sábado, fevereiro 17, 2007

Miscelânea Criacionista: A Ciência é uma Fé.

E a calvície é um penteado. É típico dos criacionistas afirmar que a ciência é apenas outra fé. Citando Jónatas Machado:

«Tanto os evolucionistas, como os criacionistas interpretam os dados a partir de premissas aceites pela fé.»

Há aqui um vestígio de verdade, pois qualquer dado tem que ser interpretado no contexto de um modelo teórico. Não há dados interpretáveis sem premissas, e é preciso sempre pelo menos um modelo teórico daquilo que se está a observar.

Pelo menos um. Mas enquanto a fé admite exactamente um e mais nenhum, para a ciência quantos mais melhor. Um crente vê na torrada queimada uma imagem de Jesus, e crê que é um sinal de Deus. O cientista considera alternativas. Por um lado a pequena probabilidade de um ser todo poderoso escolher a torrada como meio de comunicação. Por outro lado a facilidade com que o cérebro humano vê caras, até em dois pontos e um parêntesis. A fé do crente não o permite questionar o seu modelo pois exclui modelos alternativos. A ciência pesa os méritos de todos os modelos disponíveis para escolher o mais fiável.

Por isso é que durante séculos o criacionismo foi aceite como a melhor explicação. Já não é, mas não por fé. Apenas porque surgiram modelos melhores. Mas enquanto a ciência aceitou o criacionismo quando se justificava, o criacionista nunca pode aceitar a evolução, pois a sua fé rejeita à partida qualquer modelo alternativo.

32 comentários:

  1. Para além de não ter avançado com qualquer evidência conclusiva e inequívoca da evolução das espécies (i.e., os melhores argumentos a favor da evolução têm sido sempre gaivotas que dão gaivotas, aves que dão aves, cães que dão cães, bactérias que dão gaivotas, tentilhões que dão tentilhões, ou seja, seres que biblicamente se reproduzem de acordo com a sua espécie), ainda não vi o Ludwig Krippahl a questionar a evolução. Vejo-o a defendê-la com unhas e dentes, mas sem evidências.

    Os evolucionistas argumentam: houve evolução. A prova disso, dizem, é que, como se pode observar, os cães evoluem para cães, as gaivotas para gaivotas, as aves para aves, as moscas para moscas, os vírus para vírus, as bactérias para bactérias, os tentilhões para tentilhões, etc., etc.

    Será que esperam que essas micro variações intra-específicas corroborem a macroevolução transespecífica?

    Admite que o criacionismo possa ser uma alternativa viável ao evolucionismo?

    Na verdade, se os seres humanos, os animais e as plantas não evoluiram (como a evidência observável demonstra) então é porque só pode ter sido criados. Ora, não existindo evidência de evolução, então a criação é a única alternativa. Os factos observáveis corroboram a revelação bíblica.

    Apesar de tudo, homens como Simpson, Mayr, Lewontin, Eldredge, Dawkins, Gould, Ruse, Dennett, Pinker, etc., têm afirmado que ainda que toda a evidência científica aponte no sentido da criação, eles sempre rejeitarão essa hipótese, por não ser naturalista. No meu artigo sobre o criacionismo bíblico, que se encontra disponível no blogg do Vasco Barreto, tenho algumas dessas referências em nota de rodapé.

    Se eu não questiono o criacionismo é porque ele se baseia na Palavra do único testemunha ocular da criação: Deus. E essa palavra é amplamente confirmada pelos factos científicos. Deus não exige qualquer sacrifício do nosso intelecto, porque Ele é Razão. Apenas pede que construamos o nosso pensamento sobre a Sua Palavra, já que Ele é o Criador. Assim, a autoridade última é a Palavra de Deus, e não as teorias científicas, já que estas, por definição, são provisórias, imperfeitas e falíveis. É com base na Palavra de Deus que se devem avaliar as teorias humanas e não o contrário. É que Deus, e não o Homem, é autoridade. Enquanto não aceitarmos isso, não vamos a lado nenhum.

    A verdade é que, sendo o evolucionismo uma construção humana, ele é provisório, imperfeito e falível. Está na altura de substituir. Os modelos evolucionistas sucedem-se uns aos outros (embora sem nunca questionarem a evolução das espécies “qua tale”), demonstrando a sua inerente instabilidade.

    Os criacionistas mantêm-se firmes ao seu modelo, porque ele tem tem o seu fundamento na autoridade do Criador.

    Com base nesse modelo questionam o darwinismo e, pelos vistos, não se dão mal. Apesar de as grandes Universidades do mundo serem hoje bastiões do evolucionismo, o certo é que algumas pequenas organizações criacionistas têm sido particularmente bem sucedidas na contestação ao modelo evolucionista, mostrando a total falta de suporte empírico.

    A elas se deve o acrescido interesse no criacionismo que se observa um pouco por todo o lado. Se essas organizações criacionistas tivessem os meios financeiros de todas essas Universidades…

    Onde estava Darwin quando Deus criou as espécies? Tudo o que ele pôde fazer foi especular, utilizando como um dos seus mais fortes argumentos a favor da evolução os tentilhões que… continuavam a ser tentilhões! Um argumento tipicamente evolucionista!

    E quanto mais forem os milhões de anos da suposta antiguidade da Terra e os supostos biliões de anos de antiguidade do Universo, tanto maior é o lastro especulativo do evolucionismo.

    Nisso o criacionismo está certamente em vantagem, já que assenta num tempo muito mais curto, amplamente coberto por registos históricos cuja fidedignidade tem sido sucessiva e consistentemente corroborada.

    É que ninguém estava lá para ver o que aconteceu. Só mesmo Deus.

    Os evolucionistas afirmam pela fé, sem qualquer confirmação empírica:

    1) Deus não existe, ou se existe deixou o Universo e a vida ao acaso

    2) O Universo é tudo o que existe;

    3) O Universo surgiu do nada por acaso a partir de uma partícula infinitesimal

    4) As galáxias formaram-se a partir de inhomogeneidades primordiais;

    5) A estrelas formaram-se a partir do colapso gravitacional de nebulosas;

    6) O sistema solar é o resultado do colapso de uma nebulosa;

    7) A vida surgiu por acaso a partir de químicos inorgânicos;

    8) Uma molécula deu origem às várias espécies ao longo de milhões de anos;

    9) As línguas humanas surgiram a partir de grunhidos e latidos dos animais,

    10) etc., etc., etc.

    Estas são afirmações científicas? Se sim, onde está a evidência? Onde estão as provas? Onde estão as observações científicas de corroboração? Até as nebulosas observáveis estão em expansão (e não com colapso gravitacional)! Grandes afirmações necessitam de grandes evidências.

    Como se vê, trata-se pura e simplesmente de afirmações de fé que violam as leis científicas em matéria de causalidade, conservação da energia, entropia, biogénese, das probabilidades, informação, etc.

    A alternativa da criação, muito mais plausível, racional e científica, é totalmente descartada pela fé evolucionista. Se Deus realmente criou o Universo e a Vida, alternativa que a ciência não pode descartar a priori, então o Universo e a Vida só podem ser compreendidos com base numa concepção de ciência não naturalista, isto é, em que Deus e a sua Palavra tenham uma posição fundacional.

    Criacionistas e evolucionistas interpretam os dados reais a partir de premissas assumidas pela fé. Os criacionistas acreditam que a vida foi deliberamente criada por Deus, assim se explicando a sua inabarcável complexidade.

    E isso é perfeitamente consistente com os dados da ciência. Esta tem demonstrado que a célula é imensamente mais complexa do que Darwin imaginava. Os evolucionistas é que se contorcem todos para conferirem ao seu modelo alguma plausibilidade racional. Mas sem pagando um elevado preço intelectual. Assim, por exemplo, apesar de todos os cálculos matemáticos corroborarem que a probabilidade de a vida surgir por acaso é zero, os evolucionistas, ignorando a evidência científica, afirmam que a vida só pode ter surgido por acaso. Isto é uma afirmação científica, ou uma afirmação de fé?

    É realmente a fé cega de um cego que se recusa a confrontar a evidência, porque a evidência o confronta olhos nos olhos com o Criador, o que eles querem evitar a todo o custo, nem que para isso tenham que fazer todas as acrobacias argumentativas como as que dia após dia vemos o Ludwig Krippahl a fazer, em desespero de causa.

    A teoria da evolução não explica a origem do Universo, das galáxias, das estrelas, dos planetas, dos cometas, do Sol, do sistema solar, da Lua, dos oceanos, das montanhas, da deriva dos continentes, da Idade do Gelo, da vida, das espécies, dos sexos, da consciência, da linguagem, das línguas humanas, das raças, etc. No entanto, para o Ludwig ela é claramente superior! É realmente um homem de fé, Ludwig!

    Os criacionistas têm fé. Mas, na verdade, ao lado da inalcançável fé dos evolucionistas, os criacionistas sentem que têm uma fé muito pequena, do tamanho de um grão de mostarda!

    PS:

    1) Os evolucionistas deviam perder menos tempo com a beatificação e o culto de Darwin, e encarar de frente a realidade. Os factos, pura e simplesmente, não corroboram a evolução das espécies. Ela nunca aconteceu, não está a acontecer e nunca poderia ter acontecido.

    2) O evolucionismo sempre coexistiu com o criacionismo. Não se trata de algo de novo. Muitos filósofos gregos eram, de uma forma ou de outra, atomistas, naturalistas e evolucionistas. Pense-se, designadamente, em Anaxágoras, Heraclito, Empédocles, Demócrito, Leucipo ou Epicuro. A grande cadeia do ser, descrita por Platão e Aristóteles, era uma forma de evolucionismo. Ao longo de toda a história, o ateísmo sempre teve os seus mitos de criação, as suas cosmogonias. Quando não se acredita que Deus criou o Universo, a única alternativa só pode ser uma qualquer forma de atomismo e evolucionismo. O evolucionismo é precisamente isso: o mito ateísta da criação. O problema é que, sendo um mito, não tem qualquer corroboração empírica. Ontem, como hoje, o evolucionismo é pura especulação.

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  2. Sempre que escreve, o Jónatas Machado revela ignorância em relação a algo. Mas nem sempre é algo de novo: o Ludwig já o denunciou, e bem, que mesmo equívocos que são esclarecidos, são olimpicamente ignorados pelo Jónatas Machado na sua insistência em permanetecer na ignorância.

    Isso voltou a acontecer no último comentário:

    «Os evolucionistas afirmam pela fé, sem qualquer confirmação empírica:

    1) Deus não existe, ou se existe deixou o Universo e a vida ao acaso

    2) O Universo é tudo o que existe;

    3) O Universo surgiu do nada por acaso a partir de uma partícula infinitesimal

    4) As galáxias formaram-se a partir de inhomogeneidades primordiais;

    5) A estrelas formaram-se a partir do colapso gravitacional de nebulosas;

    6) O sistema solar é o resultado do colapso de uma nebulosa;

    7) A vida surgiu por acaso a partir de químicos inorgânicos;

    8) Uma molécula deu origem às várias espécies ao longo de milhões de anos;

    9) As línguas humanas surgiram a partir de grunhidos e latidos dos animais,

    10) etc., etc., etc.»

    Isto é falso.

    É FALSO.

    A teoria da selecção natural (que é um exemplo de uma teoria evolucionista - existem teorias evolucionistas que foram rejeitadas pelos dados experimentais, mas não a da selecção natural) não diz NADA acerca de galáxias, universo, etc...
    Apenas diz acerca de biologia e das espécies.
    NÃO diz como se formou o Universo, ou como se formam as estrelas.

    Isso é papel de outras teorias científicas (teorias essas que estudei no âmbito da minha formação académica) como a teoria do Big Bang, com TONELADAS de evidência experimental.
    Quando um perito em cosmologia estuda a idade do universo, ele não está a falar em evolução ou selecção natural, pois não é biólogo.

    Que o criacionismo professado pelo Jónatas Machado não se limite a negar apenas a selecção natural, mas também todo o edifício da ciência actual, o qual permite entre outras coisas fazer funcionar o computador onde escreve e cujo funcionamento nunca será compreendido à luz dos disparates patéticos do antigo testamento, é apenas patético. Não quer dizer que a selecção natural seja uma teoria que abarca tudo o que esse criacionismo nega. Esse criacionismo nega praticamente toda a ciência actual.


    De resto, o Jónatas Machado disse que haveriam evidências experimentais que o fariam recusar o criacionismo.
    Entre uma lista de cerca de 20 pontos, havia uma curiosa. O Jónatas alegou que a existência de um intermédio linguístico entre os grunhidos dos animais e as línguas humanas seria um indício experimental decisivo a favor da "evolução".

    Acontece que alguns cientistas fizeram uma experiência curiosa (descrita nos Dragões do Éden): experimentaram dar um chimpazé recém nascido a um casal surdo-mudo para que este educasse o animal.
    A chimpazé (era uma fémea) foi capaz de aprender cerca de 300 palavras, e era capaz de conjugar rudimentarmente alguns verbos.

    E a isto (tal como aos outros vários pontos que referi), que respondeu o Jónatas?
    Ignorou.

    Porque o criacionismo é isso: ignorar todas as provas que mostram o clamoroso erro que é, enquanto se continua a repetir equívocos ignorando quem os pretende esclarecer.

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  3. "Se eu não questiono o criacionismo é porque ele se baseia na Palavra do único testemunha ocular da criação: Deus."

    Pegando no mesmo argumento que usou nos comentários de outro post para rejeitar a idade de 4600 Ma para a Terra: como é que sabe isto? Não estava lá ninguém para ver!

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  4. Os animais são inteligentes, porque foram criados por um ser inteligente. No entanto, nenhum animal tem gramática, sintaxe e semântica para poder falar.

    A evolução cósmica não é o mesmo que evolução biológica. Mas têm uma coisa em comum: não funcionam. Uma é incapaz de criar energia e a outra é incapaz de criar informação. Só um Deus omnipotente e omnisciente tem capacidade para criar energia e informação.

    As mutações aleatórias e a selecção natural são centrais ao modelo evolucionista. Basta ler com atenção o que tenho escrito. No entanto, nem umas nem outra criam informação genética complexa e especificada.

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  5. Digo:

    As mutações aleatórias e a selecção natural são centrais ao modelo evolucionista. Basta ler com atenção o que tenho escrito. No entanto, nem umas nem outra criam informação genética complexa e especificada.

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  6. «No entanto, nenhum animal tem gramática, sintaxe e semântica para poder falar»

    Como acabei de explicar, isso é falso.
    Além dos homens (que também são animais) que têm uma agramática, sintaxe e semântica extremamente avançados, os chimpazés conseguem em termos de linguagem gestual uma gramática, sintaxe e semântica rudimentares. Precisamente o tal «caso intermédio» que o Jónatas admitiu que se existiesse (é o caso) teria de repensar as suas crenças criacionistas.

    De resto, quando diz «Uma é incapaz de criar energia», isso é falso.
    A ideia da energia constante é uma aproximação a nível global, pois acontecem inúmeras variações de energia a nível local, onde se cria e onde se destoi energia, mas pela lei dos grandes números essa variação aleatória é quase imperceptível a nível global.

    Ou seja, o Jónatas está a contrariar o conhecimento actual de física qântica quando afirma isso. Mas é esse conhecimento que permite a fabricação de transístores, os quais permitem o funcionamento dos computadores onde as suas ideias criacionistas são escritas. Não é conhecendo a Bíblia que se consegue fabricar um computador - é conhecendo o mundo que nos rodeia, o que passa por descartar os disparates do antigo testamento como patetices sem validade científica nenhuma (caraba, os autores da Bíblia eram tão ignorantes cientificamente que repetidamente afirmaram que o PI é 3 - eram ignorantes, mesmo para a sua época, pois outras civilizações tinham estimativas muito mais aproximadas - aliás qualquer pessoa pode facilmente confirmar quão disparatado seria acreditar que tal valor é o verdadeiro. Mas é esta a ciência dos criacionistas: acreditar na palavra literal de um Deus com dificuldades na matemática... que científico!)

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  7. Pipismo é...

    abandonar definitivamente um blogue várias vezes.

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  8. Pipismo é...

    Acreditar que o valor de PI é 3?

    Acreditar que o universo tem 7000 anos?

    Não: é acreditar nisso e no seu contrário. Acreditar que isso não está errado nem certo.
    Isso sim é Pipista.
    Viva o Pipismo!

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  9. Um bocadinho de humor:

    http://www.wellingtongrey.net/miscellanea/archive/2007-01-15%20--%20science%20vs%20faith.png

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  10. cartoon

    pode ser que assim já resulte

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  11. acho que um crente em Deus, que esteja minimamente informado só pode responder às evidências do evolucionismo, mantendo a crença, dizendo: "Deus quis assim".

    Dessa forma, terão de reconhecer que é na e através da ciência que ficamos a conhecer melhor Deus.

    Claro que uma pessoa que não gosta de romantismos bacocos prefere dizer simplesmente que a ciência matou Deus, querendo no fundo dizer com isto que quem diz que diz que fala com Deus não fala nem sabe do que fala nem conhece nem sabe nada de nada. Ou seja, hoje em dia parece que a luta não é sobre Deus mas sim da razão (ciência) contra uns meninos que teimam em dizer que conhecem melhor Deus (as igrejas e os religiosos) porque se sentem bem assim.

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  12. Quanto à defesa do evolucionismo:

    antes é preciso saber em que estágio científico o inquiridor se encontra. Ora, para almejar perceber a ciência é preciso caminhar uma construção progressiva, começa no ensino primário, depois o básico para o secundário, depois o universitário.

    Sendo assim, vou admitir que aceita o princípio da sobreposição, e a soma linear da maioria dos fenómenos. As evidências são experimentais e inequívocas.

    Fase 1: Experimentalmente produziu-se material orgânico a partir de inorgânico, através da simulação de uma atmosfera primitiva.

    Esta atmosfera primitiva era abiótica.

    Os planetas têm as suas características dependentes da proximidade que têm da fonte de energia mais próxima. Para o que nos interessa, regista-se facilmente, que a terra tem as condições que tem porque está à distância que está (é estupidamente óbvio).

    Os modelos científicos prevêem com o detalhe suficiente para esta discussão, qual a atmosfera de outros planetas. Os dados confirmam.

    Esses dados fazem previsões no tempo, têm a mesma lógica subjacente, a atmosfera primitiva é, muito provavelmente, a atmosfera próxima da real.

    Fase 2: Encontram-se fósseis de hominídeos, diferentes do homo sapiens, mas parecidos.

    Se eu pegar num embrião consigo mutá-lo e produzir um monstro e até, quem sabe, um super-homem (que poderá também ser considerado um monstro para simplicidade de discurso).

    Factores que provocam mutações estão em todo o lado. Somos um sistema aberto.


    A questão é: cabe na cabeça de alguém, com tanta evidência que se corrobora uma à outra, com tudo o que já foi construído assente nisso, que:

    1: O homem apareceu da noite para o dia, quando não há nenhum fenómeno que aconteça da noite para o dia?

    2: Violar uma quantidade de leis físicas que prevêem correctamente a realidade e nos dão toda a capacidade de manipulação da natureza que usamos e abusamos em toda a tecnologia presente, passada, e futura?

    3: O homem é um ser especial? Se eu alterar o embrião de um homem, vou ter um homem? É um ser especial também? O que tem de especial o tal homem que apareceu da noite para o dia?

    4: Uma agora do senso comum, que chega para os não letrados e analfabetos científicos: qual é a probabilidade de uma teoria tão antiga (e sem qualquer evidência experimental), qual a hipótese, qual a razoabilidade, de fazer sentido?

    Mais, estamos a confrontar duas teorias que não estão em pé de igualdade. Enquanto tem evidências experimentais, a outra é uma anedota. E isto deve chegar para matar o criacionismo.

    Se querem alterar o evolucionismo, força, de certeza que há uma série de detalhes que têm de ser melhorados, agora, o criacionismo não tem ponta por onde pegar. Não é nada.

    Para terminar, a minha formação é em física, portanto, é natural que não domine o assunto com todo o detalhe.

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  13. Todo o discurso do "jónatas machado" pretende assentar sobre uma base que não existe:

    ele admite que o ser humano é especial.

    ele admite que a vida é um fenómeno especial.

    ele admite que a linguagem humana é diferente das outras formas de troca de sinais.

    ele admite que Deus é uma pessoa.

    Ora, Deus é uma despropósito lógico, não serve para nada. Só serve para alguma coisa se não se quiser fazer nada, portanto, serve para nada. O conceito Deus não dá, não deu, nem dará respostas a nada, porque é a resposta para tudo e nada. Logo, é um dejecto intelectual.

    Deus é, para os físicos crentes, e não tenho problemas com essa crença, as leis físicas. E pronto, assim já satisfaz as necessidades da existência de um criador.

    O que não se percebe, e desculpem-me, é achar que fomos criados à imagem de Deus, ou se não, que somos diferentes de qualquer outra manifestação de vida, ou até, de qualquer outra forma de organização de matéria. Não somos.

    Somos matéria como qualquer outra, que por acaso tem alguns graus de liberdade, e que interage com a restante matéria, tal como toda a matéria interage.

    Temos aquilo a que chamamos de consciência, e seremos os únicos? Será isso especial?

    Só quando virem um robot totalmente auto-suficiente a conseguir emular bem um ser humano, é que se vão calar, e mesmo assim não sei.

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  14. sómente?

    Para além do criacionismo querem difundir também esse meme nefasto que anda aí por todo o lado, o erro ortográfico?

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  15. Caro António,

    No sentido mais arcaico, concordo que a ciência tem dogmas. A raiz grega da palavra, dokeîn, era de uma opinião aparentemente correcta ou boa.

    Mas no sentido moderno, não, pois dogma designa princípios apoiados numa autoridade, normalmente numa instituição como as igrejas. A ciência não reconhece autoridades. Nullius in Verba é o lema da Real Sociedade, uma das instituições científicas mais antigas.

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  16. encontraste 0 erros ortográficos. porque não dei um sequer. Não quero com isto dizer que não dê, claro que dou. Erros sintácticos, podem existir, admito que sim, mas para ti o Saramago também é um forte erro sintáctico.

    A sintaxe é outra coisa, miúdo.
    Mais, um comentário não é um texto, para dizer muita coisa de forma rápida é preciso escrever "falando", enquanto a ortografia é completamente diferente.

    Portanto, para a próxima, vai ao dicionário, porque eu dei 0 erros ortográficos. ZERO

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  17. Caro António,

    Se forem perguntas como essas, não se incomode. Não têm nada a ver com autoridade.

    Para os católicos, se o papa se pronuncia em matéria de doutrina, tem automaticamente razão em virtude de ser o papa.

    Para os cientistas ninguém tem razão em virtude do cargo que ocupa, ou de ser prémio Nobel, ou o que quer que seja. Ou tem evidências, ou ninguém lhe liga nenhuma.

    A teoria de Einstein permitiu calcular a precessão do periélio de Mercúrio e a deflecção da luz das estrelas pelo Sol. Se apresentar uma teoria nova que faça algo parecido, até o António será reconhecido pela comunidade científica ;)

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  18. Apesar de o Ludwig lhe ter respondido, permita-me também dar a minha achega:

    Há uma boa razão para se criarem esses esquemas de citações e de uma aparente concessão da autoridade a alguns cientistas e não à pessoa comum. É simples:

    Você acha que eu me daria ao trabalho de ler um artigo extenso, e normalmente bastante complexo, que é assinado por alguém que não deu provas de nada? Acha que alguém ia gastar rios de dinheiro a tentar verificar experimentalmente algo que um zé ninguém prevê? Quando pessoas mais creditadas afirmam o contrário?

    Isto é normal e é a única forma eficaz de se fazer ciência.

    Mas deixa estar, há muitas pessoas que se dão ao trabalho de o fazer, mas temas mais sérios e mais complexos só atingem visibilidade com o tempo, têm de passar muitos obstáculos e atingir um mérito próprio.

    Mais, o Einstein era uma autoridade, claro que sim. Contudo, o paradoxo EPR e toda a luta do Einstein conta a MQ foi um fracasso. Como vê, Einstein não era o papa.

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  19. Caro António,

    Se estou doente, vou a um médico. Se o carro avaria, vou ao mecânico. Há peritos que precebem mais do que eu.

    Mas é porque sabem dessas coisas que os reconhecemos como peritos. É possível determinar se sabem ou não de uma forma independente do seu estatuto.

    Com as igrejas é ao contrário. Não é porque sabe que é papa. É por ser papa que consideram que ele sabe o que diz. Até porque não há forma independente de o verificar.

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  20. admito, que explicar a alguém que está na primária infinitamente mais trabalho.

    só vou rebater um, que me parece justo, visto não ter sido completamente correcto, admito, mas também, tomei-o por mais inteligente do que é.

    "4)"a terra tem as condições que tem porque está à distância que está (é estupidamente óbvio)" - é uma ideia estúpida: assim a Lua teria as mesmas condições da Terra, porque está à mesma distância;"

    Acrescente-lhe a massa, e já fica todo contente.

    E por desporto, rebato mais uns pontos:

    5) Chover acontece da noite para o dia? Quando digo noite para o dia digo "não ter existido uma causa". Chover tem uma causa, é um percurso bem determinado, é uma combinação de factores que a provoca.

    6) O pardal voa autonomamente e o ser humano não. De certeza que se o pardal comunicasse connosco poderia destacar ainda mais peculiaridades da vida dele e da forma de ele ver o mundo. A última parte é em tom de gozo, e serve-lhe bem.

    Quanto ao resto, conversa de merda, erros ortográficos são bem apontados, e podem-mos apontar sempre. Erros como os que refere são absurdos e estúpidos: ponto 1), ponto 2), 3). O ponto 2) e 3) é liberdade expressiva, não o escreveria assim num texto formal, claro.

    Só lhe apontei os erros ortográficos porque começo a reparar que são contagiosos, e já me apanhei contagiado por alguns.

    Acho que não neguei nada do que o Ludwig disse, no entanto faça assim, já vi que você não aprende nem quer aprender. Sugiro que desligue o computador e vá viver para a montanha para ser consistente na sua rebelião contra a ciência.

    Tenha melhores dias.

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  21. «Em segundo lugar, deixe-me perguntar-lhe: falou comigo?»

    António:

    Renovando os "votos de paz" dirijo-lhe a palavra para responder à sua pergunta negando tê-lo feito no comentário anterior.

    Não falei consigo.

    O António referiu um comentador deste blogue possivelmente influenciado pelo Pipismo (nas suas referências ao PI).

    Eu referi um comentador deste blogue que personifica a alma do Pispismo.

    Mas não estava a falar consigo.

    Fique bem, e boa noite :)
    Espero que tenha sorte

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  22. concordo com o que pensa. mas tenha mais cuidado com a tentação de estupidificar a questão. o que o sr faz no seu post é comparar a fé estupida com a boa ciencia. e nao se esqueça que há ambas. a ciencia nem sempre usava o metodo exprimental, o gregos recusarem a aceitar o pi e o zero. mas nao se pode dizer que nao era ciencia? era ciencia, mas nenos boa. e uma das coisas valiosas que a ciencia possui é mesmo aquilo que o se. refer, evolui. a religião não o consegue fazer (pelo menos como deveria faze-lo) mas a visão que temos de deus e religiosidade, essa evolui bem depressa e é um factor individual. Pelo o interesse da discusão nao caia no erro de estupidificar a outra posição, com o prejuizo de fazer exctamente o que critica.

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  23. Walalé!

    Oi Ludi,
    Só não te disse um “Olá” antes porque o meu disco lembrou-se de entregar a alma ao Criador. Que trabalheira, só espero não ter perdido as milhares de fotografias que tirei em África durante o meu voluntariado de 30 meses.
    Quanto a opiniões cada um é como é, cada cabeça sua sentença. Há quem tenha opinião por quer ser seguido, há quem não a tenha por quer seguir a de outrem, há os que debitam opiniões só para chatear os outros, há os que só opinam a dos outros, há também os que julgam ter a única e verdadeira opinião, há os sofistas, há os dialécticos, há os ignorantes, et cetera. Eu simpatizo mais com os ignorantes... sou mais um.
    Tenho que reconhecer que tu tens uma paciência do caneco para “aturar” tanta opinião (inclusive a minha). È um milagre que de tanto diálogo atribulado ainda não tenha resultado mortes e feridos como no PBM “Idade das Trevas”, mas como católico que sou estou esperançado que tal ocorra para breve.
    Não esperes de mim grandes comentários no teu blog, sabes bem que não faz o meu género, no entanto faço minhas as palavras do António Parente sobre o Papa. O Papa é o guia supremo e espiritual duma igreja, neste caso particular da Igreja católica, mas isso não impede de ter uma opinião divergente. Tal como quando se toma partido por uma causa não quer dizer que se a aceite a 100%.
    …. apesar de opiniões divergentes, acima de tudo o mais importante é o respeito que deveremos ter uns pelos outros, que é precisamente aquilo que eu penso que começa a faltar no blog DA. Infelizmente começa a faltar-me paciência para ler certos comentários, a resvalarem para um radicalismo revolucionário e bolorento contra a Igreja católica, que lá vêm expressos.
    Só desejo que continues a ser o que és, defendendo e divulgando as tuas opiniões sem cair no erro das bojardas trauliteiras em que se tornou o DA.
    Há muito que nos conhecemos e há muito que temos opiniões divergentes, mas sempre nos respeitámos e nos aceitámos, daí a nossa longa amizade...
    :) … porreiro… estou a lembrar-me daquela aventura em que a coisa não estava a correr nada bem e tive que pôr a porra das barras de ouro a flutuar, aí nem o teu “cepticismo” te valeu. Foi lindo! Por falar nisso, quando é que jogamos? Podes arranjar-me os manuais digitalizados?
    beijinhos à famelga
    um forte abraço
    JP

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  24. Oi Paulo,

    Entre nós já nem é preciso respeito :)

    Nessa questão do papa, o ponto fundamental é que o papa não tem autoridade por ter razão; tem razão por ter autoridade. É isso que funciona ao contrário na religião.

    É claro que (hoje em dia) os católicos são livres de discordar do papa. Mas isso deve-se mais à sociedade civil que á igreja.

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  25. Caro Pensarcusta,

    Uma religião é um conjunto de crenças. Não se pode ser Cristão e negar Jesus, ser Muçulmano e negar Allah, etc. Porque há muitas crenças há muitas religiões, e nenhuma religião pode evoluir muito sem deixar de ser a mesma religião.


    A ciência é um método de gerar e aprefeiçoar crenças que correspondam à realidade. É só uma, independentemente das crenças geradas em cada altura. Galileu, Newton, e Einstein acreditavam em coisas diferentes mas todos faziam ciência. Por ser um método e não um conjunto fixo de proposições a ciência pode evoluir com muito mais liberdade que a religião.

    É como comparar a culinária a um pastel de bacalhau :)

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  26. No seu blog que não aceita comentários ou no outro?

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  27. flha a minha compreensão, alguem nao perceber que nao havia cães. apenas lobos. nós demesticamos os lobos e fizemos uma selecção artificial que presupõe e demostra a evolução e puff temos cães. é incompreensivel. caramba!!! tanto exemplo. Nao consigue entender isto porque a vida humana dura pouco tempo para ver as mudanças? o senhor nao pondera por exemplo (um caso actual e conhecido de toda a gente) a possivel evulução do virus da gripe das aves? que poderá sofrer uma mutação e evuluir de maneira a que consiga infectar o bicho homem? chamara a isso aves que dão aves e lentilhas que dão lentilhas? como explica o aparecimento de novas doenças? e por favor tenha a noção que a evoluçao é visivel neste mundo do micro pois num periodo de 60 anos uma ´so intendidade produz cerca de 3 milhoes de gerações. quero sinceramente compreender o seu raciocinio. nao admite isto? admite mas não consegue fazeer o parelelismo com seres de vida mais longa? o senhor diz: "os animais e as plantas nao evoluirem (como a evidencia obsarvel demostra)" Qual evidencia? qual é a evidencia, que o senhor no seu tempo de vida nao vê o seu cão a transformar-se numa lentilha? é isso? precisa que lhe mostre uma especie transitoria? caramba é só olhar em volta. Nós somos todos uma espeie transitoria. o senhor nega a mutação, nao concorda que mutações acumuladas podem fazer uma especie diferente, que a mutação é aleatoria, que o ambiente interfere na evulução e maturação do organismo? que se pegarmos num 4 lentilhas e colocarmos 2 em marte e 2 em venus, esperamos tempo sufeciente, (digamos 1,2 milhoes de gerações de lentilhas) teremos duas coisas que já nao serao lentilhas e que já nao serao da mesma especie uma da outra? veja o raio dos macacos do novo mundo e de africa. continuam a ser macacos claro, mas de especie diferente? esperar mais um pouco e se voltar a separar os macacos do novo mundo, esperar que os macacos do brasil morrem todos. e voltyar a comparar os macacos que separamos dos macacos de africa e provavelmente já nao dirá que aquilo são macacos, se calhar iriam chama-los de (sei lá) cangurus? ao talvez gorilas. E se ao mesmo tempo tivesse pegasse nos macacos de africa e os sujeitasses ao mesmo processo de separar e esperar tempo sufeciente para selecção natural faça o seu trabalho. o que teriamos agora a comparar? os mesmos macacos iniciai? obviamente que com isto tudo já passou 1 milhao de anos.

    e por favor nao confunda, a ciencia, a boa ciencia, nao assenta em muitos dogmas. e muito menos dos 10 que referiu. existe algums pilares de sustentação:, a observação, a verificação exprimental, A boa ciencia nem toma os factos como dogmas, sao tudo interpetações e modelos teoricos de visionamento. Pode nao ser como a ciencia de hoje imagina. mas há certas coisas que jamais poderao ser com todoa a certeza. que o sol gira em volta da terra, que compostos organicos só podem ser criados por ser vivos, que de repente esqueçermos do zero, que a luz nas presentes condições tenha velocidade infinita, que o tempo seja absuluto, e que o atomo é indivisivel, o electrão nao ter massa, e os seres vivos foram criados por magia.

    compreende que seja crente, mas nao vejo como uma visão evulucionista possa colidir com a sua fé em deus? com a sua fé na biblia, claro, teria de repensar em algumas coisas. mas mesmo assim. negar facto tão evidente?

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  28. caro Ludwig.

    eu concordo consigo (nao inteiramente claro) mas, "A ciência é um método de gerar e aprefeiçoar crenças que correspondam à realidade" diria talvez que seja um metodo de aprofeiçoar a explicação e o dominio da realidade. isto é totalmente diferente do que "crença que correspode a realidade". eu sou ateu, mas nao meto a ciencia no lugar do deus morto.(no meu ponto vista) A ciencia nao tem nada a ver com acreditar, ela nao precisa que acreditamos nela. apenas tem que funcionar, de premitir gerar novo conheçimento. nem sequer tem de corresponder à realidade. basta olhar para a matematica (quimica e fisica de igual modo) e dar conta que muito da matematica mais evoluida nao tem muito a ver com o universo real. mas serve, quero dizer é util. a ciencia é util, é isto que ela é. (por vezes poderei dizer o mesma da religiao?)ela nao quer responder a questões metafisicas/religiosas/eticas. esse espaço não lhe pertençe. nao queira matar uma com a outra. crenças de fé nao tem que ser sinonimo de estupidez (embora muitos exemplos jogam contra mim). conheço o seu blog há pouco tempo e gostav de saber se o Ludwig se considera que a sua crença de fé é ciencia.? (acredita piamente na ciencia, que a ciencia fornecerá as resposta que procura, e já agora a que perguntas)

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  29. Fará sentido?.. Quando empurramo-nos para a frente, tentando iluminar o que desconhecemos, fazemos uso da ciência. Quando encalhamos no mar negro, quando não conseguimos ver para lá, inventamos a religião. O que a ciência não explica, explicará Deus. Assim sempre foi e tem sido. A mente humana tem dificuldade em lidar com o escuro, a falta de luz provoca vertigem, assusta, é demasiado forte para sobrevivermos. Mas isto é apenas um subterfúgio, é uma fuga dos fracos de espírito. Deus não explica, não ilumina mais. No seu melhor é uma ténue luz de vela que substitui o negro cerrado por um cinzento envolvente. O homem não avança, parou. Não se aventura. Não quer mais tentar ver. Tem medo.
    A ciência aqui revela a sua poder. Ilumina a razão, rasga, explica um pouco mais, a civilização progride, dá firmes passos em frente, consegue ver mais uma nesga. A religião treme, mas não quer abrir os olhos. E isto tudo para quê? Quase me apetece dizer para nada. É apenas mais escuro que vamos encontrar mais á frente. Esta dúvida nasce no meu espírito, a ciência poderá alguma vez iluminar tudo e todos? Tenho alguma razão para acreditar que assim seja, que seja dela esse poder? Até agora tem feito o seu trabalho. Mas até quando?

    Seria uma sorte incrível o nosso cérebro possuir a estrutura indicada para compreender o universo por completo. Uma coincidência fantástica. Ciência é uma mania recente, o caminho percorrido é muito pouco, estamos no início. Nada me garante que ela consiga explicar tudo, e então o que faço. Tenho agora medo do escuro. A falta de luz provoca vertigens. Meto Deus. Ele sabe tudo, ele é tudo, não tenho de descobrir por mim mesmo as respostas. Vou ficar aqui, quietinho. Renego a aventura, a descoberta, renego até a remota possibilidade de poder provar que ele afinal até poderia existir. Onde a ciência cessa, começa a religião.

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  30. Para uns o Universo é tudo o que existe, para outros Deus é tudo o que existe. Pois bem..pessoalmente prefiro não esbarrar o meu intelecto em criações absurdas da mente humana...como é esse teu deus...ou outro deus qualquer, pelos vistos há por aí uma série deles...ou também sofres de arrogância monoteísta?
    Não espanta que andes para aí a ensinar leis, pois demostras um talento inato para lhe obdecer. A ciência faz-se de desobediência, e por isso as tuas pobres ideias não me surpreendem. Além disso vê-se que não sabes ler ciência, e limitas-te a criar isomorfismos pseudo cientificos com aquilo que vais lendo.
    Enfim...uns vêm, outros não!

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  31. Quanto à questão da torrada, esqueceste da outra possibildiade, um cientista crente, sim porque afinal também os há!
    Vou dizer o que ele faria.
    Agarrava noutro bocado de pão, fazia outra torrada e agradecia a Deus pelos alimentos.
    A Ciência e a Fé não são incompativeis. Antes pelo contrário, elas ajudam-se uma a outra. A Ciência é basicamente a busca pelo conhecimento do existente com base especialmente no método científico, a Fé é a certeza de coisas que não se vêm.
    Todos percisamos de fé, um exemplo prático.
    Temos fé de que a nossa mãe é realmente nossa mãe, este conheciemnto é fé! baseia-se no que ouvimos essencialmente. imaginemos que decidimos fazer um teste de adn e então vemos cientificamente que somos mesmo filhos da nossa mãe.
    Se uma pessoa é crente e usa a ciência e tem fé muito bem, esperto é ele!
    Ter fé em Deus, ou ter fé de não haver Deus também não cria nenhuma separação dessa fé para com a ciência, afinal a ciência nunca disse que Deus existia, nem que não existia com base nos seus métodos. Quem diz isso são os homens com base em intrepretações, por vezes erradas, por vezes mal aplicadas, por vezes certas.

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  32. Caro nate nine,

    A fé não é o mero acreditar. Todos acreditamos em coisas.

    A fé distingue-se quando as evidências contradizem a crença. Aí quem tem fé ignora as evidências, quem não tem altera a crença.

    E neste sentido não se pode ser cientista e ter fé.

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