Miscelânea Criacionista: uma coisa de cada vez.
Segundo o Mats, a teia de aranha é «Uma das coisas mais pegajosas que existe na natureza» e composta por «fibras que para além de serem mais fortes que qualquer fibra construída pelos homens que tenha a mesma espessura, incluindo o Kevlar e o aço, são também resistentes ao calor»(1). O Mats exagera um bocado; tubos de nanocarbono têm uma tensão de ruptura (2) dezenas de vezes superior à da teia de aranha (3), e mesmo fibras compostas de grafeno e polímeros são mais resistentes (4). Mas é verdade que as teias de aranha são muito sofisticadas e têm um desempenho notável. Da aparência de design o Mats conclui que a teia de aranha foi criada por um «Designer Supremo» e que esse designer é o menino Jesus. É assim que se tira conclusões no criacionismo evangélico.
No entanto, esta ilusão de design inteligente só sobrevive pela contemplação isolada de aspectos bem escolhidos. Por exemplo, se olharmos para a reprodução da aranha, em vez da teia, a ilusão de inteligência fica abalada. Em muitas espécies de aranha a mãe põe uns milhares de ovos de cada vez e os filhos dispersam-se com o vento, cada um agarrado ao um filamento de teia. Como as populações tendem a ser estáveis, em média apenas dois filhos de cada fêmea sobrevivem até acasalar. Isto dá uma taxa de mortalidade infantil da ordem dos 99.9%, com a vasta maioria a afogar-se em poças, a desidratar ao sol ou a ficar-se por comida de lagartixa e pássaro. É uma forma pouco inteligente de constituir família.
Não só é fundamental, para o criacionista, escolher com cuidado o aspecto que foca, como é importante isolá-lo de outros. Outra maravilha do ilusório design inteligente é a asa dos lepidópteros, das traças e borboletas, coberta de minúsculas escamas que estão presas com a força suficiente para resistir ao vento e ao voo mas que se soltam facilmente quando o insecto choca com uma teia de aranha (5). O que deu origem a outro exemplo de aparente inteligência no design. As aranhas do género Scoloderus fazem umas teias compridas, na vertical, especificamente para apanhar traças e borboletas. As escamas das asas safam o insecto do primeiro contacto com a teia mas, ao rebolar pela “escada” abaixo, o infeliz bicharoco vai ficando cada vez com menos escamas e menos desculpas para não ficar para o jantar (6).
Cada um destes atributos, a cola da teia, as escamas das asas e a escada de teia, parece uma solução inteligente para o problema que tenta resolver. Mas, em conjunto, o padrão não sugere nada que isto seja obra de um único ser inteligente. A menos que seja esquizofrénico. Esta corrida ao armamento tem de ser produto de muito antagonismo e competição, exactamente o que prevê a teoria da evolução.
O Mats usa também esta estratégia de compartimentalização para a pergunta «Por que é que Deus [...] criou um dispositivo para caçar insectos?», que é pertinente porque o Mats defende que Deus criou tudo no Paraíso. Além de alegar que a teia podia servir para apanhar pólen, que as aranhas podiam ser vegetarianas e que, de qualquer maneira, não têm “alma vivente”, o Mats aponta como ponto principal que «a resposta a essa pergunta é irrelevante para o facto de design.» Mas não. O propósito é relevante se queremos avaliar a inteligência de um design. Por exemplo, o design do piaçaba é inteligente se o objectivo for limpar sanitas mas não se for para palitar os dentes. O mesmo para a aranha. A sua teia não é uma forma inteligente de recolher pólen e um animal que caça de emboscada não é um design inteligente para herbívoro*. Sobretudo, não é inteligente dotar as aranhas de teias sofisticadas para apanhar insectos, depois criar traças com defesas sofisticadas contra essas teias para, finalmente, criar outras aranhas com teias especialmente adaptadas às defesas das traças. Para defender que isto é design inteligente é preciso explicar o propósito destas voltas todas.
Este truque de isolar alegações serve para qualquer treta. Foca-se o milagre do sinistrado que se salvou ignorando os outros vinte que morreram. Apresenta-se o caso em que o “remédio” parece ter funcionado sem olhar para a maioria em que não fez efeito. Defende-se aquela interpretação do texto sagrado quando qualquer outra teria igual fundamento. E assim por diante. Há uma grande diferença entre tentar compreender a realidade e tentar enfiar barretes. Para perceber como as coisas são é preciso encaixar as ideias, não só porque muito da compreensão está nesse encaixe como também para eliminar modelos e métodos que sejam inconsistentes com o restante conhecimento. Para enfiar barretes é precisamente o contrário. Com o conhecimento que temos hoje, um disparate destes só parece plausível com as palas bem postas à volta dos olhos.
* Em geral, os herbívoros não precisam de ficar de atalaia, à espera que a planta se distraia, para lhe saltar rapidamente em cima. Mas, curiosamente, o caso da Bagheera kiplingi, uma aranha predominantemente herbívora, é uma excepção. Esta aranha come as pontas das folhas das acácias, árvores que albergam formigas agressivas que defendem as apetitosas folhas novas. Esperando numa folha velha, onde as formigas não vão, a aranha usa a sua visão aguçada de predador para escolher o momento certo. Depois corre rapidamente para a “presa” e “caça” um pedaço de folha antes que as formigas a apanhem (7). Mais uma solução sofisticada daquelas que se espera da adaptação gradual das espécies, por competição, mas que não é compatível com o design inteligente, pelo mesmo designer, da acácia e das formigas que a protegem.
1- Mats, O segredo da aranha
2- Yu et. al., Strength and Breaking Mechanism of Multiwalled Carbon Nanotubes Under Tensile Load
3- Wikipedia, Spider silk
4- Cosmos, Toughest fibre ever created in lab
5- Ask Nature, Wings allow escape from spider webs: butterflies
6- Traw, A Revision of the Neotropical Orb-Weaving Spider Genus Scoloderus, Psyche 102:49-72, 1995
7- BBC, 'Veggie' spider shuns meat diet
O "design inteligente" da teia de aranha já foi melhorado por uma equipa de cientistas do Instituto Max Planck:
ResponderEliminarMetal Injections Make A Spider Silk that Spiderman Would Envy
http://blogs.discovermagazine.com/80beats/2009/04/24/metal-injections-make-a-spider-silk-that-spiderman-would-envy/
Inspirados por outros estudos que mostram alguns exemplos de insectos que incorporam traços de metais nas partes mais rígidas do corpo (p. ex.: as mandíbulas de formigas cortadoras e também de alguns gafanhotos) usaram a técnica de deposição de camadas atómicas para incorporar iões de zinco, titânio e alumínio em seda de aranha tornando-a ainda mais forte.
Parece que o "designer supremo" se esqueceu disto quando "desenhou" as aranhas!
O "designer supremo" desenhou aranhas dotadas de informação codificada no núcleo das células para se reproduzirem durante muitas gerações, coisa que os cientistas não fizeram... e para fazerem teias plenamente funcionais...
EliminarLimitaram-se a injectar pequenas quantidades metal em aranhas pré-existentes, que não criaram, sendo duvidoso se isso, a prazo, acabará por ser bom para elas...
Tenho as maiores dúvidas...
Em todo o caso, nada nesse procedimento é remotamente comparável a capacidade de dispor de toda a informação necessária para a produção e reprodução das aranhas e de a codificar e miniaturizar no DNA no núcleo das respectivas células...
1º as theias de aranha são polímeros de amino-ácidos
ResponderEliminar2ºtêm tensões de ruptura muito diferenciadas
3º nem os tubos de nano-carbono nem o aço (que é um metal cheio de carbono)são macrofibras logo dizer que os tubos de nano-carbono en nanoescala funcionam melhor que algo in macroscala
é como dizer que a microfísica (ou nanofísica) e a macrofísica têm as mesmas leis
já nos anos 79-80 o livrinho da Editora Mir principios de microfísica diziam que não
University of Wisconsin at Madison – Materials Research Science and Engineering Center
http://www.mrsec.wisc.edu/nano
This site includes a wealth of visuals and information. It is also the source of the “Exploring the Nanoworld” Kit you will be using
logo é parvoíce comparar o in compére sável
Este truque de isolar alegações serve para qualquer von treta
qualquer herbívoro do zooplânkton tem de escorrer mais que as algas flageladas de que se alimenta
pecebeste?
klar ki non...é o faduncho do profe putogoês von germania
deves chegar aos 90 commo D. Galvão de Mello e Motta...
e a escrever tretas do século passado
no teu caso do XIXº pá
eu explico algo que é construido a nível de nanomateriais
ResponderEliminarobviamente não tem as falhas estruturais dos micromateriais
ou dos milimetricum matherials
alles klar herr komissar?
nein?
alles gut desfrute...
Fiber that is stronger than spider web
ResponderEliminarfrom the bottom up é tutto mais facile de konstruir sin erros
é comme as tretas
Metal 100 x’s stronger than steel, 1/6 weight
Catalysts that respond more quickly and to more agents
Plastics that conduct electricity
Coatings that are nearly frictionless –(Shipping Industry)
Materials that change color and transparency on demand.
Materials that are self repairing, self cleaning, and never need repainting.
Nanoscale powders that are five times as light as plastic but provide the same radiation protection as metal.
Verenigde Staten
399
Nederland
41
já agora o qué qué o NS8 que os holandeses preferem ao firefox?
nexexita arrespondere nã...ó cu rola rio de Idei-as
É sempre o mesmo drama da explicação religiosa. Ou se fica por explicações vagas : mistério da fé , está para lá da ciência e de marrakech ou não explica nada.
ResponderEliminarComo pode o yec explicar da mesma maneira a teia de aranha, a pilão da lesma e o voo da libelula ?
Gostava de ler a explicação do mats e do perspectiva da pila da lesma.....
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ResponderEliminarO android esta gago
ResponderEliminarA ARANHA E A SUA TEIA COMO MARAVILHAS DE DESIGN
ResponderEliminarA teia de uma aranha é muito fina. No entanto, ela é mais resistente do que aço com a mesma espessura.
A teia é suficientemente pegajosa para poder apanhar insectos.
As longas linhas de seda que as aranhas tecem permitem às suas crias balançar e procurar novos sítios para viver.
A teia de uma aranha combina de forma óptima força e elasticidade.
Ela é cinco vezes mais resistente do que o aço e três vezes mais elástica do que Kevlar, uma fibra sintética para-aramida, usada, como se diz na Wilipédia, na fabricação de cintos de segurança, cordas, vibradores, construções aeronáuticas e coletes à prova de bala e na fabricação de alguns modelos de raquetes de ténis.
A complexidade da informação necessária para fazer as teias é um enigma para a teoria da evolução e demonstra como essa capacidade foi criativamente colocada no software e no hardware das aranhas.
No entanto, um bicho da seda consegue fazer um quilómetro de seda em apenas alguns dias.
O Oxford Silk Group tem vindo a interessar-se em conseguir produzir algo semelhante, procurando aprender com os conhecimentos de física, engenharia, mecânica e arquitectura das aranhas.
Ludwig,
ResponderEliminarQuase me convencias de que a aranha tinha inteligência para fazer o que faz, mas pus-me a pensar que tu, que não tens inteligência para fazer uma mão, mas beneficias de duas, encontras design inteligente nuns óculos e nunca no sistema de visão das águias, numa máquina de calcular e nunca no cérebro humano, num par de galochas e nunca nos pés que as usam…Em que é que ficamos? O que é, para ti, design inteligente?
Carlos,
ResponderEliminarParece-me que design inteligente implica intenção. Ou seja, uns oculos foram desenhados intencionalmente (inteligentemente) para corrigir problemas na visão, as maquinas de calcular foram desenvolvidas intencionalmente para fazer calculos aritméticos, as galochas para impedir que a lama e a chuva molhem os ´pés.
Podes alegar que Deus criou as teias de aranha intencionalmente para apanharem insectos, as asas das traças para não serem apanhadas pelas ditas teias e, finalmente, as teias de outras aranhas para apanhar as traças novamente.
Não me parece muito inteligente, a mesma entidade, criar algo, o seu antidoto e o antidoto do antidoto.
O que é que dirias se quem inventou os oculos, tivesse em seguida inventado umas lentes que deformavam novamente a visão, para serem utilizadas por cima dos oculos?
Ou o inventor das galochas desenvolver uma chuva que passa "tecidos" impermeaveis só para que quem usa galochas pudesse ter os pés molhados novamente?
Que duas entidades inteligentes e destintas desenvolvam um produto e o seu antidoto, parece-me razoavel. Que através de sucessivas mutações, e selecção natural, duas especies evoluam de forma a uma contrariar o poder atacante da outra, tb me parece razoavel.
Que uma entidade super inteligente, que tudo sabe e que tudo pode fazer o faça, já não me parece muito razoável. A não ser claro que seja sádiaca, como no antigo coliseu romano em que era atribuida uma espada a um dos gladiadores e um escudo a outro, e ver qual deles se safava no fim.
Há coisas que têm um aparente design inteligente mas que na realidade não o têm.
ResponderEliminarPor exemplo, as "pranchas" do famoso teste de Rorschach, utilizado para fazer um diagnostico psicologico de um individuo, foram criadas ao calhas com manchas de tinta sem nenhuma intenção especifica. Das centenas de pranchas iniciais apenas 10 revelaram ter algum valor para o diagnostico. O Rorschach não as desenhou (literalmente) com intenção de se parecerem com isto ou aquilo. Âpenas lançou tinta para umas folhas de papel, dobrou-as ao meio e voilá, centenas de figuras surgiram.
Depois teve a inteligencia de consiguir tirar tirar proveito desses "acasos".
As pranchas não contêm códigos e informação codificada...
EliminarEstimado LL
ResponderEliminar1) Quanto maior é a diversidade de sistemas sofisticados nos seres vivos maior é a genialidade do Designer. Diversidade e sofisticação corroboram o design inteligente do Universo.
2) O criacionismo não tem qualquer problema em explicar a existência de sistemas de ataque e defesa sofisticados, em que existe algo e o seu antídoto. Pelo contrário, a sua sofisticação é evidência mais do que conclusiva para o seu design inteligente.
3)Os sistemas de defesa e ataque que observamos na natureza, cuja sofisticação é reconhecida por todos, baseiam-se, nalguns casos, em estruturas que tinham outras finalidades antes da Queda. Ou seja, algumas estruturas não tinham inicialmente efeitos letais, adquiriram posteriormente um efeito letal.
4) Alguns sistemas de ataque e defesa podem ter sido redesenhados quando Deus amaldiçoou a natureza, na medida em que Génesis 3 fala na existência de alterações do mundo físico depois da Queda.
5) Apesar de se fantasiar aqui a respeito da evolução, em momento nenhum observamos a vida a surgir por acaso ou as aranhas a transformarem-se em seres vivos de género diferente, com criação de informação codificadora de estruturas inovadoras e mais complexas.
6) As mutações, a selecção natural, a adaptação e a especiação tendem a degradar e a reduzir a informação genética existente, com impacto negativo na formação e no funcionamento de estruturas e funções existentes.
7) A única coisa que realmente observamos é existência de aranhas com grande potencial genómico e enorme sofisticação dos sistemas, incluindo os de ataque e defesa, a "evoluírem" para... aranhas.
8) A ciência mostra, igualmente, que a vida nunca surge da não vida por acaso e que os seres vivos, incluindo os as aranhas, se reproduzem de acordo com o potencial genómico que existe no seu género.
ARANHAS, TEIAS E FÉ CRISTÃ
ResponderEliminarA aranha é uma maravilha de design inteligente.
Ela é um testemunho claro da criação divina.
Além disso, ela refuta claramente a evolução.
A teia de aranha supostamente mais antiga que se conhece (com base nas “datações” uniformitaristas dos evolucionistas) tem cerca de 140 milhões de anos.
E no entanto, ela é idêntica às teias das aranhas da actualidade, nada tendo evoluído nesses supostos 140 milhões de anos.
Onde é que estão os antecedentes evolutivos das aranhas e das suas teias? Ninguém sabe!
Uma aranha faz maravilhas que assombram engenheiros, arquitectos e químicos.
A teia de uma aranha é muito fina. No entanto, ela é mais resistente do que aço com a mesma espessura.
A teia é suficientemente pegajosa para poder apanhar insectos. As longas linhas de seda que as aranhas tecem permitem às suas crias balançar e procurar novos sítios para viver.
A teia de uma aranha combina de forma óptima força e elasticidade.
Ela é cinco vezes mais resistente do que o aço e três vezes mais elástica do que Kevlar, uma fibra sintética para-aramida, usada na fabricação de cintos de segurança, cordas, vibradores, construções aeronáuticas e coletes à prova de bala bem como na fabricação de alguns modelos de raquetes de ténis.
A complexidade da informação codificada necessária para fazer as teias é um enigma para a teoria da evolução e demonstra como essa capacidade foi criativamente colocada no software e no hardware das aranhas.
Os evolucionistas atribuem toda esta complexidade às mutações aleatórias e à selecção natural.
No entanto, nenhum cientista, crente ou ateu, mesmo com um prémio Nobel, consegue fabricar uma "simples" aranha.
Isso significa que o fabrico de uma “simples” aranha exige mais inteligência e informação do que aquela de que toda a comunidade científica junta dispõe.
Em todo o caso, recentemente, numa revista Proceedings of the National Academy of Sciences, em 2008, uma equipa de cientistas alemães descreveu a sua tentativa de imitar o modo como as aranhas fabricam seda, para tentar produzir materiais leves com aplicações médicas.
Infelizmente, depois de anos de investigação os cientistas ainda não conseguiram produzir quantidades suficientes de seda, como as aranhas conseguem.
Ainda falta muito estudo para isso.
Os cientistas podem tentar imitar o design inteligente presente na natureza, porque aprenderão muito com ele.
Os designs do Criador desafiam a capacidade de engenharia humana, o que é um forte incentivo para continuar a estudar.
Carlos Soares,
ResponderEliminarA complexidade não basta como evidência de design inteligente. Senão, se eu acho que um alfinete foi concebido com inteligência teria de considerar que as ondas do mar ou a chuva, muito mais complexas que um alfinete, também seriam obra de um ser inteligente que tinha posto cada gota no seu sítio. Como o LL mencionou, há mais factores a considerar.
Eu diria que podemos considerar algo criado de forma inteligente se se verificarem estas condições:
- Temos evidências independentes de existir algum ser capaz de criar esse algo
- Temos evidências independentes de que esse ser é inteligente
- Temos evidências independentes de que esse ser queria criar esse tal objecto.
Assim, se encontro um par de óculos, uma ponta de seta ou um fragmento de um pote, concluo que foram criados por seres inteligentes porque sei que há seres capazes de o fazer, que são inteligentes e que vêem utilidade nessas coisas, pelo que poderiam ter a intenção de as criar.
Uma águia não cumpre estes requisitos. Sei que há seres capazes de criar águias, mas são águias também. Não o fazem com inteligência e não criam águias para um propósito inteligente. Além disso, só são capazes de criar águias como elas lhes saírem, não escolhem se vão ter os olhos mais assim ou as asas mais assado. Por isso não posso concluir que a águia foi criada por um ser inteligente.
Além disso, como a águia nasce de outras águias, neste caso há um mecanismo alternativo que não se pode aplicar a óculos, potes ou alfinets. A evolução. Como desse tenho boas evidências e explica as características da águia muito melhor do que a hipótese da criação inteligente (afinal, a águia só serve para fazer outras águias, como a teoria da evolução prevê mas ao contrário do que se prevê pelo design inteligente), posso mesmo concluir que a águia evoluiu e não foi criada inteligentemente.
Há coisas simples que não foram desenhadas (p. ex.: um calhau roliço)
ResponderEliminarHá coisas simples que foram desenhadas (p. ex.: um fragmento de um pote que à primeira vista pode parecer um simples calhau)
Há coisas complexas que foram desenhadas (p. ex.: um relógio)
E por fim, há coisas complexas que não foram desenhadas (p. ex.: um relojoeiro)
"E por fim, há coisas complexas que não foram desenhadas (p. ex.: um relojoeiro)"
EliminarDá como demonstrado o que é necessário demonstrar...
LL
ResponderEliminar«Não me parece muito inteligente, a mesma entidade, criar algo, o seu antidoto e o antidoto do antidoto.»
Não vou comentar.
Ludwig,
ResponderEliminarO que vou dizer é que tudo o que reconhecemos na natureza tem «design” e que este pressupõe inteligência. Quanto à intenção ou intencionalidade, é evidente e inegável que ela parece existir em tudo o que reconhecemos na natureza. Não quer dizer que saibamos qual ou quais sejam, para além da mera funcionalidade/causalidade imediatas.
A extrema complexidade e integração de algo é um testemunho poderoso de que foi criado, embora uma coisa simples também possa ter sido criada.
ResponderEliminarSe são necessários 128 computadores para modular a actividade molecular do mais "simples" micróbio, imaginem quantos seriam necessários para modular a actividade molecular de uma águia!...
As águias não se criam a elas próprias, corroborando o que a Bíblia diz.
Elas têm, no seu interior, informação codificada necessária à sua produção e reprodução, que transcende, em quantidade, qualidade e miniaturização, toda a capacidade científica e tecnológica humana, o que corrobora o seu design (super)inteligente.
As águias não se criam e elas próprias, antes dependem de códigos e informação codificada, que são as marcas por excelência de inteligência, corroborando o que a Bíblia ensina em Génesis 1.
Além disso, elas reproduzem-se de acordo com o seu género, corroborando também o que se diz em Génesis 1.
O Ludwig limita-se a dizer que a águia surgiu por evolução, sem demonstrar.
Mas nunca ninguém viu uma água surgir por evolução, nem se sabe sequer como é que as mutações (que geralmente criam doenças) poderiam ter criado uma águia totalmente completa e funcional.
Nem o Ludwig demonstra isso.
Ou seja, o Ludwig continua na estaca zero e arrisca-se a corroborar o que a Bíblia diz quando apresenta factos observáveis e não especulações.
Se é assim que ele quer "provar" a evolução... coitado!
LEITURA DE FÉRIAS: RECORDANDO O DEBATE
ResponderEliminarA IDADE DA TERRA: REALIDADE E ESPECULAÇÃO
Muitas pessoas (Ludwig incluído) acreditam que a Terra tem 4,5 mil milhões de anos.
No entanto, muito poucas sabem como é que se chegou a uma tal data, nem percebem que a mesma é totalmente dependente de modelos (model dependent).
Muitos ignoram que essa “idade” é obtida através da datação de meteoritos (!) e não da Terra em si mesma (!), assumindo, sem prova, que a Terra e os meteoritos surgiram na mesma altura pelo mesmo processo.
Parte-se do princípio (não demonstrado, nem demonstrável!) de que o Universo surgiu de uma grande explosão e de que o sistema solar surgiu do colapso gravitacional de uma nebulosa, apesar de ambas as premissas terem falhas empíricas substanciais, amplamente documentadas na literatura científica.
Mas quem pode confirmar isso?
Depois, presume-se que os meteoritos surgiram antes da Terra e procede-se à respectiva datação, em muitos casos avaliando o decaimento de urânio para chumbo.
E assim chega-se à idade de 4,5 mil milhões de anos, totalmente dependente de premissas não demonstradas nem demonstráveis e de base factual mais do que duvidosa.
Quem afirma essa idade como se fosse a idade real da Terra, certamente desconhece as pressuposições naturalistas, os modelos de evolução cósmica e as premissas uniformitaristas que têm que ser aceites previamente a essa determinação.
A verdade é que as mais antigas civilizações conhecidas têm poucos milhares de anos e os registos históricos mais antigos têm cerca de 4 500 anos.
A partir daí cada um constrói a história da Terra, não com base na observação directa ou nos relatos de testemunhas oculares, mas com base nas suas próprias crenças acerca da suposta história da Terra.
Só recorre aos isótopos de meteoritos para tentar obter a idade da Terra quem primeiro acredite que ela foi o resultado de um processo de evolução cósmica por processos estritamente naturais.
Mas não existe nenhuma maneira de confirmar isso directamente.
Isso tem que ser aceite pela fé.
Diferentemente, quem acredita que ela foi criada por Deus e que a Bíblia é a revelação de Deus, longe de usar os isótopos de meteoritos para datar a Terra, vai usar as indicações que a Bíblia fornece sobre a idade da Terra, dos animais e dos seres humanos.
Também isso tem que ser aceite pela fé.
Sempre a velha mania dos códigos e de ver propósito onde ele não existe ('design stance'). Os criacionistas nunca mudam os argumentos mesmo depois da refutação dos mesmos.
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