quarta-feira, junho 13, 2012

Evolução: mutações aleatórias.

A teoria da evolução é, da ciência moderna, a teoria que mais claramente refuta a crença de termos sido criados à imagem de um deus. Talvez por isso seja a mais criticada por quem não percebe nada de biologia. Ou de ciência. O Orlando Braga é um exemplo disto. «Segundo Sir Fred Hoyle, a probabilidade de 20 amino-ácidos se juntarem aleatoriamente na sequência correcta para formarem uma proteína, é de 1040 [1 seguido de 40 zeros]»(1). Além de se enganar, repetidamente, nos valores de probabilidade (é de 1 em 1040; não faz sentido dizer que uma probabilidade é de 1040) e de alegar absurdos como «o número 1050 já é considerado uma impossibilidade matemática; 4) o número total de átomos em todo o universo é estimado em 1080», aparentemente sem sequer perceber a contradição no que escreve, esta invocação falaciosa da autoridade de um astrónomo para um cálculo trivial – há 20 tipos de aminoácidos, pelo que a probabilidade de uma sequência de N aminoácidos surgir aleatoriamente é simplesmente de um em 20N – é irrelevante por duas razões. Primeiro, porque não é preciso a proteína ter exactamente aquela sequência. Nas proteínas presentes entre seres vivos, basta que um quarto da sequência seja idêntica para que a estrutura seja praticamente igual (2), pelo que o alvo a atingir para obter uma dada estrutura é muito maior do que uma só sequência. E, em segundo lugar, porque a evolução não faz uma amostragem aleatória completa, juntando todos os aminoácidos aleatoriamente, mas sim acumulando mutações ao longo de muitas gerações e sempre sujeitas a pressão selectiva para eliminar as menos favoráveis, pelo que o espaço de possibilidades é muito menor.

Mas o exemplo mais interessante na crítica do Orlando é o que ele dá acerca da resistência aos antibióticos em bactérias. Numa cultura de bactérias sensíveis a um antibiótico pode haver uma pequena percentagem de mutantes que, devido a essa mutação, resistem ao antibiótico. «O problema é saber se essa micro-mutação [...] é aleatória ou se é conduzida pela própria célula, como organismo vivo, que se auto-impõe uma determinada adaptação em função e em resposta ao meio-ambiente». É verdade, essa questão tem de ser respondida, se a mutação é aleatória e precede a exposição ao antibiótico ou se ocorre como resposta à exposição ao antibiótico e não por acaso. Para o Orlando, basta ficar por aqui e pronunciar, da cadeira, que essa «dedução [teoria] segundo a qual a evolução [...] resultou de uma selecção natural mediante mutações aleatórias[...] é uma metafísica que se aproxima de uma certa religiosidade.»

Felizmente, os cientistas são menos preguiçosos. Em 1943, Salvador Luria e Max Delbrück fizeram uma experiência para responder a esta pergunta, usando como caso de estudo a resistência de bactérias a um vírus. Quando uma cultura de bactérias é infectada com um bacteriófago, um vírus que ataca bactérias, a maioria das células é destruída mas algumas resistem à infecção e todas as suas descendentes serão resistentes também. Alguma mutação torna essa linhagem resistente ao vírus. O que Luria e Delbrück fizeram foi obter culturas, em meio líquido, a partir de bactérias isoladas. Uma bactéria divide-se em duas, depois quatro, oito e assim por diante, em crescimento exponencial enquanto houver nutrientes. Depois, inocularam cada cultura com bacteriófago, retiraram uma amostra do líquido e espalharam numa placa com meio sólido de cultura. As bactérias que sobreviveram formaram colónias, visíveis a olho nu, e que permitiram determinar a quantidade de bactérias resistentes em cada cultura.

Se a mutação ocorresse em resposta à infecção pelo vírus, ou como o Orlando pomposamente escreve «conduzida pela própria célula, como organismo vivo, que se auto-impõe uma determinada adaptação em função e em resposta ao meio-ambiente», seria de esperar que se formasse um número semelhante de colónias em todas as placas porque todas as bactérias resistentes seriam sobreviventes de populações semelhantes aquando da infecção pelo vírus, com probabilidades semelhantes de adquirir resistência. Em contraste, se a mutação ocorresse aleatoriamente, já estaria presente na população antes do vírus ser introduzido na cultura, e a fracção de bactérias resistentes dependeria da geração na qual a mutação teria surgido. Como o crescimento é exponencial, a cada geração mais cedo que surja a mutação duplica o número de resistentes. Assim, o número de colónias nas placas iria variar muito, conforme a geração em que a mutação teria surgido. E foi esse o resultado (3).

A origem aleatória das mutações não é especulação dogmática, nem metafísica, nem fé. É uma hipótese bem testada, com quase setenta anos de suporte experimental. Aquilo que leva o Orlando Braga a concluir que «O princípio darwinista das mutações aleatórias presentes no surgimento da vida, está errado» não são as evidências nem qualquer problema com a teoria que ele critica. É apenas não ter dedicado uns minutos a pesquisar o assunto na Wikipedia.

1- Orlando Braga, A confusão darwinista: micro-mutações = macro-mutações = vida
2- Wikipedia, Homology modeling.
3- Na Wikipedia há uma explicação simples da experiência, Luria–Delbrück experiment, e aqui está o artigo original: Mutations of Bacteria from Virus Sensitivity to Virus Resistance

35 comentários:

  1. Permita-me discordar, Ludwig. A teoria da evolução mostra-nos a maravilhosa obra de Deus. A ciência, a actividade científica, os cientistas, ajudam-nos a compreender o maravilhoso universo que habitamos. Não entendo como pode alguém imaginar uma luta entre religião e ciência se ambas nos levam a descobrir Deus.

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    1. Não vejo que haja «luta», há apenas uns que vêm deus em todo o lado, outros que não o vêm (nem precisam de o ver) em lado nenhum...

      O primeiro caso é explicado pela forma como o nosso cérebro adora ver padrões onde eles não existem :) (fomos seleccionados naturalmente para sermos extraordinariamente bons a determinar padrões mesmo que estes não existam)

      O segundo requer o recurso à razão, à lógica, e à razoira de Occam para não precisar de explicar nada recorrendo a hipóteses excessivas. Não é preciso descobrir o que não existe para apreciar o maravilhoso universo em que habitamos.

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    2. Occam era criacionista...

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    3. Claro que há luta, claro Luís Miguel Sequeira. Leia-se o post do seu primo e o seu comentário.

      Discordo do seu último parágrafo: pela minha experiência, a razão, a lógica, etc., pára no preciso momento em que se vislumbra a presença de Deus. Aí, o cérebro refugia-se no "acaso", no "aleatório". Às vezes, penso que o "homus atheistis" será um novo ramo dos humanos, uma espécie de involução da evolução. É uma hipótese científica a explorar ;-)

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    4. Csro perspectiva

      Desconfio que o Luís Miguel Cerqueira é um crente disfarçado nas hostes ateístas... Tem enviado sinais encriptados nos comentários que faz... Só ainda não percebi se é protestante ou católico...

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    5. António Parente,

      Eu não sou infalível. Por isso, quando formo uma opinião acerca dos factos tenho sempre de me acautelar, na eventualidade de me enganar. Isto implica que só considere uma opinião aceitável se houver maneira de saber se me enganei.

      Vamos imaginar que essa hipótese de tudo isto ser obra de um deus está errada. Se for esse o caso, como é que podemos saber que está errada? É que se não há forma de o saber, ao aceitar essa hipótese arriscamos cometer um erro do qual não poderemos recuperar.

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    6. Ludwig Krippahl

      Não me parece que em relação a questões religiosas, tenha dúvidas ou pense que está enganado. Nesse campo, penso que só tem certezas.

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    7. António,

      Claro que tenho certezas. Tenho a certeza de que não tenho a casa a arder, por exemplo. É uma certeza no sentido em que tenho tanta confiança nisso que nada me pode fazer ficar mais confiante. Se me mostrarem uma fotografia da minha casa e me disserem olha, não está a arder, eu respondo obrigadinho, mas isso já eu sabia. Mas se me cheirar a fumo a certeza passa a dúvida, e se vir labaredas passo a ter a certeza contrária. Ter certezas não implica prescindir da capacidade de mudar de ideias.

      O que me traz de volta à minha pergunta, que não respondeste. A certeza de que a minha casa não está a arder é testável, sujeita a ser alterada pela força das evidências. Como é que posso fazer o mesmo com essa tua hipótese?

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    8. Ludwig,

      A existência de Deus não é testável, pelo menos nos termos do empirismo ateísta. Já conversámos em tempos sobre este tema. Eu não testo o amor da minha mulher e dos meus filhos por mim. Não os ligo a máquinas para no momento em que dizem que gostam de mim há alterações cerebrais nos campos "mentira" e "verdade" ver se estão a ser sinceros. Duvido que alguém faça isso. Confiam e eu confio. Há coisas que a ciência não dá resposta. Vale-se das muletas do acaso ou aleatório até conseguir encontrar um padrão anteriormente não detectado. Com a religião cristã (não respondo pelas outras) não há ciência que me valha. Não me podem ajudar. Pode ser que um dia o consigam mas até hoje não aconteceu.

      O que eu contesto é as primeiras frases do post. Não me parece que a biologia coloque alguma coisa em causa. Sei que há uma guerra entre primos ateístas e primos criacionistas mas passa-me ao lado. Não põe em causa a minha fé nem a minha visão do universo. Talvez porque eu seja um Kantiano e faça as perguntas certas aos especialistas nos assuntos: ciência no caso da descrição da natureza, moral no caso da religião. Não falo de aminóacidos com o padre da minha paróquia (excepto se tiver uma formação em biologia) tal como não pedirei conselhos em moral e ética a um doutorado em física (excepto se tiver ou doutoramento em ética e não for preconceituoso).

      Eu nem teria comentado se a frase tivesse sido escrito de forma diferente. Por exemplo: "A teoria da evolução é, da ciência moderna, a teoria que mais claramente refuta a teoria científica denominada criacionismo". Parece-me mais correcto.

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    9. O criacionismo não é uma teoria científica.

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    10. Tomás

      A minha mensagem era dirigida ao Ludwig e penso que ele percebeu. ;-)

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  2. Yes they are better, they don't express very well and are morons, (amerikan moronic style) but is because of the gold rush and methoxyethylmercury and arylmercury compounds in the food chain i s'pose they become megalo.... megalomania is a american hobby i s'pose they're better than most, it's normal is a
    psycho-pathological condition characterized by delusional fantasies of power, relevance, or omnipotence.
    American's can't be better is a organization characterized by an inflated sense of self-esteem and overestimation
    America release mercuric ions and they act like inorganic compounds
    methyl-morons and moronicethylmercury have a firm bond, or grasp over the whole country (U.S of A ..or us of A ...megalo you see?
    The whole American soil is a compound toxic

    Bind with –Cys and –SH, block enzymes, destroy haematoencephalic (blood-brain) barrier, increase permeability in very very small doses of krippahlidade

    Don't have corrosive effect on krippahl babies mucosas
    In krippahlic blood transported bound to krippahlithrocytes

    They have high affinity to neural tissue but not in krippahl's they don't have any

    Cummulate also in liver and kid ney matogrosso
    Cross the krippahl placenta and have fetotoxic effect in krias krippahlicas
    Excretion to faeces, urine, milk, sweat, saliva.....linguados e afins

    Deposition in hair the opera rock you see ...and in krippahlóide skin, excretion very very very light slow.....dance?

    afecta todos os Parentes de Krippahl

    todos de resto filhos de Eva (de Natal)
    que pôs os filhos na casa pia de deus

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  3. Daqui se vê que um coirão alemão pode tirar Bioquímica quântica como a merckel nazionale ou genética birtualista

    e nã perceber niente supra esso é melhor que bp...

    o facto da krippahlidade reynante dizer que há pessoas alérgicas a mercúrio

    indica que nada percebe sobre os mecanismos imunitários que desencadeiam a alergia

    é necessário um primeiro contacto para desencadear uma posterior resposta do systema imunitário

    por falar nisso Fred Hoyle além de péssimo autor de ficção científica

    é o defensor do steady state...é um fixista pré cristão
    não acredita(va) que deus fez luz com o big bang

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  4. Há uma confusão comum sobre probabilidades que é supor que acontecimentos são independentes quando não o são de todo. O Orlado, ao dizer "20 amino-ácidos se juntarem aleatoriamente na sequência correcta", está a fazer uma afirmação que tem tanto de falaciosa como de errada. Como se cada momento do tempo fosse independente do precedente, e lá estavam os tais 20 amino-ácidos a organizarem-se aleatoriamente, fazendo tábua rasa sobre a organização existente, por exemplo, um micro-segundo atrás.

    Imaginar que as coisas se passam assim é similar a ficar perplexo como é que foi possível que eu tivesse um nariz similar ao do meu pai e os olhos similares aos da minha mãe. É que há milhões de tipos de narizes e milhões de tipo de olhos e... voilá!!! Que coincidência!!! Foi logo calhar-me olhos e nariz similares aos dos meus progenitores... Qual é a probabilidade então de eu ter olhos e nariz parecidos com os meus pais? 1 em 10^15?

    O que resta saber nesta história é se isto é mesmo ignorância matemática ou se é feito de forma propositada para tentar enganar os menos atentos...

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    1. Estimado Pedro Ferreira,

      O seu exemplo dos olhos e nariz parecidos com o seu pai só corrobora o que a Bíblia diz sobre o carácter programado e não aleatório da reprodução dos seres vivos de acordo com a sua espécie. Nada que um criacionista não saiba.

      Esse seu exemplo nada diz sobre a probabilidade da origem acidental da origem acidental da vida e da ordem de que ela dependeou sobre a probabilidade da evolução


      Quem não tiver tempo para ler estes artigos, sempre pode ver e ponderar um breve mas sugestivo vídeo

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  5. 1) Os criacionistas não negam as mutações aleatórias. Apenas chamam a atenção para o facto de que elas criam ruído que destrói a informação genética pré-existente, tendendo a criar doenças e morte, como pode ser amplamente corroborado pela literatura médica.

    2) Novos estudos mostram que a adaptação das espécies às pressões ambientais envolve a combinação regulada e integrada de muitos genes o que mostra que está pré-programada no genoma e não é aleatória.

    3) A resistência das bactérias aos antibióticos não transforma bactérias em bacteriologistas. Apesar da sua elevada taxa de reprodução e de mutações, as bactérias continuam a “evoluir” para bactérias da mesma espécie, confirmando a Bíblia.

    4) Nalguns casos a resistência das bactérias aos antibióticos já existe no genoma, noutros ela é adquirida por transferência horizontal de informação genética pré-existente e noutros ela deve-se à destruição das passagens que o antibiótico usa para progredir. Em caso algum há introdução de informação genética nova, capaz de criar espécies novas e mais complexas.


    5) O Ludwig nada diz sobre a origem das bactérias, sendo que estas revelam design inteligente na medida em que dependem da distinção clara entre informação essencial e não essencial e possuem um mecanismo complexo de protecção das mutações aleatórias.


    5) Nada do que o Ludwig diz prova a origem acidental da vida ou a transformação de bactérias em bacteriologistas ao longo de milhões de anos. Todo conhecimento científico sobre as bactérias faz todo o sentido à luz das doutrinas bíblicas da criação e da corrupção mencionadas nos primeiros capítulos do livro de Génesis.

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    1. se os criacionistas não negam as mutações aleatórias, então o que pensam do acumular de mutações ao longo de gerações?

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  6. Discutir com o Orlando é inútil.

    Toda a fonte que dê para justificar é, para ele, parte da "conspiração darwinista".

    th

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  7. ***** OFF TOPIC *****

    Estimados ludwikings,

    Sou aquele tipo de gajo que subscreve sempre os comentários por mail para acompanhar a debulha. E imagino que muita gente faça como eu porque é a maneira mais cómoda. Só que com a nova modalidade de colocar comentários noutros comentários, sem citar a frase ou parte do texto que suscita o novo comentário, os movimentos tornam-se mais confusos e perde-se muita emoção.

    Na lista de mensagens do Gmail fica-se sem saber quem cravou o biqueiro nas nalgas de quem, qual o ludwiking que fechou o punho e qual perdeu dois dentes da cremalheira. Por isso peço-vos, em benefício da nitidez, que escrevam os comentários à boa maneira antiga sempre no final da caixa de comentários, nomeando o destinatário e citando, se necessário, a frase anterior que o suscitou.

    Obrigado a todos pela compreensão.

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  8. perspectiva,

    Das quatro uma:

    1) Ou não percebe nada de probabilidades, mesmo os conceitos mais básicos;
    2) Percebe o suficiente mas não compreendeu a comparação que fiz com a probabilidade de eu ter o nariz e olhos similares aos dos meus progenitores;
    3) Percebeu perfeitamente e discorda de mim, alegando que o que eu disse é errado;
    4) Percebeu mas finge não ter percebido.

    Se for o caso 2) e se quiser ainda posso fazer o esforço. Afinal de contas posso não ter sido capaz de ter explicado convenientemente o que pretendia com a comparação. E fá-lo-ei com muito gosto.

    Se for o caso 3), é com gosto que discutirei o assunto.

    Se for o caso 1) ou 4), não me vou dar sequer ao trabalho de escrever uma única palavra pois tenho coisas muito mais interessantes para fazer. Espero que compreenda.

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    1. Estimado Pedro Ferreira

      O que o Pedro Ferreira diz não tem nada que ver com a probabilidade da origem da vida e do código genético e da evolução de uma espécie para a outra (que nunca foram observados!).

      Pelo contrário, apenas tem que ver com a reprodução dos seres vivos de acordo com o seu género (que são observados em todos os casos), tal como a Bíblia ensina.

      Essa reprodução segue segue um código e informação codificada, ou seja, um programa, que constitui evidência por excelência de inteligência.

      É graças a esse código, com instruções precisas, que "gaivotas dão gaivotas, e não gatos", como o Ludwig bem lembra, e girinos dão sapos, e não focas...

      P.S. A mim não me interessa debater com os evolucionistas quando os seus argumentos confirmam o criacionismo...

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  9. dAS 5 duas: esta gente ficou toda marada com a crise

    c9) já eram assim quando nasceram

    c4) acumularam mutações na mioleira via raios x e agora começan a comprimir o tecido funcional que lhes resta

    colt44)comeram muita carne de vaca...com priões na FCUL ou na Nova tante fax

    pois tenho coisas muito mais interessantes para fazer....a sério?
    olha que deves ser o único pá...

    não abandones a relação com a perspectiva voçês têm futuro...
    reprodutivo nã sey
    mas podem sempre adoptar...há fitness acrescida nisso...

    Off-topic stressante houve um ruski Belyakov que andou dúzias de anos a reproduzir animais que possuiam baixa agressividade

    raposas euro-asiáticas ao fim de 50 gerações os resultados em termos de divergência a partir de um gene mutado... ou conjunto poligénico que afectava o comportamento...e não só... expressa-se em centenas de fenótipos invulgares

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  10. Quando vejo até o perspectiva a dizer que existem "mutações aleatórias" fico perplexo. Suponho que aleatório quer dizer que algo tanto podia ter acontecido como podia não ter acontecido. Mas isto não é uma explicação. É uma simples constatação de ignorância sobre as causas de algo. Parece-me.

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  11. Pedro,

    «Discutir com o Orlando é inútil.»

    Concordo que é pouco provável que o Orlando mude de ideias ao ler o meu post. Mas mudar o Orlando não é um objectivo importante para mim. Mais importante são as confusões que ele faz, porque revelam algo que pode valer a pena explicar. Mais importante ainda é o gozo que dá discutir com o Orlando :)

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    1. Pois é Ludwig, mas bactérias "evoluem" sempre para... bactérias da mesma espécie!

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  12. Sofrologista,

    Quando dizemos que as mutações que conferem, por exemplo, resistência a um vírus, são aleatórias estamos a dizer, em primeiro lugar, que o mecanismo que gera a mutação não tem qualquer correlação com o vírus. Isto é importante, no caso da evolução, porque demonstra que a evolução não é um processo inteligente que antecipe a necessidade de algo. O limpa pára-brisas é criado antecipando a necessidade de limpar o vidro quando chover, mas a mutação na hemoglobina que causa anemia falciforme não surgiu por antecipação a infecções pelo parasita da malária. Surgiu por acaso, no sentido de não ser causada por nada daquilo que, posteriormente, lhe poderia conferir alguma utilidade.

    Mas, independentemente disto, o que sabemos pela mecânica quântica é que estes acontecimentos são fundamentalmente aleatórios no sentido mais forte de resultarem de efeitos sem causa. O quebrar de uma ligação química tem correlação estatística com certos factores mas, em detalhe, quando e como ocorre não é determinado por causa nenhuma. Isto não é apenas por haver causas que desconhecemos. Já se testou essa hipótese, e o resultado sugere que não há lá causa nenhuma para conhecer sequer.

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    2. Não há causa nenhuma para conhecer sequer até que surja um cientista brilhante que demonstre o contrário. Parece-me que assim fica melhor.

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  13. Pois é Ludwig, mas falta demonstrar que essas mutações conseguem transformar bactérias em bacteriologistas em milhões de anos...

    É que apesar da elevada taxa de mutações e de reprodução das bactérias, estas "evoluem" sempre para...bactérias(!), e por sinal perdendo genes no processo como estudos recentes demonstram (!)...


    Ficam então algumas perguntas interessantes:

    1) Como poderiam as bactérias transformar-se em bacteriologistas através de perdas sucessivas de genes ao longo de milhões de anos?

    2) De onde teriam vindo os genes iniciais das bactérias?

    3) Teriam eles também evoluído a partir de perdas sucessivas genes iniciais?

    4) De onde e como teriam esses genes iniciais evoluído?

    P.S.

    Essa dos efeitos sem causa não é próprio de um cientista... ...mesmo os eventos improváveis têm causa, essa causa é que não tem que ser aleatória...

    Seria muito improvável todas as peças de um Airbus A380 se reunirem por acaso e formarem esse avião. Mas isso pode ser feito por design inteligente...

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  14. Ludwig

    Dizes que: "não há lá causa nenhuma para conhecer".

    No pressuposto que seja de facto assim, tal implica noções que nos colocam fora do tempo e do espaço. Com efeito, a noção de não-causalidade implica que antes do momento do fenómeno, essas dimensões não existam. Mas, nesse caso, em termos de compreensão humana, estamos numa dimensão metafísica.

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  15. É interessante que para defender a evolução o tem que rejeitar tudo o que a filosofia e a ciência têm dito sobre a causalidade...

    Quando um aluno do Ludwig copiar, bem pode defender-se dizendo que a cábula um "efeito sem causa" que o Ludwig não o poderá desmentir...

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    1. Ou poderá dizer que foi "por acaso", que não havia intenção nenhuma na cábula, que apareceu aleatóriamente na manga casaco, tal como podia ter aparecido atrás da orelha...

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  17. A pseudo ciência criou a religião da evolução
    As mutações de uma espécie não a transformam em outra espécie
    Nas ciências Biológicas no estudo das mutações ao procurar se separar os indivíduos mutantes dos não mutantes sempre ocorre que mutantes ao se reproduzirem revertem a mutação.

    Isso está amplamente comprovado na separação de cepas resistentes a antibióticos. O que a ciência faz? aplica mais agente indutor da mutação até que todos os mutantes não revertam mais a mutação. Mesmo assim nada impede que os mutantes revertam em alguma outra geração a mutação, porque sempre serão da mesma espécie com uma ou outra característica alterada por uma mutação.

    Os Darwinistas na ânsia de defenderem a sua religião, porque precisa da fé cega para crer na teoria da evolução, nunca provam que as mutações transformam uma espécie em outra espécie.Confundem-se e não entendem que o desenvolvimento de uma espécie ou capacitação dessa espécie adquirida por mutações, nunca será evolução em uma nova espécie.

    Está comprovado que as mutações podem desde destruir ou até mesmo desenvolver e melhorar a espécie diante do meio ambiente, mas a espécie é imutável, ela permanece protegida por seu DNA. Quando Darwin formulou a teoria da evolução ele não criou uma religião, ele agiu cientificamente para os padrões da época.

    Quais eram os padrões científicos da época de Darwin?

    De 1836 até 1860 Darwin formulou sua teoria e somente em 1860 Thomas Henry Huxley cunhou o termo teoria da evolução. Nessa época sequer se conheciam os micro-organismos. A ciência acreditava no éter do espaço e na abiogênse da vida.

    Somente em 1860 Pasteur fez seus experimentos iniciais e revelou os micro-organismos.

    Somente em 1863 pelas observações de Florence Nightingale se passou a fazer assepsia em doentes e hospitais. Nessa época os médicos saiam dos necrotérios e sem lavar as mãos e sem nenhuma assepsia iam fazer partos e a mortalidade das mulheres era de mais de 20%.

    Somente em 1869 Johann Friedrich Miescher iniciou uma descoberta que ficou encoberta à ciência por muitos anos. Até que, em sete de março de 1953, James Watson e Francis Crick descobriram a estrutura do DNA. Com o tempo e com mais pesquisas se chegou no nome atual, ácido desoxirribonucleico.

    Só agora se pode entender que o DNA é uma estrutura que mantém cada espécie como cada espécie ,protegendo-as das mutações destrutivas e até revertendo as mutações ocorridas.

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