domingo, junho 26, 2011

Treta da semana: “nós”.

No Prós e Contras desta semana, a Isabel Vaz, administradora do Espírito Santo Saúde, defendeu que temos de cumprir o programa da troika porque o Estado o assinou, nós assumimos todos um compromisso de honra e, em troca, recebemos 78 mil milhões. Acrescentou que «Quando nós gastámos mais do que devíamos, fizemos uma gestão péssima do nosso dinheiro público, uma gestão péssima da nossa economia e agora estamos de mão estendida é evidente que temos de ser um bocadinho mais humildes» (1). Também esta semana, foi anunciado o despedimento de 380 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (2). Agora, para serem mais humildes, terão menos subsídio de desemprego, menores indemnizações e menos probabilidade de encontrar emprego devido à contracção da economia portuguesa.

Este “nós” incomoda-me. Não sinto que eu tenha sido eu, nem os trabalhadores dos estaleiros de Viana, quem geriu pessimamente o dinheiro público ou a nossa economia. Não fomos “nós” que assinámos parcerias público-privadas, que comprámos casas e terrenos com contas offshore ou acções da SLN a preços de amigo. Também não fomos “nós” que usámos os juros baixos do Banco Central Europeu para criar dívidas e lucrar com os juros mais altos cobrados a outros, ou que afundámos o BPN com maroscas e especulação. Este “nós” é um punhado de (ir)responsáveis que encheram os bolsos a afundar a economia, mais a pequena minoria que vai prosperar com a venda a saldo do património público e outras medidas de “austeridade” e, finalmente, a grande maioria que vai pagar a conta.

Também não somos "nós" quem vai receber o dinheiro. Nem eu, nem os trabalhadores dos estaleiros, nem a maior parte das pessoas. Uma grande fatia é para os bancos nacionais. O Banco Espírito Santo, por exemplo, prepara-se para recolher €1,250,000,000 (3) emprestado com garantia do Estado. Ou seja, com a garantia da parte do “nós” que depois lhes terá de pedir este dinheiro emprestado. A juros. E o resto é para pagar empréstimos aos bancos internacionais, nas condições que estes impuserem. Além disso, os 78 mil milhões que vão para uma pequena parte de “nós” terão de ser pagos pela parte restante, com mais 25 mil milhões de juros, em troca de medidas de austeridade. Os sacrifícios que “nós” teremos de fazer não vão ser equitativamente distribuídos entre os administradores do Espírito Santo Saúde e os trabalhadores dos Estaleiros de Viana. A ideia de que estamos todos nisto por igual, que partilhamos todos a mesma responsabilidade e os mesmos sacrifícios, é uma bela treta com que têm embarretado os eleitores.

Mais triste ainda, nada disto resolve os problemas principais. Cria oportunidades para alguns fazerem dinheiro com privatizações e recapitalizações, às custas dos contribuintes, mas só vai agravar o endividamento enquanto diminui a capacidade de pagar as dívidas. Os empréstimos são uma boa forma de canalizar capital para oportunidades produtivas, e o sistema bancário é necessário para isso. Mas, se não for devidamente regulado, os empréstimos acabam por servir apenas para os bancos tirarem às pessoas ainda mais dinheiro do que elas têm.

Ao contrário do que afirmou a Isabel Vaz, este problema não se resolve com uma atitude «de trabalho, de rigor, de estudo» e essas coisas. Isso é sempre bom mas, por si só, não adianta porque o ciclo de endividamento e austeridade vai apenas continuar até algo estalar. A solução para este problema tem de ser política. Por exemplo, para poupar dinheiro, o Estado alterou unilateralmente os contratos da função pública e as pensões, faltando ao que, nas palavras da Isabel, seria um compromisso de honra assumido por todos. Se tem de ser, pois que seja, mas que não seja só para uns. Se é para faltar ao prometido, que se altere também os contratos de dívida, as parcerias público-privadas e até as condições impostas pela troika. Se a necessidade justifica a alteração unilateral de contratos – e concordo que seja esse o caso – então não se pode invocar esta treta do compromisso de honra e afins. O que se deve exigir é que o sacrifício seja distribuído de forma equitativa. Mas isso, obviamente, não interessa aos administradores e políticos, que estão solidários com o esforço que “nós” temos de fazer desde que o sacrifício deles seja só andar de avião em económica ou dizer aos outros que trabalhem mais.

1- RPT, Prós e Contras, esperança no futuro, 2ª parte, aos 25:51.
2- Agência Financeira, Estaleiros de Viana vão despedir 380 pessoas
3- Diário do FMI em Portugal, Nacionalização da Banca

22 comentários:

  1. Nas sacrossantas parcerias não se toca nem com uma vara. Porque o Estado é pessoa de bem, e tem de honrar os seus compromissos.

    Mas a honra pode ir ao ar para alterar os contratos do Estado com os pequenos.

    O Estado tem princípios, mas só quando a outra parte pode pagar bem aos advogados...

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  2. O "nós" é a nação.
    "Nós" temos de pagar a divida ou os "outros" mandam-nos prás couves.
    "Nós" impomos as leis fiscais que nos apetecer, os "outros" é que podem não querer permanecer connosco.

    A culpa é nossa e dos trabalhadores de Viana também. Somos de brandos costumes.

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  3. nmhdias,

    O problema é que o "nós" não é a nação. É os bancos a receber doze mil milhões enquanto os pensionistas recebem cortes nas reformas. São os contratos com os pobres poderem ser quebrados pelos patrões pagando menos indemnizações enquanto aos ricos vende-se, em saldos, empresas que supostamente são de nós todos.

    Concordo que a culpa de deixar que façam isso é nossa -- em grande parte dos 41% que foram passear em vez de votar -- mas é por isso também que defendo que não se devia deixar que o fizessem.

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  4. Coitados dos ratos que escolhem gatos para os governarem.

    Ludwig,
    Podes colocar uns botões para partilhar o post nas redes sociais? Facilitava muito a tarefa de partilhar a mensagem com os meus amigos.

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  5. Petição Pelo rigor na cobertura mediática do acordo com a "troika": um empréstimo não é uma ajuda

    http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N10406

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  6. (Este comentário é do Ricardo Duarte, que tem tido alguns problemas em conseguir comentar aqui)

    Caro Ludwig,

    Sigo há algum tempo o seu blogue e nele encontro temáticas que também concordo em pleno: o ateísmo, os direitos de autor e pirataria e de forma geral o pensamento cientifico de alguma forma sempre presente nos seus escritos. Cheguei uma vez a basear-me num dos seus textos para publicar uma opinião no meu blogue.

    O “nós” que aqui refere, não obstante o carácter justificativo de uma política incompetente ou quem sabe, criminosa, que encerra em si próprio, é próprio também de uma mentalidade cultural onde predominam diversos líderes e que a sua função é fazer crer aos restantes que os devem seguir, que devem pautar a sua acção simplesmente pelo que lhes é transmitido.

    Esse “nós” não é aglutinador de um todo pois não satisfaz o interesse geral. Como tal, só representa o particular, e de uma minoria. Por isso, e por tudo o mais, a maior mudança que se impõe é a de mentalidade.

    Daria pano para mangas esta argumentação, no entanto se tiver interesse e disponibilidade convido-o a visitar o meu blogue linhasdesintra.blogspot.com onde ainda hoje publiquei uma opinião que de alguma forma enquadra o que aqui exponho.

    Cumprimentos,

    Ricardo Duarte

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  7. Ludwig,

    O "nós" são as médias. É evidente que eu acharei mais mal empregue o dinheiro que a "nossa" escola gasta com disciplinas que têm a presunção de ensinar a decidir hostilizar a religião do que tu. Ou tu acharás que são mal empregues os benefícios estatais que instituições que acolhem moribundos possam ter, só por serem de conotação religiosa. Mas, para o melhor e para o pior, há numeros que nos juntam a todos e pelos quais todos somos responsáveis.
    Agora, que eu gostava de saber qual o nome do responsável pela decisão de construir um autoestrada entre Almeirim e Santo Estevão gostava.

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  8. Este “nós” incomoda-me.

    A mim tanbien não fui eu que construi formicários com vidro made in china e com materiais made in vietname


    Não sinto que eu tenha sido eu,que comprei casa em Odivelas com um cimento de produção nacional mas vigas importadas da china
    madeirames e assoalhos do Brasil empregada doméstica do Ceará
    prostitutas made in Roménia Mercedes made in Benz
    Telemóveis made in Finlandia ( tengo uno oferecido in 1999 que estou à espera de reciclar ou de reoferecer quando for considerado antiguidade

    os safáris que fiz in africa foram para ganhar uns cobres e apanhar malária

    as excursões ao leste foi pra ganhar uns cobres e apanhar escarlatina

    a France pra apanhar maçã e escoar contentores para os intermarchés d'Al kanena

    a Alemanha para me intoxicar com os pesticidas e sub-produtos das naftas

    no mar do Norte para congelar um pé e perder 3 dedinhos (ok 3 falanges)


    nem os trabalhadores dos estaleiros de Viana,

    que só conseguiam competir com os indianos se ganhassem 300 euros ao mês ou fizessem melhor trabalho ou mais rápido

    quem geriu pessimamente o dinheiro público ou a nossa economia.

    então foi quem ? os alien's?

    a Manela Ferreira Leite?


    Não fomos “nós” que assinámos parcerias público-privadas, que comprámos casas e terrenos com contas offshore ou acções da SLN a preços de amigo. Também não fomos “nós” que usámos os juros baixos do Banco Central Europeu para criar dívidas

    eu não fui de certeza nunca comprei nada a crédito

    mas uns milhões de krippahl's compraram...

    e gente que ganha menos do que eu

    e incomparavelmente menos do que o Kripp

    comprava um quarto de milhão de carros novos por ano

    em 20 anos 5 milhões a 10.000 euros cada

    50.000 milhões de euros

    70 milhões de telemóveis desde os anos 90
    a 50 euros em média 3.500 milhões

    45 milhões de PC's desde os wang a 120 contos em 1985
    aos apples a 150 contitos em 92 e aos acer toshiba e similares
    a digamos 100 contos em média 500 euritos

    22.500 milhões de euros e junto as impressoras e os toner's de graça

    houve universidades e institutos como a da Beira ANTERIOR Ao PASSOS MORGADO
    que em 25 anos compraram 10.000 pc's dá 400 ao ano
    a nova não sei qual é o parque de comput's

    na FCUL um só departamento atirou 250 velhos 486 para o lixo quando chegou o Pentium Uno

    a Fundação duma faculdade dita de ... gastou num ano 2milhões em portáteis

    pois centrifugadores a 35mil euros em que o vendedor ganhava 10% de comissão

    lá a sua universidade nova são só pessoal casto e de uma frugalidade imensa

    basta ver quanto custou a transformação dumas cavalariças num departamento de matemática com um chefe de departamento vindo directamente de Macau e anteriormente da dita Universidade de évora
    e antes aluno suma cum laude e estatístico de 1ª

    a educação é de graça

    mas alguém a paga

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  9. e um krippahl com 20 anos na universidade dita nova nunca reparou nesta educação de lixo

    onde salas de estudo servem para jogar tetris e quake e trocar mails de conteúdo vário e enviar link's da katizinha das calças coladas ao pacote

    ou andar a blogar a 100 à hora
    coisa que eu tamém não fazia...
    só usava o computador no trabalho para trabalho mesmo...

    e em 2001 para ver o que eram os chat's

    e em 95 para jogar quake

    e em 91 pró Mahjong

    e em 1985 para o war nunca gostei do Sopwith Camel e o space invader's sou muy lento

    mas nunca comprei um pc tão sempre desatualizados

    logo desses 45 milhões comprei um in 2010
    para 10 milhões de tugas (palavra vinda da Guiné e termo depreciativo do pessoal do PAIGC por aqueles cornos que tinham tudo e inda vinham limpar a mancarra a quem nada tinha

    não foram bocês ó seus fascistas-consumistas e nazistas-krippahlistas

    atão quem foi?

    eu um mouro de trabalho que nem no desemprego faço férias?
    ora vão-se....no bilhar grande

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  10. ah e se tiverem uma empregada doméstica brasileira ou moldava em mau estado

    eu posso comprar se for baratinha

    com puta dores jámé....

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  11. em 20 anos 5 milhões a 10.000 euros cada

    50.000 milhões de euros

    resumindo é só fazer as contas como dizia o outro

    70 milhões de telemóveis desde os anos 90
    a 50 euros em média 3.500 milhões

    45 milhões de PC's desde os wang a 120 contos em 1985
    aos apples a 150 contitos em 92 e aos acer toshiba e similares
    a digamos 100 contos em média 500 euritos

    22.500 milhões de euros e junto as impressoras e os toner's de graça

    resmas de rannk xerox e outras legiões de frigoríficos e aires condicionadus a deitar por fora

    as torres das hottes da Nova custaram quanto em 83 na Costa da Caparica e a renovação nos anos 90
    e os 12 milhões de reagentes comprados por ano por faculdades várias só numa importadora ...
    que já faliu deixando quase 3 milhões a arder aos creditores

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  12. Caro Ludwig,
    e de forma geral o pensamento cientifico de alguma forma sempre presente nos seus escritos

    ou é humorista ou tem um sentido de percepção muy fino

    que se quer as portas da percepção não se abrem para todos
    tamém não consumo produtos para abrir as portas da dita percepção
    nem tabaco nem chá nem café

    resumindo podia ser monge mas não cavaleiro monge
    só andei de mula burro e camelo

    cavalos é coisa de alemão de visigordos a vândalos

    nunca fixeram bien nenhum

    se fizermos um auto de fé com esses produtos do demo

    ficaremos na paz do senhor

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  13. Nuno Gaspar,

    O problema não é essa média, por muito que deturpes a minha posição. O problema é a corrupção do sistema de governo e bancário que tem levado alguns a enriquecer enquanto destroiem a economia. Desde o tipo que negociou os chips das matrículas e depois foi trabalhar para a empresa com a qual tinha negociado em nosso nome, à casa da mãe do outro, às revisões dos contratos que de repente dão dez vezes mais lucro às empresas privadas, etc.

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  14. Trillion,

    Se alguém compra um carro e não paga as prestações fica sem o carro. Esse tipo de dívidas não traz grandes problemas a nível macroeconómico, até porque se se responsabilizar os agentes comerciais eles próprios acabam por regular os preços e condições para ter em conta esses riscos.

    Também não é consistente culpar os produtores por falta de competitividade e os consumidores por optarem pelos produtos mais baratos. Ou é uma, ou é outra.

    Mas o problema principal, que omitiste, é os Estados estarem dependentes de um sistema bancário privado que ninguém regula e que não é responsabilizado pelos seus falhanços. Cria-se um moral hazard enorme porque as pessoas que estão à frente dessas instituições têm muito a ganhar lixando os outros. Não é surpresa nenhuma que acabem por fazer precisamente isso, até porque o pior que lhes pode acontecer é reformarem-se milionários.

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  15. Ludwig Krippahl disse...

    Trillion,

    Se alguém compra um carro e não paga as prestações fica sem o carro

    ó senhor dos novos anéis, um carro em 2ª mão vale 0

    simplesmente compraram-se dezenas de milhares de milhões em pópós e estradas e garagens a acompanhar, num país sem petróleo que se veja

    os estados estão dependentes de milhões de pessoas que não cumprem ou evitam cumprir as obrigações sociais

    Banqueiros incluidos

    Agora essa dos bancos irem buscar dinheiro de graça é treta

    os que pediram empréstimos estão a pagar os empréstimos antigos a 2,5 ou 2,7%

    e os bancos oferecem taxas de juro ruinosas para captar depósitos

    excepto C.G.D. que só dá de 3,25 a 4,25% porque não precisa de massa tal como a banca inglesa in Portucale

    Os bancos são instituições de riscos tremendos, até porque com o sistema legal actual basta um gajo divorciar-se passar os bens para a mulher e os filhos e deixar dívidas de dezenas a milhares de milhões

    ou declarar a venda de um centro a uma off-shore que é sua propriedade
    e deixar um buraco de alguns milhões

    culpar a banca por tudo é excessivo

    nos bons tempos da Caixa económica faialense houve quem andou com sapatarias a FALIR e a transformarem-se noutras lojas que tamém faliam
    deixando só as dívidas e os trespasses

    untando bem as mãos da justiça consegue-se arrastar falências dessas por anos e anos

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  16. Uma Holanda com euro consegue ser competitiva com trabalhadores lusos e salários quase belgas

    Em Portugal uma empresa pública que dê lucros diz-se mil a grosa

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  17. nós .....só se for com estes

    comigo não conte não para dar os tais nós....

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  18. e não é compromisso de honra

    é credibilidade emprestei a este blogue na falência

    800 triliões de dólares zimbabué.anus para comprar bit con's

    e recebi quantos? zero

    nã brinco mais

    oh filhote de al e mão

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  19. Ludwig diz:

    "O que se deve exigir é que o sacrifício seja distribuído de forma equitativa."

    Como é que o Ludwig "sabe" isso?

    Isso é moralmente verdade se for verdade que Deus nos criou a todos com igual dignidade.

    Mas sera isso verdade se formos o resultado de milhões de anos de predação, dor, sofrimento e morte?

    Se a evolução é amoral e não distribui equitativamente os sacrifícios, porque teremos nós que o fazer?

    Quem decide isso? Com que autoridade?

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  20. O que se deve exigir é que o sacrifício seja distribuído de forma equitativa."


    Se a evolução é amoral e não distribui equitativamente os sacrifícios, porque teremos nós que o fazer?

    como dizia um marxista ex-tenente di Siade Barre algures in 91

    nós temos o direito de criar uma sociedade melhor
    mesmo que isso signifique a aniquilação

    a cada um as suas utopias

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  21. E se fosse só o BES estávamos nós bem... Olha só o dinheirinho que vai para o banco-zombie BPN:
    http://dre.pt/pdf2sdip/2011/07/125000000/2761527615.pdf
    Link retirado daqui:
    http://offxore.blogspot.com/2011/07/isto-nao-e-piada-voce-ganhou-mil.html

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  22. O autor desse post ganha razão quando tem um blog que aborda questões de política e sociedade, mostrando ter pensamento próprio e vontade de intervir. Ainda assim não pode escapar ao "nós", nós portugueses que decidimos e aceitamos viver nesta república, que elege um presidente e um parlamento, do qual deriva um governo.

    Por muitas voltas que demos, em política temos apenas 2 hipóteses, votar e apoiar um movimento político, ou criar um novo, espalhar e discutir essas ideias e conseguir o voto dos demais cidadãos. À parte isto, fica a cultura do civismo e responsabilidade, que começa quando ninguem vai ver o que estou a fazer e se estende até o entrar na esfera pública, como é este blog!

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