Modelos e experiência.
O Cordeiro Lobo apontou o que me parece ser um problema importante nesta discussão que tenho tido com o Desidério acerca do conhecimento a priori:
«Um objecto não empírico, em que o modelo é o próprio objecto, por exemplo, um qualquer objecto matemático ou relacional, exige as suas regras próprias de experimentação para aquilatar da sua coerência.
A confusão do Krippahl parece-me resultar de que ele concebe a realidade apenas como realidade empírica, sem se aperceber que o próprio pensado, o conhecimento, faz parte da realidade e não é objecto empírico.»
Quando imaginamos um cavalo temos na mente um modelo do cavalo e não um cavalo. E quando imaginamos um plano infinito também não nos cresce um plano infinito na mente. Não é verdade que os objectos matemáticos sejam os modelos mentais que temos deles nem que estes modelos mentais sejam independentes da experiência. São construídos com base na nossa experiência. Imaginamos um plano infinito imaginando algo plano e acrescentando o equivalente mental de reticências nos extremos. Duvido que alguém consiga imaginar um plano mesmo infinito.
E não é por inferências abstractas que concluímos que temos esses modelos na nossa mente ou que são representações de algo. Sentimo-lo, não o deduzimos de alguns princípios fundamentais. É também por experiência que vamos aperfeiçoando esses modelos. Não se aprende matemática num lampejo de raciocínio a priori. Aprende-se com momentos de confusão, erros, exercícios, exemplos, correcções e assim por diante. Empiricamente.
E nem os génios lá chegam sem depender da experiência a cada passo. Não foi coincidência que a geometria de Euclides se fazia com compassos e fios esticados, ou que os axiomas e demonstrações eram obviamente extrapolados da experiência de desenhar figuras geométricas. A geometria analítica seguiu-se só dois mil anos depois porque foi preciso a experiência acumulada de muitos matemáticos até Descartes aprender e conceber os conceitos que precisava para fazer o que fez.
A confusão do conhecimento a priori parece dever-se a vestígios de platonismo. A divisão da realidade em empírica e não empírica, por exemplo. O que é empírico é o conhecimento, não a realidade. Schaeffer determinou as sequências de jogadas de damas que dão empate ou vitória pondo computadores a experimentar todas as possibilidades. Mas não faz sentido chamar “objecto empírico” ao conjunto das jogadas de damas. A noção que pensar é manipular Ideias no mítico mundo do a priori é outra nódoa platónica. Quando fazemos contas de lápis e papel o que acontece é que as redes neuronais no nosso cérebro reconhecem padrões e recordam algoritmos, somas e tabuadas. Em último caso recorremos à experimentação directa contando pelos dedos. O nosso processo de cálculo é uma sequência de tarefas de reconhecimento de padrões e assenta na nossa experiência. A matemática como raciocínio a priori é um relato romântico de uma realidade mais prosaica, e quem duvidar que verifique empiricamente quanto treino é preciso para se ser um matemático competente.
Não digo que o a priori seja um termo inútil. Designa as partes do processo de conhecimento que podem ser desligadas da experiência e, por isso, deixadas a cargo de máquinas, sistemas formais e assim por diante. Desde que inventámos a matemática que os nossos modelos ultrapassaram o nosso conhecimento, e agora com os computadores isso é cada vez mais evidente. Mas é a capacidade (ainda) misteriosa de criarmos modelos intencionais* que nos dá conhecimento. O que está nos computadores ou nos livros não é conhecimento se não for interpretado por quem os sinta como sendo modelos de algo. E a intencionalidade não se infere a priori. Tem que adquirir pela experiência. Empiricamente.
Se um dia os computadores forem capazes de perceber que os modelos que têm são acerca de algo então terão conhecimento. Mas apenas porque deixarão o a priori e passarão a experimentar.
*Este termo engana mas dá um jeitão. Em filosofia, intencionalidade é a propriedade de ser acerca de algo. O que normalmente chamamos de intenção é intencional, mas também o é a crença, o desejo, e uma data de coisas na nossa consciência ou linguagem que são acerca de outras coisas. Mais sobre isto na Wikipedia»
Trata-se, portanto, de eliminativismo aplicado ao apriori?
ResponderEliminarFrancisco,
ResponderEliminar«Trata-se, portanto, de eliminativismo aplicado ao apriori?»
Não sei... tenho dias. Se me perguntares logo a seguir a ler Searle, direi que não, que é o contrário. O a priori é que seria eliminativo de um carácter empirico essencial dos qualia.
Se for a seguir a ler Dennett, se calhar digo sim, fora com o a priori e os qualia atrás, é tudo redes neuronais por ai abaixo.
Mas quando descobrir em que é que fico logo aviso :)
Como antes disse, só Deus é que tem conhecimento a priori.
ResponderEliminarEle consegue ter na sua mente, de uma so vez, os triliões de reacções químicas necessários à produção, reprodução, sobrevivência e adaptação de todos os seres vivos.
Ele consegue codificar toda essa informação em múltiplos códigos paralelos hipercomplexos e armazenar essa informação numa minúscula molécula de DNA.
Ele consegue criar todo o sistema de transcrição, tradução e execução dessa informação e codificá-lo também ele no DNA.
Contra toda a evidência científica, o Ludwig insiste na ideia de que o DNA não tem nenhum código.
Isto, claramente em contraciclo, na medida em que os cientistas estão hoje a descobrir múltiplos códigos paralelos nas regiões do genoma antes consideradas não codificantes.
Como compreender a cegueira do Ludwig?
Curiosamente, tanto Ludwig como o próprio Charles Darwin nos dão importantes indicações:
O Ludwig auto-compreende-se, auto-define-se e auto-determina-se academica e pessoalmente como "macaco tagarela" (cit).
Charles Darwin, suspeitando já que a sua teoria conduziria a resultados cientificamente absurdos e auto-destrutivos já nos avisava, ao perguntar:
“the horrid doubt always arises whether the convictions of man's mind, which has been developed from the mind of the lower animals, are of any value or at all trustworthy.
Would any one trust in the convictions of a monkey's mind, if there are any convictions in such a mind?”
Cá para mim, é o pai natal que tem o a priori todo estudado. Ele sabe exactamente a priori se cada puto merece o sapatinho no natal ou não. E se as chaminés são seguras ou não. Querem melhor?!?
ResponderEliminarLudwig,
ResponderEliminaresta discussão é deveras interessante mas, porque raio tenho a impressão de que, sobre esse tema, os filósofos andam em círculos desde o tempo de Kant (ou Platão)? Porque raio o Piaget é tão mal amado ?
"...The theory is considered "constructivist", meaning that, unlike nativist theories (which describe cognitive development as the unfolding of innate knowledge and abilities) or empiricist theories (which describe cognitive development as the gradual acquisition of knowledge through experience), it asserts that we construct our cognitive abilities through self-motivated action in the world ..."
Não mostrou ele já o caminho com a sua epistemologia genética ?
Ludwig:
ResponderEliminarPenso que andamos todos às voltas nesta questão do a priori.
Que pensas de uma definição funcional como
"a priori é o que se pode saber baseado no que ja se sabe"
Não tem problemas com a origem empirica do conhecimento e experiencia consciente, é ligeiramente util, e satisfaz os defensoresa de que a matematica é a priori e penso que se irão encotrar circuitos neuronais que tÊm esta função apenas.
Assim eu ja posso saber que 1+1 são dois sem ter de por os dois objectos lado a lado para comprovar. ( que é o que ja fiz certamente quando tinha uns meses de idade)
Ha e inclui o teu apriori das maquinas, mas exclui a perda de á priori com o ganho de consciencia (precisamente por eliminar o factor empirismo da equação).
ou então acho que tenho de te voltar a perguntar:
ResponderEliminar"fase escura" ou "preconsciente" ou "interempirica"?
... Mas é a capacidade (ainda) misteriosa de criarmos modelos intencionais* que nos dá conhecimento..."
ResponderEliminarJulgo que este é o ponto mais fundamental e por esclarecer na problemática do conhecimento. Penso terá o mesmo significado da afirmção que transcrevi no comentário acima: "...it asserts that we construct our cognitive abilities through self-motivated action in the world ..."
As redes neuronais e o desenvolvimento de novas interfaces/sensores para as máquinas interagirem com o outside world podem representar um avanço na direcção da inteligência artificial mas acredito que a pedra de toque será a implementação desta "self-motivated action in the world".
Sabe-se que que nos seres humanos isto está relaccionado com os centros do prazer, mas, como fazê-lo com as máquinas ?
João
ResponderEliminar«"a priori é o que se pode saber baseado no que ja se sabe"»
Se definires assim é tudo... até que há água em Marte pode ser conhecido a priori desde que saibas o suficiente entas.
ludwig:
ResponderEliminarComo posso saber se há agua em Marte so com o que ja sabemos sobre Marte?
Em todo o caso admito que é uma definição fraca, não é por isso que estou a fazer a pergunta. Pode é ter alguma utilidade para discernir exactamente o que requer experiencia sistematica adicional e o que não requer.
João,
ResponderEliminar«Como posso saber se há agua em Marte so com o que ja sabemos sobre Marte?»
Depende do que é que sabes. Para saberes que 2+2=4 precisas saber coisas como o que é "+" e o que é "4". Para saber se há água em Marte precisas saber coisas como o que é água e o que foi medido por um certo aparelho.
Mas uma vez tendo o conhecimento necessário podes daí inferir a resposta. Se é isso que define o conhecimento a priori, então é tudo...
Ludwig:
ResponderEliminarSim, tenho de saber o que é a Agua, o que é Marte e para mais como a identificar e como chegar a Marte.
Mas diz-me, tal como me dizes que 2 +2 são 4
Ha agua em Marte?
Se precisas de mais dados para responder a esta pergunta é porque o que ja se sabe ainda não +e suficiente.
Podes dizer que em relação ao oceano Atlantico a conversa é diferente e sim a minha definição inclui a memoria assim como metodos de produzir conhecimento como o matematico e a logica e as formulas fisicas, etc. Mas não inclui o que requer experiencia adicional para se saber.
De qq modo não faço muita questão neste ponto, mas não é uma definição tão alargada como dizes.
Sempre é melhor que a definição do sofa...
ResponderEliminarA verdade é que acho que precisamos de mais dados sobre o funcionamento do cerebro para avançar nesta questão, mais do que aquilo que tu ja disseste e que estou largamente de acordo.
A categoria epistémica do a priori aplica-se tanto a conhecimento como a crenças. Isto significa que se pode aceitar que todo o conhecimento é a posteriori, mas mesmo assim defender que há crenças a priori. Uma crença é a priori quando é formada raciocinando apenas.
ResponderEliminarA desvantagem desta manobra seria a seguinte: a matemática parece um exemplo claro de um domínio cognitivo que nos fornece conhecimento. Mas segundo esta teoria, nenhum conhecimento matemático puro seria possível: só poderíamos ter crenças matemáticas, mas não conhecimento matemático. Mas isto parece inaceitável, pelo que a ideia inicial é de rejeitar.
Que razões há para pensar que saber ou crer algo a priori não é apenas saber ou crer algo sobre modelos da realidade, mas não saber ou crer algo sobre a realidade? Uma razão pode ser a seguinte: todo o conhecimento da realidade é conhecimento a posteriori; logo, não pode haver conhecimento a priori da realidade. Mas isto é circular porque era isso precisamente que estava em discussão.
Depois de se compreender correctamente o conceito de conhecimento a priori (a priori não é o mesmo que inato, a priori não exclui o conhecimento da língua e dos conceitos, etc.), não parece haver argumentos não circulares para defender que o conceito não tem extensão.
Ludwig,
ResponderEliminarmuitas vezes quando tenho um problema complicado, faço a versão mais simples possível. Depois acrescento um grau de complicação. Assim posso encontrar um padrão. Será que por depois encontrar uma fórmula para todos os casos, o conhecimento dessa fórmula é à priori?
Parece-me que o que chamam de à priori é o mecanismo de abstracção ou que resulta do seu processo. Para simplificar um problema, eu tenho de abstraí-lo. Por exemplo, o problema geral não depende de um número fixo de objectos, por isso vario o seu número. Com a versão mais simples posso fazer várias tentativas até chegar à solução, e posso comparar com a versão seguinte. O padrão na simplificação do problema é associado à sua resolução, que assume ser também um padrão. Depois dessa experiência assumo que já não preciso de repeti-la. O mecanismo para poder fazer a tal abstracção já existia antes de ser feita - é isso o à priori? Esse mecanismo regista um padrão no cérebro que permite resolver problemas similares - é isso o à priori?
Pedro Amaral Couto,
ResponderEliminarNão tenho problema com essa noção de abstracção, etc. O meu problema é com a definição de a priori de forma a incluir o nosso raciocinio mas excluir a experiência. É isso que me parece contraditório.
Desidério,
ResponderEliminar«Uma crença é a priori quando é formada raciocinando apenas.»
Este é o problema. O que é que entendes por "raciocinando apenas"? É raciocinar sem sentir, sem ter qualquer experiência, sem ter tido qualquer experiência antes? Então referes-te ao que o computador faz.
Se é raciocinar tendo uns tipos de experiência e não outros então o teu a priori não designa a crença ou o conhecimento que se obtém sem experiência.
Imagina que eu dizia que o a priori era aquele conhecimento que se obtinha só vendo as coisas mas sem ouvir. Disto não podia dizer que o a priori era conhecimento não empírico. Parece-me que é esse o erro que cometes. O raciocínio consciente é o resultado de experiências e é em si uma experiência. É empírico.
A intenção não era defender a definição "à priori". Se os exemplos de "conhecimento à priori" não são arbitrários, há um conceito. E esse conceito pode não corresponder à definição que é dada.
ResponderEliminar--------------------------------------
Wikipedia : A priori and a posteriori
O que Kant diz parece-me ser muito similar ao que é descrito pelos que defendem que existe conhecimento à priori nos comentários. Parece indicar que têm o conceito de à priori apenas como um mecanismo que permite abstracção e lidar com a abstracção ("does not follow that that it arises from experience"; «faculty of cognition supplies from itself»). Mas isso não não é conhecimento em si: é apenas um processo. O que dizem ser conhecimento à priori não parece ser algo independente da experiência («all our knowledge begins with experience»), mas sim o que é gerado pelo uso do que foi abstraído («compound of that which we receive through impressions»), e o que é abstraído depende da experiência («compound of that which we receive through impressions»). É nesse momento que adquirimos conhecimento sem sair do sofá, mas não é nada mais do que uma repetição na mente do que se experimentou. «an a priori argument is one in which "you can see that it is true just lying on your couch. You don't have to get up off your couch and go outside and examine the way things are in the physical world. You don't have to do any science.»
Estou a supor que não acham que os instintos são conhecimento à priori.
Ludwig:
ResponderEliminarEu posso raciocinar mesmo que nenhum dos meus sentidos esteja a transmitir informação para o meu cérebro.
Se a tua objecção é que o pensar é uma experiência empírica, então o conceito de "a priori" poderia ser uma distinção útil caso se referisse à experiência obtida através dos sentidos, que acho que é como o termo é usado neste contexto.
Assim, eu, sem qualquer experiência sensorial, posso "descobrir" que «dos axiomas "Todos os Mafaginhos são Blas" e "Todos os Blas são Zergulas" decorre que "todos os Mafaguinhos são Zergulas"»
Este a afirmação (a que está entre «») é algo em que o agente acredita, é verdadeira, e é justificada.
Para Platão, seria conhecimento.
Não foi preciso experiência sensorial nenhuma para esta "descoberta" em particular.
Um computador chegava lá? Mas para ele não seria conhecimento, porque ele não "acredita" nisso - como bem disseste.
Mas mesmo que a tua experiência sensorial (a dos 5(6) sentidos) fosse suspensa, tu continuarias a poder chegar lá pela primeira vez.
João Vasco,
ResponderEliminar«Mas mesmo que a tua experiência sensorial (a dos 5(6) sentidos) fosse suspensa, tu continuarias a poder chegar lá pela primeira vez.»
OK. Supõe então que eu ligo uns elétrodos ao cérebro e tomo uma droga para desligar todos os meus sentidos. Os elétrodos estão ligados a uma sonda em Marte e ao meu cérebro de forma a que, se houver água em Marte, ocorre-me o pensamento "há água em Marte", caso contrário ocorre "não há água em Marte". Nesse caso já posso saber a priori que há água em Marte?
Em alternativa, supõe que em vez de definires o empírico como sendo por via dos sentidos, definias como sendo qualquer informação que viesse do exterior. Achas que eu conseguia pensar a priori se nunca tivesse recebido informação do exterior? Ou se aceitares que eu recebo informação do exterior antes de pensar a priori, porque é que essa não pode incluir, por exemplo, os resultados da sonda de Marte?
Parece-me que a distinção entre o a priori e o empírico falha no caso da cognição humana porque nós raciocinamos empiricamente. Dantes pensava-se que não, que era uma alma, uma razão incorpórea no teatro cartesiano a ver as coisas e a pensar sobre elas. Mas isso é uma concepção errada. Não podes separar os pensamentos dos sentidos. É tudo sentidos, externos ou internos...
Pedro Amaral Couto,
ResponderEliminarA definição de Kant parece-me boa. Serve para decidirmos, por exemplo, quais as partes do processo que podemos dar aos computadores.
Mas a ideia que nós conhecemos coisas sem depender da experiência é errada (e isso já toda a gente aceita). E se o a priori é o raciocinio que vem depois de ter os dados necessários para concluir uma coisa então tudo é a priori.
Por exemplo, uma pessoa que tenha a experiência necessária para somar dois mais dois pode, "pensando somente", concluir que é quatro. E uma pessoa que tenha a experiência necessária necessária para interpretar os resultados da sonda em Marte pode concluir se há lá água ou não, mais uma vez "pensando somente".
Parece-me que a distinção que querem fazer, entre o raciocinio puro e a experiência, é uma que não se aplica no nosso caso, e provavelmente em caso nenhum, se a consciência for uma coisa tal que exija sempre experiência.
«Em alternativa, supõe que em vez de definires o empírico como sendo por via dos sentidos, definias como sendo qualquer informação que viesse do exterior. Achas que eu conseguia pensar a priori se nunca tivesse recebido informação do exterior?»
ResponderEliminarEsta é uma boa questão.
Mas não sei se é a certa.
Imagina que tu ficas em coma, e continuas a pensar mas perdeste o contacto com o exterior.
Podes produzir novo conhecimento? Conhecimento que ainda não existia?
A água em Marte já te tinham dito que existia. Saberes que existe água em Marte não será conhecimento novo.
Mas «De "todo o Aupo é fuso" e "todo o fuso é Tego" decorre "todo o Aupo é Tego"» é conhecimento (?) novo produzido por ti. Pelo menos no sentido platónico.
Aqui está uma distinção.
Julgo que o João Vasco começou a "apanhar" o conceito de conhecimento à priori.
ResponderEliminarLudwig:
ResponderEliminarDesculpa la eu ser um chato, mas no teu texto pareces implicar que informação e conhecimento são coisas distintas. Alias esta practicamente explicito. Não interpretei mal pois não?
Eu pelo menos faço essa distinção.
João,
ResponderEliminar«Desculpa la eu ser um chato, mas no teu texto pareces implicar que informação e conhecimento são coisas distintas.»
Não sei se está implicado no texto, mas concordo que são coisas diferentes.
João Vasco,
ResponderEliminar«Mas «De "todo o Aupo é fuso" e "todo o fuso é Tego" decorre "todo o Aupo é Tego"» é conhecimento (?) novo produzido por ti. Pelo menos no sentido platónico.»
É conhecimento por ser empírico, em parte (depender da minha experiência). Mas isso não faz com que deixe de ser algo a priori. Vê o post mais recente, onde mudo um pouco de ideias sobre algumas destas coisas (devagar se vai ao longe :)