tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post6737943771703579512..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Porque sim e porque não.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger68125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-40870016302290971772009-03-17T00:05:00.000+00:002009-03-17T00:05:00.000+00:00Caro Ludwig, A religião não pretende descrever...Caro Ludwig,<BR/><BR/> A religião não pretende descrever nem explicar a realidade mas sim interpretá-la. Por isso mesmo os critérios que aplicas em ciência não se aplicam todos nem do mesmo modo em religião. <BR/><BR/> Saudações,<BR/><BR/> Alfredoalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-13365116291643616752009-03-16T16:00:00.000+00:002009-03-16T16:00:00.000+00:00Ludwig, ao contrário do que costuma acontecer quan...Ludwig, ao contrário do que costuma acontecer quando fala de Deus, concordo completamente com este comentário que acabou de fazer, obrigado.<BR/><BR/>Pedro SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-6019021135362132742009-03-16T15:17:00.000+00:002009-03-16T15:17:00.000+00:00Alfredo,Quanto à certeza e incerteza, concordo. Nã...Alfredo,<BR/><BR/>Quanto à certeza e incerteza, concordo. Não temos certeza de nada. Mas não é esse o ponto.<BR/><BR/>Dizes <I>« Qual delas estará 'certa'? Talvez todas e talvez nenhuma. Pessoalmente, não é algo que me preocupe»</I>, mas parece-me estranho que não te preocupes, quanto mais não seja por curiosidade, em encontrar forma de saber se o teu deus existe, se existe outro qualquer ou se não existe nenhum.<BR/><BR/>E, em seguida, tu próprio apresentas alguns critérios para dar crédito a umas hipóteses e, necessariamente, descrédito a outras. Por exemplo, parece-me que dás pouco crédito ao ateísmo.<BR/><BR/>Alguns dos critérios que apresentas, como a racionalidade (ou seja, ter razões, sem a qual dispensavamos até os critérios) e a coerência (ou seja, ter razões que levam a uma conclusão e não a todas ao mesmo tempo), concordo que são necessários. Mas estão longe de ser suficientes.<BR/><BR/>As outras não me parecem relevantes. Não é fiável dar mais crédito à hipótese que foi formulada primeiro -- a prioridade não está correlacionada com a verdade. Nem me parece racional que escolhas uma hipótese em detrimento das outras por ter sido a primeira que recebeste.<BR/><BR/>Ou seja, aceito a forma como descreves a tua escolha por essa fé. Dás crédito a esse conjunto de hipóteses e descrédito a qualquer conjunto alternativo.<BR/><BR/>Mas nada do que tens explicado contribui para justificar racionalmente essa decisão. Porque os critérios que apontam tanto podem dar para aí como para qualquer alternativa.<BR/><BR/>Eu, além da consistência e coerência exigo relevância. Em qualquer conjunto de hipóteses que tente descrever a realidade, só dou crédito aos elementos que sejam consistentes entre si e, cada um, relevantes para descrever o que observo.<BR/><BR/>Dou crédito à existência do electrão mas não à existência de anjos. Dou crédito à evolução por selecção natural mas não à salvação da alma por fé e pela graça do espírito santo. Não importa porque ordem chegam estas hipóteses. O que importa é que umas são relevantes para descrever o que observo e as outras ficam soltas e não tenho onde as encaixar a menos que as assuma, gratuitamente, como verdadeiras.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-19049456970560336852009-03-15T22:48:00.000+00:002009-03-15T22:48:00.000+00:00Caro Ludwig, Ao dar crédito a uma hipótese, fa...Caro Ludwig,<BR/><BR/> Ao dar crédito a uma hipótese, facto narrado ou opinião, tenho a consciência de que não disponho de toda a evidência ou prova no sentido filosófico ou científico. Além disso, tenho também consciência de que por muito que diga acerca de Deus, a minha inteligência e a minha linguagem são limites que me deixarão sempre muito aquém da realidade de Deus, embora, espero, não totalmente fora dessa realidade. A definição da perfeição de Deus pode ser feita de várias perspectivas. Qual delas estará 'certa'? Talvez todas e talvez nenhuma. Pessoalmente, não é algo que me preocupe nem creio que venha desta incerteza algum bem ou algum mal para a humanidade.<BR/> Há vários critérios que me levam a dar mais crédito a umas posições que a outras. A racionalidade é uma delas: algumas posições são mais racionais que outras. A coerência é outra: se sou livre, não há coerência em afirmar que o meu futuro está determinado. O acordo com uma interpretação actualizada da Bíblia: a interpretação literal dos três primeiros capítulos do Génesis está desactualizada. Prioridade: a versão católica do cristianismo foi a primeira e foi também a que recebi. Não encontrei até agora razões para mudar para as versões protestantes que vieram depois. Etc.<BR/><BR/> Um abraço,<BR/><BR/> Alfredoalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-79381061827172743802009-03-15T08:21:00.000+00:002009-03-15T08:21:00.000+00:00Sousa,Por mim brinca lá com o que quiseres :)Além ...Sousa,<BR/><BR/>Por mim brinca lá com o que quiseres :)<BR/><BR/>Além disso, parece que o óleo de figado de bacalhau faz bem à pele. E se me vier alguma pinguinha para o olho tenho o santo do azeite condestável para me socorrer.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-87702439352332814962009-03-15T00:57:00.000+00:002009-03-15T00:57:00.000+00:00Uma malandrice:O Sousa tem uma visão do inferno em...Uma malandrice:<BR/><BR/>O Sousa tem uma visão do inferno em que estão todos os intervinientes:<BR/><BR/>Do ktreta, do Génesis contra Darwin, O sabino, o Zeca e de todos os blogs que tem links no Sousa da Ponte. E são muitos!<BR/><BR/>Até tem alguma piada, penso eu!<BR/><BR/>Posso publicar no Sousa da Ponte e ninguem fica ofendido?<BR/><BR/>A coisa começa com o Mats e O L.K. num panelão de óleo de figado de bacalhau e, óbviamente no inferno, <BR/><BR/>Fica tudo zangado ou podemos brincar com isso ?O Sousa da Ponte - João Melo de Sousahttps://www.blogger.com/profile/16385838800781483294noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-1939567903622565572009-03-15T00:52:00.000+00:002009-03-15T00:52:00.000+00:00O Sousa não pode ir a Braga.Valores mais altos se ...O Sousa não pode ir a Braga.<BR/><BR/>Valores mais altos se levantaram.<BR/><BR/>Se é facto que ontem esteve na praia...ó magnifica ociosidade na Fonte da Telha.. hoje poderia ter ido a Braga conhecer a pessoas e, quem sabe, levar na tromba do Zeca Portuga.<BR/><BR/>Infelizmente a sogra do Sousa partiu o fémur. <BR/><BR/>Preferia o Sousa levar uma porrada, mais ou menos leves do Zeca. mas enfim....o homem põe (como as galinhas) e Deus dispõe.<BR/><BR/>Fruto da evolução ou da criação divina é um osso fodido de partir.<BR/><BR/>Por muito pecados que tenha a sogra do Sousa todos eles são coisa pouca comparados com os do Sousa. <BR/><BR/>Razão porque o Sousa não foi a Braga e ficou perto da sogra. Que só por ser sogra do Sousa merece toda a absolvição perpétua.<BR/><BR/>Espero, fémures à parte, estar em Lisboa no dia 1 de Abril.<BR/><BR/>As imperiais mantem-se e até com juros. Bem merecidos.<BR/><BR/>Deve-as bem o Sousa mas compreende-se que a razão é ponderosa.<BR/><BR/>Espero que tenha corrido muito bem.<BR/><BR/>Continuo a pensar, insultos e baixezas à parte, que ainda somos os ultimos trinta e sete que discutimos algo que jeito tem.<BR/><BR/>TODOS incluidos.<BR/><BR/>Pena que o perspectiva, mesmo em privado, não responda às réplicas.<BR/><BR/>Timidez talvez.O Sousa da Ponte - João Melo de Sousahttps://www.blogger.com/profile/16385838800781483294noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-37963234678293837102009-03-14T21:43:00.000+00:002009-03-14T21:43:00.000+00:00Caro Alfredo,Como já disse várias vezes, gosto mai...Caro Alfredo,<BR/><BR/>Como já disse várias vezes, gosto mais do teu deus do que daquele que sobressai mais do dogma católico. Espero que um dia haja um Papa jesuíta; já resolvia alguma coisa.<BR/><BR/>Mas não tocaste no problema mais interessante. Tu acreditas num deus que muda, aprende, e até que pode enganar-se por não saber tudo. Um deus mais humano que se relaciona melhor com os humanos. Outros católicos há que acreditam num deus perfeito, eterno, imutável, mais distante mas infalível e perfeito em tudo.<BR/><BR/>A minha pergunta é como podem vocês determinar quem tem razão? É que a tal coisa de dar crédito, o acreditar que tu tanto valorizas, nisto não adianta de nada. Porque, no fundo, quando decides dar crédito a uma hipótese necessariamente decides não dar crédito a todas as hipóteses alternativas. E o que me interessa é como justificar dar crédito a uma e não a outra.<BR/><BR/>Se não podes obter qualquer prova que tens mais razão do que tem quem discorda de ti, porque dás então mais crédito à tua posição do que dás à posição da qual discordas?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88636939062800546702009-03-14T19:00:00.000+00:002009-03-14T19:00:00.000+00:00Caro Ludwig, Muitas das conclusões que retiras...Caro Ludwig,<BR/><BR/> Muitas das conclusões que retiras da minha concepção de Deus estão correctas. Considero que um Deus que muda é mais convincente que um Deus imutável. E a perfeição de Deus não está tanto na sua omnipotência, omnisciência e imutabilidade como na sua capacidade de se fazer próximo de cada ser criado e de estabelecer com ele uma relação de amor.<BR/><BR/> Um abraço,<BR/><BR/> Alfredo Dinisalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-26389689409177520672009-03-14T18:57:00.000+00:002009-03-14T18:57:00.000+00:00Caro João Vasco, Sou jesuíta. Isso talvez expl...Caro João Vasco,<BR/><BR/> Sou jesuíta. Isso talvez explique porque sou a favor de uma 'qualificada' concepção da omnisciência de Deus.<BR/><BR/> Cordiais saudações,<BR/><BR/> Alfredo Dinisalfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-13217981728937902992009-03-14T15:59:00.000+00:002009-03-14T15:59:00.000+00:00Barba Rija,«Tal como Jesus disse a Tomé (foi tomé?...Barba Rija,<BR/>«Tal como Jesus disse a Tomé (foi tomé?), "felizes aqueles que acreditaram sem ver", ou seja, a fé é a suspensão da dúvida. Neste caso, não pode ser o lugar da liberdade, mas sim de uma confiança apesar da dúvida.»<BR/>Concordo com a premissa discordo da conclusão. O convívio com a dúvida apela à liberdade de escolher. A certeza não oferece escolha, por isso não conduz à liberdade.<BR/>Sobre Madre Teresa acho que fala muito mais de Deus a sua obra (a tal praxis que o outro dia conversávamos) do que o que ela possa dizer sobre o que acha que Deus é ou deixa de ser. <BR/>«O que nos resta da religião é um mar de metáforas e poesia, que nos guiam para os confins da nossa própria consciência e inconsciência.»,<BR/>... na procura do Bom, do Belo e do Infinito, com os outros.<BR/>Será algo mais. Mas se fosse só isto já não seria pouco. E quanto a mim já valia bem a pena.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-23314191592294477812009-03-14T15:37:00.000+00:002009-03-14T15:37:00.000+00:00Ludwig, «Não há limites.»Desconfio que há. Não é s...Ludwig, <BR/>«Não há limites.»<BR/>Desconfio que há. Não é suficiente utilizar a palavra Deus numa frase jocosa ou numa proposição mais elaborada para significar que nos interessamos ou não por Ele.<BR/>«Você repete vezes sem conta que se há muitas religiões nenhuma pode estar certa»<BR/>«Não.»<BR/>«É verdade que eu acho que estão todas erradas»<BR/> Não se contradiga. E o que lhe tinha dito antes responde ao que escreveu a seguir.<BR/>«Quais são os atributos do seu deus e, mais importante ainda, como sabe que são esses e não outros?»<BR/>Acho que já lhe disse várias vezes que me interessam menos os atributos que possa dizer que Deus tem do que a forma como eu os procuro, em comunhão com outros. Você insiste em abordar a existência de Deus numa perspectiva científica que, por definição, está condenada ao fracasso. Faz tanto sentido como procurar pela Fé conhecer como funciona a Natureza. É perda de tempo.<BR/> Pensei que já lhe tinha tentado explicar em que águas interessantes se pode mover a Fé. Se não entendeu, acho que não consigo explicar muito melhor. Mas não fique preocupado. Acho que a Fé não se explica. Vive-se. É como ouvir um Te Deum de António Teixeira ou uma Missa de Luis Filipe de Magalhães. Sem Fé você só consegue ouvir metade do que o autor tem para lhe dizer.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25390868507758024052009-03-14T14:37:00.000+00:002009-03-14T14:37:00.000+00:00Nuno,Umas correcções ao seu texto. Em geral, parec...Nuno,<BR/><BR/>Umas correcções ao seu texto. Em geral, parece-me bem, sobretudo na sua crítica a um "cientismo" de inúmeros "estudos" que indicam demasiada coisa com maiores certezas do que deveriam, e a uma sobre-borucratização sem sentido (repare que o próprio Ludwig também "batalha" contra este tipo de coisas) mas existem certos pormenores, que a meu ver, corroem a sua tese.<BR/><BR/>1. Quando diz, <I>Se a Fé é um lugar de dúvidas e interrogações só pode ser também o lugar da liberdade</I>, dá a entender que a fé é equivalente a um estado de espírito de dúvida e cepticismo. Não me parece nada verdade. A Fé <I>contrapõe-se</I> à dúvida. Tal como Jesus disse a Tomé (foi tomé?), "felizes aqueles que acreditaram sem ver", ou seja, a fé é a suspensão da dúvida. Neste caso, não pode ser o lugar da liberdade, mas sim de uma confiança <I>apesar</I> da dúvida.<BR/><BR/>Um grande exemplo deste paradoxo e "double speak" religioso, é o caso da Madre Teresa de Calcutá, que, foi revelado recentemente, proferiu enormes dúvidas sobre a fé cristã (virgem maria, etc), não conseguia acreditar naquilo. O padre com quem se confessou disse que isso era bom, que era sinal de uma <I>provação de fé</I>, um desafio de deus, e que deveria guardar essas dúvidas como sinal da força de deus.<BR/><BR/>Não há factos que contrariem semelhante lógica! Quando a ausência de algo é evidência da existência desse mesmo algo, está tudo dito...<BR/><BR/>2. <I>Ora se a Fé tem a ver com a procura do sentido último da vida e da morte e não com a compreensão física do universo que nos rodeia é muito natural que se tenham desenvolvido múltiplas linguagens e expressões religiosas no mundo (tal como há línguas e culturas). Sem poder considerar que existem umas certas e outras erradas (outras nem terão a ver com religião propriamente dita) haverá formas que se aproximam mais do (ou tornam claro o) fundo humano e livre que sentimos genuíno em nós e outras que para lá caminham (há uma por outra que está um pouco atrasada)</I><BR/><BR/>Que a fé tenha a ver com a procura, não tenho dúvidas e parece-me saudável. Que cada Fé dá de facto Respostas para estas questões insolúveis, incompatíveis entre si, incoerentes, e portanto falsas (só uma poderia estar certa), também me parece evidente. A confusão reside quando se confunde o acto de <B>procurar</B> com a acção de <B>responder à procura</B>. Eu posso procurar a verdade e nunca a encontrar. Mas lá porque a procuro, não se segue necessariamente que hajam instituições que respondam a esta questão em termos verdadeiros, apenas em termos <B>satisfatórios para as nossas necessidades sentimentais</B>. Até porque a metodologia com que a procuram não me é satisfatória.<BR/><BR/>Por outro lado, a ciência, tentando procurar como é que o mundo natural funciona, tem descoberto como é que nós funcionamos. E todas as evidências indicam que não existe dualismo no ser humano, ou seja, a "alma" é um estado emergente de padrões cerebrais. Quando esses padrões cerebrais morrerem, "nós" morremos. E não há cá nem nirvana, nem hades, nem valhalla, nem céu. Portanto, mesmo que a ciência não procure responder a questões metafísicas, que a religião invoca poder responder, o que é facto é que anula imensas possibilidades metafísicas pelo simples acto de explicar como é que afinal as coisas e nós próprios funcionamos.<BR/><BR/>O que nos resta da religião é um mar de metáforas e poesia, que nos guiam para os confins da nossa própria consciência e inconsciência.<BR/><BR/>E de facto, esse tal homem de barbas, já não existe há imensos anos. Nietzche, entre outros, matou-o.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-40537135980332265632009-03-14T12:13:00.000+00:002009-03-14T12:13:00.000+00:00Nuno Gaspar,«Não sei se é mais ridículo alguém pen...Nuno Gaspar,<BR/><BR/><I>«Não sei se é mais ridículo alguém pensar Deus dessa maneira se outrem julgar que quem acredita em Deus só o pode ver assim.»</I><BR/><BR/>Já discutimos isto várias vezes. Eu não julgo que só se pode ver os deuses de certa maneira. Pelo contrário. Eu sei, e reconheço (melhor ainda que muitos crentes) que cada um pode inventar os deuses que bem quiser. Não há limites. Até pode ser um monstro voador feito de espaguete.<BR/><BR/><I>«Você repete vezes sem conta que se há muitas religiões nenhuma pode estar certa»</I><BR/><BR/>Não. O que eu digo é que o simples facto de haver muitas religiões já é suficiente para concluir que a maioria das religiões (pelo menos) está errada.<BR/><BR/>É verdade que eu acho que estão todas erradas. Mas isso é porque o universo parece indicar com bastante clareza que não há deuses, e é muito mais razoável explicar as religiões pela invenção humana do que pela intervenção divina.<BR/><BR/>Mas o seu comentário remete-nos de novo para o problema que tenho tido consigo já há uns tempos. Diz que a minha visão de deus, religião e essas coisas não se conforma à sua. Mas não explica qual é a sua. Quais são os atributos do seu deus e, mais importante ainda, como sabe que são esses e não outros?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-19894581519886273872009-03-14T12:07:00.000+00:002009-03-14T12:07:00.000+00:00Alfredo,«Deus [..n]ão sabe o que vou decidir amanh...Alfredo,<BR/><BR/><I>«Deus [..n]ão sabe o que vou decidir amanhã, nem sabe se me salvo ou me condeno, uma vez que isto depende da minha liberdade.[...] Não acredito num Deus que, sabendo que eu me vou condenar, se divirta a observar-me nos meus esforços diários por praticar o bem e procurar a justiça e a verdade. Por conseguinte, a ideia da omnisciência de Deus [...] parece-me uma história mal contada.»</I><BR/><BR/>Penso que estás a cometer um erro típico nestas coisas da fé. Julgar uma afirmação falsa porque não te agrada acreditar nela. Não me parece que o teu desapontamento com esse tal deus seja uma justificação relevante para excluir a sua omnisciência. Não que discorde da conclusõa. Acho que o conceito de deus dos cristãos sofre de incoerências e ambiguidades que chegue para o rejeitarmos. Mas discordo que se possa inferir de um "não acredito" para um "não é verdade".<BR/><BR/>Além disso essa posição tem implicações teológicas interessantes. Se o teu deus tem informação incompleta então é susceptivel de errar. Por muito perfeitamente inteligente que seja pode cometer erros simplesmente por falta de informação. Além disso o teu deus tem que mudar de dia para dia. Conforme o que eu faça amanhã ele vai aprender as minhas escolhas e vai ser um deus ligeiramente diferente. Isso é incompatível com a ideia de um deus eterno, infinito e perfeito.<BR/><BR/>Finalmente, dessa fornma o conhecimento que esse deus tem está dependente, e subordinado, ao que a sua criação faz. Isso parece-me contrário aos preceitos da tua própria religião, segundo os quais a criação depende do criador mas não vice-versa.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-51195601841132096532009-03-14T10:28:00.000+00:002009-03-14T10:28:00.000+00:00Só queria esclarecer que ao contrário do cobardola...Só queria esclarecer que ao contrário do cobardolas do zézinha, eu não estou em "estado anónimo". Se qualquer indivíduo tiver suficiente curiosidade sobre a minha entidade, basta procurar nos vários blogs que estão na minha lista, e ver que num deles esclareço perfeitamente a minha identidade pessoal. Noutro blog tenho até alguns retratos pessoais que desenhei já há alguns anos. Só não tenho fotografias do je, porque nunca me tive em suficiente vaidade para isso.<BR/><BR/>Ao contrário do coitado do zé, que aparentemente é tão macho, tão enorme, tão musculado, tão tuga, tão salazarista, tão cristão, tão benfiquista (só pode), tão tudo, que se torna um paradoxo em si mesmo. Ora senão vejamos. Como é que tamanho puro macho latino passa os dias a escrever comentários idiotas em blogs que detesta, escondido sob um pseudónimo tão vulgaríssimo? <BR/><BR/>É um paradoxo que se resolve logo que percebemos que estamos perante um caixa d'óculos cheio de verrugas e pintas, ressabiado e traumatizado em criança por algum padrasto marado da cabeça.<BR/><BR/>Ou isso ou uma excelente paródia. Se tal for o caso, devo dizer, os meus parabéns. (lei de poe)<BR/><BR/>Mas descartando tal hipótese, porque é que alguém haveria ter outra reacção que não a gargalhada perante tamanho cobardolas a tentar ameaçar todos os que não estão escondidinhos no mesmo sótão que ele?Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-91039079038255537402009-03-14T02:53:00.000+00:002009-03-14T02:53:00.000+00:00Ludwig,Concordo um bocadinho consigo (só um bocadi...Ludwig,<BR/>Concordo um bocadinho consigo (só um bocadinho). Não vejo grandes razões para acreditar nem para deixar de acreditar. Acho que a Fé tem menos a ver com “porque” e tem mais a ver com “para”. A Fé será menos algo a que adira por justificação exclusivamente racional e mais qualquer coisa que vem ter connosco, um jeito especial, bom e belo, de olhar para a vida e para o mundo, que acolhemos e cultivamos, partilhando, ou deixamos adormecer.<BR/> <BR/>“...este universo não é um teatro de marionetas. Os detalhes não vêm do ateísmo por si. Vêm da ciência.”<BR/><BR/> As suas tentativas de descrição da religião remetem invariavelmente para a imagem de um Deus barbudo sentado no trono a contemplar a humanidade. Não sei se é mais ridículo alguém pensar Deus dessa maneira se outrem julgar que quem acredita em Deus só o pode ver assim. <BR/>Se a Fé é um lugar de dúvidas e interrogações só pode ser também o lugar da liberdade. Pelo contrário, o acreditar que a ciência pode esgotar o conhecimento de todas as dimensões humanas é que apela a um determinismo cego que, esse sim, aprisiona o Homem e nos transforma em autênticas marionetas, incapazes de decidir sozinhas o seu caminho. Veja-se, por exemplo, como “estudos científicos” vão municiando uma máquina infernal de produção de legislação que, a cada dia que passa, vai limitando as nossas escolhas pessoais, de comportamento, alimentares...<BR/> “Por que se há de acreditar no que os católicos dizem se é só mais uma de milhares de religiões incompatíveis e nenhuma tem evidências que a suportem?”.<BR/> Você repete vezes sem conta que se há muitas religiões nenhuma pode estar certa. Ora se a Fé tem a ver com a procura do sentido último da vida e da morte e não com a compreensão física do universo que nos rodeia é muito natural que se tenham desenvolvido múltiplas linguagens e expressões religiosas no mundo (tal como há línguas e culturas). Sem poder considerar que existem umas certas e outras erradas (outras nem terão a ver com religião propriamente dita) haverá formas que se aproximam mais do (ou tornam claro o) fundo humano e livre que sentimos genuíno em nós e outras que para lá caminham (há uma por outra que está um pouco atrasada). A certeza de que o indizível é procurado desde sempre, em todo o mundo, de muitos modos, confere entusiasmo ao caminho em que cada um segue a sua busca e vontade de conhecer a forma como outros vão procurando “resolver o seu problema”. Ficar parado é que não me parece grande solução.<BR/><BR/>PS. Se estivesse em Portugal, ía concerteza ao colóquio (e levaria um pau de marmeleiro). Parabéns a Alfredo Dinis pela iniciativa e oxalá gravem o que se lá passar no YouTube.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-32008610328402526882009-03-13T22:24:00.000+00:002009-03-13T22:24:00.000+00:00Que primário, Zeca, tch tch tch.Que primário, Zeca, tch tch tch.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-22711630820029989402009-03-13T22:20:00.000+00:002009-03-13T22:20:00.000+00:00Zeca,A cena do Barabas foi o poema que te deixou p...Zeca,<BR/><BR/>A cena do Barabas foi o poema que te deixou piurso, não foi?! Foi lindo... PIM! Falta-te a "letra", e puxas o "argumento" que te resta, a porrada. Que vazio................................Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-58199423908272570482009-03-13T22:03:00.000+00:002009-03-13T22:03:00.000+00:00Perceba-se uma coisa:A minha amizade ao Barbas e a...Perceba-se uma coisa:<BR/><BR/>A minha amizade ao Barbas e ao paneleiro Grave nada tem a ver com ateismo versus religião.<BR/><BR/>São questões pessoais que devem ser resolvidas entre os envolvidos.<BR/>Por mim, canalha com mais de 20 anos que não levou uns açoites no tempo certo, só aprende com um puxão de orelhas!Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14494118915544186312009-03-13T21:57:00.000+00:002009-03-13T21:57:00.000+00:00Barbas:Há mais marés do que marinheiros!Um dia fal...Barbas:<BR/><BR/>Há mais marés do que marinheiros!<BR/><BR/>Um dia falamos!<BR/><BR/>Quando deram um computador ao Barbas eu já usava computador... mas isso são outros predicados.<BR/><BR/>Ou seja, convence-se um fedelho qualquer (anda por aí armado em fino) que se eu estivesse em Braga que me vinha embora sem lhe dar a benção! Aliás, como poderia eu identificar um gajo pelo seu nick. Por isso canta de galo... mas um dia escorrega do poleiro e estraga as coloridas penas... o que é uma pena!<BR/><BR/>Posso esperar, não há problema.<BR/><BR/>Se eu soubesse que o paneleiro Grave ia lá, isso não resistia...tinha que o baptizar.<BR/><BR/>Assim, depois de cometer o erro primário de fazer um retrato fisico, não posso espantar a caça...<BR/><BR/>Não há problemas... um dia ainda quero ouvi-lo cantar um poema que se chama "morte ao Zeca".<BR/><BR/>Até lá, vá ensaiando a letra, porque a musica fica por minha conta!Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88385326525584458772009-03-13T21:20:00.000+00:002009-03-13T21:20:00.000+00:00Mário,pois, parece que há excepções à regra ;-)Cri...Mário,<BR/>pois, parece que há excepções à regra ;-)<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-8169167960643340692009-03-13T16:04:00.000+00:002009-03-13T16:04:00.000+00:00Cristy,Eu não me limito à apreciação estética de u...Cristy,<BR/><BR/>Eu não me limito à apreciação estética de um aspecto parcial de um objecto (maminhas), nem a tomo como decoração :), aprecio na globalidade, em todas as vertentes (decorativas e não só).Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-62790157002097143062009-03-13T15:53:00.000+00:002009-03-13T15:53:00.000+00:00Barba, Pois... Lei de Poe, no caso do Zeca seria m...Barba, <BR/><BR/>Pois... Lei de Poe, no caso do Zeca seria mais lei de <B>Poe</B>rrada.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-24934883490608735482009-03-13T15:05:00.000+00:002009-03-13T15:05:00.000+00:00Mário tem calma. Não leves o zé a sério, eu já con...Mário tem calma. Não leves o zé a sério, eu já concluí há meses que ele é demasiado bom para ser verdade. Enquanto que o Jónatas escapa claramente a esta ambiguidade, pois esse encontra-se para lá de qualquer sátira, este é um exemplar perfeito da <A HREF="http://www.urbandictionary.com/define.php?term=Poe's+Law" REL="nofollow">Lei de Poe</A>.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.com