sábado, fevereiro 09, 2013

Ciência e pseudociência, parte 1.

Mesmo atrasado, gostava de me meter nesta conversa entre o David Marçal e o Desidério Murcho para explicar porque discordo de ambos. Começo pelo David, com quem a minha divergência, se bem que menor, me parece mais clara. Concordo que «A ciência é o conhecimento e o modo de o obter.»(1) No entanto, enquanto o modo é sempre o mesmo – considerar explicações alternativas e inferir, confrontando-as com os dados, qual ou quais as mais plausíveis e como as melhorar – o corpo de conhecimento muda constantemente. Neste momento, com os dados e as hipóteses que temos, é verdade que a melhor explicação para qualquer fenómeno «é guiada por leis naturais» e o fenómeno é «explicável de acordo com leis naturais» de forma melhor do que por algo sobrenatural. Mas isto deve-se ao estado presente do nosso conhecimento e não à ciência em si enquanto modo de o obter.

Ao que tudo indica, a realidade não inclui nada de sobrenatural. Mas seria teoricamente possível, se fosse esse o caso, encontrar evidências de tudo ter sido criado por um deus que não estivesse limitado pelas restrições deste universo, o tal sobrenatural. Teríamos então um universo completamente diferente, o corpo de conhecimento científico seria outro, mas a ciência enquanto modo de obter conhecimento seria a mesma: considerar hipóteses, testá-las, procurar as mais plausíveis e assim por diante. Aliás, só assim poderíamos concluir, de forma fiável e justificável, que tudo tinha origem sobrenatural, se fosse esse o caso.

Além de incorrecto, é pernicioso demarcar a ciência enumerando regras como «1. é guiada por leis naturais; 2. tem que ser explicável de acordo com leis naturais; 3. tem que ser verificável no mundo empírico;» e assim por diante. Por um lado porque dá a impressão de que a ciência é assim só porque alguém escolheu estas regras. No futebol chuta-se com o pé, no andebol passa-se com a mão e em ciência é se “guiado por leis naturais”, o que sugere que outras regras poderiam ser igualmente legítimas e que, por isso, também se pode conhecer a realidade com métodos alternativos. Rezar aos anjinhos, cheirar flores, inventar disparates ou o que mais der jeito. Por outro lado, isto implica que a ciência só serve para obter conhecimento sobre a realidade se não houver entidades sobrenaturais. Um dos fundamentos do disparate da compatibilidade entre a ciência e a superstição religiosa é precisamente que não se contradizem porque, por regras arbitrárias, a ciência ficou com a coutada do natural e a religião com a do sobrenatural. Esta deturpação denigre a ciência por omitir o mais importante.

O objectivo da ciência é encontrar as melhores explicações para o que observamos da realidade*. Tudo o resto deriva daí. Hipóteses que não se possa testar devem ser preteridas porque nem explicam nem se pode saber se correspondem à realidade. Qualquer conclusão é provisória porque pode haver sempre algum dado futuro que a contradiga. É preciso mitigar a interferência de factores subjectivos e conflitos de interesse que nos possam induzir em erro e, por isso, é preciso exigir confirmação independente dos resultados, quantificar o mais possível, submeter alegações a peer review e essas coisas todas. Ou seja, o que caracteriza a ciência não é um conjunto arbitrário de regras, como se fosse o badminton ou a canasta, mas o objectivo de compreender a realidade. Todos os atributos, restrições e procedimentos da ciência resultam de tentar atingir esse objectivo dentro das nossas limitações humanas.

Com aquele critério de cinco pontos para distinguir ciência e pseudociênia, o David também cria alguma confusão quando afirma que «A homeopatia é, em si, pseudociência.» Não é bem assim. Em si, a homeopatia é um conjunto de hipóteses acerca da memória da água, do efeito da diluição, de como medicar alguém e assim por diante e, enquanto tal, hipóteses não são nem deixam de ser ciência. Estão para a ciência como o mármore está para o processo de o esculpir. O que podemos dizer que é contrário à ciência é, sabendo o que sabemos neste momento, afirmar que essas hipóteses da homeopatia estão correctas. Isso é contrário à ciência porque o objectivo da ciência é inferir dos dados a melhor explicação e há explicações bem melhores do que aquelas que a homeopatia propõe. Mas isto não é defeito das hipóteses homeopáticas em si. O problema da homeopatia, ou da astrologia, da teologia e do método intuitivo da Alexandra Solnado, é simplesmente que a realidade não parece ser como essa doutrina descreve. Se a realidade fosse diferente a homeopatia até poderia ser a melhor explicação científica.

Apesar disto, suspeito que eu e o David até estaremos fundamentalmente de acordo, à parte destes detalhes. Com o Desidério o problema é mais bicudo. Ainda não consegui perceber em concreto o que o Desidério defende, mas há algumas afirmações claras que sugerem uma divergência fundamental. Por exemplo, «só com base em princípios filosóficos é possível [distinguir entre ciência e pseudociência]. Não é possível ir a um laboratório e provar cientificamente que algo é pseudociência» (2). Eu diria que é precisamente o contrário. O que determina as características da ciência não são “princípios filosóficos” mas o seu objectivo de inferir as melhores explicações para o que se observa. Até a filosofia da ciência, apesar do nome, é científica: o filósofo propõe uma explicação, apresenta exemplos concretos que suportam essa sua tese e, muitas vezes, é refutado por outro filósofo com contra-exemplos igualmente empíricos. Mais científico do que isto é difícil. Finalmente, o que permite decidir se é cientificamente legítimo defender certas hipóteses é precisamente o resultado do estudo cientifico dessas hipóteses. Há casos em que essa decisão pode ser trivial, como o das hipóteses não falsificáveis mas, na prática, não é por princípios filosóficos que se determina se coisas como a homeopatia são treta ou verdade. É pela ciência. Mas como este post já vai longo, terei de deixar o Desidério para uma próxima oportunidade.

* Sim, eu sei, deve haver muito na realidade que nós nunca podemos observar, etc, etc. Mas, daí, vai-se explicar o quê?

1- David Marçal, A diferença entre a ciência e a pseudociência é clara
2- Desidério Murcho, Ciência e pseudociência

22 comentários:

  1. O Ludwig está obcecado pela ideia de ciência e de científico, de natural e de sobrenatural. Está enredado e aprisionado. E não vai conseguir sair. É como o prisioneiro que estudou ao pormenor os tempos e as condições da fuga, mas, como não tinha previsto que o portão estivesse aberto, abortou a fuga e voltou para trás. Nada a fazer. Por mim, continuarei a fazer o meu papel, sem ter o desejo, nem a pretensão de libertar o Ludwig. Para ele, eu é que sou o prisioneiro. São as tais perspectivas. O que importa, independentemente do lado de que se esteja, é que cada um se sinta do lado da liberdade.
    Quando falamos de ciência, o que me separa do Ludwig é pouco e é muito. É pouco no que respeita ao método científico. É muito no que respeita à realidade, porque o Ludwig, paradoxalmente, conhece a realidade toda e a ciência ainda não sabe o que é a realidade. Por exemplo, o Ludwig sente-se feliz em falar de natural para poder dizer que o sobrenatural não existe. No entanto, a ciência não sabe distinguir o natural do sobrenatural. A partir de uma certa escala de indagação, as hipóteses ficam sem resposta. Mas o Ludwig não. Por outro lado, o Ludwig alegra-se com a ideia de que a ciência infere as melhores explicações para o que se observa, mas não existem melhores e piores explicações, como não existe melhor nem pior conhecimento, existem explicações e existe conhecimento. Depois, há aquele pormenor(?) do que se observa. O Ludwig dá a impressão de que observa tudo e de que infere a explicação (a única aceitável) de tudo. Mas não observa as religiões, os religiosos, os textos religiosos, e não infere a explicação.
    Quando falamos de religião, o Ludwig volta à carga com a ciência e os objetivos da ciência. Mas estamos a falar de religião e sobre religião o Ludwig não fala. Ora, se o objetivo da ciência é «encontrar as melhores explicações para o que observamos da realidade» e se a religião é uma realidade, o Ludwig não tem razão em denegrir a realidade,até porque não é próprio da ciência denegrir seja o que for. E as religiões também não denigrem a realidade. No que toca ao cristianismo, nem sequer pretende explicar nada, bem pelo contrário, faz-nos sentir que as explicações podem ser o menos importante. E, de qualquer modo, eu sou cristão por muitas razões e por nenhuma razão científica. A cientificidade tem o seu préstimo e o seu valor, mas há mais do que isso. Oh, se há!

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  2. Carlos Soares,

    «o Ludwig, paradoxalmente, conhece a realidade toda»

    Falso.

    «a ciência não sabe distinguir o natural do sobrenatural.»

    Verdadeiro, e é precisamente um dos pontos que tenho salientado. Para a ciência, esse rótulo é irrelevante.

    «não existem melhores e piores explicações, como não existe melhor nem pior conhecimento»

    Falso e, mais do que falso, ridículo.

    «Ludwig dá a impressão de que observa tudo»

    So se for ao Carlos...

    «Mas não observa as religiões, os religiosos, os textos religiosos, e não infere a explicação.»

    Falso. Observo essas coisas infiro da caldeirada de deuses, milagres, rituais e afins que isso se explica pela combinação da imaginação humana, credulidade e vontade de manipular os outros.

    «Quando falamos de religião, o Ludwig volta à carga com a ciência»

    Este post foi a propósito de uma conversa sobre ciência.

    «Mas estamos a falar de religião»

    Estamos?

    «e sobre religião o Ludwig não fala»

    Não? Experimenta fazer um click na tag “religião”...

    «Ora, se o objetivo da ciência é «encontrar as melhores explicações para o que observamos da realidade» e se a religião é uma realidade, o Ludwig não tem razão em denegrir a realidade,até porque não é próprio da ciência denegrir seja o que for.»

    Presumo que “ não tem razão em denegrir a realidade” foi gralha e devia ser “não tem razão em denegrir a religião”. Se for esse o caso, discordo. O objectivo da ciência é encontrar a melhor explicação para os aspectos observáveis da realidade, entre os quais estão as religiões. A melhor explicação para as religiões é que, basicamente, as pessoas gostam de inventar histórias, principalmente quando dão jeito para persuadir e manipular os outros. A ciência chega a esta conclusão sem juízos de valor nem denegrir coisa nenhuma mas eu, que não sou só composto de ciência, quando vejo os disparates que se fazem em nome das religiões e percebo que tudo o que andam a dizer dos deuses é mera fantasia, não posso senão sentir alguma aversão a essas coisas.

    «E as religiões também não denigrem a realidade.»

    De certa forma sim, porque querem que os crentes substituam o conhecimento da realidade pela fé em fantasias.

    «No que toca ao cristianismo, nem sequer pretende explicar nada, bem pelo contrário, faz-nos sentir que as explicações podem ser o menos importante.»

    Há muitos cristianismos. Os criacionistas evangélicos são cristãos também...

    «A cientificidade tem o seu préstimo e o seu valor, mas há mais do que isso.»

    Verdade. Mas, e daí?

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  3. O que se passa é que alguns pricipios da ciencia são considerados pelos filosofos como filosofia e não como ciencia. Pouco lhes importa se a ciencia os usa com sucesso ou não. Basta considerar uns quantos principios epistemológicos como filosofia para deixar a ciencia sem raizes muito profundas. E eu acho que é essa a "cena" do Desidério, mesmo se não estou a acompanhar a discussão actual a que te referes.

    Por exemplo o Novella quer considerar que a ciencia não pode tocar na religião porque se alega que deus é intestável. Se se alegar a plausibilidade de regeitar hipotese indistintas da sua negaçao e se se alegar a lamina de occam, ele diz que é filosofia, donde a ciencia continua a ter essa limitação.

    E depois como considera que tudo o que é filosofia é uma questão de escolha, temos que ser matéria de ciencia ou não, é uma questão de escolha filosofica.

    Parece-me que o o Desidério pretence ao grupo dos que têm a filosofia que os principios cientificos são apenas filosofia. E que isso leva à confusão ridicula (e práticamente autorefutante) da ciencia não poder dizer quando uma coisa nao corresponde às suas exigencias epistémicas.

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  4. o método científico é filo básica ó olho de pavão da delta pavonis

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    http://www.vampirestat.com


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    é tudo uma questão de percepção

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  5. Para mim, e a minha opinião pessoal vale o que vale, esta discussão sobre a delimitação do que é ciência ou pseudociência é um bocado palerma. Podemos questionar-mo-nos sobre a importância da distinção e quem está envolvido nela e porque o faz. É certo que no campo da ciência existem muitas concepções que são encaradas como válidas (e sempre existiram) que são incorrectas. Mas neste caso como em qualquer outro o que é encarado como válido, tem alguma reserva e sabem-se as razões dessas reservas (e daí o carácter da validade transitória deste tipo de hipóteses, tais como a teoria do big-bang por exemplo, ou as teorias que a antecederam).

    Este recente debate (que não é tão recente quanto isso), foi lançado apenas pelos que têm uma concepção religiosa da ciência e servem para descredibilizar as ideias contrárias à fé científica que adoptaram, e apenas faz lembrar os excessos cometidos no tempo da inquisição, contra os considerados heréticos, ou no comunismo contra os reacionários ou no contra os judeus no nazismo. Tal como nessas alturas a motivação era contrariar (e anular) os que não pensavam de acordo com o que era considerado razoável.

    Poder-se-á questionar se, mais uma vez sob a capa do progresso e do esclarecimento, se não se tratará outra vez de manobras obscurantistas e totalitárias o que, no fundo motiva esta questão?

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  6. «esta discussão sobre a delimitação do que é ciência ou pseudociência é um bocado palerma»

    Perdoai-os, karl Popper, eles não sabem o que dizem!

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  7. Um caso interessante é o de Trofim Lysenko, que liderou a biologia no regime soviético (1920-1960), nesse período, os biólogos, que declarassem acreditar nos genes (que na perspectiva do de Lysenko era uma ficção burguesa e fascista), eram considerados heréticos. Assim muitos cientistas foram afastados do seu trabalho, outros, com menor sorte, foram enviados para campos de concentração ou simplesmente mortos (em nome da perspectiva científica correcta).

    Na União Soviética, em 1948 a genética foi considerada uma pseudociência burguesa. Tendo sido progressivamente reabilitada durante a década de 60.

    Isto é apenas um exemplo do que se pode fazer em nome dessa bendita demarcação.

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    1. a tua opinhão ó vasco que gamas vale o que vale tрофи́м nã liderou biologia nenhuma

      apenas a genética pois fez grandes avanços nos cereais vernalizáveis e apoiando-se nas teorias de mitchurin contribuiu para o desenvolvimento de variedades auto-poliplóides e alopoliploidias variadas

      logo ´é redutorzinho da tua parte afirmares que liderou até 1960 pois estaline e os seus terminaram em 1954
      o facto de acreditarem que os genes sofriam alterações por influências externas não desmentia os genes pois mitchurine foi um dos dos primeiros citogeneticistas

      desmentiam era a genética mendeliana e não os genes per si...


      logo também se poderia dizer que a genética mendeliana durante muito tempo considerou não existir genética não mendeliana

      tal como mendel foi considerado um bronco excêntrico

      faz parte do processo científico a existência de dogmas

      para mais ó vasco que gamas vai à fcul ter com o orlando luís e diz-lhe que gostavas de compreender a influência do materialismo dialético na genética e ele ensaboa-te o mendel durante horas

      liderou a biologia? montou quem? tens cá uma colecção de pensadores acríquicus que phodias fazer três cadeiras de krippahl idades

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    2. Não, é precisamente um exemplo de que a ciencia não segue autoridades mas sim evidencias. Esse senhor ia contra tudo e contra todos pelo resto do mundo - e claro contra as evidencias. Mas num regime totalitário podiam chamar ciencia ao que quisessem e assim o faziam. Na casa deles.

      Isso garantiu-lhes um atraso mensurável como o senhor da escrita esquisita parece referir e não uma liderança que não fosse a do bastão. E só na terra dele.

      Não é razão para dizer que devemos deixar de ver o que funciona e não funciona.

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    3. É um exemplo do risco que se corre em dogmatizar a ciência, em misturar o poder político com a ciência, da caça às heresias em ciência, do valor da liberdade em ciência e do nefasto que é perseguir e pretender silenciar os que não estão de acordo com as convicções dominantes.

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    4. Estou de acordo que a situação do Lysenkismo não é directamente aplicável, nos dias que correm aos países democráticos, onde grande parte do financiamento é controlado através de financiamento púbico, como no nosso país (e na maioria do mundo "democrático"). Nestes países o controle da pesquisa e do esforço da investigação é feito através do financiamento, e é aqui que o controlo das correntes científicas dominantes se faz sentir. Mas quanto a isto não há muito a fazer (estranho seria se fosse de outro modo), são as regras do jogo.

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  8. Quando refiro que o debate da demarcação entre ciência e pseudociência é um bocado palerma refiro-me ao debate na opinião pública (que é o que este debate é, embora possam estar envolvidos pessoas que fazem ciência ou filosofia), já que este tipo de debate faça todo o sentido no âmbito da filosofia.

    Na opinião pública aquilo que é designado por pseudocência, hoje em dia, refere-se a um grande número de assuntos e pessoas, onde se incluem opositores do aquecimento global antropogénico, defendores do design inteligente, astrólogos, ovnilogistas, parapsicologistas, defensores das medicinas alternativas, e basicamente toda a gente que não partilha as teorias cientificas dominantes. E a distinção entre estas áreas e a ciência não são propriamente tão claras, que faça com que a distinção seja fácil quanto o desejável e, frequentemente o termo “pseudociência” é um adjectivo calunioso, usado contra qualquer argumento ou ideia de que não se goste.

    Embora muita gente, ache que a demarcação é uma coisa muito importante (e algo urgente), para mim não é assim tão relevante. Das muitas coisas que no passado foram consideradas ciência ou pseudociência, foi a própria ciência que, com tempo e serenidade, permitiu esclarecer as coisas e confirmar ou rejeitar a validade dos resultados. Já a urgência nessa clarificação, nomeadamente quando politizada, parece-me ter conduzido a muito maus resultados (e a horrores).

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  9. pois a experimentação não politizada em seres sub-humanos do 3º mundo

    e nos catraios da casa pia mercury free com caldas mercuriais e a castração química são do século XIX né?

    só se considerar política a necessidade de gastar grana em estudos parvos

    e brocar os dentes sãos para encher de amálgama parece-me que a tua cacholeira ter-te-à conduzido a muito maus resultados (e a horrores).

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    1. COMO FALSIFICAR O CRITÉRIO DA FALSIFICABILIDADE?

      O Ludwig defendeu que todo o conhecimento científico é empírico e falsificável.

      No entanto, o Ludwig absteve-se de apresentar qualquer experiência científica que lhe permita falsificar essa afirmação.

      Mas como é que ele sabe que isso é assim? Como é que ele sabe que isso se aplica a todo o conhecimento? Recebeu isso por revelação?

      Ou será que o Ludwig é omnisciente? Que pensará a sua esposa acerca dessa possibilidade?

      Será que o Ludwig quer submeter Deus ao princípio da falsificação, mas não consegue submeter ao critério da falsificabilidade a falsificação?

      Se o critério da falsificação não é falsificável, porque é que Deus tem que ser falsificável?


      Será que o Ludwig é que determina o que pode e não pode ser falsificável?


      Ou seja, a menos que seja omnisciente, o Ludwig apresentou um critério de conhecimento de forma arbitrária, irracional e inconsistente.

      Assim sendo, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.

      Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.

      Se o naturalismo se baseia na premissa de que todo o conhecimento é falsificável e se essa premissa não consegue satisfazer o critério de validade que ela mesma estabelece para o conhecimento, vê-se bem que o naturalismo não se baseia no conhecimento, mas sim na ignorância.

      Além disso, o naturalismo é auto-contraditório.

      A Bíblia diz que o conhecimento se baseia no reconhecimento de Deus.

      Isto, porque foi Deus, que a Bíblia descreve como Razão, que criou o mundo de forma racional, com uma estrutura racional, passível de ser conhecido racionalmente (ao menos em parte) por seres racionais, porque criados à imagem de um Deus racional.

      E a verdade é que mesmo os ateus, para fazer ciência e antes mesmo de qualquer experiência, têm que postular que o mundo é racional e que eles são racionais e podem conhecer o mundo racionalmente.

      Ou seja, eles têm que postular um mundo tal como criado racionalmente por um Deus racional.

      Com efeito, só faz sentido tentar inferir qualquer conhecimento de uma experiência científica se a racionalidade do mundo e do homem for verdade.

      E isso só pode ser verdade se um Deus racional tiver criado efectivamente o mundo e o homem.

      Mas como podemos falsificar cientificamente a racionalidade do mundo e do ser humano, se isso tem que ser verdade para podermos pensar em falsificar cientificamente o que quer que seja?

      É impossível e absurdo.

      O cristão tem uma visão do mundo que lhe explica porque é que este é racional e racionalmente inteligível é porque é que a ciência é possível, mesmo antes de começar a experimentação científica.

      Por seu lado, o ateu, mesmo de pensar em falsificar cientificamente qualquer coisa, também tem que postular a racionalidade e a lógica Cosmos, tal como a Bíblia estabelece.

      No entanto, de forma irracional, ele rejeita o Criador racional que torna possível essa racionalidade.

      Ele assume a racionalidade do cosmos e do ser humano, mas não tem um fundamento racional para isso.

      O ateu é arbitrário e irracional.


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  10. OBSERVAÇÕES CIENTÍFICAS RECENTES CORROBORAM O CRIACIONISMO BÍBLICO:

    1) Um estudo recente mostra que o cérebro humano, a internet e a cosmologia obedecem às mesmas leis, o que corrobora a ideia de que o Universo e o homem foram criados por um Deus racional, omnisciente, omnipotente e comunicativo que criou o homem à sua imagem, com capacidade criativa, racional e comunicativa.


    2) O projecto ENCODE veio evidenciar que todo o genoma está activo no cumprimento de funções regulatórias da expressão genética , o que mostra que não se trata de vestígios inúteis da evolução mas de um verdadeiro sistema operativo com milhões de interruptores o que corrobora inteiramente o que a Bíblia diz sobre a omnisciência e a omnipotência de Deus e a criação inteligente da vida.


    3) Estudos recentes vieram demonstrar que chimpanzés e seres humanos têm semelhanças genéticas importantes,embora tenham sistemas de regulação da expressão genética muito diferentes e disponham de cérebros que se desenvolvem de forma muito diferente o que corrobora a ideia bíblica de que têm um Criador comum que os criou como géneros distintos...


    4) Tem sido sucessivamente confirmada a presença de tecidos moles, proteínas e até possivelmente DNA em material não fossilizado de dinossauros, o que corrobora inteiramente o que a Bíblia diz acerca da sua criação recente, idade recente e sepultamento abrupto recente.


    5) Longe de refutar a existência de Deus, o Large Hadron Collider tem refutado o modelo standard da física e o modelo da supersimetria que o pretende substituir, mostrando que também na física há que ter em conta a extrema complexidade que só um Deus omnisciente e omnipotente consegue produzir.

    Como se vê, a Bíblia nada tem contra a ciência, mas apenas contra a filosofia naturalista e ateísta mascarada de ciência.

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  11. Caro Ludwig:

    És muito ingénuo...

    Pensamento critico não se ensina. Ou se tem ou não se tem.

    Voilá!


    O que tu caracterizas de tretas, e que são tretas, não são compreendidas - graças a Deus - pela maioria das pessoas.

    E ainda bem.

    Senão ainda iam exigir uma justiça distributiva.

    - Apre! -como disse sua excelência o actual presidente da republica há uns anos.

    Graças a Deus uma parte muito significativa da população não tem - graças a Deus repito - muito sentido critico.

    Ainda bem.

    Que isto de recursos anda escasso e bem aventurados os pobres em espírito.

    Imagina tu uma sociedade em que toda a populaça tivesse espírito critico e não percebesse que as coisas são como são e os direitos são mesmo iguais e por aí fora....

    Tem é que se preocupar com a vida após a morte, que essa é que conta, comprar uns cartões a 28 por cento de juros e aceitar que a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

    Ordem e método que isto não dá para todos.

    Até dava mas dava trabalho e ia-nos custar caro.

    Não te zangues com o mundo e deixa a maior parte do pessoal na santa ignorância. São felizes assim e nós também.

    E pensa que um Silas Malafaia ou um Edir Macedo fazem muito mais gente feliz que tu com o pensamento critico.

    Ficam muito ricos e fazem um monte de gente feliz.

    Se eles não gastassem a guita com o Silas iam comprar negócios em pirâmide, colchões magnéticos ou aplicações no BPN....

    O tolo e o seu dinheiro cedo se separam.

    E, muito cá para nós que ninguém nos ouve, não deve dar um gozo bestial - mesmo aparte a guita - ser o Malafaia ou o Edir ?

    Salut!

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  12. O Sousa da Ponte ainda não deve ter compreendido por que razão não o louvam e não lhe agradecem a preocupação e o que tem feito de bem por aqueles que o acham uma carraça paternalista ou, senão, o ignoram. Quem pode vende e quem não pode...tretas?

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  13. Para defender a ciência, o Ludwig tem que postular que o Universo funciona racionalmente e pode ser compreendido racional, lógica e matematicamente.

    A Bíblia ensina isso.

    A teoria da evolução (com a sua ênfase na irracionalidade dos processos), não.

    A Bíblia ganha, porque o Ludwig tem que postular a visão bíblica do mundo para defender as possibilidades da ciência.

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  14. É interessante ver que para os evolucionistas mesmo a persistência, sem alterações, de genes e informação genética em chimpazés e seres humanos ao longo de supostos milhões de anos é interpretada como evidência de evolução...

    Aí se diz que:

    "The scientists looked for cases in which genetic variations that arose in the ancestor of humans and chimpanzees have been maintained through both lines.

    The fact that variation in these regions of the genome has persisted for so long (i.e. não evoluiu!) argues that they "must have been functionally important over evolutionary time"

    Para os criacionistas a existência de informação genética comum, longe de provar a evolução, é evidência de um Criador comum que programou funções comuns em diferentes géneros...

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  15. O apêndice é muitas vezes apresentado como órgão vestigial, evidência de evolução...

    No entanto, os estudos recentes mostram que não só o apêndice têm função, como existem cerca de 30 tipos de apêndices diferentes sem qualquer conexão evolutiva entre eles...

    Ambas as coisas corroboram a criação inteligente e funcional de diferentes apêndices por um Criador comum...

    O que eles dizem:

    "Darwin thought the appendix, which juts off of the cecum, is one of its former folds that shriveled up as the cecum shrank. Consequently, he thought it carried no function.

    But some scientists have challenged the idea that the appendix serves no purpose...

    Now, an international team of researchers... ...says it has the strongest evidence yet that the appendix serves a purpose."

    Os criacionistas já vinham avisando há décadas.

    Mas os autoproclamados "macacos tagarelas" faziam orelhas moucas...





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  16. Carlos :

    Fiquei tristito com o comentário. ....

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  17. Os evolucionistas acham que as dores na coluna e as complicações com o dente do siso são o resultado da evolução e mostram que não fomos bem "desenhados"...

    Para os criacionistas, nada disso prova a origem acidental da vida ou a transformação de partículas em pessoas ao longo de milhões de anos.

    Antes tudo isso corrobora o que a Bíblia diz quando afirma que depois da Queda toda a natureza (v.g. incluindo o DNA) foi sujeita à corrupção...

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