Treta da semana (passada): “Abra os olhos”
A CARRIS e a Metropolitano de Lisboa lançaram uma campanha com o slogan “Abra os olhos e combata a fraude”. Algumas pessoas criticaram esta campanha julgando que era um apelo a que todos os passageiros se tornassem revisores não remunerados. Realmente, mesmo que me bastasse “abrir os olhos” para ver se alguém viaja sem bilhete válido, não é claro o que tipo de combate querem que eu faça. Mas, olhando com mais atenção para a campanha, parece-me que a crítica assenta num mal entendido.
Segundo a página da campanha, «A primeira fase de campanha iniciou-se a 25 de fevereiro com o lançamento de um teaser composto, apenas, pela imagem da campanha, sem qualquer claim associado, procurando gerar algum buzz e curiosidade para o tema, tendo a imagem sido aplicada em suportes próprios de comunicação de ambas as empresas. A segunda fase de campanha tem início com a concretização da imagem, associada ao claim e a um texto explicativo da campanha.»(1) Talvez por quererem criar um buzz com um teaser sem claim associado, muita gente percebeu mal a intenção. Vejamos então como o “texto explicativo” nos esclarece: «A falta de validações pode sair-lhe caro: menos carreiras; menos comboios; maior tempo de espera; degradação do serviço»(2) Obviamente, a fraude e a “falta de validações” não se refere a haver quem ande sem bilhete porque esse problema fica muito aquém do que seria necessário para haver menos carreiras, menos comboios ou uma degradação no serviço. A fraude para a qual nos querem abrir os olhos é certamente mais grave.
O Relatório e Contas de 2012 do Metropolitano de Lisboa dá umas pistas importantes. Por exemplo, na página 16, consta que «A oferta em 2012 diminuiu 19,4%, em termos de número de carruagens x km, permitindo o ajustamento à procura e o aumento da eficiência operacional». A diminuição deveu-se à circulação de comboios só com três carruagens em vez de seis em algumas linhas e horários, e a terem ocorrido «oito greves ao longo do ano» (3). Porquê oito greves? Uma razão pode ser outra fonte de “eficiência operacional”. A figura abaixo mostra a evolução do perfil dos contratos dos trabalhadores do Metro e o número de efectivos comparado com o total de quilómetros de linha. O que se pode ver é que não só o número de efectivos tem sido reduzido ao mesmo tempo que aumenta o tamanho da rede, como a empresa tem reduzido principalmente os trabalhadores com contratos estáveis, substituindo-os por contratos precários. Com menos pessoas a trabalhar mais e mais precariedade não admira que haja problemas com os trabalhadores. Nem a redução da oferta compensa isto, se se deve à circulação de comboios com menos carruagens.
Isto explica a degradação do serviço, a falta de comboios e os maiores tempos de espera mas ainda não cobre explicitamente o “claim” que esta fraude «pode sair-lhe caro». Se cortam nos comboios, nos empregados e no serviço, até nos devia sair mais barato. Mas é verdade que sai caro. E na página 42 temos uma indício do porquê: «No seu conjunto, as responsabilidades com IGRF aumentaram 378 milhões de euros, representando 20% do passivo total.» Estes IGRF são “instrumentos de gestão de risco financeiro”, também conhecidos como “swaps”. São contratos complexos entre estas empresas e os bancos que fazem juros e pagamentos variarem em função de certos factores. Graças a estes contratos, feitos sabe-se lá por quem, porquê e em que condições – mas certamente em gabinetes sóbrios como gosta o José Gomes Ferreira (4) – esta empresa que teve 148 milhões de receitas e 150 milhões de gastos operacionais acabou num buraco 378 milhões mais fundo do que já estava, e isto depois do Estado emprestar, a juros mais baixos, «648,6 milhões de euros [para] satisfazer os compromissos decorrentes do serviço da dívida».
É isto que nos sai caro. Os bancos privados emprestam dinheiro a entidades públicas cobrando juros elevados, alegadamente, pelo risco de incumprimento. No entanto, o governo nunca admite sequer a reestruturação dessas dívidas e paga tudo. É só lucro para os bancos. Pior ainda, esses empréstimos são negócios obscuros feitos sempre de forma a que os bancos acabem por receber – e nós acabemos por pagar – muito mais do que inicialmente seria de prever.
Queria por isso aplaudir esta campanha da CARRIS e do Metropolitano de Lisboa. Motivou-me a abrir os olhos e procurar perceber porque é que estes serviços nos saem tão caros, porque é que há menos comboios e porque é que o serviço se degrada. Infelizmente, continuo ainda sem saber como combater isto. Talvez se deixar de pagar bilhete e passar a viajar à borla sempre vá um pouco menos do meu dinheiro para os IGRF e negociatas afins...
1- Metropolitano de Lisboa, CARRIS e Metropolitano de Lisboa lançam campanha de combate à fraude nos transportes públicos
2- Dinheiro Vivo, Carris/Metro lança campanha para combater fraude nos transportes públicos
3- Metropolitano de Lisboa, Relatório e Contas
4- Post anterior: O manifesto
Que as tuas mãos nunca te doam, Ludwig!
ResponderEliminarFoi encontrado material genético (cromossomas) preservados numa planta (feto) alegadamente com 180 milhões de anos.
ResponderEliminarÉ claro que a datação resulta da prévia adopção de premissas naturalistas e uniformitaristas, que à partida negam um dilúvio catastrófico global recente.
A evidência, porém, é totalmente compatível com um tal evento e com as suas sequelas.
Trata-se de um feto abruptamente sepultado, com núcleos de células, membranas e cromossomas conservados.
A fossilização foi instantânea, por causa de vulcanismo, corroborando catastrofismo.
Nas suas palavras: "The preservation happened so quickly that some cells have even been preserved during different stages of cell division,"
Tudo isso encaixa precisamente com o dilúvio global recente, com sepultamento abrupto, mas essa preservação em 180 milhões de anos não é credível.
Aliás, apesar de passados os imaginados 180 milhões de anos, vemos que se tratava de um feto, como os actuais. Ou seja, não houve evolução!
Ou seja, tentilhões dão tentilhões e fetos dão fetos!
Como se vê, o problema nunca é com os fatos em si mesmos, mas com as premissas de que se parte e as interpretações dos factos realizadas com base nessas premissas.
Os factos, esses, corroboram sempre o que a Bíblia afirma!
É o que dá existirem empresas públicas. Não precisam de dar lucro, podem haver estas negociatas que o contribuinte está cá para pagar.
ResponderEliminarOs ossos têm um sistema de absorção de choque...
Eliminarnon empresas públicas há que dão e devem dar prejuízo
Eliminartransportes....nã devem é estar concentradas em lisboa
uns terem transportes públicos
e a restante populaça da nação não os ter ou serem privados é qué lixado ó queque
Pedro F, o Metro e a Carris são empresas privadas.
EliminarEvidência da antiguidade que corrobora que todos somos descendentes de Noé e da sua família
ResponderEliminarAI FILHA SÓ SE NOÉ FOSSE PRETO NO caralho
Eliminare já viste a data de lojas chinesas deve ter havido um junco chinoca qu'escapou à inundação
CAHIERS - ALBERT THE EXPERIMENTAL RAT CAMUS - RECORDAÇÕES DO BAIRRO POBRE DE BELCOURT IN ARGEL
AMENDOIM É O MESMO QUE MENDOBI VARIA UM POUCO Ó KRIP ALL OU MANDOBI POR INTERCORRÊNCIA DE AMÊNDOA OU MENOVI MENDOVI MANDOVI
A CIÊNCIA DOS FÓSSEIS SUPOSTAMENTE ANTIGOS MAS MUITO BEM PRESERVADOS
ResponderEliminarOs evolucionistas datam os fósseis com base em premissas naturalistas, evolucionistas e uniformitaristas acolhidas a priori e depois concluem, tautologicamente, que eles provam a evolução e a ausência de um dilúvio global com causa sobrenatural!
O problema é que essas datações não encaixam nos dados realmente encontrados no terreno.
Na verdade, os fósseis não provam a evolução, na medida em que sempre se referem a seres vivos de espécies bem identificadas e em muitos casos idênticas às atuais.
Além disso, eles atestam uma catástrofe recente, na medida em que evidenciam sepultamento abrupto e catastrófico de triliões de seres vivos ainda em bom estado de preservação.
É fácil falar em dezenas ou centenas de milhões de anos, embora nenhum de nós consiga sequer imaginar o que isso é. As civilizações mais antigas que conhecemos têm cerca de 4500 anos.
A verdade, é que os fósseis que encontramos corroboram inteiramente um dilúvio global recente, catastrófico.
Isso pode ser documentado com exemplos que todos os dias são publicados em revistas científicas por esse mundo fora. Vejamos três exemplos publicados nos últimos dias.
Por Vezes encontram-se fósseis de plantas muito bem preservados, apesar de alegadamente terem 50 milhões de anos.
Por vezes encontramos núcleos de células, membranas e cromossomas em fósseis supostamente com 180 milhões de anos.
Conseguimos ver também resíduos de proteínas em fósseis de répteis supostamente com 5º milhões de anos.
Ou seja, a única coisa que contraria a Bíblia não são os fósseis, mas sim as premissas naturalistas, evolucionistas e uniformitaristas utilizadas pelos evolucionistas para a sua datação.
vês resíduos?
Eliminarbem me parecia, ê também já andei ós caixotes,,,,o lixo da nova sempre foi peor cu da clássica nunca pecebi porquê
mas se calhare fazem vasculho e levam o melhore pra casa
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EliminarPOW! Right on de money! (pun intended)
ResponderEliminarIsso é como dizerem que em média, cada Português defralda o IRS em 200€. Mas toda a gente que trabalha em supermercados, call-centers e afins tem logo retenção na fonte (e logo, nem tem hipótese de defraudar). Não serão certos empresários que fazem essa fraude também! É que 200€ x 12 milhões de Portugueses, e vejam quanto dinheiro esse 1% já meteu ao bolso!