito mais elevadas do que organismos com genomas maiores como é o caso dos seres humanos.


    Em todo o caso, convém salientar inicialmente Lenski não tinha observado a evolução a acontecer em laboratório, tendo antes recorrido à modelação computacional da evolução, através do programa Avida. Agora diz que observou a evolução em laboratório.

    Na verdade, um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Science, explica como Lenski e os seu colaboradores observaram 1 das 12 culturas desenvolveu a capacidade de metabolizar citrate como fonte de energia em condições aeróbicas, na 31 500ª geração.

    Ainda assim, em causa está apenas a verificação de duas ou três mutações coordenadas, algo ainda muito distante das mutações necessárias para transformar partículas em pessoas.

    O meio de cultura envolvia um bocado de glucose e muito mais citrato, de forma que os micróbios só poderiam continuar a desenvolver-se se conseguissem criar um meio qualquer de usar citrato.

    Refira-se, no entanto, que a utilização de citrato como fonte de energia é já uma capacidade da E. coli em condições anaeróbicas, com todo um conjunto de genes envolvido na operação, sendo que estes normalmente só operam em condições anaeróbicas.

    Agora, provavelmente as mutações distorceram a regulação do operon relevante, os genes passaram a operar em condições anaeróbicas e aeróbicas.

    Os criacionistas equiparam isto a alguém ter uma luz que desligava automaticamente à noite, mas que, depois de uma alteração do sistema, passou a estar ligada de dia e de noite.

    É esse o tipo de transformação evolutiva que está em causa.

    Outra possibilidade sugerida pelos criacionistas é a perda de especificidade do gene transportador que, em vez de transportar apenas tartrato passou a transportar citrato para dentro da célula.

    Uma perda de especificidade é uma perda de informação. Nada que transforme partículas em pessoas.

    Aplicando 44000 gerações ao tempo humano, sendo cada geração de 30 anos, teríamos um período de 1 320 000 anos, embora as oportunidades de evolução fossem de longe muito menores, tendo em conta a escassez populacional fortemente limitadora das taxas de mutação.

    Além disso, um genoma da dimensão humana não consegue sustentar taxas de mutação tão elevadas como as das bactérias, sem catástrofe mutacional.

    Refira-se que esta experiência continua a não ter qualquer relevância para a explicação da origem das enzimas.

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  12. Em vão têm os cientistas naturalistas procurado remover Deus da equação.

    Por mais que tentem, não o conseguem de todo fazer.


    A origem da energia que supostamente terá explodido no Big Bang continua por explicar.

    Se o Universo teve uma causa e se encontra a perder ordem e energia, qual foi a causa primeira dessa ordem e dessa energia?

    A incapacidade de explicação verifica-se também no caso da suposta inflação do Big Bang e dos processos físicos que conduziram à sua paragem.

    E como se passou daí para a precisa sintonia do Universo para a vida?


    A origem das estrelas e das galáxias permanece inexplicada, como se pode observar lendo a literatura especializada.

    Do mesmo modo, nunca ninguém explicou como é que informação codificada contida no DNA poderia ter surgido por processos naturalísticos.

    Muitos cientistas rejeitam o ensino bíblico, alegando que só aceitam evidência empírica como prova científica.

    No entanto, nunca ninguém viu a vida a surgir por acaso nem uma espécie menos complexa a evoluir para outra mais complexa.

    Confunde-se, assim, os factos em si mesmos (v.g. fósseis, rochas, esqueletos) com as interpretações evolucionistas ou criacionistas dos factos.

    No entanto, os factos não falam por si.

    Eles precisam de ser interpretados.


    Mas a verdade, se as observações empíricas são decisivas, então deve ter-se em conta que existe mais evidência histórica de que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos há 2000 anos atrás, em Jerusalém, do que de que a vida surgiu por acaso há alguns biliões de anos atrás.

    O primeiro evento referido foi observado e registado por testemunhas fidedignas, dispostas a morrer por esse facto.

    A crucificação e a morte de Jesus foram relatados pormenorizadamente, com referências a locais e pessoas bem determinados, passíveis de investigação histórica.

    Por sua vez, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio, só com um lençol, e o cadáver de Jesus nunca foi encontrado.


    Considerando que a ressurreição de Cristo foi proclamada logo em Jerusalém, e não na Índia ou na China, teria sido fácil às autoridades romanas e a judeus desmenti-la.

    Bastaria apresentar o cadáver e calar, desse modo, os discípulos.

    Estes assistiram a algo extramamente importante: a vida a surgir da não vida e um corpo humano a ressuscitar incorruptível instantaneamente, sem qualquer vestígio de evolução aleatória, com tudo o que isso implica de criação instantânea de informação codificada no DNA.

    Desse modo se corrobora inteiramente o registo do Génesis.

    A teoria da evolução nada tem a dizer sobre a origem do DNA (que não consegue explicar).

    Darwin também não falava no DNA.

    A Bíblia não fala directamente do DNA, mas diz-nos que ele é o produto de um Deus racional que se auto-define como PALAVRA.

    Jesus é a PALAVRA.

    Considerando que o DNA é o sistema mais perfeito e optimizado de armazenamento e transmissão de informação codificada, transcrita, traduzida, descodificada e copiada, isso é inteiramente congruente com o ensino bíblico.

    O DNA tem um elemento imaterial (informação) e material (compostos químicos), o que é inteiramente compatível com a crença em que um Deus imaterial criou o mundo material, tal como a Bíblia ensina.

    A evolução é o processo mais cruel, irracional e ineficiente de criação que se poderia imaginar.

    O Deus da Bíblia nada tem que ver com a evolução.

    Os crentes devem apoiar-se no que a Bíblia diz, sem pretenderem agradar aos ateus ou contemporizar com eles.

    Embora Richard Dawkins erre em muitas coisas, nisso ele tem inteira razão: o Deus dos evolucionistas teístas teria que ser imcompetente e preguiçoso.

    Além disso, ele teria que ser o Deus dos mais aptos, hostil aos menos aptos.

    O Deus da Bíblia é diferente. Ele criou o mundo racionalmente e criou-nos como seres racionais, livres e responsáveis.

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  13. Ah... Então quando não se consegue explicar algo, coloca-se Deus e já está.

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  14. Anónimo das 12:36h

    «Plagiando o planeta ateu...
    Que feio...»


    Isto é piada ou confusão? No caso de ser a segunda, esclareço que o é um agregador de blogs que republica os posts. Se o comentário foi por ver o mesmo post nos dois lados não se preocupe que não é plágio.

    Se foi por outra coisa agradecia que esclarecesse.

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  15. Gnomo,
    até lhe podes chamar deus, até pode ser que exista. Mas na verdade existir ou não é irrelevante para mim e para muita gente.
    Mas e existir teria de ser imanente e mais simples. Por aí até concordo.

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  16. Caro Jónatas,

    «Em vão têm os cientistas naturalistas procurado remover Deus da equação.»

    Já lhe pedi que indicasse qual é essa equação que tem deus. Será E=mc2+Deus? ΔE=-dB/dt+Deus?

    Não conheço nenhuma equação que descreva um aspecto conhecido do universo que tenha, ou que alguma vez tenha tido, deuses lá pelo meio...

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  17. Caro António Parente,

    «Não sou cristão evangélico, leio o Génesis de forma diferente e por isso não me sinto atingido pelo barro. É só um reparo para clarificar quem é quem.»

    Existem alguns mitos da criação que envolvem barro, de facto. A minha intenção não era insinuar coisa nenhuma mas fazer uma referência à forma como os artistas plásticos olham para a forma do corpo humano, procurando a simetria com a finalidade de o representar fielmente.

    O António Parente declara-se não atingido mas ninguém pretendeu alvejá-lo. Compreendo que tome uma atitude defensiva sendo que a maioria dos comentadores deste blog é descrente e que a blogosfera por vezes seja pouco civilizada e complacente. Mas não se preocupe que aqui ninguém está contra si. De resto lamento o equívoco.

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  18. Caro leprechaun,

    Só que o conceito estóico do Logos ou substância inteligente que actua na matéria passiva é muito mais interessante... e científico!

    Científico? Um conceito desses parece-me tudo menos científico. Uma espécie de flogisto que activa o calor, ou de éter que transmite a luz.

    Já por várias vezes o leprechaun tem insistido na ideia de que o Universo é todo ele senciente ou consciente mas isso é um abuso de linguagem tremendo.

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  19. Mais sobre o Padre aqui, aqui, aqui e aqui.

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  20. Citando Perspectiva:
    «Felizmente para os investigadores, as bactérias tem uma velocidade muito elevada de reprodução e conseguem suportar taxas de mutação muito mais elevadas do que organismos com genomas maiores como é o caso dos seres humanos.»

    Parece que os criacionistas estão a começar a dar outro passo evolutivo. Antes não era criada informação. Agora é uma evolução limitada a bactérias e querem esperar 3 biliões de anos para criarmos humanos.

    António Parente,
    eu sou ateu mas tenho vários canais que assinei no YouTube com um deísta e cristãos que realmente respeito (alguns deles acho que até são geniais) e me respeitam. Não andam com guerrinhas de "nós contra os outros" e exigências desproporcionais para cada lado.

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  21. Mário Miguel,
    TimesOnline
    «His theories do not so much offer proof of the existence of God as introduce doubt about the material existence of the world around us.»
    Estamos então numa Matrix, não é? LOL

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  22. Caro Francisco Burnay

    Obrigado pelas suas palavras e pela sua gentileza.

    O meu passado nos blogues ateístas sempre foi muito turbulento e acidentado. Por culpa de terceiros e por minha culpa, porque nestas coisas não há inocentes. Estou a fazer um esforço para não arranjar atritos e por isso procuro evitar confrontos que extravasem a mera discussão de ideias.

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  23. Pedro Amaral Couto,

    Sim, também li isso. Só que eu queria ouvir a opinião, digo, "perspectiva", dos crentes:)

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  24. Não estraguei tudo, pois não? :-p

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  25. Pedro,

    Parece que afugentaste a caça :)

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  26. De facto...

    O Pedro fez um bocadinho de barulho, o Ludwing ajudou ainda mais, abanando o arvoredo:)

    Mas mesmo assim, sem querer atirar em ninguém, gostaria de ter uma perspectiva religiosa sobre as notícias.

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  27. "Muitos cientistas rejeitam o ensino bíblico, alegando que só aceitam evidência empírica como prova científica. "

    AHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAH!

    Tirada do ANO!

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