Treta da semana (passada): cadeia com eles.
Em Itália, seis sismólogos e um oficial do governo foram condenados por homicídio negligente de 29 pessoas em L'Aquila. no sismo de 2009. As notícias em alguns jornais alegaram que teriam sido condenados por subestimar os riscos do sismo (1) mas, ao contrário do que as notícias dão a entender, os sismólogos não foram condenados pela dificuldade de prever os sismos. O caso é ainda mais sórdido.
Depois de uns tremores que assustaram as pessoas, um responsável pela protecção civil, Bernardo De Bernardinis, convocou um painel de sismólogos para uma reunião com o intuito de assegurar a população de que tudo iria correr bem. Terminada a reunião, foi isso que De Bernardinis disse numa conferência de imprensa. Podiam ir todos para casa beber vinho que os tremores até eram bom sinal, pois descarregavam a energia acumulada e reduziam a probabilidade de sismos mais graves. Só que não foi nada disso que os sismólogos lhe disseram. O que disseram foi, basicamente, que era uma zona de risco mas que não se podia prever que iria ocorrer um sismo forte só porque tinha havido tremores fracos (2). O tribunal não os condenou por subestimar o sismo mas condenou-os porque o oficial do governo, que não era sismólogo, decidiu dizer parvoíces diante das câmaras. Se já é questionável que condenem De Bernardinis por homicídio negligente, que condenem os sismólogos por algo que este tipo decidiu dizer é totalmente absurdo. E as consequências serão trágicas.
Por um lado, dificilmente os cientistas italianos voltarão a colaborar com o governo em problemas importantes para a segurança ou saúde pública. Com esta responsabilização legal arriscam a serem presos pelos disparates que os políticos dizem. Por outro lado, desvia a atenção da verdadeira causa da tragédia de L'Aquila, onde morreram mais de 300 pessoas. Não se pode prever em que dia irão ocorrer sismos como aquele. Não havia nada que os sismólogos pudessem afirmar, com fundamento científico, que salvasse aquelas pessoas naquela situação. A única forma fiável de prevenir aquelas mortes teria sido preparar os edifícios antigos para não soterrarem toda a gente em caso de sismo. O problema é que isso custa muito dinheiro e, por isso, a legislação apenas obrigava os edifícios novos a resistir aos sismos. Aos antigos não era preciso fazer nada. Foi essa decisão que matou 300 pessoas.
1- Por exemplo, o Exresso e o Sol
2- Para mais detalhes ver Cientistas condenados a seis anos de prisão por homicídio no De Rerum Natura, Italy puts seismology in the dock, na Nature News, e Italian earthquake case is no anti-science witch-hunt e Seismologists found guilty of manslaughter na New Scientist.
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ResponderEliminarFrancisco,
ResponderEliminarNão percebi o comentário...
os edifícios antigos não se preparam, são monumentos nacionaes ou património classificado que não pode ser alterado sem 2 anos de burrocracia
Eliminare tende a cair quando se lhes metem afundações para o fortificarem
como um certo painel de azulejos que caiu com a parede num deserto a sul de odivelas por mercê de obras camarárias de pioramento...
meter na estacaria podre da baixa de lisboa alicerces que sejam anti-sísmicos e que não deitem a casa abaixo é impossível
assim como as casas de taipa do bairro alto e de alfama
ou as casas das avenidas novas dos anos 60 e 70
de resto se a falha passar perto do edificado como en avila
Eliminarnum há construção anti-sísmica caguente um dos fortes
e a escala de richter é exponencial de 6,7 para 7,3 vai bué de energia vibratória
Não percebi o relicário...
A "MORAL" SUBJECTIVA DO LUDWIG MOSTRA QUE ELE ESTÁ ERRADO
ResponderEliminarPara poder criticar o comportamento dos religiosos, o Ludwig tem que pressupor a existência de valores morais objectivos.
Caso contrário, são as suas próprias preferências morais subjectivas contra a dos religiosos.
A Bíblia ensina que existem valores morais objectivos.
A teoria da evolução (com a sua ênfase no carácter amoral e predatório de milhões de anos de processos evolutivos), não.
A Bíblia ganha, porque o Ludwig tem que postular a visão bíblica do mundo para as suas afirmações e condenações morais serem plausíveis...
OS PROBLEMAS DO LUDWIG COM VALORES E NORMAS MORAIS
ResponderEliminar1) O Ludwig é naturalista, acreditando que o mundo físico é tudo o que existe. Sendo assim ele tem um problema, porque valores e normas morais não existem no mundo físico.
2) O Ludwig diz que a observação científica é o único critério válido de conhecimento. Ora, nunca ninguém observou valores e normas morais no campo ou em laboratório.
3) O Ludwig diz que a moral é subjectiva. Ora, se são os sujeitos que criam valores e normas, eles não estão realmente vinculados por eles, podendo cada um criar valores e normas a seu gosto, o que nega a existência de normas morais.
4) Se a moral é subjectiva, como o Ludwig diz, dificilmente se poderá justificar qualquer pretensão de conferir validade universal às suas pretensas normas.
5) O Ludwig está sempre a dizer aos outros que não devem dizer aos outros o que devem ou não devem fazer. Ou seja, ele faz exactamente o que diz que os outros não devem fazer.
6) De milhões de anos de processos aleatórios de crueldade, dor, sofrimento e morte não se deduz logicamente qualquer valor intrínseco do ser humano nem qualquer dever moral de fazer isto ou aquilo.
Conclusão: sempre que fala em valores e normas morais o Ludwig mostra que é irracional e arbitrário.
P.S. Apesar de surgirem em rochas datadas de centenas de milhões de anos, os celecantos estão vivos e de boa saúde, nomeadamente nas águas texanas por sinal iguais aos seus congéneres do registo fóssil.
A evolução, essa, existe apenas na imaginação evolucionista...
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ResponderEliminarA IRRACIONALIDADE DA CONCEPÇÃO DO LUDWIG SOBRE DIGNIDADE HUMANA
ResponderEliminarO Ludwig diz que a questão da dignidade humana não pode ficar dependente da questão factual da existência de Deus.
No entanto, a ideia de dignidade da pessoa humana é uma doutrina da teologia judaico-cristã!
Só tem sentido falar em dignidade humana se for verdade que Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem, tendo-os dotado de racionalidade, moralidade, criatividade e subjectividade comunicativa e relacionai.
Diferentemente, a dignidade humana nunca poderia ser logicamente deduzida da mitologia grega, em que os próprios deuses se devoravam uns aos outros, de forma arbitrária e sem qualquer respeito pela dignidade uns dos outros, ao mesmo tempo que se compraziam a impor sofrimento e morte aos seres humanos sem qualquer justificação moral.
Do mesmo modo, ela nunca poderia ser logicamente deduzida da ideia evolucionista de que o ser humano é um acidente cósmico, sem qualquer valor intrínseco, resultante de milhões de anos de processos aleatórios, predação, dor, sofrimento e morte...
O próprio Charles Darwin afirmou que, do ponto de vista evolucionista, falar em dignidade da pessoa humana é uma manifestação de preconceito natural e orgulho natural...
A dignidade da pessoa humana é uma doutrina bíblica, fundada na noção de que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus e salvos por Ele.
P.S.
Um estudo recente mostra que tartarugas supostamente do Jurássico, alegadamente com dezenas de milhões de anos, são exactamente iguais às actualmente existentes, demonstrando mais uma vez que a evolução só existe realmente na imaginação dos evolucionistas...
De resto, não é por acaso que podemos encontrar tecidos moles, proteínas e até traços de DNA em material orgânico, não fossilizado, de dinossauro...
Antes de haver doutrina judaico-cristã, as pessoas não eram dignas? :)
EliminarAntes de haver doutrina judaico-cristã não havia pessoas, pois o Planeta só foi criado há cerca de 6000 anos e a primeira pessoa foi obviamente o primeiro Judeu, Adão, que ficou ciente da doutrina Judaico-Cristã após ter comido da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Eliminar«pois o Planeta só foi criado há cerca de 6000 anos»
EliminarPor isso que eu acho que os japoneses são foda. Eles já faziam cerâmica 8000 anos antes de Iahweh criar a Terra
:-)
Está tudo a gozar?! Não vêem que a Terra tem 10.000 anos e não 6.000? Santa ignorância...
EliminarMuitas pessoas acreditam que a Terra tem 4,5 mil milhões de anos.
EliminarNo entanto, muito poucas sabem como é que se chegou a uma tal data, nem percebem que a mesma é totalmente “model dependent”.
Ignoram que essa “idade” é obtida através da datação de meteoritos (!) e não da Terra em si mesma (!), assumindo, sem prova, que a Terra e os meteoritos surgiram na mesma altura pelo mesmo processo.
Mesmo assim, a suposta idade da Terra de 4,5 mil milhões de anos ficou no imaginário colectivo, ainda que totalmente dependente de premissas não demonstradas nem demonstráveis e de base factual mais do que duvidosa.
No entanto, existe hoje ampla evidência de que a Terra é recente
E a verdade é que as mais antigas civilizações conhecidas têm poucos milhares de anos e os registos históricos mais antigos têm cerca de 4 500 anos.
A partir daí cada um constrói a história da Terra, não com base na observação directa ou nos relatos de testemunhas oculares, mas com base nas suas próprias crenças acerca da suposta história da Terra.
Já depois da minha discussão com a Maria Madalena foi confirmada mais uma vez a presença e conservação de tecidos moles, proteínas e possivelmente até DNA em ossos de dinossauro o que é exactamente o que seria de esperar se a Terra e os dinossauros tivessem uma idade recente...
Era uma vez uma mitocôndria. A mitocôndria tinha uma molécula chamada DNA. Certo dia um biólogo resolveu analisar o DNA da mitocômdria para saber há quanto tempo os ancestrais de 2 tipos de animais divergiram e o resultado foi apresentado em milhões de anos. O DNA e o biólogo viveram então felizes para sempre. Principio, meio e fim. (tem que ser como se faz com as criancinhas - talvez resulte).
Eliminaro DNA era inglês?
Eliminarou era um daqueles putogoeses com nome dos anglos saxões ou outros germões como os francos ou o boche do blog?
teo dose-o?
teo num é doseável é infinito...
a mitock pela teoria endo simbiotica da margulis ex-sagan é maternal por tendência
a histéria de conto de phada do lar é péssima..
mas uma theologgia ou outra tante fax...
pois pois
ResponderEliminar2.1 .I. Overexpression, purification and refolding
t141
A fragment of chromosomal S. marcescens
DNA carrying the lipase gene was cloned into
the T7-expression vector pETlld and overexpressed
in E. coli JM109/DE3. The vector
contains a T7 promoter and the host strain a
chromosomally encoded T7 RNA polymerase
which are both inducible by addition of isopropyl-
B-D-thiogalactopyranoside (IPTG) [ 151.
Bacteria were grown until they reached the
logarithmic growth phase (OD,,, = 0.6) and lipase
gene expression was induced by addition
of 0.4 mM IPTG. After further 3 h of growth
lipase was produced at about 40% of total cellular
protein. However, the overexpressed protein
was not secreted but formed insoluble inclusion
bodies inside the bacterial cytoplasm.
Ludwig Krippahl,
ResponderEliminarpeço desculpa pelo meu comentário...
Vou eliminá-lo pois não faz sentido o que disse...
a questão foi que fiz confusão com uma caixa de comentários de um outro blogue...
Mais uma vez peço desculpa!
E já agora estou de acordo com o texto ao contrário do outro do outro blogue, pelo qual o Ludwig Krippahl não tem, obviamente, nenhuma responsabilidade!
Um abraço
Francisco Trindade
LMS pergunta:
ResponderEliminar"Antes de haver doutrina judaico-cristã, as pessoas não eram dignas?"
A doutrina judaico-cristã existe desde a Criação. Deus revelou-se a Adão e Eva, a Caim, Abel e aos seus descendentes.
E as pessoas eram e são dignas exactamente porque a doutrina judaico-cristã é verdade!
"A doutrina judaico-cristã existe desde a Criação. Deus revelou-se a Adão e Eva, a Caim, Abel e aos seus descendentes." Acredita mesmo nisso? Sinceramente?
EliminarÌcarus:
ResponderEliminar"Eles já faziam cerâmica 8000 anos antes de Iahweh criar a Terra"
Provavelmente o Ícarus viu que esses vasos de cerâmica tinham escrito "feito no ano 6000 anos a.C."...
Os sismólogos têm culpa, porque poderiam perfeitamente ter, no momento ou mais tarde, desdito aquilo que o político disse. Ou seja, eles (sismólogos), como membros da Comissão, tinham tanto direito de falar aos mídia como o político presidente da Comissão.
ResponderEliminarÉ claro que nem os sismólogos nem ninguém poderia impedir os edifícios de caírem, mas poderiam perfeitamente ter informado as pessoas de que poderia haver um sismo, e de que os edifícios cairiam caso o houvesse.
Ou seja, têm culpa porque, podendo falar, preferiram todos ficar calados.
Caro Luís Lavoura,
ResponderEliminarO facto de os cientistas conseguirem compreender melhor qual é o risco envolvido, é uma coisa. O facto de as pessoas não conseguirem compreender isso, é outra. A necessidade de informar devidamente as pessoas leva a tentar transmitir a compreensão dos primeiros para os segundos. A pedagogia científica não evita mortes directamente, e portanto nada disto é linear.
Qualquer atitude que os cientistas tivessem tido não salvaria ninguém directamente, e como tal eles não são directamente responsáveis pelas mortes.
Em geral, o facto de que uma acção possa eventualmente evitar uma morte não faz o agente necessariamente culpado por omissão caso essa morte se dê.
Caso contrário, seria igualmente justo penalizar os cientistas caso o terramoto não tivesse acontecido, uma vez que a justiça da penalização por negligência não depende das suas consequências mas apenas da própria negligência. Se uma ama perde uma criança por alguns minutos, mesmo sem consequências, é penalizada por isso. Ora, acho que é bastante claro que ninguém iria julgar os cientistas caso não tivesse havido sismo nenhum, o que sugere que o caso seja de populismo...
Eles apanharam 6 anos de prisão porque um agente intermédio banalizou a percepção de risco de um acidente que não provocaram. Isto terá efeitos nefastos no futuro, porque daqui para a frente todos os responsáveis por transmissão da percepção de risco vão exagerar esse risco, com receio de processos judiciais, com todas as consequências de descrédito que isso acarreta...
Um texto esclarecedor a respeito de risco, culpa e psicologia:
http://rationallyspeaking.blogspot.pt/2012/11/risk-and-blame.html
Por um lado, dificilmente os cientistas italianos voltarão a colaborar com o governo? então pagam-lhes para quê pazinho? em problemas importantes para a segurança ou saúde pública.
Eliminarnão há muito sismólogo que viva fora do peditório público...
em putocale há um que mora ali na rua en frente da loja burnay
mas vive do pó e do cavalo injectável
já os burnay vivem para a loja e para os cavalos
já lá diziam as más línguas dos velhos grãos meister pisani und tal
Francisco Trindade,
ResponderEliminarNão há problema. Até me tinha ocorrido que podia ser alguma confusão dessas; aqui nas internets é tudo vizinho :)
Luís Lavoura,
ResponderEliminarConcordo que os cientistas, e qualquer pessoa que perceba de qualquer assunto, têm uma obrigação moral de corrigir os disparates públicos. Seja de políticos, seja de padres, jornalistas, cartomantes, o que for. É um dos motivos que me leva a escrever este blog, por exemplo.
Discordo, no entanto, que a essa obrigação moral corresponda uma responsabilidade criminal pelos que terceiros dizem. Não me parece nada razoável que um cientista seja condenado por homicídio negligente só porque não se dedicou a acompanhar, assistir e corrigir todas as conferências de imprensa de um político que presidiu a uma reunião na qual o cientista esteve presente. Parece-me uma ligação demasiado ténue para uma responsabilidade dessas, e parece-me violar princípios básicos de justiça que uma pessoa seja condenada a prisão por causa daquilo que outro diz.
"Concordo que os cientistas, e qualquer pessoa que perceba de qualquer assunto, têm uma obrigação moral de corrigir os disparates públicos. Seja de políticos, seja de padres, jornalistas, cartomantes, o que for"
EliminarQueres dizer que políticos, padres, jornalistas e cartomantes não percebem de nenhum assunto? Queres dizer que cientistas não dizem disparates públicos?
Muitos sofrimento e desgraça tem sido causado por quem não sabe dizer que sabe. A humildade de aprender a conviver com o desconhecido ficou entregue aos territórios interessantes da religião. Se, após este caso, mais gente tiver aprendido a dizer "não sei", não foi tempo perdido.
Manel etc...
ResponderEliminarMesmo que haja edifícios impossíveis de reforçar de forma a resistir a sismos, ainda assim é necessário tomar a decisão se se deixa pessoas habitar edifícios que as matem em caso de sismo ou não. Numa região onde se sabe ser provável ocorrer sismos é sobretudo essa decisão que determina o numero de mortos. A ideia subjacente a este julgamento, de que as pessoas podem usar tremores ligeiros para sair de casa antes de vir o sismo maior, é uma imbecilidade.
Uma notícia científica interessante: apesar das homologias genéticas existentes, que corroboram um Criador comum, os seres humanos e os chimpanzés têm mecanismos de regulação de padrões de expressão dos genes substancialmente diferentes o que corrobora a criação de géneros distintos e separados entre si...
ResponderEliminarFrancisco Burnay e Ludwig Krippahl,
ResponderEliminareu afirmei que os cientistas têm culpa. Não disse que essa culpa deva ser transposta para o direito penal, isto é, que seja adequada a pena de prisão a que foram condenados. Concordo com o Ludwig que a responsabilidade dos cientistas é demasiado ténue para que seja justo condená-los judicialmente pela sua falta.
Quando lhes convém, muitos cientistas gostam se se apresentar junto do público como dotados de uma sabedoria especial.
ResponderEliminarQuando esse estatuto especial deixa de lhes convir confessam a precariedade dos seus modelos e a falibilidade das suas afirmações...
O problema é que a sociedade muitas vezes acredita acriticamente no que os cientistas dizem, não vendo que muita da sua "sabedoria" se apoia em modelos imperfeitos baseados em informação incompleta...
É interessante observar como o Ludwig, que aqui se compraz a defender o estatuto especial da ciência enquanto fonte de conhecimento, é o primeiro a descartar a responsabilidade dos cientistas...
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Eliminar"perspectiva",
Eliminarjá sabemos como és, mas mesmo assim apresento uma resposta a esse comentário ridículo.
Sou natural de uma ilha vulcânica - sou açoriano, nascido na Vila Franca do Campo e baptizado na Igreja de S. Pedro -, interesso-me por geologia e já conhecia a dificuldade em prever sismos, inclusive num livro sobre mitos que existem entre leigos, isso já devia ser conhecido por alunos de geologia do secundário e cientistas em 2008 já tinham afirmado que seria necessário mais 20 anos "conseguir um sistema de alerta para sismos") antes do sismo na Itália.
Isso seria suficiente como resposta, mas gostaria de fazer algumas observações, no próximo comentário e, se não é para responder directamente ao que eu disse, desviando o assunto para outro temas ou com observações que não me refutam, agradecia que tivessem a gentileza de esperarem.
O "perspectiva" não gosta de ciência. Pode responder que o que está em causa são os cientistas, não a ciência, mas não me interessa o que ele diz. Ele fala em "acreditar acriticamente", mas é o que ele faz em relação às suas crenças religiosas: acredita dogmaticamente no que está escrito num conjunto de livros da Antiguidade e não coloca a hipótese de estar errado sobre a crença na existência de Deus. Todos nós sabemos disso, até ele próprio e tem orgulho disso. É claro que sem motivos pode apontar para outros dizendo que têm a mesma atitude para as crenças opostas, mas isso também não me interessa. Também pode dizer que os seus dogmas são o princípio para a ciência, mas isso só dá mais força ao que eu afirmei.
EliminarOs seus interesses não são científicos: são político-religiosos. As discussões não são na esfera científica, com especialistas que poderiam ser convencidos a mudar de opinião para mudar o consenso científico. Ele usa o seu papel de advogado - que é a sua profissão para esses fins -, recolhendo pedacinhos do que cientistas dizem, ignorando outros, chegando a conclusão falaciosas. O que me leva à seguinte observação: os advogados são as pessoas mais vis, pelo menos em Portugal.
A minha formadora de alemão, que acompanhava-me nos transportes públicos, disse que tem formação na advocacia e já pensou ser advogada, pois é uma tradição na família, mas desistiu da ideia porque sabe da falta de ética entre os advogados, mesmo no seio da família. Eu próprio já tive uma experiência com uma advogada incompetente e só fui inocentado porque eu, sem ajuda de advogados, provei que estava incapacitado, devido à minha doença, quando devia apresentar-me ao serviço militar (fui considerao inapto).
Noto que existem muitos deputados que são advogados, o que acho inadmissível, pois permite conivência na elaboração das leis como isso ocorre, como a "exclusão do regime dos trabalhadores independentes dos advogados e solicitadores". Portanto, não me admira o comportamento do "perspectiva" nos blogs, como este, e que os cientistas tenham sido condenados. Pode tentar usar a sua retórica habitual, querendo obrigar-me a apresentar fundamentos da ética, mas isso sugere admissão de que as minhas observações são verdadeiras e é irrelevante para o caso se concordamos que os comportamentos são imorais.
Finalmente uma observação final: seres que não são omnipotentes nem omniscientes, sem meios para prever a catástrofe e que afirmaram que não podiam fazer essa previsão, muito antes da ocorrência, foram julgados por homicídio negligente.
Cuidado, que há advogados decentes. Conheço mais do que um advogado decente pessoalmente.
EliminarMas também é verdade que nessa profissão existe uma boa proporção de pessoas de moral duvidosa, e são os advogados decentes que conheço os primeiros a reconhecê-lo...
Aparentemente o Marinho Pinto é um advogado decente.
EliminarEh!Eh!Eh!
EliminarVou refrasear: «os advogados decentes que conheço também o reconhecem».
Assim não me tenho de me pronunciar sobre a decência do Marinho Pinto.
Uma notícia científica interessante: estrelas encontradas "no sítio errado e no tempo errado" lançam ainda mais dúvidas sobre os modelos dominantes de "evolução cósmica"...
ResponderEliminarPedro Amaral Couto diz:
ResponderEliminar"Pode tentar usar a sua retórica habitual, querendo obrigar-me a apresentar fundamentos da ética, mas isso sugere admissão de que as minhas observações são verdadeiras e é irrelevante para o caso se concordamos que os comportamentos são imorais."
Eu sei perfeitamente que não consegue fundamentar a sua ética. Nenhum ateu consegue. A sua ética só é correcta se e na medida em que coincide com a ética Cristã.
A questão não é se concordamos que certos comportamentos são imorais. Podemos concordar em parte.
A questão é que eu posso fundamentar isso com base na minha visão do mundo e o Pedro Amaral Couto não consegue fazer o mesmo a partir da sua visão do mundo.
Se o ser humano é um acidente cósmico produto de milhões de anos de processos aleatórios, predação, sofrimento e morte, com que base é que defende a existência de comportamentos objectivamente imorais?
Justifique...
"perspectiva",
Eliminaracabou de apresentar um exemplo daquilo que critiquei no meu segundo comentário: no meu primeiro comentário mostrei o ridículo do que você escreveu sobre o caso da Itália, mas preferiu ignorá-lo para passar a discutir sobre fundamentos de ética, que não tem importância para o caso. É pura e simples retórica de um desonesto, e isso já era previsível.
Portanto, assume-se que você aceita que eu só disse verdades tanto no meu primeiro comentário como no segundo e você está a tentar refugiar-se para o irrelevante. Se eu disse algo de errado, certamente que apontará onde está o erro. Senão, sugiro que processe Deus por não ter feito mais que os cientistas, que não são omniscientes não omnipotentes.
Em relação a fundamentos de ética, primeiro admito a dificuldade de apresentar uma descrição completa e exacta de quais são as melhores condutas morais, mas porque os problemas morais podem ser imensamente complexos e serem impossíveis de resolver de forma perfeita, considerando que não somos omniscientes nem omnipotentes para tomarmos decisões ideais (e significa que não existe um ser com essas propriedades que seja também perfeitamente bom).
EliminarTambém, apesar de sabermos o que é "bom" e "mau" e conseguirmos usar palavras para explicar uma parte desses conceitos com outros conceitos - prazer e dor, liberdade e limitação, etc. -, não conseguimos defini-los de forma completa. Se fosse possível, haveria consenso entre os filósofos.
Mas também é verdade que nem sequer os que dizem defensores da Teoria dos Mandamentos Divinos acreditam realmente nessa teoria ética e não conseguimos definir com exactidão a maioria dos conceitos, como "religião", "saúde" e "humano", "cão", "gato", "grande", "monte" e a diferença exacta entre "vermelho" e "laranja". Fomos criando esses conceitos por detecção de padrões na aprendizagem, configurando as nossas redes neuronais, passando a fazer parte da nossa intuição sendo aparentemente impossível ser exacto. Senão somos como as crianças do Senhor das Moscas ou como as crianças selvagens - certamente não temos o bem e mal gravados no "coração".
Vai ser sempre mais difícil apresentar um fundamento ético verdadeiro do que um infantilizado como o seu. É preciso o perceber o que significa ser bom ou mau para si mesmo, como um egoísta: evitar o sofrimento, conseguir atingir os nossos objectivos, ter liberdade, etc. (não consigo ser completo). Depois é preciso fazer o mesmo no ponto-de-vista dos outros; por isso os educadores dizem "gostavas que te fizessem o mesmo?". De seguida é preciso compreender que os outros são diferentes - fazer aos outros o que queremos que nos façam não é necessariamente bom. Finalmente é preciso saber fazer compromissos e potenciar equilíbrios entre as vontades dos outros e as nossas, como se houvesse o risco de ficar no lugar dos outros. E o que eu disse foi um resumo.
Eu sei que a tua posição é mais simples, como as vítimas da experiência de Milgram que seriam capazes de matar uma pessoa só porque uma autoridade ordena. Mas é claro que a autoridade nunca faria tal coisa...
Uma notícia científica interessante e recentíssima: os chimpanzés e os seres humanos partilham genes idênticos, a par de sistemas de regulação da expressão genética muito diferentes...
ResponderEliminarTambém isso corrobora a ideia de que foram criados por um Criador comum, embora de géneros diferentes que se reproduzem dentro do seu género...
Uma notícia científica interessante e recentíssima: as asas das borboletas inspiram os engenheiros no desenvolvimento de estruturas e materiais de alta-tecnologia para aviões, tubagens e equipamento médico...
ResponderEliminarOu seja, os designers mais inteligentes procuram imitar o design inteligente presente na natureza...
O João sai de casa 10 minutos mais tarde do que está habituado. No entanto, esse atraso ainda não é suficiente para que chegue atrasado ao trabalho.
ResponderEliminarDepois de apanhar o autocarro, este encontra um acidente que acabou de ocorrer. O acidente leva a um atraso substancial e o João chega atrasado ao trabalho.
É certo que se o João tivesse saído mais cedo de casa, não teria apanhado o autocarro que ficou impedido pelo acidente.
A culpa do atraso é do João? Ele tem a certeza absoluta das horas a que ocorreu o acidente, porque o viu ocorrer à distância, ainda antes do autocarro lá chegar. O autocarro que saíra 10 minutos antes já havia passado esse ponto, e o João sabe que podia estar a bordo dele, a caminho do trabalho.
A culpa do atraso é do João? Aqui o que interessa saber é porquê, quer seja quer não.
Imagine-se então que o João é médico num hospital e que o seu atraso leva a que um paciente não tenha o melhor tratamento possível, resultando na sua morte.
O João deve ser responsabilizado pelo seu atraso? A responsabilidade é do João, ainda que parcialmente, uma vez que não estava lá às horas a que devia?
Imagine-se agora que o paciente que morreu no hospital é uma das pessoas envolvidas no acidente que levou ao atraso do João.
O João ainda deve ser responsabilizado?
Será que este exemplo complica mais do que facilita? Será que alguém me vai responder? Estou a fazer muitas perguntas?
Respondo desde já à última: sim.
Não há um nexo de causalidade adequada...
ResponderEliminarO problema, caro perspectiva, é que duvido que o Francisco seja jurista ou alguma vez tenha estudado Penal
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