domingo, dezembro 16, 2012

Treta da semana (passada): o ridículo.

O João César das Neves, num título ironicamente apropriado, manifesta-se preocupado porque «esta geração muda a milenar definição de matrimónio»(1), um campo «em que se situam as grandes calamidades desta geração». No entanto, acrescenta que isto «não envolve nada de realmente importante» porque «É literalmente uma questão de secretaria.»

O ridículo, parece-me, vem da confusão entre a definição de matrimónio e aquilo que o Estado regula. A pista está até nas próprias palavras do JCN: «Durante milénios, o Estado não casava ninguém, deixando isso ao costume social ou às entidades religiosas. Em Portugal, o casamento civil só surgiu em 1832». O casamento civil. Não o matrimónio, nem o casamento, nem a união de duas almas gémeas que decidem partilhar uma vida. O que o Estado permite é um contrato. O resto é com as pessoas.

Para muitos, o matrimónio é uma união de duas pessoas da mesma religião. Muitos cristãos, muçulmanos ou judeus podem pensar que casar com um ateu ou um religioso de outra equipa seria inaceitável para o seu deus e, por isso, não seria casamento a sério. Estão no seu direito. Mas o Estado não tem nada que ver com isso e, por isso, o casamento civil é cego à religião dos nubentes. O mesmo para a cor da pele, idade ou virgindade. Qualquer pessoa é livre de definir o que entende por matrimónio, se tem de cumprir estas ou aquelas condições para ser legítimo. O que não pode é exigir do Estado uma intromissão nas definições dos outros. Por isso, a legalização do casamento homossexual não é uma grande vitória para os homossexuais. Para alguns pode dar jeito, admito, mas são provavelmente uma minoria pequena da população. A vitória é para todos, porque esta alteração permite cumprir um importante princípio constitucional: tal como o Estado não se mete com a raça, religião ou opinião política de cada um, também não vai discriminar ninguém quanto ao seu sexo ou orientação sexual. Isto não impede o João César das Neves de definir o matrimónio como lhe der na gana. Basta perceber a diferença entre a vida a dois e o contrato de casamento civil.

A analogia com o contrato laboral é mais evidência da confusão entre o matrimónio e a burocracia. «Neste momento, em Portugal, custa mais despedir a criada do que o marido, pois o contrato de casamento é mais frágil do que o de trabalho ou sociedade.» Os contratos são diferentes. O contrato de casamento presume-se simétrico, com os contratantes participando como iguais, enquanto que o contrato laboral é assimétrico. A empregada – a criada, tradicionalmente, não tinha contrato – pode-se despedir simplesmente notificando o empregador com um mês de antecedência mas este, se a quiser despedir, tem de a indemnizar. No casamento ninguém despede ninguém mas, seja como for, a dificuldade principal do divórcio não é burocrática, e esta é novamente a grande confusão do JCN. Se confunde o matrimónio com o contrato, então parece-lhe que facilitar a burocracia do divórcio fragiliza o casamento. Mas isso é treta. A decisão de continuar ou terminar com uma vida a dois é difícil por todas as mudanças que implica, por todo o investimento nessa vida partilhada, pela casa, pelos filhos e tudo o mais. O papel é irrelevante. Nem compete ao Estado decidir quem se divorcia nem, muito menos, tentar preservar casamentos por força da burocracia.

O ridículo, que não é só desta geração, é confundir o matrimónio com o contrato de casamento. O matrimónio é algo pessoal, que cada um tem de ir definindo ao longo da vida como quiser e puder. O casamento civil é uma ferramenta burocrática para regular heranças, propriedades, decisões médicas e o IRS. Confundir estas coisas é tão ridículo como confundir o conforto do lar com o pagamento do IMI.

1- João César das Neves, O ridículo da geração

93 comentários:

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  3. Ludwig,

    Por mais que tente não consigo comentar isto.

    Cumprimentos

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  4. A ideia de que o Estado, que é a organização política da sociedade, não tem nada a ver com a definição da instituição social mais importante é ridícula e absurda. O Estado paga, e muito, pelas consequências de uma má organização social.

    O casamento entre um homem e uma mulher, sendo potencialmente reprodutivo, é considerado em todos os tempos e lugares a estrutura mais fundamental, universal, intemporal, consensual, equilibrada, natural e saudável para assegurar o desenvolvimento físico, psíquico e espiritual do género humano.

    Um Estado apostado no desenvolvimento física e psicologicamente saudável da sua população deve criar incentivos que valorizem a família e a união estável entre um homem, uma mulher e os filhos de ambos.

    Naturalmente que não pode abandonar as famílias monoparentais. Também não lhe cabe manter relacionamentos a todo o custo, violentando os indivíduos vítimas de relacionamentos doentios. Mas o Estado tem todo o direito e o dever de promover e proteger a constituição de famílias equilibradas, saudáveis e potencialmente estáveis.

    A promoção do casamento heterossexual monogâmico vale pela maneira como assegura um equilíbrio saudável entre complementaridade de géneros, igualdade entre homens e mulheres, igualdade entre filhos biológicos, sanidade física e emocional.

    A sociedade e o Estado podem beneficiar muito com isso, na medida em que isso pode resultar em melhor capital humano e social, menos divórcios, menos violência contra mulheres e crianças, menos delinquência juvenil, menos toxicodependência, menos abandono escolar, mais sucesso escolar, etc. Tudo isso resulta em menos dispêndio para o orçamento de Estado.

    Não existe nenhuma sociedade em que o casamento heterossexual monogâmico seja considerado imoral ou indesejável. Mas mesmo nos poucos casos em que o casamento heterossexual monogâmico foi reprimido, por razões ideológicas (v.g. alguns kibutzin israelitas), ele voltou a afirmar-se.

    Pelo contrário, o "casamento" homossexual tem sido considerado imoral em praticamente todas as sociedades até ao século XXI em que foi legalizado nalgumas, sem referendo. Igualdade significa tratar de forma igual o que é igual e diferente o que é diferente.

    De resto, hoje sabemos que a homossexualidade resulta de ruído nos códigos epigenéticos que regulam a expressão genética, resultando da corrupção física e moral que afecta toda a natureza criada.


    A sociedade tem que ter um modelo de casamento que, em abstracto, de um modo geral e a prazo seja o mais adequado à continuidade física e psicologicamente saudável da espécie. O casamento entre homem e mulher é, de longe, o mais saudável e equilibrado. Sem prejuízo de não se poder confundir um modelo de casamento com a sua aplicação em todos os casos.

    É importante, para a sociedade, promover a estabilidade dos laços biológicos e emocionais entre pais e filhos. O “casamento” homossexual nada tem que ver com esse interesse social. Ao desestabilizar o princípio fundamental da complementaridade dos sexos, essencial à continuidade saudável do género humano, ele dá um péssimo contributo para a sociedade.

    O reconhecimento jurídico e social dos “casamentos” homossexuais contribui para a progressiva erosão e desvalorização do estatuto especial e do significado social do casamento entre um homem e uma mulher, que constitui a base de uma continuidade intergeracional saudável e equilibrada.

    Além disso, ele introduz o arbítrio na moral e no direito, na medida em que não justifica porque é que a alteração qualitativa do casamento não há-de abrir as portas a outras alterações qualitativas (v.g. zoofilia, pedofilia) e quantitativas (v.g. poligamia homossexual, heterossexual ou bissexual).








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  5. OS PROBLEMAS DO LUDWIG COM VALORES E NORMAS MORAIS

    1) O Ludwig é naturalista, acreditando que o mundo físico é tudo o que existe. Sendo assim ele tem um problema, porque valores e normas morais não existem no mundo físico.

    2) O Ludwig diz que a observação científica é o único critério válido de conhecimento. Ora, nunca ninguém observou valores e normas morais no campo ou em laboratório.


    3) O Ludwig diz que a moral é subjectiva. Ora, se são os sujeitos que criam valores e normas, eles não estão realmente vinculados por eles, podendo cada um criar valores e normas a seu gosto, o que nega a existência de normas morais.


    4) Se a moral é subjectiva, como o Ludwig diz, dificilmente se poderá justificar qualquer pretensão de conferir validade universal às suas pretensas normas.


    5) O Ludwig está sempre a dizer aos outros que não devem dizer aos outros o que devem ou não devem fazer. Ou seja, ele faz exactamente o que diz que os outros não devem fazer.


    6) De milhões de anos de processos aleatórios de crueldade, dor, sofrimento e morte não se deduz logicamente qualquer valor intrínseco do ser humano nem qualquer dever moral de fazer isto ou aquilo.
    Conclusão: sempre que fala em valores e normas morais o Ludwig é irracional e arbitrário.


    P.S.

    É claro que muitos ateus têm valores! Também eles foram criados à imagem de um Deus moral e muitos vivem com dignidade e liberdade numa civilização judaico-cristã.


    O problema é que os ateus não conseguem justificar logicamente esses valores a partir da visão do mundo naturalista e evolucionista a que aderem pela fé.

    Como diz a Bíblia (Romanos 1, 21ª e 22), “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças…” “…dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”.


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  6. ridículo é a quantidade de atrasados mentaes que inda aqui comem tão

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  7. Essa do casamento homossexual é mais um absurdo a que os Estado deu cobertura. A partir de agora quando alguém diz que é casado, é necessário fazer mais uma pergunta: com homem ou com mulher? - ou vice-versa. Completo disparate. Casamento é um acasalamento (até as palavras são parecidas), um homem com uma mulher ou vice-versa. Homem com homem, ou mulher com mulher?!... Coisa mais bizarra!
    Claro, reconheço que, se essa gente quer viver assim, que lhe seja reconhecido um qualquer contrato, que acautele questões patrimoniais, mas nada de equiparações ao casamento, que aliás são impossíveis. Coisa bizarra e incompreensível que as cabeças pensantes que nos têm governado com os resultados que se conhecem, nos prendaram. Com gente assim onde chegaremos?

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  8. Cisfranco,

    «Claro, reconheço que, se essa gente quer viver assim, que lhe seja reconhecido um qualquer contrato, que acautele questões patrimoniais, mas nada de equiparações ao casamento»

    De acordo. É esse precisamente o meu ponto. Um contrato, seja como for -- ponha restrições quanto ao sexo, cor da pele, religião ou o que quiserem -- será sempre um contrato. Pode até chamar-se um contrato de casamento, mas será apenas um contrato. Um papel assinado, um conjunto de direitos e deveres legais, etc.

    Nunca será um casamento. Nunca será uma vida partilhada, anos de alegrias e problemas, de amor, discussões, reconciliações e projectos em conjunto.

    Daí ser tão importante perceber que aquilo que o Estado faz não é casar as pessoas. É dar-lhes a possibilidade de celebrar um contrato acerca de certas coisas que normalmente dão jeito num casamento -- daí ter esse nome -- mas que não são o casamento em si.

    Quanto ao problema de "ser necessário" perguntar se está casado com um homem ou uma mulher, com alguém da mesma cor ou de cor diferente, da mesma religião ou de outra, da mesma idade ou mais velho, do mesmo clube ou do clube rival, penso que se resolve bem sendo menos bisbilhoteiro. Não vamos colocar entraves aos contratos que a lei permite só por causa dessa "necessidade".

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    1. a obra de deus é admirável
      há cinco anos era impossível saber se esta gaija era um boy ou uma boya agora é nitidamente uma boya

      palavra do senhor

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    2. "Não vamos colocar entraves aos contratos que a lei permite só por causa dessa "necessidade"."

      Sofisma. Eles querem adoptar crianças porque são casados. Sendo diferentes, tornaram-nos iguais a outro casal normal. Aberrante!

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    3. Se calhar era interessante saber ao certo o que significa (ou definir), aquilo que se designa por "casamento" e qual a finalidade e propósito, como também qual a finalidade do seu reconhecimento legal, bem como os direitos (e deveres) que o estado deve zelar (ou garante).

      E considerar também outras situações de coabitação, onde se poderá questionar se deverão merecer a mesma atenção por parte do estado.

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    4. "Sofisma. Eles querem adoptar crianças porque são casados. Sendo diferentes, tornaram-nos iguais a outro casal normal. Aberrante!"

      Porque não hão de poder adoptar crianças? Aberrante? Aberrante é haver casais homosexuais estaveis, bem sucedidos na vida, capazes de dar uma boa educação a crianças, ter vontade de o fazer e não poder porque algumas pessoas apenas rotulam tal coisa de "aberrante".

      Ou o problema será que acha que ser homosexual é garantia de não ser bem intencionado e incompetente?

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    5. "haver casais homosexuais estaveis, bem sucedidos na vida, capazes de dar uma boa educação a crianças, ter vontade de o fazer" Por outro lado, há casais heterossexuais incapazes de proporcionar (aos filhos que têm) educação e mesmo de proporcionar uma vida com o mínimo de estabilidade psicológica.

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    6. Casamento/acasalamento homosexual é aberrante. É um desvio comportamental e como tal quem tenha dois dedos de testa/o mínimo de bom senso e equilíbrio, sabe que é assim. Não se pode através de leis, tornar igual aquilo que é diferente. Cada um pense como quiser. Os homosexuais que não se podem corrigir terão de ser aceites como são, mas atenção, detesto orgulhos/fantuchadas/exibicionismos de maricas.

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    7. O facto de um contrato ser um papel com direitos e deveres não quer dizer que a sociedade deva aceitar qualquer acordo contratual. Era o que faltava.

      O contrato de casamento exprime a realidade do acordo de vida em comum entre um homem e uma mulher.

      Se o conteúdo do contrato de casamento é indiferente, porque não ter casamentos entre vários homens, várias mulheres, várias mulheres e homens, pessoas e animais, pessoas físicas e pessoas colectivas, Estados, etc.?

      Não vamos colocar entraves aos contratos na lei...

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  9. Outra dúvida que se me levanta é a própria existência de uma moral laica (expurgada das conspurcações religiosas), é que a moral vigente, esta que vai regendo os comportamentos das pessoas é apenas uma herança da moral religiosa, quanto mais tempo será admissível para cidadãos verdadeiramente laicos (ateus) suportarem esta opressão. Não deveriam eles levantar as suas vozes, não aos céus, mas aos legisladores e sugerir uma moral e não viverem nesta permanente e opressiva angústia, que é a de viveram com uma herança que não querem, em permanente turbulência e revolta, para quando um quadro de normas, talvez apenas delimitado pelo interesse de cada um (apenas ressalvado pelos presumíveis danos a terceiros), onde talvez seja licito e aceitável matar (desde que isso seja considerado benéfico para a maioria), ou roubar desde que ninguém dê por isso, agredir alguém porque ninguém se importa, ...
    Ou seja que a licissítude das coisas seja apenas definida pelo critério (vago) de não perjudicar terceiros.

    Nada se passaria como hoje, em que essa moral é passada por agentes ocasionais, como os pais, professores (e sociedade em geral), que na realidade não são responsáveis (nem responsabilizados), muito menos certificados para o efeito. A qualquer criança, em idade a definir, seria entregue um livro (eventualmente com um cd, uma pen, um link, ...) com esse conjunto de normas de conduta que o haviam de guiar para a vida toda, com updates periódicos de quinze em quinze dias.

    Tudo isto evitaria esta aflição de não se saber muito bem o que é aceitável. Aparentemente por esta altura, o Sr. Ludwigh e seus companheiros ateus, se calhar consideram ridículo (e eventualmente ofensivo) falar do casamento de pessoas com animais (não sei exactamente com que objecções, mas isso deixo com eles). Mas faço notar que hoje está de moda avaliar a inteligência de animais e a protecção dos seus direitos e já foram feitos estudos extensivos em várias espécies e também da sua linguagem, já se percebe que muitosa deles conseguem tomar decisões, e pessoas já conseguem comunicar com animais (macacos, ou orangotangos) a partir de um número pequeno de palavras. De resto a linguagem não é muito importante, normalmente que convive com animais percebe as suas manifestações de agrado (e anuência). Um dia destes poderá por-se o problema de ser possível formular (sem qualquer ambiguidade) a pergunta a um animal, imagino a um chipanzé (por exemplo), "O Simão deseja casar com a Joana?" (os nomes foram escolhidos aos calhas, que ninguém se ofenda, e este responde (insofismavelmente) "Sim".

    Será que nesta altura passará a ser licíto, este casamento ser reconhecido, ou vamos ter uma grande polémica e ficar à mercê desta moral conspurcada com que convivemos. Não preferível de reconhecer esta possibilidade e ter uma moral (e enquadramento jurídico) que atempadamentesaiba lidar com estas situações. Não deverá um cidadão culto, moderno, tolerante e esclarecido ter o dever de ja hoje iniciar esta luta, a mim parece-me que sim.

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    1. Vasco Gama:

      Sim, ter de aturar uma moral baseada na crença de que se consegue saber o que vai na mente de deus e nem sequer se ser capaz de mostrar que deus existe é um bocado duro. Começa pelo facto de se passar o tempo a ouvir insinuações que a vossa moral é melhor que a nossa ou que se pode matar porque a unica razão que voces vêm para não o fazer é a eventual vontade de um eventual deus.

      Por isso é que de um modo geral vêmos a pena capital ligada a grupos religiosos conservadores e não a governos seculares.

      É que nós sabemos o quanto vale a vida porque não acreditamos numa eternidade.

      Não achamos que algum deus nos deu o poder para a tirar a ninguem.

      E que se uma pessoa não pode viver livremente em sociedade, há outras alternativas.

      Quanto ao casamento com animais, penso que não é uma questão pertinente, uma vez que estes não têm ainda capacidade de compreender um contracto, para se poderem sequer pronunciar sobre ele (donde a linguagem é só a ponta do iceberg do problema deste red herring).

      Pelo que vejo, muitos seres humanos também não, mas assumimos que sim por uma questão de estabilidade social e caridade para com o outro (já que nos também somos o outro, não que haja necessidade de invocar um deus para compreender isso)

      "ficar à mercê desta moral conspurcada com que convivemos"

      Conspurcada com o quê? Espantalhos acerca da moral dos outros? Dos palpites que se atribuiem a deus para se fazer na realidade o que se quer?

      Sim, é preciso pachorra para aturar essa "moral" que se baseia na autoridade e não na reflexão a partir de valores e relações que todos partilhamos.

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    2. Está de acordo que haja uma moral laica (expurgada das suas raízes religiosas), eu é que não sei o que isso é, se calhar você sabe. Um dia diz-me (mas, só depois diz-me).

      Que é isso da pena capital "a pena capital ligada a grupos religiosos conservadores e não a governos seculares", está a falar dos milhões de mortos em regimes totalitários (a bem dos interesses do povo)?

      Talvez os animais, de facto não consigam perceber um contracto, mas creio que podem viver em "união de facto", ou vai-lhes retirar essa impossibilidade.

      Está enganado quando diz "...muitos seres humanos também não, mas assumimos que sim ...", ou seja presume que as outras pessoas são imbecis e incapazes, mas está muito enganado, trata-se de uma questão de dignidade que é reconhecida a qualquer pessoa (infelismente isto não necessita do seu reconhecimento).

      Comporcada com quê? Gostava que não se fizesse de parvo (pelo menos se se dirigir a mim), conspurcada com a moral religiosa, que você abomina (embora seja a única que tem, ainda que amputada do que não lhe convém - relativismos).

      Esta moral que você se vê forçado a aturar é a mesma moral que todos os seus antepassados, os seus pais, avós, bisavós, ..., que eram tão ou mais inteligentes que você (escusa de ter a imaginação que é um prodígio, porque não é, todos eles viveram com essa moral e a acarinharam e como resultado deram esta realidade, e o conforto que eles não tiveram, que você tem), ao contrário do que pensa não está a descobrir a pólvora, nem a reinventar a roda, uma e outra já foram inventadas há muito tempo. Você (nem eu) é nenhuma maravilha do universo, somos partes muito pequenas desse universo (não precisa de acreditar em Deus, mas talvez consiga perceber que deve ter algum respeito pelos outros).

      Sim é preciso pachorra para aturar os outros é assim mesmo e não há muito a fazer, para viver precisamos dessa pachorra.

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  10. Vasco Gama,

    A laicidade não é uma causa do ateísmo. Talvez te pareça algo ateu pois provavelmente a sua religião tem a maior influência em Portugal. Se vc for morar em um país islâmico por exemplo, e quiser continuar a ser cristão, talvez entenda melhor o beneficio da laicidade.

    2) O casamento é um contrato entre duas pessoas em plenas condições de escolha. Um animal, uma criança, um cadáver, um equipamento eletrônico, etc... não estão em condições de fazer uma escolha.

    É ridículo querer comparar isso com dois homens ou duas mulheres em plena capacidade de escolha e que fizeram uma opção de terem um relacionamento. É mais ridículo ainda o estado se intrometer em algo tão pessoal.

    Precisamos parar com esta mania de ditar regras para as pessoas. Acha horrível um casal homossexual? Ok, não case com um homem, você tem toda a liberdade de não fazer. Mas não tente impor a sua visão para pessoas que não partilham os seus valores.

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    1. Icarus,

      Está muito enganado, o peso da minha religião na moral está a diminuir (e isso para mim não é bom, talvez você tenha a ideia que é, isso é um problema seu) em desfavor da ausência de princípios, que é o que advem do peso crescente da laicisação crescente da sociedade. A liberdade não é beneficio da laicidade como erradamente imagina (as sociedades ocidentais progressivamente foram-se laicizando a partir de sociedades com um grande peso da religião).

      Isso que você diz ser ridículo é precisamente o que o João César das Neves dizia no seu artigo.

      Tal como a maioria das pessoas religiosas, ao contrário do que pensa não tenho nada contra os homosexuais ou as suas práticas (desde que não me queiram envolver, mas para mim essas pessoas têm um problema e devem ser respeitadas), o que cada um faz é com ele (é a pessoa em si deve ser respeitada, não a prática, relativamente a essa prática eu tenho o meu próprio entendimento e você terá o seu). O que eu acho absurdo é que se queira encarar esse relacionamento como se encara o casamento (do ponto de vista da tradição religiosa), onde se trata de um casal que se une para a vida no sentido de constituir família e deixar descendência). A união entre duas pessoas do mesmo sexo é algo estéril(que não dá nem pretende dar nada à sociedade) e não merece reconhecimento nenhum (nem sensura particular) por parte do estado, é exactamente igual à união entre um homem e o seu piriquito, ou uma mulher com o seu canário, nem merece nenhum tratamento especial. Para mim não há nenhum problema com a existência (ou inexistência) de relacionamento sexual.

      Já a perpectiva ateia é tola e hipócrita, abençoando o tal casamento homosexual (como se isso correspondesse a alguma coisa), sendo notavelmente hipócrita, quando lhe convém, como quando você diz "Um animal, uma criança, um cadáver... não estão em condições de fazer uma escolha.". Será que um animal ou uma criança não podem fazer escolhas? Será mesmo? Tem a certeza? Um cão (doméstico) prefere sem dúvida o seu dono (ou a sua dona) a qualquer outro animal da sua espécie, não faz ele uma escolha (pois não sabe o que é um contrato) e tem por ele um amor e uma fidelidade canina, ou uma criança, será mesmo que não sabe pensar ou escolher (desde quando), se vir bem há crianças com dez anos bem mais inteligentes que adultos, no entanto para este casos estão convém excluí-las, nesta altura muitas delas já tiveram de fazer escolhas difíceis, mas podemos escamotear esse facto. Sabe que para validar um argumento, uma das coisas que se deve fazer é seguir a sua lógica (até onde nos levar). Neste caso ela leva-nos q que ou as suas concepções estão erradas ou a pedofília pode ser aceitável, ou a zoofilia, ou o incesto..., naturalmente o problema é seu. É claro que como todo o bom ateu, aqui resolve o problema socorrendo-se da tal moral religiosa que renega com paixão.

      Escusa de imaginar que uma pessoa religiosa quer impor visão alguma às outras pessoas, quando muito, pensa que elas podem ser mais felizes com o auxílio de Deus, e é tudo, o mais que você imagine é isso mesmo, imaginação sua e preconceito. Provavelmente cresceu a pensar que as pessoas que crêm em Deus são tolas, brutas, e retrógradas e que a religião é a mãe de todos os males, é livre de pensar dessa maneira, mas a mim parece-me que não tem qualquer correspondência com a realidade.

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    2. Vasco Gama,

      A sua religião é contra os homossexuais, fato. Tudo bem, ela tem todo o direito de criticar o que quiser, não permitir membros homossexuais muito menos realizar casamentos, etc... desde que isso mantenha-se dentro do seu espaço.

      O que não podemos admitir é que estes valores sejam transferidos para o Estado. Cada um deve ter a liberdade de fazer as suas próprias escolhas sem nenhuma privação dos seus direitos, desde que estas escolhas não interfiram no direito de terceiros, daí a importância do estado laico. E repare que eu nem entrei na questão se a laicidade é fruto de sociedades religiosas ou não, pois isso não altera em nada a conclusão do que se esta discutindo.

      Se o critério for a "esterilidade" do relacionamento, então pessoas que não podem ter filhos ou mulheres após uma certa idade, também não poderiam se casar. E na boa, o mundo caminhando para 8 bilhões de habitantes, o que nós menos devemos nos preocupar são com filhos :-)

      Crianças podem fazer escolhas, mas não podem assinar um contrato antes dos 18 anos [pelo menos no Brasil] salvo se for emancipado, e isso vale tanto para heterossexuais como para homossexuais. Esta comparação não esta no mesmo nível. É simplesmente ridículo.

      PS: Eu não cresci achando que crente é idiota ou coisa do tipo, e nem tenho esta opinião. Eu nasci em um lar católico, e por contra própria mudei para uma igreja evangélica. Fiz até teologia :-), e não faz muito tempo que abandonei a religião. Se eu tivesse uma opinião destas provavelmente iria ficar sem sexo hehehe, visto que a minha esposa é cristã :-)

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    3. "Provavelmente cresceu a pensar que as pessoas que crêm em Deus são tolas, brutas, e retrógradas e que a religião é a mãe de todos os males" E deduziu que "provavelmente" é assim baseando-se exactamente em quê?

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    4. Eu não sei o que é que você fez, ou julgou fazer na vida. Pelos vistos não sabe qual é a minha religião. A minha religião não é contra ninguém, e também não é contra os homosexuais, digamos que é a favor, em particular dos que sofrem, pelo que é a favor dos homosexuais que sofrem (e podem sofrer seja o que for).

      Você deve ser consequente com essa validação seja do que for, desde que prejudique terceiros. Este é um princípio como outro qualquer. Não sei bem é onde é que isso o leva, mas é um problema seu.

      A meu ver pode casr-se quem quiser, até gatos e gafanhotos. Não há problema nenhum.

      Depois, com tempo, háde me explicar porque é que crianças com 19 anos podem fazer escolhas e as de 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12 ... não podem. Mas não precisa de ser já, pense primeiro um bocadinho.

      Para sua informação as pessoas religiosas tem tanto sexo como as outras. Diz que fez teologia, pode ser, mas tenho de lhe dizer que apendeu muito pouco (pelo menos não apendeu o essencial). Conhece alguma religião que seja contra as pessoas (sejam elas quem forem), eu não conheço, e essa afirmação é em si mesmo um absurdo (se calhar já se esqueceu).

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    5. Vasco Gama,

      Quanto a isso: "Escusa de imaginar que uma pessoa religiosa quer impor visão alguma às outras pessoas"

      Aqui no Brasil existe um lobby religioso fortíssimo no congresso contra os direitos dos homossexuais.

      O lobby é tão forte, que acaba pautando campanha de governo.

      Então talvez vc como pessoa não queira impor nada, mas a sua igreja institucionalizada quer.

      http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4208599-EI7896,00-CNBB+quer+casamento+gay+e+aborto+fora+de+programa+do+governo.html

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    6. Maria Madalena Teodósio,

      A minha afirmação basia-se na observação de um grande número de pessoas que se tornaram ateias nascidas em famílias religiosas e com uma educação religiosa (é uma situação bastante típica).

      Normalmente afastam-se da religião e aderem à causa ateia por três motivos principais, profundamente pueris e tolos, mas que na altura parecem fazer todo o sentido (bem vê que são pessoas jovens e facilmente impressionáveis), o primeiro prende-se com a noção que não estão à altura do desafia que julgam que a igreja lhes põe, por terem a noção que é muito difícil seguir os preceitos da religião. O segundo prende-se com o mau exemplo de muitas pessoa religiosas (padres e pessoas que vão à igreja regularmente). O terceiro têm a ver com o crescimento e desnvolvimento da personalidade, que se faz em primeiro lugar pela negação dos valores dos pais e da sociedade adulta, e a afirmação de valores tidos como mais modernos que muitas vezes se coorporizam em figuras mais ou menos icónicas da geração a que pertencem. Na altura esta escolha de negar a religião e a existência de Deus parecem ser coisas razoáveis e certas para a afirmação de cada um na sociedade onde se vai inserir. Acontece que se a pessoa se distanciar um pouco pode concluir facilmente que os motivos que o levaram a afastar-se da religião são tolos. A igreja enquanto instituição é feita por homens e para homens (e os homens são por definição pecadores, seres imperfeitos que necessitam de ajuda, incluindo os padres). Acontece que na juventude se tenta idealizar quase tudo e se procuram absolutos, o que faz com que o jovem tenha dificuldade em imaginar a sua própria imperfeição (em relação ao que idealiza da perfeição e acha-se demasiado distante e tem dificuldade em conviver com essa ambiguidade). A segunda objecção tem a ver com a exigência que é feita aos padres, que se comportem como seres próximos da perfeição, o que como sabemos é irrazoável exigir eles são pecadores como os demais (só que se propuseram a desempenhar o papel de padres). E o terceiro, que corresponde à idolatria de pessoas ou figuras icónicas que inevitavelmente fascinam qualquer jovem e lhe sugerem ser fácil a redenção da sociedade, a resolução dos seus problemas de sempre, a miséria, a fome e a opressão, também o valor destes se vai esvaziando com o tempo, e ao fim e ao cabo, mais dia menos dia também essa pessoa, que um dia foi jovem e tola, acaba por compreender que devia ter dado mais crédito e mais valor a sabedoria de quem o amava de verdade (os seus pais). A não ser que viva a vida toda convencido que é uma untyeligência superior e uma das sete maravilhas do universo e mais lucido do que a própria lucidez, ela mesmo.

      Espero ter respondido à sua pergunta.

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    7. Vasco Gama,

      «Conhece alguma religião que seja contra as pessoas»

      A característica mais fundamental do ser humano é viver em grupo, e nós tendemos a quer o bem do nosso grupo e a destruição de grupos diferentes.

      A religião é uma extensão política desta característica e acaba servindo como instrumento.

      Esta característica foi impressa em qualquer religião. A bíblia e o Alcorão estão cheios de exemplos.

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    8. Icarus,

      Eu não sei bem do que é que você fala, não estou dentro do assunto, eu sei que a igreja não é contra os homosexuais, respeita-os enquanto pessoas e em particular pessoas que sofrem. Mas pretender que a igreja respeite a sua prática sexual é um absurdo e não é razoável esperar isso dela.

      Também não conheço os direitos que o estado reconheceu aos homosexuais e por isso não posso falar do assunto. De resto isso é uma questão politica e julgo que em politica a religião é mais opu menos neutra, procurando intervir o menos possível, já os padres como pessoas têm o direito de se imiscuir na política (como qualquer outra pessoa), mas isso não tem nada a ver com a igreja como instituição.

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    9. Icarus,

      De certa maneira a própria razão de ser da religião é evitar essas violencias, a finalidade da religião (qualquer religião) é ser um modo de as pessoas serem mais felizes (sem ser à custa dos outros).

      Eu não consigo ter uma leitura literal do Antigo Testamento, mas você pode fazer essa leitura se for conveniente.

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    10. Ler os dislates verborreicos do Vasco da Gama é como ver alguém escorregar numa casca de banana. Há sempre um misto de riso e pena.

      Algém pergunte a este néscio, por favor, como chegou a estas brilhantes conclusões acerca da génese de um ateista.

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    11. Eu apenas descrevi o típico, já imaginar a génese de um imbecil do seu quilate é uma tarefa bem mais bicuda.

      Pronto já teve a atenção que merece,

      tenha um bom resto de dia

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    12. Vasco Gama,

      O Antigo Testamento esta cheio de exemplos.

      Os judeus poderiam ter escravos, desde que fosse de outros povos :-)

      Em Levítico 25:42
      "Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como se vendem os escravos"

      Levítico 25:44
      "E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas"

      Palavra do Senhor ;-)

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    13. Icarus,

      Não sei o que lhe diga. Está a pensar em despejar todos os horrores que vêm no Antigo Testamento, eu sei que são muitos (mas não me impressionam tanto como a si).

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    14. Vasco Gama,

      Eu não estou a despejar horrores nenhum. Era apenas para mostrar que as religiões querem o bem apenas do seu próprio grupo e esta é uma característica humana. Este conceito esta impregnado na Bíblia de capa a capa, e também no Alcorão.

      O fato de você não saber o que dizer, na verdade diz muito. O cristianismo suportou a escravidão por muito tempo, usando inclusive a própria Bíblia como justificativa, exatamente como acontece com os homossexuais agora.

      Hoje Qualquer cristão é contra a escravidão. Será que a História não lhes rende alguma lição?

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    15. Icarus,
      "e não faz muito tempo que abandonei a religião." Mais vale tarde do que nunca :-)
      Eu já não acredito em deus há muitos anos (acho que nunca cheguei a acreditar), mas só há muito pouco tempo é que comecei a reflectir um pouco mais "profundamente" sobre esse assunto.

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    16. Icarus e Maria,

      Uma coisa boa é não necessitarmos de Deus na nossa vida, é sinal que ela corre bem, e que nos bastamos a nós próprios. Um crente sabe que Deus fala com todos nós (pois somos filhos de Deus) e é certo que com alguns Ele fala mais alto (há alguns casos bem conhecidos como o de Narciso Yepes).

      cumprimentos

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    17. "Fala"? O que quer dizer com isso?

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    18. Quer dizer que o Vasco da Gama gosta de cogumelos esquisitos.

      Eu de facto acho imensa piada a individuos como o Vasco. Desqualificam todos os ateus como se fossem criancinhas que estão a afrontar o papá. Passam atestados de ignorância e quando se exprimem é sempre num tom paternalista e condescendente. Mas ficam empertigados quando são tratados da mesma maneira.

      Mas o que não percebo é como é que o Vasco da Gama sabe como é que um "típico" ateu surge. Repare, não estou a perguntar como um imbecil como eu surge. Mas o tal típico ateu, surge como? Deve de certeza ter lido papers de sociologia, psicologia, ciências cognitivas, psico-pedagogia, etc. para se sentir habilitado a fazer uma generalização tão bacoca (que obviamente tirou do rabinho...)

      Seja como for, aqui estão umas anotaçõezitas que mostram que o novo testamento é totalmente diferente do velho testamento:

      http://www.thethinkingatheist.com/page/bible-atrocities

      (Eu acho que o Vasco da Gama é o Tó Parente que agora aproveita o anonimato para ser ainda mais rude e condescendente que o habitual.)

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    19. "Mas o que não percebo é como é que o Vasco da Gama sabe como é que um "típico" ateu surge." Já somos 2. O típico ateu "inventado" pelo Vasco Gama pode até corresponder á realidade de algumas pessoas, mas certamente não de todas (e, provavelmente, nem de uma maioria). Na realidade há pessoas (e eu sou uma delas) que quase desde que se começaram a importar com a questão da existencia de deus de deus são ateias, mas não pelos motivos que o Vasco Gama indicou, mas apenas porque se aperceberam de que não há razões para acreditar (nem toda a gente é igual). Aqui ele cometeu uma falácia lógica de generalização apressada.

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    20. Tenho a dizer que não cometi nenhuma falácia lógica, nem foi uma generalização apressada, apenas, me estou a referir a um tipo de ateu (que, como é óbvio, pelo que descrevi, foi educado na fé, que lhe foi transmitida pelos pais e, depois, a renegou), que se calhar até não é maioritário. Contudo tendes razão em protestar, pois isto não é o caso de toda a gente, mas para muitos será.

      De certeza haverá muitas outras razões (decerto boas) para as pessoas professarem esse credo (ou não professarem credo nenhum, como bem entenderem).

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    21. Sugiro-lhe que consulte isto: http://falaciasonline.wikidot.com/generalizacao-apressada

      "Normalmente afastam-se da religião e aderem à causa ateia". Presumo que entenda pelo que é "normal" uma maioria.

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    22. Quando eu me referi ao tal "típico ateu", este típico ateu, correspondia ao tal que sendo educado na religião (ie teria a uma dada altura da sua vida fé na existência de Deus, depois perdia essa fé). O termo "normal" refere-se à maioria e não pretende englobar todos. E, como eu esclareci no comentário anterior, até pode nem ser a maioria, a mim parece-me que sim, mas admito que não seja. Digamos que a mim me parece normal que alguém que tenha uma educação religiosa, acabe por ser mais facilmente inquieta o assunto religioso, porque de certo modo isso já teve um papel importante na sua vida.

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    23. «O termo "normal" refere-se à maioria» Aí é que estava o problema do outro comentário. Tenho pena que pense (embora admita que provavelmente não tem razão) que a maioria dos ateus tem esses motivos como base. E provavelmente não tem dados para inferir que o prefil típico dos ateus provenientes de famílias particularmente religiosas seja o descrito.

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    24. Vasco Gama,

      há pouco tempo, no facebook, critiquei um brasileiro chamado Filipe Sousa por fazer generalizações negativas sobre cristãos e muçulmanos: "acrescento que não abono nada a atitude simplista e injusta do Filipe Sousa". Desta vez é um cristão que faz em relação a ateus.

      Os meus pais não são religiosos e nunca fui religioso. Tenho curiosidade em perceber o leva as pessoas a tornarem-se atéias ou religiosas e nem com muito esforço chego a uma conclusão segura.

      Sei que no trabalho existem vários ateus, pelo facebook e por causa de um incidente com um colega deísta que um dia criticou abertamente o cristianismo, mas não parecem ter qualquer interesse na religião. Conheço muito melhor casos de ateus críticos da religião na internet.

      Parece-me muito estranho ateus admitirem que a motivação do seu criticismo deve-se a esses motivos que você chama de "pueris e tolos" (que originou aqui mal-estar).

      Aparentemente não é comum adolescentes ateus usarem a internet para demonstrar essa tal revolta freudiana, no entanto é muito fácil encontrar vídeos de adolescentes religiosas a lerem textos como argumentos contra ateus. E a maioria das críticas dos ateus são em relação ao criacionismo, com alguns cristãos aliados.

      Segundo a minha experiência, quando ateus com familiares religiosos dizem que a origem da sua descrença ocorreu na adolescência, descrevem algum incidente na escola e uma conclusão semelhante ao dilema do mal: não uma dificuldade com rituais, nem exemplos de padres, nem problemas com os pais. Mas também descrevem a descrença como algo gradual, tornando-se primeiro agnósticos, deístas ou teístas cépticos.
      Também existem pessoas, nomeadamente teólogos, que se tornaram atéias apenas na universidade, com a tentativa de conseguirem boas retóricas e fundamentos para as suas religiões.

      No meu caso, desde criança que me interesso com o tema da religião, mas comecei a pensar em argumentos a favor e contra a religião no 10º ano de escolaridade, quando comecei a aprender filosofia da religião e o professor disse que era agnóstico. Nessa altura os meus pais ofereceram-me um livro de História da Filosofia, por causa do meu interesse. Só comecei a interessar-me na crítica e a designar-me abertamente ateu depois dos vinte anos, e foi a altura em que comecei a ler a Bíblia e a coleccionar obras de filosofia sobre o assunto.

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    25. Em relação ao casamento, não vou colocar-me num dos lados, porque não tive grande interesse sobre o tema para perceber as motivações para o Estado em relação ao casamento, mas posso dizer que algumas afirmações são falsas ou que alguns arguments sãos falaciosos.

      A palavra "casamento" está relacionado com "casa", sem qualquer relação etimológica com "acasalamento" (o prefixo "a" seria uma negação?). A palavra latina "casamentu" designava uma terreno com casa.

      Na antiguidade os casamentos eram um negócio para dar continuidade às famílias dos homens. Os pais recebiam dinheiro ou animais em troca das filhas; os homens podiam ter imensas mulheres; quando um homem casado morria, um irmão substituía-o; era perfeitamente legítimo divorciar-se por infertilidade ou impotência sexual.

      Com os gregos e romanos, os casamentos eram monogâmicos, deixou de haver as transações comerciais e os irmãos não tinham o mesmo dever, mas continuou a haver o propósito de procriação nos casamentos, que não eram considerados instrumentos práticos e não tinham qualquer significado românctico, sendo que se mantinha a prática dos pais escolherem os maridos para obterem vantagens. Os divórcios só podiam ocorrer em casos de infidelidade ou infertilidade.

      No entanto, agora existe uma concepção recente romântica do casamento e agora que é socialmente aceite que pessoas inférteis sejam casadas. Quem aceita tal, não pode usar os mesmos argumento da fertilidade da antiguidade, se pretende ser consistente. Além disso, noto nos comentários a prática da falácia do declive escorregadio por parte do perspectiva (se aceitam isto, qualquer dia aceitam sexo com animais, etc.) e associações a termos pejorativos, como "aberrante", como argumento, sendo uma falácia do apelo ao preconceito.

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  11. Por curiosidade, se o problema do casamento homo fosse a possivel confusão entre casados de ninguem ja não ter a certeza do casamento do outro ser homo ou não

    like, who the fuck would care anyway,

    Então muito pior é o problema da diluição da identidade devido ao nome.

    É que cada vez que este Vasco Gama comenta, lembra-me outros Vasco Gama, que não têm nada a ver com este.

    Já para não falar que me chamo João e não tenciono propor que se proiba mais alguém de ter este nome para não estar sempre a ser alvo de duvidas desse genero, ou a ter de perguntar " o joao, quê"?

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    1. João,

      Talvez então, para evitar confusão, seja melhor vc não abreviar o C.
      O "Autocompletar" vem a cabeça com algumas ideias hehehe
      Bricadeira....

      O censo voltou. O Brasil foi massacrado pelos EUA ;-)

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  12. O tema é um ensacado requentado, não fora a loucura constante de césar da neves a coisa nem tinha relevância.
    Estamos já há algum tempo sobre a terrível lei da sodomia e pasme.se , deus não queimou as cidades, os casais do mesmo sexo que vivem em pecado não forma
    atacados de chagas e parece que o próprio universo se borrifou para o assunto.
    Claro que pode ser que este fim do mundo de dia 21 seja causa direta desta abominação, dia 22 logo veremos.

    Necessário é entender das neves, homem que professa duas fés, a católica de forma fanática e a econômica também com elevado grau de acefalismo.

    Penso que o facto de as duas andarem pelas ruas da amargura o leva a afundar-se em miasmas de ódio populista e bacoco.
    Das neves já deve ver os cavaleiros do apocalipse a cada esquina, os homossexuais casam-se, a austeridade só gera mais problemas, e não há sinais de melhorias. E depois ainda há o aborto....
    Seja como for, das neves volta ao básico, as fundações de uma sociedade , a família como o núcleo fundamental , a tradição, cai bem com a época e espera-se desde já a lavra de mais um texto demente sobre o menino nas palhinhas e algumas considerações generalistas, sem vacas mas cheia de burrice. Mas mais próximo do natal para acompanhar a rabanada.

    Agora pelo amor da santinha, o casamento pode ser de duas naturezas vá:
    religioso e civil

    o casamento religioso é para aquelas pessoa que gostam de festarolas que começam na igreja, onde há vestidos de noivas brancos a simbolizar a virgindade, onde tudo é para sempre e não há divórcios. O casamento religioso católico é assim, é para quem quer e como eles querem, não é obrigatório e só tem validade no plano da fé e da igreja.

    o casamento civil é o que interessa mesmo, é onde se definem os deveres , as obrigações contratuais. é um contrato, pode ser celebrado em qualquer idade > 14 anos e desta forma não tem como objectivo nem a procriação uma vez que se podem casar pessoas de 90 anos, nem o amor uma vez que pessoas que não se amam podem casar, nem sequer o sexo, porque as pessoas não são obrigadas a fazer nada em público como em tempos idos que césar das neves tanto aprecia pela moral imanente.

    O casamento civil tutela deveres materiais e nada mais, ora é pena que as pessoas não entendam isto e se ponham a falar de moral.

    O casamento entre pessoas do mesmo sexo nunca pretendeu nada mais a não ser dotar os casais homossexuais , que assim o entendessem , a dispor dos mesmo direitos de sucessão , de partilha, de apoio na morte, na doença etc que todas as outras pessoas possuem apenas por casar.

    Alguns argumentam, ai criava-se um sistema em tudo igual e dava-se outro nome.

    Seria ridículo e profundamente estúpido.
    Ridículo porque em direitos as coisas iguais tem de ter tratamento igual, e por igual não se entende que sejam MESMO iguais. Por igual entende-se sejam juridicamente do mesmo tipo, ie., casamento , pessoas, direitos dahhh iguais
    E profundamente estúpido porque ao dar um tratamento diferente se iria precisamente segregar pessoas com base em preconceitos , esses sim religiosos.

    Ninguém pretende impor o divórcio à igreja , se querem coisas para sempre fiquem lá felizes, o que não se pode é impor à sociedade as ideias da igreja nem a sua moral e comportamentos.

    Daí a importância da laicidade , separa as águas para que o casal católico fique feliz para toda a eternidade e eu possa pecar até o fim dos meus dias sem me casar mas cheiinho de pecado.

    Terminando com cesar da neves , o artigo de ontem sobre as redes sociais mostra bem como esta criatura está a viver num mundo só dele. Acha que MArat conseguiu a mesma projeção com um jornal que o facebook tem. Nem vale a pena comentar é simplesmente ridículo e mostra duas coisa, não entende a dinâmica das redes sociais e sabe pouco da revolução francesa, que seve apenas conhecer de textos devidamente aprovados pela obra de deus.

    enfim



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  13. Notícias científicas para natalícias.

    A primeira mostra que o genoma da árvore de Natal não evoluiu, nem sequer em hipotéticos 100 milhões de anos, o que corrobora o criacionismo bíblico quando afirma que nem houve evolução, nem os métodos de datação baseados em pressuposições uniformitaristas são dignos de crédito.


    A segunda, mostra que (mais uma vez!) os "factos" da evolução humana afinal não o eram, o que só confirma as críticas que os criacionistas dirigiam a esses "factos". Para os criacionistas é claro. Macacos e seres humanos foram e são contemporâneos. Semelhanças e diferenças devem-se a um Criador comum que criou cada os seres vivos de diferentes géneros.




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    1. "Para os criacionistas é claro." No mundo de fantasia dos criacionistas.

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  14. Maria Madalena Teodósio diz:

    "No mundo de fantasia dos criacionistas."

    Curiosamente, são os criacionistas os únicos que trazem e comentem, neste blogue, notícias científicas sobre o mundo real.

    Eis mais uma, particularmente desagradável para a Maria Madalena Teodósio, que nega a presença de códigos e informação codificada no genoma.


    Uma notícia científica anuncia que os cientistas descodificaram o genoma de bactérias comuns em videiras e cana do açúcar

    Referindo-se ao genoma e à sua sequenciação, os cientistas dizem:

    "These genomes -- genetic instructions that make up individual organisms"

    "It's like having a book with no spaces in between the words and you have to find where the words begin and end"

    "We assembled millions of short DNA sequences into long sequences and made biological sense out of them,"

    "Having the near complete genetic information from a bacteria will bring us to a new level of research."

    Aí estão eles: códigos e informação semântica codificada, por sinal as marcas por excelência de inteligência.

    Quem é que vive no mundo da fantasia? Quem é?

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  15. "Curiosamente, são os criacionistas os únicos que trazem e comentem, neste blogue, notícias científicas sobre o mundo real. "

    É só para veres a visão deturpada das coisas que tens. O blogue é do Ludwig, e ele traz coisas para nós comentarmos. Noutros blogues outras pessoas trazem outras noticias. Depois, a maior parte daquilo que trazes para comentar, quando vamos ver, não corresponde ao que era devido. Já te mostrei isso imensas vezes.

    Aliás, recomendo toda a gente que discuta com um criacionistas a seguir todos os links, por vezes enrolados em cebola, até poder ler o artigo original (se houver um). Normalmente a refutação da afirmação para que o link existe, está no proprio artigo linkado, ou pelo menos sugerida, pelo que não temos de estar a pensar muito se é ou não é verdade.


    QUanto aos codigos, temos uma solução muito elegante de como eles existem. Emergem de depois evolvem. Não são convencionados. Por conseguinte não são codigos.

    Logo a noticia não serve o teu proposito de defenir codigo como algo convencionado, e depois de o fazer de considerar todos os codigos como algo convencionado por definição.

    Já noutro dia outro senhor confuso queria usar as palavras para determinar a realidade das coisas.

    Orientem-se. As palavras são para nós nos referirmos a coisas, nem que seja ao desejo de que passes um bom dia, e o significado delas é o uso que lhes damos.

    Não são as coisas que são o que são conforme nós lhes damos determinados nomes.

    És um machado?

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  16. Estimado João C

    Os criacionistas limitaram-se a responder aos argumentos do Ludwig até ele se calar e meter o rabo entre as pernas.Mas foi muito divertido debater com um cientista, darwinista e especialista em pensamento crítico.

    Ele até se auto-intitulou macaco tagarela;-)!! Mas fico sensibilizado por o João C sentir pena dele.

    A ideia de que os códigos emergem e depois evoluem é muito elegante.. É pena não ter qualquer fundamento empírico... É pura imaginação...

    Em todos os casos conhecidos isso é feito por uma inteligência. A menos que me dê o exemplo de um código e informação semântica codificada que tenham surgido por acaso...

    Daí que seja totalmente lógico concluir que o genoma, com informação codificada em quantidade e qualidade que transcende toda a capacidade científica humana, seja o produto de uma inteligência...

    Uma outra notícia que corrobora o criacionismo é sobre as semelhanças que existem nos sistemas auditivos dos golfinhos e dos grilos, sem qualquer explicação evolutiva.

    Os cientistas reconhecem isso mesmo:

    "We don't know why animals who are so far apart in evolutionary terms have this similarity"

    A resposta está em Génesis. Grilos e golfinhos foram criados por um Criador comum na mesma semana. Daí as semelhanças nos sistema auditivos.

    Como se vê, as grandes semelhanças entre seres vivos não provam por si só um ancestral comum, sendo melhor explicadas à luz de um Criador comum.





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  17. Conheço uma senhora, doutorada em Meteorologia Geofisica que pertence desde tenra idade às Testemunhas de Jeová. Ela evita debater religião fora da congregação dela e, creio, ninguém da Universidade onde lecciona e investiga sabe da sua filiação religiosa.

    Ela não é burra. Não é desonesta. Mas ao mesmo tempo que estuda fenómenos que, mesmo que tangencialmente, comprovam a idade do planeta, continua a acreditar que a terra tem menos de 12000 e que os primeiros humanos foram Adão e Eva. Quando lhe perguntei como podia conciliar a sua vida académica com a sua vida religiosa apenas respondeu com um "a césar o que é de césar a deus o que é de deus" e rapidamente mudou de assunto. Tive, e tenho, pena dela. É inteligente o suficiente para perceber o mundo que a rodeia mas tenta convencer-se que todas as evidências que negam o criaccionismo (sobretudo o de terra jovem) são falsas. E isto em silêncio para não ser motivo de chacota na academia!

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    1. O individuo que se designa por "Wyrm", por outro lado, não sabe bem no acredita, apenas sabe vagamente a que tribo pertence e não se importa de fazer papel de idiota por onde calha. E é isto, o que o distingue da tal "senhora, doutorada em Meteorologia Geofisica que pertence desde tenra idade às Testemunhas de Jeová".

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    2. "não sabe bem no acredita"

      Você não se cansa de fazer papel de idiota quando calha perorar sobre o que os outros pensam, sentem ou sobre o seu percurso de vida?

      Repare, você é um pedaço de asno e eu qualifico-o pelo que aqui escreve, tanto na forma como conteúdo. Mas não me ponho a tentar adivinhar o que pensa, o que sente ou como chegou aí.

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    3. Fica a saber que os crentes também conseguem fazer figuras parecidas com a sua, não é difícil (ao contrário do que pensava, este comportamento grosseiro e rude está ao alcance de qualquer um).

      Tenha um optimo Natal

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    4. Pelo que sei das testemunhas de Jeová elas são endoutrinadas para pensarem que o fim do mundo está próximo e que só se forem testemunhas de Jeová é que se salvam.

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    5. Estimado Wyrm

      Muitas pessoas acreditam que a Terra tem 4,5 mil milhões de anos. No entanto, muito poucas sabem como é que se chegou a uma tal data. Do mesmo modo, elas desconhecem as pressuposições e os modelos que têm que ser aceites previamente a essa determinação.

      Por exemplo, muitas pessoas desconhecem a relação entre essa idade e a hipótese nebular sobre a origem do sistema solar e as insuficiências empíricas dessa hipótese. Ou seja, a referida idade da Terra baseia-se num modelo sem fundamento empírico.

      Se o Wrym quiser podemos discutir aqui um por um todos os argumentos aduzidos para datar a Terra em 4,5 mil milhões de anos e vai ver que eles não passam de um castelo de pressuposições naturalistas e evolucionistas sem qualquer base sólida...

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  18. vê e divulga

    http://youtu.be/lI9nw_hdklA

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  19. @offtopic Especial: CHUPA CRIACIONISTAS! :-)

    Como para fabricar mentiras não precisa de laboratório, o pessoal do Discovery Institute usou uma imagem do banco da ARS Technica para mostrar o seu laboratório e dar mais credibilidade ao seu "cientista"

    http://arstechnica.com/science/2012/12/inteliigent-design-think-tanks-institute-is-a-shutterstock-image/#p3n

    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

    EPIC FAIL!

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    1. Agora é que os criacionistas enlouqueceram.

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    2. Agora na língua de Camões. ;-)

      http://astropt.org/blog/2012/12/19/criacionismo-atinge-um-novo-minimo




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    3. nein nein idiot

      krippahl von treta deuscht....

      1. krippahl ist zu komplex um durch und church Zu fall entstanden zu sein.
      2. Überkrippahl einstimmungen im das krippahl code beweisen einen gemeinsamen eeeeeeeentwickler und ticks
      3. Die Anzahl der krippahlsomen folgt nicht dem erwarteten muster von munst
      4. krippahl weiß sehr wenig, wie treta
      funktioniert....

      sin cera mente ó deus dos deuses não gregos
      tens uns apóstolos muy cá mões....

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    4. A BÍBLIA E A ESCRAVATURA

      Alguns, como o Ícarus, têm procurado sustentar neste blogue que a Bíblia apoia a escravatura, o que, em seu entender, prova que a Bíblia defende a imoralidade e o mal.

      Só pode sustentar um absurdo destes quem não consegue pensar racionalmente nem conhece a Bíblia.

      Em primeiro lugar, a escravatura só é imoral e má se existir um padrão de moralidade objetivo e universal e se o ser humano tiver dignidade intrínseca.

      Mas só se for verdade que existe um Deus justo, bom, eterno e omnipresente é que se pode sustentar, de forma lógica e plausível, que existe um padrão de moralidade objetivo, intemporal e universal.

      Do mesmo modo, só se for verdade que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, com dignidade intrínseca, é que se pode sustentar que a escravatura é má.

      Quem acreditar que o ser humano é o produto de milhões de anos de mutações aleatórias, seleção natural e sobrevivência do mais apto, desprovido de qualquer valor intrínseco, e que a moralidade é uma criação subjetiva dos indivíduos e das comunidades humanas, não tem qualquer fundamento empírico, lógico ou moral para defender que a escravatura é um mal.

      Em segundo lugar, a Bíblia ensina que Deus criou o ser humano livre e igual e o colocou em condições paradisíacas, sujeito à lei moral de Deus.

      Mas o ser humano desobedeceu às leis de Deus e introduziu maldade, injustiça e desigualdade.

      As diferentes formas de subordinação descritas na Bíblia são apresentadas como pecado e consequência do pecado.

      Os termos bíblicos que são traduzidos pela palavra portuguesa “escravatura” descrevem diferentes tipos de relações sociais de subordinação, nem sempre totalmente malignas.

      As mesmas resultavam da coexistência de povos em conflito, com disparidades económicas e sociais e sem fronteiras definidas.

      É porque essa subordinação é um mal que Deus encarnou em Jesus Cristo para resgatar o ser humano do castigo devido pelo pecado, ensinar uma moral mais exigente assente no amor aos inimigos e na abolição de distinções sociais e promete restaurar toda a Criação amaldiçoada pelo pecado.

      A alternativa evolucionista é apenas mais crueldade predatória e sobrevivência do mais apto até à "morte de calor" do Universo...


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    5. Recomendo ao Ícarus leitura atenta da Enciclopedia Criacionista CreationWiki, em vez de dizer disparates...

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    6. Jónatas,

      «É porque essa subordinação é um mal que Deus encarnou em Jesus Cristo para resgatar o ser humano do castigo devido pelo pecado»

      É por isso mesmo que nós concluímos que se o seu deus, caso existisse, seria um tremendo de um fracassado, pois depois da sua vinda [que só existe no papel] continuou a mesma merda.

      Textos posteriores e incluídos na bíblia continuaram a dar suporte a escravidão.

      "Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados"
      1 Timóteo 6:1

      O JC já te deu uma aula de história aqui. E vc correu, como corre sempre quando alguém te faz sair dos comentários enlatados.


      OBS: Faz falta os comentários do JC por aqui.

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    7. Jónatas,

      «Recomendo ao Ícarus leitura atenta da Enciclopedia Criacionista CreationWiki»

      Recomendo vc também ler todas as refutações deste lixo criacionista em http://www.talkorigins.org/

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    8. Essas refutações estão lá refutadas...

      Mas nem é necessário ver as refutações num site criacionista.

      Confrontados com as semelhanças nos sistemas auditivos dos grilos e dos golfinhos os cientistas reonhecem que:

      "We don't know why animals who are so far apart in evolutionary terms have this similarity..."

      Os criacionistas sabem: ambos têm um Criador comum. A teoria da evolução é absurda e sem qualquer prova.

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    9. Jónatas,

      Basta você deixar de ser desonesto intelectual e continuar a frase do seu próprio link. Em nenhum lugar a ideia do artigo é dizer que não existe a evolução:

      We don't know why animals who are so far apart in evolutionary terms have this similarity, but it opens up the possibility that others may use the same system component," Windmill added

      Qual seria o impeditivo da evolução tomar o mesmo rumo várias vezes?

      Só na sua cabecinha isso é um problema. A Asa, por exemplo, apareceu em vários momentos diferentes.

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    10. Por acaso estive mesmo para citar essa parte, que corrobora ainda melhor ainda a possibilidade de existirem estruturas semelhantes em seres vivos sem qualquer "proximidade evolutiva".

      Na verdade, existem muitos outros exemplos, que os evolucionistas chamam de "evolução convergente", mas que não passam de semelhanças sem qualquer explicação evolutiva.

      Um exemplo pode encontrar-se nas semelhanças do sistema e da frequência do sonar das baleias e dos morcegos também sem uma explicação evolutiva.

      Ela corrobora um Criador comum e mostra que podemos ter semelhanças entre seres vivos sem qualquer antepassado comum.

      Do mesmo modo, a presença de asas muito diferentes, mas com uma função semelhante, em aves, insectos e morcegos (sem qualquer hipotética proximidade evolutiva), corrobora um Criador comum e mostra mais uma vez que não precisamos da teoria da evolução para explicar as semelhanças entre seres vivos...

      Tudo na biologia faz sentido sem a teoria da evolução...




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    11. Jónatas,

      Não respondeu a minha pergunta.

      Qual seria o impeditivo evolutivo, visto que a evolução pode seguir o mesmo caminho várias vezes, no seu link sobre grilos e golfinhos?

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    12. Icarus,

      eu era o JC. :) Tinha usado uma conta de hotmail, mas o Google removeu a conta.
      Experimentei ver como, por exemplo o perspectiva, reagia com certas personalidades.

      Em relação ao impeditivo evolutivo, apresento um esclarecimento (mesmo que não tenha sido dirigido a mim):

      É altamente improvável existirem seres muito distantes, que não podem fazer trocas de material genético e que desenvolveram de forma independente orgãos complexos e com topologias iguais (homologia). Algo similar acontece com objectos desenhados por seres inteligentes, através de reutilização.

      No entanto, é perfeitamente comum terem adaptações parecidas, mas com diferenças importantes, resolvendo o mesmo problema (convergência).
      Se pesquisarem sobre o tema, verificarão que é o caso dos tais insectos (wetas): os ouvidos não são miniaturas dos que existem entre mamíferos, nem sequer são topologicamente semelhante, mesmo sem algumas partes.

      A bióloga que apresentou a descoberta, Kate Lomas, afirma que nunca tinha visto ouvidos como aqueles: "The weta hearing system was completely unusual and from all accounts they really shouldn't be able to hear what they can hear".
      Mas têm um orgão que produz uma gordura (lípidos) para amplificar a audição, como sucede entre cetáceos - é essa a parecença. Esse orgão é único entre o que se conhece e por agora tem a alcunha "olivarius". Não é como uma reutilização de orgão entre seres diferentes.

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    13. PAC,

      O JC era "matador" nos comentários :-). Espero que vc dê continuidade.

      Quanto a apresentar esclarecimento, fica a vontade, é uma thread publica.

      Eu só não sei se entendi bem o seu esclarecimento. Pode colocar a fonte?

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    14. A semelhança entre os tais insectos e cetáceos nos ouvidos é a produção de lípidos, para compensar a falta de orelhas: The University of Aucklan

      Pode ler o "paper" aqui: Discovery of a Lipid Synthesising Organ in the Auditory System of an Insect
      "Our study is the only example of a lipid being associated with an auditory system outside of the cetaceans" ... "However, the lipids contained in the cetacean and weta auditory systems are distinctly different"


      Esta foi a fonte que iniciei para encontrar o texto da universidade e do paper: ABC Online - New Zealand insect has whale-like ears.
      "The weta hearing system was completely unusual and from all accounts they really shouldn't be able to hear what they can hear"

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    15. Em relação a homologia e convergência evolutiva: li vários livros de biologia que explicam esses conceitos, que são necessários para responder ao convenientemente ao perspectiva.

      No "Espectáculo da Vida", de Richard Dawkins, há uma explicação boa desses conceitos; exemplo: (dois orgãos) "são homólogos se for possível desenhar um deles numa folha de borracha e distorcê-los para obter o outro. Os matemáticos têm uma palavra para isso: "homeomorfismo"".

      Os designers constróem objectos recorrendo a partes que construíram isoladamente, que podem ser usados noutros objectos completamente diferentes.
      Isso não é possível entre seres que não podem copiar algumas das suas partes para outras, criando seres como nas mitologias (sereias, minotauros, quimeras, querubins, sátiros).

      Segundo criacionistas, Deus reutilizou soluções como qualquer designer, mas os exemplos que dão são casos que são explicados muito melhor por convergência evolutiva, porque esses orgãos têm diferenças importantes, apesar de resolverem o mesmo problema com uma solução similar (o que é de esperar).

      Em relação à homologia e convergência evolutiva: li vários livros de biologia que explicam esses conceitos, que são necessários para perceber como a teoria de ancestralidade comum poderia ser refutada, caso seja falsa, e para responder ao convenientemente ao perspectiva.

      No "Espectáculo da Vida", de Richard Dawkins, há uma explicação boa desses conceitos; exemplo: "são homólogos se for possível desenhar um deles numa folha de borracha e distorcê-los para obter o outro. Os matemáticos têm uma palavra para isso: "homeomorfismo"".

      Os designers constróem objectos recorrendo a partes que construíram isoladamente, que podem ser usados noutros objectos completamente diferentes.
      Entre seres que não podem copiar algumas das suas partes para outras, criando seres como nas mitologias (sereias, minotauros, quimeras, querubins, sátiros), isso não é possível por evolução biológica.

      Segundo criacionistas, Deus reutilizou soluções como qualquer designer, mas os exemplos que dão são casos que são explicados melhor com convergência, porque esses orgãos têm diferenças importantes, apesar de resolverem o mesmo problema com uma solução similar. Então o perspectiva exagera com "muitas semelhanças estruturais", quando na verdade nem sequer é uma semelhança estrutural (é um líquido que encontra nas gorduras dos animais, incluído nos insectos) nem são muitas semelhanças (é um líquido).

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    16. PAC,

      Do seu link:

      "Given the vast evolutionary gap between whales and wetas, she says the findings suggest the use of lipids in hearing evolved more than once - in a case of convergent evolution."

      Justamente o que eu havia dito acima, a evolução pode tomar o mesmo caminho várias vezes. Isso aconteceu com as Asas, e a insinuação do perspectiva continua totalmente falsa. [ para variar :-) ]

      Estou ainda sem perceber o seu comentário. Fala a verdade, vc gostou do elogio do JC e quis os louros, não é? ;-)

      Prefiro o JC. Restaura o firmware, dá um boot e tenta de novo :-)

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    17. Icarus,

      o perspectiva estava a referir-se a "muitas semelhanças estruturaus [sic] que existem nos sistemas auditivos dos golfinhos e dos grilos", quando não é verdade, e pareceu-me que perguntaste-lhe qual é o problema de existirem dois orgãos iguais que formaram independentemente ("o mesmo caminho") em duas espécies muito diferentes. :p

      O JC perguntaria o que querias dizer com "o mesmo caminho" :)

      Pelo menos ficam os links para os textos da universidade dos cientistas que fizeram a descoberta e o "paper", o que permite verificarmos um bom exemplo de como o perspectiva excita-se demasiado com notícias de divulgação popular, que exagera e parece não compreender o que lê.

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  20. Chamo a atenção para a notícia, que os evolucionistas preferem ignorar, que dá conta das muitas semelhanças estruturaus que existem nos sistemas auditivos dos golfinhos e dos grilos, sem qualquer explicação evolutiva.

    Os cientistas reconhecem isso mesmo:

    "We don't know why animals who are so far apart in evolutionary terms have this similarity"

    A resposta está em Génesis. Grilos e golfinhos foram criados por um Criador comum na mesma semana. Daí as semelhanças nos sistema auditivos.

    Ou seja, não precisamos da teoria da evolução para compreender as semelhanças existentes entre seres vivos.

    Uma outra notícia interessante mostra que deu à costa uma baleia julgada extinta há 2 milhões de anos o que mostra (pela enésima vez!)que a posição em que os seres vivos surgem nas rochas sedimentares nada diz acerca da sua suposta antiguidade...

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  21. O Ícarus usa o seguinte texto para tentar demonstrar que a Bíblia suporta a escravatura.

    "Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados" 1 Timóteo 6:1


    Em primeiro lugar, não deixa de ser engraçado como é que alguém que acredita que o ser humano é um acidente cósmico sem valor intrínseco, resultante de milhões de anos de crueldade predatória, acha que a escravatura é um mal moral.

    Como é que ele chega a essa conclusão partido das premissas de que parte?

    Em segundo lugar, esse texto bíblico demonstra exactamente que através de uma moralidade baseada no amor, as injustiças deveriam ser superadas.

    Trata-se de uma variante do mandamento de amor ao próximo, mesmo aos inimigos. Essa deve ser a "arma" do Cristão.

    No Velho Testamento, esse princípio foi usado pela escrava judia do General Naamã, que, apesar de ser escrava, não hesitou a ajudar o General a ser curado da lepra.

    No Novo Testamento, a carta de Paulo a Filemom é paradigmática. Ela foi escrita precisamente ao dono de um escravo, chamado Onésimo, que havia fugido.

    Paulo pede a Filemom que receba o seu escravo Onésimo, não como escravo, mas como "irmão e amado" procurando que ele compreenda que todos são irmãos em Jesus Cristo.

    Através do amor a Cristo, e não violência, são abolidas as distinções. Paulo afirma isso mesmo ao dizer que:

    "Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus. (Gálatas 3, 27-28)





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    1. Jónatas,

      «Em primeiro lugar, não deixa de ser engraçado como é que alguém que acredita que o ser humano é um acidente cósmico sem valor intrínseco, resultante de milhões de anos de crueldade predatória, acha que a escravatura é um mal moral.»

      Muito simples.
      Resposta ao desafio teísta sobre moralidade

      «Em segundo lugar, esse texto bíblico demonstra exactamente que através de uma moralidade baseada no amor, as injustiças deveriam ser superadas»

      Não é o que esta escrito em 1 Timóteo 6:1. Lá ele encoraja os escravos a continuarem firmes na sua escravidão. E no versículo seguinte o problema se agrava

      "E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta"

      «No Velho Testamento, esse princípio foi usado pela escrava judia do General Naamã, que, apesar de ser escrava, não hesitou a ajudar o General a ser curado da lepra»

      Sim claro, o Velho Testamento é muito "bonzinho" com os escravos:

      Êxodo,21:20 Se alguém ferir a seu servo, ou a sua serva, com pau, e morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado;
      Êxodo,21:21 Porém se sobreviver por um ou dois dias, não será castigado, porque é dinheiro seu.

      «Paulo pede a Filemom que receba o seu escravo Onésimo, não como escravo, mas como "irmão e amado" procurando que ele compreenda que todos são irmãos em Jesus Cristo»
      E perdeu uma ótima oportunidade de dizer que não deveria receber ninguém como escravo.

      «Através do amor a Cristo, e não violência, são abolidas as distinções.»
      Na verdade é aceite ou sofra eternamente. Que maneira mais fodástica de mostrar o amor, tolerância e não violência. :-)

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  22. Estimado Ícarus, aqui vão vão as minhas respostas ao jovem candidato a "macaco tafarela" do vídeo.

    1) O Cristianismo é não baseado em evidência anedótica mas sim na história do povo mais influente da história, no testemunho do livro mais importante da história universal e de Jesus, a figura mais importante da história universal. Anedótico é o argumento utilizado pelo candidato a "macaco tagarela" do vídeo.

    2) A dignidade de todos os seres humanos, homens e mulheres, é afirmada em Génesis 1.Se a dignidade dos negros e mulheres demorou séculos a ser conquistada isso corrobora a ideia bíblica de que todos se afastaram da lei de Deus. Em sentido diferente de Génesis, Charles Darwin disse que falar em dignidade humana é orgulho natural e preconceito natural.

    3) A tentativa de justificar a moralidade com base nos primatas é uma evidência de que quando se afasta de Deus o homem perde a sua dignidade e tende a transformar-se num "macaco tagarela". Ao invocar os primatas, esse indivíduo assume-se e porta-se como "macaco tagarela", na expressão do Ludwig. Daí termos dito que ele é um candidato a "macaco tagarela", tal como o Ludwig.


    4) Josué e o exército israelita enfrentaram povos em combate e tiveram que matar muita gente. Mas a Bíblia diz porquê: a imoralidade desses povos tinha atingido proporções tão grandes que a Terra teve que os vomitar. Deus avisa Israel dizendo que o mesmo lhe pode acontecer a eles.


    5) Os ateus têm valores mas não conseguem justificar racionalmente a partir das suas premissas naturalistas, evolucionistas e acidentalistas. Se os valores são apenas subjetivos e socialmente construídos, não há como criticar o estupro, a escravatura ou o abuso sexual, porque basta criar uma norma subjetiva a dizer que isso é bom.


    6) A violação (ou estupro) é o resultado da corrupção física e moral da natureza humana, resultante da Queda, atentando contra a dignidade da mulher. Se ela acontece nos animais, isso mostra que toda a criação está corrompida, tal como a Bíblia ensina. Mas à luz da Bíblia ela não pode ser moralmente justificado em circunstância alguma. Se o foi, mesmo por religiosos, isso constitui evidência da universalidade do pecado.


    7) Se os evolucionistas justificam a moral com base nos animais, quais é que devemos escolher? A moral dos tubarões ou a moral dos golfinhos? É opcional? Fica dependente da vontade de cada um? Porque não defender que o homicídio é correto alegado que os leões também matam as gazelas?


    8) A presença de códigos morais mesmo em povos que não têm Deus corroboram a ideia de que, mesmo aqueles que não crêm em Deus, têm uma lei nas suas consciências. Isso é exatamente o que a Bíblia ensina.

    9) Se o ser humano é o produto de milhões de anos de predação e sofrimento e morte, porque é que nos devemos preocupar com a sobrevivência e a felicidade? Isso é irracional e arbitrário.

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  23. 1) Claro que o cristianismo é não baseado em evidência anedótica, afinal cobra falante enganando casal pelado, jumento falando, virgem dando a luz... Como isso não pode ser história real? :-)

    2) Engraçado que o homem "branco" pecou igual e sempre teve mais direitos. As mulheres e os negros estão conseguindo sozinhos os seus direitos.
    Seu deus não faz nada [e nem poderia] enquanto os seus "representantes" utilizaram a própria bíblia para justificar atrocidades contra os direitos das pessoas.

    3) Idiota demais para responder.

    4) Josué e o êxodo não passam de mito. Vide arqueologia.

    5) Claro que podemos justificar. Se o nosso desenvolvimento se deu através de cooperação, logo, temos que tratar os outros como queremos que nos tratem.
    Tanto é, que esta é uma regra universalmente aceita.

    6) Ok, um casal pelado errou e por isso, uma grande parte dos animais da natureza cometem estupro. Lógica, cadê vc?
    Se o Ludwig é um macaco tagarela, vc é um jumento falante :-)

    7 e 9) Veja o vídeo de novo. Vc não entendeu absolutamente nada do que foi dito. [ou não quis entender?]

    8) É a máxima criacionista. Tudo serve como evidência, mesmo quando não nada se encaixa. Assim fica fácil, não é? :-)

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    1. Os evolucionistas não aceitam que um cobra fale com uma causa sobrenatural. Mas não têm problema com um Universo inteiro a surgir do nada por acaso!

      A ideia de que Josué não passa de mito é um mito sem fundamento e desmentido pela arqueologia.

      A inteligência secular (Aristóteles, Platão, Darwin) sempre negaram a igual dignidade das mulheres. A Bíblia afirma a sua igual dignidade desde Génesis, mostrando que a queda atacou essa dignidade.


      O Ludwig é que se autointitulou macaco tagarela, eu não insultei ninguém. Pelo contrário, o meu argumento tem sido de que somos distintos dos animais. Os evolucionistas insultam-se a eles próprios e aos outros. O Ícarus é uma demonstração disso.

      Os criminosos e mafiosos nas favelas brasileiras também apostam na cooperação... a corrupção também é defendida pelos evolccionistas como uma forma de cooperação...




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  24. Estimado Ícarus:

    Não sei como alguém pode dizer que Bíblia defende a escravatura como moralmente correcta. A Bíblia é clara. Todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus e são literalmente parentes uns dos outros.

    O pecado é que veio perturbar a aplicação deste princípio. Foi nas culturas judaico-cristãs que o mesmo foi resgatado, depois de muitos séculos, infelizmente.

    A lei de Moisés foi dada a um povo rebelde (que por sinal até rejeitou as tábuas da lei e adorou estátuas de animais)...

    No Velho Testamento, Deus diz:

    "O que oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado o honra." (Provérbios 14:31)

    Será esse um bom argumento a favor da escravatura?

    No Novo Testamento, Jesus ensina que vamos ser julgados pela maneira como tratamos os outros. Aí se diz:

    "E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25:40).

    E João escreve,

    "Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (I João 4:20)

    Ou seja, como é que se pode defender a escravatura se a maneira como tratamos os outros é a maneira como tratamos o próprio Deus?

    Paulo diz que Filémom deve receber Onésimo como irmão e amado e não como escravo. Seria preciso ser mais claro?

    Uma leitura selectiva e parcial da Bíblia não é boa conselheira...

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    1. Estimado Ícarus

      É bom que saiba que eu nunca insultei o Ludwig. Ele é que, em desespero de causa para defender a teoria da evolução, se declarou "macaco tagarela".

      Nessa altura, dei-lhe a seguinte resposta:

      Para os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é macaco.

      E ainda bem, porque senão teríamos um problema epistemológico muito sério, como já Charles Darwin suspeitava quando se interrogava:

      “the horrid doubt always arises whether the convictions of man's mind, which has been developed from the mind of the lower animals, are of any value or at all trustworthy.

      Would any one trust in the convictions of a monkey's mind, if there are any convictions in such a mind?”

      Ao auto descrever-se como "Pithecus Tagarelensis" o Ludwig mete-se num beco sem saída epistemológico.


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    2. perspectiva

      "Não sei como alguém pode dizer que Bíblia defende a escravatura como moralmente correcta. Todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus e são literalmente parentes uns dos outros."

      Êxodo,21:20 Se alguém ferir a seu servo, ou a sua serva, com pau, e morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado;
      Êxodo,21:21 Porém se sobreviver por um ou dois dias, não será castigado, porque é dinheiro seu.

      Fica fácil perceber quem faz a leitura parcial :-)

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    3. É como o geocentrismo claríssimo na Bíblia, ou a Terra Plana. O Perspectiva é inconsistente, ora faz leituras metafóricas, ou literais, sem qualquer critério consistente, é aquilo que dá jeito. Se ele tivesse Fé na Bíblia tinha de negar que a terra gira em volta do Sol. Se formos a ver, não é muito mais disparatado do que as ideias anti-científicas que defende no que diz respeito à idade da terra.

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  25. Estimado Ícarus,

    Como prova científica de que o Ludwig não é um "macaco tagarela", como ele próprio se intitulou, posso apresentar o facto de que o Ludwig é epigeneticamente distinto dos chimpanzés e de que existem grandes diferenças regulatórias no genoma do Ludwig e dos chimpanzés...

    É isso que eu tenho vindo insistentemente a salientar.

    Em sentido diferente, o Ludwig auto-intitula-se de macaco tagarela, o jovem do vídeo indicado pelo Ícarus baseia a sua moral na conduta dos macacos e o filósofo evolucionista ateu Peter Singer defende defende as relações sexuais com animais

    Parece-me que há algo profundamente errado com a vossa visão do mundo. Ela é um insulto a vós próprios e aos outros...





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    1. perspectiva,

      Chamar o Ludwig de macaco tagarela é terapêutico para vc?

      Ele me paga muito pouco para ficar defendendo ele. Mas vc deve economizar uma boa $ com terapia, não é? :-)

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  26. "Chamar o Ludwig de macaco tagarela é terapêutico para vc?" o perspectiva vem a este blog fazer terapia (sempre que escreve um comentário está a descarregar as "raivinhas"). Sai mais barato do que o típico sofá do psicólogo.

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  27. Creio que as parvoíces aqui escritas já atingiram um número considerável e suficiente de comentários.
    João César das Neves será porventura a última pessoa a pedir opiniões sobre a sociedade actual, ele percepciona a mesma sob uma visão retorcida e medievalesca, enfim uma sociedade que nem existiu como se diz e já nem existe como se pensa.


    O último parágrafo do post e relevante e merece bem ser discutido.:


    "O ridículo, que não é só desta geração, é confundir o matrimónio com o contrato de casamento. O matrimónio é algo pessoal, que cada um tem de ir definindo ao longo da vida como quiser e puder. O casamento civil é uma ferramenta burocrática para regular heranças, propriedades, decisões médicas e o IRS. Confundir estas coisas é tão ridículo como confundir o conforto do lar com o pagamento do IMI"

    É ai talvez o maior problema mas não só. Se não houvesse maldade das pessoas, se todos fossemos sérios, nesta sociedade onde imperam os valores da igualdade e da justiça( pelo menos em teoria) não precisava de existir regulamentação do casamento, mas esse mundo utópico não existe e por isso é preciso regras para assegurar que ninguém é prejudicado quando se casa e quando se divorcia.
    Podem-lhe chamar casamento, matrimónio, união de facto ou outra treta qualquer, do ponto de vista legal tem que seguir o que está na lei, do ponto de vista particular tem que seguir o que os membros querem e estipula e aqui o estado não tem que meter o nariz. Tanto faz que seja entre homem e mulher como pessoas do mesmo sexo, raça, cor, etc e muito menos tem que interessar ao estado a finalidade do casamento, duas pessoas casam-se, cumprem a lei e ponto, o que existe ou existirá entre elas é a elas que diz respeito e mais ninguém.

    O que faz comichão a João César das Neves, qual cavaleiro quixotesco e puritano, bem como aos idiotas que aqui comentam é a definição do casamento e qual a sua utilidade. Sentem-se descontentes com a sua vida, ou talvez ela não lhe preencha completamente o tempo e têm que opinar sempre sobre a vida dos outros, prática das direitas fascistas que querem regular o intimo de cada um.
    Ora essa comichão é tanto maior porque estes serezinhos medievais e obsoletos acham que o casamento só pode ser entre homem e mulher para fins de procriação, ora isto na sociedade actual é pura idiotice!
    Para os JCN, Policarpos, Ratzingers e companhias, aquilo que os outros escolhem de diferente para as suas vidas constitui sempre uma calamidade, já a igreja andam à anos com o discurso do vómito de que a família está ameaçada, mas qual família? O tradicional católico-obsoleto modelo de família?

    Eu deixava ainda outra vertente que não foi explorada, o estado democrático não pode retornar ao discurso da família como base da sociedade, e tem que acabar com a distinção fiscal entre casados e solteiros, é pura idiotice, o estado tem que basear a sociedade no individuo e distinguir positivamente em termos fiscais, sociais ou outros aqueles indivíduos em casal, solteiros ou outras formulas que contribuam para o crescimento, educação e auxilio de crianças ou jovens. Como aliás as leis do divórcios são idiotas, o divorcio por mutuo acordo deveria ser imediato bem como aquele onde situações de violência doméstica.

    Por último quero apenas realçar o seguinte, é patético e inútil querer submeter a realidade do mundo à exigência legislativa em ver de a legislação se submeter à realidade existente.

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