tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post7822174132270618801..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Treta da Semana: A falta de razão de Manuel Morujão.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-74949461781835987642009-02-15T00:56:00.000+00:002009-02-15T00:56:00.000+00:00Joaninha: «Quem são as autoridades cientificas, me...Joaninha: «Quem são as autoridades cientificas, medicas, socias que afirmam ser o casamento homossexual auto destrutivo?"<BR/><BR/>do ponto de vista biblico? também tem de me explicar isso.»<BR/><BR/>O Mats não vai responder-te, pois não? LOL Se não responde, então respondo eu: parece que as suas autoridades vêm da VirtueOnline - a Voz do Anglicismo Ortodoxo Global. Ele colocou o link.<BR/><BR/>Ele repete sempre a mesma coisa com "autoridades médicas" para dizer que somos contra as provas (ele chama as provas de evidências, por causa da palavra inglesa "evidence"). Não se justifica, mas só apresenta casos anedóticos, como o gay que escreveu algo contra os gays, e a mulher de Algés que foi convertida por uma Igreja evangélica e, aparentemente sarcasticamente, responde: «<A HREF="https://www.blogger.com/comment.g?blogID=29251019&postID=444439518937461187" REL="nofollow">Se a organização da saúde diz, então deve ser verdade.</A>»<BR/>( <A HREF="http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101984000500002&script=sci_arttext&tlng=en" REL="nofollow">Homosexuality and the International Classification of Diseases</A> )<BR/>Pelo que percebi, o que ele quer <BR/>é que a homossexualidade seja considerada uma doença. LOL<BR/><BR/>E é claro que ele fica sempre admirado quando um cristão e um ateu estão de acordo, não aceitando o que ele defende... és uma traidora! LOL Somos todos traidores, menos o Mats e companhia.<BR/><BR/>BjsPedro Amaral Coutohttps://www.blogger.com/profile/06944792351545499684noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-55657769095614773982009-02-05T18:44:00.000+00:002009-02-05T18:44:00.000+00:00Caro Mats, peço desculpa pelo atraso na resposta, ...Caro Mats, peço desculpa pelo atraso na resposta, mas é-me impossivel neste momento manter o andamento necessário para comentar neste Blog.<BR/><BR/>A minha fé, e sim fé mesmo, cega, como diz o Ludi, não carece nem nunca careceu de qualquer explicação fisica, ou cientifica, começa logo por aí. Por isso, para mim, essa discussão é um pouquinho futil, estar aqui a tentar provar que Deus existe tentando subverter a ciência, negando factos cientificos compravadissimos, parace-me uma enorme perda de tempo. A fé não se prova, sente-se. Chama-se fé porque não é possivel comprovar. <BR/><BR/>Eu não vou nem nunca foi contra aquilo que acredito ser a mensagem de Deus meu caro, a unica diferença entre a sua posição é a minha é que Deus, pelo menos aquele em que creio, não é preconceitouso, nem maldoso, nem cruel, nem rigido e se ele proprio "criou" uma criatura imperfeita, não foi de certeza para depois a poder mandar para o inferno. <BR/>Não me diga que acha mesmo que Deus vai castigar todos os homossexuais, e todos os divorciados e todos os ateus e todos...and so on and so on.<BR/><BR/>Mas nunca eu falei aqui em casamento religioso, falei sim, de casamento civil e quanto a esse meu caro, deixe Deus fora disso. <BR/>Mais uma vez insisto, o casamento civil, legal, é um contrato de união de duas pessoas à luz do Direito Civil Português, com clausulas que regem essa relação juridica protegendo ambas as partes. Nisto não há Deus nem meio Deus. Se perante a Constituição todos temos os mesmo direitos legais, e se perante esta mesma constituição ninguem pode ser discrimidado pela sua horientação sexual, então não deve ser negado aos homossexuais o direito a casar PELO CIVIL!<BR/><BR/>É basico é só isto, mais nada, Deus é outra conversa!<BR/><BR/>"Do ponto de vista médico, social, psicológico, e principalmente, Bíblico, o "casamento" homosexual é totalmente auto-destrutivo."<BR/><BR/>Explique-me lá isto?<BR/><BR/>Quem são as autoridades cientificas, medicas, socias que afirmam ser o casamento homossexual auto destrutivo?"<BR/><BR/>do ponto de vista biblico? também tem de me explicar isso.<BR/><BR/>Ou será do SEU ponto de vista biblico...É santo? então é melhor parar de atirar pedras.<BR/><BR/>É Deus? Deus falou consigo e segredou-lhe que apesar de ser ele a maior expressão de amor do universo, vai fulminar todos os homossexuais com um raio?<BR/><BR/>CumprimentosJoaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-31636726256660750432009-02-02T09:37:00.000+00:002009-02-02T09:37:00.000+00:00Joaninha,Interessante como para alguém que se diz ...Joaninha,<BR/>Interessante como para alguém que se diz teísta aquilo que Deus diz se torna irrelevante quando choca com as doutrinas do homem, (homosexualidade incluido).<BR/><BR/>Do ponto de vista médico, social, psicológico, e principalmente, Bíblico, o "casamento" homosexual é totalmente auto-destrutivo.<BR/><BR/>Aconselho um artigo escrito por um homem que luta para deixar a vida homosexual:<BR/><BR/><A HREF="http://www.virtueonline.org/portal/modules/news/article.php?storyid=3650" REL="nofollow">The Books were a front for the porn</A>.<BR/><BR/>É longo, mas se alguém quer de facto saber o que é a vida homosexual, leia-o.Lucashttps://www.blogger.com/profile/02515186017263921231noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14450250227113833932009-01-28T15:12:00.000+00:002009-01-28T15:12:00.000+00:00Caro Joaquim,Não sabia que o Mário Soares também a...Caro Joaquim,<BR/><BR/>Não sabia que o Mário Soares também argumentava o mesmo. Já nem me lembro de quando foi a última vez que li alguma coisa do Mário Soares...<BR/><BR/>Mas obviamente que considero as críticas que teço aos argumentos do Manuel Morujão aplicáveis a quem quer que seja, ateu ou crente, que diga os mesmos disparates. Nisso não sou de discriminações :)Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-77484291610227851232009-01-28T14:56:00.000+00:002009-01-28T14:56:00.000+00:00Viva, meu caro! Há muito tempo que a falta do mesm...Viva, meu caro! Há muito tempo que a falta do mesmo não me deixa espaço para mais do que publicar de vez em quando qualquer coisita lá pelo meu estaminé. Não tenho por isso acompanhado o que se passa por aqui.<BR/>Hoje, porém, tive um espacito para re-visitar alguns dos blogs que costumava ler. E, depois de ler este seu texto sobre os dislates do sr. Manuel Morujão acerca desse outro dislate que é a instituição psicossocial do matrimónio, embora esteja globalmente de acordo consigo não posso deixar de lhe fazer notar que deveria ter juntado ao nome do crente o do ateu Mário Soares, de cuja boca todos ouvimos o mesmíssimo primeiro argumento morujânico. E fazer-lhe notar que, do mesmo modo que, em apoio da posição do prelado, se se lhe poderia juntar um número infindável de vozes de crentes do Deus do Livro, em apoio de Soares um número não menos infindável de ateus&agósticos fariam convictamente coro.<BR/>É que nisto, como noutras coisas, ou há moral...ablogandohttps://www.blogger.com/profile/11477444608833610075noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-57429089797407123962009-01-27T23:51:00.000+00:002009-01-27T23:51:00.000+00:00"Que brilantismo intelectual! Oiça, se o que está ..."Que brilantismo intelectual! Oiça, se o que está em questão é a mudança da lei, a presente legalidade prevista é irrelevante, percebeu?"<BR/><BR/>Barba rija, <BR/><BR/>Obrigada pelo acrescento, as vezes esqueço-me dos pormenores :)Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-57704209918739641342009-01-27T23:47:00.001+00:002009-01-27T23:47:00.001+00:00Zeca, mais uma vez"Só que, quer queira quer não, a...Zeca, mais uma vez<BR/><BR/>"Só que, quer queira quer não, a questão do casamento desagua na questão patrimonial. É ai que se põe o problema."<BR/><BR/>Questão patrimonial essa que existe relativamente aos dois intervenientes no contrato e aos descendentes, se e só se estes existirem!<BR/><BR/>Os filhos estão primeiramente protegidos pela filiação, não pelo regime do casamento. Independentemente dos pais serem casados ou não o filho em questões patrimoniais está sempre protegido.<BR/><BR/>A necessidade de regular o casamento vem muito dos desequilíbrios de poder que existiram e existem entre o casal, o sistema visa, acima de tudo proteger patrimonialmente e não só o elemento mais frágil dessa relação jurídica.<BR/><BR/>Se me quiser dizer que não aceita o casamento entre pessoas do mesmo sexo, porque não gosta o seu modo de vida, digo-lhe que é livre para gostar ou não o que lhe apetecer...Eu não gosto de Lulas...<BR/><BR/>De resto...Não apresentou aqui nada que convença ninguém...Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-43332585815303206772009-01-27T23:47:00.000+00:002009-01-27T23:47:00.000+00:00Este comentário foi removido pelo autor.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-4207174375993935582009-01-27T23:45:00.000+00:002009-01-27T23:45:00.000+00:00Ahahah, isto com o Zétuga, de facto, tem muito mai...Ahahah, isto com o Zétuga, de facto, tem muito mais piada.<BR/><BR/>De fugida, lanço-lhe uma farpa em relação a esta tagarolice:<BR/><BR/><I> Está regulado pela lei que é entre pessoas de sexo diferente , independentemente das suas taras sexuais. Não está negado a ninguém, Esta apenas regulada a forma como pode ser feito.<BR/>Quem quer aceita, quer não quer não aceita, e não casa.!!!</I><BR/><BR/>Que brilantismo intelectual! Oiça, se o que está em questão é a mudança da lei, a presente legalidade prevista é irrelevante, <I>percebeu</I>?<BR/><BR/><BR/>Em relação ao Rojas, apenas tenho a dizer que me desilude pela parca quantidade e qualidade científica que demonstre aquilo que é a sua intuição profissional. Parece-me igualmente estranho que invoque a necessidade vital da presença de ambos os pais, quando já é perfeitamente legal que uma mãe solteira ou um pai solteiro adopte uma criança. Cheira-me a um preconceito ou hipocrisia pessoal que não é suficientemente doseada pela objectividade científica que deveria ter. E então a questão da "homossexualização" cheira-me a esturro. Se me falasse de "amaricação", ainda acreditava. Assim... não.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-32783194062800063002009-01-27T23:03:00.000+00:002009-01-27T23:03:00.000+00:00Gostava de ter tempo para ler tudo, mas, pertenço...Gostava de ter tempo para ler tudo, mas, pertenço a um limitado grupo de Portugueses que mantêm o pais de pé. Talvez necessite menos do que a maioria dos comentadores, mas, efectivamente, trabalho mais do que a maioria dos presentes. <BR/><BR/>Em primeiro lugar, não posso deixar de notar que há aqui agente a confundir campos muito diferentes., nomeadamente: o plano sociológico com o antropológico; o plano social com o cultural e civilizacional… e por aí fora. <BR/>È nessa salada-russa que alguns comentadores baseiam os seus argumento (patéticos, quase sempre), para parecerem conhecedores de algo que não dominam.<BR/> <BR/>Joaninha <BR/><BR/><I>“O casamento civil regula a relação juridica entre os dois contraentes do contrato (…)<BR/>Em parte nenhuma do codigo civil ou na Constituição se alude a qualquer obrigatoriedade ou imperativo de ter filhos” </I>– alguma vez eu disse o contrário? Onde?<BR/><BR/>Só que, quer queira quer não, a questão do casamento desagua na questão patrimonial. É ai que se põe o problema.<BR/><BR/>No plano do casamento civil, como mero contrato, nada tem a ver com sexo.<BR/>Assim sendo, os paneleiros nada tem que reclamar. O casamento é um contrato, onde a questão dos distúrbios sexuais fica de fora. Está regulado pela lei que é entre pessoas de sexo diferente , independentemente das suas taras sexuais. Não está negado a ninguém, Esta apenas regulada a forma como pode ser feito.<BR/>Quem quer aceita, quer não quer não aceita, e não casa.!!!<BR/><BR/>Anónimo <BR/><I>”Existem na natureza comportamentos homossexuais, tanto na espécie humana como noutras espécies.”</I> - Com carácter duradouro, não existem. È falso. É inclusive, muito discutido se o facto de tal se verificar esporadicamente constitui um comportamento fruto de alguma perturbação - tudo leva a crer que sim. <BR/>Ou seja, os rituais de acasalamento envolvem sempre indivíduos de sexo diferente. Não há registos do contrário (por exemplo, ninguém registou, até hoje, dois pardais macho unirem-se e construírem um ninho, como se fossem macho e fêmea).<BR/>Nos animais monogâmicos, desconheço qualquer relato de paneleirce. <BR/><BR/> João Vasco <BR/><BR/><I>”A objecção mais engraçada que eu vejo à legalização do casamento homossexual é o medo vago de que isso vá pôr em causa a sobrevivência da espécie.”</I> – Nunca vi isso em sitio nenhum. O que vi, é que tal casamento não assegura a reprodução da espécie. Daí até faze-la perigar… vai muito!!!<BR/>Que isto pode por em causa o casamento, a família e todo o resto, fica provado pelas ideias aporcalhadas de algumas mentes depravadas, para o nosso padrão ocidental<BR/>Veja-se: <BR/><BR/><I>”A poligamia parece-me aceitável numa sociedade em que ambos os sexos tenham independência económica e iguais direitos.” <BR/><BR/><BR/><BR/>”O mesmo para o incesto. (…) penso que com um sistema de aconselhamento médico e genético podia-se deixar ao casal a responsabilidade de gerir a sua reprodução, cientes dos riscos específicos.”</I><BR/><BR/>Está visto que o que maior parte dos tarados (e vitimas de desordem sexual) querem, é uma destruição progressiva da sociedade, pró fora a adoptar os contravalores da infinitesimal minoria dos paneleiros. <BR/><BR/><I>“ A segunda é que se o casamento não é sobre a procriação, mas contém elementos de prazer, de respeito, gestão conjugal, etc., “ </I> – tais cláusulas figuram no contrato de casamento? Estou muito mal informado!!! . <BR/><BR/> <BR/><BR/><I>”o casamento tradicional combina dois sexos.”</I> – não é o <B>“casamento tradicional, é simplesmente o casamento. </B><BR/><BR/> <BR/><I>”Razões da queda do Império Romano segundo as sumidades académicas especializadas no tema”</I> – sumidades académicas, não. Mas, sumidouros de loucura, talvez. <BR/><BR/>E, por falar em loucos… os “loucos anos 20” iam conduzindo a um paralelo com os Império Romano..<BR/><BR/><BR/><I>“Até parece que a homossexualidade é uma questão social, de moda, de preferência ou de costumes.”</I> – o problema é que é mesmo !!!<BR/>Muito pouco genética, excessivamente influenciada pela moda.<BR/><BR/>Alias, como se explicava uma explosão exponencial de paneleirada por todo o lado… é uma alteração genética? Maldito Darwin!<BR/><BR/><BR/> <BR/><I>”Mas tudo isto não se “pega”, não é transmissível socialmente.” </I> - segundo alguns especialista no assunto: sim, é transmissível socialmente. <BR/><BR/><BR/><I><B>“«Rojas [psiquiatra espanhol Enrique Rojas] se opuso a la posibilidad de que las parejas homosexuales puedan adoptar hijos porque estimó que “va contra los derechos del niño”.<BR/>Explicó que según “estudios realizados en Estados Unidos, Canadá y Nueva Zelanda” hay entre un 70 y un 80 por ciento de posibilidades de que un menor educado por un homosexual desarrolle las mismas tendencias sexuales.<BR/>De esa manera, “el niño sale ya marcado” y se le priva de que crezca “en un ambiente normal, heterosexual, que es la generalidad”.<BR/>“La heterosexualidad es lo normal, la condición natural del ser humano”, dijo.<BR/>Así, aseguró que la homosexualidad puede curarse a través de la terapia, creando “un aprendizaje de una nueva conducta para ver cuáles son los factores de la actual y cambiarlos”»</B></I><BR/><BR/>[atenção que este não nada crente!!]<BR/> <BR/><I>“O engraçado é que a vida biológica não se aguenta sem a vida social.” </I>– conclusão absurda e completamente falsa.<BR/><BR/>Esqueceram-se de falar na poliandria. Olhem que isso é discriminação!!!Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-71890682122862984362009-01-27T22:27:00.000+00:002009-01-27T22:27:00.000+00:00Posição oficial da Igreja Católica sobre esta temá...Posição oficial da Igreja Católica sobre esta temática:<BR/><BR/>CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE<BR/><BR/>(CIC - 2357) - A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.<BR/><BR/>2358. Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objectivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.<BR/><BR/>2359. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-4365910877843570972009-01-27T21:37:00.000+00:002009-01-27T21:37:00.000+00:00Barba Rija.Desconheço se os critérios de adopção s...Barba Rija.<BR/><BR/>Desconheço se os critérios de adopção se baseiam em estudos sociológicos e psicológicos específicos. Julguei que os candidatos fossem sujeitos a avaliação psicológica em parâmetros relevantes para a estabilidade familiar e emocional da criança adoptada. Não vejo por que razão os critérios da avaliação dos candidatos homossexuais devam ser diferentes. Não defendo que a simples condição de homossexual os deva excluir à partida. Mas admito que em função desses critérios alguns deles possam ser rejeitados, o que é natural, pelas características psicológicas particulares que muitos expressam. Mas também creio que os avaliadores não estarão isentos dos preconceitos dominantes na sociedade, o que juntando às características psicológicas dos homossexuais conduzirá a taxas de aprovação de adopções por casais homossexuais menores do que as que ocorrem entre os casais heterossexuais. Tudo isto, contudo, deverá decorrer da avaliação psicológica dos candidatos e não da limitação do direito à adopção, e em função de critérios comuns e não de critérios discriminatórios.<BR/><BR/>O facto de cada vez maior número de homossexuais assumir a sua condição dá-me a entender que isso contribui para um seu equilíbrio emocional melhor. Doutro modo seria uma contradição. É uma asserção do senso comum, pois claro, e não é necessário qualquer estudo científico para o constatar. A não ser que além do que já é conhecido dos seus comportamentos o masoquismo se conte entre eles. Por que razão se assumiriam senão para tentarem ser menos infelizes? Coisa diferente são os problemas que os preconceitos sociais lhes causam e causarão a eventuais seus filhos adoptivos. Alguma vez as coisas terão de começar a mudar. E à medida que forem mudando os impactos sociais irão sendo cada vez menores. Mas como professor deverá certamente conhecer outros comportamentos cruéis das crianças e dos jovens para com os seus pares pelas razões mais diversas (ou porque são pretos, ou ciganos, ou coxos ou marrecos, ou tímidos, ou atrasados, ou assim ou assado, enfim, são diferentes). A aprendizagem da aceitação e do respeito pela diferença será mais fácil convivendo diariamente com ela. A segregação do que é diferente é um mal social a combater. E não me parece que estas minhas opiniões chutem algo para canto, antes pelo contrário.<BR/><BR/>E pode falar em casais poligâmicos, porque casal não é forçosamente sinónimo de par, mas de família. Apenas nalgumas culturas as famílias se resumem ao par homem e mulher, daí a conotação. E parece esquecer a multi secular existência de famílias poligâmicas, não apenas nas culturas de religião islâmica. É claro que numa verdadeira democracia em que à mulher sejam reconhecidos os mesmos direitos sociais, sem qualquer relação de domínio, mas de respeito mútuo, a preferência pelo casamento poligâmico poderá conduzir à redução da frequência desse tipo de casamento. Isso é perfeitamente admissível. Mas daí não decorre qualquer razão para limitar o direito a esse tipo de casamento. E se nele não existem problemas específicos para os filhos biológicos, não vejo como poderiam existir problemas para os filhos adoptivos. Não consigo alcançar. Parece-me que olha para este tipo de casamento com qualquer filtro que não descortino.<BR/><BR/>O casamento dos homossexuais respeita ao casamento, não a qualquer característica específica dos homossexuais. Outros tipos de casamento também. São portanto questões aparentadas, porque todas respeitam ao contrato de casamento. E pode crer que o casamento poligâmico é muito menos exótico do que o casamento dos homossexuais. Não vê que um existe há séculos (e até é aceite por algumas religiões) e o outro só há pouco começou a ser aceite? Isto é evidente, ou não? Não vejo onde possa residir a poluição da discussão, mas admito perfeitamente que o assunto possa ser incómodo. Não tenho qualquer interesse específico na discussão de qualquer tipo de casamento (estou servido, já comprei o produto). Apenas gosto de argumentar. Não vejo por que não se possa argumentar sobre a questão geral do casamento ou que fazê-lo equivalha a lançar qualquer confusão desnecessária. Aceito que sejam riscos de quem comenta em blogs alheios. Hoje, como estava trabalhando ao computador, deu-me para aqui.<BR/><BR/>CL.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-17940114791501193802009-01-27T20:54:00.000+00:002009-01-27T20:54:00.000+00:00Caro CL,"A homossexualidade tem base genética, ou,...Caro CL,<BR/><BR/>"A homossexualidade tem base genética, ou, pelo menos, é derivada de influências hormonais durante a gestação (está estudada a influência na gestação dos segundos filhos masculinos, por exemplo)."<BR/><BR/>Lembro-me de ver uma reportagem sobre a homosexualidade em que biólogos mostravam estudos estatísticos (puramente estatísticos) que mostravam que a percentagens de homosexuais masculinos aumentava com o número de irmãos mais velhos. <BR/><BR/>Se fossem canhotos então... <BR/>Fiquei com esta: Se tem 7 ou mais irmãos mais velhos e é canhoto... é homosexual. Se não for será o primeiro humano conhecido.<BR/><BR/>Nos grandes primatas os números sao muito parecidos.<BR/><BR/><BR/>My 50 cents<BR/><BR/>CumptsAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-3884564417748046752009-01-27T20:17:00.000+00:002009-01-27T20:17:00.000+00:00Caro CL,A precaução e a prudência, num e noutro ca...Caro CL,<BR/><BR/><I>A precaução e a prudência, num e noutro caso, deverão ser as regras a observar na análise de cada caso concreto de candidatura à adopção.</I><BR/><BR/>Como ter critérios de análise se não há estudos científicos sobre a matéria? Os critérios existentes de adopção têm sempre como base estudos sociológicos e psicológicos.<BR/><BR/>Eu tenho que o casamento entre homossexuais implica necessariamente que possam vir a adoptar crianças, pelo menos por princípio. Logo, parece-me pouco prudente que se legisle sobre a matéria sem a ter estudado previamente, especialmente quando já existem países estrangeiros que já têm essa experiência feita.<BR/><BR/>Argumenta que qualquer problema advém não da homossexualidade em si, mas sim da opressão social. Compreendo, mas para além de ser apenas uma asserção não fundamentada senão no senso comum, parece-me que Portugal, com o seu tradicionalismo, mesquinhez e anacronismo social, não vai facilitar a questão. E vai haver crianças prejudicadas com isto. Também sou professor, e imagino facilmente a reacção da minha turma do 10º ano a tratar algum colega sabendo que os seus pais adoptivos são homossexuais.<BR/><BR/>Apesar de considerar que as vantagens serão maiores que as desvantagens, não concordo que se chute simplesmente para canto em relação a estes problemas como o CL parece fazer.<BR/><BR/>Em relação ao seu parágrafo da poligamia, não poderíamos estar em maior desacordo. Primeiro, na questão da controvérsia. Segundo, na questão de não existirem problemas na adopção de casai... nem posso dizer casais, vá, "grupos" poligâmicos, isso está longe de demonstrado. Pois aqui o problema não é a inexistência de figuras parentais, mas possivelmente o exagero de número delas e as conflitualidades inevitáveis.<BR/><BR/>Agora isto não percebo:<BR/><BR/><I> Até parece que os intervenientes não têm capacidade de discutir simultaneamente sobre questões aparentadas, só porque não figuram na agenda política.</I><BR/><BR/>Não o estamos a fazer? Aquilo que critiquei não foi a discussão da coisa em si, que mui me agrada, mas a inevitabilidade da ligação "aparentada" entre o casamento homossexual e o poligâmico, que não me é nada óbvia para além da imagem "exótica" dos mesmos, e a potencialidade de poluir a discussão com este tipo de confusões desnecessárias.<BR/><BR/>Em relação ao seu último parágrafo, excelente, subscrevo inteiramente.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-87681551473890097282009-01-27T19:46:00.000+00:002009-01-27T19:46:00.000+00:00Cristy:Obrigado pelas tuas palavras :)Mas devo diz...Cristy:<BR/><BR/>Obrigado pelas tuas palavras :)<BR/><BR/>Mas devo dizer que se fosse a ti desconfiava, com esses elogios fazes parte de um selecto grupo que inclui aquele que nos trata por "primos". Suponho que serás mais parca nas tuas palavras generosas a partir de agora..<BR/><BR/>AP: Não leve a mal, estou só na brincadeira :pJoão Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-54661061695535542092009-01-27T19:39:00.000+00:002009-01-27T19:39:00.000+00:00Barba Rija.Acho interessante esse seu espírito cie...Barba Rija.<BR/><BR/>Acho interessante esse seu espírito científico; já me parece um pouco descabido pretender que a ciência se deva meter directamente na regulação da vida em sociedade. Pelo meu lado, apenas exprimo opiniões, e não me parece que necessitemos de estudos científicos para tomar decisões quanto à adopção por casais homossexuais, tal como não necessitamos deles para tomar idênticas decisões quanto à adopção por casais heterossexuais. A precaução e a prudência, num e noutro caso, deverão ser as regras a observar na análise de cada caso concreto de candidatura à adopção.<BR/><BR/>Por outro lado, faço uma constatação simples: a generalidade (se não a totalidade) dos homossexuais é filha de casais heterossexuais. Que se saiba, a correlação entre filhos homossexuais e pais homossexuais (assumidos e não assumidos) é mínima. A homossexualidade tem base genética, ou, pelo menos, é derivada de influências hormonais durante a gestação (está estudada a influência na gestação dos segundos filhos masculinos, por exemplo). A correlação entre adoptados homossexuais e pais adoptivos homossexuais não deverá exceder a que se verifica para os filhos biológicos; tudo leva a crer que seja muito menor. Para tirar tais conclusões é suficiente a reflexão.<BR/><BR/>Pelo que se vai sabendo, a homossexualidade é um fenómeno biológico natural, com causas que vão sendo cada vez melhor conhecidas, e não um fenómeno social. Por outro lado, a homossexualidade apenas constitui distúrbio psicológico, e martírio de vida, para quem é rejeitado ou reprimido socialmente por essa sua condição. Ao que parece, os homossexuais não são infelizes por o serem; poderão sê-lo pelo mesmo tipo de razões por que o são os heterossexuais, mais aquelas derivadas da reprovação social da sua condição e dos seus comportamentos. O facto de os seus comportamentos sexuais, e noutros domínios, serem diferentes dos comportamentos maioritários não é sinónimo de que conduzam à infelicidade. Poderão torná-los mais volúveis, talvez mais hedonistas, mas nem isso é seguro. Não vejo como da condição homossexual do casal possa advir qualquer risco acrescido de infelicidade para as crianças adoptadas. Mas, como disse, a ponderação e a prudência deverão ser os critérios a aplicar em cada caso, tal como para os casais heterossexuais.<BR/><BR/>Aproveito para clarificar que entendo que as questões do casamento poligâmico ou do incesto, por exemplo, são talvez menos controversas, para muita gente, do que as do casamento entre homossexuais. E entendo que são igualmente questões pertinentes, também merecedoras de resolução, que virá a acontecer mais tarde ou mais cedo. Não vejo por que razão o casamento entre homossexuais deva ter qualquer primazia de resolução em relação a estas. A não ser pelo facto da comunidade homossexual ter maior expressividade social e das suas pretensões terem maior visibilidade pública. Mas, por exemplo, em relação à adopção, que decorrerá forçosamente da legalização do casamento entre homossexuais, sob pena de os discriminar em relação a um direito concedido a outro tipo de casais, a questão, como se vê até nesta caixa de comentários, é muito mais controversa, por exemplo, do que a adopção por casais poligâmicos ou incestuosos. Nestes não existem os hipotéticos problemas provocados por ausência de uma das figuras parentais. E também não vejo por que razão não se deva discutir o assunto. Até parece que os intervenientes não têm capacidade de discutir simultaneamente sobre questões aparentadas, só porque não figuram na agenda política.<BR/><BR/>Volto a frisar: o que está em discussão prende-se meramente com a liberdade, com o respeito e com a aceitação da diferença. Não tem nada a ver com este ou aquele comportamento ser melhor ou pior do que o comportamento maioritário. Pelos vistos, se torna menos infeliz uma parte da população, ainda que minoritária, é certamente socialmente melhor. Parece-me um autêntico absurdo membros da comunidade maioritária expressarem tantos receios infundados sobre o impacto social de comportamentos minoritários. Os seus comportamentos e as suas preferências são distintos, não são melhores nem piores; e cumprem funções biológicas e sociais que os desta minoria não o podem fazer. Até por esta razão não são comparáveis. Não vejo por que razões exprimem tantos receios, ainda por cima usando argumentos tão pouco racionais, revelando que até mesmo espíritos abertos têm grande dificuldade em abordar determinadas questões. Quando o fazem, a emotividade e o preconceito vêm ao de cima.<BR/><BR/>CL.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-11321708523306531162009-01-27T19:38:00.000+00:002009-01-27T19:38:00.000+00:00Comentador João VascoRendo-me, definitivamente, à ...Comentador João Vasco<BR/><BR/>Rendo-me, definitivamente, à sua cultura e inteligência.<BR/><BR/>Cumprimentos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-1174869883508494542009-01-27T19:12:00.000+00:002009-01-27T19:12:00.000+00:00Epá só agora é que vi o pormenor do centesima ediç...Epá só agora é que vi o pormenor do centesima edição.<BR/><BR/>Parabéns!<BR/><BR/>beijosJoaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-8902704651962669612009-01-27T18:57:00.000+00:002009-01-27T18:57:00.000+00:00«Agora sei como Sísifo se sentiu depois de rebolar...«Agora sei como Sísifo se sentiu depois de rebolar o pedregulho cem vezes lá para cima...»<BR/><BR/>A mim as discussões com o Perspectiva deram-me algum treino nesta matéria...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-27041004271867279242009-01-27T18:52:00.000+00:002009-01-27T18:52:00.000+00:00Eu sou!Eu sou!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45909058643472188462009-01-27T18:13:00.000+00:002009-01-27T18:13:00.000+00:00Anónimo:Se considerasse a Igreja Ortodoxa superior...Anónimo:<BR/><BR/>Se considerasse a Igreja Ortodoxa superior à Católica, o seu comentário - não deixando de defender algo que acredito errado - ainda poderia fazer algum sentido.<BR/><BR/>Afinal, se havia "superior" cristianização, ela parece ter levado ao rompimento com a Igreja de Roma, bastante antes da queda do império bizantino.<BR/><BR/>Mas o declínio do império romano começou antes da queda da sua parte ocidental. Todo o império bizantino foi uma morte lenta, por assim dizer. <BR/><BR/>Assim, essa informação não obsta ao que afirmei antes. Pelo contrário.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-62494285280085615272009-01-27T18:04:00.000+00:002009-01-27T18:04:00.000+00:00Comentador João VascoLeia a Wikipedia (julgo que n...Comentador João Vasco<BR/><BR/>Leia a Wikipedia (julgo que não terá tempo para alguma investigação histórica) e verá que o Império Romano do Oriente, mais cristianizado, viveu mais mil anos do que o do Ocidente.<BR/><BR/>Cumprimentos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-39062338696428953502009-01-27T18:00:00.000+00:002009-01-27T18:00:00.000+00:00CL, muito bem concordo contigo, e claro que também...CL, muito bem concordo contigo, e claro que também acho que a sacralização veio depois do simples contracto e que não haverá problemas para os filhos adoptivos.<BR/><BR/>Mas eu tenho um espírito científico nestas coisas. Não me bastam asserções ad-hoc ou post-hoc. Gostaria de ver realmente um estudo científico exemplar que conseguisse de facto discernir se existem problemas psicológicos reais na adopção por parte de um casal homossexual, quais são esses problemas, números sobre a significância desses problemas e comparação com outros estados hoje existentes e aceites (mães solteiras, por exemplo, ou crianças em orfanatos, etc.)<BR/><BR/>Provavelmente tal estudo já existe.<BR/><BR/>Gostaria também de saber qual o estudo histórico-antropológico que me confirma a versão que o CL me apresenta.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88683657382959416292009-01-27T17:58:00.000+00:002009-01-27T17:58:00.000+00:00A discussão está interessante, principalmente no q...A discussão está interessante, principalmente no que concerne à poligamia, visto que ainda tenho algumas dúvidas quanto a isso. De resto, só acho triste a vontade que algumas pessoas têm de vir para aqui destilar ódio.Hugo Monteirohttps://www.blogger.com/profile/01214518958717436334noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-17734466333847003452009-01-27T17:30:00.000+00:002009-01-27T17:30:00.000+00:00Para o Barba Rija e outros.A constituição de famíl...Para o Barba Rija e outros.<BR/><BR/>A constituição de família, mesmo que de família muito alargada, é inerente às necessidades de sobrevivência da espécie. Abundam os exemplos de sociedades arcaicas em que as questões de família eram reguladas pelo costume e não envolviam qualquer ritualização especial, a não ser para a divulgação do facto, muito menos qualquer sacralização. As coisas eram muito mais práticas e serenas, porque necessárias. Morria um irmão e um dos sobrevivos tomava conta da cunhada e dos sobrinhos, e por aí fora.<BR/> <BR/>Com o desenvolvimento das sociedades humanas, em geral, as mulheres passaram a constituir família em aldeia diferente, como forma de precaução dos malefícios da excessiva consanguinidade, e o encargo que uma mulher, mais frágil e sem aptidões guerreiras ou de caçadora, acarretava para o marido levava a compensações materiais por parte da família daquela. A constituição de família, e as suas regras, são o que veio a dar origem ao contrato de casamento, que já é um conceito posterior, próprio de sociedades mais desenvolvidas, surgido para regulamentar melhor as questões económicas referidas.<BR/><BR/>A sacralização, como tudo o que envolve a religião, teve como objectivo fixar regras compulsivamente, recorrendo à noção de pecado e de culpa (o que é um avanço civilizacional) e às correspondentes penas no além. Para tornar o cumprimento de regras mais eficaz nada melhor do que uma entidade omnipotente para julgar as prevaricações, e do que penas terríficas para toda a eternidade; julgadores e penas terrenas são conceitos mais modernos. É esta função social que a religião tem cumprido, e é ela que cada vez mais vai ficando obsoleta.<BR/><BR/>Queiramos, ou não, o casamento é apenas um contrato. A constituição de família pode ser coisa que extravasa o simples contrato, envolvendo relações afectivas. Mas família e casamento são conceitos distintos. Sempre se constituiu família sem casar; nunca se casou sem constituir família. A ordem destas coisas não é arbitrária.<BR/><BR/>A objecção ao casamento de homossexuais com base nos hipotéticos perigos para a preservação da continuidade da espécie é um completo disparate. Quem assegura a continuidade da espécie são os heterossexuais; são eles, afinal, quem se reproduz. Qualquer inviabilidade só poderá advir do seu interesse egoísta em não terem filhos. Por outro lado, objecções baseadas numa suposta degradação dos costumes são outro disparate. Até parece que a homossexualidade é uma questão social, de moda, de preferência ou de costumes. Ao que se vai sabendo, não é nada disso, até porque as pessoas não escolhem serem homossexuais. As raízes da homossexualidade estão na constituição genética dos indivíduos, extravasa a sua vontade. Comportamentos homossexuais esporádicos, por curiosidade ou por necessidade, são coisa distinta da homossexualidade, tanto quanto me parece.<BR/><BR/>É facto que o comportamento homossexual tem associado outros comportamentos (um bocado esquisitos, numa apreciação puramente pessoal) reveladores duma psicologia muito própria, que se revela exteriormente por alguns maneirismos, mas não só, sinal de que aqueles seres são diferentes da maioria em muitos aspectos comportamentais. Mas tudo isto não se “pega”, não é transmissível socialmente. Daí que a questão da adopção de crianças por famílias homossexuais não envolva qualquer risco suplementar para além do que elas correm em famílias heterossexuais. As crianças não vêm a ser mais efeminadas ou mais masculinizadas por falta duma figura parental masculina ou feminina; a sua vida não se resume à vida familiar, como antigamente, e a sua socialização ocorre em múltiplas instituições e por múltiplos meios. Podem é adquirir concepções muito menos preconceituosas acerca do diferente. E é isso, para algumas mentes, que parece constituir fonte de receio. <BR/><BR/>Mais uma vez, é o medo do desconhecido e os receios infundados que impedem este passo no caminho do progresso social. Estou persuadido que nenhum pai, ou mãe, biológico ou adoptivo, tem qualquer desejo recôndito de que os seus filhos venham a ser homossexuais (o que estaria para além dessa hipotética vontade). E quem adopta parece não ter como principal objectivo a sua satisfação pessoal, ainda que possa existir algum hedonismo no acto, mas o bem-estar de um ser para com o qual estabelece perante a sociedade os deveres inerentes à progenitura. O que não exclui a apreciação cuidadosa da capacidade dos pretendentes a adoptantes, como de resto para os restantes tipos de casais, porque existem comportamentos que vão para além do mero comportamento homossexual. Mas não creio que portadores de comportamentos mais desequilibrados sejam candidatos à adopção.<BR/><BR/>Em relação a outros aspectos do casamento, não me parece que os receios expressados sejam relevantes. É necessário ter em conta que a alteração das condições do casamento não constituem qualquer imposição. Questões de dependência económica, ou outras, não se colocam. Só constitui família poligâmica quem estiver para aí virado, seja homem ou mulher. Tal como a questão do incesto. Só o pratica quem estiver para aí virado. E assim por diante. Para tudo é necessário ter arcaboiço. A liberdade não impõe nada a ninguém; apenas reconhece direitos a quem estava deles privado. Nenhum destes comportamentos, mesmo em sociedades em que por razões diversas o casamento poligâmico masculino tem tradição, por exemplo, tem vindo a merecer a preferência da maioria da população. Antes pelo contrário. À medida que a sociedade se torne mais profana e a liberdade adquira valor intrínseco, as sociedades tenderão a ser mais complexas e diversificadas. Comportamentos que são hoje esmagadoramente mais frequentes tenderão a ser um pouco menos, mas outros comportamentos minoritários continuarão minoritários. É uma questão de adaptação a um maior bem-estar pessoal e social.<BR/><BR/>Ao longo dos comentários a este e a outros posts, o comentador Zeca Portuga tem primado por fazer uma série de afirmações disparatadas. Só posso entendê-las como expressão de supremo gozo. Doutro modo, serão a expressão de qualquer mente quadrada. Por outro lado, analogias entre a degradação dos costumes e a precarização do emprego, por exemplo, são totalmente descabidas. Apesar de muito precarizadas actualmente, as relações de trabalho sempre foram caracterizadas pela precariedade. Com a aceitação do mercado aberto, os trabalhadores das sociedades mais desenvolvidas economicamente sofrem agora os efeitos da chegada à modernidade de muitos milhões de camponeses transformados em modernos operários industriais. Cada chinês ou indiano tem os mesmos direitos a ter uma vida um pouco melhor. É a vida, meus senhores. E pelo menos a vida social não está programada pela tal entidade omnipotente que pretendem ter criado a vida biológica. Somos nós que a vamos criando. O engraçado é que a vida biológica não se aguenta sem a vida social. Será que daria para os criacionistas biblícos reflectirem um pouquinho sobre os fracos poderes da suprema criatura?<BR/><BR/>CL.Anonymousnoreply@blogger.com