domingo, novembro 09, 2014

Treta da semana (passada): dez questões.

O Mats traduziu um artigo criacionista propondo «10 questões que todo evolucionista tem [de] saber responder»(1). É um truque comum. Como responder dá mais trabalho do que inventar perguntas disparatadas, conseguem dar a impressão de que a ciência é uma trapalhada. É especialmente prático quando fingem que não há respostas ou quando apresentam mentiras como se fossem perguntas. Por exemplo, «Porque é que a ciência demonstra que todas as espécies animais têm limites rigorosos em torno do quanto que eles (ou o seu ADN) se pode alterar». Não há “limites rigorosos” que impeçam o ADN de uma espécie de se tornar no ADN de outra pela acumulação de mutações. Talvez aproveite outras destas perguntas mais tarde mas, por agora, fico-me pela primeira, que já dá para um post.

«Porque é que a ciência diz que a vida evoluiu de matéria sem vida mas por outro lado declara que a geração espontânea é impossível?

Até há uns séculos, era fácil assumir que o pão ganhava bolor ou que apareciam larvas de mosca na carne podre porque brotavam espontaneamente da matéria em decomposição. Era senso comum que organismos aparentemente tão simples fossem um produto da decomposição e não seria razoável que Deus passasse os dias a criar bolor ou larvas de insecto em tudo o que apodrecia. A conclusão era de que os organismos complexos teriam sido criados por um deus mas a bicharada e o bafio surgiam por geração espontânea.

Com o tempo, descobriu-se que mesmo os seres vivos mais pequenos são imensamente complexos e mostrou-se que o que toda a gente julgava saber estava errado. As larvas da mosca vinham de ovos de mosca e não da carne podre. Não se formavam seres vivos espontaneamente de um momento para o outro. Por outro lado, Deus também foi explicando cada vez menos. Por exemplo, se no Paraíso não havia morte não se percebe porque teria criado tantas espécies dependentes da putrefacção. A teoria da evolução resolveu este dilema, mostrando como a geração de vida pode ser espontânea, no sentido de não precisar do acto consciente de um criador, mas sem exigir que algo tão complexo como um ser vivo se forme de uma assentada, pela combinação súbita e improvável dos elementos que o constituem.

A teoria da evolução é, em abstracto, um esquema para gerar modelos de certas populações. Nomeadamente, populações de algo que se replica e que herda características que afectem a probabilidade de replicação. Nessas condições, a teoria da evolução permite compreender, descrever e prever como a população muda ao longo do tempo. Tanto faz que seja de seres vivos, como bactérias, moscas ou humanos, ou de seres inanimados, como vírus, moléculas ou até sequências de bits no computador. A ideia fundamental é que quaisquer mutações que reduzam a probabilidade de replicação tenderão a ser eliminadas e quaisquer mutações que aumentem a probabilidade de replicação tenderão a fixar-se na população. Assim, mesmo que as mutações benéficas sejam muito minoritárias, com o passar das gerações a população vai evoluir para uma população de entidades mais aptas para se reproduzirem naquele ambiente.

O problema da ideia original da geração espontânea era exigir que seres complexos surgissem subitamente. Evidentemente, não é plausível que larvas de mosca surjam da carne podre de um dia para outro. Para isso teria de haver um deus a fazer milagres ou ir lá uma mosca pôr ovos. A experiência de Pasteur confirmou que a segunda hipótese é a correcta. Mas algo é espontâneo quando ocorre sem que seja preciso uma causa especial. Não é preciso ser rápido. E a teoria da evolução explica como as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea a partir da interacção de moléculas simples. Não sabemos ainda os detalhes – há vários candidatos para essa “sopa” inicial e muitos pormenores por deslindar – mas os traços gerais do mecanismo são claros. A partir de replicadores simples, a acumulação de mutações ao longo de milhares de milhões de gerações foi gerando replicadores cada vez mais eficazes, muitos dos quais são tão complexos que dizemos estarem vivos.

Em suma, o que a ciência diz é que a vida surgiu da matéria inanimada de uma forma espontânea, sem milagres, deuses ou causas sobrenaturais. A hipótese antiga da geração espontânea apenas foi descartada porque subestimava, em várias ordens de grandeza, o tempo que esse processo exigiu.

1- Mats, 10 questões que todo evolucionista tem que saber responder

34 comentários:

  1. Caro Ludwig,

    Creio que em geral o problema pode-se sempre resumir ao mesmo: o pessoal criacionista simplesmente não quer aceitar os argumentos científicos. Afinal, quem é que estava lá para ver se a vida veio da sopa ou do dedo divino?
    Tudo serve. Aliás, é o que temos assistido neste mesmo blog com os posts do "Criacionista".

    Eu ainda continuo à espera que alguém o ajude a encontrar os erros na Bíblia, ou já agora, em qualquer texto com dois mil ou mais anos, seja científico (com essa idade é complicado ter tal classificação...) ou de qualquer outra origem.
    Mas se for preciso, volto a lembrar os links já colocados noutros posts mais antigos.
    É verdadeiramente uma história interminável.

    ResponderEliminar
  2. O Ludwig diz:

    "A teoria da evolução resolveu este dilema, mostrando como a geração de vida pode ser espontânea, no sentido de não precisar do acto consciente de um criador, mas sem exigir que algo tão complexo como um ser vivo se forme de uma assentada, pela combinação súbita e improvável dos elementos que o constituem."

    O problema é que a geração espontânea da vida NUNCA foi observada. Pelo contrário, as observações de todos os cientistas e em todos os tempos e lugares mostram que ela é simplesmente impossível. Até existe uma lei biológica para isso: a lei da biogénese. A vida NUNCA surge de químicos inorgânicos por acaso. A afirmação contrária é produto da imaginação evolucionista.

    Na verdade, a vida depende de quantidades inabarcáveis de informação codificada.Como afirma o ateu evolucionista Richard Dawkins, "o código genético é verdadeiramente digital, exatamente no mesmo sentido dos códigos dos computadores. Isto não é uma analogia vaga. É uma a verdade literal." Ora, TODAS as observações científicas efetuadas mostram que códigos e informação codificada têm SEMPRE uma origem inteligente. Essa é hoje uma lei fundamental da teoria da informação. Não se conhece qualquer processo físico ou químico que crie códigos e informação codificada, porque a informação é uma grandeza imaterial, mental. Assim sendo, é inteiramente lógico concluir que os códigos genético e epigenético e a informação neles contida tiveram uma origem espiritual e super-inteligente, como a Bíblia ensina.

    Mas há outras informações importantes que corroboram o que a Bíblia acerca da criação e da corrupção.

    Em primeiro lugar, as populações reproduzem-se de acordo com o seu género, como se pode observar todos os dias ou lendo os exemplos do Ludwig.

    Em segundo lugar, as mutações tendem a destruir a informação codificada, causando doenças e morte, como está abundantemente documentado na literatura médica.


    Só duma assentada, as especulações da teoria da evolução violam duas leis científicas e é refutada pelas observações quotidianas e pela literatura médica.

    A teoria da evolução é pseudocientífica e anti-científica. Tanto basta para explicar porque é que os argumentos do Ludwig não conduzem a lado nenhum.

    A origem acidental da vida e a transformação de um género noutro diferente e mais complexo não existem no mundo real, mas apenas na imaginação evolucionista.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. "Só duma assentada, as especulações da teoria da evolução violam duas leis científicas e é refutada pelas observações quotidianas e pela literatura médica.."

      Zing.

      Eliminar
    2. O caro Criacionista diz:
      “O problema é que a geração espontânea da vida NUNCA foi observada.”
      O problema é haver quem pense que a ciência diz que existem espécies que aparecem do nada!
      Eu gostava de saber onde foram buscar tal ideia peregrina. Já fiz várias vezes esta questão e volto a repetir: onde leram que a ciência diz que uma espécie aparece do nada de um momento para o outro? Onde é que leram que uma espécie gera outra nova numa só geração? Tais capacidades mágicas não fazem parte da ciência e definitivamente, não fazem parte da evolução. Se conseguirem provar que tal acontece, sem dúvida que conseguem destruir a teoria da evolução de uma vez!

      “[…]a vida depende de quantidades inabarcáveis de informação codificada”
      Mais um motivo para que as teorias do instantâneo não tenham espaço na Biologia.

      “Ora, TODAS as observações científicas efetuadas mostram que códigos e informação codificada têm SEMPRE uma origem inteligente.”
      E as provas meu caro? Sempre as provas… Eu ainda não as vi! Tudo citações da Bíblia, dos Upanixades, do Rigveda, do Alcorão, etc. Nada de textos científicos e de teorias completas com direito a previsões, ou seja, algo capaz de fazer sombra à moderna teoria do Neodarwinismo. Até agora, nada!

      “Não se conhece qualquer processo físico ou químico que crie códigos e informação codificada, porque a informação é uma grandeza imaterial, mental.”
      Os processos são desde há algumas décadas conhecidos. Como diz Ludwig, os detalhes ainda estão sujeitos a debate, mas as linhas gerais são desde há muito conhecidos e estão muito bem estabelecidos na comunidade científica. Recomendo a leitura do O Relojoeiro Cego do seu muito odiado e ateu favorito Richard Dawkins.
      Lá, encontra muito bem descrito como é que uma simples molécula adquire primeiro capacidade de auto-reprodução e depois é incorporada num conjunto mais amplo de moléculas, até finalmente termos o primeiro ser procariota. Sempre em passos simples, nada de magia instantânea.

      “[…] as mutações tendem a destruir a informação codificada, causando doenças e morte, como está abundantemente documentado na literatura médica.”
      As mutações não destroem só. Se ler realmente a literatura médica é capaz de descobrir que graças a mutações, algumas pessoas são capazes de resistir a doenças, enquanto outras simplesmente morrem. Na natureza não existem coisas boas e coisas más, apenas oportunidades de sobrevivência onde outros falham. Parece frio e sem sentido, mas é mesmo assim.

      “A teoria da evolução é pseudocientífica e anti-científica”
      Porquê? A única hipótese pseudocientífica até agora é o conjunto de ideias criacionistas. Sem uma única base que se possa aproveitar, como está documentado em vários artigos e como inclusive se provou perante vários júris em mais de um caso – 100% de vitória para ciência.

      “A origem acidental da vida e a transformação de um género noutro diferente e mais complexo não existem no mundo real, mas apenas na imaginação evolucionista”
      Ao contrário meu caro. A existência de uma tal capacidade de gerar algo de um momento para o outro, isso sim, é imaginação criacionista. Só um ser supremo é capaz desses passes de magia.

      Termino com uma pergunta: a sua Bíblia classifica correctamente os insectos com 6 patas? E os morcegos, são mamíferos ou aves? Veja com cuidado o Levítico antes de responder…

      Eliminar
  3. * http://en.wikipedia.org/wiki/Spontaneous_generation#Adoption_in_Christianity

    * Spontaneous Generation - Creationism
    «certainly we are not required to believe that those which have no sex also came; for it is expressly and definitely said “They shall be male and female.”» - Saint Augustine, City of God, Book XV.27

    ... «there were interwoven with these bodies the seminal principles of animals later to appear which would spring forth from the decomposing bodies, each according to its kind and with its special properties, by the wonderful power of the immutable Creator who moves all His creatures» - Saint Augustine, The Literal Meaning of Genesis, Vol. 1., Book 3, Section 23

    ... «mice belong to the kind produced by their unlike, because mice originate not from mice alone but also from decay, which is used up gradually and gradually turns into a mouse….The sun warms; but it would bring nothing into being unless God said by His divine power: “Let a mouse come out of the decay.”» - Martin Luther, Commentaries on Genesis, Vol. 1, p. 52

    «When he says that "the waters brought forth," he proceeds to commend the efficacy of the word, which the waters hear so promptly, that, though lifeless in themselves, they suddenly teem with a living offspring, yet the language of Moses expresses more; namely, that fishes innumerable are daily produced from the waters, because that word of God, by which he once commanded it, is continually in force.» - Calvin, Commentary on Genesis, Ch. 1. 21

    «We see mud alone produce eels; they do not proceed from an egg, nor in any other manner; it is the earth alone which gives them birth. Let the earth produce a living creature.» - Saint Basil Homily IX.2

    Comparison of Spontaneous Generation & Abiogenesis

    "Spontaneous generation is the belief that, on a daily basis, living things arise from nonliving material, and this idea was entrenched throughout most of recorded history." ...
    "Spontaneous generation was not a theory that addressed the origin of life, but instead, had been based on the belief that living things commonly emerge from nonliving matter. Although science ultimately established that living things arise from other living things, the question remained…”Where did the first living thing come from?” Abiogenesis is the theory that addresses the actual origins of life on Earth."

    ResponderEliminar
  4. "A ideia fundamental é que quaisquer mutações que reduzam a probabilidade de replicação tenderão a ser eliminadas e quaisquer mutações que aumentem a probabilidade de replicação tenderão a fixar-se na população."

    Ou, dito doutra forma, "se a minha avó não tivesse morrido, ela estaria viva"..

    "E a teoria da evolução explica como as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea a partir da interacção de moléculas simples.

    1. Não existem "moléculas simples".
    2. A teoria da evolução não explica como "as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea "; a teoria da evolução ASSUME que isso aconteceu, e depois "explica" como é que moscas se transformam em . . . . moscas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não existem "moléculas simples". - Vai dizer-me que uma base nitrogenada (ex.: adenina) é algo de muito complexo?

      «Ou, dito doutra forma, "se a minha avó não tivesse morrido, ela estaria viva"..» - Isso era se tanto fizesse que aumentassem a probabilidade de replicação ou não (como seria de esperar se estivessem condicionadas pelos caprichos de algum deus semelhante ao que habita a imaginação dos cristãos.
      «A teoria da evolução não explica como "as moscas, e todas as outras espécies, surgiram de forma espontânea "; a teoria da evolução ASSUME que isso aconteceu, e depois "explica" como é que moscas se transformam em . . . . moscas.» - Não assume. Baseia-se nas evidências disponíveis (evidências essas vindas de estudos genéticos, de estudos em laboratório, etc.).

      Eliminar
    2. Caro Lucas,

      1) É claro que existem muitas moléculas simples usadas pelos sistemas biológicos. São a base das mais complexas. Os aminoácidos encontram-se por todo lado, até, imagine-se, no espaço interestelar; se juntarmos vários temos uma proteína. Os açucares (ou seja, os hidratos de carbono) são constituídos por aglomerados de monosacarídeos (p.ex. glicose); as gorduras (lípidos) formam-se por juntar açucares com álcool. Os exemplos são mais que muitos. As experiências de Stanley Miller e outros mostram que as moléculas simples que servem de base à vida, não só são comuns como surgem facilmente na natureza.

      2) A teoria da evolução não explica como é que as moscas ou qualquer espécie surge de forma espontânea porque tal não é possível. Se fosse, não precisaríamos da evolução, mas algo completamente diferente. Eu não consigo perceber de onde é que surgem tais ideias, tão completamente descabidas. O que a evolução faz e até agora, está para surgir uma outra ideia que seja tão boa e ainda melhor a explicar é: como é que temos a variedade de vida que podemos presenciar na natureza. Porque é que temos tantos tipos de seres a usar habitats tão diversos, porque temos seres com modos de vida tão diferentes, com modos de alimentação, de reprodução, com orgãos tão diferentes para fazer o mesmo, em suma, é a melhor explicação que temos para a biodiversidade.

      Eliminar
    3. Da pra notar que o Lucas pouco comenta em outros canais, que não sejam seu blog... será porque aqui ele não pode trapacear, editar os comentários dos outros e bloquear o adversário quando vê que vai perder o debate?

      Provavelmente.

      Eliminar
    4. Não assume. Baseia-se nas evidências disponíveis (evidências essas vindas de estudos genéticos, de estudos em laboratório, etc.).

      Não existem "estudos genéticos em laboratório" que demonstram como uma mosca possa passar a ser algo que não seja outra mosca. (São aqueles "malvados" limites genéticos que vocês evolucionistas propositadamente ignoram.)

      Eliminar
    5. A tua referência é só teu blog e as fontes criacionistas?
      Limites genéticos se devem a que exatamente? Você não vai ganhar clicks no teu blog, apresente fontes idôneas ou comente com conteúdo, e não com links do teu bloguisinho.

      Se for a mutações serem deletérias, não importa - um milhão de negativas e uma positiva - a positiva passa adiante a nível de gerações. A seleção natural, por mais que a biologia deteste o termo "lei", é praticamente uma lei visto que funciona em qualquer lugar que aplicar - incluindo as mutações.

      Eliminar
    6. Quais limites qual carapuça! Sabe perfeitamente que os estudos em que baseou o seu post não demonstram o que o Mats quer que demonstrem (as mutações eram propositadamente deletérias e, na natureza nem todas as mutações são deletérias – podem ser neutras ou benéficas).

      Eliminar
    7. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
    8. E quem vê moscas não vê mais nada. Para eles uma mosca é uma mosca (para eles "mosca" deve representar uma única espécie ou algo do género), tenha o número de patas que tiver, o tamanho que tiver, as diferenças anatómicas/metabólicas/reprodutoras que tiver - até que um dia a mosca já não pode mais ser considerada uma mosca, mas para eles, será sempre mais uma mosca. Enquanto o Mats não vir uma mosca virar elefante, ele não fica satisfeito (o mesmo para o resto dos criacionistas).

      Eliminar
    9. Maria, pessoas como o Lucas/Mats são incoerentes dentro de suas próprias retóricas.
      Ele nega a super-macro-evolução (evolução acima do nível de espécie, já que especiação é macro-evolução) observada indiretamente pelo registro fóssil, genético e bioquímico.
      Mas não nega a velocidade da luz, que é uma observação indireta. Não nega a existência dos elétrons e dos quarks, que também é uma observação indireta.

      Você nunca vai ver um pseudo como o Mats pedindo pra ver ao vivo o movimento dos elétrons nas camadas de valência dos átomos e negando todas as provas que temos desses fenômenos - porque será?

      Ah, claro - isso não vai contra o literalismo bíblico, mas a idade da Terra e a Evolução das Espécies vai. O que mais me impressiona é um pseudo como esse se julgar em nível de discutir ciência, evidências e métodos científicos. Algo que provamos no AstroPT - esse tipo nada entende de Ciência.

      Eliminar
    10. Quais limites qual carapuça!

      Maria, Maria, Maria. Porque rejeitas a ciência, menina de pouca fé?

      Sabe perfeitamente que os estudos em que baseou o seu post não demonstram o que o Mats quer que demonstrem

      Claro que demonstram. Por isso é que os linkei.
      (as mutações eram propositadamente deletérias e, na natureza nem todas as mutações são deletérias – podem ser neutras ou benéficas).

      Pois podem, mas não deixam de ser o mesmo tipo de forma de vida que os seus antepassados já eram.

      Uma vez mosca, sempre mosca. Uma vez coelho, sempre coelho. Uma vez evolucionista, sempre evolucionista.

      Não, espera....

      Eliminar
    11. Qual ciência ela rejeita Lucas? Só se for a tua versão deturpada e sem sentido de ciência, tua pseudociência - essa também rejeito, toda a comunidade científica rejeita - incluindo muitos cientistas cristãos, judeus, etc.

      Parece que o Lucas não sabe que só o termo "mosca" compreende toda uma gama de espécies, nem que o termo coelho também compreende uma gama de espécies. Quando ele fala assim, admite a Especiação, que por si só já é Macroevolução.

      Será que ele diria que bactérias só dão bactérias, como tantos criacionistas adoram gritar ao vento? Se sim, admite a super-macro evolução, já que bactéria se refere a todo um domínio, logo mudanças de um filo para outro.

      E se o melhor que ele apresenta é evolucionista a virar criacionista, só o fato da ciência ser maioria vasta evolucionista, sendo que tudo isso nasceu no meio cristão criacionista, o processo inverso é muito maior.

      Eliminar
    12. Mats, só veio confirmar o que eu disse... Só fica satisfeito se uma mosca virar elefante debaixo do seu nariz.

      Eliminar
    13. Mats, só veio confirmar o que eu disse... Só fica satisfeito se uma mosca virar elefante debaixo do seu nariz.

      Não precisa de ser debaixo do meu nariz.

      Eliminar
  5. Mats/Lucas é sempre mais do mesmo - falácias do declive escorregadio e, principalmente, do espantalho - inventa uma caricatura da ciência biológica baseando numa ignorância completamente distorcida sobre o assunto - e aí ataca essa caricatura.
    Mas o que esperar dum sujeito que acredita que o universo seja mais jovem que aquilo que a arqueologia sabe sobre vasos de cerâmica japoneses?

    Matts não vale a pena nem pra ser criticado - o que o faz ser lembrado, um erro que cometi. Mas já que a proposta aqui é mostrar Tretas, as do darwinismo.wordpress merece umas belas amostras pra nos divertirmos. Mas os crocodilos vegetarianos e hadrossauros que cospem fogo, ainda são seus "artigos" mais cômicos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
    2. Quer ver um cómico? http://darwinismo.wordpress.com/2014/11/11/pacto-faustiano/ (agora os "ET's" são demónios e o governo dos estados Unidos quer pactuar com eles e "caçá-los" para fazer "armas sobrenaturais" - Lol).

      Eliminar
    3. Ahahahaha
      nossa esse pessoal tem criatividade digna de filmes trash de pouco orçamento, péssimos atores e roteiro horrível que passam no canal syfy.
      Ta aí negócio pro Lucas escrever roteiros de filmes assim - vai lá Matts, não precisa agradecer. Ahahahahah

      Eliminar
  6. LUDWIG CONCORDA COM OS CRIACIONISTAS: NÃO EXISTE QUALQUER CAUSA NATURAL PARA O UNIVERSO!

    Apesar de criticar os criacionistas por apresentarem hipóteses não testáveis (o que é um absurdo porque, por definição, se a evolução pode ser testada, a ausência de evolução também!) a melhor explicação para o Universo que o Ludwig consegue propor consiste em dizer que ele surgiu do nada sem causa!

    Algum cientista conseguiria testar isso no terreno ou em laboratório? Não!

    Os cientistas apenas operam num Universo que já existe (e onde o nada nem sequer pode ser pensado porque haveria alguém a tentar pensá-lo). Por isso, longe de ser uma afirmação científica, trata-se de uma afirmação filosófica e por sinal de muito má qualidade.

    Os filósofos da antiguidade já diziam: do nada (por definição) nada se cria. O nada não existe como causa de alguma coisa, sob pena de ser algo e não nada. E se fosse algo, já teria que ter tido uma causa. E qual seria essa causa?

    É contraditório e logo ilógico e irracional dizer que o nada cria alguma coisa. Dizer isso viola o dever de racionalidade de que o Ludwig tanto gosta (mas que também não consegue justificar logicamente).

    Faz algum sentido dizer que o Big Bang aconteceu porque nada explodiu?

    Não obstante, a afirmação do Ludwig, apesar de absurda, não deixa de ser interessante na medida em que é uma forma de confissão de que todas as tentativas de encontrar uma primeira causa para o Universo a partir dos processos naturais falharam.

    Sempre que essas tentativas foram testadas, elas esbarraram nas leis físicas da causalidade, da conservação da energia, da entropia, da inércia e da abiogénese (para não falar da lei da teoria da informação que afirma que todos os códigos têm origem inteligente).

    Já nem o Ludwig acredita nas virtualidades explicativas do naturalismo…

    Os criacionistas concordam que não existe uma causa natural para o Universo!

    Apenas chamam a atenção para o facto de que é ilógico e irracional pensar que o nada causa o que quer que seja e muito menos que poderia causar um universo com tempo, espaço, quantidades inabarcáveis de energia e informação, vida, sentimentos, emoções e deveres de racionalidade e moralidade.

    A única e primeira causa que racionalmente e logicamente poderia dar origem a um Universo assim seria um Deus não causado, sobrenatural, espiritual, eterno, infinito, omnipotente, vivo, pessoal, sensível, racional e moral, tal como se revela na história e na pessoa de Jesus Cristo através da Bíblia.

    O criacionismo bíblico, baseado no supremo Logos, é filosófica e cientificamente superior ao ateísmo evolucionista desde logo porque é mais racional.

    ResponderEliminar
  7. O LUDWIG CONFESSA: NÃO EXISTE NENHUMA PROVA DEFINITIVA DE QUE O HOMEM EVOLUIU

    Recentemente, o Ludwig escreveu:

    “Não há nenhuma prova isolada e definitiva de que o ser humano evoluiu de um antepassado distante unicelular, ou de um antepassado primata comum ao chimpanzé. Mas, perante o conjunto das evidências, a hipótese é claramente plausível.”

    Esta afirmação do Ludwig é muito interessante, porque vem depois de alguns anos de debate com criacionistas. Foi difícil extrair esta confissão, mas ela lá acabou por sair!

    Custou, mas foi!

    A afirmação do Ludwig confirma o conselho que os criacionistas dão aos leitores de artigos científicos para distinguirem entre os factos (a assinalar com cor amarela) e interpretações e especulações a partir dos factos (a assinalar com cor de rosa).

    Quem usar esta metodologia depressa irá ver que as “provas” da evolução de partículas para pessoas, ou de um antepassado comum para chimpanzés e humanos, estarão sempre na parte cor-de-rosa. Assim é porque, como diz o Ludwig, “não há nenhuma prova isolada e definitiva de que o ser humano evoluiu”.

    Curiosamente, apesar de reconhecer isso, Ludwig concluir que “perante o conjunto das evidências, a hipótese é claramente plausível.”

    Mas como se pode concluir isso se “não há nenhuma prova isolada e definitiva de que o ser humano evoluiu de um antepassado distante unicelular, ou de um antepassado primata comum ao chimpanzé”?

    O que vemos aqui e agora são chimpanzés e seres humanos (as semelhanças e diferenças entre eles devem ser marcadas a amarelo).

    O hipotético antepassado comum e os milhões de anos de evolução têm, quando muito, que ser imaginados especulativamente (e por isso devem ser marcados a cor-de-rosa).

    Além disso, a frase do Ludwig adequa-se muito bem à ideia, que temos vindo a sustentar, de que os factos são os mesmos, para criacionistas e evolucionistas.

    A ciência é a mesma para uns e para outros.

    Nos factos, criacionistas e evolutionistas estão de acordo. Não existe nenhum facto observado que os criacionistas neguem.

    O problema é que, no entender dos criacionistas, a hipótese da evolução nem sequer é cientificamente plausível.

    Vejamos porquê:

    Hoje sabe-se que existem grandes diferenças epigenéticas entre chimpanzés e seres humanos, o que significa que a regulação da expressão da informação genética comum a ambos é, afinal, muito diferente.

    Mais, o “junk-DNA” que se pensava guardar vestígios da suposta evolução, é afinal fundamental para regular a expressão genética e até a codificação de muitas proteínas, contrariamente ao que se pensava.

    Além disso, sabe-se que as mutações são esmagadoramente deletérias, criando disfunções, doenças e morte, à razão de 1 000 000 de mutações deletérias por cada 1 mutação benéfica.

    O problema é que essas mutações tendem a acumular-se, sendo que a esmagadora maioria acaba por não ser eliminada por seleção natural, degradando progressivamente o genoma.

    Qual seria o resultado depois de vários milhões de anos de acumulação de mutações?
    Um outro problema, não menos grave para os evolucionistas, é que todo o conjunto das evidências realmente observadas relativas a chimpanzés, homens, mutações e seleção natural (assinaladas a amarelo) pode ser interpretado facilmente à luz do que a Bíblia ensina acerca de um Criador comum, de uma criação recente e da corrupção e decaimento que afeta toda a natureza criada desde que o pecado entrou no mundo.

    Ou seja, as evidências em si mesmas corroboram o que a Bíblia ensina. Só as interpretações e especulações dos evolucionistas é que contrariam a Bíblia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Criacionista,

      A minha Bíblia diz em Levítico 11, 5: "O coelho, que rumina[...]"
      E em Levítico 11, 6: "A lebre, que rumina [...]"
      E em Levítico 11, 13-19 "Das aves [...] a águia, o xofrango, o esmerilhão,[...] a cegonha, toda a espécie de garças, o faisão e o morcego."
      E em Levítico 11, 20: "Todos os insectos voadores que andam com quatro patas[...]"

      Eu pergunto, a sua Bíblia também diz que o coelho e a lebre ruminam? Que o morcego é uma ave? E que os insectos têm 4 patas? Ou já tem uma versão moderna revista, melhorada e evoluída?

      Eliminar
    2. Antônio Carvalho, a biblioteca de disparates bíblicos é vasta! http://bibviz.com/

      Eliminar
  8. "Porque é que a ciência diz que a vida evoluiu de matéria sem vida mas por outro lado declara que a geração espontânea é impossível?"

    A resposta é simples: a geração espontânea é incompatível com a teoria da evolução, mais especificamente com a teoria da ancestralidade comum, porque surgiria nova vida da decomposição no dia-a-dia.

    Por outro lado, cristãos católicos e protestantes, como Santo Agostinho e Martinho Lutero, defendiam, recorrendo a própria Bíblia, que a geração espontânea ocorria.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A questões desse artigo são muito infantis e só servem para manter os visitantes cristãos fundamentalistas e sem senso crítico na ignorância, algo muito útil pro Matts.

      Realmente esse ítem confundiu propositalmente a "lei da abiogênese", quanto à geração espontânea, com origem pré-biótica da vida, de Oparin. Só serve pra mostrar a infantilidade e desonestidade clássica dos criacionistas.

      Eliminar
    2. Curiosamente pergunta assume que "a ciência diz que a vida evoluiu de matéria sem vida".

      Não parece colocar como uma situação hipotética ("Porque [sic] é que a ciência diz que ...") ao contrário da questão original (" How can science tell us" ... ie: "Como pode a ciência dizer" ...).

      Eliminar
  9. Lucas,

    «Não existem "estudos genéticos em laboratório" que demonstram como uma mosca possa passar a ser algo que não seja outra mosca. (São aqueles "malvados" limites genéticos que vocês evolucionistas propositadamente ignoram.)»


    Nos últimos dois mil anos, entre o Latim e o Português, pais e filhos falaram sempre a mesma língua. Nunca aconteceu os pais ensinarem Latim aos filhos e eles aprenderem Português. Mas as pequenas diferenças entre gerações foram-se acumulando e, hoje em dia, o Português é muito diferente do Latim.

    Com as moscas é o mesmo. Cada geração de moscas é muito parecida à geração anterior. Mas não é exactamente igual. E se bem que, de uma geração para a seguinte, a diferença seja pequena, não existe um limite para quanto dessas pequenas diferenças se pode ir acumulando com o passar dos tempos.

    ResponderEliminar
  10. Nos últimos dois mil anos, entre o Latim e o Português, pais e filhos falaram sempre a mesma língua. Nunca aconteceu os pais ensinarem Latim aos filhos e eles aprenderem Português. Mas as pequenas diferenças entre gerações foram-se acumulando e, hoje em dia, o Português é muito diferente do Latim. Com as moscas é o mesmo. Cada geração de moscas é muito parecida à geração anterior. Mas não é exactamente igual.

    Mas não deixa de ser uma mosca, e com base nos dados disponíveis, nunca vai deixar de ser uma mosca.

    E se bem que, de uma geração para a seguinte, a diferença seja pequena, não existe um limite para quanto dessas pequenas diferenças se pode ir acumulando com o passar dos tempos.

    Diferenças podem ir acumulando (que não é a questão) mas não há qualquer tipo de evidência que nos faça pensar que uma acumulação gradual de modificações pode, com o passar do tempo, transformar uma mosca naquilo que não é uma mosca, e duma forma relevante para o uso da teoria da evolução como explicação para a diversidade biológica.

    Ninguém coloca em causa que modificações ocorram: o que se diz é que as modificações são insuficientes para explicar aquilo que vocês pensam que a teoria da evolução explica.

    ResponderEliminar
  11. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  12. Mas não deixa de ser mosca, não deixa de ser mosca. Parece um disco quebrado.
    As aves são descendentes dos terópodes;
    Criaturas terrestres se tornaram Baleias;
    Uma vasta gama de mudanças, inclusive de tamanho, ocorreu nos atrópodes desde sua origem, sendo que os dípteros remetem numa divergência a mais de 250 milhões de anos, em que não só moscas, mas mosquitos, e outras sub-ordens extintas.

    Tudo com vasta arcabouço de evidências fósseis com respaldo na genética. Mas para quem nega essas evidências, só resta mesmo continuar com as mesmas lamúrias. Afinal, muito fácil dizer que "não foi provado, não há dados disponíveis", quando por uma fé fundamentalista na mitologia bíblica, o tal Lucas segue ignorando as evidências.

    O que explicar sobre Evolução, Artrópodes e Astrofísica para alguém que acha que:
    - A Terra e o Universo é mais jovem que vasos de cerâmica?
    - Hadrossauros cuspiam fogo?
    - Alienígenas existem e são demônios?
    - A Terra no centro do Universo?
    - Animais com "Design Inteligente para destripar" (to sendo irônico!) , como crocodilos, leões, velociraptores, na verdade eram herbívoros e viviam em paz no Éden?

    ESSES são alguns dos tipos de coisas defendidas pelas pessoas que se consideram refutadoras da Ciência Evolutiva. Essas pessoas querem enfiar, goela a baixo em nossos filhos, esses disparates, desde as séries iniciais na escola.

    Lucas não sabe, ignora Ciência. Ele quer ver mosca deixar de ser mosca diante de seus olhos. Não vai, isso leva tempo e qualquer um que lê sabe. Ele ainda apela pra falácia da ciência ser "observação". Não sabe de nada.
    A ciência é na maioria das vezes um método dedutivo, investigativo. Observação é apenas parte disso. Você segue as pistas, penas em dinossauros, escamas em aves, ossos vestigiais, DNA lixo. Se houvesse alguma assinatura divina já saberíamos simplesmente assim: se o DNA fosse arquitetônico, e não Estocástico, que é o que vemos.

    Já falei demais, a resposta mais importante as falácias do Lucas serão dadas pelo autor do Blog. Eu estou apenas me divertindo vendo as falácias do Mats, esse indivíduos de várias caras, sendo refutadas na sua lata, e ele esperneando nos mesmos pseudo-argumentos de sempre.

    ResponderEliminar

Se quiser filtrar algum ou alguns comentadores consulte este post.