sábado, dezembro 31, 2016

Treta da semana (atrasada): razões.

No seu blog sobre ciência e fé, Miguel Panão estranha haver «quem pense que os que acreditam em Deus, em realidades espirituais, são pessoas irracionais que não pensam ou fazem uso da razão». Como prova aparente da racionalidade destas crenças, aponta «os diversos estudos, livros, revistas com arbitragem internacional, cursos universitários, doutoramentos, conferências internacionais, centenas de milhares de livros sobre ciência e religião.»(1)

O primeiro indício de irracionalidade está na deturpação daquilo que quer contrapor. O que está em causa não é se um crente é capaz de usar a razão. Ninguém está a dizer que Panão, os criacionistas ou os imãs são irracionais em tudo. Apenas que foi irracional adoptarem aquelas crenças específicas acerca dos deuses. E o segundo indício de irracionalidade está na inconsistência de critérios. Há muitos livros sobre o catolicismo, escolas católicas e artigos católicos. Mas também há muitas madraças e livros sobre o Islão e doutores dessas matérias. E escolas evangélicas e artigos sobre o “design inteligente”. Apesar de Panão não considerar isto evidência adequada da racionalidade do Islão ou do criacionismo evangélico, invoca-o como prova de que a sua crença é racional. Esta inconsistência é irracional. No fundo, o mais estranho aqui é a estranheza de Panão. Panão estranha que considerem irracional que ele faça aquilo que ele considera irracional nos outros.

Depois, o truque do “cientificamente”. «Se eu acredito que apenas se considera real o que posso testar cientificamente, então, há muita coisa que irei considerar como ficção, mesmo que não seja. Por exemplo, ter uma ideia. Por que razão é possível ter uma ideia?» O “cientificamente” dá ideia de que há diferentes formas de testar. Está será num laboratório, com instrumentos e bata branca ou algo assim. Mas o científico não é a forma de testar. É testar. Se inventamos uma hipótese e ficamos por aí, isso não é científico. Mas se a compararmos com alternativas e tentarmos encontrar as que melhor explicam o que nos intriga, então isso é científico. E é isso que nos permite concluir que as pessoas têm ideias e as torradeiras não: explica-se melhor o comportamento das pessoas assumindo que estas têm ideias mas assumir que as torradeiras têm ideias é desnecessário.

Outro truque é a mudança subtil da questão. Panão começa por falar no que se considera real e dá um exemplo: «Por exemplo, ter uma ideia.» Será que ter ideias é real? Claro que sim, todos sabemos que é, e saber que animais têm ideias e que estruturas neuronais estão envolvidas são áreas activas de investigação científica. Por isso, Panão tem de lhe dar um jeito: «Por que razão é possível ter uma ideia?». E aqui o leitor pensa “aha, isto a ciência não responde”. É claro que Panão também não tem resposta para isto, mas não importa. E de seguida baralha ainda mais: «Como justifico cientificamente ter uma ideia? E qual o método científico que me permite avaliar se o conteúdo dessa ideia a revela como uma ideia com conteúdo?» Além das perguntas serem confusas, o “cientificamente” e “científico” não estão lá a fazer nada. Sem essas palavras, as perguntas são exactamente as mesmas. No fundo, Panão está a dizer que queremos compreender como o cérebro funciona. É um objectivo meritório mas isso faz-se com ciência. Não se faz com criacionismo bíblico, nem com o Islão nem com o catolicismo.

Continuando nesta linha, Panão defende que não é “cientificamente” que sabemos o que é real mas sim pela experiência: «O crente em Deus faz uma experiência de Deus.» A experiência é um dos factores que temos de considerar para saber o que é real. Mas, para interpretar a experiência, temos de conjecturar. É isso que Panão faz quando especula que a sua experiência é “de Deus”. Conjectura. E o melhor método para avaliar conjecturas à luz da experiência chama-se ciência. A epilepsia é um bom exemplo. A experiência de um ataque epiléptico é de uma assustadora perda de controlo. Uma conjectura que pretendia explicar esta experiência era a de que demónios possuíam o corpo da pessoa. Graças a explicações melhores, que a ciência permitiu encontrar, hoje temos tratamentos mais eficazes do que o tradicional exorcismo. A “experiência de Deus” é análoga. A experiência em si é real, mas atribuí-la a um deus é mera conjectura, uma explicação fraca que pode ser substituída por explicações melhores que dispensam o sobrenatural. E é importante ter em conta que mesmo quem adora deuses que Panão considera não existirem relata exactamente as mesmas experiências. Se Panão fosse consistente nos seus critérios, isto bastaria para desconfiar das conclusões a que chega.

Eu não acho que todos os crentes sejam irracionais. Pelo contrário. Alguns são tão racionais que me espanta serem crentes. Mas não há nada que se explique conjecturando deuses e “realidades sobrenaturais” que não se explique melhor ainda dispensando essas coisas e, se o objectivo for apurar a verdade, adoptar estas crenças é irracional. O que deve ser óbvio para crentes como Panão, perfeitamente capazes de perceber que os factores que invocam como justificação racional da sua crença são exactamente os mesmos que rejeitam como insuficientes para justificar as crenças dos outros. Isto e o cuidado que dedicam aos truques de retórica para fingir que há um método não científico de compreender a realidade, ou “as realidades”, sugerem que esta irracionalidade não é um mero lapso mas sim um acto deliberado. No entanto, chamar a isto irracional presume que o que importa é a verdade. Talvez não seja. O compromisso com uma crença religiosa afecta muito o ambiente social e até as oportunidades económicas do crente. Adoptar certas crenças, ou aparentar adoptá-las, pode trazer vantagens e renegá-las pode ter custos elevados. Assim, esta atitude até pode ser uma estratégia racional pelas vantagens que traz. No entanto, se for racional, não o será pelas razões que dizem fundamentá-las. A crença em Deus pode ser uma crença útil mas não é uma crença verdadeira.

1- Miguel Panão, Tanto tempo a discutir tão pouco…

12 comentários:

  1. Resposta: https://dialogocienciaefe.wordpress.com/2016/12/31/razoes-irracionais/

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  2. Miguel,

    Obrigado pela resposta rápida mas parece-me que não identificaste correctamente o problema.

    Eu não ponho “tudo no mesmo saco”. Aceito que os conceitos de Deus sejam diferentes de religião para religião – algumas até têm vários deuses – e admiti que é possível que uma esteja correcta e as outras todas erradas. Não é aí que está o problema.

    O problema está inteiramente nas tuas justificações. As justificações que dás para dizer que o teu conceito de Deus está mais correcto que os restantes servem exactamente da mesma maneira para qualquer um dos outros: a “experiência de Deus”, os livros, as escolas, as tradições e tudo isso todas as religiões têm. É irracional da tua parte justificares a crença nesse deus em vez de qualquer um dos outros invocando razões que servem igualmente a todos. É esse o problema.

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    1. É por rejeitarem o puro subjetivismno experiencial que os criacionistas bíblicos argumentam com:

      a) a lei da conservação da energia como evidência de que o Universo não se criou a ele próprio e teve que ser criado,

      b) a lei da biogénese, como evidência de que a vida não surge da não vida

      c) as camadas de sedimentos e os triliões de fósseis nos cinco continentes como evidência do dilúvio global;

      d) asn antigas histórias de dragões e os ossos não fossilizados, tecidos moles, proteínas, células e DNA de dinossauros como evidência da sua criação, existência e extinção recentes,

      e) os códigos genético e epigenético como evidência de criação (super)inteligente

      f) as mutações e a seleção natural como evidência de corrupção, doenças e morte

      g) o facto de tentilhões darem tentilhões como evidência de que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género

      h)a história do povo de Israel do Génesis até ao século XXI como evidência da providência de Deus

      i) a figura de Jesus Cristo e os relatos independentes e detalhados da sua vida, milagres, morte e ressurreição como evidência de que Deus encarnou na História

      j) o facto de a Bíblia bater todos os "fatores de impacto" imagináveis, sendo o livro mais lido, mais traduzido, citado, perseguido mas mais influente da História.

      Os evolucionistas falam apenas de uma hipotética evolução de partículas para pessoas ao longo de milhões de anos, o que é apenas uma maneira indireta de confessar que não dispõem de qualquer evidência observável da evolução a que qualquer um de nós possa aqui e agora ter acesso..



      Esses argumentos são racionalmente acessíveis a todos.


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  3. Saudações Ludwig. Feliz 2017. Aguardando o envio do conto "O Fim". Abraços.

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  4. CIÊNCIA VISTA À LUZ DA BÍBLIA

    Por vezes diz-se neste bloque a ciência tem um método neutro de obtenção de conhecimento que lhe permite estabelecer a verdade infalível e definitiva sobre o Universo, a vida e o homem.

    Mas hoje sabemos que nem a ciência é neutra, objetiva, infalível e definitiva.

    A seleção de dados e a sua interpretação está sujeita a pré-compreensões, ideologias, paradigmas, modelos e hipóteses.

    A sua recolha e análise está sujeita a falhas intelectuais e técnicas.

    Como as observações são limitadas, os resultados são provisórios e não definitivos.

    Ainda assim, quando todas as observações apontam no mesmo sentido é possível induzir algumas leis científicas (v.g. causalidade, conservação da energia, entropia, biogénese).

    Por sinal, todas elas corroboram o que a Bíblia ensina.

    A Bíblia fornece algumas indicações importantes acerca da ciência.

    Em primeiro lugar, ela começa por estabelecer e justificar as pressuposições de que a ciência depende para ser viável.

    Antes mesmo de começar as suas investigações, o cientista tem que postular a inteligibilidade racional do Universo e a sua própria capacidade racional para o compreender. Ele tem que postular a validade universal das leis da lógica e da matemática.

    A Bíblia, ao afirmar que o Universo foi criado de forma racional por um Deus racional, eterno e omnipresente que se revela como LOGOS, e que o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, com criatividade e capacidade racional de pensamento abstrato e lógico, estabelece as pressuposições de que a ciência depende.

    Mesmo quem não acredita na Bíblia tem que ir pedir emprestadas essas pressuposições à visão bíblica do mundo para poder fazer ciência, porque elas não se deduzem da premissa de que o Universo, a vida e o homem, incluindo o cérebro humano, são o resultado de processos cegos, aleatórios e irracionais.

    Como derivar a razão de processos aleatórios e irracionais?

    Como Deus é um ser moral e racional e o homem foi criado à Sua imagem e semelhança, o cientista está sujeito a deveres de racionalidade e moralidade ao fazer ciência.

    Estes deveres também não se deduzem da ideia de que o Universo e a vida surgiram por acaso e o homem é o resultado de milhões de anos de crueldade predatória, violência, doenças e morte.

    Como Deus é verdadeiro, a ciência está sujeita a um dever de verdade acima de tudo. Essa verdade deve ser, logicamente, construída a partir da Verdade da revelação divina.

    Como Deus criou o Homem à sua imagem e a natureza com a sua imagem, cheia de evidência de design e propósito, a ciência tem certamente que respeitar a dignidade humana e a integridade da natureza.

    Como o Homem está corrompido e pecaminoso a ciência necessita de mecanismos de discussão, debate e correção que permitam refutar afirmações falsas e impedir a utilização do conhecimento para fazer o mal.

    O astrofísico Johannes Kepler dizia que a ciência consiste em “pensar os pensamentos de Deus depois de Deus”- A biomimética mostra que muita da ciência hoje consiste em fazer engenharia reversa daquilo que Deus criou.

    Se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, segue-se logicamente que ela é o padrão pelo qual a ciência humana e o método científico desenvolvido pelo homem devem ser avaliados e não o contrário.

    A Ciência moderna triunfou depois da Reforma Protestante e da redescoberta da Bíblia, por sinal nos países mais influenciados por este movimento.

    Não existe qualquer incompatibilidade entre a ciência e a Bíblia. Esta afirma que “o temor de Deus é o princípio de toda a sabedoria”.

    A visão bíblica da ciência é, na realidade, a mais científica, na medida em que, edificando o Universo, a vida e o homem sobre o LOGOS, ela é a mais lógica e racional.

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  5. O DEUS TRIUNO DA BÍBLIA COMO ÚNICO DEUS CRIADOR

    O Ludwig tem dado conta da sua dificuldade em compreender 1) como é que um Deus pode ser simultaneamente três pessoas e 2) como é que podemos saber que foi Ele, o Deus revelado na Bíblia, o Deus da criação e não qualquer outro ou outros.

    Vejamos estas questões:

    1) A natureza triuna de Deus pode ser difícil de entender para mente humana. Mas não é impossível. Nós conseguimos entender que um Estado, na sua unidade, tenha os poderes legislativo, administrativo e judicial, ou que as forças armadas de um país, na sua unidade, tenham exército, força aérea e marinha. Nada disso exige um “sacrificium intellectus”.

    Em termos matemáticos também compreendemos a estrutura triuna dos triângulos e sabemos que 1^3=1.

    Não parece, pois, que um Deus com uma unidade de três pessoas seja algo intelectualmente impensável. Em todo o caso, a natureza triuna de Deus, longe de ser uma verdade evidente por si mesma, é um dado que aprendemos unicamente pela revelação, através da Bíblia.

    Logo em Génesis 1, no hebraico original, é utilizado o plural para apresentar a vontade de Deus no sentido de criar o ser humano: “façamos o Homem à nossa imagem e semelhança”.

    Só aceitando a natureza triuna de Deus é que pode ser logicamente aceitável a afirmação bíblica de que “Deus é amor”. Entre diferentes pessoas pode haver uma relação de amor. Se existir apenas uma, dificilmente se poderá falar de amor, porque não há ninguém para ser objeto de amor. Só haverá amor próprio.

    Um Deus uno não poderia ser intrinsecamente amor. Ele teria que criar alguém para amar. A Bíblia apresenta um Deus em que o amor é “a força nuclear forte” que, de forma intrínseca, une três pessoas numa unidade.

    2) Porém, se um Deus triuno criou efectivamente o Universo, seria de esperar que Ele nos desse alguns sinais, ou algumas dicas, acerca dessa sua natureza. E deu.

    Génesis 1:1 diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Temos aqui os três elementos fundamentais para a nossa existência: tempo (“o princípio”), espaço (“céus”) e matéria (“terra”). Eis uma primeira assinatura de um Deus triuno.

    Mas Deus deu-nos outras. O 6, dos seis dias da criação, é um número perfeito e, em termos poligonais, um número triangular.

    O tempo tem uma estrutura triuna, sendo passado, presente e futuro. O espaço, é tridimensional, sendo comprimento, largura e profundidade.

    A matéria apresenta-se em três estados, sólido, líquido ou gasoso.
    Esta estrutura triuna da realidade em que existimos e nos movemos diz algo acerca do Criador.

    Ela recorda a Bíblia quando nos diz: “Porque nEle nós vivemos, e nos movemos, e existimos!” (Actos 17:28).

    Acresce que toda a massa e a energia se podem reconduzir a três grandes categorias de partículas: os quarcks, os leptões e os bosões.
    Eles estão na base dos neutrões, protões e electrões que dominam a estrutura do átomo.

    Também é interessante que o código genético opera em codões de três nucleótidos, também aí se podendo ver mais uma assinatura do Deus triuno.

    Ao mesmo tempo, as estruturas matemáticas fractais que se repetem nos flocos de neve, nas plantas, nas conchas, nos relâmpagos ou nas galáxias, juntamente com as semelhanças genéticas que vemos entre seres vivos sem qualquer relação evolutiva plausível (v.g. sistema de eco-localização de morcegos e golfinhos), mostram a presença de múltiplas homologias (i.e. mesma lógica, mesmo LOGOS), que permitem que se fale logicamente na existência de um único Deus, criador comum de todas as coisas, como é historicamente revelado na Bíblia e na pessoa de Jesus Cristo.

    Cada ser humano herda 23 cromossomas de um homem e de uma mulher, também ele resultando numa unidade genética de três elementos: o pai, a mãe e ele próprio.

    Existe, por isso, uma congruência entre o Deus triúno da Bíblia e o modo como se estrutura e como compreendemos o Universo. Embora a natureza triúna de Deus transcenda a nossa mente finita, podemos pensar nela por analogia e ver alguns vestígios da mesma na própria estrutura do Universo, da vida e do ser humano.


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  6. O Ludwig é ateu, mas revela uma obsessão pelas questões acerca de Deus, que me surpreende, porque não é o caso de ele ter dúvidas. Eu, que acredito que Deus existe, tenho profunda curiosidade e interesse em questões acerca do Universo, para muitas das quais procuro resposta, porque Deus não responde como eu gostaria, embora a racionalidade, a inteligibilidade, a inteligência, nos levem a alcançar níveis de "resposta" incrivelmente surpreendentes.
    O Ludwig encerra as questões, mas não as larga, quando existem questões que não estão encerradas por ninguém, como por exemplo, "o que significa 13 mil milhões de anos" na eternidade e "onde é e a que distância (anos-luz) nos encontramos do centro do universo? Que possibilidade existe de observarmos fenómenos astronómicos que estão para lá do nosso alcance?", ou "quando olhamos para o firmamento estamos a ver luzes, ou luz de astros, ou astros?", ou ainda "em que proporção é que o universo é pequeno relativamente ao infinito?", etc.... E quanto à teoria de que o big bang ocorreu a partir de um ponto "infinitesimalmente minúsculo, e infinitamente denso"?

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    1. A obsessão com Deus revelada pelol Ludwig é um problema espiritual. Ela é a mesma que encontramos em ateus como Dawkins, Harris, Saramago, etc.

      Afirmam que acreditam que Deus não existe, mas acabam por viver como se ele existisse...

      Nada há de novo nisso. Deus conhece o coração humano e a Bíblia faz o diagnóstico preciso.

      Ela afirma qu, no seu íntimo, todos sabemos que Deus existe.

      Mas alguns sentem-se especialmente incomodados (um pouco como os criminosos se sentem incomodados com a lei, a polícia e os tribunais...)

      Vejamos o que o Apóstolo Paulo diz, sobre esse fenómeno:

      "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

      Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

      Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

      Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos."

      Romanos 1:19-22




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    2. As questões que o Ludwig suscita e muitas outras questões em que ele nem sequer pensou também interessam o criacionismo bíblico.

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  7. Herberti,

    Já está (finalmente :)

    Um abraço, e bom 2017

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  8. As respostas do Miguel aos meus comentários no blog dele são bastante esclarecedores daquilo que são certas manobras evasivas de crentes mais sofisticados: Imediatamente descrevem o deus em que acreditam como sendo algo mais próximo do deísmo (um deus que nada faz ou pelo menos o pouco que intervém não é detectado), enquanto que o crente cristão mais comum acredita num deus bem diferente... E continua sem resolver a questão: como saber se é esse deus, a versão fundamentalista desse deus ou outro qualquer que é o certo? Não resolve também o problema das suas justificações servirem para todos.

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    1. E isto só para começar... há outras questães que eu levantei que não tiveram resposta satisfatória.

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