Vários religiosos, tanto amadores como profissionais, me têm dito que as minhas críticas às suas respectivas religiões são fúteis. Que não vale a pena criticar a religião da forma como eu critico. O que me parece estranho logo à partida. Se eu andasse a distribuir revistas sobre o ateísmo de porta em porta compreendia que dissessem não valer a pena estar a incomodar as pessoas e a estragar papel. Ou se o governo pagasse salários a ateus só para falarem de ateísmo em hospitais até concordava que era dinheiro mal gasto. Isso é coisa para cada um fazer por sua conta e não um serviço prestado ao estado. Mas eu não faço nada disso. Escrevo num blog, só lê quem quer, e se falo destas coisas em público é porque me convidam para o fazer. Parece-me estranho que se comente um post que não vale a pena só para dizer que não vale a pena.
E discordo da justificação. Dizem que as minhas criticas são fúteis porque só critico caricaturas da religião. Mas isto ignora a diversidade de crenças e a diversidade de maneiras de se aproveitarem delas. Há muita gente que se arrasta de joelhos julgando que isso convence Maria a ajudá-los. Há quem gaste dinheiro em velas e pernas de cera, quem reze aos santinhos, quem acredite que a Terra foi criada há umas dúzias de séculos e assim por diante. Para cada religioso há muita coisa que é caricatura – todas as outras religiões, por exemplo – mas também há muita coisa que não é. E os profissionais de cada religião tendem a opor as “caricaturas” mais por conveniência que por princípio. Por exemplo, os sacerdotes católicos opõem o criacionismo evangélico mas não a idolatria em Fátima. É inescapável a suspeita que o que distingue estes casos é um fazer perder clientes enquanto o outro dá lucro.
Além disso, as “caricaturas” são apenas exemplos. Sintomas. Não são o problema em si. Se alguém acredita que Jesus nasceu de uma virgem ou que Noé levou aquela bicharada toda no barco, é lá consigo. O problema começa ao afirmá-lo como verdade, o que acarreta a responsabilidade de aplicar critérios coerentes na distinção entre o que se considera verdadeiro e o que se considera falso. Esta diferença importante entre crença e verdade é deliberadamente ignorada pelas religiões.
A crença é um estado pessoal que só diz respeito ao crente. Mas a verdade é algo partilhado, supostamente objectivo e igualmente válido para todos. Uma crença verdadeira supõe-se mais legítima que outras que não se saiba sê-lo. E daí vem uma responsabilidade adicional. Quando um crente afirma que crê, pouco me importa. Mas quando afirma que aquilo em que crê é verdade fico curioso em saber como chegou a essa conclusão. E se me diz que sabe que é verdade só porque acredita então vale a pena apontar que a mera crença não chega para que uma hipótese corresponda à realidade.
Este problema agrava-se quando o erro é cometido por uma autoridade, como um padre, ou por quem quer propagar a sua fé, como os evangélicos costumam fazer. Porque, neste caso, deixa de ser apenas um erro do crente e passa a enganar os outros. A crença pode ser sincera, mas crença não é conhecimento e, ao afirmá-la como verdade, está a fingir saber aquilo que não sabe. Isto é óbvio no literalismo bíblico dos evangélicos, por exemplo. Dizem que a sua interpretação da bíblia é infalível quando as evidências sugerem o contrário. Mas a teologia dos católicos sofre do mesmo problema, mesmo que mais disfarçado. Por um lado dizem que Deus é incompreensível, para além do tempo e do espaço e da imaginação humana. E, por outro, dizem saber que veio à Terra, que nasceu de uma virgem, que quer isto, manda aquilo, reprova o outro e faz trinta por uma linha. E tudo apenas porque acreditam.
É isto que vale a pena apontar. Não a crença em si que, desde que não incomode ninguém, também não me preocupa. Mas o erro, logro ou desonestidade de afirmar ter conhecimento de um facto quando só se tem crença, sem qualquer evidência relevante. Não peço dinheiro para ir dizer isto aos doentes nos hospitais nem vou de porta em porta com revistinhas na mão. Mas acho que vale a pena chamar a atenção, a quem se interessar, que aquilo que as religiões afirmam como verdade são coisas que os religiosos não sabem. Especulam, crêem, julgam que é verdade mas não sabem, e nem têm nada que justifique concluir que a sua religião é mais verdadeira que as outras.
Ludwig:
ResponderEliminarPor acaso ir maçar os doentes à porta da morte para os convencer que são pecadores e vão para o inferno se não se arrependerem à pressa mas honestamente de terem pecado é um bocado de mau gosto.
Acho que podiamos pedir dinheiro para acompanhar um padre para apresentar a versão alternativa para o doente poder escolher.
Ludwig:
ResponderEliminarBravo!
Excelente texto, e muito oportuno. Suspeito que o vá citar mais de uma vez :)
Lugwig,
ResponderEliminarVale a pena, sim senhor.
Quanto mais não seja por poder ser lido por alguém cujo interesse pela Fé possa andar menos vivo. A habitual série de falácias e equívocos sobre religião elaboradas em paixão musical, adornadas por uma ou outra observação mais aceitável, constitui um estímulo impagável que, estou certo, pode devolver a muita gente o gosto e o sentido a, por exemplo, ir à missa. Continue.
Daria por muito bem empregue o dinheiro que o estado entregasse ao Ludwig por ele, num hospital, transmitir conforto a quem dele precisasse e nas suas palavras e nas suas atitudes o encontrasse. Até tenho pena que ele não tenha disponibilidade e interesse nisso. Certamente haveria alguém que encontraria alívio nos seus corridinhos sobre a inexistência de Deus.
Nuno Gaspar,
ResponderEliminarAgradecia que apontasse em concreto as tais falácias que menciona haver neste texto.
Obrigado.
Ó Nuno Gaspar se quer ir à santa missa vá mas não venha para aqui com argumentos idiotas.
ResponderEliminarDesde quando enganar alguém (deliberadamente) sobre uma suposta vida eterna trás algum benefício?
Agora diga lá se uma 'mentirinha' que dá (talvez) algum conforto é melhor que a verdade.
Ludwig,
ResponderEliminarSão as do costume. Num primeiro relance identifiquei 15:
1 - "amadores como profissionais"
Aparece normalmente de 5 em 5 posts.
Merece a resposta do costume:
Podem existir pessoas que procuram ganhar dinheiro com a religião tal como podem existir pessoas que procuram ganhar dinheiro a escrever livros sobre a inexistência de Deus. Dentro das pessoas que dedicaram totalmente a sua vida à Fé em que acreditam não conheço ninguém que enriqueceu e todos vivem com menos bens do que os que teriam se não tivessem realizado essa opção (contrariamente a alguns daqueles que escolheram empregar o seu tempo a escrever livros sobre ateísmo). O termo profissional neste contexto é desadequado.
2 - “o governo pagasse salários a ateus só para falarem de ateísmo”
Só quem, num hospital, nunca teve alguém muito querido às portas da morte, para quem os ritmos da vida são assinalados por ritos religiosos , não entende o significado e a beleza que os gestos de um padre podem ter nos momentos de maior sofrimento e angústia que nas nossas vidas podemos passar. Dizer que “o governo paga salários para falar de...” é tão triste que até perdi a vontade de continuar a tentar responder-lhe.
Nuno Gaspar:
ResponderEliminar1 O dinheiro que alimenta os padres vem de onde? Vem de um emprego regular? Ou vem de contar historias mitologicas às pessoas e fazer psicologia pré-cientifica entre outras coisas?
Alias eu estive no vaticano e aquilo era de facto muito pobre.
2 Às portas da morte a mentira piedosa é perdoavel. Vale tudo. Mas pago pelo estado tenho as minhas duvidas series que não seja um abuso num estado laico. Quem quiser esse serviço que o pague. O orçamento de estado é apertado e esse dinheiro bem podia ir para a saude em vez de servir como argumento para manipulações emocionais.
Odin
Nuno Gaspar
ResponderEliminarParabéns pelos seus comentários. Estão excelentes.
Nuno Gaspar
ResponderEliminarParabéns pelos seus comentários. Estão excelentes.
(em voz sussurrada)
ResponderEliminarChhhu...
Obrigado, António. Fale baixinho. A Cristy pode ouvir-nos.
...tirando aquela parte idiota entre a primeira e a última linha.
ResponderEliminarOps! Vem aí o outro mano maravilha acorrendo num cavalo a galope sacando do seu revólver e disparando tiros para ar.
ResponderEliminarTodos para os abrigos!
Nuno Gaspar,
ResponderEliminarO termo "falácia" não é sinónimo de "algo do qual eu discordo ou que me incomoda ouvir". Uma falácia é uma inferência inválida e enganadora. Ou seja, um passo no raciocínio que infere uma conclusão a partir de um conjunto de premissas de forma a que não se justifique considerar a conclusão verdadeira mesmo que as premissas o sejam.
Tendo isto em conta, reitero o meu pedido que me mostre onde estão as falácias neste texto que comentou. Dizer que há religiosos amadores e profissionais seria, no máximo, falso -- e não é, porque há amadores e profissionais na religião -- e essa coisa das portas da morte é apenas um juízo de valor irrelevante para o que eu exponho no texto.
Nuno,
ResponderEliminar"Dentro das pessoas que dedicaram totalmente a sua vida à Fé em que acreditam não conheço ninguém que enriqueceu e todos vivem com menos bens do que os que teriam se não tivessem realizado essa opção"
O Papa também? Bolas! Se o Castel Gandolfo como casinha de férias representa menos bens do que os que tinha antes, nem imagino o que ele sacrificou.
É dura a vida do "pastor alemão".
O que os crentes malditos querem é oprimir todas as outras crenças e o ateismo, para poderem reinar e queimar infieis na fogueira.
ResponderEliminarNuno,
ResponderEliminarSe eu for prometer coisas bonitas e cor de rosa aos moribundos tambem me concedes uns trocos?
É que a vida ta dura, e eu a um muribundo não digo nada que ele não deseje ouvir.
Va, tu deves ser padre, mete la uma cunhazita, tá?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarParece que Ludwig está a referir-se a um problema que existe nos comentários de teístas. O António Parente deve saber muito bem qual é, se leu os últimos comentários que lhes dirigi.
ResponderEliminarPor exemplo, os comentários do Nuno Gaspar. Ele diz: «não conheço ninguém que enriqueceu e todos vivem com menos bens do que os que teriam se não tivessem realizado essa opção».
A Igreja Católica da Califórnia pelos vistos consegue muito bem pagar 660 milhões de euros como indemnização para 570 casos de abusos sexuais - o maior valor pago.
Segundo o Diário de Notícias, as esmolas nas Igrejas caíram 25% - em Fátima só houve 9,1 milhões de euros em esmolas em 2005.
Se roubarmos o dinheiro ganho de uma dia de missa a um padre, podemos ganhar uns 200 euros - pelo menos é o que aconteceu em Arcos de Valdevez (no fórum Paróquias de Portugal é dito que são 7,5 euros em média por missa , por outro lado numa outra página é dito que ganha-se até 30 euros de esmolas por missa).
Salários:
* Diário de Notícias
* Sala dos professores
* PaySale
* Simply Hired
* Salary Expert
* Salary List
* Career Information
* Diocese of Marquese (PDF)
* Find Articles
* DwWorld
* Yahoo Answers
* Yahoo Answers
Se é para dizer que alguém recebe pouco, quero saber quanto ganha. Mas pelo que percebi, o importante artigo é que quando debatemos ideias os argumentos não podem ser mera exposição de crenças - devem ser defendidas. Coloco em destaque:
ResponderEliminar«Quando um crente afirma que crê, pouco me importa. Mas quando afirma que aquilo em que crê é verdade fico curioso em saber como chegou a essa conclusão.»
Mas eu vejo que são dados os parabéns a um comentário que diz que o clérigo ganha pouco, que podia ganhar mais de outra maneira e que doentes gostam de receber padres, por isso o artigo é falacioso. São só essas futilidades que abundam nos comentários, com meros apelos emocionais.
O que eu queria era algo mais substancial. Eu para preparar-me para artigos sobre ética, estive a recolher dados na Web, anotando conversas e frases em revistas, jornais e da TV, a tirar fotos na rua - já agora: tenho isto mesmo ao lado de casa. Mas pelos vistos basta aceitar uma crença religiosa, dizer uma bacoradas sem fundamento e voilá! Prevejo que se responderem ao comentário, farão algo desse género, tornando as caixas de comentários pobre em termos de contribuição didática, mas rica em irrelevâncias do tipo "eu tenho razão", "não, eu é que tenho".
Verificação de palavras: wises
Pedro,
ResponderEliminarÉs um corta picas! :-)
Demonstrar que o Nuno usou uma cassete gasta, com um discurso populista, falso, e pseudo-ofendidinho é muito mau.
Se ele não viver na mesma negação que o Jonatas, e tiver vergonha na cara, já não tenho mais comentários dele para me rir.
A mim satisfaz-me que eles continuem com estas argumentações da treta, porque quem tem inteligência, vai cada vez sentindo um maior afastamento da religião, porque se percebe que não passa de um monte de retórica, sem base argumentativa consistente.
Depois admiram-se que o numero de ateus seja cada vez maior.
Outra coisa que emperra nos argumentos, é constatar-se a "evolução" do sacerdócio. Por exemplo, quando o avô da minha esposa morreu, estava eu com ela no exterior da igreja, à espera que a coisa acabasse, e chega um carro todo lançado, com manobras à parolo, incluindo o bloqueio de rodas inútil, só para o espectáculo, já para não falar do cagaçal hip-hop, que o auto-rádio debitava. E lá dentro, um parvo, gadelhudo e barbudo, com uma t-shirt que parecia uma rodilha, e as calças rasgadas. Lembro-me de dizer qualquer coisa como "G'anda parolo! No meio de um velório, aparecer um animal destes a dar este espectáculo. Melhor só se fosse o padre". Resposta do meu sogro: "É ele, é! As beatas adoram-no".
Por acaso o carro dele era mais caro que o meu, matricula igualmente recente, e como termo de comparação eu ganhava na altura mais de 3 vezes o salário médio português.
Por isso, fico com a sensação que a pobreza deve ser de espírito, porque, materialmente é mais do que uma larga maioria dos crentes, e em termos "espirituais", até eu devo dar-lhe uma abada, e olha que é difícil ser-se menos "espiritual" do que eu.
«O termo "falácia" não é sinónimo de "algo do qual eu discordo ou que me incomoda ouvir".»
ResponderEliminarÉ um esclarecimento positivo, pois parece-me que já não é a primeira vez que o Nuno faz essa confusão.
Nuno,
ResponderEliminara Cristy fica muito contente que o AP considere os seus comentários profundos e relevantes. Diz tudo sobre ambos.
Cristy
Ó Cristy,
ResponderEliminarOuça isto e vai ficar ainda mais contente.
http://www.youtube.com/watch?v=-pfluxyTVCc
(obrigado Maradona)
Nuno Gaspar: ... «tal como podem existir pessoas que procuram ganhar dinheiro a escrever livros sobre a inexistência de Deus.»
ResponderEliminarSabem o que é um "red herring" e a falácia homem-palha?
O contexto no artigo:
«Que não vale a pena criticar a religião da forma como eu critico. O que me parece estranho logo à partida. Se eu andasse a distribuir revistas sobre o ateísmo de porta em porta compreendia que dissessem não valer a pena estar a incomodar as pessoas e a estragar papel. Ou se o governo pagasse salários a ateus só para falarem de ateísmo em hospitais até concordava que era dinheiro mal gasto. Isso é coisa para cada um fazer por sua conta e não um serviço prestado ao estado. Mas eu não faço nada disso. Escrevo num blog, só lê quem quer, e se falo destas coisas em público é porque me convidam para o fazer.»
O Papa e o cardeal patriarca de Lisboa, José P.V. Policarpo, também escrevem livros. Podemos comprá-los no Continente, na Bertrand ou pela Amazon.
Na Bertrand encontrei "A Linguagem de Deus", de Francis Collins. Na secção de esotorismo da livraria do Continente podemos encontrar traduções da Bíblia, livros do Papa e do Dalai Lama e montes de livros sobre Deus.
Existem imensos livros cujo propósito é responder ao "The God Delusion", como "God is No Delusion: A Refutation of Richard Dawkins", "The Dawkins Delusion?: Atheist Fundamentalism and the Denial of the Divine", "ATHEISM IS FALSE Richard Dawkins And The Improbability Of God Delusion", "Answering the New Atheism: Dismantling Dawkins' Case Against God", "Beyond the God Delusion: How Radical Theology Harmonizes Science and Religion", "The Ipod Tutor: The Argument Against Richard Dawkins' The God Delusion", "The Devil's Delusion: Atheism and Its Scientific Pretensions", "Is God A Delusion: A Reply to Religion's Cultured Despisers", "God and the New Atheism: A Critical Response to Dawkins, Harris, and Hitchens", "THE GOD QUESTION: A Response to The God Delusion" e "The Undeniable Evidence for God".
Mas não é essa a questão. Os Mórmons e Testemunhas de Jeová chateiam-nos na rua e à porta de casa, tal como os vendedores ambulantes. Para além de interromperem-nos para algo que não queremos, são insistentes. Se eu estiver doente, o Estado não me paga strip teasers sexy para eu ficar mais bem-disposto. E se eu fosse judeu, muçulmano, hindu - ou seja qual for a religião que não seja católica - eu não receberia a mesma benece. Aliás, muitas despesas do Estado são consideradas chocantes. Daí o: «Isso é coisa para cada um fazer por sua conta e não um serviço prestado ao estado.»
Isso tudo pareceu-me tão óbvio. Não percebo o elogio feito a Nuno Gaspar. Há algo que me escapa?
* Imagine
ResponderEliminar* ONE TIN SOLDIER / THE ORIGINAL CASTE
* One Of Us
* Dear God
* Vienna Teng - The Atheist Christmas Carol
* Randy Newman - God's Song
* CROSBY STILLS NASH - CATHEDRAL
* cake- comfort eagle
* Jesus Thinks You're a Jerk
Richard Georg Strauss:
* Assim Falou Zaratrusta
* Danúbio Azul
Obrigado pela atenção para este comentário relevante e argumento poderoso que merece um grande elogio.
verificação de palavras: epicuro
"Há algo que me escapa?",
ResponderEliminarpenso que sim Pedro: o desespero dos visados.
Cristy
AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHGGGGGGGGGGGGGGG
ResponderEliminar(Grito de desespero)
Não o deixe escapar, PAC!
Nuno Gaspar, não fui eu que fiz qualquer menção a gritos de desespero. Apenas escrevi sobre a qualidade dos comentários - sem análises psicológicas -, questionando sobre o que António Parente acha de digno no argumento que apresentaste no segundo comentário. Ele pode responder e podes defender os teus argumentos e criticar os meus.
ResponderEliminarNo último comentário que leio, apenas noto sarcasmo que não é relevante como resposta. Agora devo aplaudir e concluir que afinal de contas tiveste razão? Já não bastavam os pseudo-debates eleitorais?
O António Parente já escreveu mais de uma vez que os comentadores com essa atitude é que dão vida ao blog, tal como o Joker quando é apanhado pelo Batman ou com a oportunidade de matá-lo: «I don't want to kill you! What would I do without you? Go back to ripping off mob dealers? No, no, NO! No. You... you... complete me.» (vid - 2:19) Mas podemos notar que onde existe realmente discussão é em artigos onde não existem os Jokers. Talvez nos últimos comentários devesse ter deixado no final o que deixei no primeiro.
«You crossed the line first, sir. You squeezed them, you hammered them to the point of desperation. And in their desperation they turned to a man they didn't fully understand.» (...) «Because some men aren't looking for anything logical, like money. They can't be bought, bullied, reasoned or negotiated with. Some men just want to watch the world burn.»
Se não há mais nada a dizer aqui, deixo duas curiosidades.
ResponderEliminarColoquei "You crossed the line first" fazendo referência a uns comentários de um comentador que dizem que o Ludwig é que começou primeiro a criticar X.
E já que o Nuno Gaspar apresentou aquela canção, partilho-vos uma descoberta. O "Thank you for the music" é uma canção sueca dos ABBA. O título da versão sueca é: "Tack För Alla Sånger". Na letra sueca:
«Tack för alla sånger
För ord och toner
Vem behöver religioner?»
Tradução em inglês:
«thanks for all the songs,
words and tunes,
who needs religion?»
O autor da letra - Björn Ulvaeus - é ateu.
* Letra da versão inglesa, sem menção à religião.
* Música da versão sueca (ABBA)
* Música da versão inglesa (Carpenter)
(cont .)
(cont.)
ResponderEliminarPortanto, o Nuno pode apresentar músicas bonitas cristãs e eu posso apresentar músicas bonitas atéias. E ateus não têm problemas em compôr músicas e pinturas cristãs (como Johannes Brahms e Picasso) ou gostar delas (como Dawkins, cuja música favorita é "A Paixão Segundo Mateus" de Bach). Se músicas bonitas têm qualquer relevância para o artigo, isso ultrapassa-me. Mas a mensagem original da canção dos ABBA teve de ser alterada para o público americano.
Se o Nuno pretende vender religião com preconceitos contra os ateus - parabéns. Pode ficar com a religião e fico com a música. É uma mera questão subjectiva, e cada um fica com o que mais agrada. Ninguém vai impedir de acreditar que Deus existe, de fazer os seus rituais, etc. Mas se quiser discutir sobre qualquer assunto, deixando de ser mera questão pessoal, convém fazê-lo de forma razoável tendo em conta que está a fazê-lo com quem não concorda consigo. Se quiser fazê-lo, estou disponível. Se é para fazer coisas como:
«AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHGGGGGGGGGGGGGGG
(Grito de desespero)»
pode um dia servir de exemplo sobre como correm os debates entre ateus e teístas.
"pode apresentar músicas bonitas cristãs"
ResponderEliminarÓ PAC, é difícil fazer uma piada consigo, não é?
Você tem que ler mais vezes "A causa foi modificada".
A piada é considerada para ti uma resposta para o que escrevi?
ResponderEliminarSe tem qualquer relação com o que escrevi, qual foi o seu propósito?
Não. Não tem nada a ver com o que tu escreveste.
ResponderEliminarMuito bem, porque é que colocaste a tal piada?
ResponderEliminarSei lá!
ResponderEliminarE é exactamente isso que critiquei.
ResponderEliminarContra-argumentei a vários pontos com valores e exemplos de tal forma a que seja claro que digo o que digo. Agarraste à música. E não sabes por que é que colocaste o comentário.
Lembro a todos que nos primeiros dois comentários o Nuno foi todo espevitado, com "a habitual série de falácias e equívocos sobre religião elaboradas em paixão musical". O António elogiou os comentários. Agora o Nuno não sabe.
Vou encontrar mais comentários sem qualquer propósito? Vou encontrar mais comentários de religiosos com base em paixões musicais?
Ó Cristy, não quer dar um bocadinho de música ao PAC. Ajude-me!
ResponderEliminarAjude-me, pelo amor de Deus!
ResponderEliminarComeço a pensar que a Cristy e o Antonio têm razão e que estás a dar música. Tu comentas aqui para quê? Não sabes.
ResponderEliminarSe fosse para colocares músicas, existem outros locais para esse efeito. E se tivesses melhor gosto, colocavas esta, ou esta. E se fosse para ter piada, mostravas isto, isto ou isto... Mas existem locais próprios para isso.
Meus amigos, é que qualquer dia aparece o Nuno a pedir o... o... (até estou engasgado com o tamanho) ... um coiso aqui. Um artista é um bom artista, mas não havia necessidade. Agora ide à vossa vida, que tenho de fazer um trabalho... na casa-de-banho.
ResponderEliminarJá agora, será que o Zeca pertence a esta igreja?
Olá, amigos.
ResponderEliminarSou um humilde cristão solteiro que não sabe como responder a umas respostas que um ateu me deu, e agora preciso de esvaziar os testículos com a uma mãozinha do Estado.
Estava a pensar em visitar um site porno cristão para me estimular. Mas decidi ir ao Que Treta! onde posso colocar comentários que não sei por que o faço. Convido os meus irmãos a visitarem o XXX Church. Cristy ajuda-me! Ai meu Deus, Deus me ajude, que não estou a aguentar-me!
Nuno,
ResponderEliminarpeço dsculpa, só agora vi o seu pedido de ajuda. Estava muito entretida a ouvir a "música" que me recomedou. Eu até a dava ao PAC, mas olhe, ele é capaz de ficar com pior impressão sua do que já tem. E eu não quero contribuir para isso.
Cristy
Muito bom, Ludwig.Gosto de aprender a raciocinar utilizando as suas ajudas. Que são muitas e boas.Um abraço
ResponderEliminarObrigado, Veríssimo :)
ResponderEliminarÉ sempre engraçado ler estas coisas... Isto entre os crentes também mexe.
ResponderEliminarPorque não sou neopentecostal.
Se isto, não fosse ficção até podia ter alguma piada.
ResponderEliminarPela mesma razão que não podemos ensinar um macaco a conduzir um avião, não podemos ensinar um padre e as pessoas ligadas à igreja, a raciocinar.
ResponderEliminarMas devemos continuar a respeita-los e eles a nós.